O documento discute as abordagens de gênero da linguística aplicada (ESP) e da retórica e estudos de gênero (RGS), destacando suas ênfases comunicativas e sociológicas. Também apresenta as tradições retóricas, fenomenológicas e sociológicas que influenciam a definição de gênero dentro da RGS e como essas tradições foram sintetizadas em abordagens de gênero no Brasil.
2. INTRODUÇÃO
• cap. 4 – distinções entre a linguística
(ESP) e abordagens retóricas: ênfases
comunicativas e sociológicas e quais
gêneros deveriam ser ensinados
explicitamente.
5. GENRE IN THETORICAL AND
SOCIOLOGICAL TRADITIONS
4. . ESP, RGS: diferenças nas definições que guiam estas áreas e
tradições que os informam.
Swales, ESP, gêneros como eventos comunicativos que
auxiliam membros de uma comunidade discursiva a alcançar
propósitos comunicativos compartilhados. (ações
comunicativas).
RGS (Carolyn Miller) formas de ação social (explorado cap. 6).
Neste capítulo: comparar definições de gêneros do RGS e ESP
para clarificar suas ênfases comunicativas e sociológicas.
Situar RGS definição de gênero dentro das tradições
retóricas, fenomenológicas e sociológicas. Conclusão
descrição escolas recentes de gêneros no Brasil que
sintetizaram as tradições acima (também nas tradições
Suiças e francesas) que revelam possíveis interconexões
entre essas tradições.
INTRODUÇÃO
5. Definição de Gênero (ESP)
Formas de ação comunicativa que auxiliam membros de uma
comunidade discursiva a realizar seu trabalho
Objetivo da análise de Gêneros (ESP)
Analisar quais são os objetivos de uma comunidade discursiva e como
as características do gênero ajudam os membros dessa comunidade
a realizarem seus propósitos comunicativos
Análise de Gêneros (ESP)
6. Compreender como os gêneros possibilitam que os seus usuários
realizem ações simbólicas (situadas retoricamente e linguisticamente)
para desempenhar ações e relações sociais, habilitar papéis sociais e
estruturar realidades sociais.
Além disso, busca entender como os gêneros medeiam às práticas
situadas, interações e realidades simbólicas, ou seja, o papel que o
gênero desempenha em como os indivíduos vivenciam, co-constroem e
desempenham um papel na prática social e lugares de atividade.
7. Para os RGS, o contexto, mediado pelos gêneros e outras
ferramentas culturais disponíveis, é entendido como um
desempenho intersubjetivo em curso.
Enquanto para o ESP os gêneros são entendidos como
“ferramentas comunicativas situadas em um contexto social”,
a RGS tende a compreendê-los como “conceitos sociológicos
que medeiam modos sociais e textuais de saber, ser e
interagir em contextos específicos”.
Para os RGS o contexto constitui-se tanto como o ponto de
partida para análise de gêneros quanto como o seu objetivo.
8. Debate entre acadêmicos dos RGS :
O desenvolvimento de abordagens pedagógicas.
X
O entendimento de que o gênero não deve ser
explicitado, explicado ou adquirido unicamente por
meios linguísticos e textuais, e nem ser retirado de
seu contexto de uso para um objetivo pedagógico.
9. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
Burke (1951) – diferença entre Retórica antiga e a
nova: persuasão e identificação. Impacto no estudo
e ensino retórico. Sec. 20.
“the use of language as a symbolic means of
inducing cooperation in beings that by nature
respond to symbols”.
Fleming – condição de nossa existência (ser,
conhecer, organizar, e interagir no mundo).
Expansão – papel para compreensão gêneros como
formas complexas de ação social e retórica.
10. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
RGS – maneiras retóricas tipificadas de agir dentro de situações
recorrentes – funções como meios simbólicos para estabelecer
identificação social e cooperação.
Na escola – crítica retórica e sociologia focado na tipificação social e
retórica.
Crítica Retórica (Black e Bitzar, 60) – gênero fundamentalmente
conectado a tipos situacionais.
Crítica Black: crítica retórica: eventos retóricos singulares e
estratégias. Não permite examinar como formas retóricas e
estratégias moldam as maneiras como nós reconhecemos e somos
inclinados a agir dentro de situações que percebemos como similar.
Propôs perspectiva genérica na CR – premissas:número limitado
situações em que um ‘falante’ se encontra; l. maneiras pode e
responderá retoricamente; recorrência de um tipo situacional
através da história proverá o crítico com informação em respostas
retóricas disponíveis na situação.
11. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
Bitzer – Retórica Situacional – pré-condição para a ação
retórica – todo discurso acontece em contexto, o discurso
retórico emerge de e responde à uma situação retórica
percebida. Discurso retórico somente pela natureza da
situação que o invoca a ser.
Situação retórica: um complexo de pessoas, eventos,
objetos e relações que apresentam uma exigência real
ou pontencial que pode ser total ou parcialmente
removido se o discurso, introduzido a situação pode
assim restringir decisão humana ou ação quanto para
trazer para a modificação signicativo da exigência. (p.
63)
12. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
EXIGÊNCIA RETÓRICA: discurso, indivíduos capazes de agir.(p. 63)
13. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
Bitzer/Black: Contribuições: 1. situação retórica
como gerativa da ação retórica. Agir retórico
determinado pelos tipos de situações pelos quais
o ‘indivíduo’ como parte.
2. Algumas situações reaparecem, dando origem a
respostas tipificadas (gêneros, expectativas,
respostas às situações).
Miller (et al) formas de discurso e situações –
unidos – difícil estabelecer relação causa-efeito
entre eles.
14. CRÍTICA RETÓRICA E GÊNERO
Campbell/Jamieson: demandas situacionais –
base para identificar e definir gêneros.
Método mais indutivo.
G. Como emergentes em relações
dinâmicas, historicamente
fundamentadas, situações
percebidas. “fusão”/”constelação” de
formas substantivas e estilísticas que
emergem em resposta a uma situação
recorrente. ( ação retórica tipificada e
artefato cultural)
Críticos: estudar como a retórica se
desenvolve no tempo e através dele.
15. Tradição filosófica que traz o conceito de que a
mente é algo público, sendo logo manifestada
publicamente e não apenas em seu próprio
confinamento.
Essa tradição tem como objetivo considerar como
as coisas são manifestadas a nós e como nós
experimentamos essa manifestação.
O conceito de intencionalidade consiste em um
ato de tornar algo disponível para nossa
consciência, e não como um ato prático.
16. O conceito de Mundo da vida (Life-world) é apresentado como “o
mundo de experiências comuns”, onde nós realizamos e percebemos
nossas práticas sociais.
Um aspecto central para a construção do mundo da vida são os
“estoques de conhecimento”(stokcks of knowledge), os quais medeiam
nossa apreensão dos objetos.
A maior parte dos estoques de conhecimento que medeiam nossas
experiências no mundo da vida é constituída pelas tipificações
(estoques de conhecimento derivados de situações as quais são
percebidas como similares a experiências prévias diretas)
Fenomenologia social e tipificaçãoFenomenologia social e tipificação
17. GÊNERO COMO AÇÃO SOCIAL
Miller – gêneros como ações retóricas tipificadas baseadas em
situações recorrentes – abordagem indutiva (étino-metodológica)
que emerge do conhecimento que a prática cria.
Exigência – é uma forma de conhecimento social – um construto
mutuo de objetos, eventos, interesses e propósitos que não
apenas os liga mas os torna o que são: uma necessidade social
objetivada. (p.70)
Tipification (Bazerman) : tipificações de situações, objetivos e
tarefas podem ser cristalizadas nas formas textuais e
circunstâncias reconhecidas (gêneros).
Motivos sociasi( Miller): se torna propósito social
convencionalizado, ou exigência dentro de situação recorrente.
18. GÊNERO COMO AÇÃO SOCIAL
Próximo capítulo:compreensão fenomenológica informada de gênero
como ação social expandida pelos estudiosos do RGS para incluir a
ideia de sistemas de gêneros, como a teoria da Atividade
(Vygotsky).
Bazerman – tipificações de situação, intenções e objetivos, modos de
ação e gêneros textuais que o escritos aplica a situação cria um tipo
de ambiente para o escritor habitar ambos psicologicamente e
socialmente.
Lócus social de cognição: criação mutua de momentos sociais, ajuda
orientar nossa compreensão de onde estamos e o que podemos
fazer. (Kairos): aprender gêneros: reconhecer não apenas
categorias de momentos sociais e o que faz retoricamente emt ais
momentos mas também como podemos agir e responder.
Gêneros simbolicamente criam ordem social e ações sociais
coordenadas (relações espaciais e temporais). Ex. emergência de
atividades acadêmicas.
19. O ISD é fundamentado nas tradições retórica, linguística e
sociológica, sendo mencionado no texto como “uma teoria
da ação humana baseada em contextos sociais e discursivos
e fundamentada no gênero”.
As ações humanas devem ser tratadas em suas dimensões
sociais e discursivas.
Os indivíduos interagem por atividades de linguagem
coletivas e ações individuais, consolidadas por meio de
textos de diferentes gêneros. Desse modo, a linguagem é
considerada a característica principal da atividade social
humana (Baltar et al. 53).
As tradições de gênero suíças e a
síntese brasileira de gêneros
20.
Gêneros: São produtos das atividades sociais; ferramentas que
permitem que as pessoas realizem as ações e participem em diferentes
atividades sociais; papel mediador entre as dimensões
comportamentais e sociais da linguagem
Atividade: refere-se à noção socialmente definida de agir em
situações específicas.
Ação: refere-se à interpretação do agir em um nível individual.
Agir: Refere-se a qualquer forma de intervenção direcionada.
Modelo analítico de estudos de gênero
X
Modelo pedagógico de estudo de gêneros
21.
22. Estudos de gênero no Brasil: várias tradições de estudo
de gêneros são sintetizadas.
De acordo com a pesquisa de Araújo (2010):
20% dos estudos com gênero fazem uso de algum tipo
de pesquisa etnográfica, pesquisa-ação, estudos de
acaso.
O ISD é a abordagem teórica mais utilizada no Brasil,
todavia, sendo frequentemente combinada a outras
perspectivas para descrever os aspectos de gêneros.