O documento discute os níveis secundário e terciário de atenção à saúde no Brasil. Apresenta três artigos científicos que abordam aspectos destes níveis como qualidade da atenção ao parto, fatores associados ao abandono de tratamento em saúde mental e perfil e necessidades de cuidados de idosos hospitalizados.
A história de Florence e sua relação com a Enfermagem atual
Atenção à saúde no nível secundário e terciário
1. UNIME – Faculdade De Ciências Agrárias e Saúde
Turma – Enfermagem Noturno - A
ATENÇÃO À SAÚDE NO NÍVEL
SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO
Talita Farias Feitosa
2. “Atenção a saúde é tudo que envolve
o cuidado com a saúde do ser humano,
incluindo as ações de promoção,
proteção, reabilitação e tratamento às
doenças.”
(Secretária de Atenção à Saúde – SAS)
3. Introdução
Criação do Sistema Único de Saúde (SUS);
Críticas ao SUS;
Criação da Política Nacional de Humanização
(PNH);
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5. Diretrizes de organização das
Microrregiões
Organização da atenção secundária, ou
seja, dos serviços ambulatoriais e
hospitalares especializados de média
complexidade, pactuados entre o conjunto
de municípios, considerando a otimização
dos recursos e a resolutividade, para a
garantia do atendimento à população da
microrregião.
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6. Atenção de nível secundário
Compõe-se por ações e serviços
que visam a atender aos principais
problemas de saúde e agravos da
população, cuja prática clínica demande
disponibilidade de profissionais
especializados e o uso de recursos
tecnológicos de apoio diagnóstico e
terapêutico.
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7. As Unidades de Pronto
Atendimento - UPA 24h
São estruturas de
complexidade
intermediária entre as
Unidades Básicas de
Saúde e as portas de
urgência hospitalares,
onde em conjunto
com estas compõe
uma rede organizada
de Atenção às
Urgências.
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8. Atenção de nível terciário
A atenção terciária é constituída por
serviços ambulatoriais e hospitalares
especializados de alta complexidade e alto
custo, tais como serviços de urgência e
emergência, atenção à gestante de alto
risco, cardiologia, oncologia, neurologia e
atenção ao paciente grave.
Garante o acesso à quimioterapia,
radioterapia, terapia renal substitutiva,
exames hemodinâmicos, medicina nuclear,
radiologia intervencionista e exames de
diagnose de maior complexidade.
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9. Artigo 1
Humanização e equidade na
atenção ao parto em município
da região sul do Brasil.
Elizabeth Eriko Ishida Nagahama,
Silvia Maria Santiago
10. Objetivo
Identificar fatores associados á qualidade da
atenção e possíveis predisponentes de
iniqüidades no cuidado ao parto, a partir das
características sócio- demográficas e
obstétricas de mulheres atendidas em 2
hospitais vinculados ao SUS no município de
Maringá- Paraná.
11. Método
Estudo conduzido mediante pesquisa
em prontuário hospitalar e entrevista
com 569 pueperas. Com indicadores de
qualidade que classificam a atenção em
excelente, boa, regular e insatisfatória.
12. Indicadores Escores
1.Fornecimento ás mulheres de todas -Sim : 2
informações e explicações que desejassem -Em parte:1
no trabalho de parto. -Não: 0
2.Presença do acompanhante no trabalho de -Mais da metade do tempo do trabalho de
parto. parto: 2
-Metade do tempo do trabalho de parto ou
menos:1
-Não: 0
3.Uso de métodos não- invasivos e não
farmacológicos de alivio da dor no trabalho de -Uso de quatro métodos: 4
parto: mensagens, banho de chuveiro, musica e - Uso de três métodos: 3
exercícios de respiração. - Uso de dois métodos:2
- Uso de um dos métodos:1
- Nenhum dos métodos:0
4. Oferecimento de líquido por via oral -Sim:2
durante o trabalho de parto. -Não:0
5. fornecimento ás mulheres de todas as -Sim:2
informações e explicações que desejassem -Em partes:1
no parto. -Não:0
13. -Sim 2
6. Presença do acompanhante no parto.
-Não: 0
7. Contato pele e pele entre mãe e filho na -Contato pele a pele entre mãe e filho por
sala de parto. 30 minutos ou mais :2
-Contato pele a pele entre mãe e filho por
tempo menor que 30 min. : 1
-Apresentação/ Não apresentação:0
14. Conclusão
Três características compuseram o
perfil da parturiente que se beneficiou
da atenção mais qualificada: Ter
menos de 19 anos, ensino médio
completo e não ter antecedentes de
cesarianas
15. Artigo 2
Fatores associados ao abandono
de tratamento em saúde metal
em uma unidade de nível
secundário do Sistema
Municipal de Saúde
Mário Sérgio Ribeiro, Márcio José Martins
Alves, Eveline Maria de Melo Vieira, Priscila
Matthiesen e Silva e Camila Vieira Dal-Bianco
Lamas
16. Introdução
A ocorrência de abandono de tratamento psiquiátrico de nível
secundário é uma relevante questão clínica e econômica.
Três aspectos devem ser abordados na avaliação da qualidade
de um serviço de saúde:
1) a "estrutura" existente;
2) o "processo" de atendimento desenvolvido;
3) a verificação de seus "resultados", procurando determinar se o
serviço produz o impacto esperado na saúde dos pacientes.
Cerca de 57,5% dos pacientes encontrados afirmaram não ter
voltado a procurar atendimento em saúde mental. Como motivos
de abandono:
- 35% referiram que obtiveram melhora
- 19% consideraram o tratamento - inadequado ou ineficaz.
17. Objetivo
Este estudo tem como objetivo avaliar
variáveis demográficas, psicopatológicas e
interativas, de diagnóstico e tratamento,
enquanto possíveis fatores associados ao
abandono do tratamento em serviço
especializado de saúde mental.
18. Método
Todas as variáveis utilizadas constam dos
prontuários clínicos semi-estruturados.
As variáveis “demográficas” e
“socioeconômicas” foram coletadas a
partir de um formulário, especialmente
desenvolvido para a referência ao nível
secundário.
As demais variáveis constam de registros
efetuados pelos especialistas ao longo do
atendimento no nível secundário.
19. Resultado
Dos 870 pacientes
que tiveram sua
primeira consulta
com a equipe de
especialistas, 240
(27,6%)
abandonaram o
tratamento no
serviço secundário
(CRRESAM-Oeste).
20. Entre as inúmeras variáveis
relativas ao exame
psicopatológico e
características interativas
apenas duas evidenciaram
associação com o abandono
de tratamento, quais sejam,
memória quanto ao passado
recente e relação do humor
com fatos reais, atuais
21. Conclusão
Os resultados deste estudo parecem
confirmar tendências observadas por
diferentes autores que têm evidenciado
que variáveis sociodemográficas,
psicopatológicas e interativas, de
diagnóstico e tratamento podem ser
consideradas preditoras de abandono.
22. Artigo 3
Perfil de idosos hospitalizados
e nível de dependência de
cuidados de
enfermagem:identificação de
necesidades.
Fabrícia Martins Sales;Iraci dos
Santos
23. Introdução
Aborda-se, neste trabalho, a descrição do
perfil das pessoas idosas internadas e a
identificação de sua dependência de cuidados
de enfermagem na admissão hospitalar.
De acordo com os atuais conceitos de
gerontologia, o idoso capaz de manter sua
autodeterminação e que dispensa qualquer
ajuda ou supervisão para agir no seu
cotidiano, é considerado saudável, ainda que
possua uma ou mais de uma doença crônica.
24. Objetivo
Esta pesquisa visa alcançar os
objetivos:descrever o perfil das
pessoas idosas internadas em unidade
clínica e identificar sua dependência de
cuidados de enfermagem na ocasião da
admissão hospitalar.
25. Método
Escolheu-se o método quantitativo, descriti-vo,através
das técnicas de pesquisa:Análise documental dos
prontuários dos clientes e a investigação clínica
aplicando-se a anamnese e exame físico.
A análise documental nos prontuários foi realizada com
a finalidade de se coletar os dados referentes às
variáveis do estudo sócio- demográficos(faixa etária e
sexo);institucionais(patologia)
Diagnóstico de internação e procedência regional.
A investigação clínica incluiu anamnese,
implementando-se um apurado exame clínico do cliente
recém hospitalizado,ou seja,internado num tempo até
24 h.
26. Resultado
Faixa Etária n %
60 a 66 anos 43 28,6
67 a 73 anos 38 25,3
74 a 80 anos 36 24,0
81 a 87 anos 19 12,6
88 a 93 anos 10 06,6
Acima de 93 anos 04 02,6
Total 150 100
27. Tipo de cuidados n %
exigidos
Cuidados mínimos 50 33.3
Cuidados intermediários 55 36,6
Cuidados semi-intensivos 39 26,0
Cuidados intensivos 06 04,0
Total 150 100,0
28. Conclusão
A reorganização das políticas públicas de
saúde no Brasil tem como uma das diretrizes
básicas a assistência às necessidades de
saúde da pessoa idosa,alerta-se que ela só é
possível desde a oferta dos cuidados
individualizados.Para consegui-la,deve-se
identificar as necessidades humanas básicas
afetadas nos indivíduos,a fim de propor
intervenções profissionais adequadas à sua
qualidade de vida,prevenindo-se assim o
adoecimento crônico e, consequentemente
gastos públicos com a hospitalização.
29. Conclusão do Tema
Concluímos que os níveis de atenção
secundária e terciária compreende um
conjunto de ações e serviços de saúde
realizados em ambiente ambulatorial, que
incorporam a utilização de equipamentos
médico-hospitalares e profissionais
especializados para a produção do
cuidado em média e alta complexidade.
Com o intuito de facilitar o acesso da
população a procedimentos esecializados.
30. Referências
SALES, Fabrícia Martins Sales;Iraci dos Santos. Perfil de idosos hospitalizados e nível de
dependência de cuidados de enfermagem:identificação de necessidades. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072007000300016&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em: 10 de maio de 2011.
NAGAHAMA, Elizabeth Eriko Ishida, Silvia Maria Santiago. Humanização e eqüidade na
atenção ao parto em município da região Sul do Brasil. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ape/v21n4/a12v21n4.pdf >. Acesso em: 10 de maio de 2011.
RIBEIRO, Mário Sérgio, et al. Fatores associados ao abandono de tratamento em saúde
mental em uma unidade de nível secundário do Sistema Municipal de Saúde. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v57n1/v57n1a04.pdf>. Acesso em: 10 de maio de
2011.
Portal de Saúde. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=27143>.
Acesso em: 18 de maio de 2011.