1. Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria
Direção de Competitividade Empresarial
Departamento de Cooperação Empresarial e Empreendedorismo
Praça das Indústrias 1300-307 Lisboa
E-mail: empreender@aip.pt
APOIOS
a c a d e m i a
a c a d e m i a
CONTACTOS
em
preen
er
d
J O V E M
J O V E M
m a n u a l
DO ALUNO
ENSINO SECUNDÁRIO | TÉCNICO-PROFISSIONAL
3. A AIP no caminho
do empreendedorismo
O empreendedorismo assume-se como um dos principais fatores promotores do
desenvolvimento económico de um país e, por isso, é considerado também como uma
das oito competências-chave que deve ser adquirida nas escolas, tal como o Português, a
Matemática ou outra qualquer disciplina já perfeitamente cimentada no programa curricular dos alunos.
Sendo a Educação um dos pilares da sociedade e assumindo que a capacidade empreendedora não é, exclusivamente, uma capacidade inata, mas sobretudo adquirida, caberá a
toda a sociedade o papel de formar pessoas capazes de acompanhar e de se adaptarem, ou
mesmo reagirem, às mudanças e desafios de uma sociedade em constante transformação.
Nos últimos anos, a Comissão Europeia tem dedicado especial atenção à educação/formação para o empreendedorismo, desde o ensino básico até ao ensino superior, referindo a
importância da participação/cooperação de todos, isto é, estabelecimentos de ensino e
comunidades locais, associações empresariais e empresas.
Reconhecida pela sua intervenção prática junto das empresas, a Associação Industrial
Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP) empenhou-se desde logo em promover,
também, esta temática junto de um público cada vez mais abrangente. Tendo começado
por dirigir as suas iniciativas sobre empreendedorismo a empresários, jovens à procura do
primeiro emprego e desempregados que pretendiam criar o seu próprio posto de trabalho
através da criação de uma empresa, alargou posteriormente estas iniciativas a todos os
jovens, nomeadamente aos que se encontram na fase final da sua formação. Recentemente,
acreditando que uma intervenção eficaz se faz investindo nas pessoas desde os níveis
mais precoces de educação, a AIP desenvolveu programas para um público mais jovem,
os empreendedores de amanhã – os jovens do ensino secundário e técnico-profissional!
4. Esta nova aposta da AIP tem o apoio do POAT/FSE e está materializada na iniciativa
“Academia Empreender Jovem”. Este programa pretende criar ambientes em que os alunos
possam exercitar a sua capacidade de imaginar as mudanças, por forma a desenvolver
desde muito cedo a sua capacidade de iniciativa, criatividade, autoconfiança, liderança,
trabalho em equipa, responsabilidade e sentido cívico em tudo o que irão empreender, seja
na vida académica e profissional seja nos aspetos pessoais e sociais da vida quotidiana.
A AIP pretende criar assim, com a “Academia Empreender Jovem”, uma cultura favorável
ao empreendedorismo.
É neste contexto que a AIP tem vindo a dar especial destaque ao tema do empreendedorismo, consciente de que esta abordagem deve ser feita, cada vez mais, ao nível da
mentalidade das novas gerações, para que o emprendedorismo deixe de ser visto como
algo de grande risco, mas sim como uma oportunidade real para quem quer ter sucesso
no seu percurso de vida.
Destacam-se aqui algumas iniciativas/atividades de Empreendedorismo que a AIP tem
vindo a realizar:
• Plataforma virtual www.empreender.aip.pt
• Acompanhamento Técnico de Empreendedores: Consultoria e Formação
• Network e apoio na identificação e estabelecimento de parcerias
• Empreendedorismo no Feminino – Projecto EmpowerWoman
• Ateliês Criativos (Aceleradores de Ideias e Comunidades Criativas)
• Workshops e Conferências
• Fórum do Empreendedorismo
• Gabinetes de Apoio
• Presença em iniciativas de terceiros, dinamizando espaços de mostra ou
liderando paineis de intervenção
• Jogos de Empreendedorismo – “EMPREENDER – O Jogo!”
• Slots/filmes animados sobre percurso empreendedor – modelo composto por
8 etapas
• Guia do Empreendedor
• Espaços Co-work
• Ateliês Empreender Criança e Academia Empreender Jovem
• Campanhas de divulgação
5. Ser empreendedor é ter iniciativa, ultrapassar obstáculos e ser inovador. É ser alguém
atento ao mundo que o rodeia, às suas necessidades e às oportunidades que aparecem.
Um empreendedor tem ideias e transforma-as em negócios.
Os jovens são, por natureza, uma rica fonte de ideias. Todos os jovens têm sonhos e aspirações e precisam de seguir as suas vidas conscientes das suas capacidades para que lhes
seja possível, um dia, concretizar esses e outros sonhos. Conscientes das suas capacidades,
terão a autoconfiança necessária para “ser mais” e para “fazer mais”, por si e pela comunidade envolvente.
A Academia Empreender Jovem surge com o intuito de contribuir para educar, para transmitir conhecimentos e valores, para consolidar alguns conteúdos programáticos através
de ferramentas de qualidade e para promover uma aprendizagem positiva. Acima de tudo,
estas atividades pretendem contribuir para estimular o potencial criativo, a audácia e a
capacidade de iniciativa que existe em cada ser humano, de forma a assimilar e desenvolver
durante a sua vida futura todos os ensinamentos que agora lhe são oferecidos.
Ensinar jovens com vivências e experiências distintas é um desafio. Manter os alunos atentos, concentrados e, sobretudo, motivados aumenta o nível do desafio. Mais importante
do que fazer com que os jovens se sentem e ouçam atentamente, é fazer com que sintam
entusiasmo e motivação para porem em prática os conhecimentos que adquirirem.
Este manual é a ferramenta essencial do aluno e ajudá-lo-á a compreender todos os passos
importantes no caminho do empreendedorismo. Ainda assim, desafiamos a aprofundar os
conhecimentos e a prática, através da Plataforma do Empreeendedor (www.empreender.
aip.pt) e na Internet em geral.
A teoria e a investigação são essenciais à prática!
Desejamos-te boas Ideias e muito Sucesso!
Objetivos do Programa
Sensibilizar os jovens para a importância do empreendedorismo na sociedade;
Despertar e incentivar comportamentos e atitudes empreendedoras;
Dotar os jovens com as competências necessárias à elaboração de uma proposta de valor
Discutir os aspetos fundamentais do processo empreendedor;
Facilitar a reflexão e tomada de decisão pelos alunos sobre a criação do próprio negócio
e do próprio emprego, enquanto alternativa viável de atividade profissional.
6. O CAMINHO
DO EMPREENDEDOR
Ao longo deste programa os alunos irão trabalhar em grupo, em várias fases,
com o objetivo de:
Desenvolver e apresentar
um
Modelo de Negócio
para exploração
de oportunidades!
É através da construção do Modelo de Negócio que o empreendedor consolida
a sua ideia para explorar uma oportunidade. É importante distinguir esta
fase de consolidação da ideia da fase de planeamento de todo o negócio,
conhecida por Plano de Negócio.
Mas, para se construir um bom Plano, devemos antes consolidar e estruturar
ideias, recorrendo ao Modelo de Negócio!
Para chegarmos ao nosso Modelo de Negócio, iremos percorrer o caminho
que qualquer empreendedor deve explorar. Para teres uma ideia, o caminho
do empreendedor tem as seguintes etapas:
7. PASSOS
1
Ser empreendedor
2
As ideias e as oportunidades de negócio. As tendências do mundo atual
3
Gerar ideias para oportunidades de negócio. A ferramenta “Modelo de Negócio”
4
Modelo de Negócio: Definir a Proposta de Valor
5
Modelo de Negócio: Definir a quem se destina a minha Proposta de Valor.
Os potenciais clientes
6
Modelo de Negócio: Qual o nosso mercado. Como comunicamos, vendemos
e distribuímos os produtos e serviços aos potenciais clientes.
Qual a Marca que nos identifica?
7
Modelo de Negócio: As atividades e recursos fundamentais para
a exploração da oportunidade
8
Modelo de Negócio: As redes de contactos e as parcerias
9
Modelo de Negócio: Que rendimentos irá o negócio gerar?
10
Modelo de Negócio: Quais os gastos mais importantes da atividade?
11
Como prever e apurar os resultados do negócio?
12
Finalizar a construção do Modelo de Negócio e a Demonstração de Resultados
13
Como apresentar Modelos de Negócio; técnicas e métodos
O marketing pessoal
14
Apresentação pública do Modelo de Negócio
Este manual ajudar-te-á a encontrar as melhores respostas às questões
que irás encontrar em cada etapa do caminho do empreendedor.
8. COMO UTILIZAR
1
Ser empreendedor
Este Manual pretende apoiar o estudo e
a realização das tarefas que são pedidas
nas várias fases da elaboração do Modelo
de Negócio.
Está organizado em capítulos, e cada um
corresponde a um tema específico.
1.1. O que é o Empreendedorismo?
1.2. As características da atividade empreendedora
1.3. Tipos de atividades económicas
1.4. Ética e Responsabilidade Social
2
Os dois primeiros capítulos abordam temas básicos
para o nosso projeto; o capítulo 1 aborda o tema do
empreendedorismo, explicando o que significa e
apresentando outros assuntos relacionados com a
atividade do empreendedor. O capítulo 2 fala-nos
sobre a relação que deve existir entre ideias de negócio
e a criação de soluções para problemas no mercado e
o que são oportunidades de negócio.
Ideias, soluções
e oportunidades
de negócio
2.1. Processo empreendedor na perspetiva do negócio
2.2. As fases do processo empreendedor
2.3. Ideias, inovações e invenções
2.4. A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
2.5. As tendências do mundo actual
MODELO DE NEGÓCIO
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
ATIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
Que organização
e actividades-chave?
Os capítulos 3 a 7 explicam e demonstram como podemos utilizar a ferramenta básica deste programa, que
é o Modelo de Negócio. Com este modelo poderemos
conceber e desenhar a forma como vamos explorar a
nossa oportunidade de negócio.
Data
PROPOSTA
DE VALOR
Onde obter recursos
necessários?
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
ACTIVIDADES E
Quem pode apoiar E
ACTIVIDADES
RECURSOS-CHAVE
eRECURSOS-CHAVE
partilhar actividades?
Grupo:
Problema:
ACTIVIDADES E
REDES
RECURSOS-CHAVE
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
REDES
Como desenvolver
e vender produto/serviço?
Proteger ideia?
Ideia:
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
ACTIVIDADES E
REDES
RECURSOS-CHAVE
ROTAS PARA
O MERCADO
Características
e benefícios do
produto/serviço?
PROPOSTAS
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
Como acedem aos
produtos/serviços?
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
ROTAS
DE VALOR
DE MERCADO
ACTIVIDADES E
PROPOSTAS
ESTRUTURA
RECURSOS-CHAVE
DE VALOR
DE CUSTOS
REDES
ESTRUTURA
FONTES
DE RECEITAS
DE CUSTOS
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
PROPOSTAS
DE VALOR
DE VALOR
Do que precisam?
São consumidores?
PROPOSTAS
ROTAS
DE VALOR
DE MERCADO
ROTAS
Que grupos de consumidores
CLIENTES
DE MERCADO
e clientes existem?
CLIENTES
Que tendências?
PROPOSTAS
DE VALOR
CLIENTES
PROPOSTAS
FONTES
DE VALOR
DE RECEITAS
ROTAS
DE MERCADO
PROPOSTAS
DE VALOR
CLIENTES
PROPOSTAS
ESTRUTURA
DE VALOR
DE CUSTOS
ESTRUTURA
FONTES
DE CUSTOS
DE RECEITAS
PROPOSTAS
ACTIVIDADES E
DE VALOR
RECURSOS-CHAVE
FONTES
DE RECEITAS
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
ESTRUTURA DE CUSTOS
ROTAS
DE MERCADO
CLIENTES
PROPOSTAS
DE VALOR
ESTRUTURA
DE CUSTOS
FONTES
DE RECEITAS
FONTES DE RECEITAS
Quanto custam os recursos
e actividades?
Quem nos paga?
Que custos são fixos
(não variam com a actividade)?
Quais os custos que variam
com o volume de vendas?
Vão pagar pelo quê?
PROPOSTAS
DE VALOR
ESTRUTURA
DE CUSTOS
Quanto precisamos vender
paraFONTESos custos?
cobrir
DE RECEITAS
ACADEMIA EMPREENDER JOVEM
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
DEMoNSTrAçÃo DE rESulTADoS
Grupo:
Data
ProDuToS
Produto 1
A) Vendas
Finalmente, e porque é importante que um empreendedor dê na sua comunidade, e particularmente a
financiadores, a sua ideia de negócio, o capítulo 8
trata do assunto essencial das formas de apresentação de ideias e do marketing pessoal.
ano
Que concorrentes
estão envolvidos?
ROTAS
CLIENTES
DE MERCADO
PROPOSTAS
DE VALOR
mês
PROPOSTAS
DE VALOR
CLIENTES
Como comunicamos
com clientes
e consumidores?
PROPOSTAS
DE VALOR
DE VALOR
Custo/benefício?
Como de disitingue
de concorrentes?
dia
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
(Preço x unidades)
B) Custo das vendas
(custo unitário x unidades)
C) Margem comercialização VAlor
(A – B)
D) Margem comercialização PErCENTAGEM
(A – B) / A
E) SAlárioS (média mensal de 14 meses)
Salários função 1
Segurança Social função 1
Salários função 2
Segurança Social função 2
F) instalações
Renda
Seguros
Consumos electricidade e gás
Telefone e internet
G) Marketing
Publicidade tradicional
Publicidade motores de busca
H) outros
Outros ?
rESulTADo oPErACioNAl (lucro / Prejuízo)
ACADEMIA EMprEEnDEr jovEM
dia
mês
ano
SErViçoS
Produto 2
Serviço 1
Serviço 2
ToTAl MENSAl
9. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
Aquilo que para uns pode ser uma boa ideia de negócio, pode não o ser para outros!
Tudo depende não só do ponto de vista mais ou menos empreendedor (quer dizer,
onde uns veem oportunidade, outros simplesmente não a veem) mas também da
possibilidade de essa ideia ser valorizada pelos potenciais clientes, e de eles estarem dispostos a pagar pela solução. Lê a história seguinte, que exemplifica o que
acabamos de dizer.
ESTE MANUAL
Dois vendedores de sapatos foram enviados a um país muito pobre do Terceiro
Mundo. Um dos vendedores enviou um email à fábrica dizendo:
“Excelente oportunidade! Muito pouca gente usa sapatos!”
O outro vendedor mandou também um email dizendo:
“Aqui não há oportunidades; ninguém usa sapatos!”
Assim, para determinarmos se uma ideia e solução constituem uma oportunidade
de negócio, deveremos encontrar respostas satisfatórias às seguintes questões:
Qual é o problema ou necessidade, que dimensão tem?
?
Quem sente esse problema? Estão insatisfeitos
com as soluções atuais?
Que importância terá uma nova solução para os potenciais
clientes? Que valor e benefícios tem para eles?
Os potenciais clientes estão dispostos a pagar pela solução?
O suficiente para ser rentável explorar essa oportunidade?
Será que o nosso exemplo dos sapatos é, afinal, uma oportunidade de negócio?
Qual é a tua opinião? Para esse exemplo, tenta responder às questões anteriores e
decide se para ti seria ou não uma oportunidade de negócio!
Em resumo, uma oportunidade de negócio é uma
necessidade à espera de ser satisfeita!
34
Em todos os capítulos, apresentam-se em destaque exemplos que ilustram as ideias apresentadas,
perguntas que ajudam a compreender os temas e
ideias-chave, para ajudar a reter os conceitos mais
importantes.
?
Perguntas
Ideias-chave
Exemplos
O que é o empreendedorismo?
1
Pesquisa mais sobre estes temas em:
O que é um empreendedor?
RADAR
www.empreender.aip.pt
Vê o vídeo e outros conteúdos na Plataforma do
Empreendedor da AIP, em “Etapas do empreendedor.
2.ª etapa: Perfil do Empreendedor”
Testa o teu perfil empreendedor
www.empreender.aip.pt
Vídeo sobre empreendedorismo motivado pela necessidade
(pode ativar legendas em inglês)
ecorner.stanford.edu/authorMaterialInfo.html?mid=1792
Vídeo sobre competências dos grandes empreendedores
(pode ativar legendas em inglês)
ecorner.stanford.edu/authorMaterialInfo.html?mid=1797
Kit Aplicações
Glossário
Empreendedor
Aquele que, identificando uma forma melhor de resolver um problema ou uma necessidade,
avança com determinação para criar e aplicar novas soluções.
Trabalhadores por conta
de outrem
As pessoas que trabalham para uma organização, privada ou pública, recebendo em
contrapartida uma remuneração.
Empresa
Organização composta por pessoas, recursos materiais e técnicos, que tem o objetivo de
produzir e vender produtos ou serviços úteis à sociedade. Tem várias formas, como por
exemplo a sociedade comercial.
Oportunidade
Ocasião para fazer algo, que apresenta boas hipóteses de sucesso no momento em que a
identificamos, e se utilizarmos bem os nossos recursos.
Risco
Probabilidade de ocorrerem acontecimentos desfavoráveis ao nosso objetivo.
Sociedade comercial
As sociedades comerciais são a estrutura típica das empresas nas economias de mercado,
embora a empresa possa revestir outras formas jurídicas. As sociedades comerciais têm por
objecto a prática de atos de comércio. Existem vários tipos, como por exemplo a sociedade
por quotas ou a sociedade anónima.
Lucro
Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um indivíduo nos negócios.
É a diferença entre a receita total obtida pela atividade da empresa e todos os custos
resultantes dessa atividade.
Património
São os bens, os direitos e as obrigações que um indivíduo ou uma empresa possuem.
Pessoa jurídica
Associação, entidade ou instituição, com existência jurídica e devidamente autorizada a
funcionar.
Garantia
Contrapartida que um indivíduo fornece a quem lhe empresta dinheiro, que serve de
compensação no caso de o indivíduo não conseguir pagar o empréstimo.
Investimento
Aplicação de capital (por exemplo, dinheiro) num projeto, com a expetativa de receber mais
do que se investiu.
Fisco
Refere-se, em geral, ao Estado enquanto gestor do Tesouro público (isto é, do dinheiro
que pede a todos nós), no que diz respeito a questões relacionadas com as atividades dos
cidadãos, organizações e empresas.
Rendimento
Ainda, cada capítulo tem um glossário, para melhor
compreensão do significado de palavras e expressões
utilizadas, e também uma secção RADAR, onde se
sugerem ligações da Internet para pesquisas sobre
os temas abordados.
Resultado financeiro que uma empresa (ou pessoa) recebe em resultado da sua atividade, ao
longo de um determinado período de tempo.
26
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
Glossário
Glossário
RADAR
Radar
Fontes de Rendimentos, Gastos e Resultados
7
PROPOSTAS
DE VALOR
ROTAS
DE MERCADO
DISCUSSÃO EM GRUPO
CLIENTES
FICHA
Agora empreende!
7.B
PROPOSTAS
DE VALOR
GASTOS FIXOS E VARIÁVEIS
ESTRUTURA
FONTES
DE CUSTOS
DE RECEITAS
TEMA: Gastos mais importantes. Custos fixos e variáveis
OBJECTIVO:
Identifica os gastos fixos e variáveis com a exploração do negócio.
COMO:
Como vimos, a designação mais comum de gastos é “custos”.
Revê a definição de custos fixos e variáveis.
PROPOSTAS
Discute e qualifica (quer dizer, descreve) quais são os custos fixos e variáveis do negócio. Preenche as
DE VALOR
colunas seguintes. Preocupa-te em analisar toda a tua operação, desde as actividades e recursos até
às rotas para o mercado.
CUSTOS
Fixos
102
Variáveis
Ao longo do Manual existem diversas fichas,
"Agora empreende!", que ajudarão os novos
“empreendedores” a utilizarem e desenvolverem
o seu Modelo de Negócios.
10. ÍNDICE
1
Ser empreendedor
..........................................................
1.1. O que é o empreendedorismo?
............................................
1.2. As características da atividade empreendedora
13
14
......................
18
..........................................
19
1.4. A ética e a responsabilidade social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23
Radar
26
1.3. Tipos de atividades económicas
................................................................................
Glossário
2
............................................................................
26
Ideias, soluções e oportunidades de negócio . . . . . . . . . . .
29
2.1. Processo empreendedor na perspetiva do negócio
.....................
30
......................................
31
.............................................
39
2.4. A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução . . . . . . . . . . . . . . .
41
2.5. As tendências do mundo atual
...........................................
42
................................................................................
46
2.2. As fases do processo empreendedor
2.3. Ideias, inovações e invenções
Radar
Glossário
............................................................................
Agora empreende!
3
.................................................................
Da ideia à proposta de valor
3.1. O que é a Proposta de Valor
46
47
......................................
59
..............................................
60
3.2. Como se caracterizam os potenciais clientes?
.........................
65
3.3. Como se agrupam em segmentos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
67
Radar
68
................................................................................
Glossário
............................................................................
Agora empreende!
4
.................................................................
Rotas para o mercado
..................................................
4.1. O que é o mercado? Como nos relacionamos com o mercado?
70
73
......
74
......................................................
77
................................................................................
79
4.2. Qual a minha marca?
Radar
69
Glossário
............................................................................
Agora empreende!
.................................................................
79
80
13. 1
Ser empreendedor
1.1. O que é o Empreendedorismo?
1.2. As características da atividade empreendedora
1.3. Tipos de atividades económicas
1.4. Ética e Responsabilidade Social
14. 1
O que é o empreendedorismo?
O que é o empreendedorismo?
Há muitas definições de empreendedorismo, mas genericamente podemos dizer que
é o processo utilizado por indivíduos para explorar oportunidades. Este processo tem
características próprias, que vamos analisar mais à frente. Para compreendermos
melhor o que é o empreendedorismo, vejamos primeiro o que está na sua base, que
é precisamente o empreendedor!
Aos indivíduos que identificam oportunidades e tentam encontrar forma de as
explorar chamamos empreendedores.
?
Que comportamentos e atitudes
caracterizam um EMPREENDEDOR?
Um empreendedor é uma pessoa que tem certo tipo de comportamentos e atitudes
que o levam a ser ativo, determinado e decidido perante os desafios que encontra. Não
se trata de querer ser superior aos seus colegas, mas sim de sentir-se impulsionado
para a ação, fazendo as coisas de forma diferente e tentando resolver problemas,
mesmo quando não tem a certeza de conseguir os seus objetivos!
Podemos ser empreendedores na nossa vida pessoal, social e familiar; o termo empreendedor não se aplica só à componente profissional. Mas também nesta componente
profissional podemos ser empreendedores naquilo que fazemos, mesmo que sejamos
trabalhadores por conta de outrem.
Ser empreendedor não significa ser dono de uma empresa;
podemos ser empreendedores estando empregados
numa organização qualquer
14
15. Academia Empreender Jovem
SES
1
Por outro lado, é provável que um empresário, dono de uma empresa, seja minimamente empreendedor. Afinal de contas, terá sempre de lutar pelo sucesso da sua
empresa. Mas também é possível haver empresários que não demonstram nenhuma
vontade de resolver problemas, de forma inovadora, com persistência e tenacidade,
e de servir bem os seus clientes.
Assim, quando falamos de empreendedores, não estamos obrigatoriamente a falar
de empresários e de proprietários de negócios ou empresas.
?
Só podem ser empreendedores
os que nasceram empreendedores?
Claro que não!
Ser empreendedor não está reservado para aqueles que nasceram empreendedores;
o empreendedorismo é um processo que pode ser posto em prática por qualquer
pessoa, desde que assuma comportamentos e atitudes empreendedores.
E os comportamentos e atitudes aprendem-se, como todos sabemos!
É natural que alguns tenham mais facilidade em adotar estes comportamentos e
atitudes, mas isso estará ao alcance, maior ou menor, de todos.
Com esses comportamentos e atitudes poderemos perseguir uma oportunidade,
seja de negócio ou pessoal. Mas para isso deveremos ter energia, motivação e paixão
pelo que fazemos.
Falando de negócios, podemos dizer que sem estas características as melhores
oportunidades de negócio não terão sucesso.
Assim, uma fórmula para o sucesso de um empreendedor é:
ENERGIA, MOTIVAÇÃO E PAIXÃO
+
OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO
=
SUCESSO
15
16. O que é o empreendedorismo?
1
Por outro lado, para aqueles que desejam ser empreendedores e criar o próprio negócio, devem saber que o empreendedorismo requer a adoção de determinado estilo
de vida, muito intenso e permanente, que poderá não ser desejado e confortável.
Também por isso dizemos que ser empreendedor não é para todos!
Mas, atenção, podemos ser empreendedores com intensidades diferentes!
?
E que motivações existem para se ser empreendedor?
As motivações para se ser empreendedor são muito variadas. Incluem a criação
do próprio emprego, a ambição pessoal, o sonho de criar algo novo ou o desejo de
depender de si próprio.
Naturalmente, nem todos pretendem seguir uma carreira de empreendedor, na área
dos negócios. Mas, para aqueles que o desejam, podemos dizer que deverão ter a capacidade de detetar e explorar oportunidades e conseguir obter os recursos humanos,
materiais e financeiros necessários. E deverão fazer tudo isto recorrendo a produtos,
serviços e abordagens inovadoras.
?
Mas, afinal, quais são os comportamentos e atitudes que
caracterizam, em maior ou menor grau, um empreendedor?
São eles:
Identificamos e exploramos
oportunidades
Gostamos de dar o exemplo
e sermos líderes
Temos alguma tolerância
ao risco
Somos criativos, inovadores e
adaptamo-nos com facilidade
Ter sucesso
é muito motivante
Sou empenhado
e determinado
Figura 1. Comportamentos e atitudes empreendedoras
16
17. Academia Empreender Jovem
SES
1
Identificar e explorar oportunidades – O empreendedor não descansa enquanto não
identifica as necessidades e oportunidades do mercado, lançando-se sem hesitações
em sua perseguição.
Liderança – Possui iniciativa, inspira outros e reparte os sucessos pela sua equipa.
Honesto e confiável, constrói relacionamentos estáveis e dá o exemplo.
Empenho e Determinação – O empreendedor tem a capacidade de se dedicar, com
persistência, na resolução de problemas. É tenaz e persegue os seus objetivos com
intensidade, de forma disciplinada e competitiva, mesmo com sacrifício pessoal.
Tolerância ao Risco – Não existe atividade empreendedora sem risco e incerteza.
O empreendedor aceita esse facto, e é capaz de partilhar e reduzir o risco, tolerando
a incerteza e a ambiguidade.
Criativo, Confiante, Adaptável – Evita situações convencionais, de mente aberta e
adaptável a mudanças bruscas. Aprende com rapidez e concebe soluções abrangentes.
Motivação para o Sucesso – O empreendedor corre atrás de resultados e objetivos,
com consciência das suas capacidades e estabelece compromissos para alcançar os
seus fins.
?
Reconheces em ti estes comportamentos e atitudes?
17
18. O que é o empreendedorismo?
1
As características da atividade
empreendedora
Entretanto, e para arrumar as nossas ideias, podemos dizer que o empreendedorismo não se define só por estes comportamentos e atitudes. Há muitos outros
comportamentos e atitudes que são recomendados para um empreendedor! Por
outro lado, não basta ter estes comportamentos de vez em quando; é necessário que
não sejam atos isolados mas sim uma abordagem constante da atividade empreendedora. Por isso, dizemos que estes comportamentos e atitudes se arrumam em
três características básicas da atividade do empreendedor. São elas:
Proatividade
Inovação
Assumir riscos
Figura 2. As três características da atividade empreendedora
Proatividade: isto é, a vontade e motivação para influenciar o mundo que nos rodeia,
antecipar a nossa ação, adaptarmo-nos às circunstâncias, assumirmos a iniciativa;
Assumir riscos: ou seja, capacidade para calcular e aplicar recursos necessários à
exploração da oportunidade, estimando e aceitando as hipóteses de insucesso;
Inovação: é a tendência para inovar, para criar alternativas e novas soluções, para
experimentar e pôr em prática coisas novas.
Isto significa que um empreendedor, no seu dia-a-dia, deverá preocupar-se em
aplicar estas 3 vertentes do empreendedorismo, de forma permanente, e em maior
ou menor grau consoante as necessidades do momento.
18
19. Academia Empreender Jovem
SES
1
Tipos de atividades económicas
Na sua atividade profissional, o empreendedor organiza-se de acordo com as regras
existentes. Estas regras incluem dois tipos básicos de organizações, relativamente
ao seu objetivo. São elas as organizações com fins lucrativos e sem fins lucrativos.
Vamos ver o que são.
1.3.1. Organizações com fins lucrativos
As empresas, como chamamos correntemente, são sociedades comerciais, isto é, têm
por fim o lucro para os seus proprietários (os sócios).
Para além do objetivo principal do lucro, as sociedades
comerciais devem contribuir para o desenvolvimento social,
ambiental e cultural, respeitando os trabalhadores,
os investidores, os cidadãos e a envolvente.
A forma legal das sociedades comerciais surgiu há séculos, para permitir aos empreendedores investirem em negócios com algum grau de proteção do seu património pessoal.
Quer dizer, a empresa por eles criada tem património próprio, como se fosse uma
pessoa! Diz-se até que as empresas (entre outras organizações) são pessoas jurídicas,
com direitos e deveres!
Se o negócio correr mal, é o património que responde pelas dívidas.
Dessa forma, o património do empreendedor da empresa fica protegido, reduzindo
o risco de empreender.
19
20. 1
O que é o empreendedorismo?
Sem esta proteção do seu património, isto é, ficando
completamente expostos ao risco do negócio, muitos
empreendedores não avançariam com os seus projetos.
Naturalmente, se o empreendedor, para obter empréstimos para a sua empresa, der
como garantia o seu património pessoal, então nesse caso o seu património já não
fica completamente protegido.
As empresas têm, assim, o lucro como objetivo primordial, mas não único.
Outros objetivos incluem a criação do próprio emprego, a criação de outros empregos,
servir as necessidades da sociedade, etc. Raramente o lucro será o único objetivo!
?
Mas o que é o lucro?
Para explorar oportunidades de negócio, deverá haver determinado investimento de
recursos financeiros, de trabalho, patrimoniais, etc.
Anualmente, qualquer atividade empresarial tem de apresentar as suas contas à
sociedade, fazendo-o principalmente através do Fisco. Nessa ocasião, devem referir
todos os rendimentos obtidos e todos os gastos incorridos com o negócio.
No final de cada ano os rendimentos que sobrarem, depois de pagos todos os gastos
e os impostos, são o lucro, que fica ao dispor da empresa e dos seus proprietários.
Ao longo dos anos esse lucro deverá ser suficiente para justificar ao empreendedor
a continuação no negócio, e compensá-lo pelo investimento que fez e pelo risco que
correu.
20
21. Academia Empreender Jovem
SES
1
Entretanto, uma nota! O salário do empreendedor,
enquanto trabalhador da sua empresa, não é lucro,
mas sim vencimento pela prestação do seu trabalho.
1.3.2. Organizações sem fins lucrativos
As organizações sem fins lucrativos não são sociedades comerciais, e não têm o lucro
como objetivo principal. Podem ser organizações privadas (quer dizer, os proprietários são privados) e têm por objetivo servir as necessidades de grupos específicos da
população. Estes podem ser grupos carenciados ou desprotegidos, grupos de profissionais de determinada área (cooperativas), grupos de empresas e consumidores
(associações), etc.
A sua atividade pode gerar rendimentos que são superiores aos gastos; nesse caso,
esse lucro deve ser reinvestido na concretização do seu principal objetivo.
Tenham ou não o objetivo do lucro, tanto umas como outras, estas organizações
têm um papel igualmente importante na sociedade. Mas há regras que ambas têm
de seguir, que são um conjunto de leis e normas mas também um conjunto de regras
sociais, de acordo com a sociedade onde atuam.
Para além do cumprimento das leis, há regras sociais que devem
ser cumpridas pelas organizações; pensa na linguagem
e utilização de imagens que possam ser ofensivas para ti e para
a tua família. Por exemplo, se uma empresa que vende roupa
tiver fábricas em países pobres onde utiliza trabalho infantil
para fabricar os seus artigos, isso não te incomoda?
?
21
22. O que é o empreendedorismo?
1
Consegues dar exemplos de organizações com e sem fins lucrativos?
Eis um exemplo de cada um:
A “Vodafone” é uma empresa multinacional de telecomunicações
móveis, com 400 milhões de clientes em 30 países. É propriedade
de investidores privados (pessoas e outras empresas). Como é muito
grande, está organizada em sociedade anónima por ações. Isto é, quem
comprar uma ação da Vodafone é também proprietário da empresa! Os seus
produtos concorrem com os das suas concorrentes, como a TMN e a Optimus,
por exemplo. O seu objetivo é o lucro para os seus proprietários. Mas, para
conseguir esse objetivo é também necessário ter outros objetivos fundamentais,
contribuindo para o avanço tecnológico da sociedade, respeitando os valores
da sociedade, dos clientes e trabalhadores.
O “Banco Alimentar contra a Fome” é um conjunto de organizações,
reunidas numa federação, espalhadas por Portugal. São organizações
privadas (não pertencem ao Estado) sem fins lucrativos, que recolhem
doações de alimentos e os distribuem a instituições de apoio a pessoas
carenciadas. Muitos voluntários trabalham nos bancos alimentares, mas há
despesas de funcionamento que precisam de ser pagas. Outras empresas
e pessoas dão donativos em dinheiro para que essas despesas possam ser
pagas. O objetivo principal não é distribuir lucro pelos associados, mas sim
utilizar todos os meios para cumprir o seu objetivo: lutar contra o desperdício,
recuperando excedentes alimentares, para os levar a quem tem carências
alimentares, mobilizando pessoas e empresas, que a título voluntário se
associam a esta causa.
22
23. Academia Empreender Jovem
SES
1
A ética e a responsabilidade social
A ética – o conjunto de valores morais e princípios de conduta social – aplica-se também à atividade profissional, incluindo a atividade empreendedora e empresarial.
Estes valores e princípios incluem o respeito pelos outros – clientes, trabalhadores,
concorrentes, etc. – e daí resulta um conjunto de deveres para com a sociedade a
que chamamos responsabilidade social.
Atualmente, as empresas e as organizações sem fins lucrativos preocupam-se
muito com este tema. No caso das empresas, o nível de responsabilidade social que
demonstram tem impacto em todas as partes interessadas, essencialmente no que
toca à preferência ou rejeição dos seus produtos e serviços.
?
Lembras-te da fábrica que produz roupa em países pobres?
Se tivesses alternativa, preferias comprar roupa dessa empresa
ou de outra que não se aproveita do trabalho infantil
para produzir mais barato?
Na realidade, existem empresas do mundo ocidental que produzem os seus produtos em países muito pobres, pagando salários muito baixos, e os trabalhadores são
obrigados a trabalhar mais horas do que deviam. Ao contrário de outras empresas
concorrentes, conseguem assim produzir mais barato, e assim obtêm mais lucros.
Por vezes, essa falta de responsabilidade social para com os trabalhadores, quando é
conhecida do público em geral, é penalizada e os clientes rejeitam os seus produtos.
Assim, não é somente por razões morais que as empresas devem seguir bons princípios de responsabilidade social, mas também porque os clientes estarão atentos
e poderão “castigar” os incumpridores!
23
24. 1
O que é o empreendedorismo?
Dando outro exemplo, poderemos referir o seguinte:
Em alguns países a pesca do atum é feita com redes de arrasto (pouco
frequente em Portugal), o que significa que tudo o que vem à rede
é pescado. Como os golfinhos se alimentam perto dos atuns, são
também apanhados, situação que desagrada a muitos consumidores
de atum. As empresas que praticam outro tipo de pesca, evitando matar os
golfinhos, preocupam-se em dizer aos seus clientes que pescam o atum sem
causar dano aos golfinhos, esperando que esse facto atraia a preferência dos
clientes. Naturalmente, essas empresas têm a responsabilidade de cumprir
aquilo que dizem, sem enganar os consumidores!
Outro tipo de responsabilidades para com a sociedade refere-se à sustentabilidade da
atividade, por exemplo em termos de preservação do ambiente e dos valores sociais,
incentivando a reutilização e reciclagem de desperdícios, a conservação de energia,
apoiando iniciativas de carácter social, artístico e cultural, etc.
Naturalmente, a sociedade tem de promover e apreciar a aplicação de todos destes
princípios, caso contrário os cumpridores ficam em desvantagem, e … “paga o justo
pelo pecador”!
A “Associação Projeto REKLUSA”, fundada em 2010, é uma instituição
particular de solidariedade social, sem fins lucrativos, que tem por fim
apoiar a reintegração da população reclusa na vida profissional.
O seu objetivo é desenvolver o âmbito profissional e pessoal da
população reclusa e ex-reclusa para apoiar a sua reinserção na sociedade.
A sua missão é proporcionar e dar as ferramentas necessárias à população
reclusa e ex-reclusa para que tenha uma forma de trabalhar, tornando-a mais
confiante e envolvida na melhoria do seu meio ambiente.
Por outro lado, proporciona aos seus associados um novo conceito, levando à
satisfação da sua necessidade de ajudarem em causas de âmbito social.
24
25. Academia Empreender Jovem
SES
1
A “Associação Projeto REKLUSA”, também tem como missão desenvolver,
encontrar e fornecer soluções para criar e gerar cada vez mais postos de
trabalho, tendo sempre em vista a melhoria e qualidade de vida da população
reclusa e ex-reclusa.
Esta é a forma de estar, de pensar e de agir da REKLUSA!
Os seus princípios e valores são: Cooperação, partilha, solidariedade e inovação,
vividos de forma a gerar confiança. Promover o bem-estar da sociedade atual e
das gerações futuras.
Atualmente trabalham com reclusas do Estabelecimento Prisional de
Tires, que confecionam carteiras de senhora da marca REKLUSA, como
as seguintes:
Para continuarem a crescer de forma sustentável, agradecem a boa vontade
e envolvimento de empresas e organizações que se tornaram parceiras,
contribuindo com matérias-primas, produtos, serviços e atos de voluntariado.
25
26. 1
O que é o empreendedorismo?
Pesquisa mais sobre estes temas em:
O que é um empreendedor?
RADAR
www.empreender.aip.pt
Vê o vídeo e outros conteúdos na Plataforma do
Empreendedor da AIP, em “Etapas do empreendedor.
2.ª etapa: Perfil do Empreendedor”
Testa o teu perfil empreendedor
www.empreender.aip.pt
Kit Aplicações
Vídeo sobre empreendedorismo motivado pela necessidade
(pode ativar legendas em inglês)
ecorner.stanford.edu/authorMaterialInfo.html?mid=1792
Vídeo sobre competências dos grandes empreendedores
(pode ativar legendas em inglês)
ecorner.stanford.edu/authorMaterialInfo.html?mid=1797
Glossário
Empreendedor
Trabalhadores por conta
de outrem
As pessoas que trabalham para uma organização, privada ou pública, recebendo em
contrapartida uma remuneração.
Empresa
Organização composta por pessoas, recursos materiais e técnicos, que tem o objetivo de
produzir e vender produtos ou serviços úteis à sociedade. Tem várias formas, como por
exemplo a sociedade comercial.
Oportunidade
Ocasião para fazer algo, que apresenta boas hipóteses de sucesso no momento em que a
identificamos, e se utilizarmos bem os nossos recursos.
Risco
Probabilidade de ocorrerem acontecimentos desfavoráveis ao nosso objetivo.
Sociedade comercial
As sociedades comerciais são a estrutura típica das empresas nas economias de mercado,
embora a empresa possa revestir outras formas jurídicas. As sociedades comerciais têm por
objecto a prática de atos de comércio. Existem vários tipos, como por exemplo a sociedade
por quotas ou a sociedade anónima.
Lucro
Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um indivíduo nos negócios.
É a diferença entre a receita total obtida pela atividade da empresa e todos os custos
resultantes dessa atividade.
Património
São os bens, os direitos e as obrigações que um indivíduo ou uma empresa possuem.
Pessoa jurídica
Associação, entidade ou instituição, com existência jurídica e devidamente autorizada a
funcionar.
Garantia
Contrapartida que um indivíduo fornece a quem lhe empresta dinheiro, que serve de
compensação no caso de o indivíduo não conseguir pagar o empréstimo.
Investimento
Aplicação de capital (por exemplo, dinheiro) num projeto, com a expetativa de receber mais
do que se investiu.
Fisco
Refere-se, em geral, ao Estado enquanto gestor do Tesouro público (isto é, do dinheiro
que pede a todos nós), no que diz respeito a questões relacionadas com as atividades dos
cidadãos, organizações e empresas.
Rendimento
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Aquele que, identificando uma forma melhor de resolver um problema ou uma necessidade,
avança com determinação para criar e aplicar novas soluções.
Resultado financeiro que uma empresa (ou pessoa) recebe em resultado da sua atividade, ao
longo de um determinado período de tempo.
27. Academia Empreender Jovem
Gasto
Contribuição em dinheiro que o Estado impõe aos cidadãos e organizações (como as
empresas) para fazer face às despesas.
Ética
Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do
comportamento humano.
Responsabilidade social
É a responsabilidade colectiva e individual para, numa base voluntária, contribuir para uma
sociedade mais justa e equilibrada e para a preservação ambiental.
Redes de arrasto
1
É o dinheiro e recursos que uma organização (ou uma pessoa) tem que despender a fim de
atingir seus objetivos.
Impostos
SES
São um tipo de artes de pesca em forma de saco de rede, que é puxado por um barco para
que os peixes fiquem retidos dentro da rede. Não distingue entre espécies, e todas as que
forem apanhadas no saco são pescadas.
27
28.
29. 2
Ideias, soluções
e oportunidades
de negócio
2.1. Processo empreendedor na perspetiva do negócio
2.2. As fases do processo empreendedor
2.3. Ideias, inovações e invenções
2.4. A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
2.5. As tendências do mundo atual
30. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
Processo empreendedor
na perspetiva do negócio
No capítulo anterior vimos os comportamentos e atitudes que um empreendedor
deve assumir, de forma permanente, para se dedicar à sua atividade.
Todos nós podemos adotar esses comportamentos e atitudes empreendedoras,
mesmo que para alguns isso possa ser mais fácil. Quer dizer, mesmo aqueles de nós
que, à partida, se sentem menos “empreendedores” podem, independentemente do
seu “perfil”, assumir e manifestar os comportamentos e atitudes (não é necessário
mudar a nossa personalidade!) favoráveis ao espírito empreendedor.
Mas será que chega assumir esses comportamentos e atitudes para iniciarmos um
negócio?
?
Como podemos lançar um projeto de negócio?
Existem diversos passos que deveremos seguir para lançarmos um projecto de negócio. Vejamos então como podemos proceder.
30
31. Academia Empreender Jovem
SES
2
As fases do processo empreendedor
Para lançar um projecto de negócio devemos, para além de ter os comportamentos
e atitudes adequados (como já vimos!), seguir as diversas fases, em sequência, do
processo empreendedor.
Este processo ajuda-nos a iniciar as nossas atividades, pondo em perspetiva o caminho que devemos percorrer.
Este processo leva-nos desde o início da ideia de negócio até à fase em que o negócio
vai de vento em popa! A figura seguinte mostra as cinco fases do processo. Como vês,
as duas primeiras estão assinaladas a cor diferente; isto acontece porque são essas
duas primeiras fases que vamos trabalhar ao longo deste projecto empreendedor,
para construirmos o nosso modelo de negócio!
Vejamos então o que significa cada uma dessas fases do processo empreendedor:
Identificação
da oportunidade
Desenvolver
Modelo de Negócio
Definir e adquirir
recursos necessários
Recomeça o processo?
Colheita
Implementar
e gerir
Figura 3. As fases do Processo Empreendedor
31
32. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2.2.1. Fase “Identificação da oportunidade”
O processo empreendedor deve começar sempre pela identificação de uma oportunidade de negócio.
?
O que é para ti uma oportunidade de negócio?
Esta fase é muito importante, pois uma ideia de negócio pode, até, parecer uma boa
ideia, mas será que é uma boa oportunidade de negócio?
Quanto temos uma ideia de negócio, poderemos achar que é uma boa ideia, mas de
facto só existirá uma oportunidade de negócio se essa ideia se puder concretizar
numa solução, para um determinado problema ou necessidade no mercado.
Quer dizer, para ser solução tem de ser possível concretizar a ideia num produto ou
serviço, e esse produto ou serviço tem de resolver determinada necessidade a um
número suficientemente grande de clientes.
Mais ainda, esses clientes têm de valorizar essa solução e estar dispostos a pagar por
ela um determinado preço, que permitirá ao nosso negócio sobreviver e prosperar.
Como vemos, uma ideia, para ser uma oportunidade de negócio, tem de cumprir
algumas condições.
Quando há um problema ou necessidade de mercado e alguém
tem uma ideia para o resolver, esta pode vir a ser uma solução
para esse problema e assim tornar-se numa oportunidade
de negócio.
32
33. Academia Empreender Jovem
SES
2
Necessidade
Oportunidade?
Ideia e solução
Figura 4. Necessidade + Ideia = Oportunidade?
Nos restaurantes, é um incómodo para os clientes terem de se levantar
e pagar com MB ao balcão. Para resolver esse incómodo, os bancos aplicaram
a tecnologia de comunicações móveis seguras, vendendo esse serviço de
terminais móveis aos restaurantes. Por sua vez, estes disponibilizam a
sua utilização aos seus clientes. Dessa forma,
os clientes ficam mais satisfeitos pela comodidade, e valorizam mais
o serviço que o restaurante lhes presta.
Por outro lado, pode surgir primeiro a ideia e explorar-se depois a sua aplicação em
novas necessidades no mercado. Vê este exemplo de uma ideia que surgiu primeiro,
e que foi aplicada na resolução de um problema identificado mais tarde.
Já ouviste falar dos papéis adesivos de notas Post-it? Surgiram depois de a
empresa “3M” ter desenvolvido uma cola não-permanente, que parecia não
ter utilidade no mercado. Um dos seus técnicos começou a usar essa cola em
pedaços de papel para marcar páginas num livro, que podia depois remover e
reutilizar em outras páginas. Daí surgiu a ideia “ será que o mercado
acha útil usar pedaços de papel colorido para colar, de forma não
permanente, em várias superfícies?” A história de sucesso que se
seguiu já deve ser tua conhecida!
33
34. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
Aquilo que para uns pode ser uma boa ideia de negócio, pode não o ser para outros!
Tudo depende não só do ponto de vista mais ou menos empreendedor (quer dizer,
onde uns veem oportunidade, outros simplesmente não a veem) mas também da
possibilidade de essa ideia ser valorizada pelos potenciais clientes, e de eles estarem dispostos a pagar pela solução. Lê a história seguinte, que exemplifica o que
acabamos de dizer.
Dois vendedores de sapatos foram enviados a um país muito pobre do Terceiro
Mundo. Um dos vendedores enviou um email à fábrica dizendo:
“Excelente oportunidade! Muito pouca gente usa sapatos!”
O outro vendedor mandou também um email dizendo:
“Aqui não há oportunidades; ninguém usa sapatos!”
Assim, para determinarmos se uma ideia e solução constituem uma oportunidade
de negócio, deveremos encontrar respostas satisfatórias às seguintes questões:
Qual é o problema ou necessidade, que dimensão tem?
?
Quem sente esse problema? Estão insatisfeitos
com as soluções atuais?
Que importância terá uma nova solução para os potenciais
clientes? Que valor e benefícios tem para eles?
Os potenciais clientes estão dispostos a pagar pela solução?
O suficiente para ser rentável explorar essa oportunidade?
Será que o nosso exemplo dos sapatos é, afinal, uma oportunidade de negócio?
Qual é a tua opinião? Para esse exemplo, tenta responder às questões anteriores e
decide se para ti seria ou não uma oportunidade de negócio!
Em resumo, uma oportunidade de negócio é uma
necessidade à espera de ser satisfeita!
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35. Academia Empreender Jovem
SES
2
2.2.2. Fase “Desenvolver o modelo de negócio”
Se estivermos perante uma oportunidade de negócio que queremos explorar, então
devemos passar à fase de desenvolvimento do modelo do negócio. Esta fase é fundamental para percebermos como será possível explorar a oportunidade. Isto é, de
que forma é que a nossa ideia, seja de um produto ou serviço, pode solucionar um
problema no mercado?
Já reparaste que utilizamos muitas vezes a expressão
problema? Quando referimos “problema”, significa
uma de três situações; um verdadeiro problema, uma
necessidade, ou um desejo, sentido por um conjunto
de indivíduos.
Entretanto, não devemos confundir entre oportunidade e modelo de negócio.
A oportunidade é a solução para determinada necessidade; o modelo é a forma como
essa necessidade é satisfeita.
Naturalmente, poderá haver mais do que um modelo para explorar uma mesma
oportunidade.
Assim, o Modelo deve ser desenvolvido tendo em conta:
●
●
●
●
●
A inovação (de produto ou serviço; de processo; organizacional ou de
marketing) é uma solução verdadeiramente inovadora?
Essa solução tem valor para as pessoas que têm a necessidade? Conseguimos
chegar até essas pessoas? Quem são elas?
Como devemos comunicar com essas pessoas e dizer-lhes que a nossa solução
lhes interessa?
É possível executar o modelo de negócio? Tenho acesso aos recursos
necessários? Preciso do apoio de alguém (pessoas ou empresas)?
Consigo vender quantidades suficientes para pagar as minhas despesas?
Ao longo dos próximos capítulos, vamos tentar obter resposta a estas questões!
35
36. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
Para isso, vamos usar uma “caixa de ferramentas” e ao longo de cada capítulo vamos
aprender a utilizar cada uma das suas componentes.
Esta caixa de ferramentas permite-nos encontrar respostas e construir o nosso Modelo
de Negócio para exploração da oportunidade que identificámos.
Depois de encontrarmos as respostas necessárias, ficamos com uma visão completa
de como o nosso negócio deve funcionar, o que nos permitirá corrigir a ideia inicial.
A isso chamamos “validar” a ideia e a oportunidade de negócio.
Vê e explora a caixa de ferramentas na figura seguinte:
MODELO DE NEGÓCIO
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
ATIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
Ideia:
Grupo:
Problema:
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
Data
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
PROPOSTA
DE VALOR
REDES
ACTIVIDADES E
REDES
RECURSOS-CHAVE
ROTAS PARA
O MERCADO
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
dia
mês
ano
PROPOSTAS
DE VALOR
CLIENTES
ACTIVIDADES E
REDES
RECURSOS-CHAVE
PROPOSTAS
REDES
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
ROTAS
DE VALOR
DE MERCADO
ROTAS
CLIENTES
DE MERCADO
CLIENTES
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
ROTAS
DE VALOR
DE MERCADO
ROTAS
CLIENTES
DE MERCADO
CLIENTES
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
ESTRUTURA
DE VALOR
DE CUSTOS
ESTRUTURA
FONTES
DE CUSTOS
DE RECEITAS
FONTES
DE RECEITAS
PROPOSTAS
DE VALOR
ACTIVIDADES E
PROPOSTAS
ESTRUTURA
RECURSOS-CHAVE
DE VALOR
DE CUSTOS
REDES
ESTRUTURA
FONTES
DE RECEITAS
DE CUSTOS
PROPOSTAS
DE VALOR
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
PROPOSTAS
PROPOSTAS
DE VALOR
DE VALOR
ACTIVIDADES E
ACTIVIDADES E
RECURSOS-CHAVE
RECURSOS-CHAVE
ROTAS
DE MERCADO
ESTRUTURA DE CUSTOS
PROPOSTAS
FONTES
DE VALOR
DE RECEITAS
PROPOSTAS
DE VALOR
CLIENTES
PROPOSTAS
ACTIVIDADES E
DE VALOR
RECURSOS-CHAVE
REDES
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
ROTAS
DE MERCADO
CLIENTES
PROPOSTAS
DE VALOR
ESTRUTURA
DE CUSTOS
FONTES
DE RECEITAS
FONTES DE RECEITAS
PROPOSTAS
DE VALOR
ESTRUTURA
DE CUSTOS
FONTES
DE RECEITAS
ACADEMIA EMPREENDER JOVEM
PROPOSTAS
DE VALOR
PROPOSTAS
DE VALOR
Figura 5. Caixa de Ferramentas “Modelo de Negócio”
36
37. Academia Empreender Jovem
SES
2
Com estas ferramentas vamos atingir o nosso objetivo. Ainda te lembras qual é?
Desenvolver e apresentar um modelo de negócio para
exploração de oportunidade!
Entretanto, falta-nos falar das restantes fases do processo empreendedor. Como
dissemos, as duas primeiras fases serão o alvo da nossa atenção; mas vê o que um
empreendedor deve fazer após construir o seu Modelo de Negócio.
2.2.3. Fase “Definir e adquirir os recursos necessários”
Após conceber e desenvolver um Modelo de Negócio sólido e credível, chegará o
momento de fazer o Plano de Negócios, que permitirá planear o que fazer, como e
quando.
Algumas questões que se colocam nesse momento terão já sido respondidas na fase
de desenvolvimento do Modelo, e daí ser importante termos um Modelo antes de
construirmos o Plano de Negócio.
Este Plano deverá definir e quantificar os recursos necessários ao negócio, que podem
ser da mais variada natureza, como por exemplo:
●
●
a equipa e as funções que cada um exerce;
os meios de comunicar com clientes e rotas para fazer chegar os produtos ao
mercado;
●
o acesso aos materiais necessários ao negócio;
●
as licenças e patentes, se necessário;
●
os recursos financeiros para o arranque e funcionamento;
●
●
e, muito importante, a rede de contactos profissionais e sociais para o
desenvolvimento e implementação do modelo de negócio;
uma base inicial de potenciais clientes, antes de o negócio se iniciar!
37
38. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2.2.4. Fase “Implementar e gerir”
A forma como pomos em prática o nosso Modelo de Negócio para explorar a oportunidade ditará o nosso sucesso. Claro que há fatores que não controlamos!
Mas, quanto melhor implementarmos e gerirmos o
nosso negócio, maiores serão as hipóteses de sucesso.
Se, por um lado, não há certezas de sucesso (e daí o risco do negócio) também é certo
que quanto melhor nos prepararmos, maiores serão as probabilidades desse mesmo
sucesso acontecer.
2.2.5. Fase “Colheita”
Se o negócio alcançar o desejado sucesso, haverá recompensa financeira e pessoal
para o empreendedor, que poderá reinvestir os resultados em outras oportunidades,
na mesma área de negócio ou em outras áreas que entretanto identificou.
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39. Academia Empreender Jovem
SES
2
Ideias, inovações e invenções
Lembra-te: uma boa ideia não é, automaticamente,
sinónimo de boa oportunidade de negócio!
De igual modo, as invenções, por muito brilhantes que possam parecer, não são automaticamente boas oportunidades de negócio! Terão de ser concretizadas em soluções
que resolvam problemas às pessoas! Recordas-te do exemplo dos Post-It? A invenção
da cola não-permanente não tinha nenhuma utilidade nem aplicação, até que alguém
se lembrou de a utilizar para pequenos papeis coloridos que ajudavam a marcar
páginas, de forma não permanente. Aí sim, a aplicação da invenção revelou-se uma
oportunidade de negócio que teve o sucesso que todos conhecemos. A necessidade
(mesmo que pouco importante!) que as pessoas têm de marcar e remarcar páginas e
documentos é satisfeita através da inovação Post-It, que são pequenos papéis coloridos com a tal cola inventada pela 3M aplicada a um dos lados!
Já reparaste que a marca original Post-It serve para designar o
produto, mesmo que seja de outra marca? Lembras-te de mais algum
caso em que uma marca designa o mesmo tipo de produtos, mesmo
que sejam de outra marca?
Exemplos: chinelos Havaianas; ferramentas Black & Decker; navegador Google; tipo de carro Jeep
A diferença entre inventores de produtos e empreendedores que usaram invenções
para obterem sucesso está bem presente em objetos dos nossos dias. Vê os seguintes
exemplos:
Humphry Davy inventou, em 1800, o filamento eléctrico, que quando
era atravessado por uma corrente eléctrica emitia luz. Em 1879,
Thomas Edison utilizou essa invenção para desenvolver e conceber
um produto de ampla utilização: a lâmpada eléctrica!
39
40. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
E outro exemplo:
Já ouviste falar em Steve Jobs? Ele foi o responsável pelo sucesso
de diversos produtos, embora não tivesse inventado nenhum deles.
Falamos da Apple, e dos produtos como Iphone, Ipad e Ipod.
O conceito de integração de diversas invenções foi a grande “invenção” da Apple!
Em resumo, uma invenção não é imediatamente uma inovação!
Inovação é aplicar um novo produto, serviço ou forma
diferente de fazer as coisas, numa solução para um
problema ou necessidade no mercado, criando valor
para o cliente.
40
41. Academia Empreender Jovem
SES
2
A oportunidade de negócio:
problema, ideia e solução
Chegamos agora ao momento de pensarmos na tua oportunidade de negócio!
Vamos fazê-lo de forma criativa, inventando ideias e de seguida selecionando as
melhores.
Como já vimos, uma boa ideia só será uma boa oportunidade se for uma boa solução
para um problema, necessidade ou desejo.
Por isso, o primeiro passo é encontrar problemas no mercado que precisem de solução, ou, se já tivermos uma ideia, deveremos definir muito bem que problemas essa
ideia pode solucionar.
Este processo de pensar em problemas e inventar ideias que os solucionem pode funcionar nos dois sentidos, isto é, uma ideia deve solucionar um problema que, depois
de bem definido, pode modificar a ideia original, e assim por diante. A figura seguinte
mostra a relação entre as atividades que vamos desenvolver de seguida.
Definir problema
Preparar solução
Gerar ideias
Figura 6. Problemas, ideias e soluções
41
42. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
As tendências do mundo atual
À medida que o tempo passa, que a sociedade evolui e que novas gerações nascem
e amadurecem, surgem novas tendências relacionadas com a moda, o trabalho, o
lazer, o bem-estar, a saúde; enfim, com as diversas facetas da vida das pessoas. Estas
tendências resultam em novas necessidades no mercado e na procura de soluções
inovadoras.
Como resultado da globalização e do desenvolvimento tecnológico, estas novas soluções surgem a um ritmo cada vez maior, e de aplicação a nível global. Por outro lado,
tornam-se também mais acessíveis para maior número de pessoas, em consequência
do progresso económico e social.
Em consequência de tudo isto, surgem cada vez mais novas necessidades e novas
soluções possíveis, havendo assim novas oportunidades de negócio.
Estas necessidades não se referem somente a produtos e serviços básicos; são também necessidades relativas ao bem-estar, autoestima e autorrealização das pessoas.
Uma necessidade básica poderá ser o transporte de casa para
o trabalho. Uma necessidade não básica poderá ser o acesso a
telemóveis de última geração.
Quem estiver atento ao meio envolvente e às
tendências que agora se manifestam estará melhor
preparado para compreender as necessidades do futuro.
E esta evidência aplica-se também – como é natural – ao mundo dos negócios.
Por isso é importante identificar as tendências que se manifestam hoje em dia, e
daí procurar novas ideias de negócio para servir necessidades atuais e do futuro que
está “ao dobrar da esquina”!
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43. Academia Empreender Jovem
SES
2
As tendências ajudam-nos a olhar para o futuro e prever
oportunidades que irão surgir!
É importante inovar, com novas soluções para novas
necessidades!
Antes de mais, devemos ter consciência do crescente poder do consumidor. Isto é,
como cada vez há maior oferta de produtos e serviços que concorrem entre si, a nível
local e global, torna-se mais fácil aos consumidores serem mais exigentes, pois têm
mais escolha e, assim, maior poder perante os fornecedores dos produtos e serviços
que procuram.
Se perguntares a gerações mais velhas quantas comunicações
telefónicas havia em Portugal, saberás que havia só uma! E era de
telefones fixos! Havendo só um fornecedor, os tempos de espera
eram longos e o serviço pouco eficiente, e os consumidores tinham
de ter muita paciência pois não tinham alternativa. Comparando com os tempos
actuais, é fácil concluir que já não é preciso ter tanta paciência, pois podemos
trocar de fornecedor, se estivermos insatisfeitos. Esta possibilidade aumenta o
poder negocial dos clientes, e por isso afirmamos que o crescimento do poder do
consumidor é uma clara tendência dos nossos dias!
Assim, se pesquisarmos quais as principais tendências sociais e de consumo, talvez
surjam ideias de negócio inspiradoras, ou ainda ideias para atividades sem fins lucrativos e de responsabilidade social.
E que outras tendências sociais, profissionais e de consumo estão a surgir?
Se fores curioso, poderás encontrar no Radar diversas ligações da Internet, onde
poderás pesquisar muitas tendências mundiais e encontrar boas ideias para o teu
modelo de negócio!
43
44. 2
Ideias, soluções e oportunidades de negócio
Algumas das tendências atuais são:
“AUMENTO DO PODER DOS CONSUMIDORES”
“Sempre ligados em tempo real, sempre que nos apetecer”
“C to C (consumer to consumer)”
44
46. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
Pesquisa mais sobre estes temas em:
RADAR
Ideias Inovadoras?
Vê o vídeo e outros conteúdos na Plataforma do Empreendedor da
AIP, em “Etapas do empreendedor. 1.ª etapa: Ideia Inovadora”
www.empreender.aip.pt
Explora ideias inovadoras para negócios, mas não te esqueças de
definir o problema!
www.springwise.com/
O franchising pode dar-te boas ideias! Pesquisa em:
www.franchising.pt
www.portalfranchising.com
Vê o vídeo sobre novos negócios, do empreendedor Abílio Diniz (Grupo
Pão de Açúcar, Brasil)
www.youtube.com/watch?v=y2QPeoRwrc4
Como desenvolver a ideia e o conceito do negócio?
Vê o vídeo e outros conteúdos na Plataforma do Empreendedor da
AIP, em “Etapas do empreendedor. 3.ª etapa: Projectar a ideia”
www.empreender.aip.pt
Vê um modelo de negócio completo! Este exemplo mostra o que se
pretende obter no final!
www.slideshare.net/CleversonCarlos/modelocanvas-caf-dolce-gusto
Tendências do mundo actual: vídeo
You Tube: All work and all play (legendado)
Encontra as principais Tendências num site português:
Observatório de Tendências
trendalert.me/
Encontra Tendências em: Science of the Time
www.scienceofthetime.com
Encontra Tendências em: Trendhunter
www.trendhunter.com
Encontra Tendências em: Trendwatching.com
www.trendwatching.com/about/localized/pt/
Encontra Tendências em: What’s Next
www.nowandnext.com
Glossário
Problema ou necessidade
Inovação
É a aplicação de uma ideia ou invenção num produto, serviço ou processo novo, de
organização ou marketing, que tem valor para um conjunto de indivíduos.
Plano de Negócios
É um documento que especifica, por escrito e em grande detalhe, um negócio que se
quer iniciar ou que já está iniciado. Serve para planear a forma como se irá desenvolver,
para comunicar esse negócio a terceiros e para ajudar o empreendedor a pô-lo em
prática.
Patente
É um direito exclusivo (do proprietário da patente) que se obtém sobre invenções,
que sejam soluções novas para problemas técnicos específicos.
Globalização
É a crescente interdependência económica e social entre todos os países.
C to C
46
Quando sentimos um problema na nossa vida quotidiana, gostaríamos que houvesse
uma solução que pudesse ser fornecida por alguém. De igual modo, quando temos uma
necessidade específica por um produto ou serviço qualquer, procuramos por soluções.
O mesmo se aplica aos nossos desejos.
Consumidor ao Consumidor: significa que os indivíduos trocam serviços entre si,
sem se organizarem em empresas.
47. REFLEXÃO INDIVIDUAL
QUE PROBLEMAS PRECISAM DE SOLUÇÃO?
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
Recursos: Internet para pesquisa de tendências sociais
OBJETIVO:
O objetivo é identificares problemas ou necessidades no mundo que te rodeia, e para os quais não existe
solução, ou a solução existente não é boa.
Mais tarde irás pensar em ideias para construir boas soluções para os problemas ou necessidades que
identificares.
NOTA: Se já tiveres uma ideia de negócio, então pensa e escreve que problema, necessidade ou desejo
ela pode solucionar. Não é como funciona, mas sim que problema resolve!
SES
2
FICHA
2.A
Agora empreende!
Academia Empreender Jovem
COMO:
Pensa e escreve problemas, necessidades ou desejos para os quais não há solução, ou as soluções que
existem parecem não ser suficientes, ou eficientes.
●
Começa por pensar na tua vida diária, nas tuas necessidades, que sentes em casa, na escola,
com os teus amigos, etc. Pensa também na tua família, naquilo que vês na Internet e televisão,
etc.
●
Os problemas que identificares devem ser sentidos por diversas pessoas.
●
Se já têm solução pouco satisfatória, descreve resumidamente porque são insuficientes.
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47
48. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
Agora empreende!
2.B
COMO SELECIONAR OS PROBLEMAS MAIS INTERESSANTES?
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
Recursos: Computador com Internet
OBJETIVO:
O objetivo é escolheres, em grupo, os problemas mais significativos de todos quantos foram pensados
pelos elementos do grupo.
COMO:
Esta tarefa realiza-se em grupo e cada aluno, à vez, explica aos restantes as suas escolhas.
Para seleccionar os problemas, devem pensar se eles afetam mais ou menos gente e se já têm, ou não,
soluções suficientemente boas.
Os alunos deverão votar nos melhores problemas e os 2 problemas com maior número de votos serão
os selecionados.
Os dois problemas selecionados pelo grupo devem ser escritos nesta folha por todos os alunos.
NOTA: Se o problema não estiver bem definido, pensa na diferença entre sintoma e problema. Por
exemplo, um aluno chegar sempre atrasado pode ser sintoma de um problema de excesso de sono ou
de o despertador não o acordar a horas!
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48
49. REFLEXÃO INDIVIDUAL
GERAR IDEIAS PARA OS PROBLEMAS
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
Recursos: Computador com Internet
OBJETIVO:
Agora que já selecionaram 2 problemas em cada grupo, vamos pensar, individualmente, em ideias e
soluções para resolver esses problemas (ou necessidades ou desejos).
O objetivo é pensar em ideias e escrevê-las, resumidamente, na ficha de trabalho.
Escreve o maior número de ideias possível, mas destinadas a resolver os 2 problemas selecionados.
SES
2
FICHA
2.C
Agora empreende!
Academia Empreender Jovem
COMO:
O objetivo é pensar em ideias e escrevê-las, resumidamente, na ficha de trabalho. Escreve o maior
número de ideias possível, mas destinadas a resolver os 2 problemas selecionados. Podes desenvolver
e aprofundar ideias que já tiveste anteriormente. Pensa no que gostas e sabes fazer, pensa nas tendências do mundo atual, pensa em situações que já viste ou ouviste, e não te inibas! Escreve tudo o
que te lembrares.
Regra única: não se criticam estas ideias, por mais bizarras que pareçam!
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49
50. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
Agora empreende!
2.D
SELECIONAR AS MELHORES IDEIAS
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
OBJETIVO:
O objetivo é discutir, em grupo, as ideias de cada um para cada um dos 2 problemas selecionados.
Os alunos apresentam as ideias que encontraram, mas só as mais interessantes!
COMO:
Para selecionarem as melhores ideias, cada aluno apresenta as que considera mais interessantes. Não
te esqueças da regra base: não se criticam ideias!
Depois, os alunos votam nas que consideram melhores para cada problema.
A votação é atribuída a 3 critérios, atribuindo pontos de 1 a 5 em cada critério.
Escreve na Ficha o título de cada problema. Depois, escreve o título da ideia a discutir e pontua-a em
cada critério. No final, um dos colegas faz a soma das pontuações de todos e apresenta os resultados.
Os critérios são:
●
●
●
Novidade (pouco ou muito diferente daquilo que já existe?)
Utilidade (em que medida resolve problema, necessidade ou desejo?)
Executável (é possível produzir e vender a solução?)
As duas ideias com maior número de pontos, para cada problema, são selecionadas.
Assim, devem ficar com dois problemas e quatro ideias.
PROBLEMA 1: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Novidade
Utilidade
Executável
50
Pontuação (1 a 5)
51. Academia Empreender Jovem
SES
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
PROBLEMA 2: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Agora empreende!
2.D
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
Ideia:
Pontuação (1 a 5)
Novidade
Utilidade
Executável
51
52. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
Agora empreende!
2.E
SELECIONAR AS MELHORES SOLUÇÕES
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
OBJETIVO:
A última fase é a seleção das ideias que apresentarem a melhor solução para os problemas selecionados.
Agora tens duas ideias para cada um dos problemas.
Pretende-se que votes em cada uma das ideias, atribuindo pontuação segundo duas tabelas, uma
relativa a aspetos internos, a outra a aspetos externos.
No final, um aluno soma todas as pontuações dos colegas e a ideia mais votada em cada problema será
selecionada.
COMO:
Em cada uma das tabelas tens uma coluna à esquerda com 5 perguntas. Ao centro, tens 4 colunas com
a pontuação de 0 a 3, e a correspondente resposta a cada pergunta. Assim, para cada uma das ideias,
vê qual a melhor resposta a cada pergunta, vê qual a pontuação dessa resposta e escreve-a na coluna
da ideia que estás a avaliar.
No final, soma as pontuações de cada ideia, em coluna.
A melhor ideia para cada problema será a de maior pontuação. Mas, se decidirem em conjunto, podem
escolher a ideia menos pontuada, porque às vezes os critérios não são tudo!
Chegarão ao fim quando selecionarem uma ideia para cada um dos dois problemas. Nesse momento,
terão encontrado a melhor solução para determinado problema, isto é, uma oportunidade de negócio!
Este exercício é feito na sala de aula, mas podem (e devem) repeti-lo em grupo, depois da sessão. Podem
tentar encontrar outros problemas e outras ideias. Para tal, sigam todo este processo.
Aspetos internos
PONTOS
QUESTÕES
0
Problema 1
1
2
3
Conhecem pessoas
que pagariam por
essa solução?
Não
Talvez
Algumas
Não
É difícil
aceder a
todos os
recursos
essenciais
Parcialmente,
e sabemos o
que nos falta
Não
Tenho
algum
interesse
Diz-me respeito
directamente
ou à minha
família
Nenhuma
Alguma
Já trabalhei /
/ajudei neste
sector
É a minha
ocupação
principal
A ideia é um
desafio pessoal
em que acreditam?
Vagamente
É interessante
Motiva-me a
trabalhar no
projeto
Ideia 2
É a minha
ocupação
preferida
Têm alguma
experiência com
esta ideia?
Ideia 1
Sim,
controlamos
todos os
recursos
essenciais
Têm interesse
pessoal no assunto
em questão?
Problema 2
Ideia 2
Muitas
Possuem ou
controlam os
recursos essenciais
para executar a
ideia?
Ideia 1
É muito
motivador e
acredito no
sucesso
Subtotal
Continua na página seguinte
52
53. Academia Empreender Jovem
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
PONTOS
Problema 1
0
1
2
3
Inovação; tem
produto ou serviço
substituto?
Muitos
produtos
substitutos
Alguns
produtos resolvem bem o
problema
Alguns
produtos resolvem mal
o problema
Não há
produtos
substitutos
Potencial de
diferenciação do
produto relativamente à concorrência
Nulo, indiferenciado da
concorrência
Baixo, serve
necessidades
que não
valoriza diferenciação
Médio,
mercado
valoriza diferenciação
Alto, serve
necessidades sofisticadas onde diferenciação
é essencial
Que valor tem para
os clientes?
Desconheço
Algum
Bastante
Muito valorizado
Tamanho do
mercado
Muito
pequeno
Local
Regional
Nacional ou
internacional
Benefícios do
produto são claros
para clientes?
Muito
inovador,
benefícios
pouco claros
Precisa demonstração /
/explicação
Basta ler
Problema 2
Agora empreende!
2.E
Aspetos externos
QUESTÕES
SES
Basta ver
Ideia 1
Ideia 2
Ideia 1
Ideia 2
Subtotal
PONTOS
TOTAIS
Agora, tens 2 possíveis oportunidades de negócio!
Na próxima ficha, farás a seleção daquela que te parece a melhor solução, e que será a tua oportunidade
de negócio!
53
54. Ideias, soluções e oportunidades de negócio
2
DISCUSSÃO EM GRUPO
FICHA
Agora empreende!
2.F
AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
OBJETIVO:
Seleciona, com o teu grupo, a melhor oportunidade de negócio, de entre aquelas que já identificaste.
Para além das pontuações obtidas nos exercícios anteriores, deverás discutir se cada uma das oportunidades parece mais ou menos interessante, relativamente às características seguintes.
COMO:
Em grupo, discute cada uma das oportunidades (isto é, conjunto de problema e ideia) relativamente
às características que uma boa oportunidade deve ter.
São elas:
●
Problema / necessidade é sentido por número suficiente de potenciais clientes
●
Potenciais clientes insatisfeitos com soluções existentes
●
É possível construir a solução e fazê-la chegar até potenciais clientes
●
Solução tem valor para potenciais clientes, relativamente a custo e benefícios
●
Potenciais clientes estão dispostos a pagar o suficiente para ser rentável
Em conclusão, qual o problema que o teu grupo prefere?
Qual a melhor ideia para esse problema?
Cumpre os critérios para uma boa oportunidade de negócio?
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55. DISCUSSÃO EM GRUPO
A MINHA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO
TEMA: A oportunidade de negócio: problema, ideia e solução
OBJETIVO:
Neste momento, o teu grupo já deverá ter seleccionado um problema e a melhor ideia para o resolver.
Isto é, têm nas vossas mãos uma oportunidade de negócio!
O objetivo é descreverem, de forma simples mas percetível, o produto ou serviço que é a base da vossa
ideia, e também o problema que pretende solucionar, e como!
SES
2
FICHA
2.G
Agora empreende!
Academia Empreender Jovem
COMO:
Em grupo, descreve o produto ou serviço, de forma simples, dizendo o que é, como funciona e que
benefício tem para quem o utiliza.
Depois, escreve que problema é que o produto ou serviço são solução.
Descreve o produto ou serviço:
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É a solução para o seguinte problema:
Descreve o problema:
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