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O Saci-Pererê faz parte do folclore
brasileiro e já apareceu em diversos
livros, filmes e peças teatrais. Um dos
autores que mais divulgou a lenda do
Saci foi Monteiro Lobato, que criou o
personagem Pedrinho como seu amigo
inseparável.
Segundo a lenda do Saci, ele é um ser
baixinho, negro e possui apenas uma
perna, por isso se locomove pulando
rapidamente pela floresta. Outra
característica marcante é o seu capuz
vermelho.
O Saci é muito brincalhão, agitado e
travesso. Por isso ele está sempre
realizando travessuras por onde passa.
Ele gosta de bagunçar a crina dos
cavalos durante a noite, dando nós e
fazendo tranças. Esses são sinais de que
o Saci passou por ali. Ele também tem
o costume de entrar nas casas para
pregar peças nas pessoas. Pode queimar
as comidas que estão no fogão, ou fazer
objetos desaparecerem. Às vezes até
apaga velas e luzes. O Saci cria um
redemoinho quando passa rápido por
um lugar, levantando folhas e sujeira.
Quando isso acontece, a lenda do Saci
conta que é possível capturá-lo
lançando uma peneira no meio do
redemoinho. Então, quem capturar o
Saci deve retirar o seu gorro e colocá-
lo dentro de uma garrafa. Ele vive na
mata e tem um trabalho importante,
pois é um grande conhecedor de plantas
e ervas medicinais, ajudando a curar
quem fica doente na floresta. Mas se
alguém tentar pegar alguma dessas
ervas na floresta sem pedir a
autorização do Saci vai se tornar vítima
de uma das suas travessuras. O Saci
vive a procura de caçadores, e quando
encontra um na floresta fica assustando
para ele ir embora e não matar nenhum
animal nem destruir a natureza. Para
não ser pego o Saci consegue se
deslocar rapidamente para um lugar
distante dentro de um redemoinho de
vento, e segundo a lenda, a única
maneira de captura-lo é assim:
✓ Primeiro tem que jogar uma peneira
no redemoinho, aí o saci vai parar de
rodar e aparecer.
✓ Depois é preciso muito rapidamente
retirar a carapuça dele.
Se demorar muito ele volta a rodar e
some no redemoinho. Quando perde
sua carapuça o saci se torna vulnerável.
Então a pessoa deverá prender ele
dentro de uma garrafa. Depois de preso
ele irá obedecer a pessoa que o prendeu
ali.
Acredita-se que o saci nasceu do
broto de bambu, permanecendo ali até
os sete anos e, após esse período, vive
mais setenta e sete praticando suas
travessuras entre os humanos e os
animais. Por fim, ao morrer, o saci
torna-se um cogumelo venenoso.
Escola Santa Maria
5º ano B
Curupira é o nome de um
personagem do folclore brasileiro que
surgiu entre os povos indígenas. Essa
lenda fala de um ser mítico protetor da
floresta que se voltava contra aqueles
que entravam na floresta para derrubar
árvores ou caçar animais. É uma das
lendas mais antigas do nosso folclore.
O curupira, de acordo com a lenda é
um menino de tamanho pequeno, de
cabelos vermelhos, dentes afiados e pés
virados para trás.
A função do Curupira é proteger as
florestas. E todo aquele que derruba, ou
por algum outro motivo estraga
inutilmente as árvores, é punido por ele
com a pena de ficar perdido por dias
dentro dos bosques, desorientado, sem
saber nem o próprio nome, incapaz de
acertar o caminho de volta para casa e
sem a lembrança de quem são seus
parentes, ou onde mora.
Os índios acreditavam e temiam
tanto o curupira que muitos, quando
iam entrar na floresta, prestavam
oferendas para garantir o favor desse
ser. A lenda fala que o curupira gostava
muito de cachaça e fumo, mas existem
relatos de que os indígenas ofereciam
flechas, penas de aves, entre outros
objetos.
Muitos acreditavam que o curupira
poderia assumir a forma de um animal
para confundir o caçador e fazê-lo se
perder no mato. O caçador avistava o
animal, mas não conseguia capturá-lo
e, na perseguição, acabava ficando
perdido no meio da floresta. Todavia,
muitos falam que o curupira só fazia
isso contra os caçadores que caçavam
por prazer. Aqueles que caçavam para
atender suas necessidades básicas não
eram incomodados pelo curupira.
Quem encontrasse o Curupira na
floresta deveria amarrar um nó em um
pedaço de cipó como forma de fugir
desse ser. De acordo com a lenda,
aqueles que procuram
propositadamente encontrar o curupira
nunca o encontrarão, porque seus pés
ao contrário dão a esse ser uma
importante vantagem: suas pegadas
indicam uma direção, enquanto o
curupira está, na verdade, indo na
direção contrária.
A lenda narra que o curupira não
gosta de estar em locais densamente
povoados e, por isso, evita estar onde
estão muitos humanos. O ambiente
natural do curupira é a floresta e, por
isso, os indígenas temiam tanto entrar
nela. Por fim, uma última informação
importante era o fato de que os
indígenas não adoravam o curupira,
apenas o temiam.
A lenda do curupira é uma das mais
antigas presentes no folclore brasileiro,
e o relato mais antigo dela foi feito, em
1560, por José de Anchieta.
Escola Santa Maria
5º ano B
O Negrinho do Pastoreio é um
personagem do folclore brasileiro
muito conhecido na região Sul do país.
De origem africana e cristã, a lenda do
negrinho do pastoreio surgiu
provavelmente no século XIX. Foi
muito contada no final do século
passado pelos brasileiros que
defendiam o fim da escravidão.
O Negrinho do Pastoreio vive nos
pampas gaúchos e sempre que alguém
perde alguma coisa, recorre a sua ajuda
para encontrar o objeto perdido. Ele
está sempre acompanhando de seu
cavalo baio, cavalgando por aí.
Diz a lenda que nos tempos da
escravidão um fazendeiro ordenou que
um menino negro de quatorze anos
fosse pastorear cavalos e potros que
acabara de comprar. Após um tempo, o
menino voltou e o fazendeiro percebeu
que faltava um cavalo: o baio.
Como castigo o fazendeiro chicoteou
o menino até sangrar e mandou que ele
fosse procurar o cavalo que faltava.
Aflito, o Negrinho foi à procura do
animal. Em pouco tempo, achou ele
pastando. Laçou-o, mas a corda se
partiu e o cavalo fugiu novamente.
Na volta à fazenda, o patrão, ainda
mais irritado, espancou o garoto e o
amarrou, nu, sobre um formigueiro
No dia seguinte, quando ele foi ver
o estado de sua vítima, tomou um susto.
O menino estava lá, mas de pé, com a
pele lisa, sem nenhuma marca das
chicotadas. Ao lado dele, estava a
Virgem Nossa Senhora e mais adiante
o baio e os outros cavalos. O fazendeiro
jogou-se ao chão pedindo perdão, mas
o negrinho nada respondeu. Com a
bênção da santa, o menino montou em
um cavalo e saiu galopando pelos
pampas, onde até hoje as pessoas dizem
tê-lo visto, e a quem rezam pedindo
ajuda quando precisam achar algum
objeto perdido.
Segundo a lenda, o menino foi
transformado num anjo e, ainda hoje,
fica cavalgando pelos campos dos
pampas gaúchos
O Negrinho do Pastoreio, é considerada
uma narração pesada, triste, e ao
mesmo tempo, de fé, esperança,
compaixão e liberdade.
Segundo as tradições, caso alguém
perca alguma coisa, basta pedir ao
negrinho para que o ajude e que acenda
uma vela para sua madrinha, Nossa
Senhora; que o salvou do formigueiro e
o concedeu uma tropa para pastorear.
.
Escola Santa Maria
5º ano B
A mula sem cabeça é um mito
brasileiro das estórias criadas na
tradição popular de contar histórias.
Esse mito faz parte das lendas do
folclore que foram trazidos para o
Brasil, possivelmente, pelos
colonizadores portugueses e espanhóis
quando desembarcaram no continente
americano.
Uma das histórias mais comuns fala
que a mulher que se envolvesse
amorosamente com um padre seria
castigada e viraria a famosa Mula sem
Cabeça. Nas narrativas lendárias, as
pessoas a descrevem como uma mula
marrom ou preta muito assustadora que
possui ferraduras de aço e relincha tão
alto que se ouve a muitos metros de
distância. Também é comum ouvir o
animal soluçando como um ser
humano, ela costuma aparecer somente
durante a noite, principalmente quinta
ou sexta-feira, quando a mulher era
transformada em mula sem cabeça, que
lançava fogo pelo pescoço e corria em
disparada pelas matas e pelos campos
principalmente em noite de Lua Cheia.
O encantamento desaparecia no
terceiro cantar do galo, pois nesse
momento, a mulher voltava à sua
normalidade, geralmente exausta e
ferida.
Existem diferentes versões de
história da mula sem cabeça. Em uma
delas, conta-se que, se uma mulher
dormisse com o namorado antes do
casamento, ela poderia ser enfeitiçada e
virar uma mula sem cabeça. Essa
versão estava ligada às tradições das
famílias que buscavam o controle dos
relacionamentos amorosos de suas
filhas. Era uma forma de mantê-las nos
padrões morais da época.
Uma outra versão da lenda afirma
que toda mulher que mantivesse
ligações amorosas com um padre, seria
castigada e transformada em mula sem
cabeça.
Como é comum às histórias
populares, mas não se sabe ao certo
quando nem em que região brasileira
surgiu essa lenda. O certo, é que é uma
história contada com o firme intuito de
assustar as meninas e moças dos
povoados brasileiros desde os
primeiros séculos. Dessa forma os pais
buscavam manter, por meio do medo, o
controle das filhas e a garantia da
manutenção de princípios morais.
O que mais impressiona quem ouve as
estórias da mula sem cabeça é a sua
característica principal, a bola de fogo
constante que tem no lugar da cabeça.
Escola Santa Maria
5º ano B
A Lenda do Boto cor-de-rosa, ou
simplesmente a Lenda do Boto, é uma
lenda de origem indígena que faz parte
do folclore brasileiro. Ela surge na
região amazônica, no Norte do País.
Reza a lenda que o boto-cor-de-rosa,
animal inteligente e semelhante ao
golfinho que vive nas águas
amazônicas, com um poder especial se
transforma em um homem muito
bonito, elegante e conquistador, que
parte à procura de mulheres para
seduzi-las nas noites de lua cheia.
Normalmente ele aparece nas
festividades de junho, nas
comemorações dos santos populares
(Santo Antônio, São João e São Pedro),
as chamadas Festas Juninas. Vem
vestido de branco e com um grande
chapéu a fim de esconder o buraquinho
que ele tem no alto da cabeça para
respirar e para esconder o nariz
pontudo, que se mantêm após a sua
transformação.
Dono de um estilo comunicativo,
com boa conversa, atraente e
galanteador, o boto escolhe a moça
solteira mais bonita da festa e a leva
para o fundo do rio. Depois de seduzir
a jovem e antes do fim da noite, ele a
abandona. Essa mulher engravida, e seu
filho cresce sem pai, uma vez que o
boto voltou retorna para o rio e a
mulher nunca mais o vê.
Essa lenda ajudou a popularizar a
crendice de que, quando uma mulher
engravida e não sabe quem é o pai da
criança ou então se vê abandonada pelo
parceiro, é porque ela foi engravidada
pelo boto, sendo a criança conhecida
como filho(a) do boto.
O boto cor-de-rosa é considerado
amigo dos pescadores da região
amazônica. De acordo com a lenda, ele
ajuda os pescadores durante a pesca,
além de conduzir em segurança as
canoas durante tempestades. O boto
também ajuda a salvar pessoas que
estão se afogando, tirando-as do rio
Conta a lenda que sempre que uma
moça é tida como desaparecida, dizem
que a mesma foi capturada pelo
mamífero.
Escola Santa Maria
5º ano B
A Cuca é uma personagem do
folclore brasileiro que ficou muito
conhecida como a figura de uma velha
senhora com corpo de réptil.
A Cuca é um dos principais seres
mitológicos do folclore brasileiro. Ela
é conhecida popularmente como uma
mulher velha, magra e corcunda, que
possui a pele bastante enrugada,
cabelos brancos, feições horrendas e
que é motivada unicamente pela
maldade.
Acredita-se que esta lenda tenha
surgido na Espanha e Portugal, onde
tem o nome de "Coca". Neste país, ela
era representada por um dragão que
havia sido morto por um santo. A figura
aparecia principalmente nas procissões.
A lenda teria chegado ao Brasil junto
com os portugueses durante o período
da colonização.
No Brasil, a cuca é normalmente
descrita como tendo forma de um
jacaré com longos cabelos loiros. Isso
na verdade se tornou mais popular por
causa das várias adaptações para a
televisão da obra infantil de Monteiro
Lobato, o Sítio do Pica-Pau Amarelo,
onde a personagem era sempre
representada por uma atriz com uma
fantasia de jacaré de cabelo amarelo. A
personagem é descrita apenas como
uma bruxa velha com rosto de jacaré, e
unhas compridas como as de um
gavião.
Diz a lenda, que a Cuca rouba as
crianças que desobedecem a seus pais.
A Cuca dorme uma noite a cada 7 anos,
e quando fica brava dá um berro que dá
pra ouvir à 10 léguas de distância. Pelo
fato da Cuca praticamente não dormir,
alguns adultos tentam amedrontar as
crianças que resistem dormir, dizendo
que se elas não dormirem, a Cuca irá
pegá-las.
Na Tv, a Cuca era uma espécie de
jacaré bípede com cabelo amarelo e
uma voz horripilante, que tinha a ajuda
do saci-pererê. Malvada, morava num
lugar escuro (caverna), como se fosse
uma bruxa, ficava fazendo poções
mágicas.
Escola Santa Maria
5º ano B
A lenda do Boitatá é de origem
indígena, e a palavra Boitatá, na língua
Tupi-Guarani, significa cobra (boi) de
fogo (tata).
A lenda descreve esse personagem
folclórico como uma grande serpente
de fogo com muitos olhos, dos quais
também saem chamas, e que protege os
animais e as matas das pessoas que lhe
fazem mal e, principalmente, que
realizam queimadas criminosas nas
florestas. Sua lenda conta que ele
possui muitos olhos porque comeu a
pupila de muitos animais, o que
justifica também a luminosidade desse
ser.
A lenda do Boitatá diz ainda que a
serpente passa por um processo de
mutação e se transforma em um tronco
coberto por chamas de fogo, o intuito é
desorientar e queimar os invasores das
florestas.
O primeiro registro que se tem do
Boitatá é bastante antigo e remonta ao
século XVI. Em 1560, o jesuíta José de
Anchieta relatou que os nativos
brasileiros se referiam a um fantasma
presente na natureza, que foi chamado
por ele como “Baetatá”. O relato de
Anchieta falava que os índios
acreditavam que o Boitatá, da mesma
forma que os curupiras, matava os
índios.
A estória conta que há muito tempo,
em uma noite sem fim, um breu tomou
conta do céu e um silêncio atacou a
mata. O povo sentiu fome e frio porque
não podia caçar, nem cortar lenha. Com
o passar do tempo veio um temporal e
inundou todo o lugar, além de matar
muitos animais. A cobra despertou de
seu sono profundo em cima de um
tronco, com muita fome e saiu
devorando os olhos dos animais
mortos.
A lenda do Boitatá, como qualquer
lenda do folclore brasileiro, possui
grande riqueza de detalhes e sofre
variações de região para região em
nosso país. A forma mais tradicional da
lenda, como vimos, diz que o Boitatá é
uma cobra de fogo que atua na proteção
dos gramados.
Na região norte e na região nordeste,
a grande cobra de fogo reside nos rios e
lagos. Ela só surge quando a mata é
ocupada por indivíduos ruins, ela
assusta e toca fogo nos atacadores.
Escola Santa Maria
5º ano B
A lenda da Iara, também conhecida
como lenda da Mãe d’água, é uma
lenda do folclore brasileiro que fala de
uma sereia, um ser que é metade peixe
e metade mulher. Ela mora dentro do
rio, possui cabelos longos e olhos
castanhos, Iara emite uma melodia que
atrai os homens, os quais ficam
rendidos e hipnotizados com seu canto
e sua voz doce. A lenda conta que Iara
se utiliza desses atributos para seduzir
os homens que passam perto de seus
domínios e levá-los para o fundo do rio.
Essa lenda é oriunda da cultura
europeia e foi trazida para o Brasil
pelos colonizadores portugueses. É
uma lenda muito presente na região
Norte do Brasil e tem uma forte ligação
com a cultura indígena, apesar de sua
origem ser estrangeira.
De acordo com a narrativa, ela era
filha de um pajé e possuía grandes
habilidades como guerreira. Essas
habilidades eram motivo de inveja para
os irmãos dela, que decidiram se reunir
para matá-la. Porém, no momento do
combate, pelo fato de possuir
habilidades guerreiras, Iara consegue
inverter a situação e acaba matando
seus irmãos. Diante disso, com muito
medo da punição de seu pai, Iara
resolve fugir, mas seu pai consegue
encontrá-la. Como castigo pela morte
dos irmãos, ele resolve lançá-la ao rio.
Os peixes do rio resolvem salvar a bela
jovem transformando-a na sereia Iara.
Desde então, especialmente nas noites
de lua cheia, a Iara se torna uma
conquistadora, fica em cima de pedras
e encostas do rio, e começa a se exibir
para os pescadores, mostrando toda sua
beleza, sua excêntrica cauda de peixe, e
hipnotizando-os com seu canto.
Hipnotizados, os homens seguem a Iara
e acabam sendo levadas para o fundo
do rio. Antes de atrair os homens para
a “emboscada”, a sereia Iara passa a
maior parte do seu tempo sentada sobre
as pedras, admirando a própria beleza
refletida nas águas, além de pentear
seus cabelos e brincar com os peixes.
A lenda da Iara está intimamente
ligada à natureza amazônica. Ela é
considerada a protetora das águas e das
criaturas que vivem nelas. É uma
forma de alertar sobre os perigos dos
rios e lagos, e o canto da Iara pode ser
interpretado como um aviso para que as
pessoas fiquem atentas e não se deixem
levar pelas correntezas.
Escola Santa Maria
5º ano B
A lenda do Uirapuru é uma estória
que faz parte do folclore da região
Norte do Brasil, mais especificamente
da Amazônia. É uma lenda indígena
sobre um pássaro mágico, o Uirapuru.
O Uirapuru é uma lenda que fala do
amor de um índio por uma bela
indiazinha da sua tribo. De acordo com
a lenda, o pássaro Uirapuru tinha sido
um jovem guerreiro índio, chamado
Quaraçá, pertencente a uma nação
indígena da floresta amazônica.
Quaraçá adorava passear pelas matas
tocando sua flauta de bambu. Ele era
apaixonado por uma bela índia
chamada Anahí, que era casada com o
cacique da tribo. Sofrendo muito pelo
amor impossível, o jovem índio
resolveu entrar no meio da floresta para
buscar a ajuda do deus Tupã.
Entendendo o sofrimento de Quaraçá,
Tupã resolveu transformá-lo num
pequeno pássaro colorido (vermelho e
amarelo com asas pretas), para assim
livrá-lo do sofrimento. Quaraçá, que
ganhou o nome de Uirapuru, voou pela
floresta com seu forte e lindo canto.
Toda vez que via Anahí, pousava e
cantava para a jovem índia, que ficava
maravilhada com o som daquele
pequeno e lindo pássaro.
O cacique da tribo também ficou
encantado com o canto do pássaro e,
com o objetivo de aprisioná-lo, se
perdeu na floresta e nunca mais voltou.
Sozinha, restava a índia ouvir o canto
de seu pássaro favorito. E ao jovem
índio, agora transformado em pássaro,
restava que sua amada descobrisse
quem ele era para desfazer o encanto.
O Uirapuru é um pássaro da
Amazônia brasileira, com belo e raro
canto, quando canta toda a floresta fica
em silêncio para ouvir sua melodia.
Entre algumas tribos indígenas da
Amazônia, o uirapuru é um pássaro
mágico que traz muita sorte. Quem vê
um uirapuru, durante seu lindo canto,
pode fazer um pedido que o pássaro irá
realizar.
Escola Santa Maria
5º ano B
O lobisomem é uma das lendas mais
conhecidas em todo o mundo e está
presente também no folclore brasileiro.
De acordo com a lenda, que teve
origem na Grécia, o lobisomem é um
homem que, nas noites de lua cheia, se
transforma em uma enorme e feroz
criatura, metade homem, metade lobo,
e sai em busca de vítimas para poder
alimentar-se do sangue delas, ou
simplesmente matá-las, e depois que a
lua cheia desaparece, ele se transforma
em homem novamente, o lobisomem
passa grande parte do tempo uivando
em direção a lua cheia.
A lenda fala que só tem uma forma
de parar o lobisomem: uma bala de
prata no coração. Outras pessoas
acreditam que qualquer objeto cortante,
desde que feito de prata.
A maldição do lobisomem pode ser
transferida de pai para filho e aqueles
que forem mordidos pelo lobisomem
também se transformarão tempos
depois. O lobisomem é conhecido por
ter o corpo peludo, enorme força física,
olhos vermelhos e longas garras.
No Brasil o mito chegou por
influência portuguesa e existem
variações dele. Uma delas diz que o
sétimo filho homem de um casal que só
teve filhos homens está condenado a se
tornar um lobisomem nas noites de lua
cheia. Já em outra versão, o ser mítico
viria no corpo do sétimo filho homem
depois de seis mulheres. Há ainda a
crença de que lobisomem seja fruto de
uma maldição que passa de pai para
filho. Outra versão diz que crianças que
não foram batizadas também estariam
sujeitas a se transformarem em
lobisomens.
Também é atribuída essa sina ao
menino fruto da relação de uma mulher
com um padre. Seja como for esse
menino carrega para sempre o fardo de
sair todas as noites de sexta-feira e de
lua cheia para se transformar em lobo
ou em alguma espécie de monstro
semelhante a esse animal feroz.
Segundo a lenda, o homem que se
transforma em lobisomem teria o rosto
pálido, grandes orelhas e personalidade
introvertida. Além disso, a
transformação é prevista para acontecer
no início da adolescência, aos 13 anos.
Escola Santa Maria
5º ano B
A lenda da vitória-régia é de origem
indígena tupi-guarani e muito popular
na Amazônia. Com esta lenda, os pajés
explicavam para os índios de sua tribo
a origem desta bela planta aquática.
Para os índios, a Lua era Jaci, deusa da
Lua na mitologia tupi, que
transformava as índias que escolhia em
lindas estrelas do céu.
De acordo com a lenda, quando a
Lua se punha atrás das montanhas
ficava namorando belas moças
indígenas. Toda vez que a Lua se
escondia, levava consigo uma linda
índia que era transformada em estrela.
Numa tribo tupi-guarani vivia uma
índia chamada Naiá que admirava a
beleza de Jaci e queria muito que Jaci a
transformasse numa estrela para viver
ao seu lado. Toda noite, Naiá subia no
alto das montanhas na esperança de ser
notada pela Lua. Porém, por mais que
ela subisse e tentasse aparecer, nada
acontecia.
Apesar da tribo alertar Naiá que ela
deixaria de ser índia se fosse levada por
Jaci, ninguém conseguia convencê-la e,
conforme o tempo passava, desejava
cada vez mais se encontrar com ela.
Até que ela adoeceu. De tanto ser
ignorada por Jaci, a moça começou a
definhar. Mesmo doente, não havia
uma noite que não fugisse para ir em
busca da Lua. Numa dessas vezes, a
índia caiu cansada à beira de um rio.
Quando acordou, teve um susto e quase
não acreditou: o reflexo da Lua nas
águas claras do rio a fizeram exultar de
tanta felicidade! Assim, parecendo
estar diante de Jaci, inconscientemente
Naiá se inclina para tocá-la e cai, no rio
despertando da ilusão. No entanto,
apesar do seu esforço, não consegue se
salvar e morre afogada.
Ao saber o que tinha acontecido
com Naiá, Jaci, com grande comoção,
quis homenageá-la. Em vez de
transformá-la em uma estrela como
fazia com as outras índias,
transformou-a em uma planta aquática,
a vitória-régia, que é conhecida como a
estrela das águas, tão linda quanto as
estrelas do céu e com um perfume
inconfundível. E que só abre suas
pétalas na noite de luar.
Por esse motivo, as flores
perfumadas e brancas dessa planta
só abrem no período da noite.
Escola Santa Maria
5º ano B
O folclore brasileiro é muito rico em
lendas e mitos, e a lenda da mandioca,
de origem indígena, é uma delas.
A lenda da mandioca é um exemplo
do folclore dos índios Tupis. Ela
explica a origem desta raiz que é um
dos principais alimentos dos povos
indígenas brasileiros.
De acordo com a lenda, uma índia
Tupi deu à luz a uma indiazinha e a
chamou de Mani. A pequena Mani
vivia brincando feliz pela tribo. Era
bem diferente dos outros índios, muito
linda, bem branquinha, neta do grande
cacique da aldeia, que não ficou feliz
com a gravidez de sua filha, já que não
era casada.
Toda tribo amava muito Mani, pois
ela sempre transmitia muita felicidade
por onde passava. Porém, um dia Mani
ficou doente e toda tribo ficou
preocupada e triste. O pajé foi chamado
e fez vários rituais de cura e rezas para
salvar a querida indiazinha. Porém,
nada adiantou e a menina morreu. Os
pais de Mani resolveram enterrar o
corpo da menina dentro da própria oca,
pois esta era a tradição e o costume
cultural do povo indígena Tupi.
Os pais regaram o local, onde a
menina tinha sido enterrada, com água
e muitas lágrimas. Até que um dia,
uma planta desconhecida nasceu no
lugar da sepultura de Mani. Ninguém
na aldeia conhecia a tal planta, mas a
mãe de Mani passou a cuidar da planta.
Com o passar dos dias, a terra ao redor
da planta foi rachando, então, a mãe de
Mani cavou a terra, na esperança de
achar sua filha viva. Porém, achou uma
raiz que era escura por fora e branca por
dentro, após cozinhar a raiz e provar,
toda a tribo entendeu que se tratava de
um presente do deus Tupã. Pois foi o
deus Tupã que havia enviado a raiz de
Mani para saciar a fome de toda a tribo.
Os índios passaram a utilizar a raiz da
planta para fazer farinha e uma bebida
chamada cauim.
Portanto, em homenagem a bela
indiazinha que foi enterrada na Oca
colocou o nome na raiz de Manioca, ou
seja, a junção do nome de Mani, com
Oca onde estava enterrada. E ao passar
do tempo, ficou conhecida como
mandioca.
No Brasil, a mandioca possui vários
nomes, dependendo de cada região.
Escola Santa Maria
5º ano B
A lenda do Guaraná tem origem na
região Norte do Brasil e é uma das mais
populares do nosso folclore.
O guaraná é um fruto originário da
Amazônia. Segundo a lenda folclórica
da região, ele é originalmente os olhos
de um indiozinho que foi mordido por
uma serpente venenosa quando estava
pegando frutos na floresta.
Tudo aconteceu quando um casal de
índios que não tinha filhos pediu ao
deus Tupã que tornasse possível o seu
desejo de serem pais. O pedido foi
atendido e, meses depois, a índia deu à
luz a um menino bonito e saudável, que
era estimado em toda a tribo, e se
chamava Cauê. O pequeno garoto
cresceu e começou a desbravar, por
conta, os arredores da mata em que
vivia. Apaixonado por frutas, ele saía
pela floresta para colher e poder trazer
de volta para a tribo o maior número de
alimentos que conseguia. Até por conta
disso, era considerado símbolo de
orgulho.
Tupã também gostava muito do
menino, por isso, deu a ele o grande
dom de conversar com os animais e
com as plantas.
Entretanto, isso despertou inveja no
espírito de Jurupari, o deus da
escuridão, que resolveu matar o
indiozinho. Um dia, enquanto o menino
colhia frutos na floresta, Jurupari se
transformou em uma serpente venenosa
e picou o jovem índio, quando este
estava nas matas, levando-o a morte.
Veio a noite e a lua começou a brilhar
no céu, iluminando toda a floresta. Seus
pais já estavam desesperados com a
demora do indiozinho. Então toda a
tribo se reuniu e saíram para procurá-
lo. Quando o encontraram morto na
floresta, uma grande tristeza tomou
conta da tribo. Porém, repentinamente,
um ensurdecedor trovão, antecedido
por um intenso relâmpago, estrondou
por todos os lados da floresta. Os
bichos correram para suas tocas,
amedrontados, e as pessoas não
entendiam o porquê, pois o céu estava
azulzinho. Somente a mãe da criança
entendeu a mensagem enviada por
Tupã. Ela disse:
– Não choremos mais! Tupã quer que
plantemos os olhos de nosso filho.
Deles nascerá uma planta miraculosa,
de modo que seus pequenos frutos hão
de fazer nosso povo feliz, assim como
fazia nossa criança à nossa gente.
E foi assim que nasceu o guaraná
que significa “frutos semelhantes a
olhos de gente.”
Escola Santa Maria
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Lendas do folclore brasileiro

  • 1. O Saci-Pererê faz parte do folclore brasileiro e já apareceu em diversos livros, filmes e peças teatrais. Um dos autores que mais divulgou a lenda do Saci foi Monteiro Lobato, que criou o personagem Pedrinho como seu amigo inseparável. Segundo a lenda do Saci, ele é um ser baixinho, negro e possui apenas uma perna, por isso se locomove pulando rapidamente pela floresta. Outra característica marcante é o seu capuz vermelho. O Saci é muito brincalhão, agitado e travesso. Por isso ele está sempre realizando travessuras por onde passa. Ele gosta de bagunçar a crina dos cavalos durante a noite, dando nós e fazendo tranças. Esses são sinais de que o Saci passou por ali. Ele também tem o costume de entrar nas casas para pregar peças nas pessoas. Pode queimar as comidas que estão no fogão, ou fazer objetos desaparecerem. Às vezes até apaga velas e luzes. O Saci cria um redemoinho quando passa rápido por um lugar, levantando folhas e sujeira. Quando isso acontece, a lenda do Saci conta que é possível capturá-lo lançando uma peneira no meio do redemoinho. Então, quem capturar o Saci deve retirar o seu gorro e colocá-
  • 2. lo dentro de uma garrafa. Ele vive na mata e tem um trabalho importante, pois é um grande conhecedor de plantas e ervas medicinais, ajudando a curar quem fica doente na floresta. Mas se alguém tentar pegar alguma dessas ervas na floresta sem pedir a autorização do Saci vai se tornar vítima de uma das suas travessuras. O Saci vive a procura de caçadores, e quando encontra um na floresta fica assustando para ele ir embora e não matar nenhum animal nem destruir a natureza. Para não ser pego o Saci consegue se deslocar rapidamente para um lugar distante dentro de um redemoinho de vento, e segundo a lenda, a única maneira de captura-lo é assim: ✓ Primeiro tem que jogar uma peneira no redemoinho, aí o saci vai parar de rodar e aparecer. ✓ Depois é preciso muito rapidamente retirar a carapuça dele. Se demorar muito ele volta a rodar e some no redemoinho. Quando perde sua carapuça o saci se torna vulnerável. Então a pessoa deverá prender ele dentro de uma garrafa. Depois de preso ele irá obedecer a pessoa que o prendeu ali. Acredita-se que o saci nasceu do broto de bambu, permanecendo ali até os sete anos e, após esse período, vive mais setenta e sete praticando suas travessuras entre os humanos e os animais. Por fim, ao morrer, o saci torna-se um cogumelo venenoso. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 3. Curupira é o nome de um personagem do folclore brasileiro que surgiu entre os povos indígenas. Essa lenda fala de um ser mítico protetor da floresta que se voltava contra aqueles que entravam na floresta para derrubar árvores ou caçar animais. É uma das lendas mais antigas do nosso folclore. O curupira, de acordo com a lenda é um menino de tamanho pequeno, de cabelos vermelhos, dentes afiados e pés virados para trás. A função do Curupira é proteger as florestas. E todo aquele que derruba, ou por algum outro motivo estraga inutilmente as árvores, é punido por ele com a pena de ficar perdido por dias dentro dos bosques, desorientado, sem saber nem o próprio nome, incapaz de acertar o caminho de volta para casa e sem a lembrança de quem são seus parentes, ou onde mora. Os índios acreditavam e temiam tanto o curupira que muitos, quando iam entrar na floresta, prestavam oferendas para garantir o favor desse ser. A lenda fala que o curupira gostava muito de cachaça e fumo, mas existem relatos de que os indígenas ofereciam flechas, penas de aves, entre outros objetos.
  • 4. Muitos acreditavam que o curupira poderia assumir a forma de um animal para confundir o caçador e fazê-lo se perder no mato. O caçador avistava o animal, mas não conseguia capturá-lo e, na perseguição, acabava ficando perdido no meio da floresta. Todavia, muitos falam que o curupira só fazia isso contra os caçadores que caçavam por prazer. Aqueles que caçavam para atender suas necessidades básicas não eram incomodados pelo curupira. Quem encontrasse o Curupira na floresta deveria amarrar um nó em um pedaço de cipó como forma de fugir desse ser. De acordo com a lenda, aqueles que procuram propositadamente encontrar o curupira nunca o encontrarão, porque seus pés ao contrário dão a esse ser uma importante vantagem: suas pegadas indicam uma direção, enquanto o curupira está, na verdade, indo na direção contrária. A lenda narra que o curupira não gosta de estar em locais densamente povoados e, por isso, evita estar onde estão muitos humanos. O ambiente natural do curupira é a floresta e, por isso, os indígenas temiam tanto entrar nela. Por fim, uma última informação importante era o fato de que os indígenas não adoravam o curupira, apenas o temiam. A lenda do curupira é uma das mais antigas presentes no folclore brasileiro, e o relato mais antigo dela foi feito, em 1560, por José de Anchieta. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 5. O Negrinho do Pastoreio é um personagem do folclore brasileiro muito conhecido na região Sul do país. De origem africana e cristã, a lenda do negrinho do pastoreio surgiu provavelmente no século XIX. Foi muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. O Negrinho do Pastoreio vive nos pampas gaúchos e sempre que alguém perde alguma coisa, recorre a sua ajuda para encontrar o objeto perdido. Ele está sempre acompanhando de seu cavalo baio, cavalgando por aí. Diz a lenda que nos tempos da escravidão um fazendeiro ordenou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros que acabara de comprar. Após um tempo, o menino voltou e o fazendeiro percebeu que faltava um cavalo: o baio. Como castigo o fazendeiro chicoteou o menino até sangrar e mandou que ele fosse procurar o cavalo que faltava. Aflito, o Negrinho foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu novamente.
  • 6. Na volta à fazenda, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, estava a Virgem Nossa Senhora e mais adiante o baio e os outros cavalos. O fazendeiro jogou-se ao chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Com a bênção da santa, o menino montou em um cavalo e saiu galopando pelos pampas, onde até hoje as pessoas dizem tê-lo visto, e a quem rezam pedindo ajuda quando precisam achar algum objeto perdido. Segundo a lenda, o menino foi transformado num anjo e, ainda hoje, fica cavalgando pelos campos dos pampas gaúchos O Negrinho do Pastoreio, é considerada uma narração pesada, triste, e ao mesmo tempo, de fé, esperança, compaixão e liberdade. Segundo as tradições, caso alguém perca alguma coisa, basta pedir ao negrinho para que o ajude e que acenda uma vela para sua madrinha, Nossa Senhora; que o salvou do formigueiro e o concedeu uma tropa para pastorear. . Escola Santa Maria 5º ano B
  • 7. A mula sem cabeça é um mito brasileiro das estórias criadas na tradição popular de contar histórias. Esse mito faz parte das lendas do folclore que foram trazidos para o Brasil, possivelmente, pelos colonizadores portugueses e espanhóis quando desembarcaram no continente americano. Uma das histórias mais comuns fala que a mulher que se envolvesse amorosamente com um padre seria castigada e viraria a famosa Mula sem Cabeça. Nas narrativas lendárias, as pessoas a descrevem como uma mula marrom ou preta muito assustadora que possui ferraduras de aço e relincha tão alto que se ouve a muitos metros de distância. Também é comum ouvir o animal soluçando como um ser humano, ela costuma aparecer somente durante a noite, principalmente quinta ou sexta-feira, quando a mulher era transformada em mula sem cabeça, que lançava fogo pelo pescoço e corria em disparada pelas matas e pelos campos principalmente em noite de Lua Cheia. O encantamento desaparecia no terceiro cantar do galo, pois nesse momento, a mulher voltava à sua normalidade, geralmente exausta e ferida.
  • 8. Existem diferentes versões de história da mula sem cabeça. Em uma delas, conta-se que, se uma mulher dormisse com o namorado antes do casamento, ela poderia ser enfeitiçada e virar uma mula sem cabeça. Essa versão estava ligada às tradições das famílias que buscavam o controle dos relacionamentos amorosos de suas filhas. Era uma forma de mantê-las nos padrões morais da época. Uma outra versão da lenda afirma que toda mulher que mantivesse ligações amorosas com um padre, seria castigada e transformada em mula sem cabeça. Como é comum às histórias populares, mas não se sabe ao certo quando nem em que região brasileira surgiu essa lenda. O certo, é que é uma história contada com o firme intuito de assustar as meninas e moças dos povoados brasileiros desde os primeiros séculos. Dessa forma os pais buscavam manter, por meio do medo, o controle das filhas e a garantia da manutenção de princípios morais. O que mais impressiona quem ouve as estórias da mula sem cabeça é a sua característica principal, a bola de fogo constante que tem no lugar da cabeça. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 9. A Lenda do Boto cor-de-rosa, ou simplesmente a Lenda do Boto, é uma lenda de origem indígena que faz parte do folclore brasileiro. Ela surge na região amazônica, no Norte do País. Reza a lenda que o boto-cor-de-rosa, animal inteligente e semelhante ao golfinho que vive nas águas amazônicas, com um poder especial se transforma em um homem muito bonito, elegante e conquistador, que parte à procura de mulheres para seduzi-las nas noites de lua cheia. Normalmente ele aparece nas festividades de junho, nas comemorações dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), as chamadas Festas Juninas. Vem vestido de branco e com um grande chapéu a fim de esconder o buraquinho que ele tem no alto da cabeça para respirar e para esconder o nariz pontudo, que se mantêm após a sua transformação. Dono de um estilo comunicativo, com boa conversa, atraente e galanteador, o boto escolhe a moça solteira mais bonita da festa e a leva para o fundo do rio. Depois de seduzir a jovem e antes do fim da noite, ele a abandona. Essa mulher engravida, e seu filho cresce sem pai, uma vez que o
  • 10. boto voltou retorna para o rio e a mulher nunca mais o vê. Essa lenda ajudou a popularizar a crendice de que, quando uma mulher engravida e não sabe quem é o pai da criança ou então se vê abandonada pelo parceiro, é porque ela foi engravidada pelo boto, sendo a criança conhecida como filho(a) do boto. O boto cor-de-rosa é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele ajuda os pescadores durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. O boto também ajuda a salvar pessoas que estão se afogando, tirando-as do rio Conta a lenda que sempre que uma moça é tida como desaparecida, dizem que a mesma foi capturada pelo mamífero. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 11. A Cuca é uma personagem do folclore brasileiro que ficou muito conhecida como a figura de uma velha senhora com corpo de réptil. A Cuca é um dos principais seres mitológicos do folclore brasileiro. Ela é conhecida popularmente como uma mulher velha, magra e corcunda, que possui a pele bastante enrugada, cabelos brancos, feições horrendas e que é motivada unicamente pela maldade. Acredita-se que esta lenda tenha surgido na Espanha e Portugal, onde tem o nome de "Coca". Neste país, ela era representada por um dragão que havia sido morto por um santo. A figura aparecia principalmente nas procissões. A lenda teria chegado ao Brasil junto com os portugueses durante o período da colonização. No Brasil, a cuca é normalmente descrita como tendo forma de um jacaré com longos cabelos loiros. Isso na verdade se tornou mais popular por causa das várias adaptações para a televisão da obra infantil de Monteiro Lobato, o Sítio do Pica-Pau Amarelo, onde a personagem era sempre representada por uma atriz com uma fantasia de jacaré de cabelo amarelo. A personagem é descrita apenas como
  • 12. uma bruxa velha com rosto de jacaré, e unhas compridas como as de um gavião. Diz a lenda, que a Cuca rouba as crianças que desobedecem a seus pais. A Cuca dorme uma noite a cada 7 anos, e quando fica brava dá um berro que dá pra ouvir à 10 léguas de distância. Pelo fato da Cuca praticamente não dormir, alguns adultos tentam amedrontar as crianças que resistem dormir, dizendo que se elas não dormirem, a Cuca irá pegá-las. Na Tv, a Cuca era uma espécie de jacaré bípede com cabelo amarelo e uma voz horripilante, que tinha a ajuda do saci-pererê. Malvada, morava num lugar escuro (caverna), como se fosse uma bruxa, ficava fazendo poções mágicas. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 13. A lenda do Boitatá é de origem indígena, e a palavra Boitatá, na língua Tupi-Guarani, significa cobra (boi) de fogo (tata). A lenda descreve esse personagem folclórico como uma grande serpente de fogo com muitos olhos, dos quais também saem chamas, e que protege os animais e as matas das pessoas que lhe fazem mal e, principalmente, que realizam queimadas criminosas nas florestas. Sua lenda conta que ele possui muitos olhos porque comeu a pupila de muitos animais, o que justifica também a luminosidade desse ser. A lenda do Boitatá diz ainda que a serpente passa por um processo de mutação e se transforma em um tronco coberto por chamas de fogo, o intuito é desorientar e queimar os invasores das florestas. O primeiro registro que se tem do Boitatá é bastante antigo e remonta ao século XVI. Em 1560, o jesuíta José de Anchieta relatou que os nativos brasileiros se referiam a um fantasma presente na natureza, que foi chamado por ele como “Baetatá”. O relato de Anchieta falava que os índios acreditavam que o Boitatá, da mesma
  • 14. forma que os curupiras, matava os índios. A estória conta que há muito tempo, em uma noite sem fim, um breu tomou conta do céu e um silêncio atacou a mata. O povo sentiu fome e frio porque não podia caçar, nem cortar lenha. Com o passar do tempo veio um temporal e inundou todo o lugar, além de matar muitos animais. A cobra despertou de seu sono profundo em cima de um tronco, com muita fome e saiu devorando os olhos dos animais mortos. A lenda do Boitatá, como qualquer lenda do folclore brasileiro, possui grande riqueza de detalhes e sofre variações de região para região em nosso país. A forma mais tradicional da lenda, como vimos, diz que o Boitatá é uma cobra de fogo que atua na proteção dos gramados. Na região norte e na região nordeste, a grande cobra de fogo reside nos rios e lagos. Ela só surge quando a mata é ocupada por indivíduos ruins, ela assusta e toca fogo nos atacadores. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 15. A lenda da Iara, também conhecida como lenda da Mãe d’água, é uma lenda do folclore brasileiro que fala de uma sereia, um ser que é metade peixe e metade mulher. Ela mora dentro do rio, possui cabelos longos e olhos castanhos, Iara emite uma melodia que atrai os homens, os quais ficam rendidos e hipnotizados com seu canto e sua voz doce. A lenda conta que Iara se utiliza desses atributos para seduzir os homens que passam perto de seus domínios e levá-los para o fundo do rio. Essa lenda é oriunda da cultura europeia e foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses. É uma lenda muito presente na região Norte do Brasil e tem uma forte ligação com a cultura indígena, apesar de sua origem ser estrangeira. De acordo com a narrativa, ela era filha de um pajé e possuía grandes habilidades como guerreira. Essas habilidades eram motivo de inveja para os irmãos dela, que decidiram se reunir para matá-la. Porém, no momento do combate, pelo fato de possuir habilidades guerreiras, Iara consegue inverter a situação e acaba matando seus irmãos. Diante disso, com muito medo da punição de seu pai, Iara resolve fugir, mas seu pai consegue
  • 16. encontrá-la. Como castigo pela morte dos irmãos, ele resolve lançá-la ao rio. Os peixes do rio resolvem salvar a bela jovem transformando-a na sereia Iara. Desde então, especialmente nas noites de lua cheia, a Iara se torna uma conquistadora, fica em cima de pedras e encostas do rio, e começa a se exibir para os pescadores, mostrando toda sua beleza, sua excêntrica cauda de peixe, e hipnotizando-os com seu canto. Hipnotizados, os homens seguem a Iara e acabam sendo levadas para o fundo do rio. Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo sentada sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus cabelos e brincar com os peixes. A lenda da Iara está intimamente ligada à natureza amazônica. Ela é considerada a protetora das águas e das criaturas que vivem nelas. É uma forma de alertar sobre os perigos dos rios e lagos, e o canto da Iara pode ser interpretado como um aviso para que as pessoas fiquem atentas e não se deixem levar pelas correntezas. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 17. A lenda do Uirapuru é uma estória que faz parte do folclore da região Norte do Brasil, mais especificamente da Amazônia. É uma lenda indígena sobre um pássaro mágico, o Uirapuru. O Uirapuru é uma lenda que fala do amor de um índio por uma bela indiazinha da sua tribo. De acordo com a lenda, o pássaro Uirapuru tinha sido um jovem guerreiro índio, chamado Quaraçá, pertencente a uma nação indígena da floresta amazônica. Quaraçá adorava passear pelas matas tocando sua flauta de bambu. Ele era apaixonado por uma bela índia chamada Anahí, que era casada com o cacique da tribo. Sofrendo muito pelo amor impossível, o jovem índio resolveu entrar no meio da floresta para buscar a ajuda do deus Tupã. Entendendo o sofrimento de Quaraçá, Tupã resolveu transformá-lo num pequeno pássaro colorido (vermelho e amarelo com asas pretas), para assim livrá-lo do sofrimento. Quaraçá, que ganhou o nome de Uirapuru, voou pela floresta com seu forte e lindo canto. Toda vez que via Anahí, pousava e cantava para a jovem índia, que ficava maravilhada com o som daquele pequeno e lindo pássaro.
  • 18. O cacique da tribo também ficou encantado com o canto do pássaro e, com o objetivo de aprisioná-lo, se perdeu na floresta e nunca mais voltou. Sozinha, restava a índia ouvir o canto de seu pássaro favorito. E ao jovem índio, agora transformado em pássaro, restava que sua amada descobrisse quem ele era para desfazer o encanto. O Uirapuru é um pássaro da Amazônia brasileira, com belo e raro canto, quando canta toda a floresta fica em silêncio para ouvir sua melodia. Entre algumas tribos indígenas da Amazônia, o uirapuru é um pássaro mágico que traz muita sorte. Quem vê um uirapuru, durante seu lindo canto, pode fazer um pedido que o pássaro irá realizar. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 19. O lobisomem é uma das lendas mais conhecidas em todo o mundo e está presente também no folclore brasileiro. De acordo com a lenda, que teve origem na Grécia, o lobisomem é um homem que, nas noites de lua cheia, se transforma em uma enorme e feroz criatura, metade homem, metade lobo, e sai em busca de vítimas para poder alimentar-se do sangue delas, ou simplesmente matá-las, e depois que a lua cheia desaparece, ele se transforma em homem novamente, o lobisomem passa grande parte do tempo uivando em direção a lua cheia. A lenda fala que só tem uma forma de parar o lobisomem: uma bala de prata no coração. Outras pessoas acreditam que qualquer objeto cortante, desde que feito de prata. A maldição do lobisomem pode ser transferida de pai para filho e aqueles que forem mordidos pelo lobisomem também se transformarão tempos depois. O lobisomem é conhecido por ter o corpo peludo, enorme força física, olhos vermelhos e longas garras. No Brasil o mito chegou por influência portuguesa e existem variações dele. Uma delas diz que o sétimo filho homem de um casal que só
  • 20. teve filhos homens está condenado a se tornar um lobisomem nas noites de lua cheia. Já em outra versão, o ser mítico viria no corpo do sétimo filho homem depois de seis mulheres. Há ainda a crença de que lobisomem seja fruto de uma maldição que passa de pai para filho. Outra versão diz que crianças que não foram batizadas também estariam sujeitas a se transformarem em lobisomens. Também é atribuída essa sina ao menino fruto da relação de uma mulher com um padre. Seja como for esse menino carrega para sempre o fardo de sair todas as noites de sexta-feira e de lua cheia para se transformar em lobo ou em alguma espécie de monstro semelhante a esse animal feroz. Segundo a lenda, o homem que se transforma em lobisomem teria o rosto pálido, grandes orelhas e personalidade introvertida. Além disso, a transformação é prevista para acontecer no início da adolescência, aos 13 anos. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 21. A lenda da vitória-régia é de origem indígena tupi-guarani e muito popular na Amazônia. Com esta lenda, os pajés explicavam para os índios de sua tribo a origem desta bela planta aquática. Para os índios, a Lua era Jaci, deusa da Lua na mitologia tupi, que transformava as índias que escolhia em lindas estrelas do céu. De acordo com a lenda, quando a Lua se punha atrás das montanhas ficava namorando belas moças indígenas. Toda vez que a Lua se escondia, levava consigo uma linda índia que era transformada em estrela. Numa tribo tupi-guarani vivia uma índia chamada Naiá que admirava a beleza de Jaci e queria muito que Jaci a transformasse numa estrela para viver ao seu lado. Toda noite, Naiá subia no alto das montanhas na esperança de ser notada pela Lua. Porém, por mais que ela subisse e tentasse aparecer, nada acontecia. Apesar da tribo alertar Naiá que ela deixaria de ser índia se fosse levada por Jaci, ninguém conseguia convencê-la e, conforme o tempo passava, desejava cada vez mais se encontrar com ela. Até que ela adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a
  • 22. definhar. Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um rio. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do rio a fizeram exultar de tanta felicidade! Assim, parecendo estar diante de Jaci, inconscientemente Naiá se inclina para tocá-la e cai, no rio despertando da ilusão. No entanto, apesar do seu esforço, não consegue se salvar e morre afogada. Ao saber o que tinha acontecido com Naiá, Jaci, com grande comoção, quis homenageá-la. Em vez de transformá-la em uma estrela como fazia com as outras índias, transformou-a em uma planta aquática, a vitória-régia, que é conhecida como a estrela das águas, tão linda quanto as estrelas do céu e com um perfume inconfundível. E que só abre suas pétalas na noite de luar. Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 23. O folclore brasileiro é muito rico em lendas e mitos, e a lenda da mandioca, de origem indígena, é uma delas. A lenda da mandioca é um exemplo do folclore dos índios Tupis. Ela explica a origem desta raiz que é um dos principais alimentos dos povos indígenas brasileiros. De acordo com a lenda, uma índia Tupi deu à luz a uma indiazinha e a chamou de Mani. A pequena Mani vivia brincando feliz pela tribo. Era bem diferente dos outros índios, muito linda, bem branquinha, neta do grande cacique da aldeia, que não ficou feliz com a gravidez de sua filha, já que não era casada. Toda tribo amava muito Mani, pois ela sempre transmitia muita felicidade por onde passava. Porém, um dia Mani ficou doente e toda tribo ficou preocupada e triste. O pajé foi chamado e fez vários rituais de cura e rezas para salvar a querida indiazinha. Porém, nada adiantou e a menina morreu. Os pais de Mani resolveram enterrar o corpo da menina dentro da própria oca, pois esta era a tradição e o costume cultural do povo indígena Tupi. Os pais regaram o local, onde a menina tinha sido enterrada, com água
  • 24. e muitas lágrimas. Até que um dia, uma planta desconhecida nasceu no lugar da sepultura de Mani. Ninguém na aldeia conhecia a tal planta, mas a mãe de Mani passou a cuidar da planta. Com o passar dos dias, a terra ao redor da planta foi rachando, então, a mãe de Mani cavou a terra, na esperança de achar sua filha viva. Porém, achou uma raiz que era escura por fora e branca por dentro, após cozinhar a raiz e provar, toda a tribo entendeu que se tratava de um presente do deus Tupã. Pois foi o deus Tupã que havia enviado a raiz de Mani para saciar a fome de toda a tribo. Os índios passaram a utilizar a raiz da planta para fazer farinha e uma bebida chamada cauim. Portanto, em homenagem a bela indiazinha que foi enterrada na Oca colocou o nome na raiz de Manioca, ou seja, a junção do nome de Mani, com Oca onde estava enterrada. E ao passar do tempo, ficou conhecida como mandioca. No Brasil, a mandioca possui vários nomes, dependendo de cada região. Escola Santa Maria 5º ano B
  • 25. A lenda do Guaraná tem origem na região Norte do Brasil e é uma das mais populares do nosso folclore. O guaraná é um fruto originário da Amazônia. Segundo a lenda folclórica da região, ele é originalmente os olhos de um indiozinho que foi mordido por uma serpente venenosa quando estava pegando frutos na floresta. Tudo aconteceu quando um casal de índios que não tinha filhos pediu ao deus Tupã que tornasse possível o seu desejo de serem pais. O pedido foi atendido e, meses depois, a índia deu à luz a um menino bonito e saudável, que era estimado em toda a tribo, e se chamava Cauê. O pequeno garoto cresceu e começou a desbravar, por conta, os arredores da mata em que vivia. Apaixonado por frutas, ele saía pela floresta para colher e poder trazer de volta para a tribo o maior número de alimentos que conseguia. Até por conta disso, era considerado símbolo de orgulho. Tupã também gostava muito do menino, por isso, deu a ele o grande dom de conversar com os animais e com as plantas. Entretanto, isso despertou inveja no espírito de Jurupari, o deus da escuridão, que resolveu matar o
  • 26. indiozinho. Um dia, enquanto o menino colhia frutos na floresta, Jurupari se transformou em uma serpente venenosa e picou o jovem índio, quando este estava nas matas, levando-o a morte. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do indiozinho. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá- lo. Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Porém, repentinamente, um ensurdecedor trovão, antecedido por um intenso relâmpago, estrondou por todos os lados da floresta. Os bichos correram para suas tocas, amedrontados, e as pessoas não entendiam o porquê, pois o céu estava azulzinho. Somente a mãe da criança entendeu a mensagem enviada por Tupã. Ela disse: – Não choremos mais! Tupã quer que plantemos os olhos de nosso filho. Deles nascerá uma planta miraculosa, de modo que seus pequenos frutos hão de fazer nosso povo feliz, assim como fazia nossa criança à nossa gente. E foi assim que nasceu o guaraná que significa “frutos semelhantes a olhos de gente.” Escola Santa Maria 5º ano B