2. O que é pneumonia?
São infecções que se instalam nos pulmões, órgãos duplos
localizados um de cada lado da caixa torácica. Podem
acometer a região dos alvéolos pulmonares onde
desembocam as ramificações terminais dos brônquios e,
às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração
de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus,
fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde
ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito
limpo, livre de substâncias que possam impedir o contacto
do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é
altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia
não costumam ser transmitidos facilmente.
3. Sinais e sintomas
Febre e suor intenso;
Calafrios e temores;
Falta de apetite;
Tosse com catarro esverdeado, marrom ou com
raias de sangue;
Respiração ofegante, gemência e prostração;
Aceleração dos pulsos;
Em casos graves, os lábios e unhas ficam roxos
por falta de oxigênio no sangue e pode haver
confusão mental;
Dor no peito que piora a respiração, em crianças
maiores.
4. O que causa a pneumonia?
A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em
aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum de
pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada
Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade
oral de algumas pessoas normais. Quando as defesas do
organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os
pulmões e causar a pneumonia.
As pneumonias virais podem ser causadas por muitos
tipos diferentes de vírus, incluindo o vírus da gripe.
Ocorrem mais comumente no outono e no inverno. As
pneumonias virais podem ser complicadas por
pneumonias bacterianas. As crianças com doença
cardíacas ou pulmonares crônicas podem ter pneumonias
graves pelo vírus da gripe.
5. Outros microorganismos causadores da pneumonia
são o Mycoplasma (segunda causa mais freqüente de
pneumonia), Chlamydia (relativamente freqüente), e
Legionella (incomum, mas causa muitos casos de
pneumonia grave). Esses agentes, assim como os
vírus, podem ser contagiosos, acometendo várias
pessoas que convivem em um mesmo ambiente.
Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa
do organismo, como os portadores de HIV e
pacientes com câncer em tratamento com
quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes
infecciosos incomuns. O Pneumocystis carinii é um
fungo que comumente causa pneumonia em pessoas
com AIDS.
6. Complicações na pneumonia
As conseqüências de uma pneumonia dependem muito da idade
da pessoa acometida, do tipo de pneumonia e do estado geral de
saúde anterior à pneumonia. As pessoas com doença cardíaca
ou pulmonar prévias têm mais risco de complicações.
A complicação mais comum da pneumonia é o derrame pleural.
Os pulmões são revestidos por duas membranas, as pleuras. O
derrame pleural é o acúmulo de líquido entre essas membranas.
Algumas vezes esse líquido pode se transformar em pus, que
deverá ser drenado para o controle da infecção.
A bacteremia é uma complicação bastante grave da pneumonia,
ocorre quando as bactérias alcançam o sangue, podendo se
espalhar por todo o corpo, apresentando risco de vida. Bebês
apresentam com freqüência este quadro, quando a pneumonia
não é tratada a tempo.
7. TRATAMENTO:
Quanto mais rápido a pneumonia for diagnosticada,
maior é a chance de cura.
A maior parte das pneumonias é tratada com o uso de
antibióticos, entretanto, não existe tratamento efetivo
para as pneumonias virais. Após o uso de um antibiótico
adequado, espera-se que ocorra melhora dos sintomas
após 48 a 72 horas. A criança deve fazer um controle
ambulatorial, no segundo dia de antibióticos, para que
seja avaliada sua melhora. Rx são feitos no momento do
diagnostico, mas se a evolução for boa, não é necessário
um Rx de controle, evitando-se assim a irradiação da
criança, baseando-se o médico na evolução clinica,
melhora da febre, melhora do apetite e diminuição da
prostração.
8. TRATAMENTO
A maioria das pneumonias em pacientes
previamente saudáveis pode ser tratada em casa.
Nos casos mais graves, entretanto, é necessária a
hospitalização para receber antibiótico venoso e
oxigênio. È muito importante que o paciente beba
muito líquido, que evita a desidratação e ajuda na
expectoração.
9. PREVENÇÃO:
A pneumonia pode ser uma complicação de uma gripe, assim a
vacina da gripe é uma boa forma de prevenção da pneumonia.
Está disponível também a vacina contra o pneumococo, o
principal agente causador da pneumonia. Ela está indicada para
pessoas com maior risco de adquirir a doença e de ter suas
complicações: pessoas com doenças crônicas pulmonares,
cardíacas, renais, diabéticas, residentes de asilos e pessoas com
65 anos ou mais.
Como a pneumonia freqüentemente ocorre após um resfriado ou
gripe comuns, deve-se estar atento ao prolongamento dos
sintomas por mais de uma semana a dez dias, e procurar um
médico sempre que estiverem presentes os sintomas da
pneumonia.
Palavras chave: Pneumonia, antibióticos, sintomas da
pneumonia, bactérias.
10. RISCO DE TER PNEUMONIA
Idosos acima dos 65 anos e crianças muito novas têm maior risco de
ter pneumonia.
O risco de ter pneumonia também aumenta nas seguintes situações:
Portadores de doenças crônicas como diabetes, câncer, enfisema
pulmonar ou doenças cardiovasculares (infarto do coração ou derrame
cerebral).
Pessoas cuja imunidade esteja baixa (baixa defesa do organismo),
como portadores da AIDS e pessoas que utilizam medicamentos para
quimioterapia ou drogas imunossupressoras (no caso de câncer,
transplante de órgão ou doenças auto-imunes).
Fumantes ou alcoólatras.
Indivíduos internados em unidades de terapia intensiva (UTI).
Pessoas expostas a certos tipos de produtos químicos (agrotóxicos,
químicas industriais) ou à poluição atmosférica.
Politraumatizados ou que tenham sofrido alguma cirurgia ou lesão
cerebral importante.
11. Organismo
pneumocócico
Essa fotografia mostra o o
Pneumococci. Essas bactérias
geralmente vem aos pares
(diplococosou se apresentam
em cadeias. Os Pneumococci
estão, tipicamente, associados
com a pneumonia, mas podem
causar infecção em outros
órgãos tais como o cérebro
(meningite pneumocócica) e na
corrente sangüínea (septicemia
pneumocócica) (Centros de
Controle e Prevenção de
Doenças).
12. Pneumonia
pneumocóccica
Este é um fotomicrógrafo do
organismo que provoca a
pneumonia pneumocóccica.
As bactérias são redondas,
mas unem-se para formar
cadeias, em geral aos pares,
sendo chamadas de
diplococos. O prefixo di
significa dois.