SlideShare a Scribd company logo
1 of 51
REVISÃO SOBRE NEOPLASIAS 
PERIAMPULARES 
ORIENTADOR: Dr. Renato Amaral 
ACADÊMICAS : Ana Cláudia Cunha
NEOPLASIAS 
PERIAMPULARES 
Acadêmica Ana Cláudia Cunha 
2
DEFINIÇÃO 
 Tumores que tem sua localizacão a uma distância máxima de 
2 cm da papila duodenal 
1. Cabeça do Pâncreas 
2. Ampola de Vater 
3. Via Biliar Principal (Porção Distal ou Intra-pancreático) 
4. Papila Maior 
5. Duodeno 
3 
MAISONNEUVE, P; LOWENFELS, A. Epidemiology of pancreatic cancer: an update. Dig Dis, 2010. 
28 (4-5), p. 645-56
ANATOMIA 
4
ANATOMIA 
5
NEOPLASIAS PERIAMPULARES 
 Síndrome Colestática 
 Ressecção Duodenopancreática 
 Fase Avançada – Origem de difícil definição 
 Sobrevida após Ressecabilidade 
6
EPIDEMIOLOGIA 
5% de todas as neoplasias malignas do 
trato digestório – Adenocarcinomas 
Tumores de cabeça de pâncreas > 
50% das neoplasias periampulares 
Demais neoplasias: 30 a 40% 
Impossível determinar a origem: 10 a 
15% 
7 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. 
Manole, Barueri, SP – 2008
EPIDEMIOLOGIA 
 60 e 80 anos (80%) 
 Discreta prevalência do sexo masculino 
 > Negros, excetuando-se os japoneses 
 Classes socieconômicas mais baixas 
8 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. 
Manole, Barueri, SP – 2008
FATORES DE RISCO 
Tabagismo 
Café 
Álcool 
Pancreatite Crônica e DM 
Fatores Ocupacionais 
Portadores de Adenomatose Familiar 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
QUADRO CLÍNICO 
 Icterícia 
 Prurido 
 Dor Abdominal 
 Náuseas 
 Vômitos 
 Inapetência 
 Perda de Peso 
 Anemia 
10 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, 
SP – 2008 
VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620
ICTERÍCIA 
 Mais importante 
 Primeira manifestação 
 Padrão colestático – colúria, acolia fecal e prurido 
 Localização da neoplasia 
VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620 11
QUADRO CLÍNICO 
QUANTO AOS 
SINTOMAS 
PAPILA 
DUODENAL 
DUODENO 
CABEÇA DE 
PÂNCREAS 
Icterícia 
Precoce - 
Flutuante 
Tardiamente 
Tardiamente - 
Progressiva 
Vômitos, 
náuseas, 
emagrecimento 
e anemia 
Acompanha a 
ictéricia 
Precoce Precoce 
12 
Periampular pancreático – Icterícia Tardia 
Baixos índices de ressecabilidade
QUADRO CLÍNICO 
 Prurido - Hiperbilirrubinemia 
 Dor não é sintoma dominante 
 Dor expressiva  Carcinoma de Pâncreas 
 Hipertensão canalicular por obstrução de Wirsung 
 Náuseas e vômitos precoces : Síndrome dispéptica 
 Duodeno/ Papila/ Via biliar: Obstrução duodenal com mau 
esvaziamento gástrico 
13
QUADRO CLÍNICO 
 Inapetência 
 Fases avançadas de neoplasias do trato digestório 
 Emagrecimento 
 Perda ponderal >10% 
 Inapetência + vômitos + absorção deficiente de gorduras e proteínas 
 Caquexia e desnutrição +/- Pelagra 
 Anemia 
 Sangramento nas superfícies neoplásicas + comprometimento na 
absorção do ferro  Papila e Duodeno 
 Microcítica, transferrina alta, ferritina baixa 
14 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, 
SP – 2008 
VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620
EXAME FÍSICO 
 Palpação do hipocôndrio D 
 Fígado de Estase Biliar  aumentado de volume e consistência, com 
bordas rombas, pouco doloroso ou indolor 
 25 a 50% - Sinal de Courvoisier-Terrier 
 Fases avançadas – Carcinomatose peritoneal, ascite e massas 
palpáveis 
 Nódulo de Virchow, Prateleira de Blummer, Sinal de Sister Mary-Joseph, 
Síndrome de Trosseau 
 Colangite  Rara!  Manipulação 
15
DIAGNÓSTICO 
 PRECOCE 
 Dosagem de marcadores tumorais: CA 19-9 e CEA, uso 
limitado – evolução 
 Pacientes com antígeno de Lewis 
 Doença Biliar Benigna 
 Outras neoplasias 
 Via biliar distal 
 Cabeça de pâncreas e duodeno – Baixo índice de ressecabilidade 
16 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
DIAGNÓSTICO 
 Anamnese 
 Exame Físico 
 Exames Laboratoriais 
 Exames de Imagem 
 Endoscopia 
 Biópsia e Exame Histopatológico 
17 
LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, 
SP – 2008
EXAMES LABORATORIAIS 
 Síndrome Colestática 
 Hiperbilirrubinemia Direta 
 ↑ FA e Gama-GT 
 TGO e TGP normais ou levemente ↑ 
 Diminuição do TAP 
 Anemia: Diminuição da hemoglobina e do ferro sérico 
18
EXAMES DE IMAGEM 
19 
•1 USG 
•2 TC 
•3 RNM 
•4 Colangiografia
USG 
 Dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas até porção 
distal 
 Les ão de ampola, papila e duodeno pobremente 
caracterizadas 
 Lesão de cabeça de pâncreas > 2 cm 
 Linfonodomegalias 
 Metástases + Implantes Peritoneais + Ascite 
20
DILATAÇÃO DE VIAS BILIARES 
Ultrassonografia abdominal: visualização da via biliar principal ectasiada (14.2 
mm) até à porção distal intrapancreática, sem evidência de conteúdo 
ecogénico. VBP – Via Biliar Principal; VP – Veia Porta. 21
Adenocarcinoma de cabeça pancreática (setas) apresentando-se 
como imagem hipoecogênica heterogênea. (Estrela – Duodeno; V 
– Veia Mesentérica Superior; A – Artéria Mesentérica Superior) 
22
TC 
 Exame Indispensável 
 Contraste EV + VO 
 Lesão causadora da obstrução 
 Comprometimento Ganglionar 
 Peripancreático 
 Hilo hepático 
 Celíaca 
 Intercavoaórtica 
 Metástases Hepáticas + Implantes Peritoneais + Ascite 
 Compromentimento dos Vasos Mesentéricos + Veia Porta 
23
TC de abdome com dilatação do Wirsung e das 
vias biliares por tumor periampular 
TC de abdome com dilatação do Wirsung e das vias biliares por tumor 
periampular 
24
TC de abdome mostra pequena lesão sólida hipovascularizada, de 
limites imprecisos, na cabeça pancreática (seta vermelha), 
associada a dilatação das vias biliares (setas amarelas). 
25
RNM 
 Colangio e pancreatoressonância 
 Pacientes com IR ou alérgico a contrastes iodados 
26
RM com sequência axial 
ponderada em T2 aponta lesão 
nodular com hipersinal na cabeça 
pancreática (seta). 
Colangiografia por RM do mesmo 
paciente revela dilatação com 
estenose abrupta do colédoco e do 
ducto pancreático principal, com 
sinal de duplo cano (setas) logo 
acima da região do tumor (círculo). 
27
CTPH 
 Colangiografia transparieto-hepática 
 Pouco utilizado 
 Método Invasivo 
 Intercorrências: 
 Coleperitôneo 
 Hemoperitôneo 
 Colangite 
 Descompressão da via biliar 
28
CPRE 
 Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica 
 Procedimento endoscópico + radiológico: contrastação das 
vias biliares e pancreáticas 
 Indicações: 
 Dúvida diagnóstica 
 Tratamento paliativo da colestase 
 Complicações: 
 Colangite 
 Pancreatite 
29
CPRE X CPTH x CONTRASTE 
TRANSOPERATÓRIO 
30
CPRE 
31
ENDOSCOPIA 
 EDA – Duodenoscopia 
 Diagnóstico: 
 Macroscópico 
 Anatomopatológico 
 Ampola: Deformidades da papila - Papilotomia 
 Cabeça do Pâncreas: Inflitração da parede – Obstrução da luz 
duodenal 
32
ECOENDOSCOPIA 
 Diagnóstico + Estadiamento 
 Caracterizar a lesão 
 Determinar a extensão 
 Identificar os ductos biliar e pancreático 
 Comprometimento por lesão tumoral 
 Estudos dos vasos mesentéricos e veia porta 
 Gânglios regionais aumentados (Inf x Neo) 
 Punção/Biópsia guiada por USG 
 Método pouco disponível 
 Depende da experiência do endoscopista 
33
Ecoendoscopia por 
abordagem duodenal 
identifica-se a via biliar 
principal ectasiada (setas 
amarelas), e na sua porção 
terminal uma formação 
vegetante justa-papilar 
condicionando obstrução 
(setas azuis) - corte 
longitudinal e corte 
transversal VBP – Via Biliar 
Principal. 
34
EXAME HISTOPATOLÓGICO 
 Natureza neoplásica da lesão 
 Grau de diferenciação 
 Extensão 
 Quando negativo, não exclui possibilidade de neoplasia 
maligna  Repetir biópsia 
 Ressecção baseada no aspecto endoscópico 
35
TRATAMENTO 
 Caráter radical 
 Curativo 
 Paliativo 
 Extensão da Neoplasia 
 Condição Clínica do Paciente 
36
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Tratamento radical com remoção cirúrgica da lesão com 
margens livres do comprometimento neoplásico 
 Ressecados: 
 Duodeno 
 Cabeça do Pâncreas 
 Via Biliar Distal 
 Antro Gástrico (em alguns casos) 
37
CRITÉRIOS DE IRRESSECABILIDADE 
 Presença de metástases ou compromentimento a distância, 
particularmente hepático e pulmonar 
 Presença de comprometimento ganglionar loco-regional 
(peripancreático, hilo-hepático, intercavoaórtico, celíaco e 
retroperitoneal) 
 Presença de comprometimento vascular, principalmente vasos 
mesentéricos, veia porta e artéria hepática ou veia cava 
inferior 
 Tumores pancreáticos com diâmetro superior a 4 ou 6 cm de 
diâmetro 
38
CONDIÇÕES CLÍNICAS DESFAVORÁVEIS 
 Idade > 70 anos 
 DPOC grave 
 Doença cardiovascular ou HAS não-controladas 
 Doença Renal Crônica 
 DM 
 Sequelas Neurológicas 
 Desnutrição Severa 
39
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Gastroduodenopancreatectomia parcial, clássica ou cirurgia 
de Whipple 
 Duodenopancreatectomia com preservação do piloro ou 
cirurgia de Longmire-Traverso 
 Lesões de papila = Ressecção local ou papilectomia 
 Fase inicial com contraindicações para cirurgia radical 
40
CIRURGIA DE WHIPPLE 
41
TRATAMENTO PALIATIVO 
 Tratamento da Colestase 
 Tratamento da Obstrução Gastroduodenal 
 Tratamento da Dor 
 Ressecção Paliativa 
42
TRATAMENTO ADJUVANTE 
 Recidiva local após ressecções curativas é comum – 
Carcinoma do pâncreas e duodeno 
 Quimio + Radio = Maiores índices de sobrevida em 2 anos 
43
RESULTADOS 
 Sem terapêutica: 
 Neo de pâncreas na fase colestática: sobrevida de 4 a 6 meses 
 Neo de papila ou via biliar: sobrevida de 12 a 18 meses 
 Ressecção duodenopancreática: Cura? 
 Sobrevida em 5 anos 
44
RESULTADOS 
 Ressecção duodenopancreática 
 Mortalidade operatória durante os primeiros anos de cirurgia: 30 - 50% 
 Atualmente: 5 – 10% 
 Morbidade: 40 – 50% 
 Hemorragia 
 Fístula Pancreática 
 Sepse 
45
RESULTADOS 
 Yeo et al. (2003), analisando 299 paciente com neoplasias 
periampulares submetidos a DPT, com ou sem gastrectomia 
distal e linfadenectomia: 
 Índices de sobrevida semelhantes 
 Maiores índices de complicações nos procedimentos mais radicais 
46
RESULTADOS 
Procedimentos Paliativos 
 Periampular pancreático 
 Sobrevida com melhor qualidade 
 Tempo bastante reduzido (6 a 8 meses) 
 Papila, ampola e via biliar distal 
 Tempo entre 12 e 18 meses 
 24 meses ou mais 
47
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Paciente > 60 anos de idade + Colestase + Sem dor ou 
Colangite 
 Anamnese + Exame Físico + Exames Laboratoriais + USG + TC 
+ Endoscopia + Biópsia = Diagnóstico em 95% dos casos 
 Precoce  Ressecção duodenopancreática 
 Tratamentos paliativos melhoram a qualidade de vida, mas 
não interferem na sobrevida 
48
REFERÊNCIAS 
 CHAMBERLAIN, R; BLUMGART, L. Hepatobiliary Surgery. Landes 
Bioscience, 2003. p. 111-120 
 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de 
Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 
2008 
 MAISONNEUVE, P; LOWENFELS, A. Epidemiology of pancreatic 
cancer: an update. Dig Dis, 2010. 28 (4-5), p. 645-56 
 OLIVEIRA, M et al. Assessment of complications after 
pancreatic surgey: A novel grading system applied to 633 
patiets indergoing pancreaticoduodenectomy. Ann Surg, 2006. 
244 (6), p. 931- 9. 
49
REFERÊNCIAS 
 VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, 
p.607 - 620 
 VEILLETTE, G et al. Implications and management of 
pancreatic fistulas following pancreaticoduodenectomy: the 
Massachussetts General Hospital experience. Arc Surg, 2008. 
143 (5), p. 476-81. 
 YEO, C et al. Pancreaticoduodenectomy for cancer of the head 
of the pancreas. 201 patients. Ann Surg. 1995;221(6):721-31; 
discussion 731-3. 
 YEO, C et al. Pancreaticoduodenectomy with or without distal 
gastrectomy and extended retroperitoneal lymphadenectomy 
for periampullary adenocarcinoma, part 2: randomized 
controlled trial evaluating survival, morbidity, and mortality. 
Ann Surg. 2002;236(3):355-66; discussion 366-8. 
50
“Devemos julgar um homem mais pelas suas 
perguntas que pelas respostas” 
Voltaire 
51

More Related Content

What's hot

What's hot (20)

Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
 
Câncer gástrico
Câncer gástricoCâncer gástrico
Câncer gástrico
 
7. espaços anatômicos do abdome rx do trauma
7. espaços anatômicos do abdome  rx do trauma7. espaços anatômicos do abdome  rx do trauma
7. espaços anatômicos do abdome rx do trauma
 
Ultrassom do rim
Ultrassom do rimUltrassom do rim
Ultrassom do rim
 
Hepatocarcinoma critérios de milão e barcelona
Hepatocarcinoma  critérios de milão e barcelonaHepatocarcinoma  critérios de milão e barcelona
Hepatocarcinoma critérios de milão e barcelona
 
Pancreatite Crônica
Pancreatite CrônicaPancreatite Crônica
Pancreatite Crônica
 
Apendicite aguda
Apendicite agudaApendicite aguda
Apendicite aguda
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
SAE Cirúrgica - Gastrotomia, Gastrostomia e Gastrectomia
SAE Cirúrgica - Gastrotomia, Gastrostomia e GastrectomiaSAE Cirúrgica - Gastrotomia, Gastrostomia e Gastrectomia
SAE Cirúrgica - Gastrotomia, Gastrostomia e Gastrectomia
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Tumor do colon
Tumor do colonTumor do colon
Tumor do colon
 
Cirrose hepática
Cirrose hepáticaCirrose hepática
Cirrose hepática
 
Gastrectomia
GastrectomiaGastrectomia
Gastrectomia
 
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e PeritônioUltrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
 
Tumores do pâncreas atualizado
Tumores do pâncreas atualizadoTumores do pâncreas atualizado
Tumores do pâncreas atualizado
 
Câncer de Pâncreas
Câncer de PâncreasCâncer de Pâncreas
Câncer de Pâncreas
 
Caso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoCaso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudo
 
Icterícia 2014
Icterícia 2014Icterícia 2014
Icterícia 2014
 
abdome agudo obstrutivo 1.pptx
abdome agudo obstrutivo 1.pptxabdome agudo obstrutivo 1.pptx
abdome agudo obstrutivo 1.pptx
 

Similar to Neoplasias Periampulares (20)

Cirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticoCirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreático
 
Tumores do pâncreas atualizado
Tumores do pâncreas atualizadoTumores do pâncreas atualizado
Tumores do pâncreas atualizado
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Protocolos de Colangiorressonância - Doenças Obstrutivas Não-Malignas das Via...
Protocolos de Colangiorressonância - Doenças Obstrutivas Não-Malignas das Via...Protocolos de Colangiorressonância - Doenças Obstrutivas Não-Malignas das Via...
Protocolos de Colangiorressonância - Doenças Obstrutivas Não-Malignas das Via...
 
Tc abdome proc inflamatorios
Tc abdome   proc inflamatoriosTc abdome   proc inflamatorios
Tc abdome proc inflamatorios
 
Caso clínico.pptx
Caso clínico.pptxCaso clínico.pptx
Caso clínico.pptx
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Massacabecapancreas
MassacabecapancreasMassacabecapancreas
Massacabecapancreas
 
vitor
vitorvitor
vitor
 
Doença renal inflamatória
Doença renal inflamatóriaDoença renal inflamatória
Doença renal inflamatória
 
Perfuração Esofágica
Perfuração EsofágicaPerfuração Esofágica
Perfuração Esofágica
 
Dcdiverticular
DcdiverticularDcdiverticular
Dcdiverticular
 
Tne tgi
Tne tgiTne tgi
Tne tgi
 
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdfColecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completo
 
Lesões Císticas do Pâncreas (2).pptx
Lesões Císticas do Pâncreas (2).pptxLesões Císticas do Pâncreas (2).pptx
Lesões Císticas do Pâncreas (2).pptx
 
Baço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesusBaço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesus
 
Pâncreas 2011
Pâncreas 2011Pâncreas 2011
Pâncreas 2011
 
Semiologia renal
Semiologia renalSemiologia renal
Semiologia renal
 
Abdome agudo no idoso
Abdome agudo no idosoAbdome agudo no idoso
Abdome agudo no idoso
 

More from UEA - Universidade do Estado do Amazonas (9)

Reanimação Neonatal em Sala de Parto
Reanimação Neonatal em Sala de PartoReanimação Neonatal em Sala de Parto
Reanimação Neonatal em Sala de Parto
 
Manejo da Neutropenia Febril em Pacientes Oncológicos
Manejo da Neutropenia Febril em Pacientes OncológicosManejo da Neutropenia Febril em Pacientes Oncológicos
Manejo da Neutropenia Febril em Pacientes Oncológicos
 
A Importância do Pré-Natal
A Importância do Pré-NatalA Importância do Pré-Natal
A Importância do Pré-Natal
 
Coagulação, Anticoagulação e Fibrinólise
Coagulação, Anticoagulação e FibrinóliseCoagulação, Anticoagulação e Fibrinólise
Coagulação, Anticoagulação e Fibrinólise
 
Ameloblastoma
AmeloblastomaAmeloblastoma
Ameloblastoma
 
Violência doméstica
Violência doméstica   Violência doméstica
Violência doméstica
 
Imperícias Profissionais na Saúde
Imperícias Profissionais na Saúde Imperícias Profissionais na Saúde
Imperícias Profissionais na Saúde
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 
Doença de Kawasaki
Doença de Kawasaki  Doença de Kawasaki
Doença de Kawasaki
 

Recently uploaded

Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 

Recently uploaded (9)

Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 

Neoplasias Periampulares

  • 1. REVISÃO SOBRE NEOPLASIAS PERIAMPULARES ORIENTADOR: Dr. Renato Amaral ACADÊMICAS : Ana Cláudia Cunha
  • 2. NEOPLASIAS PERIAMPULARES Acadêmica Ana Cláudia Cunha 2
  • 3. DEFINIÇÃO  Tumores que tem sua localizacão a uma distância máxima de 2 cm da papila duodenal 1. Cabeça do Pâncreas 2. Ampola de Vater 3. Via Biliar Principal (Porção Distal ou Intra-pancreático) 4. Papila Maior 5. Duodeno 3 MAISONNEUVE, P; LOWENFELS, A. Epidemiology of pancreatic cancer: an update. Dig Dis, 2010. 28 (4-5), p. 645-56
  • 6. NEOPLASIAS PERIAMPULARES  Síndrome Colestática  Ressecção Duodenopancreática  Fase Avançada – Origem de difícil definição  Sobrevida após Ressecabilidade 6
  • 7. EPIDEMIOLOGIA 5% de todas as neoplasias malignas do trato digestório – Adenocarcinomas Tumores de cabeça de pâncreas > 50% das neoplasias periampulares Demais neoplasias: 30 a 40% Impossível determinar a origem: 10 a 15% 7 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
  • 8. EPIDEMIOLOGIA  60 e 80 anos (80%)  Discreta prevalência do sexo masculino  > Negros, excetuando-se os japoneses  Classes socieconômicas mais baixas 8 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
  • 9. FATORES DE RISCO Tabagismo Café Álcool Pancreatite Crônica e DM Fatores Ocupacionais Portadores de Adenomatose Familiar LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
  • 10. QUADRO CLÍNICO  Icterícia  Prurido  Dor Abdominal  Náuseas  Vômitos  Inapetência  Perda de Peso  Anemia 10 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008 VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620
  • 11. ICTERÍCIA  Mais importante  Primeira manifestação  Padrão colestático – colúria, acolia fecal e prurido  Localização da neoplasia VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620 11
  • 12. QUADRO CLÍNICO QUANTO AOS SINTOMAS PAPILA DUODENAL DUODENO CABEÇA DE PÂNCREAS Icterícia Precoce - Flutuante Tardiamente Tardiamente - Progressiva Vômitos, náuseas, emagrecimento e anemia Acompanha a ictéricia Precoce Precoce 12 Periampular pancreático – Icterícia Tardia Baixos índices de ressecabilidade
  • 13. QUADRO CLÍNICO  Prurido - Hiperbilirrubinemia  Dor não é sintoma dominante  Dor expressiva  Carcinoma de Pâncreas  Hipertensão canalicular por obstrução de Wirsung  Náuseas e vômitos precoces : Síndrome dispéptica  Duodeno/ Papila/ Via biliar: Obstrução duodenal com mau esvaziamento gástrico 13
  • 14. QUADRO CLÍNICO  Inapetência  Fases avançadas de neoplasias do trato digestório  Emagrecimento  Perda ponderal >10%  Inapetência + vômitos + absorção deficiente de gorduras e proteínas  Caquexia e desnutrição +/- Pelagra  Anemia  Sangramento nas superfícies neoplásicas + comprometimento na absorção do ferro  Papila e Duodeno  Microcítica, transferrina alta, ferritina baixa 14 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008 VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 – 620
  • 15. EXAME FÍSICO  Palpação do hipocôndrio D  Fígado de Estase Biliar  aumentado de volume e consistência, com bordas rombas, pouco doloroso ou indolor  25 a 50% - Sinal de Courvoisier-Terrier  Fases avançadas – Carcinomatose peritoneal, ascite e massas palpáveis  Nódulo de Virchow, Prateleira de Blummer, Sinal de Sister Mary-Joseph, Síndrome de Trosseau  Colangite  Rara!  Manipulação 15
  • 16. DIAGNÓSTICO  PRECOCE  Dosagem de marcadores tumorais: CA 19-9 e CEA, uso limitado – evolução  Pacientes com antígeno de Lewis  Doença Biliar Benigna  Outras neoplasias  Via biliar distal  Cabeça de pâncreas e duodeno – Baixo índice de ressecabilidade 16 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
  • 17. DIAGNÓSTICO  Anamnese  Exame Físico  Exames Laboratoriais  Exames de Imagem  Endoscopia  Biópsia e Exame Histopatológico 17 LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008
  • 18. EXAMES LABORATORIAIS  Síndrome Colestática  Hiperbilirrubinemia Direta  ↑ FA e Gama-GT  TGO e TGP normais ou levemente ↑  Diminuição do TAP  Anemia: Diminuição da hemoglobina e do ferro sérico 18
  • 19. EXAMES DE IMAGEM 19 •1 USG •2 TC •3 RNM •4 Colangiografia
  • 20. USG  Dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas até porção distal  Les ão de ampola, papila e duodeno pobremente caracterizadas  Lesão de cabeça de pâncreas > 2 cm  Linfonodomegalias  Metástases + Implantes Peritoneais + Ascite 20
  • 21. DILATAÇÃO DE VIAS BILIARES Ultrassonografia abdominal: visualização da via biliar principal ectasiada (14.2 mm) até à porção distal intrapancreática, sem evidência de conteúdo ecogénico. VBP – Via Biliar Principal; VP – Veia Porta. 21
  • 22. Adenocarcinoma de cabeça pancreática (setas) apresentando-se como imagem hipoecogênica heterogênea. (Estrela – Duodeno; V – Veia Mesentérica Superior; A – Artéria Mesentérica Superior) 22
  • 23. TC  Exame Indispensável  Contraste EV + VO  Lesão causadora da obstrução  Comprometimento Ganglionar  Peripancreático  Hilo hepático  Celíaca  Intercavoaórtica  Metástases Hepáticas + Implantes Peritoneais + Ascite  Compromentimento dos Vasos Mesentéricos + Veia Porta 23
  • 24. TC de abdome com dilatação do Wirsung e das vias biliares por tumor periampular TC de abdome com dilatação do Wirsung e das vias biliares por tumor periampular 24
  • 25. TC de abdome mostra pequena lesão sólida hipovascularizada, de limites imprecisos, na cabeça pancreática (seta vermelha), associada a dilatação das vias biliares (setas amarelas). 25
  • 26. RNM  Colangio e pancreatoressonância  Pacientes com IR ou alérgico a contrastes iodados 26
  • 27. RM com sequência axial ponderada em T2 aponta lesão nodular com hipersinal na cabeça pancreática (seta). Colangiografia por RM do mesmo paciente revela dilatação com estenose abrupta do colédoco e do ducto pancreático principal, com sinal de duplo cano (setas) logo acima da região do tumor (círculo). 27
  • 28. CTPH  Colangiografia transparieto-hepática  Pouco utilizado  Método Invasivo  Intercorrências:  Coleperitôneo  Hemoperitôneo  Colangite  Descompressão da via biliar 28
  • 29. CPRE  Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica  Procedimento endoscópico + radiológico: contrastação das vias biliares e pancreáticas  Indicações:  Dúvida diagnóstica  Tratamento paliativo da colestase  Complicações:  Colangite  Pancreatite 29
  • 30. CPRE X CPTH x CONTRASTE TRANSOPERATÓRIO 30
  • 32. ENDOSCOPIA  EDA – Duodenoscopia  Diagnóstico:  Macroscópico  Anatomopatológico  Ampola: Deformidades da papila - Papilotomia  Cabeça do Pâncreas: Inflitração da parede – Obstrução da luz duodenal 32
  • 33. ECOENDOSCOPIA  Diagnóstico + Estadiamento  Caracterizar a lesão  Determinar a extensão  Identificar os ductos biliar e pancreático  Comprometimento por lesão tumoral  Estudos dos vasos mesentéricos e veia porta  Gânglios regionais aumentados (Inf x Neo)  Punção/Biópsia guiada por USG  Método pouco disponível  Depende da experiência do endoscopista 33
  • 34. Ecoendoscopia por abordagem duodenal identifica-se a via biliar principal ectasiada (setas amarelas), e na sua porção terminal uma formação vegetante justa-papilar condicionando obstrução (setas azuis) - corte longitudinal e corte transversal VBP – Via Biliar Principal. 34
  • 35. EXAME HISTOPATOLÓGICO  Natureza neoplásica da lesão  Grau de diferenciação  Extensão  Quando negativo, não exclui possibilidade de neoplasia maligna  Repetir biópsia  Ressecção baseada no aspecto endoscópico 35
  • 36. TRATAMENTO  Caráter radical  Curativo  Paliativo  Extensão da Neoplasia  Condição Clínica do Paciente 36
  • 37. TRATAMENTO CIRÚRGICO  Tratamento radical com remoção cirúrgica da lesão com margens livres do comprometimento neoplásico  Ressecados:  Duodeno  Cabeça do Pâncreas  Via Biliar Distal  Antro Gástrico (em alguns casos) 37
  • 38. CRITÉRIOS DE IRRESSECABILIDADE  Presença de metástases ou compromentimento a distância, particularmente hepático e pulmonar  Presença de comprometimento ganglionar loco-regional (peripancreático, hilo-hepático, intercavoaórtico, celíaco e retroperitoneal)  Presença de comprometimento vascular, principalmente vasos mesentéricos, veia porta e artéria hepática ou veia cava inferior  Tumores pancreáticos com diâmetro superior a 4 ou 6 cm de diâmetro 38
  • 39. CONDIÇÕES CLÍNICAS DESFAVORÁVEIS  Idade > 70 anos  DPOC grave  Doença cardiovascular ou HAS não-controladas  Doença Renal Crônica  DM  Sequelas Neurológicas  Desnutrição Severa 39
  • 40. TRATAMENTO CIRÚRGICO  Gastroduodenopancreatectomia parcial, clássica ou cirurgia de Whipple  Duodenopancreatectomia com preservação do piloro ou cirurgia de Longmire-Traverso  Lesões de papila = Ressecção local ou papilectomia  Fase inicial com contraindicações para cirurgia radical 40
  • 42. TRATAMENTO PALIATIVO  Tratamento da Colestase  Tratamento da Obstrução Gastroduodenal  Tratamento da Dor  Ressecção Paliativa 42
  • 43. TRATAMENTO ADJUVANTE  Recidiva local após ressecções curativas é comum – Carcinoma do pâncreas e duodeno  Quimio + Radio = Maiores índices de sobrevida em 2 anos 43
  • 44. RESULTADOS  Sem terapêutica:  Neo de pâncreas na fase colestática: sobrevida de 4 a 6 meses  Neo de papila ou via biliar: sobrevida de 12 a 18 meses  Ressecção duodenopancreática: Cura?  Sobrevida em 5 anos 44
  • 45. RESULTADOS  Ressecção duodenopancreática  Mortalidade operatória durante os primeiros anos de cirurgia: 30 - 50%  Atualmente: 5 – 10%  Morbidade: 40 – 50%  Hemorragia  Fístula Pancreática  Sepse 45
  • 46. RESULTADOS  Yeo et al. (2003), analisando 299 paciente com neoplasias periampulares submetidos a DPT, com ou sem gastrectomia distal e linfadenectomia:  Índices de sobrevida semelhantes  Maiores índices de complicações nos procedimentos mais radicais 46
  • 47. RESULTADOS Procedimentos Paliativos  Periampular pancreático  Sobrevida com melhor qualidade  Tempo bastante reduzido (6 a 8 meses)  Papila, ampola e via biliar distal  Tempo entre 12 e 18 meses  24 meses ou mais 47
  • 48. CONSIDERAÇÕES FINAIS  Paciente > 60 anos de idade + Colestase + Sem dor ou Colangite  Anamnese + Exame Físico + Exames Laboratoriais + USG + TC + Endoscopia + Biópsia = Diagnóstico em 95% dos casos  Precoce  Ressecção duodenopancreática  Tratamentos paliativos melhoram a qualidade de vida, mas não interferem na sobrevida 48
  • 49. REFERÊNCIAS  CHAMBERLAIN, R; BLUMGART, L. Hepatobiliary Surgery. Landes Bioscience, 2003. p. 111-120  LOBO, J et al. Guia de gastrocirurgia – Série Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Ed. Manole, Barueri, SP – 2008  MAISONNEUVE, P; LOWENFELS, A. Epidemiology of pancreatic cancer: an update. Dig Dis, 2010. 28 (4-5), p. 645-56  OLIVEIRA, M et al. Assessment of complications after pancreatic surgey: A novel grading system applied to 633 patiets indergoing pancreaticoduodenectomy. Ann Surg, 2006. 244 (6), p. 931- 9. 49
  • 50. REFERÊNCIAS  VINCENT, A et al. Pancreatic Cancer. Lancet, 2011. v. 378, p.607 - 620  VEILLETTE, G et al. Implications and management of pancreatic fistulas following pancreaticoduodenectomy: the Massachussetts General Hospital experience. Arc Surg, 2008. 143 (5), p. 476-81.  YEO, C et al. Pancreaticoduodenectomy for cancer of the head of the pancreas. 201 patients. Ann Surg. 1995;221(6):721-31; discussion 731-3.  YEO, C et al. Pancreaticoduodenectomy with or without distal gastrectomy and extended retroperitoneal lymphadenectomy for periampullary adenocarcinoma, part 2: randomized controlled trial evaluating survival, morbidity, and mortality. Ann Surg. 2002;236(3):355-66; discussion 366-8. 50
  • 51. “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas” Voltaire 51