3. A visão devocional sobre Maria, na interpretação de Roberto
Carlos
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do meu destino
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim
Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé e acalma o meu coração
Grande é a procissão a pedir
A misericórdia o perdão
A cura do corpo e pra alma a salvação
Pobres pecadores oh mãe
Tão necessitados de vós
Santa Mãe de Deus tem piedade de nós
De joelhos aos vossos pés
Estendei a nós vossas mãos
Rogai por todos nós vossos filhos meus irmãos
4. MARIOLOGIA
Disciplina teológica
que estuda sobre o
lugar de Maria no
projeto salvífico de
Deus e sua relação
com a comunidade
eclesial.
5. BREVE HISTÓRIA DA MARIOLOGIA
Patrística: não há mariologia elaborada.
- Homilias cristológicas com referências a Maria
Primeiro apócrifo mariano: protoevangelho de
Tiago (sec. III) de grupo gnóstico.
- Das polêmicas cristológicas brotam as questões da
maternidade e da virgindade.
- No oriente: ícones e hinos marianos.
Idade Média: Distanciamento da figura de Jesus ->
Devoção a Maria e aos santos.
- Tratado da Santíssima Virgem, de Bernardo de
Claraval.
- Na Suma Teológica de São Tomás não há
mariologia.
- Século XV: Surge o rosário de 150 Ave-marias.
6. BREVE HISTÓRIA DA MARIOLOGIA
Mariologia nos séc. XVI a XX:
A centralidade de Jesus na reforma
protestante relativiza o culto a Maria e aos
santos.
Reação católica à modernidade: incremento à
devoção mariana. Institutos religiosos
disseminam as “Nossas Senhoras”.
Francisco Suarez (1584) elabora primeiro
tratado mariano.
Plácido Nígido cria o termo “mariologia”
(1602)
Desenvolve-se a mariologia dos privilégios.
7. Argumentos de conveniência: Deus podia ->
Convinha que fizesse -> Logo, fez.
Na pastoral: devoção de cunho simbólico e
afetivo.
Grignon de Montfort (1716): Tratado da
verdadeira devoção à Santíssima Virgem.
Século XIX: triunfalismo. Proclamação do
dogma da Imaculada.
Maximalismo:
- A Maria todos se submetem, até Deus”
- “De Maria nunquam satis (De Maria nunca é
demais falar).
8. A LUZ DO VATICANO II
Antecedentes: movimentos de renovação,
que não eram marianos (bíblico, litúrgico,
laicato, ação católica).
Lumen Gentium 8: Maria no mistério de
Cristo e da Igreja. Não se aceita um
documento exclusivo sobre Maria.
Década de 70: minimalismo mariano na
Europa e Estados Unidos.
1975: Paulo VI escreve “Marialis Cultus”.
Hoje: grande diversidade na Igreja.
9. OS TRÊS NÍVEIS DA MARIOLOGIA
Maria na
Bíblia
Maria no
Culto
Maria no
Dogma
11. FONTES ESSENCIAIS DA MARIALOGIA
Documentos
do
Textos
magistério Dicionários
Escritos ecumênicos
Bíblia da Igreja de
patrísticos sobre a Mãe
(Concílios, Mariologia
de Jesus
Papas e
C.E)
12. FONTES COMPLEMENTARES
Escritos de teólogos, místicos e
missionários no correr dos séculos
Estudos de natureza antropológica e
histórico-cultural
Pinturas, esculturas, músicas,
poemas e outras obras artísticas
Manifestações devocionais atuais
13. FONTES SUPLEMENTARES
Evangelhos apócrifos
Narrações da Vida de Jesus e de
Maria, por videntes e místicos
medievais
Mensagens de videntes de aparições
marianas
15. EXIGÊNCIAS DA MARIOLOGIA
Boa base bíblica
Conhecimento da História dos
dogmas.
Relação com outras disciplinas
teológicas: cristologia,
eclesiologia, antropologia
teológica, escatologia.
Sensibilidade pastoral: respeito
ao povo + lucidez e espírito
crítico.
Reconhecer o lugar de Maria na
comunhão dos Santos, em
17. CONSIDERAR O PERFIL PLURAL DA RELIGIOSIDADE
Católico Católico
devocional contemporâneo
Protestante
Evangélico
histórico
Eclético
18. DUAS ETAPAS, UMA PESSOA
A mesma Maria que viveu em Nazaré,
caminhou na fé como mãe, educadora e
aprendiz (discípula) de Jesus é a Maria
glorificada, que está na comunhão dos
Santos num lugar especial: mais perto de
Jesus e mais perto de nós.
O final do caminho (participação na
ressurreição de Cristo) ilumina o começo
(peregrinação humana na história) e não o
suprime.
19. POR QUE UM PERFIL INTEGRADOR?
Por fidelidade à revelação bíblica e à
centralidade de Jesus.
Para dialogar e evangelizar uma sociedade
plural, com novos significados.
Para acolher os apelos do magistério
recente (Vaticano II, Marialis Cultus,
Redemptoris Mater, Doc. de Aparecida).
20. SUPERAR OS EXTREMOS
Maximalismo: Minimalismo:
Tudo para quanto menos,
Maria melhor
21. POR UM PERFIL RENOVADO DE MARIA
Bíbli
a
Conectividade
Visão
Eclesial
Sabedoria
22. PLURALIDADE NA IGREJA CATÓLICA
Libertadora
Carismática Feminista
Ecumênica Simbólica
23. ALGUMAS TAREFAS DA MARIALOGIA
Ajudar a situar Maria em
relação a Jesus e à Trindade.
Colaborar no diálogo
ecumênico.
Orientar sobre as práticas
devocionais.
Reinterpretar os dogmas
marianos.
Fornecer critérios de
interpretação para as
pretensas aparições.
24. PARA SABER MAIS
Afonso Murad, Maria. Toda de
Deus e tão humana.
Compêndio de Mariologia.
Paulinas/Santuário. 2012, p.13-
34 (cap 1).
www.maenossa.blogspot.com
Introdução à mariologia. Vídeo 1
do Trem da mariologia no
Youtube