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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1
ALEX SANTIAGO NINA
Geólogo (UFPA-2013)
Mestre em Gestão de Recursos Naturais
e Desenvolvimento Local na Amazônia
GESTÃO AMBIENTAL
EMPRESARIAL
NOVA ATITUDE
A solução dos problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova atitudes dos empresários e administradores,
que devem passar a adotar concepções administrativas que considerem o meio ambiente em suas decisões
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
Historicamente, as empresas têm sido apontadas como “grandes vilãs” da
crise ecológica
A mudança de atitude não consiste em adotar as empresas como novos
“heróis” para solucionar tal crise
Mas sim reconhecer que as empresas devem deixar de ser problemas e
passar a fazer parte das soluções
Se não houvessem pressões da sociedade e medidas governamentais, não se
observaria o crescente envolvimento das empresas em matéria ambiental
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3
De início deve-se reconhecer que empresas que não
investem em preservação ambiental reduzem seus
custos e obtêm vantagens competitivas
Dai a necessidade de pressões do governo, da sociedade
e do mercado
Pressões do governo: ocorre através de leis mais abrangentes e rigorosas, bem como da fiscalização. Deve-se incluir também
os compromissos assumidos pelos países em tratados internacionais
Uma prática comum é o dumping ambiental: aproveitar a legislação mais “frouxa” num país para obter vantagens
competitivas em países com legislação mais “rígida”
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4
O Meio Ambiente deve ser visto como um Investimento e
não como um Passivo.
- Previne riscos que podem comprometer os lucros da
empresa
- Alcança um mercado consumidor mais exigente
Pressões da sociedade civil: através de mecanismos de democracia participativa, denúncias e consumo consciente
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5
Disque Denúncia do Rio de Janeiro
Pressões do mercado: através de iniciativas voluntárias, como índices sustentáveis em bolsas de valores e selos
ambientais
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Bovespa
Pressões do mercado: o que relaciona-se também com uma maior exigência por parte do consumidor
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Associa-se a sociedade pós materialista
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
A pobreza muitas vezes é vista grande ameaça à saúde humana e ao meio ambiente.
Pessoas que passam fome não podem se dar ao “luxo” de se preocupar com a qualidade e a sustentabilidade.
Essas pessoas também geralmente não possuem acesso ao conhecimento e nem a tecnologias que degradam menos o
meio ambiente
Além disso, geralmente tem muito filhos, como uma forma de segurança econômica: as crianças ajudam a buscar
suprimentos (madeira, água potável), cuidas das plantações, das criações, trabalhar e pedir esmolas.
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10
Em 6 de março de 1983
Criado em 1986 Criado em 2015Criado em 2012
Programa lançado pela ONU em 2005
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Iniciativas voluntárias: Iniciativa de Instituições Financeiras PNUMA, conta com a adesão de mais de uma centena de
bancos e seguradoras, que se comprometem com a aplicação do princípio da precaução e respeito a legislação nacional e
local, bem como acordo internacionais, independente de terem sido ratificados pelo país onde atua
O setor de seguros tem exercido pressão para que as empresas melhorem
seus desempenhos ambientais, uma vez que os sinistros ambientais
podem atingir proporções vultuosas.
Características das empresas sustentáveis
- Satisfazem as necessidade atuais usando recursos de modo sustentável
- Mantêm um equilíbrio em relação ao meio ambiente natural, com base em tecnologias limpas, reuso, reciclagem ou
renovação de recursos
- Restauram qualquer dano por eles causados
- Contribuem para solucionar problemas sociais em ver de exacerbá-los
- Geram renda suficiente para se sustentar
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Analogia Sistema Ecológico vs. Empresariais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
Sistemas Ecológicos
Os estágios iniciais são
imaturos e ineficientes:
gastam bastante energia
para o crescimento da
comunidade biológica,
uma vez que ainda não há
um solo estável.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
Os estágios finais (pós-clímax)
são maduros e eficiente: o solo
já se estabilizou e já contem a
erosão, possibilitando a fixação
de organismo mais complexos.
A energia é constantemente
reciclada de forma mais
eficiente
Sistemas Empresariais
Nos estágios iniciais
(industriais), os mercados
utilizam os recursos e energia
de forma ineficiente, uma vez
que ainda não há uma cultura
nem uma capacitação técnica
ecológica. A energia é
destinada ao crescimento
econômico.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
Os estágios finais (pós-clímax),
os mercados utilizariam os
recursos e energia de forma
mais eficiente, uma vez que
mudanças culturais e técnicas
já ocorreram. A energia é
destinada ao desenvolvimento
sustentável
Atualmente nossa sociedade ainda está
num estágio industrial, mas em vias de
mudança para um estágio sustentável
Abordagens da Gestão Ambiental Empresarial
1. Controle da Poluição
2. Prevenção da Poluição
3. Abordagem estratégica
Seus limites não são rígidos e nem nítidos
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1. Controle da Poluição
Preocupação básica: comprimento da legislação e respostas às pressões da comunidade
Postura típica: Reativa
Ações típicas: localizadas e pouco articuladas entre si, visa soluções pontuais
- Tecnologias de remediação (corretivas) – visa resolver um problema ambiental que já ocorreu
- Tecnologia end-of-pipe – visa tratar a poluição de resultante de um processo de produção antes que
seja lançada ao meio ambiente
- Não agregam valor ao produto e os custos tendem ao aumentar a medida que as exigências se tornam
mais rigorosas, sendo repassados aos consumidores
Percepção da empresa: custo adicional
Envolvimento da alta administração: esporádico
Áreas envolvidas: apenas a área ambiental geradora de poluição
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2. Prevenção da Poluição
Preocupação básica: uso eficiente dos insumos
Postura típica: Proativa (mas também não abre mão da Reativa)
Ações típicas: Atua sobre os processos produtivos, visando uma produção mais eficiente
- Preventiva – visa eliminar os rejeitos na fonte, antes que sejam produzidos e lançados ao meio ambiente
- Substituição de Insumos, contribui para redução dos custos
- Uso de tecnologias limpas
Percepção da empresa: redução de custo e aumento da produtividade
Envolvimento da alta administração: periódico
Áreas envolvidas: crescente envolvimento de outras áreas como produção, compras, desenvolvimento de produto e
marketing
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Tecnologias End-of-pipe
e Preventiva
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END-OF-PIPE
TECNOLOGIA PREVENTIVA
A prevenção da poluição não elimina
completamente a abordagem do
controle, mas reduz a sua necessidade
Input Output
3. Abordagem Estratégica
Preocupação básica: competitividade
Postura típica: Proativa
Ações típicas: Atua sobre os processos produtivos, visando uma produção mais eficiente
- Corretivas, preventivas e antecipatórias
- Antecipação de problemas e captura de oportunidades utilizando soluções de médio e longo prazo
- Uso de tecnologias limpas
Percepção da empresa: vantagens competitivas
Envolvimento da alta administração: permanente e sistemático
Áreas envolvidas: atividades ambientais disseminadas pela organização; ampliação das ações ambientais para a cadeia
de suprimento
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Diferença semântica
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Ambiente
(Gestão Empresarial)
Ambiente
(Ciências Ambientais)
Outra diferença...
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22
Eficácia operacional Eficácia estratégica
Visa melhor desempenho em relação às empresas
concorrentes
Visa apenas atender a legislação
Não há vantagem competitiva, pois as concorrentes
estarão igualmente obrigadas a atender a mesma
legislação
Não é suficiente para manter um desempenho superior
prolongado devido à rápida difusão das melhores
práticas entre os concorrentes e à convergência
competitiva decorrente de prática com benchmarking e
terceirização
Visa atingir o ambiente empresarial para obter
vantagem competitiva
Não busca copiar, mas sim desenvolver atividades
diferentes dos concorrentes
Trata sistematicamente as questões ambientais para
proporcionar valores reconhecidos no ambiente
empresarial
Visa alcançar efeito não só na empresa, mas em toda
cadeia de suprimento
Abordagem Estratégia
– envolve toda cadeia
de suprimento
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23
END-OF-PIPE
TECNOLOGIA PREVENTIVA
A Gestão Ambiental Estratégica pode proporcionar os
seguintes benefícios
a) Melhoria da imagem institucional
b) Renovação do portifólio de produtos
c) Produtividade aumentada
d) Maior comprometimento dos funcionários e melhores relações de trabalhos
e) Criatividade e abertura para novos desafios
f) Melhores relações com autoridades públicas, comunidade e grupos ambientais ativistas
g) Acesso assegurado aos mercados externos; e
h) Maior facilidade para cumprir os padrões ambientais
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Maquiagem ou Lavagem Verde: Cuidado!
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- Empresas que se apropriam indevidamente do discurso
ambiental
- Mascarar ações que degradam o meio ambiente com
programas ambientais de fachada e publicidade
Comparação
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FASES GESTÃO DE QUALIDADE (ISO 9000) GESTÃO AMBIENTAL (ISO 14000)
1ª FASE
Abordagem inspecionista: a qualidade é vista
como um problema a ser resolvido por meio de
inspeções já elaboradas; uma abordagem de
carácter corretivo que não questiona os
processos de produção
Abordagem corretiva: exigências da legislação
ambiental vistas como um problema a ser
resolvido pelos órgãos técnicos, focados nos
efeitos e não nas causas da poluição
2ª FASE
Abordagem prevencionista (ampliada): controle
estatístico da qualidade, sendo entendida como
um problema a ser resolvido durante todos os
processos produtivos e com a participação de
todos da empresa
Abordagem preventiva: problemas ambientais
são vistos como meio para aumentar a
produtividade da empresa, sendo necessário
rever processos para redução na fonte, reuso e
reciclagem
3ª FASE
Abordagem Competitiva: a qualidade passa a ser
entendida por suas dimensões estratégicas
Abordagem Competitiva: as questões ambientais
passam a ser vistas do ponto de vista estratégico,
possibilitando vantagens competitivas
MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL
Para implementar qualquer abordagem de maneira
eficiente, a empresa deve realizar diversas atividades
administrativas e operacionais orientadas por concepções
mentais, explícitas ou não, configurando um modelo de
gestão ambiental.
Modelos: são construções conceituais que orientam as
atividades administrativas e operacionais para alcançar
objetivos específicos
As empresas podem criar seus próprios modelos de gestão
ambiental ou se valer dos diversos modelos genéricos ou
específicos
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Modelo de Gestão Ambiental Portuária
Exemplos de Modelos
1. Administração de Qualidade Ambiental Total (TQEM)
2. Produção Mais Limpa (P+L)
3. Ecoeficiência
4. Projeto para o meio ambiente
5. Modelos Inspirados na Natureza
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1. Administração de Qualidade Ambiental Total (TQEM)
- Criado na década de 1990 pelo Global Environmental Management Initiative (GEMI)
- É uma ampliação do modelo de Administração da Qualidade Total (TQM)
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Administração de Qualidade
Total (TQM)
Qualidade como dimensão estratégica
Liderança da alta administração
Foco no cliente
Abordagem por processo
Participação de todos os níveis
Melhoria contínua
Meta: defeito zero
Administração de Qualidade
Ambiental Total (TQEM)
Meio ambiente como dimensão estratégica
Liderança da alta administração
Foco no cliente
Abordagem por processo
Participação de todos os níveis
Melhoria contínua
Meta: resíduo (ou poluição) zero
TQM rejeita a ideia de
níveis de qualidade
fixos, tais como níveis
aceitáveis de defeito
Uma ação típica da TQEM é a eliminação das causas dos problemas ambientais nas atividades de rotina
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 30
Impressão frente e costa
Caneca de plástico
personalizada
Para o TQEM, existem quatro tipos de custos ambientais:
1. Custos de prevenção: visa evitar problemas ambientais futuros
Ex: Identificar as causas dos problemas ambientai; treinar pessoal, instruir fornecedores; substituir materiais
tóxicos
2. Custos de avaliação: visa verificar a situação da organização quanto ao cumprimento das normas legais e dos
requisitos subscritos voluntariamente, bem como das metas e dos objetivos estabelecidos pela administração da
empresa.
Ex: realização de inspeções, testes, auditorias e certificações.
3. Custos de falhas internas: visa o controle e a reparação dos impactos ambientais adversos que ocorrem no
ambiente interno da empresa
Ex: desperdício de materiais e energia; coleta, tratamento e segregação de resíduos; tratamento de água e
emissões atmosféricas; recuperação de áreas degradadas da própria empresa.
4. Custos de falhas externas: visa o controle, a reparação e a mitigação de impactos produzidos fora da empresa.
Ex: ressarcimento de danos ambientais a terceiros; recuperação de áreas degradadas de terceiros; taxas,
impostos e multas ambientais; programas compensatórios em comunidades afetadas por degradação ambiental
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2. Produção Mais Limpa (P+L)
- Desenvolvida pelo PNUMA (Programa de Meio Ambiente da ONU), juntamente com a
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial
- Estabelece uma hierarquia de prioridades de acordo com a seguinte sequência:
prevenção, redução, reuso e reciclagem, tratamento com recuperação de materiais e
energia e disposição final.
- Mais de 50 países possuem Centros Nacionais de Produção Mais Limpa, que difundem
práticas de P+L auxiliando as empresas a realizar projetos de prevenção da poluição,
capacitando pessoal, difundindo informações e estabelecendo mecanismos de
cooperação.
- No Brasil é coordenada pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas do SENAI do Rio
Grande so Sul
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 32
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 33
Nível 1: Redução na Fonte
Modificações em Produtos: revisão da especificações e
melhorar na manufaturabilidade para reduzir a
produção de resíduos
Modificações nos Processos: visam reduzir perdas na
produção por meio de boas práticas operacionais,
substituição de materiais e mudanças tecnológicas
Nível 2: Reciclagem Interna – feita pela própria
empresa
Nível 3
- Reciclagem externa: feita por terceiros (os resíduos
são vendidos ou doados)
- Ciclos biogênicos: quando os resíduos não podem
ser utilizados nem por terceiros eles devem ser
assimilados pelo meio ambiente considerando tais
ciclos. Ex: compostagem
Níveis de P+L
Consiste num programa
de capacitação
profissional
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- Introduzido pelo World Business Council for Sustainable Development
(WBCSD)
Eficiência ambiental = Valor do Produto
Influência Ambiental
O valor do Produto pode ser expresso: 1) em termos monetários (receitas,
lucros, etc.); ou 2) em quantidades físicas (toneladas, unidades, etc.)
As influências podem ser medias em quantidade total de energia ou de
materiais usados para produzir e entregar os produtos ou serviços.
Quanto maior a relação, maior é a eficiência
3. Ecoeficiência
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Também denominado de Ecodesign
Visa integrar um conjunto de atividades e disciplinas que historicamente eram tratadas separadamente, tanto em
termos operacionais quanto estratégicos, como saúde e segurança dos trabalhadores e consumidores, conservação
de recursos, prevenção de acidentes e gestão de resíduos.
A ideia básica é atacar os problemas ambientais na fase de projeto, procurando solucioná-los antes que eles surjam
Podem adquirir caráter específico, de onde deriva o conceito de Design for X (DfX), em que X pode ser substituído
por outras letras referentes ao que se quer obter em termos ambientais, por exemplo:
- DfA (A de assembly) – visa a montagem de produtos
- DfM (M de manufacturability) – visa o processo de fabricação
- DfS (S de serviceability) – visa os serviços de instalação do produto e sua manutenção
Por outro lado, as abordagens DfX normalmente são criticadas por atender apenas a um critério ambiental
específico ao invés de integrar diversos critérios
4. Projeto para o Meio Ambiente (Design for Environment – DfE)
ou Ecodesign
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Tem como objetivo copiar os ciclos biogeoquímcos (fechados), mesmo que se reconheça que os ciclos industriais
são abertos, de modo sempre haverá necessidade de extrações adicionais de recursos para manter o nível de
produção.
Modelos inspirados na natureza
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 37
Um conjunto de empresas poderia formar uma comunidade empresarial na qual os resíduos de produção de certas
empresas seriam insumos para outras. Exemplo: Parque Industrial de Kalundborg (Dinamarca)
O temo “simbiose industrial” tem sido
usado para casos como o de
Kalundborg. Alguns pontos devem ser
ressaltados:
1. As unidades deste parque se
formaram ao longo de décadas de
modo espontâneo
2. Ocorreu uma integrações parciais do
tipo dois a dois – o rejeito de uma
empresa poderia ser usado como
insumo por outra
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 38
Existem, no entanto, obstáculos para o desenvolvimento de modelos de simbiose industrial:
1. Nem sempre se consegue aproveitar os resíduos em um local próximo
2. Nem sempre é viável economicamente
3. Depende da concentração de unidades produtivas de setores diferentes para que os resíduos de uma sirvam
para outra
4. A possibilidade de sucesso é menor para distritos relacionados a um tipo de produto (calçadista, moveleiros,
cerâmicos, têxteis, metalúrgicos, etc.) – pois seus resíduos são os mesmos.
5. Atrair para estes distritos empresas de outros setores pode ser economicamente e ambientalmente
desvantajoso, caso estas empresas necessitem de outros insumos em grande quantidade que precisam ser
transportados por longas distâncias ou o produto final tenham que ser transportado até mercados
consumidores distantes
6. Nestes casos modelos aplicados à empresas individuais (como P+L e TQEM) são mais adequados
7. Já os modelos de planejamento antes da implantação (como o DfX) podem ser úteis para projetar sistemas
produtivos integrados
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 39
Conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-relacionadas para abordar os problemas ambientais
≠ Atividade isolada
Um SGA requer a formulação de diretrizes, definição de objetivos, coordenação de atividades e avaliação de
resultados
Necessidade do envolvimento de diferentes segmentos da empresa para tratar de questões ambientais de modo
integrado
A empresa pode criar seu próprio SGA ou adotar um modelo genérico proposto por outra entidade
Pode ser considerado uma espécie de acordo privado unilateral
Deve contribuir para que a empresa atue conforme a legislação e promova melhorias que a levem gradualmente a
superar as exigências legais.
Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 40
A International Chamber of Commerce (ICC), uma entidade não governamental dedicada ao comércio internacional,
propôs um modelo de SGA e de auditoria ambiental de adesão voluntária em resposta às preocupações com o
efeito das questões ambientais sobre a competividade das empresas no mercado internacional.
O SGA objetiva:
- Assegurar a conformidade com as leis locais, regionais, nacionais e internacionais
- Estabelecer políticas internas e procedimentos para que a organização alcance os objetivos ambientais propostos
- Identificar e administrar os riscos empresariais resultantes dos riscos ambientais
- Identificar o nível de recursos e de pessoal apropriado aos riscos e aos objetivos ambientais, garantindo sua
disponibilidade quando e onde forem necessários
O Sistema proposto pela Câmara de Comércio Internacional
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 41
O SGA proposto pela ICC segue o ciclo administrativo abaixo:
Organização
- Organização da
gestão
- Estrutura
organizacional.
- Delineamento de
papeis
- Níveis de
autoridade e
responsabilidade
Planejamento
- Políticas e
procedimentos.
- Acompanhamento
de
regulamentação e
da sua influência
sobre os
departamentos da
empresa.
- Processo de
planejamento:
objetivos e metas;
alocação de
recursos.
Implementação
- Gerenciamento
dos
comportamentos
- Avaliação e gestão
de riscos
- Revisão de
projetos e
programas
ambientais
- Motivação e
delegação
Controle
- Gestão do sistema
de informação
- Mensuração dos
resultados
- Diagnóstico dos
problemas
- Auditoria
ambiental
- Ações corretivas
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 42
Normas voluntárias sobre SGA começaram a ser elaboradas de modo mais intenso a partir de meados da década de
1990. Devido aos seguintes fatores:
- Crescimento vigoroso da legislação ambiental
- Influência de ONGs que atuam nas áreas de meio ambiente e correlatas
- Aumento do contingente de consumidores responsáveis, ou consumidores verdes
- Intensificação dos processos de abertura comercial
- Restrições à criação de barreiras técnicas para proteger mercados dentro da lógica da globalização
A primeira norma sobre SGA foi a BS 7750, criada pelo British Standards Institute (BSI), em 1992 e baseava-se no
ciclo PDCA.
Esta norma estimulou a produção de outras sobre SGA por órgãos de normalização de vários países e por fim a
criação de normas internacionais (família ISO 14000).
NORMAS INTERNACIONAIS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 43
- O desenvolvimento de uma norma internacional pela ISO é feito mediante estágios sucessivos, começando por um
item de trabalho preliminar e terminado com a sua publicação.
- O consenso na ISO não é a aprovação por maioria de votos e nem por unanimidade, mas a ausência de oposição
sustentada no debate sobre a matéria em pauta
Por este motivo, elas não representam barreiras técnicas ao comércio
A FAMÍLIA DE NORMAS ISO 14000
Estágio Nome do produto ou documento resultante do estágio (product name) Sigla em inglês
Preliminar Item de trabalho preliminar – projeto (Preliminary Wrok item – Project) PWI
Proposta Proposta de novo item NP
Preparatório Rascunho de Trabalho (Working Draft) WO
Comitê Rascunho de Comitê (Commitee Draft) CD
Consulta Rascunho de Norma Internacional (Draft International Standard) DIS
Aprovação Rascunho Final de Norma Internacional (Final Draft International Standard) FDIS
Publicação Norma Internacional (International Standard) IS
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 44
Comunicação ambiental
- ISO 14064:2006
Rotulagem Ambiental
- ISO 14020:2000
- ISO 14021:1999
- ISO 14024:1999
Sistema de Gestão Ambiental
- ISO 14001:2004
- ISO 14004:2005
Avaliação do ciclo de vida
- ISO 14040:2006
- ISO 14044:2006
Auditoria ambiental
- ISO 19011
Avaliação do Desempenho Ambiental
- ISO 14031:1999
Avaliação Ambiental de locais e organizações
- ISO 14015:2001
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 45
As normas da família ISO 14000 começaram a ser elaboradas em 1993 pelo Comitê Técnico 207 (TC 207), seus
subcomitês e grupos de trabalho, donde cada um é independente e administrado por um entidade nacional
membro da ISO.
Subcomitê Área Técnica
País do órgão de
normalização
Normas publicadas
SC 1 Sistema de Gestão Ambiental Reino Unido
ISO 14001:2004
ISO 14004:2004
ISO 14063:2006
SC2 Auditoria Ambiental Países Baixos
ISO 19011:2002
ISO 14015:2001
SC3 Rotulagem Ambiental Austrália
ISO 14020:2000
ISO 14021:1999
ISO 14024:1999
SC 4 Avaliação do Desempenho Ambiental Estados Unidos ISO 14031:1999
SC 5 Avaliação do Ciclo de Vida França
ISO 14040:2006
ISO 14044:2006
SC 7 Gestão de gás de efeito estufa Canadá ISO 14064:2006
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 46
• Estabelecer, documentar, implementar, manter e continuamente melhorar um SGA
• Estabelecer uma política ambiental apropriada
• Identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, passados, existentes ou planejados,
pra determinar o impactos ambientais significativos
• Identificar prioridades e estabelecer objetivos e metas ambientais apropriados
• Estabelecer uma estrutura e programas pra implementar a política e atingir objetivos e metas
• Ser capaz de se adaptar às mudanças de circunstâncias
Requisitos Gerais do SGA (NBR ISO 14001:2004)
A amplitude da documentação e a quantidade de recursos alocados dependem do porte e
da natureza da atividade da organização.
Essa flexibilidade derruba o argumento de que a norma só é viável para grandes empresas
devido ao elevado grau de formalismo exigido.
Se a empresa é grande, o estabelecimento de um SGA é mais complexo.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 47
• Ser apropriada à natureza, à escala e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços
• Incluir um comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção da poluição
• Incluir um comprometimento com o atendimento ao requisito legais aplicáveis e outros subscritos que se
relacionem com seus aspectos ambientais
• Fornecer uma estrutura para o estabelecimento e a analise dos objetivos e metas ambientais
• Ser documentada, implementada e mantida
• Ser comunicada a todos que trabalham na organização ou que atuem em seus nomes
• Ser disponível para o público
• Se apresentar na forma de uma declaração não muito longa para facilitar sua divulgação
• Não ser redigita de moda a transmitir uma mensagem genérica a ponto de valer para qualquer tipo de
organização.
A Política Ambiental deve:
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 48
São definidos como elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem interagir com o
meio ambiente
Aspecto ambiental causa
Impacto ambiental efeito
A organização de identificar os aspectos significativos – isso impede que a organização selecione aspectos
associados q impactos insginificates só pra mostrar que está fazendo alguma coisa
Diferentemente da ISO 14000, outros SGA (como o EMAS, da comunidade europeia), exigem a distinção entre:
Aspectos direto: associados à atividades na quais a organização detêm controle total da gestão
Aspectos indiretos: associados à atividades não quais a organização não detêm controle total da gestão
Aspectos ambientais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 49
Exemplos de aspectos e impactos ambientais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 50
A ISO 14004 recomenda que a organização seja capaz de reconhecer:
- Os impactos positivos e negativos
- Os impactos potenciais e reais
- As partes do meio ambiente que podem ser afetadas (ar, água, solo, fauna, flora e patrimônio cultural);
- As características da localização que podem afetar o impacto, como condições meteorológicas local, altura do
lençol freático e tipo de solo;
- A natureza das alterações ambientais, tais como questões locais ou globais, período de tempo em que o impacto
ocorre, potencial de acúmulo de intensidade do impacto ao longo do tempo
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 51
A avaliação dos aspectos ou impactos, bem como a sua significância, varia conforme o empreendimento, mas no
geral deve adotar os seguintes critérios:
- Abrangência geográfica (local, regional, nacional, global)
- Requistos legais (limites de emissão, regulamentações, etc.)
- Severidade (grau de intensidade dos danos ao meio ambiente)
- Duração do impacto
- Frequência do aspecto ambiental
- Probabilidade de ocorrência
- Tempo de reversibilidade dos efeitos sobre o meio ambiente
- Probabilidade de detectar antecipadamente a eminência do aspecto ou impacto
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 52
Através da combinação destes critérios, deve-se determinar a significância do impacto ambiental, o que pode ser
feito tanto em escalas quantitativas como qualitativas. Como no exemplo:
Impacto = frequência x abrangência x severidade
Baixo: 1-2
Médio: 3-8
Alto: 9-27
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 53
Necessário identificar e analisar a legislação aplicável dos três entes federados (União, Estado ou Distrito Federal,
Municípios)
As questões ambientais são regulamentadas em praticamente todos os ramos do Direito (Direito Constitucional,
Civil, Penal, Tributário, Trabalhista, Administrativo, etc.)
Um SGA requer a criação e atualização permanente de um banco de dados relativos às normas legais aplicáveis em
todos os locais onde a empresa atua
Requisitos Legais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 54
Devem ser coerentes com a política ambiental
Objetivo – Propósito ambiental geral (analogia: ganhar um jogo de futebol)
Meta – Requisito de desempenho detalhado que precisa ser atendido para que o objetivo seja alcançado (fazer gol)
Recomenda-se a organização estabeleça metas capazes de ser mensuráveis por indicadores
O objetivo pode ser expresso:
- Como um nível específico de desempenho (ex: reduzir em 40% o consumo de água)
- De modo genérico (ex: reduzir a geração de gases de efeito estufa)
Para atingir os objetivos e as metas definidas, a organização deve estabelecer, implementar e manter programas,
incluindo: a) a atribuição de responsabilidade em cada função e nível pertinente; b) os meios e o prazo dentro do
qual eles deem ser atingidos; c) revisão periódica para incorporar modificações em objetivos e metas.
Objetivos, metas e programas
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 55
O comprometimento com o SGA deve começar pelos níveis mais elevados da
organização
É a alta organização que deve formular a política e assegurar que o SGA seja
implantado
No caso de pequenas e médias empresas, a responsabilidade pode ser
assumida por uma só pessoa, que pode ser o proprietário. Já para grandes
empresas é necessário designar mais de uma pessoa
Recursos, funções, responsabilidade e autoridades
Responsabilidades (informal) >>> Funções (formal)
As questões ambientais interessam a todas as áreas da organização, embora algumas possam ter
um envolvimento mais intenso do que outras
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 56
Responsabilidades ambientais Responsáveis típicos
Estabelecer o a orientação geral
Presidente, executivo principal
Desenvolver a política ambiental
Desenvolver objetivos, metas e programas
ambientais Gerentes do meio ambiente
Monitorar desempenho geral do SGA
Garantir o atendimento a requisitos legais
Todos os gerentes
Promover a melhoria contínua
Identificar as expectativas dos clientes Equipe de vendas e marketing
Identificar requisitos para fornecedores Compradores
Desenvolver e manter procedimentos contábeis Gerentes financeiros e contábeis
Promover conformidade com os requisitos do SGA
Todos os que trabalham ou agem em nome da
organização
Analisar a operação do SGA Alta administração
Exemplos de Responsabilidade Ambientais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 57
A organização deve conceber as atribuições de responsabilidades de acordos com as competências
Competência, treinamento e conscientização
Para melhoria contínua e a expansão de novas atribuições, a organização deve estabelecer
programas de treinamento e conscientização, através dos seguintes elementos:
- Identificação das necessidades de treinamentos dos empregados
- Desenvolvimento de um plano de treinamento
- Conformidade do programa com os requisitos legais da organização
- Treinamento de grupos específicos de empregados
- Documentação, monitoramento e avaliação do treinamento
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 58
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para que as pessoas que trabalham para ela
ou atuem em seu nome estejam conscientes.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 59
A educação ambiental deve ser inserida nos programas de treinamento
A Leia 9.796/1999 tornou a educação ambiental parte de um processo educativo mais amplo, devendo estar presente
em todos os níveis e modalidades de ensino, formal e não formal.
A EA deve estar presente nos programas de treinamentos de qualquer organização, independente do assunto que
trata
Educação Ambiental (EA)
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 60
Interna: dentro da própria empresa.
a) entre vários níveis e funções;
b) documentos, boletins, reuniões regulares, quadro de avisos
Deve ser vista como um instrumento para ampliar a conscientização ambiental
Externa: para fora da empresa
a) clientes, fornecedores e público geral
b) relatórios anuais, boletins, páginas na internet
Marketing ambiental e divulgação das ações da organização
A ISO 14.004 recomenda que a organização, ao estabelecer um programa de comunicação, leve em consideração sua
natureza e porte, seus aspectos ambientais significativos e a natureza e necessidades das partes interessadas
Comunicação
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 61
A documentação do SGA deve incluir os seguintes elementos:
a) Política, objetivos e metas ambientais
b) Escopo do SGA
c) Principais elementos do SGA, suas interações, referências e outros documentos associados
• O nível de detalhamento dos documentos é definido pela organização, mas deve ser o suficiente para
descrever os principais elementos do SGA
• Não precisa estar na forma de um único manual (diferentemente da ISO 9001, para a qual o Manual de
Qualidade é essencial)
• Por outro lado, um manual facilita a gestão de outros documentos fundamentais para operar e auditar o
SGA, sendo portanto o primeiro no nível de hierarquias dos documentos
Documentação
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 62
Hierarquia da documentação de um SGA
Manual
Procedimentos
Instruções de trabalho
Registros
Documentos de trabalho detalhados
Descreve os processos inter-relacionados e as atividades
necessárias para implementar o SGA
Descreve o SGA de acordo com a política, os objetivos e
metas estabelecidos
Documentos sobre resultados, comunicação
feitas e recebidas e atividades realizadas no
âmbito do SGA
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 63
MITO
“Os requisitos de documentação da ISO 14.001 constituem em um excesso de formalismo que reduz
a mobilidade e a capacidade de respostas às mudanças fundamentais para poder atuar em
ambientes de negócio competitivos”
Desmitificando...
“A norma exige apenas a documentação de alguns elementos do SGA e não de todos”
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 64
A organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimentos para identificar potenciais situações de
emergência e de acidentes que possam ter impactos
sobre o meio ambiente
Sempre que possível estes procedimentos deve
ser testados, por exemplo, por simulações de
emergência e de acidentes
Preparação e resposta a emergências
Deve-se levar em conta os seguintes elementos:
- A natureza do perigo
- O tipo e escala mais provável
- Métodos apropriados para responder à situação
- Planos de comunicação interna e externa
- Ações para mitigação dos minimização dos impactos
- Lista de pessoas-chave e treinamento de pessoal
- Rotas de evacuação
- Possibilidade de assistência mutual entre
organizações vizinha
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 65
Corresponde ao C (de checar) do ciclo PDCA – encerra seu ciclo
Significa acompanhar uma atividade com base em informações coletadas e observações (indicadores)
ex: acompanhar diariamente o consumo de água para verificar se a meta de redução do consumo está sendo alcançada
Tem como objetivo verificar se o SGA está funcionando como planejado e, caso, contrário, quais medidas corretivas e
preventivas deverão ser tomadas
É a base para atividades de correção e ajuste
Monitoramento e Controle
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 66
Até 2004, uma crítica frequente a ISO 140001 referia-se ao fato de não enfatizar o atendimento legal como um requisito
normativo
A ISO 14.001:2004 porém inovou a apresentar a cláusula 4.5.1, definindo que a organização deve estabelecer, implementar
e manter procedimentos para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos legais aplicáveis e manter os registros
dos resultados desta avaliação
A organização, no entanto, pode assumir compromissos para além dos legais como a adoção de acordos voluntários,
melhorando sua inserção da sociedade e demonstrando proatividade em termos de cuidado com o meio ambiente
Atendimento aos requisitos legais e outros
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 67
É o não atendimento de um requisito ambiental.
Ex: não alcançar uma meta estabelecida ou os limites máximos de emissão estabelecidos em normais legais
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para tratar as não conformidades, de duas formas:
- Ação corretiva: visa eliminar a causa de uma não conformidade
Impede a repetição da não conformidade
- Ação preventiva: visa eliminar a causa de uma potencial não conformidade
Impede o surgimento da não conformidade
Não conformidade
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 68
É a última etapa da fase de verificação e controle
Deve determinar se o SGA está em conformidade com os arranjos planejados para gestão ambiental
Auditoria Interna
É a última etapa do SGA e primeira do ciclo PDCA
A alta administração, em intervalos planejados, deve analisar o SGA através de:
Entradas: informações sobre resultados de auditorias internas, comunicação das partes interessadas, situação das
ações corretivas e preventivas, lições aprendidas nas situação de emergência e acidentes, avanços científicos e tecnológicos,
mudanças nos requisitos legais, recomendações de melhorias, etc.
Saídas: mudanças na política ambiental, nos objetivos e metas e/ou em qualquer elemento do SGA (visa melhoria
contínua)
Análise pela Administração
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 69
Segurança e
Saúde do Trabalho
Interações com outros Sistemas de Gestão
Ambiental
Qualidade
Responsabilidade
Social
SGQ e SGA possuem correspondência técnica
A organização que já possui um SGQ terá mais
facilidade para implantar um SGA. No geral pode-se:
1) Manter um SGA totalmente independente, sobre
risco de ocorrer duplicação de esforços e conflitos
entre os dois sistemas
2) Manter um único sistema entre qualidade e meio
ambiente
3) Um meio-termo: um SGA independente capaz de
aproveitar elementos do SGQ
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 70
Vantagens da integração
- Planejamento e coordenação unificados e uso de procedimentos comuns, como controles operacionais e gestão de
documentação.
- Evita dispersão de recursos humanos e materiais, tornando sua utilização mais eficiente.
- Sinergia no tratamento de questões pertinentes à qualidade e ao meio ambiente.
- Todos os sistemas de gestão baseiam-se no ciclo PDCA, o que facilita a integração.
Outra iniciativa veio do BSI (British Standards Instituition), com a criação do PAS 99 (Publicly Available Specification –
Especificação Disponível Publicamente), uma norma que especifica os requisitos comuns aos sistemas de gestão para
facilitar a sua integração
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 71
Etapa PAS 99 ISO 9000 ISO 14000 OHSAS 18000 ISO 16000
P (Planejar) 4.2 Política
5.3 Política da
qualidade
4.2 Política
Ambiental
4.2 Política de
Segurança e
Saúde
Ocupacional
3.2 Política de
responsabilidade
social
D (Desenvolver)
4.3.2 Identificação
dos requisitos
legais e outros
5.2 Foco no
cliente
7.2.1
Determinação de
requisitos
relacionados a
produtos
4.3.2 Requisitos
legais e outros
4.3.2 Requisitos
legais e outros
3.3.2 Requisitos
legais e outros
C (Checar)
4.4.3
Documentação
necessária
4.23 Controle de
documentos
4.4.5 Controle de
documentos
4.4.5 Controle de
documentos
3.5.3 Controle de
documentos
A (Atuar)
4.5.3 Auditoria
Interna
8.2.2 Auditoria
Interna
4.5.5 Auditoria
Interna
4.5.5 Auditoria
Interna
3.6.4 Auditoria
Interna
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 72
Projeto Sigma
(Sustainability Integrated Guidelines for Management)
É uma proposta de integração mais ampla com vista ao alinhamento da organização com os objetivos do desenvolvimento
sustentável, sintetizado na ampliação e manutenção de cinco tipos de capital:
1. Natural – refere-se ao meio ambiente
2. Social – refere-se às estruturas e relacionamentos sociais
3. Humano – pessoas com habilidades, conhecimentos e atitudes
4. Manufaturado – constituído pelos ativos permanentes da organização
5. Financeiro – envolve lucro, prejuízos, vendas, dentre outros
Visa a promoção da responsabilidade social da organização
com as normais e práticas relativas às metas do milênio
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 73
Certificação do SGA
Um SGA pode ser avaliado através de uma:
Autodeclaração de conformidade: conduzida pela própria organização que criou o SGA
Certificação: procedimento pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em
conformidade com os requisitos específicados.
O SGA pode ser certificado por empresas de clientes ou quem as representem
Porém, na prática, o que se observa é a preferência pelas organizações externas acreditas para tal no país onde o SGA opera,
pois isto evita de ter diversas organizações interessadas realizando visitas, medindo e conferindo dados
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 74
Cada país possui esquemas próprios para acreditar e controlar as atividades dos organismos de certificação, embora haja
um amplo esforço internacional para harmonizar critérios e procedimentos tendo à frente a ISO. No Brasil, esses
requisitos são definidos pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO)
Certificação de conformidade: ato pelo qual um organismo de certificação ates que um sistema atende os requisitos
especificados
Organismo de Certificação Credenciado (OCC): organização de terceira parte credenciada pelo INMETRO, órgão
executivo central do SINMETRO.
Credenciamento: reconhecimento formal de que uma entidade, pessoa ou organização é competente para realizar
tarefas específicas, segundos princípios legais.
Os OCC costumam se credenciar em vários países para ter uma aceitação mais ampla
Um OCC credenciado apenas pelo INMETRO tem menos confiabilidade do que um credenciado pelo RAB norte-
americano, o DAR alemão, o JAB japonês, dentre outros
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 75
Benefícios e Objeções
1) A normalização pode facilitar ou criar obstáculos ao comércio internacional
A existência de várias normas de âmbito nacional constitui uma barreira ao comércio
Uma norma internacional gera economia de recursos ao produtor, maior segurança para o consumidor e torna mais
ágil o comércio entre nações, pois permite uniformizar procedimentos.
2) Desconfiança dos países em desenvolvimento de que as normas ISO 14.000 possam se tornar barreiras técnicas para
proteger empresas dos países desenvolvidos.
A normalização ambiental da Isso é conduzida sob regência de órgãos de normalização de países desenvolvidos,
nos quais a prática do protecionismo comercial baseado em critérios técnicos é amplamente praticada.
Nenhum país em desenvolvimento tinha norma sobre SGA quando se iniciou o processo de elaboração da ISO
pelo TC 207
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 76
Basta lembrar da expressiva participação dos países mais ricos no TC 207
Subcomitê Área Técnica
País do órgão de
normalização
Normas publicadas
SC 1 Sistema de Gestão Ambiental Reino Unido
ISO 14001:2004
ISO 14004:2004
ISO 14063:2006
SC2 Auditoria Ambiental Países Baixos
ISO 19011:2002
ISO 14015:2001
SC3 Rotulagem Ambiental Austrália
ISO 14020:2000
ISO 14021:1999
ISO 14024:1999
SC 4 Avaliação do Desempenho Ambiental Estados Unidos ISO 14031:1999
SC 5 Avaliação do Ciclo de Vida França
ISO 14040:2006
ISO 14044:2006
SC 7 Gestão de gás de efeito estufa Canadá ISO 14064:2006
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 77
3) Os SGA podem ser certificado mesmo não estando totalmente conforme a legislação ambiental
Notícias na imprensa sobre problemas ambientais em organizações com SGAs certificados alimentam o ceticismo
Por outro lado, mesmo quando uma organização esteja cumprindo os requisitos legais, uma mudança na legislação
pode fazer com que não atenda em um momento posterior
4) Dificuldade de implementar um SGA em micro, pequenas e médias empresas – Muitas
empresas chegam a ter medo de aderir a um SGA, como se os custos fossem aumentar bastante
sem contrapartida de benefícios
Isto não procede, pois a complexibildade de um SGA reflete a complexibilidade da empresa
Além disso, os maiores custos de um SGA costuma ser os devidos ao atendimento dos
requisitos legais, condição que vale para qualquer empresa, com ou sem SGA
Os custos do processo de certificação por um organismo de terceira parte credenciado é uma
fração pequena dos custos totais e proporcional ao porte da empresa
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 78
Um SGA facilita o acompanhamento da legislação e busca de conformidade legal
Mas não gira em torno da legislação
Sua grande preocupação é a melhoria contínua
O SGA não deve ser visto como uma panaceia para todos os problemas ambientais gerados pela empresa.
Deve ser entendido como um entre muitos instrumentos para abordar tais problemas, que se for bem
implantado e operado fará com que a empresa melhore continuamente o seu desempenho ambiental
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 79
Auditoria Ambiental
Auditoria corresponde ao exame, conferência ou apuração de fatos – trata-se de uma prática antigas.
Existem relatos do uso de auditoria contáveis desde a antiguidade
A palavra auditor auditor vêm do latim, auditore, e significa ouvinte ou aquele que se ouve, indicando que ouvir as
pessoas era o principal meio das auditorias
As auditorias de qualidade começaram a ser praticadas nas primeiras décadas do século XX
Já as auditorias ambientais são mais recentes, apareceram na segunda metade do século XX
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 80
No início as auditorias ambientais buscavam buscavam basicamente assegurar a adequação das empresas às leis
ambientais.
No final dos anos 70, começou-se a se difundir a ideia do meio ambiente como setor empresarial estratégico e surgiram as
auditorias ambientais voluntárias, assim como estímulos por partes dos órgãos públicos
A Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável da Câmara do Comércio Internacional (ICC) recomenda a
realização de auditoria ambiental pelas empresas (16º Princípio)
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 81
Tipos de Auditoria Ambiental
Auditoria de Conformidade
Objetivo: verificar o grau de conformidade com a legislação ambiental
Instrumentos: Legislação ambiental, licenças e processos de licenciamentos e
termos de ajustamento
Auditoria de desempenho ambiental
Objetivo: avaliar o desempenho das unidade produtivas em à geração de
poluentes e ao consumo de energia e materiais
Instrumentos: legislação ambiental, acordos voluntários, normas técnicas e
normas da própria organização
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 82
Due diligence
Objetivo: verificar as responsabilidade de uma empresa perante acionistas,
credores, fornecedores, clientes, governos e outros interessados
Instrumentos: Legislação ambiental, trabalhista, societária, etc.; contrato
social, acordos com acionistas e empréstimos; títulos de propriedade
Auditoria de desperdícios e de emissões
Objetivo: avaliar os desperdícios e seus impactos ambientais e econômicos
com vistas à melhoria dos processos
Instrumentos: legislação ambiental, normas técnicas, fluxogramas e rotinas
operacionais e códigos e práticas do setor
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 83
Auditoria pós acidente
Objetivo: verificar as causas do acidente, identificar as responsabilidades e
avaliar os danos
Instrumentos: legislação ambiental e trabalhista, acordos voluntários
subscritos, normas técnicas, plano de emergência, normas de organização e
programas de treinamento
Auditoria de fornecedor
Objetivo: avaliar o desempenho de fornecedores atuais e selecionar
novos. Selecionar fornecedores para projetos conjuntos.
Instrumentos: legislação ambiental, acordos voluntários, normas técnicas,
normas da própria organização, demonstrativos contáveis, licenças,
certificações e premiações
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 84
Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental
Objetivo: avaliar o Sistema de Gestão Ambiental, seu grau de conformidade com os requisitos da norma
utilizada e com a política da empresa
Instrumentos: normas (ISO 14.001, EMAS, etc.), documentos, registros e critérios de auditoria do SGA
Referências
BARBIERI, J. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2011.
376p.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 85

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  • 1. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1 ALEX SANTIAGO NINA Geólogo (UFPA-2013) Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL
  • 2. NOVA ATITUDE A solução dos problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova atitudes dos empresários e administradores, que devem passar a adotar concepções administrativas que considerem o meio ambiente em suas decisões 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
  • 3. Historicamente, as empresas têm sido apontadas como “grandes vilãs” da crise ecológica A mudança de atitude não consiste em adotar as empresas como novos “heróis” para solucionar tal crise Mas sim reconhecer que as empresas devem deixar de ser problemas e passar a fazer parte das soluções Se não houvessem pressões da sociedade e medidas governamentais, não se observaria o crescente envolvimento das empresas em matéria ambiental 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3 De início deve-se reconhecer que empresas que não investem em preservação ambiental reduzem seus custos e obtêm vantagens competitivas Dai a necessidade de pressões do governo, da sociedade e do mercado
  • 4. Pressões do governo: ocorre através de leis mais abrangentes e rigorosas, bem como da fiscalização. Deve-se incluir também os compromissos assumidos pelos países em tratados internacionais Uma prática comum é o dumping ambiental: aproveitar a legislação mais “frouxa” num país para obter vantagens competitivas em países com legislação mais “rígida” 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4 O Meio Ambiente deve ser visto como um Investimento e não como um Passivo. - Previne riscos que podem comprometer os lucros da empresa - Alcança um mercado consumidor mais exigente
  • 5. Pressões da sociedade civil: através de mecanismos de democracia participativa, denúncias e consumo consciente 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5 Disque Denúncia do Rio de Janeiro
  • 6. Pressões do mercado: através de iniciativas voluntárias, como índices sustentáveis em bolsas de valores e selos ambientais 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6 Bovespa
  • 7. Pressões do mercado: o que relaciona-se também com uma maior exigência por parte do consumidor 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 7
  • 8. Associa-se a sociedade pós materialista 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
  • 9. A pobreza muitas vezes é vista grande ameaça à saúde humana e ao meio ambiente. Pessoas que passam fome não podem se dar ao “luxo” de se preocupar com a qualidade e a sustentabilidade. Essas pessoas também geralmente não possuem acesso ao conhecimento e nem a tecnologias que degradam menos o meio ambiente Além disso, geralmente tem muito filhos, como uma forma de segurança econômica: as crianças ajudam a buscar suprimentos (madeira, água potável), cuidas das plantações, das criações, trabalhar e pedir esmolas. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 9
  • 10. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10 Em 6 de março de 1983 Criado em 1986 Criado em 2015Criado em 2012
  • 11. Programa lançado pela ONU em 2005 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11 Iniciativas voluntárias: Iniciativa de Instituições Financeiras PNUMA, conta com a adesão de mais de uma centena de bancos e seguradoras, que se comprometem com a aplicação do princípio da precaução e respeito a legislação nacional e local, bem como acordo internacionais, independente de terem sido ratificados pelo país onde atua O setor de seguros tem exercido pressão para que as empresas melhorem seus desempenhos ambientais, uma vez que os sinistros ambientais podem atingir proporções vultuosas.
  • 12. Características das empresas sustentáveis - Satisfazem as necessidade atuais usando recursos de modo sustentável - Mantêm um equilíbrio em relação ao meio ambiente natural, com base em tecnologias limpas, reuso, reciclagem ou renovação de recursos - Restauram qualquer dano por eles causados - Contribuem para solucionar problemas sociais em ver de exacerbá-los - Geram renda suficiente para se sustentar 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12
  • 13. Analogia Sistema Ecológico vs. Empresariais 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
  • 14. Sistemas Ecológicos Os estágios iniciais são imaturos e ineficientes: gastam bastante energia para o crescimento da comunidade biológica, uma vez que ainda não há um solo estável. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14 Os estágios finais (pós-clímax) são maduros e eficiente: o solo já se estabilizou e já contem a erosão, possibilitando a fixação de organismo mais complexos. A energia é constantemente reciclada de forma mais eficiente
  • 15. Sistemas Empresariais Nos estágios iniciais (industriais), os mercados utilizam os recursos e energia de forma ineficiente, uma vez que ainda não há uma cultura nem uma capacitação técnica ecológica. A energia é destinada ao crescimento econômico. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15 Os estágios finais (pós-clímax), os mercados utilizariam os recursos e energia de forma mais eficiente, uma vez que mudanças culturais e técnicas já ocorreram. A energia é destinada ao desenvolvimento sustentável Atualmente nossa sociedade ainda está num estágio industrial, mas em vias de mudança para um estágio sustentável
  • 16. Abordagens da Gestão Ambiental Empresarial 1. Controle da Poluição 2. Prevenção da Poluição 3. Abordagem estratégica Seus limites não são rígidos e nem nítidos 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
  • 17. 1. Controle da Poluição Preocupação básica: comprimento da legislação e respostas às pressões da comunidade Postura típica: Reativa Ações típicas: localizadas e pouco articuladas entre si, visa soluções pontuais - Tecnologias de remediação (corretivas) – visa resolver um problema ambiental que já ocorreu - Tecnologia end-of-pipe – visa tratar a poluição de resultante de um processo de produção antes que seja lançada ao meio ambiente - Não agregam valor ao produto e os custos tendem ao aumentar a medida que as exigências se tornam mais rigorosas, sendo repassados aos consumidores Percepção da empresa: custo adicional Envolvimento da alta administração: esporádico Áreas envolvidas: apenas a área ambiental geradora de poluição 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
  • 18. 2. Prevenção da Poluição Preocupação básica: uso eficiente dos insumos Postura típica: Proativa (mas também não abre mão da Reativa) Ações típicas: Atua sobre os processos produtivos, visando uma produção mais eficiente - Preventiva – visa eliminar os rejeitos na fonte, antes que sejam produzidos e lançados ao meio ambiente - Substituição de Insumos, contribui para redução dos custos - Uso de tecnologias limpas Percepção da empresa: redução de custo e aumento da produtividade Envolvimento da alta administração: periódico Áreas envolvidas: crescente envolvimento de outras áreas como produção, compras, desenvolvimento de produto e marketing 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
  • 19. Tecnologias End-of-pipe e Preventiva 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19 END-OF-PIPE TECNOLOGIA PREVENTIVA A prevenção da poluição não elimina completamente a abordagem do controle, mas reduz a sua necessidade Input Output
  • 20. 3. Abordagem Estratégica Preocupação básica: competitividade Postura típica: Proativa Ações típicas: Atua sobre os processos produtivos, visando uma produção mais eficiente - Corretivas, preventivas e antecipatórias - Antecipação de problemas e captura de oportunidades utilizando soluções de médio e longo prazo - Uso de tecnologias limpas Percepção da empresa: vantagens competitivas Envolvimento da alta administração: permanente e sistemático Áreas envolvidas: atividades ambientais disseminadas pela organização; ampliação das ações ambientais para a cadeia de suprimento 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20
  • 21. Diferença semântica 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21 Ambiente (Gestão Empresarial) Ambiente (Ciências Ambientais)
  • 22. Outra diferença... 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22 Eficácia operacional Eficácia estratégica Visa melhor desempenho em relação às empresas concorrentes Visa apenas atender a legislação Não há vantagem competitiva, pois as concorrentes estarão igualmente obrigadas a atender a mesma legislação Não é suficiente para manter um desempenho superior prolongado devido à rápida difusão das melhores práticas entre os concorrentes e à convergência competitiva decorrente de prática com benchmarking e terceirização Visa atingir o ambiente empresarial para obter vantagem competitiva Não busca copiar, mas sim desenvolver atividades diferentes dos concorrentes Trata sistematicamente as questões ambientais para proporcionar valores reconhecidos no ambiente empresarial Visa alcançar efeito não só na empresa, mas em toda cadeia de suprimento
  • 23. Abordagem Estratégia – envolve toda cadeia de suprimento 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23 END-OF-PIPE TECNOLOGIA PREVENTIVA
  • 24. A Gestão Ambiental Estratégica pode proporcionar os seguintes benefícios a) Melhoria da imagem institucional b) Renovação do portifólio de produtos c) Produtividade aumentada d) Maior comprometimento dos funcionários e melhores relações de trabalhos e) Criatividade e abertura para novos desafios f) Melhores relações com autoridades públicas, comunidade e grupos ambientais ativistas g) Acesso assegurado aos mercados externos; e h) Maior facilidade para cumprir os padrões ambientais 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
  • 25. Maquiagem ou Lavagem Verde: Cuidado! 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25 - Empresas que se apropriam indevidamente do discurso ambiental - Mascarar ações que degradam o meio ambiente com programas ambientais de fachada e publicidade
  • 26. Comparação 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 26 FASES GESTÃO DE QUALIDADE (ISO 9000) GESTÃO AMBIENTAL (ISO 14000) 1ª FASE Abordagem inspecionista: a qualidade é vista como um problema a ser resolvido por meio de inspeções já elaboradas; uma abordagem de carácter corretivo que não questiona os processos de produção Abordagem corretiva: exigências da legislação ambiental vistas como um problema a ser resolvido pelos órgãos técnicos, focados nos efeitos e não nas causas da poluição 2ª FASE Abordagem prevencionista (ampliada): controle estatístico da qualidade, sendo entendida como um problema a ser resolvido durante todos os processos produtivos e com a participação de todos da empresa Abordagem preventiva: problemas ambientais são vistos como meio para aumentar a produtividade da empresa, sendo necessário rever processos para redução na fonte, reuso e reciclagem 3ª FASE Abordagem Competitiva: a qualidade passa a ser entendida por suas dimensões estratégicas Abordagem Competitiva: as questões ambientais passam a ser vistas do ponto de vista estratégico, possibilitando vantagens competitivas
  • 27. MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL Para implementar qualquer abordagem de maneira eficiente, a empresa deve realizar diversas atividades administrativas e operacionais orientadas por concepções mentais, explícitas ou não, configurando um modelo de gestão ambiental. Modelos: são construções conceituais que orientam as atividades administrativas e operacionais para alcançar objetivos específicos As empresas podem criar seus próprios modelos de gestão ambiental ou se valer dos diversos modelos genéricos ou específicos 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 27 Modelo de Gestão Ambiental Portuária
  • 28. Exemplos de Modelos 1. Administração de Qualidade Ambiental Total (TQEM) 2. Produção Mais Limpa (P+L) 3. Ecoeficiência 4. Projeto para o meio ambiente 5. Modelos Inspirados na Natureza 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 28
  • 29. 1. Administração de Qualidade Ambiental Total (TQEM) - Criado na década de 1990 pelo Global Environmental Management Initiative (GEMI) - É uma ampliação do modelo de Administração da Qualidade Total (TQM) 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 29 Administração de Qualidade Total (TQM) Qualidade como dimensão estratégica Liderança da alta administração Foco no cliente Abordagem por processo Participação de todos os níveis Melhoria contínua Meta: defeito zero Administração de Qualidade Ambiental Total (TQEM) Meio ambiente como dimensão estratégica Liderança da alta administração Foco no cliente Abordagem por processo Participação de todos os níveis Melhoria contínua Meta: resíduo (ou poluição) zero TQM rejeita a ideia de níveis de qualidade fixos, tais como níveis aceitáveis de defeito
  • 30. Uma ação típica da TQEM é a eliminação das causas dos problemas ambientais nas atividades de rotina 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 30 Impressão frente e costa Caneca de plástico personalizada
  • 31. Para o TQEM, existem quatro tipos de custos ambientais: 1. Custos de prevenção: visa evitar problemas ambientais futuros Ex: Identificar as causas dos problemas ambientai; treinar pessoal, instruir fornecedores; substituir materiais tóxicos 2. Custos de avaliação: visa verificar a situação da organização quanto ao cumprimento das normas legais e dos requisitos subscritos voluntariamente, bem como das metas e dos objetivos estabelecidos pela administração da empresa. Ex: realização de inspeções, testes, auditorias e certificações. 3. Custos de falhas internas: visa o controle e a reparação dos impactos ambientais adversos que ocorrem no ambiente interno da empresa Ex: desperdício de materiais e energia; coleta, tratamento e segregação de resíduos; tratamento de água e emissões atmosféricas; recuperação de áreas degradadas da própria empresa. 4. Custos de falhas externas: visa o controle, a reparação e a mitigação de impactos produzidos fora da empresa. Ex: ressarcimento de danos ambientais a terceiros; recuperação de áreas degradadas de terceiros; taxas, impostos e multas ambientais; programas compensatórios em comunidades afetadas por degradação ambiental 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 31
  • 32. 2. Produção Mais Limpa (P+L) - Desenvolvida pelo PNUMA (Programa de Meio Ambiente da ONU), juntamente com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial - Estabelece uma hierarquia de prioridades de acordo com a seguinte sequência: prevenção, redução, reuso e reciclagem, tratamento com recuperação de materiais e energia e disposição final. - Mais de 50 países possuem Centros Nacionais de Produção Mais Limpa, que difundem práticas de P+L auxiliando as empresas a realizar projetos de prevenção da poluição, capacitando pessoal, difundindo informações e estabelecendo mecanismos de cooperação. - No Brasil é coordenada pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas do SENAI do Rio Grande so Sul 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 32
  • 33. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 33 Nível 1: Redução na Fonte Modificações em Produtos: revisão da especificações e melhorar na manufaturabilidade para reduzir a produção de resíduos Modificações nos Processos: visam reduzir perdas na produção por meio de boas práticas operacionais, substituição de materiais e mudanças tecnológicas Nível 2: Reciclagem Interna – feita pela própria empresa Nível 3 - Reciclagem externa: feita por terceiros (os resíduos são vendidos ou doados) - Ciclos biogênicos: quando os resíduos não podem ser utilizados nem por terceiros eles devem ser assimilados pelo meio ambiente considerando tais ciclos. Ex: compostagem Níveis de P+L Consiste num programa de capacitação profissional
  • 34. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 34 - Introduzido pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) Eficiência ambiental = Valor do Produto Influência Ambiental O valor do Produto pode ser expresso: 1) em termos monetários (receitas, lucros, etc.); ou 2) em quantidades físicas (toneladas, unidades, etc.) As influências podem ser medias em quantidade total de energia ou de materiais usados para produzir e entregar os produtos ou serviços. Quanto maior a relação, maior é a eficiência 3. Ecoeficiência
  • 35. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 35 Também denominado de Ecodesign Visa integrar um conjunto de atividades e disciplinas que historicamente eram tratadas separadamente, tanto em termos operacionais quanto estratégicos, como saúde e segurança dos trabalhadores e consumidores, conservação de recursos, prevenção de acidentes e gestão de resíduos. A ideia básica é atacar os problemas ambientais na fase de projeto, procurando solucioná-los antes que eles surjam Podem adquirir caráter específico, de onde deriva o conceito de Design for X (DfX), em que X pode ser substituído por outras letras referentes ao que se quer obter em termos ambientais, por exemplo: - DfA (A de assembly) – visa a montagem de produtos - DfM (M de manufacturability) – visa o processo de fabricação - DfS (S de serviceability) – visa os serviços de instalação do produto e sua manutenção Por outro lado, as abordagens DfX normalmente são criticadas por atender apenas a um critério ambiental específico ao invés de integrar diversos critérios 4. Projeto para o Meio Ambiente (Design for Environment – DfE) ou Ecodesign
  • 36. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 36 Tem como objetivo copiar os ciclos biogeoquímcos (fechados), mesmo que se reconheça que os ciclos industriais são abertos, de modo sempre haverá necessidade de extrações adicionais de recursos para manter o nível de produção. Modelos inspirados na natureza
  • 37. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 37 Um conjunto de empresas poderia formar uma comunidade empresarial na qual os resíduos de produção de certas empresas seriam insumos para outras. Exemplo: Parque Industrial de Kalundborg (Dinamarca) O temo “simbiose industrial” tem sido usado para casos como o de Kalundborg. Alguns pontos devem ser ressaltados: 1. As unidades deste parque se formaram ao longo de décadas de modo espontâneo 2. Ocorreu uma integrações parciais do tipo dois a dois – o rejeito de uma empresa poderia ser usado como insumo por outra
  • 38. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 38 Existem, no entanto, obstáculos para o desenvolvimento de modelos de simbiose industrial: 1. Nem sempre se consegue aproveitar os resíduos em um local próximo 2. Nem sempre é viável economicamente 3. Depende da concentração de unidades produtivas de setores diferentes para que os resíduos de uma sirvam para outra 4. A possibilidade de sucesso é menor para distritos relacionados a um tipo de produto (calçadista, moveleiros, cerâmicos, têxteis, metalúrgicos, etc.) – pois seus resíduos são os mesmos. 5. Atrair para estes distritos empresas de outros setores pode ser economicamente e ambientalmente desvantajoso, caso estas empresas necessitem de outros insumos em grande quantidade que precisam ser transportados por longas distâncias ou o produto final tenham que ser transportado até mercados consumidores distantes 6. Nestes casos modelos aplicados à empresas individuais (como P+L e TQEM) são mais adequados 7. Já os modelos de planejamento antes da implantação (como o DfX) podem ser úteis para projetar sistemas produtivos integrados
  • 39. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 39 Conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-relacionadas para abordar os problemas ambientais ≠ Atividade isolada Um SGA requer a formulação de diretrizes, definição de objetivos, coordenação de atividades e avaliação de resultados Necessidade do envolvimento de diferentes segmentos da empresa para tratar de questões ambientais de modo integrado A empresa pode criar seu próprio SGA ou adotar um modelo genérico proposto por outra entidade Pode ser considerado uma espécie de acordo privado unilateral Deve contribuir para que a empresa atue conforme a legislação e promova melhorias que a levem gradualmente a superar as exigências legais. Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
  • 40. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 40 A International Chamber of Commerce (ICC), uma entidade não governamental dedicada ao comércio internacional, propôs um modelo de SGA e de auditoria ambiental de adesão voluntária em resposta às preocupações com o efeito das questões ambientais sobre a competividade das empresas no mercado internacional. O SGA objetiva: - Assegurar a conformidade com as leis locais, regionais, nacionais e internacionais - Estabelecer políticas internas e procedimentos para que a organização alcance os objetivos ambientais propostos - Identificar e administrar os riscos empresariais resultantes dos riscos ambientais - Identificar o nível de recursos e de pessoal apropriado aos riscos e aos objetivos ambientais, garantindo sua disponibilidade quando e onde forem necessários O Sistema proposto pela Câmara de Comércio Internacional
  • 41. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 41 O SGA proposto pela ICC segue o ciclo administrativo abaixo: Organização - Organização da gestão - Estrutura organizacional. - Delineamento de papeis - Níveis de autoridade e responsabilidade Planejamento - Políticas e procedimentos. - Acompanhamento de regulamentação e da sua influência sobre os departamentos da empresa. - Processo de planejamento: objetivos e metas; alocação de recursos. Implementação - Gerenciamento dos comportamentos - Avaliação e gestão de riscos - Revisão de projetos e programas ambientais - Motivação e delegação Controle - Gestão do sistema de informação - Mensuração dos resultados - Diagnóstico dos problemas - Auditoria ambiental - Ações corretivas
  • 42. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 42 Normas voluntárias sobre SGA começaram a ser elaboradas de modo mais intenso a partir de meados da década de 1990. Devido aos seguintes fatores: - Crescimento vigoroso da legislação ambiental - Influência de ONGs que atuam nas áreas de meio ambiente e correlatas - Aumento do contingente de consumidores responsáveis, ou consumidores verdes - Intensificação dos processos de abertura comercial - Restrições à criação de barreiras técnicas para proteger mercados dentro da lógica da globalização A primeira norma sobre SGA foi a BS 7750, criada pelo British Standards Institute (BSI), em 1992 e baseava-se no ciclo PDCA. Esta norma estimulou a produção de outras sobre SGA por órgãos de normalização de vários países e por fim a criação de normas internacionais (família ISO 14000). NORMAS INTERNACIONAIS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL
  • 43. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 43 - O desenvolvimento de uma norma internacional pela ISO é feito mediante estágios sucessivos, começando por um item de trabalho preliminar e terminado com a sua publicação. - O consenso na ISO não é a aprovação por maioria de votos e nem por unanimidade, mas a ausência de oposição sustentada no debate sobre a matéria em pauta Por este motivo, elas não representam barreiras técnicas ao comércio A FAMÍLIA DE NORMAS ISO 14000 Estágio Nome do produto ou documento resultante do estágio (product name) Sigla em inglês Preliminar Item de trabalho preliminar – projeto (Preliminary Wrok item – Project) PWI Proposta Proposta de novo item NP Preparatório Rascunho de Trabalho (Working Draft) WO Comitê Rascunho de Comitê (Commitee Draft) CD Consulta Rascunho de Norma Internacional (Draft International Standard) DIS Aprovação Rascunho Final de Norma Internacional (Final Draft International Standard) FDIS Publicação Norma Internacional (International Standard) IS
  • 44. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 44 Comunicação ambiental - ISO 14064:2006 Rotulagem Ambiental - ISO 14020:2000 - ISO 14021:1999 - ISO 14024:1999 Sistema de Gestão Ambiental - ISO 14001:2004 - ISO 14004:2005 Avaliação do ciclo de vida - ISO 14040:2006 - ISO 14044:2006 Auditoria ambiental - ISO 19011 Avaliação do Desempenho Ambiental - ISO 14031:1999 Avaliação Ambiental de locais e organizações - ISO 14015:2001
  • 45. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 45 As normas da família ISO 14000 começaram a ser elaboradas em 1993 pelo Comitê Técnico 207 (TC 207), seus subcomitês e grupos de trabalho, donde cada um é independente e administrado por um entidade nacional membro da ISO. Subcomitê Área Técnica País do órgão de normalização Normas publicadas SC 1 Sistema de Gestão Ambiental Reino Unido ISO 14001:2004 ISO 14004:2004 ISO 14063:2006 SC2 Auditoria Ambiental Países Baixos ISO 19011:2002 ISO 14015:2001 SC3 Rotulagem Ambiental Austrália ISO 14020:2000 ISO 14021:1999 ISO 14024:1999 SC 4 Avaliação do Desempenho Ambiental Estados Unidos ISO 14031:1999 SC 5 Avaliação do Ciclo de Vida França ISO 14040:2006 ISO 14044:2006 SC 7 Gestão de gás de efeito estufa Canadá ISO 14064:2006
  • 46. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 46 • Estabelecer, documentar, implementar, manter e continuamente melhorar um SGA • Estabelecer uma política ambiental apropriada • Identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, passados, existentes ou planejados, pra determinar o impactos ambientais significativos • Identificar prioridades e estabelecer objetivos e metas ambientais apropriados • Estabelecer uma estrutura e programas pra implementar a política e atingir objetivos e metas • Ser capaz de se adaptar às mudanças de circunstâncias Requisitos Gerais do SGA (NBR ISO 14001:2004) A amplitude da documentação e a quantidade de recursos alocados dependem do porte e da natureza da atividade da organização. Essa flexibilidade derruba o argumento de que a norma só é viável para grandes empresas devido ao elevado grau de formalismo exigido. Se a empresa é grande, o estabelecimento de um SGA é mais complexo.
  • 47. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 47 • Ser apropriada à natureza, à escala e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços • Incluir um comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção da poluição • Incluir um comprometimento com o atendimento ao requisito legais aplicáveis e outros subscritos que se relacionem com seus aspectos ambientais • Fornecer uma estrutura para o estabelecimento e a analise dos objetivos e metas ambientais • Ser documentada, implementada e mantida • Ser comunicada a todos que trabalham na organização ou que atuem em seus nomes • Ser disponível para o público • Se apresentar na forma de uma declaração não muito longa para facilitar sua divulgação • Não ser redigita de moda a transmitir uma mensagem genérica a ponto de valer para qualquer tipo de organização. A Política Ambiental deve:
  • 48. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 48 São definidos como elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente Aspecto ambiental causa Impacto ambiental efeito A organização de identificar os aspectos significativos – isso impede que a organização selecione aspectos associados q impactos insginificates só pra mostrar que está fazendo alguma coisa Diferentemente da ISO 14000, outros SGA (como o EMAS, da comunidade europeia), exigem a distinção entre: Aspectos direto: associados à atividades na quais a organização detêm controle total da gestão Aspectos indiretos: associados à atividades não quais a organização não detêm controle total da gestão Aspectos ambientais
  • 49. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 49 Exemplos de aspectos e impactos ambientais
  • 50. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 50 A ISO 14004 recomenda que a organização seja capaz de reconhecer: - Os impactos positivos e negativos - Os impactos potenciais e reais - As partes do meio ambiente que podem ser afetadas (ar, água, solo, fauna, flora e patrimônio cultural); - As características da localização que podem afetar o impacto, como condições meteorológicas local, altura do lençol freático e tipo de solo; - A natureza das alterações ambientais, tais como questões locais ou globais, período de tempo em que o impacto ocorre, potencial de acúmulo de intensidade do impacto ao longo do tempo
  • 51. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 51 A avaliação dos aspectos ou impactos, bem como a sua significância, varia conforme o empreendimento, mas no geral deve adotar os seguintes critérios: - Abrangência geográfica (local, regional, nacional, global) - Requistos legais (limites de emissão, regulamentações, etc.) - Severidade (grau de intensidade dos danos ao meio ambiente) - Duração do impacto - Frequência do aspecto ambiental - Probabilidade de ocorrência - Tempo de reversibilidade dos efeitos sobre o meio ambiente - Probabilidade de detectar antecipadamente a eminência do aspecto ou impacto
  • 52. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 52 Através da combinação destes critérios, deve-se determinar a significância do impacto ambiental, o que pode ser feito tanto em escalas quantitativas como qualitativas. Como no exemplo: Impacto = frequência x abrangência x severidade Baixo: 1-2 Médio: 3-8 Alto: 9-27
  • 53. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 53 Necessário identificar e analisar a legislação aplicável dos três entes federados (União, Estado ou Distrito Federal, Municípios) As questões ambientais são regulamentadas em praticamente todos os ramos do Direito (Direito Constitucional, Civil, Penal, Tributário, Trabalhista, Administrativo, etc.) Um SGA requer a criação e atualização permanente de um banco de dados relativos às normas legais aplicáveis em todos os locais onde a empresa atua Requisitos Legais
  • 54. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 54 Devem ser coerentes com a política ambiental Objetivo – Propósito ambiental geral (analogia: ganhar um jogo de futebol) Meta – Requisito de desempenho detalhado que precisa ser atendido para que o objetivo seja alcançado (fazer gol) Recomenda-se a organização estabeleça metas capazes de ser mensuráveis por indicadores O objetivo pode ser expresso: - Como um nível específico de desempenho (ex: reduzir em 40% o consumo de água) - De modo genérico (ex: reduzir a geração de gases de efeito estufa) Para atingir os objetivos e as metas definidas, a organização deve estabelecer, implementar e manter programas, incluindo: a) a atribuição de responsabilidade em cada função e nível pertinente; b) os meios e o prazo dentro do qual eles deem ser atingidos; c) revisão periódica para incorporar modificações em objetivos e metas. Objetivos, metas e programas
  • 55. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 55 O comprometimento com o SGA deve começar pelos níveis mais elevados da organização É a alta organização que deve formular a política e assegurar que o SGA seja implantado No caso de pequenas e médias empresas, a responsabilidade pode ser assumida por uma só pessoa, que pode ser o proprietário. Já para grandes empresas é necessário designar mais de uma pessoa Recursos, funções, responsabilidade e autoridades Responsabilidades (informal) >>> Funções (formal) As questões ambientais interessam a todas as áreas da organização, embora algumas possam ter um envolvimento mais intenso do que outras
  • 56. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 56 Responsabilidades ambientais Responsáveis típicos Estabelecer o a orientação geral Presidente, executivo principal Desenvolver a política ambiental Desenvolver objetivos, metas e programas ambientais Gerentes do meio ambiente Monitorar desempenho geral do SGA Garantir o atendimento a requisitos legais Todos os gerentes Promover a melhoria contínua Identificar as expectativas dos clientes Equipe de vendas e marketing Identificar requisitos para fornecedores Compradores Desenvolver e manter procedimentos contábeis Gerentes financeiros e contábeis Promover conformidade com os requisitos do SGA Todos os que trabalham ou agem em nome da organização Analisar a operação do SGA Alta administração Exemplos de Responsabilidade Ambientais
  • 57. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 57 A organização deve conceber as atribuições de responsabilidades de acordos com as competências Competência, treinamento e conscientização Para melhoria contínua e a expansão de novas atribuições, a organização deve estabelecer programas de treinamento e conscientização, através dos seguintes elementos: - Identificação das necessidades de treinamentos dos empregados - Desenvolvimento de um plano de treinamento - Conformidade do programa com os requisitos legais da organização - Treinamento de grupos específicos de empregados - Documentação, monitoramento e avaliação do treinamento
  • 58. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 58 A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para que as pessoas que trabalham para ela ou atuem em seu nome estejam conscientes.
  • 59. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 59 A educação ambiental deve ser inserida nos programas de treinamento A Leia 9.796/1999 tornou a educação ambiental parte de um processo educativo mais amplo, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades de ensino, formal e não formal. A EA deve estar presente nos programas de treinamentos de qualquer organização, independente do assunto que trata Educação Ambiental (EA)
  • 60. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 60 Interna: dentro da própria empresa. a) entre vários níveis e funções; b) documentos, boletins, reuniões regulares, quadro de avisos Deve ser vista como um instrumento para ampliar a conscientização ambiental Externa: para fora da empresa a) clientes, fornecedores e público geral b) relatórios anuais, boletins, páginas na internet Marketing ambiental e divulgação das ações da organização A ISO 14.004 recomenda que a organização, ao estabelecer um programa de comunicação, leve em consideração sua natureza e porte, seus aspectos ambientais significativos e a natureza e necessidades das partes interessadas Comunicação
  • 61. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 61 A documentação do SGA deve incluir os seguintes elementos: a) Política, objetivos e metas ambientais b) Escopo do SGA c) Principais elementos do SGA, suas interações, referências e outros documentos associados • O nível de detalhamento dos documentos é definido pela organização, mas deve ser o suficiente para descrever os principais elementos do SGA • Não precisa estar na forma de um único manual (diferentemente da ISO 9001, para a qual o Manual de Qualidade é essencial) • Por outro lado, um manual facilita a gestão de outros documentos fundamentais para operar e auditar o SGA, sendo portanto o primeiro no nível de hierarquias dos documentos Documentação
  • 62. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 62 Hierarquia da documentação de um SGA Manual Procedimentos Instruções de trabalho Registros Documentos de trabalho detalhados Descreve os processos inter-relacionados e as atividades necessárias para implementar o SGA Descreve o SGA de acordo com a política, os objetivos e metas estabelecidos Documentos sobre resultados, comunicação feitas e recebidas e atividades realizadas no âmbito do SGA
  • 63. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 63 MITO “Os requisitos de documentação da ISO 14.001 constituem em um excesso de formalismo que reduz a mobilidade e a capacidade de respostas às mudanças fundamentais para poder atuar em ambientes de negócio competitivos” Desmitificando... “A norma exige apenas a documentação de alguns elementos do SGA e não de todos”
  • 64. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 64 A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar potenciais situações de emergência e de acidentes que possam ter impactos sobre o meio ambiente Sempre que possível estes procedimentos deve ser testados, por exemplo, por simulações de emergência e de acidentes Preparação e resposta a emergências Deve-se levar em conta os seguintes elementos: - A natureza do perigo - O tipo e escala mais provável - Métodos apropriados para responder à situação - Planos de comunicação interna e externa - Ações para mitigação dos minimização dos impactos - Lista de pessoas-chave e treinamento de pessoal - Rotas de evacuação - Possibilidade de assistência mutual entre organizações vizinha
  • 65. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 65 Corresponde ao C (de checar) do ciclo PDCA – encerra seu ciclo Significa acompanhar uma atividade com base em informações coletadas e observações (indicadores) ex: acompanhar diariamente o consumo de água para verificar se a meta de redução do consumo está sendo alcançada Tem como objetivo verificar se o SGA está funcionando como planejado e, caso, contrário, quais medidas corretivas e preventivas deverão ser tomadas É a base para atividades de correção e ajuste Monitoramento e Controle
  • 66. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 66 Até 2004, uma crítica frequente a ISO 140001 referia-se ao fato de não enfatizar o atendimento legal como um requisito normativo A ISO 14.001:2004 porém inovou a apresentar a cláusula 4.5.1, definindo que a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos legais aplicáveis e manter os registros dos resultados desta avaliação A organização, no entanto, pode assumir compromissos para além dos legais como a adoção de acordos voluntários, melhorando sua inserção da sociedade e demonstrando proatividade em termos de cuidado com o meio ambiente Atendimento aos requisitos legais e outros
  • 67. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 67 É o não atendimento de um requisito ambiental. Ex: não alcançar uma meta estabelecida ou os limites máximos de emissão estabelecidos em normais legais A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para tratar as não conformidades, de duas formas: - Ação corretiva: visa eliminar a causa de uma não conformidade Impede a repetição da não conformidade - Ação preventiva: visa eliminar a causa de uma potencial não conformidade Impede o surgimento da não conformidade Não conformidade
  • 68. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 68 É a última etapa da fase de verificação e controle Deve determinar se o SGA está em conformidade com os arranjos planejados para gestão ambiental Auditoria Interna É a última etapa do SGA e primeira do ciclo PDCA A alta administração, em intervalos planejados, deve analisar o SGA através de: Entradas: informações sobre resultados de auditorias internas, comunicação das partes interessadas, situação das ações corretivas e preventivas, lições aprendidas nas situação de emergência e acidentes, avanços científicos e tecnológicos, mudanças nos requisitos legais, recomendações de melhorias, etc. Saídas: mudanças na política ambiental, nos objetivos e metas e/ou em qualquer elemento do SGA (visa melhoria contínua) Análise pela Administração
  • 69. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 69 Segurança e Saúde do Trabalho Interações com outros Sistemas de Gestão Ambiental Qualidade Responsabilidade Social SGQ e SGA possuem correspondência técnica A organização que já possui um SGQ terá mais facilidade para implantar um SGA. No geral pode-se: 1) Manter um SGA totalmente independente, sobre risco de ocorrer duplicação de esforços e conflitos entre os dois sistemas 2) Manter um único sistema entre qualidade e meio ambiente 3) Um meio-termo: um SGA independente capaz de aproveitar elementos do SGQ
  • 70. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 70 Vantagens da integração - Planejamento e coordenação unificados e uso de procedimentos comuns, como controles operacionais e gestão de documentação. - Evita dispersão de recursos humanos e materiais, tornando sua utilização mais eficiente. - Sinergia no tratamento de questões pertinentes à qualidade e ao meio ambiente. - Todos os sistemas de gestão baseiam-se no ciclo PDCA, o que facilita a integração. Outra iniciativa veio do BSI (British Standards Instituition), com a criação do PAS 99 (Publicly Available Specification – Especificação Disponível Publicamente), uma norma que especifica os requisitos comuns aos sistemas de gestão para facilitar a sua integração
  • 71. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 71 Etapa PAS 99 ISO 9000 ISO 14000 OHSAS 18000 ISO 16000 P (Planejar) 4.2 Política 5.3 Política da qualidade 4.2 Política Ambiental 4.2 Política de Segurança e Saúde Ocupacional 3.2 Política de responsabilidade social D (Desenvolver) 4.3.2 Identificação dos requisitos legais e outros 5.2 Foco no cliente 7.2.1 Determinação de requisitos relacionados a produtos 4.3.2 Requisitos legais e outros 4.3.2 Requisitos legais e outros 3.3.2 Requisitos legais e outros C (Checar) 4.4.3 Documentação necessária 4.23 Controle de documentos 4.4.5 Controle de documentos 4.4.5 Controle de documentos 3.5.3 Controle de documentos A (Atuar) 4.5.3 Auditoria Interna 8.2.2 Auditoria Interna 4.5.5 Auditoria Interna 4.5.5 Auditoria Interna 3.6.4 Auditoria Interna
  • 72. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 72 Projeto Sigma (Sustainability Integrated Guidelines for Management) É uma proposta de integração mais ampla com vista ao alinhamento da organização com os objetivos do desenvolvimento sustentável, sintetizado na ampliação e manutenção de cinco tipos de capital: 1. Natural – refere-se ao meio ambiente 2. Social – refere-se às estruturas e relacionamentos sociais 3. Humano – pessoas com habilidades, conhecimentos e atitudes 4. Manufaturado – constituído pelos ativos permanentes da organização 5. Financeiro – envolve lucro, prejuízos, vendas, dentre outros Visa a promoção da responsabilidade social da organização com as normais e práticas relativas às metas do milênio
  • 73. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 73 Certificação do SGA Um SGA pode ser avaliado através de uma: Autodeclaração de conformidade: conduzida pela própria organização que criou o SGA Certificação: procedimento pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos específicados. O SGA pode ser certificado por empresas de clientes ou quem as representem Porém, na prática, o que se observa é a preferência pelas organizações externas acreditas para tal no país onde o SGA opera, pois isto evita de ter diversas organizações interessadas realizando visitas, medindo e conferindo dados
  • 74. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 74 Cada país possui esquemas próprios para acreditar e controlar as atividades dos organismos de certificação, embora haja um amplo esforço internacional para harmonizar critérios e procedimentos tendo à frente a ISO. No Brasil, esses requisitos são definidos pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) Certificação de conformidade: ato pelo qual um organismo de certificação ates que um sistema atende os requisitos especificados Organismo de Certificação Credenciado (OCC): organização de terceira parte credenciada pelo INMETRO, órgão executivo central do SINMETRO. Credenciamento: reconhecimento formal de que uma entidade, pessoa ou organização é competente para realizar tarefas específicas, segundos princípios legais. Os OCC costumam se credenciar em vários países para ter uma aceitação mais ampla Um OCC credenciado apenas pelo INMETRO tem menos confiabilidade do que um credenciado pelo RAB norte- americano, o DAR alemão, o JAB japonês, dentre outros
  • 75. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 75 Benefícios e Objeções 1) A normalização pode facilitar ou criar obstáculos ao comércio internacional A existência de várias normas de âmbito nacional constitui uma barreira ao comércio Uma norma internacional gera economia de recursos ao produtor, maior segurança para o consumidor e torna mais ágil o comércio entre nações, pois permite uniformizar procedimentos. 2) Desconfiança dos países em desenvolvimento de que as normas ISO 14.000 possam se tornar barreiras técnicas para proteger empresas dos países desenvolvidos. A normalização ambiental da Isso é conduzida sob regência de órgãos de normalização de países desenvolvidos, nos quais a prática do protecionismo comercial baseado em critérios técnicos é amplamente praticada. Nenhum país em desenvolvimento tinha norma sobre SGA quando se iniciou o processo de elaboração da ISO pelo TC 207
  • 76. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 76 Basta lembrar da expressiva participação dos países mais ricos no TC 207 Subcomitê Área Técnica País do órgão de normalização Normas publicadas SC 1 Sistema de Gestão Ambiental Reino Unido ISO 14001:2004 ISO 14004:2004 ISO 14063:2006 SC2 Auditoria Ambiental Países Baixos ISO 19011:2002 ISO 14015:2001 SC3 Rotulagem Ambiental Austrália ISO 14020:2000 ISO 14021:1999 ISO 14024:1999 SC 4 Avaliação do Desempenho Ambiental Estados Unidos ISO 14031:1999 SC 5 Avaliação do Ciclo de Vida França ISO 14040:2006 ISO 14044:2006 SC 7 Gestão de gás de efeito estufa Canadá ISO 14064:2006
  • 77. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 77 3) Os SGA podem ser certificado mesmo não estando totalmente conforme a legislação ambiental Notícias na imprensa sobre problemas ambientais em organizações com SGAs certificados alimentam o ceticismo Por outro lado, mesmo quando uma organização esteja cumprindo os requisitos legais, uma mudança na legislação pode fazer com que não atenda em um momento posterior 4) Dificuldade de implementar um SGA em micro, pequenas e médias empresas – Muitas empresas chegam a ter medo de aderir a um SGA, como se os custos fossem aumentar bastante sem contrapartida de benefícios Isto não procede, pois a complexibildade de um SGA reflete a complexibilidade da empresa Além disso, os maiores custos de um SGA costuma ser os devidos ao atendimento dos requisitos legais, condição que vale para qualquer empresa, com ou sem SGA Os custos do processo de certificação por um organismo de terceira parte credenciado é uma fração pequena dos custos totais e proporcional ao porte da empresa
  • 78. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 78 Um SGA facilita o acompanhamento da legislação e busca de conformidade legal Mas não gira em torno da legislação Sua grande preocupação é a melhoria contínua O SGA não deve ser visto como uma panaceia para todos os problemas ambientais gerados pela empresa. Deve ser entendido como um entre muitos instrumentos para abordar tais problemas, que se for bem implantado e operado fará com que a empresa melhore continuamente o seu desempenho ambiental
  • 79. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 79 Auditoria Ambiental Auditoria corresponde ao exame, conferência ou apuração de fatos – trata-se de uma prática antigas. Existem relatos do uso de auditoria contáveis desde a antiguidade A palavra auditor auditor vêm do latim, auditore, e significa ouvinte ou aquele que se ouve, indicando que ouvir as pessoas era o principal meio das auditorias As auditorias de qualidade começaram a ser praticadas nas primeiras décadas do século XX Já as auditorias ambientais são mais recentes, apareceram na segunda metade do século XX
  • 80. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 80 No início as auditorias ambientais buscavam buscavam basicamente assegurar a adequação das empresas às leis ambientais. No final dos anos 70, começou-se a se difundir a ideia do meio ambiente como setor empresarial estratégico e surgiram as auditorias ambientais voluntárias, assim como estímulos por partes dos órgãos públicos A Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável da Câmara do Comércio Internacional (ICC) recomenda a realização de auditoria ambiental pelas empresas (16º Princípio)
  • 81. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 81 Tipos de Auditoria Ambiental Auditoria de Conformidade Objetivo: verificar o grau de conformidade com a legislação ambiental Instrumentos: Legislação ambiental, licenças e processos de licenciamentos e termos de ajustamento Auditoria de desempenho ambiental Objetivo: avaliar o desempenho das unidade produtivas em à geração de poluentes e ao consumo de energia e materiais Instrumentos: legislação ambiental, acordos voluntários, normas técnicas e normas da própria organização
  • 82. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 82 Due diligence Objetivo: verificar as responsabilidade de uma empresa perante acionistas, credores, fornecedores, clientes, governos e outros interessados Instrumentos: Legislação ambiental, trabalhista, societária, etc.; contrato social, acordos com acionistas e empréstimos; títulos de propriedade Auditoria de desperdícios e de emissões Objetivo: avaliar os desperdícios e seus impactos ambientais e econômicos com vistas à melhoria dos processos Instrumentos: legislação ambiental, normas técnicas, fluxogramas e rotinas operacionais e códigos e práticas do setor
  • 83. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 83 Auditoria pós acidente Objetivo: verificar as causas do acidente, identificar as responsabilidades e avaliar os danos Instrumentos: legislação ambiental e trabalhista, acordos voluntários subscritos, normas técnicas, plano de emergência, normas de organização e programas de treinamento Auditoria de fornecedor Objetivo: avaliar o desempenho de fornecedores atuais e selecionar novos. Selecionar fornecedores para projetos conjuntos. Instrumentos: legislação ambiental, acordos voluntários, normas técnicas, normas da própria organização, demonstrativos contáveis, licenças, certificações e premiações Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
  • 84. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 84 Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental Objetivo: avaliar o Sistema de Gestão Ambiental, seu grau de conformidade com os requisitos da norma utilizada e com a política da empresa Instrumentos: normas (ISO 14.001, EMAS, etc.), documentos, registros e critérios de auditoria do SGA
  • 85. Referências BARBIERI, J. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2011. 376p. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 85