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Ficha de Leitura

                                 Aluna: Ana Margarida Cardoso
                                            Ano/Turma: 12ºA




            Aventuras de João Sem Medo


Editora: Moraes Editores

                                           Ano de 1º edição: 1963

Ano de 12º edição: 1981

                                          Ano de publicação: [s.d.]

Local de edição: Lisboa

                           Período de Leitura: 19/Março – 20/Março
“Bem. Eu, José Gomes Ferreira, nascido na
                     Rua das Musas da cidade do Porto, licenciado em
                     Direito pela Universidade de Lisboa, poeta, ex-
                     cônsul, ex-figurante de cinema, etc., etc.”




      É assim que o autor se descreve quando João Sem Medo, naquela
altura João Quase Com Medo lhe pede para o salvar do gigante do
Monóculo. José Gomes Ferreira nasceu a 9 de Junho de 1990, tendo-se
mudado para a capital com quatro anos. Licenciou-se em Direito em
1924 e trabalhou como Cônsul na Noruega. Regressou a Portugal em
1930 onde se dedicou ao jornalismo. Morreu em Lisboa no dia 8 de
Fevereiro de 1985. Algumas das suas obras incluem poesia, como Lírios
do Monte, ficção, como As Aventuras de João Sem Medo, crónicas,
contos, memórias e diários e ensaios e estudos.




                                                             O Livro
       Numa vila chamada Chora-Que-Logo-Bebes vivia um rapaz, de
nome João que era conhecido por todos como João Sem Medo. Havia um
Muro próximo da vila que a separava da floresta, temida por todos. João
Sem Medo decide, farto de tantas choradeiras da sua pequena terra, ir
explorar o que se passa nessa tal floresta, deixando a mãe em pânico,
pensando que não o iria ver mais. Trepa o Muro e assim se inicia a sua
aventura.
       O seu primeiro encontro é com uma fada (na verdade o seu
assistente, uma vez que a fada era idosa e não conseguia andar) que lhe
diz que há duas formas de seguir pela floresta, pelo caminho asfaltado
ou o caminho dos pedregulhos. João Sem Medo opta pelo caminho
asfaltado, que conduzia à Felicidade, mas é lá que encontra uma
criatura sem cabeça, que lhe diz que, se quer seguir por aquele
caminho, tem que ser sujeite a uma operação: tem que lhe cortar a
cabeça. Recusando-se a ficar sem cabeça, João Sem Medo volta para trás
e segue o caminho da Infelicidade, onde as pedras lhe mordem.
       O seu segundo encontro foi com uma árvore, por quem foi
perseguido e torturado. Depois da tortura a que tinha sido submetido
viu um pomar e, como não comia há alguns dias, aventurou-se a passar
o rio, para chegar às laranjas que estavam do outro lado, mas o lago era
elástico e, só depois de muito esforço é que conseguiu chegar à
margem. Mas tanto esforço foi em vão, uma vez que as laranjas
desapareciam no ar cada vez que ele tentava alcançá-las.
Provocando o Mago-Mor, o chefe da floresta, agradece-lhe por lhe
ter proporcionado o melhor momento da sua vida e recusa-se a ser
infeliz, pelo que, como castigo, é transformado em árvore.
       Passou muito tempo como árvore e, numa Primavera, uma menina
foi prender duas cordas nos seus ramos e fez um baloiço. Durante o
resto dessa estação e no Verão, a menina foi andar de baloiço nos
braços de João Sem Medo mas depois deixou de aparecer. O seu pai, um
dia, foi visitar a árvore e fez-lhe uma proposta que o Mago-Mor lhe tinha
feito: se João Sem Medo aceitar trocar de lugar com a menina, ela ficará
bem, uma vez que se encontra doente, e ficará árvore para sempre. Em
troca, João Sem Medo tem que ir para a Colina de Cristal, para o castelo
da Morte. Quando lá chega, a Morte não está e, João Sem Medo
utilizando a sua perspicácia, monta o cavalo da Morte e foge, ajudando
os aldeões a ceifar o trigo, com a foice desta.
       Quando todos pensam que a Morte os ajudou a ceifar o trigo, o
cavalo, enfurecido, sacode João Sem Medo, que é socorrido
imediatamente pelos aldeões, onde conhece um Gramofone Com Asas,
que lhe pede para visitar a sua cidade com ele. Lá, na terra dos
Gramofones, todos dizem o mesmo, de forma automática e sem pensar,
o que não agrada a João Sem Medo.
       Depois da sua visita à terra dos Gramofones, é deixado no meio
do deserto, onde lhe é oferecida uma varinha de condão, que irá
concretizar todos os seus desejos com uma contrapartida: sempre que
um desejo se realizar, vai ficar sem uma parte do corpo. Embora
dissesse que não o faria, acaba por ceder à tentação e começa a pedir
desejos com a varinha até que fica reduzido a uma parte do seu corpo, a
cabeça. De forma a ajudar uma mulher, com sede, acaba por se
transformar em fonte.
       É transformado novamente em humano por uma fada, a fada dos
sonhos, que lhe irá realizar todos os sonhos que ele quiser, mas nunca
por mais de cinco minutos. Depois de pedir coisas bastante fúteis, como
ser rei, acaba por mandar a fada embora, por achar que cinco minutos
de sonho não compensam a realidade.
       Foi então acordar na cidade da Confusão, uma cidade em que
todas as coisas aconteciam ao contrário: os homens choravam quando
estavam felizes e riam à gargalhada sempre que estavam tristes,
andavam com as mãos no chão e com os pés no ar. Não se conseguindo
habituar à confusão que era aquela cidade, entrou num comboio com
asas e abandonou a cidade.
       Depois de muito andar, encontrou um Príncipe com orelhas de
burro que se gabava da sua beleza extrema e de que toda a gente o
achava belo. Tinha mandado fazer vinte estátuas suas para distribuir
pelo seu reino, mas dez delas estavam horrendas e recusou-se a
acreditar que os escultores vissem aquilo quando olhavam para ele. De
um diálogo confuso para João Sem Medo, uma vez que o Príncipe o
acusa de ter orelhas de burro, quando é o próprio Príncipe que as tinha,
o aventureiro deita-se e fala com a Lua, pedindo-lhe uma princesa. A Lua
responde-lhe que a única princesa disponível é a princesa nº46734, uma
princesa que foi raptada por dragões e precisa de ser resgatada por João
Sem Medo. Junta-se a Rocinante (o cavalo de Dom Quixote) e vão à
procura da princesa, mas apenas encontram o seu retrato preso na
água.
      Abandonando o cavalo, mergulha num poço, chamado por três
homens, incompetentes, que lhe pedem ajuda para não serem odiados
e, como bom samaritano que é, João Sem Medo ajuda-os, dando-lhes
aquilo que precisam para que a sociedade não os critique.
      Depois dos três incompetentes triunfantes, conhece João
Medroso, um rapaz muito parecido com ele, não fosse o facto de ter
medo de tudo. Passam algum tempo juntos e João Sem Medo, não gosta
do facto do seu homónimo ser tão medroso.
      É depois de conhecer o outro João que ambos são raptados por
um gigante que, depois de transformar João Medroso numa rã, o faz
desaparecer no ar, enquanto João Sem Medo respira esse mesmo ar,
começando a tornar-se um João Medroso. Não querendo ser igual a este,
pede auxílio ao escritor, pedindo-lhe que o salve e José Gomes Ferreira
ajuda a sua personagem, criando dois botões que impede a abertura da
porta e obrigam o gigante a respirar o mesmo ar, tornando-se Medroso.
      Numa breve passagem pelo museu das fábulas, João Sem Medo
encontra-se com uma formiga, um boi e uma rã, e uma raposa e um
corvo, todos personagens de fábulas.
      Abandonando o museu, encontra uma menina de pés ocos a quem
pede comida, mas esta não sabe o que é comida, uma vez que se
alimenta do chão e toda ela é feita de comida. Não resistindo à fome,
João Sem Medo morde-lhe a bochecha, que sabe a maça e um dedo, que
sabe a pêra. Embora mutilada, a menina ainda lhe diz onde é o canteiro
das flores que esconde o Muro.
      Dando fim à sua aventura, João Sem Medo tem ainda que passar
um último desafio: pode partir, mas tem que ficar. A única forma de
fazer isto é olhar para um espelho, de onde sairia um outro João Sem
Medo. O guarda do Muro baralha-os, de forma a ninguém, nem eles
mesmos saberem quem é o verdadeiro João Sem Medo e, desta forma,
um deles continua a aventura na floresta e o outro volta para casa, para
os braços da mãe.
      Quando um dos Joões Sem Medo chega a Chora-Que-Logo-Bebes,
tenta revolucionar a sua terra, dizendo-lhes que não precisam de estar a
lamentar-se a toda a hora, mas ninguém lhe dá ouvidos. Quando cresce,
e como não consegue mudar a mentalidade do povo, abre uma fábrica
de lenços e fica rico.




Relação Título-Livro
     O nome do livro é o nome da personagem principal da história.
Citações

„…só as aparências são susceptíveis de mudança e nunca o que existe de
mais profundo nos seres.‟

„A maioria das pessoas já nem pensa! (…) Fala.‟

„…como me irrita esta pretensão de quererem ensinar aos homens o que
só os homens entendem: a vida, o sofrimento, o sacrifício…‟

„…dotado da mais nobre virtude de que um ser vivente se pode
orgulhar: a coragem. A verdadeira coragem. A força do coração.‟

„Os homens diziam tantos disparates que, certo dia, os bichos, para não
se confundirem com vocês, votaram a greve geral, a greve do silêncio
que ainda dura hoje dura…‟


Reacção pessoal ao livro
      Numa primeira análise, tive a sensação de estar a ler um livro de
contos infantis, onde há fadas, príncipes e princesas, reis e rainhas,
magos e bruxas. Numa análise mais pormenorizada apercebi-me que
cada capítulo nos transmite uma mensagem que devemos reter, como
‘O Condão do Sacrifício’, onde João Sem Medo cede à tentação de ter
tudo, mesmo que para isso tenha que perder o corpo, mas acaba por
deixar de existir para ajudar alguém, ou ‘O Príncipe das Orelhas de
Burro’ onde nos é dito que a beleza é relativa, que nenhum de nós olha
para uma outra pessoa e vê o mesmo.

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Ana Margarida

  • 1. Ficha de Leitura Aluna: Ana Margarida Cardoso Ano/Turma: 12ºA Aventuras de João Sem Medo Editora: Moraes Editores Ano de 1º edição: 1963 Ano de 12º edição: 1981 Ano de publicação: [s.d.] Local de edição: Lisboa Período de Leitura: 19/Março – 20/Março
  • 2. “Bem. Eu, José Gomes Ferreira, nascido na Rua das Musas da cidade do Porto, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, poeta, ex- cônsul, ex-figurante de cinema, etc., etc.” É assim que o autor se descreve quando João Sem Medo, naquela altura João Quase Com Medo lhe pede para o salvar do gigante do Monóculo. José Gomes Ferreira nasceu a 9 de Junho de 1990, tendo-se mudado para a capital com quatro anos. Licenciou-se em Direito em 1924 e trabalhou como Cônsul na Noruega. Regressou a Portugal em 1930 onde se dedicou ao jornalismo. Morreu em Lisboa no dia 8 de Fevereiro de 1985. Algumas das suas obras incluem poesia, como Lírios do Monte, ficção, como As Aventuras de João Sem Medo, crónicas, contos, memórias e diários e ensaios e estudos. O Livro Numa vila chamada Chora-Que-Logo-Bebes vivia um rapaz, de nome João que era conhecido por todos como João Sem Medo. Havia um Muro próximo da vila que a separava da floresta, temida por todos. João Sem Medo decide, farto de tantas choradeiras da sua pequena terra, ir explorar o que se passa nessa tal floresta, deixando a mãe em pânico, pensando que não o iria ver mais. Trepa o Muro e assim se inicia a sua aventura. O seu primeiro encontro é com uma fada (na verdade o seu assistente, uma vez que a fada era idosa e não conseguia andar) que lhe diz que há duas formas de seguir pela floresta, pelo caminho asfaltado ou o caminho dos pedregulhos. João Sem Medo opta pelo caminho asfaltado, que conduzia à Felicidade, mas é lá que encontra uma criatura sem cabeça, que lhe diz que, se quer seguir por aquele caminho, tem que ser sujeite a uma operação: tem que lhe cortar a cabeça. Recusando-se a ficar sem cabeça, João Sem Medo volta para trás e segue o caminho da Infelicidade, onde as pedras lhe mordem. O seu segundo encontro foi com uma árvore, por quem foi perseguido e torturado. Depois da tortura a que tinha sido submetido viu um pomar e, como não comia há alguns dias, aventurou-se a passar o rio, para chegar às laranjas que estavam do outro lado, mas o lago era elástico e, só depois de muito esforço é que conseguiu chegar à margem. Mas tanto esforço foi em vão, uma vez que as laranjas desapareciam no ar cada vez que ele tentava alcançá-las.
  • 3. Provocando o Mago-Mor, o chefe da floresta, agradece-lhe por lhe ter proporcionado o melhor momento da sua vida e recusa-se a ser infeliz, pelo que, como castigo, é transformado em árvore. Passou muito tempo como árvore e, numa Primavera, uma menina foi prender duas cordas nos seus ramos e fez um baloiço. Durante o resto dessa estação e no Verão, a menina foi andar de baloiço nos braços de João Sem Medo mas depois deixou de aparecer. O seu pai, um dia, foi visitar a árvore e fez-lhe uma proposta que o Mago-Mor lhe tinha feito: se João Sem Medo aceitar trocar de lugar com a menina, ela ficará bem, uma vez que se encontra doente, e ficará árvore para sempre. Em troca, João Sem Medo tem que ir para a Colina de Cristal, para o castelo da Morte. Quando lá chega, a Morte não está e, João Sem Medo utilizando a sua perspicácia, monta o cavalo da Morte e foge, ajudando os aldeões a ceifar o trigo, com a foice desta. Quando todos pensam que a Morte os ajudou a ceifar o trigo, o cavalo, enfurecido, sacode João Sem Medo, que é socorrido imediatamente pelos aldeões, onde conhece um Gramofone Com Asas, que lhe pede para visitar a sua cidade com ele. Lá, na terra dos Gramofones, todos dizem o mesmo, de forma automática e sem pensar, o que não agrada a João Sem Medo. Depois da sua visita à terra dos Gramofones, é deixado no meio do deserto, onde lhe é oferecida uma varinha de condão, que irá concretizar todos os seus desejos com uma contrapartida: sempre que um desejo se realizar, vai ficar sem uma parte do corpo. Embora dissesse que não o faria, acaba por ceder à tentação e começa a pedir desejos com a varinha até que fica reduzido a uma parte do seu corpo, a cabeça. De forma a ajudar uma mulher, com sede, acaba por se transformar em fonte. É transformado novamente em humano por uma fada, a fada dos sonhos, que lhe irá realizar todos os sonhos que ele quiser, mas nunca por mais de cinco minutos. Depois de pedir coisas bastante fúteis, como ser rei, acaba por mandar a fada embora, por achar que cinco minutos de sonho não compensam a realidade. Foi então acordar na cidade da Confusão, uma cidade em que todas as coisas aconteciam ao contrário: os homens choravam quando estavam felizes e riam à gargalhada sempre que estavam tristes, andavam com as mãos no chão e com os pés no ar. Não se conseguindo habituar à confusão que era aquela cidade, entrou num comboio com asas e abandonou a cidade. Depois de muito andar, encontrou um Príncipe com orelhas de burro que se gabava da sua beleza extrema e de que toda a gente o achava belo. Tinha mandado fazer vinte estátuas suas para distribuir pelo seu reino, mas dez delas estavam horrendas e recusou-se a acreditar que os escultores vissem aquilo quando olhavam para ele. De um diálogo confuso para João Sem Medo, uma vez que o Príncipe o acusa de ter orelhas de burro, quando é o próprio Príncipe que as tinha, o aventureiro deita-se e fala com a Lua, pedindo-lhe uma princesa. A Lua responde-lhe que a única princesa disponível é a princesa nº46734, uma princesa que foi raptada por dragões e precisa de ser resgatada por João
  • 4. Sem Medo. Junta-se a Rocinante (o cavalo de Dom Quixote) e vão à procura da princesa, mas apenas encontram o seu retrato preso na água. Abandonando o cavalo, mergulha num poço, chamado por três homens, incompetentes, que lhe pedem ajuda para não serem odiados e, como bom samaritano que é, João Sem Medo ajuda-os, dando-lhes aquilo que precisam para que a sociedade não os critique. Depois dos três incompetentes triunfantes, conhece João Medroso, um rapaz muito parecido com ele, não fosse o facto de ter medo de tudo. Passam algum tempo juntos e João Sem Medo, não gosta do facto do seu homónimo ser tão medroso. É depois de conhecer o outro João que ambos são raptados por um gigante que, depois de transformar João Medroso numa rã, o faz desaparecer no ar, enquanto João Sem Medo respira esse mesmo ar, começando a tornar-se um João Medroso. Não querendo ser igual a este, pede auxílio ao escritor, pedindo-lhe que o salve e José Gomes Ferreira ajuda a sua personagem, criando dois botões que impede a abertura da porta e obrigam o gigante a respirar o mesmo ar, tornando-se Medroso. Numa breve passagem pelo museu das fábulas, João Sem Medo encontra-se com uma formiga, um boi e uma rã, e uma raposa e um corvo, todos personagens de fábulas. Abandonando o museu, encontra uma menina de pés ocos a quem pede comida, mas esta não sabe o que é comida, uma vez que se alimenta do chão e toda ela é feita de comida. Não resistindo à fome, João Sem Medo morde-lhe a bochecha, que sabe a maça e um dedo, que sabe a pêra. Embora mutilada, a menina ainda lhe diz onde é o canteiro das flores que esconde o Muro. Dando fim à sua aventura, João Sem Medo tem ainda que passar um último desafio: pode partir, mas tem que ficar. A única forma de fazer isto é olhar para um espelho, de onde sairia um outro João Sem Medo. O guarda do Muro baralha-os, de forma a ninguém, nem eles mesmos saberem quem é o verdadeiro João Sem Medo e, desta forma, um deles continua a aventura na floresta e o outro volta para casa, para os braços da mãe. Quando um dos Joões Sem Medo chega a Chora-Que-Logo-Bebes, tenta revolucionar a sua terra, dizendo-lhes que não precisam de estar a lamentar-se a toda a hora, mas ninguém lhe dá ouvidos. Quando cresce, e como não consegue mudar a mentalidade do povo, abre uma fábrica de lenços e fica rico. Relação Título-Livro O nome do livro é o nome da personagem principal da história.
  • 5. Citações „…só as aparências são susceptíveis de mudança e nunca o que existe de mais profundo nos seres.‟ „A maioria das pessoas já nem pensa! (…) Fala.‟ „…como me irrita esta pretensão de quererem ensinar aos homens o que só os homens entendem: a vida, o sofrimento, o sacrifício…‟ „…dotado da mais nobre virtude de que um ser vivente se pode orgulhar: a coragem. A verdadeira coragem. A força do coração.‟ „Os homens diziam tantos disparates que, certo dia, os bichos, para não se confundirem com vocês, votaram a greve geral, a greve do silêncio que ainda dura hoje dura…‟ Reacção pessoal ao livro Numa primeira análise, tive a sensação de estar a ler um livro de contos infantis, onde há fadas, príncipes e princesas, reis e rainhas, magos e bruxas. Numa análise mais pormenorizada apercebi-me que cada capítulo nos transmite uma mensagem que devemos reter, como ‘O Condão do Sacrifício’, onde João Sem Medo cede à tentação de ter tudo, mesmo que para isso tenha que perder o corpo, mas acaba por deixar de existir para ajudar alguém, ou ‘O Príncipe das Orelhas de Burro’ onde nos é dito que a beleza é relativa, que nenhum de nós olha para uma outra pessoa e vê o mesmo.