O documento descreve um estudo de caso sobre uma paciente de 45 anos internada no Hospital Regional Santa Rita com diagnóstico de câncer de colo do útero. O texto apresenta informações sobre o perfil da paciente, exames realizados, diagnósticos de enfermagem, prescrições, resultados esperados e referências bibliográficas sobre o tema.
1. Estudo de Caso:
Câncer do Colo do Útero
Discentes:
Adenilza Tenório Cavalcante
Fernando de Holanda Cavalcante
Docente:
Eliane Vieira Pereira
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL
CESMAC FACULDADE DO SERTÃO
PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL
2016/02
2. Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo descrever um
estudo de caso feito com uma paciente no Hospital
Regional Santa Rita.
3. Metodologia
É uma pesquisa onde foram utilizados dados coletados
de uma paciente da clínica cirúrgica do Hospital Regional
Santa Rita de artigos científicos do Google acadêmico e
SCIELO.
4. Introdução
O câncer de colo uterino é o segundo mais comum
entre as mulheres no mundo com cerca de 471 mil casos
novos por ano. Quase 80% ocorrem em países em
desenvolvimento onde, em algumas regiões, é o tumor
maligno mais comum entre as mulheres.
No Brasil, estima-se que seja a terceira neoplasia
maligna mais comum entre as mulheres, sendo superado
pelo câncer de pele e da mama, correspondendo à quarta
causa de morte por câncer em mulheres.
5. O que é Colo do Útero?
O colo do útero é a porção inferior do útero onde se encontra a
abertura do órgão, localizando-se no fundo da vagina. O colo do útero
separa os órgãos internos e externos da genitália feminina estando
mais exposto ao risco de doenças e alterações relacionadas ao ato
sexual.
O colo uterino apresenta formato cilíndrico e possui uma
abertura central conhecida como canal cervical que liga o interior do
útero à cavidade vaginal – local no qual ocorre a eliminação do fluxo
menstrual e a entrada do esperma.
6. O que é Câncer do Colo do Útero?
É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do
útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são
chamadas de lesões precursoras e são curáveis na maioria das vezes.
Se não tratadas podem, após alguns anos, se transformar em câncer.
7. Estágio 0;
Invasão do estroma menor do
que 3 mm, com extensão
superficial até 7 mm;
Estágio 1 carcinoma restrito à
Cérvix, somente diagnosticado pela
microscopia;
Invasão do estroma de 3 mm a
5 mm, com extensão horizontal
até 7 mm;
IB1= Lesões clinicamente
visíveis limitadas ao colo, com
até 4 cm;
IB2= Lesão clinicamente visível,
com mais de 4 cm;
Estágio 2 tumor que invade além
do útero, mas não atinge a parede
pélvica ou terço inferior da vagina;
Invasão do terço superior e
médio da vagina sem infiltração
parametrial.
2B =Tumor invade além do
útero, mas não atinge a parede
pélvica ou terço inferior da
vagina.
Estágio 3 tumor que se estende à
parede pélvica E ou compromete o
terço inferior da vagina e/ou causa
dilatação da pélvis e dos cálices do
rim ;
3A- Tumor que compromete o
terço inferior da vagina, sem
extensão à parede pélvica;
IIIB Tumor que se estende à
parede pélvica e/ou causa
hidronefrose ou exclusão renal;
Estadiamento do câncer do colo do
útero, segundo a FIGO relacionado ao
tratamento no INCA.
8. Fatores de Risco
Início precoce da atividade sexual;
Múltiplos parceiros sexuais;
Tabagismo;
Má higiene íntima;
Falta de realização de exames preventivos
Multiparidade (vários partos);
Uso de anticoncepcional oral;
Presença de outras infecções transmitidas por via sexual
(herpes genital, clamídea)
9. Qual é a relação entre HPV e câncer?
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido
espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos
quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral
oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se
não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer,
principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis,
orofaringe e boca.
Quais são os tipos de HPV que podem causar câncer?
Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando
maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar
associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os
tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas
laríngeos, são considerados não oncogênicos.
10. O que a mulher pode sentir?
Na sua fase inicial o câncer do colo do útero
geralmente não apresenta qualquer sintoma.
Sangramento vaginal anormal (principalmente em
mulheres na menopausa);
Sorrimento vaginal escurecido com cheiro desagradável;
Dor abdominal;
Queixas urinárias e intestinais nos casos mais avançados;
Dor na relação sexual;
11. Como é feito o tratamento?
O tratamento das pacientes portadoras desse câncer
baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O
tratamento a ser realizado depende das condições clínicas
da paciente, do tipo de tumor e de sua extensão.
12. Prevenção
Estudos demonstram que o vírus está presente em
mais de 90% dos casos de câncer cervical, sendo assim a
prevenção para o HPV pode ser feita usando-se
preservativos durante a relação sexual.
Com a vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual e
fazendo o exame preventivo (de Papanicolaou ou
citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras.
O exame deve ser feito preferencialmente pelas mulheres
entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual.
13. Papanicolau
É uma maneira de examinar células coletadas do colo
do útero. O objetivo principal do exame é detectar
o câncer de colo de útero em estágio precoce ou
anormalidades nas células que podem estar associadas ao
desenvolvimento deste tipo de tumor.
14. Sumário de Situação
Paciente L.S. L, 45 anos, sexo feminino, cor branca,
natural de São Paulo, reside em Palmeira dos Índios deu
entrada no Hospital Regional Santa Rita no dia 30-09-
2016, proveniente de consultório médico, com diagnóstico
de câncer do colo do útero.
Cliente encontra-se no 1° dia de internamento, consciente,
responsiva, lúcida, normocorada ,deambulando,queixando-
se de dores pélvicas e apresentando hemorragia e perda
de apetite.
15. Ao exame físico:
Biótipo longilíneo, cabelos e couro cabeludo sem
anormalidades e sem presença de sujidades, pupilas
isocóricas, pavilhão auricular integro, septo nasal sem
deformidades, mucosa labial hidratada. Tórax simétrico
boa expansibilidade torácica, AC= RCR 2T c/
BNF,AP=MV(+) em AHT . Abdômen flácido com presença
de ruídos hidroaéreos. Sonda Vesical de Demora com
retorno urinário de cor amarela claro, sangramento
vaginal. MMSS sem edemas, presença de venóclise em
MSD, unhas curtas e sem sujidades extremidades com boa
perfusão periférica. MMII sem edemas. SSVV.
PA=140/90mmHg, R=19rpm, Pulso=85bpm.
16. Diagnóstico De Enfermagem Prescrição de Enfermagem Resultados Esperados
Risco de infecção devido à
presença de sonda vesical de
demora;
Realizar a higiene das mãos
antes de qualquer
procedimento
Orientar a equipe
multiprofissional sobre o uso
de técnica asséptica em todos
os procedimentos invasivos;
Realizar a troca da sonda
conforme a rotina hospitalar
ou quando for necessário;
Evitar contaminação da sonda;
Elevação dos níveis pressóricos
Verificar a pressão arterial de
constantemente, durante o
período de internação
Minimizar a ansiedade
conversando com a paciente,
esclarecendo dúvidas e
procurando distraí-la durante
o período de internação;
Administrar da medicação
prescrita;
Estabilidade no nível pressórico
evitando riscos durante a
cirurgia;
17. Diagnóstico De Enfermagem Prescrição de Enfermagem Resultados Esperados
Medo relacionado à dor do
processo cirúrgico;
Orientada aos cuidados no pós-
operatório;
Informada como será o
processo;
Amenizar o medo e a ansiedade
da paciente, para que a mesma
possa se cuidar melhor;
Risco de infecção devido à
presença de venóclise em
MSD;
Realizar lavagem adequada das
mãos antes do manuseio do
acesso;
Fazer higienização adequada
para evitar o surgimento de
sinais flogísticos;
Evitar infecção do acesso;
Ansiedade relacionada ao
conhecimento deficiente sobre
a doença e a cirurgia;
Ofertar conforto,seguranca e
informacoes nescessarias para
o esclarecimento da paciente;
Fazer cm o que a ansiedade
não cause um problema
durante a cirurgia e esclarecer
a paciente;
18. Diagnóstico De Enfermagem
Prescrição de Enfermagem Resultados Esperados
Falta de apetite
Oferecer alimentação variada,
mesmo que seja em pequena
quantidade;
Evitar possível hipoglicemia ou
desnutrição;
Perda sanguínea moderada;
Monitorar SSVV;
Identificar a causa;
Manter acesso venoso;
Evitar possível choque
hipovolêmico;
Sangramento vaginal
Monitorar perda sanguínea;
Realizar administração de
medicamentos conforme
prescrição médica;
Realizar higienização;
Prevenir choque hipovolêmico;
Evitar meio de proliferação
bacteriana;
Medo relacionado à dor do
processo cirúrgico;
Orientada aos cuidados no pós-
operatório;
Informada como será o
processo;
Amenizar o medo e a
ansiedade da paciente, para
que a mesma possa se cuidar
melhor;
20. Conclusão
O desenvolvimento deste estudo permitiu um
aprendizado positivo, propiciando melhora da capacidade
de reflexão crítica e conduzindo a assistência para uma
prática mais científica. No decorrer do trabalho foram
encontradas algumas dificuldades, tais como: o processo
de elaboração dos diagnósticos ,resultados e intervenções
de enfermagem visando adequá-las às necessidades da
paciente.
Ao fim de tudo adquirimos conhecimento que serão
essenciais para a nossa vida acadêmica e profissional.
21. Referências
Frigato S.;Hoga L.A.K.;Assistência à mulher com câncer de colo uterino: o
papel da enfermagem.Disponível
em:<http://www.inca.gov.br/rbc/n_49/v04/pdf/artigo1.pdf> .Acesso em 27 out.
2016.
Intervenções de enfermagem no controle do câncer.Disponível em:
<http://www1.inca.gov.br/enfermagem/docs/cap6.pdf>.Acesso em 10 nov. 2016.
Prevenção do Câncer de Colo-do-Útero .Disponível
Nem:<https://www.hcancerbarretos.com.br/colo-de-utero>.Acesso em 14/
nov.2016; Câncer de colo uterino.Disponível em:
http://www.oncomedbh.com.br/site/?menu=Tipos%20de%20C%E2ncer&submenu=
C%E2ncer%20de%20Colo%20Uterino>Acesso em 14 nov. 2016;
Rezende R.C. M. G.; Souza, A. D.;Aguiar, O. L. Assistência de enfermagem na
prevenção, diagnóstico e cuidado ao paciente com câncer de colo do
útero.Disponível
em:<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ca
d=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiEyuan56_QAhWHjpAKHX82AwQQFgguMAE&url=http%
3A%2F%2Fwww.ceomg.com.br%2Fsimposio13%2Ftemaslivres%2F09.doc&usg=AFQj
CNG7XO8jtblEytvih9tSUllFkgp8Sg&bvm=bv.139250283,d.Y2I>. Acesso em 10 nov.
2016