O documento discute a importância da avaliação nutricional e exames laboratoriais para o exame físico. A avaliação nutricional envolve anamnese, antropometria, exames laboratoriais e diagnóstico de enfermagem. Exames como hemograma, glicemia, lipídeos e albumina são importantes para avaliar o estado nutricional.
A história de Florence e sua relação com a Enfermagem atual
A importância da avaliação nutricional e exames laboratoriais
1. UNIME – Faculdade De Ciências Agrárias e Saúde
Turma – Enfermagem Noturno - A
A Importância da Avaliação
Nutricional e Exames Laboratoriais
para o Exame Físico
Talita Feitosa
LAURO DE FREITAS 01
2012.1
2. Introdução
O alimento fornece sustento e também possui um
significado simbólico. Em todas as sociedades a
alimentação não é apenas satisfação de uma necessidade
fisiológica, mas, também, o critério de identidade de
grupos, refletindo relações sociais e econômicas, formas
de pensamentos e hierarquias de valores;
A terapia dietética é frequentemente o tratamento
principal para o controle da doença;
Os exames laboratoriais são as medidas mais objetivas do
estado nutricional.
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3. Avaliação Nutricional
DEFINIÇÃO
Nutrição é a soma dos processos envolvidos na
ingestão, assimilação e utilização de alimentação para a
manutenção corporal e armazenamento de energias.
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5. Avaliação Nutricional
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Alguns fatores se associam às mudanças dos estilos de
vida através dos tempos e interferem nos hábitos
alimentares, como por exemplo:
Crescimento demográfico;
Urbanização;
Industrialização;
Hábitos culturais;
Globalização.
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6. Avaliação Nutricional
Os hábitos pessoais tem sido influenciados por:
Valores culturais e religiosos;
Clima;
Agricultura;
Tecnologia;
Situação socioeconômica;
Grau de instrução;
Disponibilidade do alimento...
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7. Avaliação Nutricional
Necessidades nutricionais – São as quantidades de
energia e de nutrientes biodisponíveis necessários para
a manutenção dos processos vitais.
Recomendações nutricionais – São estimativas da
quantidade de energia e nutrientes dos alimentos
consumidos que satisfazem as necessidades nutricionais
da maioria dos indivíduos de uma população sadia.
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9. Avaliação Nutricional
BASES DO CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM
Nutrição durante o Crescimento e o Desenvolvimento
Humano:
Crianças durante a Idade Escolar;
Adolescentes;
Adultos Jovens e de Meia-idade;
Idosos.
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10. Avaliação Nutricional
PROCESSO DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO
O contato íntimo com os pacientes e seus familiares
permite que você faça observações sobre o estado
físico, o consumo de alimentos, as preferências
alimentares, as mudanças de peso e a resposta à
terapia.
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11. Avaliação Nutricional
CONHECIMENTO:
Parâmetros normais de nutrição;
Anatomia e fisiologia do sistema gastrointestinal;
Influências culturais na nutrição;
Efeitos de medicações na nutrição.
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12. Avaliação Nutricional
A avaliação do estado nutricional de um individuo
pode ser definida como um conjunto de ações e
procedimentos que tem por objetivo diagnosticar a
magnitude, a gravidade e a natureza dos problemas
nutricionais.
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13. Avaliação Nutricional
ANAMNESE
Identificar os sinais e sintomas associados à nutrição
alterada;
Reunir dados de pacientes relacionados com as praticas
nutricionais;
Colher dados alimentar através de instrumentos de
avaliação dietética: Registro alimentar; Recordatório de
24h; Questionário de frequência; História alimentar.
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14. Avaliação Nutricional
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA ENFERMAGEM:
• Qual é o tipo de alimento que você gosta?
• Quantas refeições por dia você come?
• Em quais horários normalmente você come as refeições e os
lanches?
• Quais são os tamanhos das porções que você come a cada
refeição?
• Você está fazendo alguma dieta especial por causa de algum
problema médico?
• Você tem alguma restrição na dieta por causa da sua religião
ou cultura;
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15. Avaliação Nutricional
INVESTIGAÇÃO:
É a parte de uma avaliação inicial.
Devemos investigar:
• Altura;
• Peso;
• Mudança de peso;
• Diagnóstico primário;
• Presença de outra comorbidades;
• Alergias;
• Alterações do paladar, mastigação e deglutição;
• Uso de medicações.
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16. Avaliação Nutricional
ANTROPOMETRIA
É o método de obtenção das medidas corporais de
indivíduos.
Permite determinar o estado nutricional de indivíduos e
populações;
É aceito pela população por ser um método não invasivo.
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18. CLASSIFICAÇÃO IMC RISCO DE DOENÇA RELATIVO À MEDIDA
DA CINTURA E IMC
Homem < 102 cm Homem > 102 cm
Mulher < 88 cm Mulher > 88 cm
Baixo Peso < 18,5
Normal 18,5 – 24,9
Sobrepeso 25,0 – 29,9 Aumentado Alto
Obesidade I 30,0 – 34,9 Alto Muito alto
Obesidade II 35,0 – 39,9 Muito alto Muito alto
Obesidade extrema > 39,9 Extremamente alto Extremamente alto
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19. Exame Físico
PESO – deve-se utilizar balança manual ou eletrônica devidamente
aferida e com tara determinada, confirmando-se a marca zero;
ALTURA – utilizam-se como instrumentos a régua antropométrica,
antropômetro de madeira, trena ou fita métrica;
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL – esse índice foi adotado para medir
a gordura intra-abdominal e avaliar o risco cardiovascular;
Pele – deve-se observar a cor, umidade, textura, turgor, lesões e
edemas;
Unha – deve-se verificar a cor, o formato e presença de lesões.
Pelos – observar a distribuição da quantidade e da cor, além da
queda capilar.
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20. Diagnóstico de Enfermagem
EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
• Risco de aspiração;
• Constipação;
• Diarreia;
• Comportamentos de busca por saúde;
• Conhecimento deficiente;
• Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais;
• Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais;
• Risco de nutrição desequilibrada: maior do que as necessidades
corporais;
• Disposição para nutrição melhorada;
• Déficit no autocuidado para alimentação.
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21. Avaliação Nutricional
FATORES DE RISCO
Fatores Psicossociais:
• Falta de vinculo e disfunções familiares;
• Modismos religiosos, e de valores pessoais e culturais;
• Depressão;
• Distúrbio da imagem corporal;
• Drogas, álcool, fumo;
• Sedentarismo;
• Prática excessiva de exercícios.
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23. Exames Laboratoriais
Os principais objetivos dos Exames Laboratoriais são:
confirmar, estabelecer e complementar – o
diagnóstico clínico;
Fornece elementos para o prognóstico de
determinadas doenças, além de estabelecer critérios
de normalidade e delinear fatores de riscos
evolutivos.
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24. Exames Laboratoriais
O resultado correto de um exame de análises clinicas
não depende somente de quem os analisa, mas
também da qualidade da amostra coletada.
A equipe de enfermagem atua no processo de coleta
do material biológico, e, conforme a qualidade da
amostra, os erros pré - analíticos são minimizados e os
resultados garantidos.
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25. Exames Laboratoriais
FATORES QUE INTERFEREM NA EXATIDÃO DO RESULTADO:
Jejum do cliente;
Tempo de jejum do cliente;
Tempo de coleta de amostras;
Horário da coleta;
Tempo de envio da amostra para o laboratório;
Uso prolongado do torniquete;
Erro de identificação da amostra;
Erro do volume ou quantidade da amostra para analise;
Tubos e equipamentos usados apropriados para coleta de
material biológico;
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26. Exames Laboratoriais
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Jejum
Medicamentos
Períodos de repouso
Temperatura do cliente
Infusão intravenosa
Torniquete
É preciso estar familiarizado com o material a ser utilizado.
Deve-se evitar que o cliente abra e feche a mão, pois pode
levar a alterações dos resultados.
A punção deve ser finalizada sem desenvolver hematomas.
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27. Exames Laboratoriais
Para obter-se um diagnóstico do estado nutricional, é
necessário combinar diversos indicadores como:
Idade;
Etnia;
Sexo;
Estado Fisiológico.
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28. Exames Laboratoriais
O uso dos indicadores em pacientes hospitalizados
permite verificar:
Massa proteica somática;
Integridade das proteínas viscerais e plasmáticas;
Competência imunológica.
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29. Exames de Sangue
1. Verificar exame solicitado;
2. Identificar o paciente;
3. Verificar a condição do paciente quanto a realização do
exame;
4. Informar o paciente sobre o exame a ser realizado;
5. Identificar o material coletado.
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30. Exames de Sangue
ANTICOAGULANTES UTILIZADOS EM EXAMES LABORATORIAIS
COR DA TAMPA ANTICOAGULANTE/TESTE
Vermelha/nenhuma Exames sorológicos e bioquímicos em geral
Roxa/EDTA Hemograma
Cinza Fluoreto e oxalato/glicemia
Verde Heparina/teste de coagulação
Azul Citrato/teste de coagulação
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31. Exames de Sangue
HEMOGRAMA
Consiste na contagem global de eritrócitos, índices
hematimétricos, valor de hemoglobina e valor
hematrócrito (Ht), contagem global de leucócitos,
contagem diferencial de leucócitos (neutrófilos,
eosinofilos, basófilos, linfócitos e monócitos) e contagem
global de plaquetas.
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33. Exames de Sangue
Glicose – Para dosagem de glicose no sangue. (Tubo
CINZA)
1. Glicemia de Jejum;
2. Glicemia pós-prandial;
3. Teste de tolerância a glicose;
4. Hemoglobina glicada.
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34. Exames de Sangue
Lipídeos – Os estados hiperglicêmicos são
confirmados laboratorialmente pela determinação
dos níveis séricos do colesterol total e de frações e
dos triglicérides. (Tubo VERMELHO)
1. Colesterol total;
2. Lipoproteínas;
3. Triglicérides.
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35. Exames Laboratoriais
Exames de Urina – é um dos procedimentos mais
solicitados pelos médicos das mais variadas
especialidades;
O exame de Urina de rotina é entendido como um teste
de triagem de ampla utilização.
A urina deve ser colhida após assepsia local,
desprezando o primeiro jato e coletando o jato médio.
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36. Exames Microbiológicos
A suspeita clínica do processo infeccioso determinará
o tipo de amostra colhida para confirmar, estabelecer
ou complementar o diagnóstico clínico:
Escarro;
Aspirado traqueal;
Lavado broncoalveolar;
Tecido;
Urina;
Sangue.
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37. Exames Laboratoriais
Exames laboratoriais comuns para estudar o estado
nutricional incluem medidas das proteínas
plasmáticas como:
Albumina – meia-vida: 21 dias
Classificação de desnutrição segundo valores de albumina
Desnutrição leve 3-3,5 g/100 ml
Desnutrição moderada 2,1-3 g/100 ml
Desnutrição grave <2,1 g/100 ml
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38. Exames Laboratoriais
Transferrina – meia-vida: 8 dias
Classificação de desnutrição segundo valores de transferrina
Desnutrição leve 150-175 g/100 ml
Desnutrição moderada 100-150 g/100 ml
Desnutrição grave <100 g/100 ml
Pré-albumina – meia-vida: 2 dias
Níveis normais de pré-albumina
Normalidade 0,2-0,4 g/L
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39. Exames Laboratoriais
Proteína transportadora do retinol – como a pré-
albumina, apresenta boa sensibilidade na detecção
precoce da desnutrição e no monitoramento do suporte
nutricional – meia-vida: 12 horas.
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40. Exames Laboratoriais
Avaliação imunológica: os indicadores utilizados na
avaliação da imunidade celular são a contagem de
linfócitos totais e os teste de hipersensibilidade:
Contagem de linfócitos= % de linfócitos x contagem de leucócitos
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Contagem de linfócitos totais
Desnutrição grave < 800 células/mm³
Desnutrição moderada 800-1.200 células/mm³
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41. Referências
BARROS, A.L.B.L. e cols.; Anamnese e exame físico:
avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto; 2ed.
Porto alegre: Artmed, 2010.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; Fundamentos de
Enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
BARBOSA, P.J.B. et al; Critério de Obesidade Central
em População Brasileira: impacto sobre a síndrome
metabólica. [Artigo]. 87ed. Salvador: Sociedade
Brasileira de Cardiologia, 2006.
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