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Critérios recomendados para o
processamento dos produtos de saúde
Enfermeira Professora: Adriana Rodrigues do Carmo
Artigos críticos, Artigos semi críticos e Artigos não críticos
 Introdução
 Central de Materiais e esterilização (CME)
 Classificação dos Artigos (Segundo o risco e potencial de
contaminação)
 Artigos Não Críticos, Semi críticos e Críticos
 Limpeza
 Descontaminação
 Desinfecção/Esterilização
 Indicadores
 Estocagem
Sem dúvida alguma, as infecções hospitalares constituem
um grave problema de saúde pública, tanto pela sua abrangência
como pelos elevados custos sociais e econômicos. O
conhecimento e a conscientização dos vários riscos de
transmissão de infecções, das limitações dos processos de
desinfecção e de esterilização e das dificuldades de
processamento inerentes à natureza de cada artigo são
imprescindíveis para que se possa tomar as devidas precauções.
Introdução
A Central de Materiais e Esterilização (CME) é uma
unidade de apoio técnico a todas as unidades assistenciais
CME
Processamento
EstocagemLimpeza
DistribuiçãoEsterilização
Desinfecção
CME
Centralização dos
Artigos
Padronização de
procedimentos
Gastos com
manutenção
Gastos com compra
Inclusive o
uso de EPI’s
Aumento do
tempo de vida
útil
Classificação dos Artigos
Segundo o risco e potencial de contaminação
Artigos Críticos
Artigos Semi
Críticos
Artigos Não
Críticos
Artigos destinados aos procedimentos
invasivos em pele e mucosas adjacentes,
nos tecidos subepiteliais e no sistema
vascular. Ex: instrumental
Artigos que entram em contato com a pele
não íntegra, porém, restrito às camadas da
pele ou com mucosas íntegras. Ex:
inaladores
Artigos destinados ao contato com a pele
íntegra e também os que não entram em
contato direto com o paciente.
Ex: comadre
Classificação dos Artigos
Segundo o risco e potencial de contaminação
Artigos Críticos
Artigos Semi
Críticos
Artigos Não
Críticos
Esterilização
Desinfecção
Limpeza
Tabela com Artigos
Não Críticos Semi críticos Críticos
Termômetro,
Otoscópio,
Estetoscópio,
Esfignomanômetro
(Preferência que
seja de nylon),
Comadres e Patinhos,
Jarros, Bacias e Cubas Rim.
Macronebulizadores,
Máscara de Ambú,
Nebulizador, Cânula de
guedel, Inaladores,
Extensores plásticos
Umidificadores de oxigênio
Válvula de Ambú com
componentes metálicos
Lâmina de laringoscópio
Mamadeira e bico de
mamadeira
Instrumental cirúrgico,
pinças, tesouras, cabos de
bisturi, pontas de eletro
cautério, Espéculos
vaginais, nasais e otológicos
(metálicos).
Equipamentos de anestesia
gasosa, traquéia, conexões e
acessórios de respiradores
artificiais.
Endoscópios, Fibras óticas,
laparoscopias, Aparelho de
citoscopia.
Borracha para aspiração
Limpeza
Remoção de sujidades
Mantém estado de
asseio
População microbiana
Realizada através de detergentes enzimáticos com no
mínimo 4 enzimas
Limpeza
Descontaminação
Reduzir o número de microorganismos de forma a
torná-los seguros para o manuseio
Oferecer menor risco
ocupacional
As soluções químicas com as moléculas de proteínas da
matéria orgânica e não ficam livres para se ligarem aos
microorganismos, além de causar aderência da matéria orgânica
no artigo dificultando posterior limpeza.
Desinfecção/Esterilização
Processo de eliminação ou destruição de todos os
microorganismos na forma vegetativa, patogênicos ou
não.
Desinfecção de alto nível
Desinfecção de nível
intermediário
Desinfecção de baixo
nível
Semi críticos
Ácido Peracético,
formaldeído e glutaraldeído
Cloro, iodóforos, fenólicos
e alcoóis.
Compostos com
quaternário de amônia
Desinfecção/Esterilização
Desinfecção de nível
intermediário
Desinfecção de baixo
nível
Não críticos e superfícies
Características a serem consideradas
Amplo espectro de ação antimicrobiana;
Inativar rapidamente os microorganismos;
Não ser corrosivo para metais;
Não danificar artigos ou acessórios de borracha, plásticos ou
equipamento ótico;
Sofrer pouca interferência, na sua atividade, de matéria orgânica;
Não ser irritante para a pele e mucosas;
Possuir baixa toxicidade;
Tolerar pequenas variações de temperatura e de pH;
Ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente;
Manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições;
Ter baixo custo; ser compatível com sabões e detergentes;
Ser estável quando concentrado ou diluído.
Esterilização
Completa eliminação ou
destruição de todas as formas
de microorganismos presentes.
Esterilização
Métodos de
esterilização
Alternativas
Métodos
físicos
Vapor saturado / Autoclaves
Calor seco
Raios Gama / Cobalto
Métodos
químicos
Glutaraldeído
Formaldeído
Ácido Peracético
Métodos
físico
químicos
Esterilizadoras a óxido de etileno (ETO)
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Vapor de Formaldeído
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Mecânicos
Monitores de tempo Monitores de pressão
Monitores de
temperatura
Relatórios impressos computadorizados
Indicadores
Químicos
Externos - indicam que o vapor entrou em contato com a superfície
exposta. Devem ser colocadas em todos os pacotes em todos os
processos.
Interno - indica que o vapor penetrou o interior da embalagem.
Indicadores
Biológicos
Controle de
carga
Cada carga ou diário para "flash“;
Cada carga para Óxido de Etileno, Plasma de
Peróxido;
Diariamente ou semanal para autoclaves a vapor
com ciclos maiores (ou definido pela instituição
se outros parâmetros estiverem controlados).
Indicador Biológico de
Leitura Rápida ou
Indicador Biológico
Convencional (48h
Controle do
pacote
Cada pacote. Indicador químico
multiparamétrico ou
integradores químicos
Indicadores
Biológicos
Controle do
equipamento
Remoção do ar- no início do dia
Após grandes reparos
Validação do equipamento
Monitorização mecânica- cada carga
Teste de Bowie e Dick
Registro dos indicadores
mecânicos do
equipamento
Controle da
exposição
Cada pacote Fitas indicadoras de
processos
Manutenção
dos
registros
Cada pacote Livro registro que
permita a
rastreabilidade do
pacote
Estocagem
“Todo material processado deve possuir local adequado
para armazenagem de forma que não haja risco de
recontaminação e que facilite a distribuição.”
“O prazo de validade de esterilização está diretamente
relacionado à qualidade da embalagem e condições de
armazenagem.”
 O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de
água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos.
 Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e
cuidadosa.
Referências
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Divisão de Infecção Hospitalar.
FERREIRA, S. Desinfecção e Esterilização de artigos médico-hospitalares .
Esterilização http://www.cih.com.br/esterilizacao.htm#l10 com acesso em
23/03/2012 às 15:00h
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância sanitária ANVISA. Curso
básico de Controle de Infecção Hospitalar. Carderno C. Métodos de Proteção
Anti-Infecciosa. Copyright@ANVISA, 2000.
UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA. SILVA, G. Apostila de
Enfermagem em Centro Cirúrgico. Santa Catarina, 2012. Disponível em
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAaaMAH/centro-cirurgico-enfermagem
Acesso em 08 de março de 2012.

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  • 1. Critérios recomendados para o processamento dos produtos de saúde Enfermeira Professora: Adriana Rodrigues do Carmo Artigos críticos, Artigos semi críticos e Artigos não críticos  Introdução  Central de Materiais e esterilização (CME)  Classificação dos Artigos (Segundo o risco e potencial de contaminação)  Artigos Não Críticos, Semi críticos e Críticos  Limpeza  Descontaminação  Desinfecção/Esterilização  Indicadores  Estocagem
  • 2. Sem dúvida alguma, as infecções hospitalares constituem um grave problema de saúde pública, tanto pela sua abrangência como pelos elevados custos sociais e econômicos. O conhecimento e a conscientização dos vários riscos de transmissão de infecções, das limitações dos processos de desinfecção e de esterilização e das dificuldades de processamento inerentes à natureza de cada artigo são imprescindíveis para que se possa tomar as devidas precauções. Introdução
  • 3. A Central de Materiais e Esterilização (CME) é uma unidade de apoio técnico a todas as unidades assistenciais CME Processamento EstocagemLimpeza DistribuiçãoEsterilização Desinfecção
  • 4. CME Centralização dos Artigos Padronização de procedimentos Gastos com manutenção Gastos com compra Inclusive o uso de EPI’s Aumento do tempo de vida útil
  • 5. Classificação dos Artigos Segundo o risco e potencial de contaminação Artigos Críticos Artigos Semi Críticos Artigos Não Críticos Artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular. Ex: instrumental Artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da pele ou com mucosas íntegras. Ex: inaladores Artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente. Ex: comadre
  • 6. Classificação dos Artigos Segundo o risco e potencial de contaminação Artigos Críticos Artigos Semi Críticos Artigos Não Críticos Esterilização Desinfecção Limpeza
  • 7. Tabela com Artigos Não Críticos Semi críticos Críticos Termômetro, Otoscópio, Estetoscópio, Esfignomanômetro (Preferência que seja de nylon), Comadres e Patinhos, Jarros, Bacias e Cubas Rim. Macronebulizadores, Máscara de Ambú, Nebulizador, Cânula de guedel, Inaladores, Extensores plásticos Umidificadores de oxigênio Válvula de Ambú com componentes metálicos Lâmina de laringoscópio Mamadeira e bico de mamadeira Instrumental cirúrgico, pinças, tesouras, cabos de bisturi, pontas de eletro cautério, Espéculos vaginais, nasais e otológicos (metálicos). Equipamentos de anestesia gasosa, traquéia, conexões e acessórios de respiradores artificiais. Endoscópios, Fibras óticas, laparoscopias, Aparelho de citoscopia. Borracha para aspiração
  • 8. Limpeza Remoção de sujidades Mantém estado de asseio População microbiana Realizada através de detergentes enzimáticos com no mínimo 4 enzimas
  • 10. Descontaminação Reduzir o número de microorganismos de forma a torná-los seguros para o manuseio Oferecer menor risco ocupacional As soluções químicas com as moléculas de proteínas da matéria orgânica e não ficam livres para se ligarem aos microorganismos, além de causar aderência da matéria orgânica no artigo dificultando posterior limpeza.
  • 11. Desinfecção/Esterilização Processo de eliminação ou destruição de todos os microorganismos na forma vegetativa, patogênicos ou não. Desinfecção de alto nível Desinfecção de nível intermediário Desinfecção de baixo nível Semi críticos Ácido Peracético, formaldeído e glutaraldeído Cloro, iodóforos, fenólicos e alcoóis. Compostos com quaternário de amônia
  • 13. Características a serem consideradas Amplo espectro de ação antimicrobiana; Inativar rapidamente os microorganismos; Não ser corrosivo para metais; Não danificar artigos ou acessórios de borracha, plásticos ou equipamento ótico; Sofrer pouca interferência, na sua atividade, de matéria orgânica; Não ser irritante para a pele e mucosas; Possuir baixa toxicidade; Tolerar pequenas variações de temperatura e de pH; Ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente; Manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições; Ter baixo custo; ser compatível com sabões e detergentes; Ser estável quando concentrado ou diluído.
  • 14. Esterilização Completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes.
  • 15. Esterilização Métodos de esterilização Alternativas Métodos físicos Vapor saturado / Autoclaves Calor seco Raios Gama / Cobalto Métodos químicos Glutaraldeído Formaldeído Ácido Peracético Métodos físico químicos Esterilizadoras a óxido de etileno (ETO) Plasma de peróxido de hidrogênio Plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argônio) Vapor de Formaldeído
  • 16. Indicadores Mecânicos Monitores de tempo Monitores de pressão Monitores de temperatura Relatórios impressos computadorizados
  • 17. Indicadores Químicos Externos - indicam que o vapor entrou em contato com a superfície exposta. Devem ser colocadas em todos os pacotes em todos os processos. Interno - indica que o vapor penetrou o interior da embalagem.
  • 18. Indicadores Biológicos Controle de carga Cada carga ou diário para "flash“; Cada carga para Óxido de Etileno, Plasma de Peróxido; Diariamente ou semanal para autoclaves a vapor com ciclos maiores (ou definido pela instituição se outros parâmetros estiverem controlados). Indicador Biológico de Leitura Rápida ou Indicador Biológico Convencional (48h Controle do pacote Cada pacote. Indicador químico multiparamétrico ou integradores químicos
  • 19. Indicadores Biológicos Controle do equipamento Remoção do ar- no início do dia Após grandes reparos Validação do equipamento Monitorização mecânica- cada carga Teste de Bowie e Dick Registro dos indicadores mecânicos do equipamento Controle da exposição Cada pacote Fitas indicadoras de processos Manutenção dos registros Cada pacote Livro registro que permita a rastreabilidade do pacote
  • 20. Estocagem “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.”  O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos.  Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa.
  • 21. Referências CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Divisão de Infecção Hospitalar. FERREIRA, S. Desinfecção e Esterilização de artigos médico-hospitalares . Esterilização http://www.cih.com.br/esterilizacao.htm#l10 com acesso em 23/03/2012 às 15:00h Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância sanitária ANVISA. Curso básico de Controle de Infecção Hospitalar. Carderno C. Métodos de Proteção Anti-Infecciosa. Copyright@ANVISA, 2000. UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA. SILVA, G. Apostila de Enfermagem em Centro Cirúrgico. Santa Catarina, 2012. Disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAaaMAH/centro-cirurgico-enfermagem Acesso em 08 de março de 2012.