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Psicologia 
Jurídica 
Ana Carolina Brittes 
Bruna Hatje 
Gabriela Cafrune 
Rosemeri de Andrade
Manual da Psicologia 
Jurídica 
Psicologia do Testemunho 
Meios para se obter a máxima sinceridade 
possível nas respostas 
Emílio Mira y López
Psicologia do Testemunho 
Cinco fatores: 
1. Do modo como percebeu esse acontecimento; 
Condições externas 
2. Do modo como sua memória a conservou; 
Condições orgânicas 
3. Do modo como é capaz de evocá-lo; 
Condições psico-orgânico 
4. Do modo como quer expressá-lo; 
Grau de sinceridade 
5. Do modo como pode expressá-lo. 
Grau de precisão expressiva – fidelidade e clareza.
Percepção 
A percepção de algo depende de fatores 
externos (meios) e internos (aptidões). 
É a capacidade de se obter registros de 
memória a partir de fatos acontecidos. 
O processo perceptivo ocorre em duas fases: 
a sensação e percepção.
A sensação é a simples captação sensorial 
dos estímulos do meio. 
A percepção, consiste em sensações 
acompanhadas de significados a elas atribuídos 
pela experiência pregressa da pessoa. Consiste 
num conhecimento experimental, intuitivo e 
imediato. 
A percepção, é mais que o somatório 
desordenado de sensações elementares. Na 
percepção, os elementos da sensação e da 
vivência se fundem em um “ato psíquico, 
dinâmico, global e, como tal, irredutível.”
Recapitulando 
1. Fatores capazes de influenciar o modo de 
percepção de determinado acontecimento 
(interesse, gênero, fadiga) 
2. Influência da tendência afetiva presente no 
processo da percepção (externas, alucinação, ilusão) 
3. Influência do hábito na percepção (passado 
intervém mais na percepção que o presente) 
4. Influência que determinam uma mudança no 
processo evocador das percepções (reprodução 
voluntária interna, amnésia emocional)
5. Importância da repressão na evocação 
das lembranças ligada a uma tendência 
afetiva desagradável ou imoral (esquecimento 
como defesa, falsas memórias) 
6. Fatores que influenciam o ato de expressão do 
testemunho (deformação da fidelidade do testemunho, 
perguntas capciosas) 
7. Diferenças essenciais entre o testemunho por 
relato espontâneo e o obtido por interrogatório 
(dados concretos, menos exatos) 
8. Análise das classes mais importantes de 
perguntas empregadas nos interrogatórios 
judiciais
Técnica atual para aumentar a 
sinceridade 
A técnica seguida na atualidade baseia-se na atemorização 
do individuo, ameaçando-o com castigos humanos e divinos 
no caso de declarar em falso. 
- As testemunhas mais morais são precisamente as que 
costumam impressionar-se mais diante das ameaças e da 
severidade durante o interrogatório. 
-As testemunhas amorais ou imorais não reagem perante o 
juramento. 
Por isso é supérfluo o juramento e absolutamente 
insuficientes as advertências sobre a responsabilidade 
inerente ao ato do testemunho.
O testemunho 
O testemunho deve ser recebido com certa cautela, 
devido alguns fatos que podem suscitar distorções ou 
imprecisões nas informações obtidas via testemunho. 
O primeiro fato a ser considerado é o falso testemunho. 
O segundo consiste na insuficiência do testemunho único. 
O terceiro fato é a incapacidade para testemunhar resultante 
de imaturidade, defeito sensorial ou anomalia psíquica. 
O testemunho compreende, segundo Almeida Jr., três fases: 
a apreensão (ou percepção) do fato; 
a conservação do fato na memória e, 
a sua reprodução em depoimento.
O que fazer para se obter 
a maior sinceridade possível? 
Solução teórica: Destruir as declarações judiciais de todo o 
seu caráter de oficialidade que fizessem os testemunhos de 
modo espontâneo, com a condição de que essas 
manifestações fossem recolhidas por pessoas moralmente 
puras. 
Soluções práticas: não alteram as bases da rotina jurídica e 
não levantam os protestos dos zelos conservadores de 
tradição em matéria forense. Se baseiam na aplicação dos 
conhecimentos da psicologia individual ao problema particular 
da situação de cada declarante. Sua realização exige em cada 
caso um técnica especial.
Testemunhas 
 Pai e mãe de um jovem de 18 
anos, estando empregado em uma 
joalharia, foi acusado sem provas, 
mas com suspeitas justificadas de 
haver subtraído um relógio 
avaliado em R$ 16.000,00.
Das testemunhas 
 Duas declarações obtidas de pessoas de 
inteligência sensivelmente idêntica; 
 Desejo igual de favorecer o acusado; 
 Possuem os mesmos dados acerca dos 
fatos dos autos.
Método Centrífuga 
considerado clássico. 
Testemunho a Partir da ação delituosa e 
remontar-se aos antecedentes ou seguir suas 
derivações. 
O interrogatório gira em torno do fato delituoso 
ou da conduta do suposto autor. 
- A testemunha atenta, consegue rebater as 
perguntas facilmente de acordo com o seu 
interesse.
Método Centrípeto: 
A intenção da pergunta, mostra-se tanto mais difícil de ser 
percebida quanto mais distante é sua relação com o fato que 
a testemunha tem interesse em deformar o caso ocorrido. 
- Quando mais afastada estiver uma pergunta do tema sob 
investigação, mais dificilmente o inquirido terá razões para 
deformar uma resposta sobre ela. 
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habituais, podem gerar respostas automáticas em relação a 
eles; correlativamente, as ocorrências distantes no passado 
também podem originar versões distorcidas do que 
aconteceu.
Lie to me
Bibliografia: 
Emilio Myra y Lópes - Psicologia do Testemunho 
http://amatra11.org.br/adm/imgeditor/File/psicologiadotestemunho.pdf

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Psicologia do Testemunho

  • 1. Psicologia Jurídica Ana Carolina Brittes Bruna Hatje Gabriela Cafrune Rosemeri de Andrade
  • 2. Manual da Psicologia Jurídica Psicologia do Testemunho Meios para se obter a máxima sinceridade possível nas respostas Emílio Mira y López
  • 3. Psicologia do Testemunho Cinco fatores: 1. Do modo como percebeu esse acontecimento; Condições externas 2. Do modo como sua memória a conservou; Condições orgânicas 3. Do modo como é capaz de evocá-lo; Condições psico-orgânico 4. Do modo como quer expressá-lo; Grau de sinceridade 5. Do modo como pode expressá-lo. Grau de precisão expressiva – fidelidade e clareza.
  • 4. Percepção A percepção de algo depende de fatores externos (meios) e internos (aptidões). É a capacidade de se obter registros de memória a partir de fatos acontecidos. O processo perceptivo ocorre em duas fases: a sensação e percepção.
  • 5. A sensação é a simples captação sensorial dos estímulos do meio. A percepção, consiste em sensações acompanhadas de significados a elas atribuídos pela experiência pregressa da pessoa. Consiste num conhecimento experimental, intuitivo e imediato. A percepção, é mais que o somatório desordenado de sensações elementares. Na percepção, os elementos da sensação e da vivência se fundem em um “ato psíquico, dinâmico, global e, como tal, irredutível.”
  • 6. Recapitulando 1. Fatores capazes de influenciar o modo de percepção de determinado acontecimento (interesse, gênero, fadiga) 2. Influência da tendência afetiva presente no processo da percepção (externas, alucinação, ilusão) 3. Influência do hábito na percepção (passado intervém mais na percepção que o presente) 4. Influência que determinam uma mudança no processo evocador das percepções (reprodução voluntária interna, amnésia emocional)
  • 7. 5. Importância da repressão na evocação das lembranças ligada a uma tendência afetiva desagradável ou imoral (esquecimento como defesa, falsas memórias) 6. Fatores que influenciam o ato de expressão do testemunho (deformação da fidelidade do testemunho, perguntas capciosas) 7. Diferenças essenciais entre o testemunho por relato espontâneo e o obtido por interrogatório (dados concretos, menos exatos) 8. Análise das classes mais importantes de perguntas empregadas nos interrogatórios judiciais
  • 8. Técnica atual para aumentar a sinceridade A técnica seguida na atualidade baseia-se na atemorização do individuo, ameaçando-o com castigos humanos e divinos no caso de declarar em falso. - As testemunhas mais morais são precisamente as que costumam impressionar-se mais diante das ameaças e da severidade durante o interrogatório. -As testemunhas amorais ou imorais não reagem perante o juramento. Por isso é supérfluo o juramento e absolutamente insuficientes as advertências sobre a responsabilidade inerente ao ato do testemunho.
  • 9. O testemunho O testemunho deve ser recebido com certa cautela, devido alguns fatos que podem suscitar distorções ou imprecisões nas informações obtidas via testemunho. O primeiro fato a ser considerado é o falso testemunho. O segundo consiste na insuficiência do testemunho único. O terceiro fato é a incapacidade para testemunhar resultante de imaturidade, defeito sensorial ou anomalia psíquica. O testemunho compreende, segundo Almeida Jr., três fases: a apreensão (ou percepção) do fato; a conservação do fato na memória e, a sua reprodução em depoimento.
  • 10. O que fazer para se obter a maior sinceridade possível? Solução teórica: Destruir as declarações judiciais de todo o seu caráter de oficialidade que fizessem os testemunhos de modo espontâneo, com a condição de que essas manifestações fossem recolhidas por pessoas moralmente puras. Soluções práticas: não alteram as bases da rotina jurídica e não levantam os protestos dos zelos conservadores de tradição em matéria forense. Se baseiam na aplicação dos conhecimentos da psicologia individual ao problema particular da situação de cada declarante. Sua realização exige em cada caso um técnica especial.
  • 11. Testemunhas  Pai e mãe de um jovem de 18 anos, estando empregado em uma joalharia, foi acusado sem provas, mas com suspeitas justificadas de haver subtraído um relógio avaliado em R$ 16.000,00.
  • 12. Das testemunhas  Duas declarações obtidas de pessoas de inteligência sensivelmente idêntica;  Desejo igual de favorecer o acusado;  Possuem os mesmos dados acerca dos fatos dos autos.
  • 13.
  • 14. Método Centrífuga considerado clássico. Testemunho a Partir da ação delituosa e remontar-se aos antecedentes ou seguir suas derivações. O interrogatório gira em torno do fato delituoso ou da conduta do suposto autor. - A testemunha atenta, consegue rebater as perguntas facilmente de acordo com o seu interesse.
  • 15. Método Centrípeto: A intenção da pergunta, mostra-se tanto mais difícil de ser percebida quanto mais distante é sua relação com o fato que a testemunha tem interesse em deformar o caso ocorrido. - Quando mais afastada estiver uma pergunta do tema sob investigação, mais dificilmente o inquirido terá razões para deformar uma resposta sobre ela. - Além disso, os eventos corriqueiros, pelo fato de serem habituais, podem gerar respostas automáticas em relação a eles; correlativamente, as ocorrências distantes no passado também podem originar versões distorcidas do que aconteceu.
  • 17. Bibliografia: Emilio Myra y Lópes - Psicologia do Testemunho http://amatra11.org.br/adm/imgeditor/File/psicologiadotestemunho.pdf