1. ALEX SANTIAGO NINA
Geólogo (UFPA-2013)
Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento
Local na Amazônia
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1
2. O desenvolvimento humano
Descoberta do Fogo
(800.000 anos)
Primeiras ferramentas
de pedra
(100.000 anos)
Agricultura primitiva
(10.000 anos)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
3. O desenvolvimento humano
Surgimento da
História (escrita)
(3.500 anos)
Descoberta da pólvora
(1.300 anos)
Aparecimento do
Smartphone
(século XXI)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3
6. ESCOLAS DO DESENVOLVIMENTO
A noção de “desenvolvimento” têm suas origens nos ideais de progresso iluministas do final do século XVIII e início
do século XIX, os quais preconizavam, de modo geral, o otimismo dos processos produtivos, “o predomínio da razão,
do direito e da liberdade de crítica, da noção de igualdade entre as pessoas, da oposição ao poder absoluto e do
conhecimento como fonte de progresso”
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6
John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot
7. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 7
Já nesta época surgiu uma questão que continuaria a acompanhar todos os debates sobre o desenvolvimento até os
dias atuais:
Poderiam todos os países e todas as sociedades beneficiarem-se do potencial gerado pelo capitalismo industrial?
Ou, pelo contrário, este seria um jogo de soma zero, em que uma vitória de uns ocorreria, necessariamente, à custa
da derrota de outros?
A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de
pensamento:
- NEOCLÁSSICA
- PÓS-DESENVOLVIMENTISTA
- SUSTENTÁVEL
8. ESCOLA NEOCLÁSSICA
A escola neoclássica surgiu a partir do final da II Guerra Mundial e conceituava o desenvolvimento como sinônimo de
crescimento da economia (do PIB ou PIB per capita), baseada na teoria dos “benefícios mútuos”, para a qual o
aumento da produtividade global provocaria uma melhoria no bem-estar tanto dos países pobres como dos ricos
O PIB global funcionaria como uma maré, seu crescimento afetaria à todos (de forma benéfica)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
9. Simon Kuznets, economista russo
criador da metodologia de
mensuração do PIB e ganhador do
prêmio Nobel de economia em 1971.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 9
O modelo neoclássico admite que o crescimento do PIB provoca uma redução da pobreza absoluta e maior acesso da
população à educação e consequentemente aumento da consciência e preservação ambiental, conforme o Efieto Kuznets
O efeito Kuznets foi inicialmente proposto para questões sociais. No lugar de
“degradação ambiental”, pode-se pensar em “desigualdade” por exemplo
10. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10
Para os teóricos neoclássicos, o uso de apenas um indicador (no caso, o PIB) facilita a comparação entre o nível de
desenvolvimento de diferentes países; a definição de estratégias, objetivo e metas focados no crescimento econômico; a
avaliação de políticas públicas; e a internalização dos custos e benefícios das questões sociais e ambientais (LOMBORG,
2004).
Durante muito tempo, o PIB e PIB per capita foram utilizados como indicadores balizados das políticas estabelecidas pelo
Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (GUIMARÃES e JANNUZZI, 2005).
11. ESCOLA PÓS-DESENVOLVIMENTISTA
A separação neoclássica dos países entre
“subdesenvolvidos” e “desenvolvidos” baseadas no
PIB falhou ao implantar na agenda política dos
primeiros o objetivo de alcançar os segundos, sem
questionar se um aumento na produtividade
provocaria uma melhoria no bem-estar social.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11
A escola pós-desenvolvimentista nasce de um conjunto de críticas ao uso do PIB como indicador do desenvolvimento.
Satrustegui (2013) utiliza o termo “mal-desenvolvimento”, associando-o a quatro disfunções do modelo de
desenvolvimento neoclássico.
1ª Disfunção: estudos dos anos 1960 e 1970 evidenciaram que as altas taxas de crescimento econômico não
provocaram uma redução da pobreza, do desemprego, do subemprego e da desigualdade social.
12. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12
2ª Disfunção: aumento dos impactos
ecológicos e da escassez dos recursos
naturais, cujo principal marco histórico foi a
publicação, em 1972, do relatório do Clube
de Roma “The limits to growth”, o qual
alertava que a população e a economia
mundial não poderiam crescer
indefinidamente sem encontrar limites
naturais
14. Foi então que percebemos o quanto ela é
limitada
1ª foto da Terra (1963) 1ª foto da Terra inteira
(Apollo 17 - 1972)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
15. Limites para o crescimento
1972
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
16. Atualmente somos cerca
de 7 bilhões de pessoas
Estima-se que em 2050
seremos mais de 9 bilhões
Crescimento populacional
Expectativa de vida humana
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
17. Aumento do padrão de consumo
http://www.forumconsumo.com/Artigos/Consumidor/Aevoluçãodoconsumoatravésdosobjectos.aspx
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
18. Limites para o crescimento
5 problemas fundamentais:
- Crescimento populacional
- Produção de alimentos
- Industrialização
- Degradação ambiental
- Consumo dos recursos
naturais.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
19. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19
3ª Disfunção: incapacidade do desenvolvimento neoclássico incorporar a igualdade de gênero. Em sua obra clássica,
Vandana Shiva (1988) escreve (p. 5-6):
O que é correntemente denominado de desenvolvimento é essencialmente mal-desenvolvimento, baseado na introdução
ou acentuação da dominação do homem sobre a natureza e a mulher... Enquanto o uso do PIB está aumentando como
medidor real da riqueza, a riqueza da natureza e a produzida pelas mulheres estão diminuindo (tradução nossa).
Movimento das Mulheres de Chipko
Best Seller de 1989
20. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20
4ª Disfunção: redução da liberdade e dos direitos humanos. A meados do século XX, os regimes ditatoriais adotados em
muitos países da África, Ásia e América Latina alcançaram altas taxas de crescimento econômico, mesmo com a exploração
abusiva da mão de obra e da restrição dos direitos trabalhistas.
Mesmo nos regimes democráticos, o crescimento do PIB, nos moldes do modelo de desenvolvimento neoclássico, tem
sido acusado de acentuar o poder econômico e o controle midiático das grandes corporações, restringindo a participação
política efetiva da população
Milagre
Econômico
21. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21
Algumas propostas que podem ser entendidas como pertencentes a esta escola são:
Economia de crescimento zero: propõe o aumento qualitativo e não quantitativo da produção destinada ao bem-estar
social.
Economia ecológica: apoia a incorporação dos conceitos de capacidade ecológica e de entropia nas análises do
desenvolvimento
Primeira Conferência Mundial sobre o
Homem e o Meio Ambiente
Desenvolvimento Zero
(países desenvolvidos)
x
Desenvolvimento a qualquer custo
(países em desenvolvimento)
22. ESCOLA SUSTENTÁVEL
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22
A terceira escola surge de uma reformulação da ideia de desenvolvimento em virtude das críticas levantadas pela
escola pós-desenvolvimentista à escola neoclássica. Neste sentido, se acresce o adjetivo “sustentável” ao
“desenvolvimento”, cujo conceito mais difundido é
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”
O relatório de Brundtland (1987)
24. CONFLITOS SECUNDÁRIOS
Ricos x Pobres
Desenvolvimentistas x Ambientalistas
Países do Norte
X
Países do Sul
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
25. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25
A partir do século XX, a problematização do termo “desenvolvimento” deu origem às três principais escolas de
pensamento
26. CONFUSÃO?
De acordo com Holmberg e Sandbrook (1992), no início dos anos 90, haviam mais
de 70 definições de desenvolvimento sustentável
Um princípio, como uma política opcional que visa manter um nível aceitável de crescimento per-
capita sem a depreciação das reservas de recursos naturais (Turner, 1988)
A rede de produtividade da biomassa (balanço positivo de massa por unidade de área e unidade de
tempo) mantido por décadas e séculos (Conway, 1987)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 26
27. CONFUSÃO?
Cabe uma destas definições cabiam uma série de diferentes interpretações, com
muitas críticas
Algo criativamente ambíguo... Intuitivamente atrativo, mas conceitualmente fraco (Michell, 1997)
Como uma Mãe, um Deus, é difícil não aprovar ele. Ao mesmo tempo, a ideia de desenvolvimento
sustentável é frágil e com contradições (Redclift, 1997)
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Brundtland, 1987)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 27
28. Conceito Operacional do Desenvolvimento
Sustentável
Econômico
- Redução da pobreza
- Equidade
- Aumento dos bens e
serviços
Ecológico
- Diversidade genética
- Resiliência
- Produtividade
Biológica
Social
- Diversidade cultural
- Sustentabilidade
institucional
- Justiça Social
-Participação
O desenvolvimento sustentável pode ser
entendido como um projeto voltado para o
bem-estar da sociedade e ampliação das
liberdades humanas, para o qual o crescimento
econômico e o equilíbrio ecológico funcionam
como condicionantes.
Esta escola, portanto, não nega a importância
do PIB para o desenvolvimento, embora
reconheça a necessidade de incorporação de
outras variáveis – pricipalmente a social e a
ambiental
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 28
32. Fraca X Forte
Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Modelos de Desenvolvimento Sustentável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 32
33. DS Fraca – Recuperação Integral
Capital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 33
34. DS Forte – Recuperação Parcial
Capital Natural (floresta)
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 34
35. DS Fraca – Reversibilidade sem limite
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
80%
50%
20%
Capital Natural (floresta)
Recuperável
Recuperável
Recuperável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 35
36. DS Forte – Limite para reversibilidade
Atividade Madereira
PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
Capital
Econômico
Capital Natural (floresta)
80%
50%
20%
Capital Natural (floresta)
Irrecuperável
Recuperável
Recuperável
Limite Ambiental
Capital Crítico
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 36
37. DS Fraca – Ausência de Materiais Únicos
Os fios de cobre são usados para
transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o
cobre acabar?
Pode-se usar fios de
zinco
Mas, e se um dia o
zinco acabar?
O homem terá a capacidade de
descobrir um novo elemento
condutor de energia
FIO DE ALGUM
COMPOSTO
ORGÂNICO
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 37
38. DS Forte – Recursos Naturais Insubstituíveis
Os fios de cobre são usados para
transmissão de corrente elétrica
Mas, e se um dia o
cobre acabar?
Pode-se usar fios de
zinco
Mas, e se um dia o
zinco acabar?
O homem não terá a capacidade
de descobrir um novo elemento
condutor de energia ou tão bom
quanto o cobre
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 38
39. DS Fraca – Indicadores baseados em uma única unidade ($)
AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011
Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81
Estradas 120 Km 184
Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23
Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163
Perda na pecuária 200 aves 20
Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6
Alunos sem dia de aula 80 41,8
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 39
40. DS Forte – Indicadores baseados em vária unidades
AVADAN da inundação ocorrida no município de São João de Araguaia em 15/03/2011
Itens Afetados Quantidade Prejuízo (mil R$)
Residências Atingidas 10 unidades 81
Estradas 120 Km 184
Pontes 90 metros 117
Estabelecimentos comerciais 3 unidades 23
Erosão Nível Médio 30,5
Perda na produção agrícola 16 t 163
Perda na pecuária 200 aves 20
Perda no Comércio 6 unidades 13
Perdas na Saúde 15 dias parados 1,6
Alunos sem dia de aula 80 41,8
Pessoas desalojadas 10
?Pessoas desabrigadas 4
Desaparecidos 15
Mortos 0
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 40
41. Em resposta, defensores do DS Fraco argumentam que pode-se
usar a lógica do mercado para tais casos
Ética?
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 41
42. Ambiental Social Econômico
Gases do Efeito Estufa crescimento populacional PIB per capita
Poluição urbana distribuição de renda balança comercial
Uso de fertilizantes e agrotóxicos mulheres em trabalho formal grau de endividamento
desmatamento mortalidade infantil consumo de energia per capita
qualidade da água taxa de AIDS reciclagem
destinação do lixo taxa de alfabetização participação de fontes renováveis
espécies extintas ou ameaçadas taxa de escolaridade consumo mineral per capita
queimadas e incêndios florestais desnutrição vida útil das reservas de petróleo e gás
Alguns Indicadores usados no Brasil (IBGE)
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 42
43. Países
Emissão de GEE
(Kg CO2 em milhões)
Emissão de GEE/Km² Emissão de GEE / Hab
Emissão de GEE/PIB per
capita
EUROPA
Bélgica 143.330 47.777 14.333 6
França 513.241 9.332 8.699 23
Holanda 218.368 54.592 13.648 9
Suiça 50.645 12.661 7.235 1
Reino Unido 664.380 27.683 11.073 27
Média 317.993 30.409 10.998 13,55
ÁFRICA
Bénin 9.438 858 1.573 26
Burkina Faso 26.616 986 2.218 124
Costa do Marfim 17.024 532 1.064 27
Guiné Bissau 3.705 926 3.705 23
Senegal 20.754 1.038 2.306 44
Média 15.507 868 2.173 48,55
Razão Eu/Af 21 35 5 0,28
Problema dos Indicadores
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 43
44. Fraco X Forte
Objetivo: Crescimento do Capital Total Objetivo: Crescimento dos três tipos de capital
Características:
-Substituição perfeita entre os
tipos de capitais.
Características:
-Substituição parcial.
-Reversibilidade.
-Irrevisibilidade (limite ambiental, capital
crítico).
-Ausência de recursos naturais
únicos.
-Indicadores baseados em uma
única unidade (monetária - $).
-Recursos Naturais e funções ecológicas
insubstituíveis
-Indicadores baseados em várias unidades
(físicas, monetárias, quantitativas e
qualitativas).
Resumo dos Modelos de DS
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 44
45. Teóricos das sustentabilidades “fraca” e “forte” possuem diferentes visões sobre os principais assuntos que permeiam o
desenvolvimento sustentável
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 45
Fraco X Forte
Born Lomborg
Julian Simon
Joseph Stiglitz Al Gore
Lester Brown
46. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 46
Sustentabilidade Fraca
A população humana não está crescendo de forma exponencial, mas sim logarítmica, de modo que a partir de
certo grau de desenvolvimento, as taxas de crescimento reduzem
Superpopulação Humana
Problemas como fome e pobreza
não são consequências da
superpopulação, mas sim da
ausência de políticas públicas
47. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 47
Sustentabilidade Forte
A população humana cresce de forma exponencial, induzida por um processo de feedback positivo e seus impactos
podem ocorrer de forma inesperada, mesmo como o avanço tecnológico, são grandes os riscos da população humana
ultrapassar a biocapacidade do planete causando consequências negativas para os sistemas sociais e ecológicos
Como isto é possível?
A humanidade só pode continuar utilizando mais
recursos do que a Terra pode oferecer , em termos
renováveis, na medida em que permanece sugando a
herança deixada durante milhões de anos no subsolo
(combustíveis fósseis) e na medida em que vai
explorando a uma taxa não sustentável os recursos
existentes dos rios, das florestas, do solo e dos oceanos.
Quando os recursos advindos do passado acabarem, aí
surgirá o colapso total ou parcial.
48. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 48
Sustentabilidade Fraca
O aumento do consumo humano é compensado pelo desenvolvimento tecnológico e maior eficiência dos
processos produtivos. Desde meados do século XX, por exemplo, a produtividade e vida útil das reservas
minerais vem aumentando, enquanto que o preço vem reduzindo
Aumento do consumo e escassez dos recursos naturais
Alumínio Ferro
Cobre
De acordo com Lomborg, a mesma tendência é verificada para outros
recursos como ouro, prata, zinco, enxofre, fósforo, potássio e zinco
49. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 49
Sustentabilidade Forte
O consumo humano cresce de forma extraordinária e pode ocorrer uma verdadeira crise se países como China e Índia
atingirem os níveis de consumo norte-americanos
Não se pode ter uma “fé cega” na tecnologia, pois o
acesso a ela é desigual e ela pode ser utilizada tanto de
forma positiva como negativa
50. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 50
Sustentabilidade Fraca
A desigualdade é uma condição necessária para incentivar a atividade produtiva
Considerando as taxas cambiais e o poder de compra do consumidor, a desigualdade de renda está reduzindo
A pobreza absoluta a nível global, está reduzindo, concomitantemente como a expectativa de vida
Desigualdade e pobreza
51. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 51
Sustentabilidade Forte
A desigualdade, na verdade, está aumentando,
O crescimento do poder econômico está interferindo de forma negativa no processo democrático, em virtude do
aumento de lobbies e de manipulações políticas das informações
52. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 52
Sustentabilidade Fraca
De acordo com a curva de Kuznets ambiental, a degradação ambiental reduz com o crescimento econômico.
Os problemas de saúde gerados por agrotóxicos, embora muito enfatizados pela mídia, são irrelevantes diante de problemas
maiores como o tabagismo e os acidentes de trânsito. Nos gráficos abaixo, as mortes por 100.000 habitantes no Brasil
Degradação ambiental e agrotóxicos
Doenças relacionadas ao tabagismo
Acidentes de trânsito
Agrotóxicos – linha vermelha
53. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 53
Os ambientalistas não levam em conta os benefícios causados pelo uso dos agrotóxicos: aumento da produtividade
e redução dos preços dos alimentos
Os produtos químicos desenvolvidos pelo homem não são mais letais do que os já existente na natureza. A maioria
dos estudos científicos no entanto concentram-se nos malefícios apenas dos agrotóxicos
Qualquer
coisa em
excesso faz
mal
54. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 54
Sustentabilidade Forte
A Curva de Kuznets Ambiental não é válida para todas as regiões apenas para os países desenvolvidos, além disso a
degradação ambiental proporcionada em um lugar pode gerar a riqueza de outro
Primavera
Silenciosa
Além de afetar a saúde humana, os agrotóxicos contaminam
os rios e lençóis freáticos, causando desequilíbrios ecológicos
Os agrotóxicos reduzem a resistência do sistema imunológico
e aumentam a vulnerabilidade à outras doenças. Por isso, a
mediação do número de “mortes” causada por eles é muito
mais difícil do que no caso do trânsito.Relembrando a CKA: a posição do EUA pode estar
associada ao fato dele provocar degradação
ambiental em outros países
55. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 55
Há poucos estudos que avaliam os efeitos
sinérgicos de diferentes agrotóxicos
O uso indiscriminado leva a proliferação de
superpragas – pela combinação de transgênicos e
agrotóxicos.
56. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 56
O discurso do aumento da produtividade é usado para manutenção do poder econômico das grandes corporações e
não desenvolvimento de alternativas como a redução do desperdício, a agricultura familiar e a permacultura
57. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 57
Sustentabilidade Fraca
Corrente Cética: As mudanças climáticas são causadas por processos naturais que sempre atuaram ao longo de 4,6 bilhões
de anos da Terra, a influência das emissões antrópicas são ínfimas
Mudanças Climáticas
O discurso “alarmante” tem um grande apelo midiático
e é usado pela indústria nuclear e pelos países que já
possuem tecnologia de baixa emissão
Corrente do custo-benefício: as emissões antrópicas até
influenciam o clima global, mas seus efeitos não são tão
catastróficos como se pensa
O desenvolvimento econômico e tecnológico fará com
que a sociedade, no futuro, seja mais resistente à estes
efeitos
Os ambientalistas não levam em conta os benefícios
gerados pelos combustíveis fósseis
Parte do dinheiro arrecadado com o Pré-Sal (↑CO2) seria utilizado para
fiscalização do desmatamento e políticas de reflorestamento da Amazônia (↓CO2)
58. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 58
Sustentabilidade Forte
Não se pode excluir a influência antrópica às mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos
Existem alternativas economicamente viáveis para redução das emissões – como energias solar e eólica
O derretimento das geleiras e aumento do nível do mar
intensificam os anos decorrentes de desastres naturais e os
desequilíbrios ecológicos. Estes danos são irreversíveis
O discurso cético é manipulado pela indústria do petróleo
Furacão Catarina – primeiro
registro deste tipo de evento no
Atlântico Sul Tropical
59. 26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 59
Atividade
Escolher um dos temas (pode ser mais do que um) abaixo e apresentar argumentos de cada corrente da
sustentabilidade (fraca e forte) no formato de texto escrito ou de tabela
- Escassez dos recursos hídricos
- Engenharia Genética
- Fome
- Desmatamento
- Energia
- Poluição Atmosférica
- Chuva ácida
- Biodiversidade
Uma leitura que pode ser útil é o trabalho de Nina et al. (2012) –
AQUECIMENTO GLOBAL, ENTRE O ANTROPOGÊNICO E O NATURAL
Lembre-se: quanto mais argumentos melhor e seu trabalho poderá
ser apresentado um evento científico ou publicado numa revista
60. REFERÊNCIAS
KESTEMONT, B. Les indicateurs de développement durable: fondements et applications. In: _______. Les indicateurs de
développement durable. Bélgica: Université Libre de Bruxelles, 2010, p. 19-82.
LOMBORG, B. L’ecologiste sceptique: le véritable état de la planète. Paris: COLLECTION DOCUMENTS, 2004. 620 p.
NINA, A. Impacto de desastres naturais ao Produto Interno Bruto dos municípios e suas relações com o desenvolvimento:
o caso das inundações de 2009 na Amazônia. 2016. 85f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém,
2016.
26/07/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 60