SlideShare a Scribd company logo
1 of 60
ALEX SANTIAGO NINA
Geólogo (UFPA-2013)
Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento
Local na Amazônia
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1
O desenvolvimento humano
Descoberta do Fogo
(800.000 anos)
Primeiras ferramentas
de pedra
(100.000 anos)
Agricultura primitiva
(10.000 anos)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
O desenvolvimento humano
Surgimento da
História (escrita)
(3.500 anos)
Descoberta da pólvora
(1.300 anos)
Aparecimento do
Smartphone
(século XXI)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3
Crescimento populacional e expectativa de vida
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4
Conforto
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5
ESCOLAS DO DESENVOLVIMENTO
A noção de “desenvolvimento” têm suas origens nos ideais de progresso iluministas do final do século XVIII e início
do século XIX, os quais preconizavam, de modo geral, o otimismo dos processos produtivos, “o predomínio da razão,
do direito e da liberdade de crítica, da noção de igualdade entre as pessoas, da oposição ao poder absoluto e do
conhecimento como fonte de progresso”
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6
John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 7
Já nesta época surgiu uma questão que continuaria a acompanhar todos os debates sobre o desenvolvimento até os
dias atuais:
Poderiam todos os países e todas as sociedades beneficiarem-se do potencial gerado pelo capitalismo industrial?
Ou, pelo contrário, este seria um jogo de soma zero, em que uma vitória de uns ocorreria, necessariamente, à custa
da derrota de outros?
A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de
pensamento:
- NEOCLÁSSICA
- PÓS-DESENVOLVIMENTISTA
- SUSTENTÁVEL
ESCOLA NEOCLÁSSICA
A escola neoclássica surgiu a partir do final da II Guerra Mundial e conceituava o desenvolvimento como sinônimo de
crescimento da economia (do PIB ou PIB per capita), baseada na teoria dos “benefícios mútuos”, para a qual o
aumento da produtividade global provocaria uma melhoria no bem-estar tanto dos países pobres como dos ricos
O PIB global funcionaria como uma maré, seu crescimento afetaria à todos (de forma benéfica)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
Simon Kuznets, economista russo
criador da metodologia de
mensuração do PIB e ganhador do
prêmio Nobel de economia em 1971.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 9
O modelo neoclássico admite que o crescimento do PIB provoca uma redução da pobreza absoluta e maior acesso da
população à educação e consequentemente aumento da consciência e preservação ambiental, conforme o Efieto Kuznets
O efeito Kuznets foi inicialmente proposto para questões sociais. No lugar de
“degradação ambiental”, pode-se pensar em “desigualdade” por exemplo
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10
Para os teóricos neoclássicos, o uso de apenas um indicador (no caso, o PIB) facilita a comparação entre o nível de
desenvolvimento de diferentes países; a definição de estratégias, objetivo e metas focados no crescimento econômico; a
avaliação de políticas públicas; e a internalização dos custos e benefícios das questões sociais e ambientais (LOMBORG,
2004).
Durante muito tempo, o PIB e PIB per capita foram utilizados como indicadores balizados das políticas estabelecidas pelo
Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (GUIMARÃES e JANNUZZI, 2005).
ESCOLA PÓS-DESENVOLVIMENTISTA
A separação neoclássica dos países entre
“subdesenvolvidos” e “desenvolvidos” baseadas no
PIB falhou ao implantar na agenda política dos
primeiros o objetivo de alcançar os segundos, sem
questionar se um aumento na produtividade
provocaria uma melhoria no bem-estar social.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11
A escola pós-desenvolvimentista nasce de um conjunto de críticas ao uso do PIB como indicador do desenvolvimento.
Satrustegui (2013) utiliza o termo “mal-desenvolvimento”, associando-o a quatro disfunções do modelo de
desenvolvimento neoclássico.
1ª Disfunção: estudos dos anos 1960 e 1970 evidenciaram que as altas taxas de crescimento econômico não
provocaram uma redução da pobreza, do desemprego, do subemprego e da desigualdade social.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12
2ª Disfunção: aumento dos impactos
ecológicos e da escassez dos recursos
naturais, cujo principal marco histórico foi a
publicação, em 1972, do relatório do Clube
de Roma “The limits to growth”, o qual
alertava que a população e a economia
mundial não poderiam crescer
indefinidamente sem encontrar limites
naturais
O desenvolvimento possibilitou que
saíssemos de “nossa casa”
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
Foi então que percebemos o quanto ela é
limitada
1ª foto da Terra (1963) 1ª foto da Terra inteira
(Apollo 17 - 1972)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
Limites para o crescimento
1972
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
Atualmente somos cerca
de 7 bilhões de pessoas
Estima-se que em 2050
seremos mais de 9 bilhões
Crescimento populacional
Expectativa de vida humana
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
Aumento do padrão de consumo
http://www.forumconsumo.com/Artigos/Consumidor/Aevoluçãodoconsumoatravésdosobjectos.aspx
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
Limites para o crescimento
5 problemas fundamentais:
- Crescimento populacional
- Produção de alimentos
- Industrialização
- Degradação ambiental
- Consumo dos recursos
naturais.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19
3ª Disfunção: incapacidade do desenvolvimento neoclássico incorporar a igualdade de gênero. Em sua obra clássica,
Vandana Shiva (1988) escreve (p. 5-6):
O que é correntemente denominado de desenvolvimento é essencialmente mal-desenvolvimento, baseado na introdução
ou acentuação da dominação do homem sobre a natureza e a mulher... Enquanto o uso do PIB está aumentando como
medidor real da riqueza, a riqueza da natureza e a produzida pelas mulheres estão diminuindo (tradução nossa).
Movimento das Mulheres de Chipko
Best Seller de 1989
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20
4ª Disfunção: redução da liberdade e dos direitos humanos. A meados do século XX, os regimes ditatoriais adotados em
muitos países da África, Ásia e América Latina alcançaram altas taxas de crescimento econômico, mesmo com a exploração
abusiva da mão de obra e da restrição dos direitos trabalhistas.
Mesmo nos regimes democráticos, o crescimento do PIB, nos moldes do modelo de desenvolvimento neoclássico, tem
sido acusado de acentuar o poder econômico e o controle midiático das grandes corporações, restringindo a participação
política efetiva da população
Milagre
Econômico
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21
Algumas propostas que podem ser entendidas como pertencentes a esta escola são:
Economia de crescimento zero: propõe o aumento qualitativo e não quantitativo da produção destinada ao bem-estar
social.
Economia ecológica: apoia a incorporação dos conceitos de capacidade ecológica e de entropia nas análises do
desenvolvimento
Primeira Conferência Mundial sobre o
Homem e o Meio Ambiente
Desenvolvimento Zero
(países desenvolvidos)
x
Desenvolvimento a qualquer custo
(países em desenvolvimento)
ESCOLA SUSTENTÁVEL
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22
A terceira escola surge de uma reformulação da ideia de desenvolvimento em virtude das críticas levantadas pela
escola pós-desenvolvimentista à escola neoclássica. Neste sentido, se acresce o adjetivo “sustentável” ao
“desenvolvimento”, cujo conceito mais difundido é
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”
O relatório de Brundtland (1987)
CONFLITO CHAVE
X
GERAÇÃO ATUAL GERAÇÕES FUTURAS
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23
CONFLITOS SECUNDÁRIOS
Ricos x Pobres
Desenvolvimentistas x Ambientalistas
Países do Norte
X
Países do Sul
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25
A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de
pensamento
CONFUSÃO?
De acordo com Holmberg e Sandbrook (1992), no início dos anos 90, haviam mais
de 70 definições de desenvolvimento sustentável
Um princípio, como uma política opcional que visa manter um nível aceitável de crescimento per-
capita sem a depreciação das reservas de recursos naturais (Turner, 1988)
A rede de produtividade da biomassa (balanço positivo de massa por unidade de área e unidade de
tempo) mantido por décadas e séculos (Conway, 1987)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 26
CONFUSÃO?
Cabe uma destas definições cabiam uma série de diferentes interpretações, com
muitas críticas
Algo criativamente ambíguo... Intuitivamente atrativo, mas conceitualmente fraco (Michell, 1997)
Como uma Mãe, um Deus, é difícil não aprovar ele. Ao mesmo tempo, a ideia de desenvolvimento
sustentável é frágil e com contradições (Redclift, 1997)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 27
Conceito Operacional do Desenvolvimento
Sustentável
Econômico
- Redução da pobreza
- Equidade
- Aumento dos bens e
serviços
Ecológico
- Diversidade genética
- Resiliência
- Produtividade
Biológica
Social
- Diversidade cultural
- Sustentabilidade
institucional
- Justiça Social
-Participação
O desenvolvimento sustentável pode ser
entendido como um projeto voltado para o
bem-estar da sociedade e ampliação das
liberdades humanas, para o qual o crescimento
econômico e o equilíbrio ecológico funcionam
como condicionantes.
Esta escola, portanto, não nega a importância
do PIB para o desenvolvimento, embora
reconheça a necessidade de incorporação de
outras variáveis – pricipalmente a social e a
ambiental
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 28
Capital Econômico
Bens Materias
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 29
Capital Social
Direitos Básicos
Cidadania
Participação
Acesso a informação
Educação
Cooperação
Capacitação Profissional
(Capital Humano)
Saúde e Bem-estar
Bens Imaterias
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 30
Capital Ecológico
Recursos Naturais
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 31
Fraca X Forte
Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Modelos de Desenvolvimento Sustentável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 32
DS Fraca – Recuperação Integral
Capital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 33
DS Forte – Recuperação Parcial
Capital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 34
DS Fraca – Reversibilidade sem limite
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
80%
50%
20%
Capital Natural (floresta)
Recuperável
Recuperável
Recuperável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 35
DS Forte – Limite para reversibilidade
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
80%
50%
20%
Capital Natural (floresta)
Irrecuperável
Recuperável
Recuperável
Limite Ambiental
Capital Crítico
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 36
DS Fraca – Ausência de Materiais Únicos
Os fios de cobre são usados para
transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o
cobre acabar?
Pode-se usar fios de
zinco
Mas, e se um dia o
zinco acabar?
O homem terá a capacidade de
descobrir um novo elemento
condutor de energia
FIO DE ALGUM
COMPOSTO
ORGÂNICO
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 37
DS Forte – Recursos Naturais Insubstituíveis
Os fios de cobre são usados para
transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o
cobre acabar?
Pode-se usar fios de
zinco
Mas, e se um dia o
zinco acabar?
O homem não terá a capacidade
de descobrir um novo elemento
condutor de energia ou tão bom
quanto o cobre
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 38
DS Fraca – Indicadores baseados em uma única unidade ($)
AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011
Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81
Estradas 120 Km 184
Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23
Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163
Perda na pecuária 200 aves 20
Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6
Alunos sem dia de aula 80 41,8
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 39
DS Forte – Indicadores baseados em vária unidades
AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011
Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81
Estradas 120 Km 184
Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23
Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163
Perda na pecuária 200 aves 20
Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6
Alunos sem dia de aula 80 41,8
Pessoas desalojadas 10
?Pessoas desabrigadas 4
Desaparecidos 15
Mortos 0
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 40
Em resposta, defensores do DS Fraco argumentam que pode-se
usar a lógica do mercado para tais casos
Ética?
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 41
Ambiental Social Econômico
Gases do Efeito Estufa crescimento populacional PIB per capita
Poluição urbana distribuição de renda balança comercial
Uso de fertilizantes e agrotóxicos mulheres em trabalho formal grau de endividamento
desmatamento mortalidade infantil consumo de energia per capita
qualidade da água taxa de AIDS reciclagem
destinação do lixo taxa de alfabetização participação de fontes renováveis
espécies extintas ou ameaçadas taxa de escolaridade consumo mineral per capita
queimadas e incêndios florestais desnutrição vida útil das reservas de petróleo e gás
Alguns Indicadores usados no Brasil (IBGE)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 42
Países
Emissão de GEE
(Kg CO2 em milhões)
Emissão de GEE/Km² Emissão de GEE / Hab
Emissão de GEE/PIB per
capita
EUROPA
Bélgica 143.330 47.777 14.333 6
França 513.241 9.332 8.699 23
Holanda 218.368 54.592 13.648 9
Suiça 50.645 12.661 7.235 1
Reino Unido 664.380 27.683 11.073 27
Média 317.993 30.409 10.998 13,55
ÁFRICA
Bénin 9.438 858 1.573 26
Burkina Faso 26.616 986 2.218 124
Costa do Marfim 17.024 532 1.064 27
Guiné Bissau 3.705 926 3.705 23
Senegal 20.754 1.038 2.306 44
Média 15.507 868 2.173 48,55
Razão Eu/Af 21 35 5 0,28
Problema dos Indicadores
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 43
Fraco X Forte
Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Características:
-Substituição perfeita entre os
tipos de capitais.
Características:
-Substituição parcial.
-Reversibilidade.
-Irrevisibilidade (limite ambiental, capital
crítico).
-Ausência de recursos naturais
únicos.
-Indicadores baseados em uma
única unidade (monetária - $).
-Recursos Naturais e funções ecológicas
insubstituíveis
-Indicadores baseados em várias unidades
(físicas, monetárias, quantitativas e
qualitativas).
Resumo dos Modelos de DS
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 44
Teóricos das sustentabilidades “fraca” e “forte” possuem diferentes visões sobre os principais assuntos que permeiam o
desenvolvimento sustentável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 45
Fraco X Forte
Born Lomborg
Julian Simon
Joseph Stiglitz Al Gore
Lester Brown
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 46
Sustentabilidade Fraca
A população humana não está crescendo de forma exponencial, mas sim logarítmica, de modo que a partir de
certo grau de desenvolvimento, as taxas de crescimento reduzem
Superpopulação Humana
Problemas como fome e pobreza
não são consequências da
superpopulação, mas sim da
ausência de políticas públicas
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 47
Sustentabilidade Forte
A população humana cresce de forma exponencial, induzida por um processo de feedback positivo e seus impactos
podem ocorrer de forma inesperada, mesmo como o avanço tecnológico, são grandes os riscos da população humana
ultrapassar a biocapacidade do planete causando consequências negativas para os sistemas sociais e ecológicos
Como isto é possível?
A humanidade só pode continuar utilizando mais
recursos do que a Terra pode oferecer , em termos
renováveis, na medida em que permanece sugando a
herança deixada durante milhões de anos no subsolo
(combustíveis fósseis) e na medida em que vai
explorando a uma taxa não sustentável os recursos
existentes dos rios, das florestas, do solo e dos oceanos.
Quando os recursos advindos do passado acabarem, aí
surgirá o colapso total ou parcial.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 48
Sustentabilidade Fraca
O aumento do consumo humano é compensado pelo desenvolvimento tecnológico e maior eficiência dos
processos produtivos. Desde meados do século XX, por exemplo, a produtividade e vida útil das reservas
minerais vem aumentando, enquanto que o preço vem reduzindo
Aumento do consumo e escassez dos recursos naturais
Alumínio Ferro
Cobre
De acordo com Lomborg, a mesma tendência é verificada para outros
recursos como ouro, prata, zinco, enxofre, fósforo, potássio e zinco
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 49
Sustentabilidade Forte
O consumo humano cresce de forma extraordinária e pode ocorrer uma verdadeira crise se países como China e Índia
atingirem os níveis de consumo norte-americanos
Não se pode ter uma “fé cega” na tecnologia, pois o
acesso a ela é desigual e ela pode ser utilizada tanto de
forma positiva como negativa
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 50
Sustentabilidade Fraca
A desigualdade é uma condição necessária para incentivar a atividade produtiva
Considerando as taxas cambiais e o poder de compra do consumidor, a desigualdade de renda está reduzindo
A pobreza absoluta a nível global, está reduzindo, concomitantemente como a expectativa de vida
Desigualdade e pobreza
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 51
Sustentabilidade Forte
A desigualdade, na verdade, está aumentando,
O crescimento do poder econômico está interferindo de forma negativa no processo democrático, em virtude do
aumento de lobbies e de manipulações políticas das informações
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 52
Sustentabilidade Fraca
De acordo com a curva de Kuznets ambiental, a degradação ambiental reduz com o crescimento econômico.
Os problemas de saúde gerados por agrotóxicos, embora muito enfatizados pela mídia, são irrelevantes diante de problemas
maiores como o tabagismo e os acidentes de trânsito. Nos gráficos abaixo, as mortes por 100.000 habitantes no Brasil
Degradação ambiental e agrotóxicos
Doenças relacionadas ao tabagismo
Acidentes de trânsito
Agrotóxicos – linha vermelha
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 53
Os ambientalistas não levam em conta os benefícios causados pelo uso dos agrotóxicos: aumento da produtividade
e redução dos preços dos alimentos
Os produtos químicos desenvolvidos pelo homem não são mais letais do que os já existente na natureza. A maioria
dos estudos científicos no entanto concentram-se nos malefícios apenas dos agrotóxicos
Qualquer
coisa em
excesso faz
mal
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 54
Sustentabilidade Forte
A Curva de Kuznets Ambiental não é válida para todas as regiões apenas para os países desenvolvidos, além disso a
degradação ambiental proporcionada em um lugar pode gerar a riqueza de outro
Primavera
Silenciosa
Além de afetar a saúde humana, os agrotóxicos contaminam
os rios e lençóis freáticos, causando desequilíbrios ecológicos
Os agrotóxicos reduzem a resistência do sistema imunológico
e aumentam a vulnerabilidade à outras doenças. Por isso, a
mediação do número de “mortes” causada por eles é muito
mais difícil do que no caso do trânsito.Relembrando a CKA: a posição do EUA pode estar
associada ao fato dele provocar degradação
ambiental em outros países
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 55
Há poucos estudos que avaliam os efeitos
sinérgicos de diferentes agrotóxicos
O uso indiscriminado leva a proliferação de
superpragas – pela combinação de transgênicos e
agrotóxicos.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 56
O discurso do aumento da produtividade é usado para manutenção do poder econômico das grandes corporações e
não desenvolvimento de alternativas como a redução do desperdício, a agricultura familiar e a permacultura
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 57
Sustentabilidade Fraca
Corrente Cética: As mudanças climáticas são causadas por processos naturais que sempre atuaram ao longo de 4,6 bilhões
de anos da Terra, a influência das emissões antrópicas são ínfimas
Mudanças Climáticas
O discurso “alarmante” tem um grande apelo midiático
e é usado pela indústria nuclear e pelos países que já
possuem tecnologia de baixa emissão
Corrente do custo-benefício: as emissões antrópicas até
influenciam o clima global, mas seus efeitos não são tão
catastróficos como se pensa
O desenvolvimento econômico e tecnológico fará com
que a sociedade, no futuro, seja mais resistente à estes
efeitos
Os ambientalistas não levam em conta os benefícios
gerados pelos combustíveis fósseis
Parte do dinheiro arrecadado com o Pré-Sal (↑CO2) seria utilizado para
fiscalização do desmatamento e políticas de reflorestamento da Amazônia (↓CO2)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 58
Sustentabilidade Forte
Não se pode excluir a influência antrópica às mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos
Existem alternativas economicamente viáveis para redução das emissões – como energias solar e eólica
O derretimento das geleiras e aumento do nível do mar
intensificam os anos decorrentes de desastres naturais e os
desequilíbrios ecológicos. Estes danos são irreversíveis
O discurso cético é manipulado pela indústria do petróleo
Furacão Catarina – primeiro
registro deste tipo de evento no
Atlântico Sul Tropical
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 59
Atividade
Escolher um dos temas (pode ser mais do que um) abaixo e apresentar argumentos de cada corrente da
sustentabilidade (fraca e forte) no formato de texto escrito ou de tabela
- Escassez dos recursos hídricos
- Engenharia Genética
- Fome
- Desmatamento
- Energia
- Poluição Atmosférica
- Chuva ácida
- Biodiversidade
Uma leitura que pode ser útil é o trabalho de Nina et al. (2012) –
AQUECIMENTO GLOBAL, ENTRE O ANTROPOGÊNICO E O NATURAL
Lembre-se: quanto mais argumentos melhor e seu trabalho poderá
ser apresentado um evento científico ou publicado numa revista
REFERÊNCIAS
KESTEMONT, B. Les indicateurs de développement durable: fondements et applications. In: _______. Les indicateurs de
développement durable. Bélgica: Université Libre de Bruxelles, 2010, p. 19-82.
LOMBORG, B. L’ecologiste sceptique: le véritable état de la planète. Paris: COLLECTION DOCUMENTS, 2004. 620 p.
NINA, A. Impacto de desastres naturais ao Produto Interno Bruto dos municípios e suas relações com o desenvolvimento:
o caso das inundações de 2009 na Amazônia. 2016. 85f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém,
2016.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 60

More Related Content

What's hot

Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.Roney Gusmão
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelMariana Cordeiro
 
Conferências ambientais
Conferências ambientaisConferências ambientais
Conferências ambientaisArtur Lara
 
Fundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambientalFundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambientalMarília Gomes
 
Desenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento SustentavelDesenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento Sustentavellupajero
 
Ações humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientaisAções humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientaisProf. Francesco Torres
 
Meio ambiente apresentacao final
Meio ambiente  apresentacao finalMeio ambiente  apresentacao final
Meio ambiente apresentacao finalneto Serafim
 
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentável
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento SustentávelCONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentável
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentávelgeografiacdb
 
Aula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentávelAula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentávelCarlos Priante
 
Desenvolvimento sustentavel
Desenvolvimento sustentavelDesenvolvimento sustentavel
Desenvolvimento sustentavelJoyce Domingues
 
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e SustentabilidadeGestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e SustentabilidadeMilton Henrique do Couto Neto
 

What's hot (20)

Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Aula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADEAula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADE
 
Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
Conferências ambientais
Conferências ambientaisConferências ambientais
Conferências ambientais
 
Fundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambientalFundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambiental
 
Desenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento SustentavelDesenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento Sustentavel
 
Sustentabilidade: Conceitos e Definições
Sustentabilidade: Conceitos e DefiniçõesSustentabilidade: Conceitos e Definições
Sustentabilidade: Conceitos e Definições
 
Ações humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientaisAções humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientais
 
Meio ambiente apresentacao final
Meio ambiente  apresentacao finalMeio ambiente  apresentacao final
Meio ambiente apresentacao final
 
Impactos ambientais
Impactos ambientaisImpactos ambientais
Impactos ambientais
 
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentável
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento SustentávelCONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentável
CONSUMO E MEIO AMBIENTE - Desenvolvimento Sustentável
 
Aula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentávelAula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentável
 
Desenvolvimento sustentavel
Desenvolvimento sustentavelDesenvolvimento sustentavel
Desenvolvimento sustentavel
 
GEOGRAFIA: IDH
GEOGRAFIA: IDHGEOGRAFIA: IDH
GEOGRAFIA: IDH
 
Desenvolvimento SustentáVel
Desenvolvimento SustentáVelDesenvolvimento SustentáVel
Desenvolvimento SustentáVel
 
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e SustentabilidadeGestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
 
Educação ambiental
Educação ambientalEducação ambiental
Educação ambiental
 

Similar to Desenvolvimento sustentável

Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente
Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio AmbientePensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente
Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio AmbienteFellipe França
 
Histórico da Educação Ambiental
Histórico da Educação AmbientalHistórico da Educação Ambiental
Histórico da Educação AmbientalJéssica Asencio
 
Meio ambiente bases hist. capítulo 1 - marília brandão
Meio ambiente bases hist.  capítulo 1 - marília brandãoMeio ambiente bases hist.  capítulo 1 - marília brandão
Meio ambiente bases hist. capítulo 1 - marília brandãoEdmo Filho
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelKatiane Denise
 
Ecma apostila políticas públicas e demais novembro
Ecma apostila políticas públicas e demais novembroEcma apostila políticas públicas e demais novembro
Ecma apostila políticas públicas e demais novembroVanessa Melo
 
A sustentabilidade ambiental meus
A sustentabilidade ambiental  meusA sustentabilidade ambiental  meus
A sustentabilidade ambiental meusEdilaine Garcia
 
A matriz discursiva sobre o meio ambiente
A matriz discursiva sobre o meio  ambienteA matriz discursiva sobre o meio  ambiente
A matriz discursiva sobre o meio ambienteblogarlete
 
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006AlexandredeGusmaoPedrini
 
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006AlexandrePedrini
 
População, Consumo e Meio Ambiente
População, Consumo e Meio AmbientePopulação, Consumo e Meio Ambiente
População, Consumo e Meio AmbienteLiziane Crippa
 
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...Thiago Ávila Medeiros
 
Capítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.pptCapítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.pptRicardoNeto60
 
A construção do conceito de meio ambiente.pptx
A construção do conceito de meio ambiente.pptxA construção do conceito de meio ambiente.pptx
A construção do conceito de meio ambiente.pptxKatyaSmiljanic
 
história do ambientalismo
história do ambientalismohistória do ambientalismo
história do ambientalismopedro_s
 
Artigo 'iniciando pelo meio' ecomuseu de maranguape - nádia almeida
Artigo 'iniciando pelo meio'   ecomuseu de maranguape - nádia almeidaArtigo 'iniciando pelo meio'   ecomuseu de maranguape - nádia almeida
Artigo 'iniciando pelo meio' ecomuseu de maranguape - nádia almeidaAdriana Costa
 
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientais
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientaisSustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientais
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientaisCarlos Elson Cunha
 

Similar to Desenvolvimento sustentável (20)

Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente
Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio AmbientePensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente
Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente
 
Histórico da Educação Ambiental
Histórico da Educação AmbientalHistórico da Educação Ambiental
Histórico da Educação Ambiental
 
Meio ambiente bases hist. capítulo 1 - marília brandão
Meio ambiente bases hist.  capítulo 1 - marília brandãoMeio ambiente bases hist.  capítulo 1 - marília brandão
Meio ambiente bases hist. capítulo 1 - marília brandão
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Ecma apostila políticas públicas e demais novembro
Ecma apostila políticas públicas e demais novembroEcma apostila políticas públicas e demais novembro
Ecma apostila políticas públicas e demais novembro
 
A sustentabilidade ambiental meus
A sustentabilidade ambiental  meusA sustentabilidade ambiental  meus
A sustentabilidade ambiental meus
 
A matriz discursiva sobre o meio ambiente
A matriz discursiva sobre o meio  ambienteA matriz discursiva sobre o meio  ambiente
A matriz discursiva sobre o meio ambiente
 
Educação ambiental
Educação ambientalEducação ambiental
Educação ambiental
 
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
 
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
Artigo educaçãoparasociedadessustentáveis2006
 
Desenvolvimento insustentavel
Desenvolvimento insustentavelDesenvolvimento insustentavel
Desenvolvimento insustentavel
 
População, Consumo e Meio Ambiente
População, Consumo e Meio AmbientePopulação, Consumo e Meio Ambiente
População, Consumo e Meio Ambiente
 
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...
Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustent+üvel (gilberto montibeller filho...
 
História ambiental
História ambientalHistória ambiental
História ambiental
 
Capítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.pptCapítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.ppt
 
Capítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.pptCapítulo 1 - Modulo 1.ppt
Capítulo 1 - Modulo 1.ppt
 
A construção do conceito de meio ambiente.pptx
A construção do conceito de meio ambiente.pptxA construção do conceito de meio ambiente.pptx
A construção do conceito de meio ambiente.pptx
 
história do ambientalismo
história do ambientalismohistória do ambientalismo
história do ambientalismo
 
Artigo 'iniciando pelo meio' ecomuseu de maranguape - nádia almeida
Artigo 'iniciando pelo meio'   ecomuseu de maranguape - nádia almeidaArtigo 'iniciando pelo meio'   ecomuseu de maranguape - nádia almeida
Artigo 'iniciando pelo meio' ecomuseu de maranguape - nádia almeida
 
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientais
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientaisSustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientais
Sustentabilidade - Recursos naturais e valores ambientais
 

More from Alex Santiago Nina

More from Alex Santiago Nina (11)

Rec naturais e energia
Rec naturais e energiaRec naturais e energia
Rec naturais e energia
 
Ciclo hidrológico
Ciclo hidrológicoCiclo hidrológico
Ciclo hidrológico
 
0 aula inicial
0   aula inicial0   aula inicial
0 aula inicial
 
Aula 9 política pública ambiental
Aula 9   política pública ambientalAula 9   política pública ambiental
Aula 9 política pública ambiental
 
Slides soltos
Slides soltosSlides soltos
Slides soltos
 
Aula 7 gestão ambiental empresarial
Aula 7   gestão ambiental empresarialAula 7   gestão ambiental empresarial
Aula 7 gestão ambiental empresarial
 
Reciclagem
ReciclagemReciclagem
Reciclagem
 
Direito ambiental
Direito ambientalDireito ambiental
Direito ambiental
 
Diversidade da Terra e Estudos Ambientais
Diversidade da Terra e Estudos AmbientaisDiversidade da Terra e Estudos Ambientais
Diversidade da Terra e Estudos Ambientais
 
Cultura e ecocidadania
Cultura e ecocidadaniaCultura e ecocidadania
Cultura e ecocidadania
 
Informações e dados ambientais
Informações e dados ambientaisInformações e dados ambientais
Informações e dados ambientais
 

Desenvolvimento sustentável

  • 1. ALEX SANTIAGO NINA Geólogo (UFPA-2013) Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1
  • 2. O desenvolvimento humano Descoberta do Fogo (800.000 anos) Primeiras ferramentas de pedra (100.000 anos) Agricultura primitiva (10.000 anos) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
  • 3. O desenvolvimento humano Surgimento da História (escrita) (3.500 anos) Descoberta da pólvora (1.300 anos) Aparecimento do Smartphone (século XXI) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3
  • 4. Crescimento populacional e expectativa de vida 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4
  • 5. Conforto 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5
  • 6. ESCOLAS DO DESENVOLVIMENTO A noção de “desenvolvimento” têm suas origens nos ideais de progresso iluministas do final do século XVIII e início do século XIX, os quais preconizavam, de modo geral, o otimismo dos processos produtivos, “o predomínio da razão, do direito e da liberdade de crítica, da noção de igualdade entre as pessoas, da oposição ao poder absoluto e do conhecimento como fonte de progresso” 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6 John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot
  • 7. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 7 Já nesta época surgiu uma questão que continuaria a acompanhar todos os debates sobre o desenvolvimento até os dias atuais: Poderiam todos os países e todas as sociedades beneficiarem-se do potencial gerado pelo capitalismo industrial? Ou, pelo contrário, este seria um jogo de soma zero, em que uma vitória de uns ocorreria, necessariamente, à custa da derrota de outros? A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de pensamento: - NEOCLÁSSICA - PÓS-DESENVOLVIMENTISTA - SUSTENTÁVEL
  • 8. ESCOLA NEOCLÁSSICA A escola neoclássica surgiu a partir do final da II Guerra Mundial e conceituava o desenvolvimento como sinônimo de crescimento da economia (do PIB ou PIB per capita), baseada na teoria dos “benefícios mútuos”, para a qual o aumento da produtividade global provocaria uma melhoria no bem-estar tanto dos países pobres como dos ricos O PIB global funcionaria como uma maré, seu crescimento afetaria à todos (de forma benéfica) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
  • 9. Simon Kuznets, economista russo criador da metodologia de mensuração do PIB e ganhador do prêmio Nobel de economia em 1971. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 9 O modelo neoclássico admite que o crescimento do PIB provoca uma redução da pobreza absoluta e maior acesso da população à educação e consequentemente aumento da consciência e preservação ambiental, conforme o Efieto Kuznets O efeito Kuznets foi inicialmente proposto para questões sociais. No lugar de “degradação ambiental”, pode-se pensar em “desigualdade” por exemplo
  • 10. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10 Para os teóricos neoclássicos, o uso de apenas um indicador (no caso, o PIB) facilita a comparação entre o nível de desenvolvimento de diferentes países; a definição de estratégias, objetivo e metas focados no crescimento econômico; a avaliação de políticas públicas; e a internalização dos custos e benefícios das questões sociais e ambientais (LOMBORG, 2004). Durante muito tempo, o PIB e PIB per capita foram utilizados como indicadores balizados das políticas estabelecidas pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (GUIMARÃES e JANNUZZI, 2005).
  • 11. ESCOLA PÓS-DESENVOLVIMENTISTA A separação neoclássica dos países entre “subdesenvolvidos” e “desenvolvidos” baseadas no PIB falhou ao implantar na agenda política dos primeiros o objetivo de alcançar os segundos, sem questionar se um aumento na produtividade provocaria uma melhoria no bem-estar social. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11 A escola pós-desenvolvimentista nasce de um conjunto de críticas ao uso do PIB como indicador do desenvolvimento. Satrustegui (2013) utiliza o termo “mal-desenvolvimento”, associando-o a quatro disfunções do modelo de desenvolvimento neoclássico. 1ª Disfunção: estudos dos anos 1960 e 1970 evidenciaram que as altas taxas de crescimento econômico não provocaram uma redução da pobreza, do desemprego, do subemprego e da desigualdade social.
  • 12. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12 2ª Disfunção: aumento dos impactos ecológicos e da escassez dos recursos naturais, cujo principal marco histórico foi a publicação, em 1972, do relatório do Clube de Roma “The limits to growth”, o qual alertava que a população e a economia mundial não poderiam crescer indefinidamente sem encontrar limites naturais
  • 13. O desenvolvimento possibilitou que saíssemos de “nossa casa” 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
  • 14. Foi então que percebemos o quanto ela é limitada 1ª foto da Terra (1963) 1ª foto da Terra inteira (Apollo 17 - 1972) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
  • 15. Limites para o crescimento 1972 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
  • 16. Atualmente somos cerca de 7 bilhões de pessoas Estima-se que em 2050 seremos mais de 9 bilhões Crescimento populacional Expectativa de vida humana 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
  • 17. Aumento do padrão de consumo http://www.forumconsumo.com/Artigos/Consumidor/Aevoluçãodoconsumoatravésdosobjectos.aspx 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
  • 18. Limites para o crescimento 5 problemas fundamentais: - Crescimento populacional - Produção de alimentos - Industrialização - Degradação ambiental - Consumo dos recursos naturais. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
  • 19. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19 3ª Disfunção: incapacidade do desenvolvimento neoclássico incorporar a igualdade de gênero. Em sua obra clássica, Vandana Shiva (1988) escreve (p. 5-6): O que é correntemente denominado de desenvolvimento é essencialmente mal-desenvolvimento, baseado na introdução ou acentuação da dominação do homem sobre a natureza e a mulher... Enquanto o uso do PIB está aumentando como medidor real da riqueza, a riqueza da natureza e a produzida pelas mulheres estão diminuindo (tradução nossa). Movimento das Mulheres de Chipko Best Seller de 1989
  • 20. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20 4ª Disfunção: redução da liberdade e dos direitos humanos. A meados do século XX, os regimes ditatoriais adotados em muitos países da África, Ásia e América Latina alcançaram altas taxas de crescimento econômico, mesmo com a exploração abusiva da mão de obra e da restrição dos direitos trabalhistas. Mesmo nos regimes democráticos, o crescimento do PIB, nos moldes do modelo de desenvolvimento neoclássico, tem sido acusado de acentuar o poder econômico e o controle midiático das grandes corporações, restringindo a participação política efetiva da população Milagre Econômico
  • 21. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21 Algumas propostas que podem ser entendidas como pertencentes a esta escola são: Economia de crescimento zero: propõe o aumento qualitativo e não quantitativo da produção destinada ao bem-estar social. Economia ecológica: apoia a incorporação dos conceitos de capacidade ecológica e de entropia nas análises do desenvolvimento Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente Desenvolvimento Zero (países desenvolvidos) x Desenvolvimento a qualquer custo (países em desenvolvimento)
  • 22. ESCOLA SUSTENTÁVEL 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22 A terceira escola surge de uma reformulação da ideia de desenvolvimento em virtude das críticas levantadas pela escola pós-desenvolvimentista à escola neoclássica. Neste sentido, se acresce o adjetivo “sustentável” ao “desenvolvimento”, cujo conceito mais difundido é “aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” O relatório de Brundtland (1987)
  • 23. CONFLITO CHAVE X GERAÇÃO ATUAL GERAÇÕES FUTURAS 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23
  • 24. CONFLITOS SECUNDÁRIOS Ricos x Pobres Desenvolvimentistas x Ambientalistas Países do Norte X Países do Sul 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
  • 25. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25 A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de pensamento
  • 26. CONFUSÃO? De acordo com Holmberg e Sandbrook (1992), no início dos anos 90, haviam mais de 70 definições de desenvolvimento sustentável Um princípio, como uma política opcional que visa manter um nível aceitável de crescimento per- capita sem a depreciação das reservas de recursos naturais (Turner, 1988) A rede de produtividade da biomassa (balanço positivo de massa por unidade de área e unidade de tempo) mantido por décadas e séculos (Conway, 1987) O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 26
  • 27. CONFUSÃO? Cabe uma destas definições cabiam uma série de diferentes interpretações, com muitas críticas Algo criativamente ambíguo... Intuitivamente atrativo, mas conceitualmente fraco (Michell, 1997) Como uma Mãe, um Deus, é difícil não aprovar ele. Ao mesmo tempo, a ideia de desenvolvimento sustentável é frágil e com contradições (Redclift, 1997) O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 27
  • 28. Conceito Operacional do Desenvolvimento Sustentável Econômico - Redução da pobreza - Equidade - Aumento dos bens e serviços Ecológico - Diversidade genética - Resiliência - Produtividade Biológica Social - Diversidade cultural - Sustentabilidade institucional - Justiça Social -Participação O desenvolvimento sustentável pode ser entendido como um projeto voltado para o bem-estar da sociedade e ampliação das liberdades humanas, para o qual o crescimento econômico e o equilíbrio ecológico funcionam como condicionantes. Esta escola, portanto, não nega a importância do PIB para o desenvolvimento, embora reconheça a necessidade de incorporação de outras variáveis – pricipalmente a social e a ambiental 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 28
  • 29. Capital Econômico Bens Materias 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 29
  • 30. Capital Social Direitos Básicos Cidadania Participação Acesso a informação Educação Cooperação Capacitação Profissional (Capital Humano) Saúde e Bem-estar Bens Imaterias 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 30
  • 31. Capital Ecológico Recursos Naturais 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 31
  • 32. Fraca X Forte Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital Modelos de Desenvolvimento Sustentável 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 32
  • 33. DS Fraca – Recuperação Integral Capital Natural (floresta) Atividade Madereira PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA Capital Econômico Capital Natural (floresta) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 33
  • 34. DS Forte – Recuperação Parcial Capital Natural (floresta) Atividade Madereira PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA Capital Econômico Capital Natural (floresta) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 34
  • 35. DS Fraca – Reversibilidade sem limite Atividade Madereira PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA Capital Econômico Capital Natural (floresta) 80% 50% 20% Capital Natural (floresta) Recuperável Recuperável Recuperável 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 35
  • 36. DS Forte – Limite para reversibilidade Atividade Madereira PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA Capital Econômico Capital Natural (floresta) 80% 50% 20% Capital Natural (floresta) Irrecuperável Recuperável Recuperável Limite Ambiental Capital Crítico 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 36
  • 37. DS Fraca – Ausência de Materiais Únicos Os fios de cobre são usados para transmissão de corrente elétrica Mas, e se um dia o cobre acabar? Pode-se usar fios de zinco Mas, e se um dia o zinco acabar? O homem terá a capacidade de descobrir um novo elemento condutor de energia FIO DE ALGUM COMPOSTO ORGÂNICO 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 37
  • 38. DS Forte – Recursos Naturais Insubstituíveis Os fios de cobre são usados para transmissão de corrente elétrica Mas, e se um dia o cobre acabar? Pode-se usar fios de zinco Mas, e se um dia o zinco acabar? O homem não terá a capacidade de descobrir um novo elemento condutor de energia ou tão bom quanto o cobre 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 38
  • 39. DS Fraca – Indicadores baseados em uma única unidade ($) AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011 Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$) Residências Atingidas 10 unidades 81 Estradas 120 Km 184 Pontes 90 metros 117 Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23 Erosão Nível Médio 30,5 Perda na produção agrícola 16 t 163 Perda na pecuária 200 aves 20 Perda no Comércio 6 unidades 13 Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6 Alunos sem dia de aula 80 41,8 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 39
  • 40. DS Forte – Indicadores baseados em vária unidades AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011 Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$) Residências Atingidas 10 unidades 81 Estradas 120 Km 184 Pontes 90 metros 117 Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23 Erosão Nível Médio 30,5 Perda na produção agrícola 16 t 163 Perda na pecuária 200 aves 20 Perda no Comércio 6 unidades 13 Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6 Alunos sem dia de aula 80 41,8 Pessoas desalojadas 10 ?Pessoas desabrigadas 4 Desaparecidos 15 Mortos 0 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 40
  • 41. Em resposta, defensores do DS Fraco argumentam que pode-se usar a lógica do mercado para tais casos Ética? 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 41
  • 42. Ambiental Social Econômico Gases do Efeito Estufa crescimento populacional PIB per capita Poluição urbana distribuição de renda balança comercial Uso de fertilizantes e agrotóxicos mulheres em trabalho formal grau de endividamento desmatamento mortalidade infantil consumo de energia per capita qualidade da água taxa de AIDS reciclagem destinação do lixo taxa de alfabetização participação de fontes renováveis espécies extintas ou ameaçadas taxa de escolaridade consumo mineral per capita queimadas e incêndios florestais desnutrição vida útil das reservas de petróleo e gás Alguns Indicadores usados no Brasil (IBGE) 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 42
  • 43. Países Emissão de GEE (Kg CO2 em milhões) Emissão de GEE/Km² Emissão de GEE / Hab Emissão de GEE/PIB per capita EUROPA Bélgica 143.330 47.777 14.333 6 França 513.241 9.332 8.699 23 Holanda 218.368 54.592 13.648 9 Suiça 50.645 12.661 7.235 1 Reino Unido 664.380 27.683 11.073 27 Média 317.993 30.409 10.998 13,55 ÁFRICA Bénin 9.438 858 1.573 26 Burkina Faso 26.616 986 2.218 124 Costa do Marfim 17.024 532 1.064 27 Guiné Bissau 3.705 926 3.705 23 Senegal 20.754 1.038 2.306 44 Média 15.507 868 2.173 48,55 Razão Eu/Af 21 35 5 0,28 Problema dos Indicadores 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 43
  • 44. Fraco X Forte Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital Características: -Substituição perfeita entre os tipos de capitais. Características: -Substituição parcial. -Reversibilidade. -Irrevisibilidade (limite ambiental, capital crítico). -Ausência de recursos naturais únicos. -Indicadores baseados em uma única unidade (monetária - $). -Recursos Naturais e funções ecológicas insubstituíveis -Indicadores baseados em várias unidades (físicas, monetárias, quantitativas e qualitativas). Resumo dos Modelos de DS 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 44
  • 45. Teóricos das sustentabilidades “fraca” e “forte” possuem diferentes visões sobre os principais assuntos que permeiam o desenvolvimento sustentável 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 45 Fraco X Forte Born Lomborg Julian Simon Joseph Stiglitz Al Gore Lester Brown
  • 46. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 46 Sustentabilidade Fraca A população humana não está crescendo de forma exponencial, mas sim logarítmica, de modo que a partir de certo grau de desenvolvimento, as taxas de crescimento reduzem Superpopulação Humana Problemas como fome e pobreza não são consequências da superpopulação, mas sim da ausência de políticas públicas
  • 47. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 47 Sustentabilidade Forte A população humana cresce de forma exponencial, induzida por um processo de feedback positivo e seus impactos podem ocorrer de forma inesperada, mesmo como o avanço tecnológico, são grandes os riscos da população humana ultrapassar a biocapacidade do planete causando consequências negativas para os sistemas sociais e ecológicos Como isto é possível? A humanidade só pode continuar utilizando mais recursos do que a Terra pode oferecer , em termos renováveis, na medida em que permanece sugando a herança deixada durante milhões de anos no subsolo (combustíveis fósseis) e na medida em que vai explorando a uma taxa não sustentável os recursos existentes dos rios, das florestas, do solo e dos oceanos. Quando os recursos advindos do passado acabarem, aí surgirá o colapso total ou parcial.
  • 48. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 48 Sustentabilidade Fraca O aumento do consumo humano é compensado pelo desenvolvimento tecnológico e maior eficiência dos processos produtivos. Desde meados do século XX, por exemplo, a produtividade e vida útil das reservas minerais vem aumentando, enquanto que o preço vem reduzindo Aumento do consumo e escassez dos recursos naturais Alumínio Ferro Cobre De acordo com Lomborg, a mesma tendência é verificada para outros recursos como ouro, prata, zinco, enxofre, fósforo, potássio e zinco
  • 49. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 49 Sustentabilidade Forte O consumo humano cresce de forma extraordinária e pode ocorrer uma verdadeira crise se países como China e Índia atingirem os níveis de consumo norte-americanos Não se pode ter uma “fé cega” na tecnologia, pois o acesso a ela é desigual e ela pode ser utilizada tanto de forma positiva como negativa
  • 50. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 50 Sustentabilidade Fraca A desigualdade é uma condição necessária para incentivar a atividade produtiva Considerando as taxas cambiais e o poder de compra do consumidor, a desigualdade de renda está reduzindo A pobreza absoluta a nível global, está reduzindo, concomitantemente como a expectativa de vida Desigualdade e pobreza
  • 51. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 51 Sustentabilidade Forte A desigualdade, na verdade, está aumentando, O crescimento do poder econômico está interferindo de forma negativa no processo democrático, em virtude do aumento de lobbies e de manipulações políticas das informações
  • 52. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 52 Sustentabilidade Fraca De acordo com a curva de Kuznets ambiental, a degradação ambiental reduz com o crescimento econômico. Os problemas de saúde gerados por agrotóxicos, embora muito enfatizados pela mídia, são irrelevantes diante de problemas maiores como o tabagismo e os acidentes de trânsito. Nos gráficos abaixo, as mortes por 100.000 habitantes no Brasil Degradação ambiental e agrotóxicos Doenças relacionadas ao tabagismo Acidentes de trânsito Agrotóxicos – linha vermelha
  • 53. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 53 Os ambientalistas não levam em conta os benefícios causados pelo uso dos agrotóxicos: aumento da produtividade e redução dos preços dos alimentos Os produtos químicos desenvolvidos pelo homem não são mais letais do que os já existente na natureza. A maioria dos estudos científicos no entanto concentram-se nos malefícios apenas dos agrotóxicos Qualquer coisa em excesso faz mal
  • 54. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 54 Sustentabilidade Forte A Curva de Kuznets Ambiental não é válida para todas as regiões apenas para os países desenvolvidos, além disso a degradação ambiental proporcionada em um lugar pode gerar a riqueza de outro Primavera Silenciosa Além de afetar a saúde humana, os agrotóxicos contaminam os rios e lençóis freáticos, causando desequilíbrios ecológicos Os agrotóxicos reduzem a resistência do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à outras doenças. Por isso, a mediação do número de “mortes” causada por eles é muito mais difícil do que no caso do trânsito.Relembrando a CKA: a posição do EUA pode estar associada ao fato dele provocar degradação ambiental em outros países
  • 55. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 55 Há poucos estudos que avaliam os efeitos sinérgicos de diferentes agrotóxicos O uso indiscriminado leva a proliferação de superpragas – pela combinação de transgênicos e agrotóxicos.
  • 56. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 56 O discurso do aumento da produtividade é usado para manutenção do poder econômico das grandes corporações e não desenvolvimento de alternativas como a redução do desperdício, a agricultura familiar e a permacultura
  • 57. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 57 Sustentabilidade Fraca Corrente Cética: As mudanças climáticas são causadas por processos naturais que sempre atuaram ao longo de 4,6 bilhões de anos da Terra, a influência das emissões antrópicas são ínfimas Mudanças Climáticas O discurso “alarmante” tem um grande apelo midiático e é usado pela indústria nuclear e pelos países que já possuem tecnologia de baixa emissão Corrente do custo-benefício: as emissões antrópicas até influenciam o clima global, mas seus efeitos não são tão catastróficos como se pensa O desenvolvimento econômico e tecnológico fará com que a sociedade, no futuro, seja mais resistente à estes efeitos Os ambientalistas não levam em conta os benefícios gerados pelos combustíveis fósseis Parte do dinheiro arrecadado com o Pré-Sal (↑CO2) seria utilizado para fiscalização do desmatamento e políticas de reflorestamento da Amazônia (↓CO2)
  • 58. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 58 Sustentabilidade Forte Não se pode excluir a influência antrópica às mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos Existem alternativas economicamente viáveis para redução das emissões – como energias solar e eólica O derretimento das geleiras e aumento do nível do mar intensificam os anos decorrentes de desastres naturais e os desequilíbrios ecológicos. Estes danos são irreversíveis O discurso cético é manipulado pela indústria do petróleo Furacão Catarina – primeiro registro deste tipo de evento no Atlântico Sul Tropical
  • 59. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 59 Atividade Escolher um dos temas (pode ser mais do que um) abaixo e apresentar argumentos de cada corrente da sustentabilidade (fraca e forte) no formato de texto escrito ou de tabela - Escassez dos recursos hídricos - Engenharia Genética - Fome - Desmatamento - Energia - Poluição Atmosférica - Chuva ácida - Biodiversidade Uma leitura que pode ser útil é o trabalho de Nina et al. (2012) – AQUECIMENTO GLOBAL, ENTRE O ANTROPOGÊNICO E O NATURAL Lembre-se: quanto mais argumentos melhor e seu trabalho poderá ser apresentado um evento científico ou publicado numa revista
  • 60. REFERÊNCIAS KESTEMONT, B. Les indicateurs de développement durable: fondements et applications. In: _______. Les indicateurs de développement durable. Bélgica: Université Libre de Bruxelles, 2010, p. 19-82. LOMBORG, B. L’ecologiste sceptique: le véritable état de la planète. Paris: COLLECTION DOCUMENTS, 2004. 620 p. NINA, A. Impacto de desastres naturais ao Produto Interno Bruto dos municípios e suas relações com o desenvolvimento: o caso das inundações de 2009 na Amazônia. 2016. 85f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 60