2. ASPECTOS LEGAIS
Atualmente se observa no cenário nacional a emergência de políticas públicas destinadas à melhoria da
qualidade na educação básica. Para alcançar este fim, o poder público e a sociedade civil vêm conjugando
esforços na tentativa de elevar os indicadores educacionais. Dentre as iniciativas, destacamos a ampliação
da jornada escolar nas redes públicas de ensino pela implementação de projetos e programas
educacionais.
Podemos dizer que a proposta de ampliação da jornada escolar vem ganhando espaço nas políticas
públicas das três esferas administrativas (federal, estadual e municipal).
A implementação de experiências e projetos de jornada escolar ampliada no Brasil atende a dispositivos
previstos em leis e planos educacionais. O marco legal é a Lei Nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional). A Lei 10.172/2001, que criou o Plano Nacional de Educação, pretende em sua meta
21 “Ampliar, progressivamente a jornada escolar visando expandir a escola de tempo integral, que abranja
um período de pelo menos sete horas diárias, com previsão de professores e funcionários em número
suficiente”.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária. (Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069/90 - Art. 4)
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. (Estatuto da Criança e do
Adolescente - Lei nº 8.069/90 - Art. 53)
DIRETRIZES E BASES PARA A EDUCAÇÃO
A educação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, é dever da família e do
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. Tem como princípios, validados pela Lei Nº 9.394/96, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar
e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
respeito à liberdade e apreço à tolerância; a valorização da experiência extraescolar, entre outros.
Educação Integral
3. O QUE ENTENDEMOS POR EDUCAÇÃO INTEGRAL
“Entendemos por Educação Integral a integração de currículo para o desenvolvimento global de crianças e
adolescentes, por meio de atividades interdisciplinares e diversificadas com a participação de outros atores sociais
como as famílias, a comunidade e as instituições civis organizadas. Para alcançar os objetivos da Educação Integral
acreditamos que seja necessária a ampliação do tempo de permanência dos educandos no processo educacional
transitando por diferentes linguagens, espaços educadores e áreas do saber humano.
Buscando contemplar a Educação Integral em Período Integral, viabilizamos atividades que abarquem as diversas
áreas da vivência e convivência humana e ambiental, no período de turno complementar, possibilitando a ampliação
das aprendizagens.
Em nossa prática pedagógica buscamos desenvolver a visão globalizante da realidade sistêmica, transitando por
espaços educadores interativos, saudáveis e éticos em respeito ao programa potencial singular de cada ser humano.
Ondalva Serrano – Doutora em Agronomia e ex-docente pela ESALQ-USP. Fundadora e diretora da AHPCE. Desenvolvedora da
metodologia e coordenadora pedagógica da rede de núcleos do Programa de Jovens com apoio da UNESCO. Coordenadora
pedagógica do Projeto Escolinha do Futuro de 2009 a 2011. Membro da equipe pedagógica da União Nacional das Escolas
Famílias Agrícolas do Brasil - UNEFAB - e difusora da metodologia na França e Espanha.
4. NOSSA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
PROGRAMA DE JOVENS – MEIO AMBIENTE
E INTEGRAÇÃO SOCIAL (PJ-MAIS)
Há 15 anos a AHPCE, em parceria com o Instituto Florestal e com o apoio da UNESCO, promove a formação integral
e ecoprofissional de jovens entre 15 e 21 anos de idade, moradores de zonas periurbanas e entorno de áreas protegidas
da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo (RBCV), estudantes do ensino fundamental II e médio da rede pública
de ensino, no contraturno escolar. São oferecidas, no período de dois anos de formação, seis oficinas temáticas: Manejo
Agrícola Florestal Sustentável, Agroindústria Artesanal, Consumo, Lixo e Arte, Turismo Sustentável, Formação Integral e
Iniciação Científica.
O PJ-MAIS é um programa de formação integral de jovens que desperta para a
sustentabilidade, ética, cidadania, vocação, autovalorização e prepara para o mercado de trabalho socioambiental. Os locais
de realização do PJ-MAIS são os chamados Núcleos de Educação Ecoprofissional, desenvolvidos e mantidos em parcerias com
instituições locais, por município, sendo que a maioria destas são prefeituras e, em alguns casos, organizações não
governamentais.
Já foram formados mais de 2.500 jovens em 20 núcleos em 15 municícios, que ingressaram com sucesso no ecomercado
de trabalho, atuando com tecnologias socioambientais, prestando serviços ou empreendendo, contribuindo, desta
forma, com o desenvolvimento econômico e sustentável local.
RESULTADOS e RECONHECIMENTOS
• Rede com mais de 15 municípios envolvidos e 20 Núcleos de Educação Ecoprofissional formados;
• Apoio da UNESCO para desenvolvimento metodológico e implantação;
• Prêmio “Development Marketplace” do Banco Mundial;
• Inserção de jovens na monitoria do Polo Ecoturístico Caminhos do Mar, maior unidade de conservação
de Mata Atlântica do país;
• Inserção de jovens na Associação de Monitores Ambientais de Paranapiacaba (SP);
• Formação do empreendimento Ecoficina, que produz artesanato com reaproveitamento de resíduos
sólidos, em Guarulhos (SP);
• Participação dos jovens no projeto de Neutralização de Carbono em Embu-Guaçu (SP), com o plantio de mudas para
reflorestamento e compensação de emissão de CO2 de eventos e empresas;
• Projetos de Iniciação Científica premiados.
5. NOSSA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
PROJETO ESCOLINHA DO FUTURO
O Projeto Escolinha do Futuro tem como objetivo contribuir para desenvolvimento educacional e social de
crianças matriculadas no ensino fundamental da rede municipal de Osasco, por meio de atividades
complementares (artísticas, culturais, esportivas) no contraturno escolar, sendo uma opção de Educação
Integral. Desde 2008, em parceria com a Secretaria de Educação de Osasco, a AHPCE atende em média 15.000
crianças por ano em 56 unidades escolares do município.
São oferecidas atividades educacionais artístico-culturais como Teatro e Dança, Música, Circo e Capoeira;
atividades de Apoio Pedagógico e Xadrez (APX) como Meio Ambiente, Cidadania desde a Infância, Educação
para o Trânsito, Jogos Cooperativos e Xadrez; e atividades motoras de tipificação esportiva como o
Judô, Karatê, Futebol de Campo, Futsal, Basquete e Vôlei.
Os Educadores de Modalidades e de APX trabalham em conjunto as diversas temáticas transversais
propostas, que integram o desenvolvimento corporal das modalidades esportivas e artístico-culturais com o
desenvolvimento mental, cognitivo e emocional do processo de aprendizado humano em suas múltiplas
relações: consigo mesmo, com seu próximo, com seu meio social e com seu meio natural.
O projeto promove o envolvimento com a família e a integração de suas atividades ao Plano Eco Político
Pedagógico das Unidades Educacionais da rede municipal de Osasco, por meio de ações singulares
ecomplementares, realizadas pelos educadores do projeto, em diálogo com os professores e gestores da rede
pública municipal.
97% dos pais avaliam como bom e ótimo o impacto do projeto no rendimento
escolar de seu filho(a)
87% do professores das UEs percebem o impacto do projeto no desenvolvimento
educacional dos alunos
89% dos educadores do projeto percebem o impacto positivo no desenvolvimento
social das crianças atendidas
85% dos gestores do projeto consideram que as ações das modalidades estão
integradas de forma positiva com as atividades de apoio pedagógico
RESULTADOS
6. NOSSA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
PROJETO ESCOLINHA DO FUTURO
Clique para assistir o video
das atividades do Projeto
Escolinha do Futuro
7. NOSSA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
RECREIO NAS FÉRIAS
O programa consiste no desenvolvimento de atividades educacionais,
recreativas e culturais, através de brincadeiras, práticas esportivas e
passeios às crianças do 1º ao 4º ano da rede pública municipal no
período das férias escolares, nos espaços educacionais e fora deles.
Teve início no ano de 2005 sendo que em 2010 o programa atendeu
mais de 10.600 crianças, norteando-se por valores essenciais de
convivência, solidariedade, igualdade e respeito às diferenças,
articulando-se por meio de práticas interativas, dialógicas e
cooperativas voltadas à educação e ao aprendizado dos envolvidos.
Oferece oficinas lúdicas de artes, leitura, música, artesanato,
fantoches, contação de história, danças populares, cirandas, grafite,
mágica e teatro. Para além dos muros das escolas e em diálogo vivo
com sua comunidade, as crianças, monitoradas por agentes
recreativos, têm a oportunidade de ampliar sua vivência e visão de
mundo, por meio de passeios para a Cidade do Livro, Jardim Zoológico,
Playcenter, Sescs, Parque da Xuxa e outros.
Baseando-se no Plano Nacional de Educação e nas Cartas das Cidades
Educadoras (Barcelona, 1990), o programa promoveu a Educação
Integral no contraturno escolar, com crianças e adolescentes das redes
públicas municipais e estaduais, do Ensino Fundamental I e
II, especialmente nas áreas de Meio Ambiente (Ipê
Amarelo), Vivências Expressivas (Ipê Roxo), Produção Artesanal (Ipê
Branco) e Turismo (Ipê Rosa). O projeto foi implementado nos
municípios de São Roque e Osasco (SP) nos anos 2007 e
2008, atendendo mais de 500 jovens.
YPÊS
8. OUTROS PROJETOS E PROGRAMAS
Ângela de Cara Limpa
Arranjo Produtivo de Reciclagem
e Ecoempreendimentos no Jd. Ângela – São Paulo.
Avaliação Ecossistêmica Subglobal
Pesquisa sobre a inter-relação entre serviços
ambientais na Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde de São Paulo e bem-estar humano.
Neutralização de Carbono
Plantio de mudas para compensação de emissão
de CO2, reflorestamento e compensação
ambiental.
Rota Gastronômica do Cambuci
Resgate do cultivo e consumo da fruta nativa da Mata Atlântica
como estratégia de geração de renda e conservação ambiental.
Agroecologia Urbana
Organização comunitária para um ambiente urbano
ecologicamente sustentável e pela geração de renda.
Sagrado Riso
Apresentações artísticas abordando questões
socioambientais e oficinas de figurinos e cenários
com aproveitamento de sucata.
CONTATOS
AHPCE - Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica
CNPJ: 02.371.608/0001-58 | OSCIP: 08071.008932/2006-72 | IE: 492.590.639.116
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Tel. + 55 11 2867-2773 / 7174-2456
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