SlideShare a Scribd company logo
1 of 35
Download to read offline
Crescer, Brincando




                Educadoras: Rosa Pires

                             Márcia Magalhães


        Mirandela

        2011/2012

                                            1
Índice

1 – Introdução ---------------------------------------------------------- Pág. 4

2 – Fundamentação Teórica ----------------------------------------- Pág. 5-6

3 – Organização do Ambiente Educativo ------------------------ Pág. 7 - 19

3.1 – Caracterização do Grupo de Crianças --------------------- Pág. 7 - 12

3.2 – Identificação de Interesses e Necessidades ---------------- Pág. 13 - 14

3.3 – Caracterização do Espaço e Material da Sala ---------- Pág. 15 - 16

3.4 – Organização e Gestão do Tempo ------------------------- Pág. 17 - 18

3.5 – Organização da equipa -------------------------------------- Pág. 19

4 – Competências a desenvolver --------------------------------- Pág. 20 – 22

5 – Estratégias ------------------------------------------------------ Pág. 23

6 – Levantamento de Recursos --------------------------------- Pág. 24 - 25

7 – Metodologia ---------------------------------------------------- Pág. 26

8 – Avaliação ------------------------------------------------------- Pág. 27 - 28

9 – Divulgação do Projecto -------------------------------------- Pág. 29

10 – Relação a família e outros parceiros Educativos ----- Pág. 30 - 33

11 – Considerações finais ----------------------------------------- Pág. 34

12 – Bibliografia ---------------------------------------------------- Pág. 35

                                                                                     2
“ Na Creche o principal não são as actividades planeadas, ainda que
adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de actividades livres. As
crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes
“escolarizados”, onde realizam actividades em grupo dirigidas por um
adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades
individuais.” Gabriela Portugal




                                                                   3
1 – Introdução

O presente projecto intitula-se “Crescer, Brincando”, esta fase é
caracterizada pelas descobertas. A descoberta das emoções, dos sentidos,
do corpo, etc., são alguns dos temas a tratar neste projecto. Um projecto
Pedagógico de Sala é fundamental para o desenvolvimento equilibrado e
harmonioso das crianças, assim, é de extrema importância que, o
profissional que se encontra na sala da creche esteja atento às necessidades
e interesses das crianças, quer a nível colectivo, quer a nível individual.

A primeira infância é a fase da vida de um bébé, muito importante, pois
envolve muitas mudanças, quer a nível fisíco, cognitivo e social.

A creche deve proporcionar actividades diversificadas, que favoreçam, por
um lado, o contacto fisíco entre criança – adulto e, por outro, um
desenvolvimento da linguagem mais cedo e de uma forma mais complexa.

O projecto Pedagógico de Sala é flexível, na medida em que poderá sofrer
alterações ao longo do ano consoante, as necessidades e interesses de cada
criança.

Este Projecto tem como objectivo dar a conhecer o trabalho pedagógico
realizado onde se defenda que, o papel da família é fundamental.




                                                                          4
2 – Fundamentação Teórica

Ao elaborar o presente projecto Pedagógico de Sala relativo às salas de
Creche, tivemos em conta a idade das crianças, nível de desenvolvimento e
as necessidades e interesses do grupo.

Atendendo à faixa etária do grupo, procuramos estabelecer um conjunto de
objectivos e um plano anual de actividades que contemplam o tempo de
concentração, a necessidade de estabelecer uma relação de afecto, de
movimento, de experimentação e a realização de actividades simples e
lúdicas.

O tema deste Projecto é “Crecer, Brincando”, tema que surgiu do facto de
as crianças de encontrarem numa fase de descobertas, por exemplo, a
descoberta do corpo, a descoberta dos sentidos, fundamentais para a sua
experimentação, das emoções indespensáveis ao seu desenvolvimento
enquanto pessoa, das regras de convivência em sociedade, enfim, tudo isto
é de extrema importância de ser tratado.

Segundo Oliveira (2003), “A criança desde muito pequena brinca. Inicia
brincando com o seu corpo, com objectos, brinca com o adulto que lhe
cuida.

Logo brinca, também, com outras crianças estabelecendo relações com ela,
(...) e fazendo de conta.”




                                                                        5
A criança nos seus primeiros anos de vida, utiliza o brincar como uma
forma de linguagem que permite compreender, expressar-se, desenvolver
os seus interesses, as suas aptidões e as suas possibilidades de bom
relacionamento com os outros.

É através do brincar que a criança descobre, pensa, compartilha, comunica,
estabelece as bases do seu crescimento e evolução, etc.

Por outro lado, são os sentidos que lhe transmitem a percepção que tem na
realidade. Deste modo, quer o brincar, quer os sentidos contribuem cada
um à sua maneira para a criança construir a sua identidade, conhecer-se a
si, aos outros e ao meio em que está inserida.

É essencial à vida e ao desenvolvimento da personalidade da criança
BRINCAR.




                                                                         6
3 – Organização do Ambiente Educativo

3.1 – Caracterização do grupo de crianças

A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e
potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá
sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.”
In Orientações Curriculares, p.38


O Educador tem que olhar para a criança como um todo, em todas as suas
dimensões: emotivo – expressiva, socio-relacional e sensório-psicomotor,
não substimando qualquer uma delas. Aqui reside, pois a
multidimensionalidade da educação na infância.

É nesta dimensão que pretendemos esboçar o desenho curricular, a fim de
garantir um correcto desenvolvimento da criança como um todo, ser uno e
ao mesmo tempo capaz de um relacionamento efectivo com os outros.

A criança não é, vai-se tornando.

As salas de creche do Colégio Nossa Senhora do Amparo mais
propriamente o berçário, sala de um ano, e sala 1B, tem um grupo de trinta
crianças, com idades compreendidas entre os cinco meses e os vinte e
quatro meses. Estando oito crianças no berçário, onze crianças na sala de
um ano, e onze crianças na sala 1B, em que no primeiro grupo existem
cinco do sexo masculino e três do sexo feminino. Referente ao segundo
grupo existem seis crianças do sexo masculino e cinco do sexo feminino. A
sala 1B tem cinco crianças do sexo masculino e seis do sexo feminino.




                                                                            7
Lista Nominal dos Utentes Bébés




Nomes

Francisco dos Santos Mota Teixeira

José Pedro Soares Pinto

Maria Clara Sobrinho Teixeira Simões

Martim Teixeira Vieira

Mateus Pereira Correia

Maria Margarida Pinto Carvalhais

Miguel Pereira Gomes

Maria Ricardo Beça




                                                   8
Lista Nominal nos Utentes 1 ano



Nomes

Diogo Filipe Teixeira

Francisco Luis Dias

Gabriel Alexandre Esteves Conde

Guilherme Pereira da Silva

Sara Padrão Azevedo

Guilherme Afonso Valfreixo

Joana Inês Ramos Ferreira Pires

Mariana Barreira Cepeda

Francisco Miranda Sá

Carolina Ricardo Pires

Oceana Sofia da Silva Gonçalves




                                                    9
Lista Nominal dos Utentes 1 e 2 anos


Nomes

Leonor Ferreira Santos

Rodrigo Pereira Gomes

Santiago Costa Carvalho Leite

Mariana Alves Teixeira

Matilde Sofia Medeiros Vila Franca Costa

Nicole Prior Loução

António Luis Esteves

Sofia Pereira de Sousa

Lurdes Maria de Novais Neves

Mateus Cunha Frga Pimentel Santos

Afonso Miguel Rodrigues Sousa




                                                         10
Os primeiros anos de vida destas crianças, são de extrema importância para
a formação da personalidade do bébé, é nos primeiros dois anos de vida
que a criança descobre e conquista o mundo que a rodeia. Nos dois
primeiros anos de vida é quando a criança pensa fazendo, acções nestes
primeiros anos é fundamentalmente corporal, contrariamente a outras fases
na qual a acção vai ser cognitiva.

É fndamental conhecer as caracteristicas próprias das crianças nestas faixas
etárias para que assim possamos ir de encontro às suas necessidades.

A criança de um ano encontra-se no período sensorio-motor, conquista
assim o mundo que a rodeia através da própria acção. Age sem reflectir,
procura a satisfação de imediato.

Segundo Piaget, encontra-se na quinta fase, caracterizada pela permanência
do objecto, embora não o tenha presente (procura o objecto que lhe
retiramos depois de lho termos mostrado), e pela experimentação acção;
explora, investiga a realidade que a rodeia e observa os resultados das suas
diferentes experiências (atira objectos ao chão para os ver cair). As
explorações que a criança realiza sobre os objectos, de forma activa, vão
lhe permitindo experimentar e descobrir as suas propriedades.

A partir dos 18 meses, entra na sexta fase, dando-se um novo passo no
aspecto cognitivo, o da “representação”: a criança é capaz de representar
mentalmente os movimentos, sem necessidades de os executar. Começam
as primeiras competências sociais: gosta de mostrar as suas graças, de
cumprir algumas ordens, de brincar e sair e passear com o adulto. Passará a
interagir com o que a rodeia, nomeadamente com os objectos, mas também
com os “outros” (família, educadora...).



                                                                         11
Inicia-se na autonomia, come sozinho. O controlo dos esfíncteres é
irregular. No fim do primeiro ano aparece a auto-afirmação, negando-se a
pedidos e ordens realizados pelos adultos. Revela “chamadas de atenção”,
impondo-se através de gritos, de bater os pés e recusa o que lhe oferecem.
As crianças dominadoras costumam ter um comportamento em especial
pela posse de objectos, reagindo de forma agressiva.

É notável a evolução a nível do vocabulário, escuta com muita atenção e
repete.




                                                                        12
3.2 – Identificação de Interesses e necessidades

Referente a este ano lectivo, as necessidades que encontramos, direcciona-
se principalmente para o desenvolvimento da linguagem dos nossos cinco
sentidos.

Nesta fase as crianças começam a compreender os procedimentos e
movimentos que necessitam de desempenhar para atingir um determinado
objectivo, as crianças usam todas as suas capacidades para resolver
problemas. Estas capacidades designam-se por coordenação motora. É
através da imitação, que as crianças começam assim a compreender qual a
função de objectos a usar este conhecimento para participarem activamente
no mundo que as rodeia. É neste meio do qual a criança faz parte, que ela
terá que se encontrar e descobrir a sua forma de realização e expressão. Á
medida que a criança atingem maturidade fisíca, cognitiva e emocional
vão-se libertando da dependência que os adultos obtêm sobre elas. As
crianças procuram fazer prevalecer as suas preferências. É nesta idade que
a criança se esforça na busca da sua autonomia.

Para que assim haja tranquilidade e se consiga observar uma evolução, as
crianças:

- necessitam sentir a presença dos adultos de referência, mas a relação com
outras crianças é cada vez mais necessária e estimulante para elas;

- necessitam de uma atenção individualizada e calorosa;

- resistir à distracção;




                                                                        13
- Consegue olhar e ouvir os seus colegas;

- Linguagem compreensível;

- necessitam experimentar diferentes situações de entretenimento;

- interessam-se por materias e jogos que lhe ofereçam oportunidades de
exercitar a sua coordenação geral e experimentar várias situações de
manipulação cada vez mais complexas;

- interessam-se e gostam de música e sons ritmados e regulares;

- entre outros...




                                                                    14
3.3 – Caracterização do espaço e materiais da Sala

Quando organizamos o espaço devemos ter sempre em conta as
necessidades e as caracteristicas das crianças. O espaço pedagógico é
fundamental para melhores aprendizagens. Nas salas: berçário, 1ano e 1B,
podemos encontrar vários espaços que proporcionem vivências que
estimulem a sua imaginação e criatividade. No seu desenvolvimento global,
o espaço em que a criança vive e cresce é decisivo. É fundamental que a
criança conheça um espaço para se situar e movimentar.

O berçário é composto por um tapete de psicomotricidade, seis cadeiras,
parque, vários brinquedos lúdicos e de exploração variada. Todo o material
é adequado ás necessidades das crianças. O berçario recebe luz natural, luz
de lampadas fluorescentes. Este espaço tem aquecimento central
assegurado por três radiadores no interior da sala.

As salas de 1 ano e 1B são compostas por um tapete de psicomotricidade,
uma piscina de bolas, vários brinquedos lúdicos, um leitor de CD´s, uma
pequena área que possibilita o “faz de conta”. Estas salas recebem luz
natural, além da iluminação natural recebem também luz de lampadas
fluorescentes. Estes espaços têm aquecimento central, assegurado por dois
radiadores no interior da sala. No que respeita à higiene, as salas
encontram-se sempre limpas. A organização do espaço e materiais da sala
de actividades é flexível, uma vez que devemos ter em consideração as
necessidades e evolução das crianças, podendo assim sofrer algumas
modificações durante o ano lectivo.




                                                                         15
A única diferença nestas duas salas (1 ano e 1B) é o facto de a sala 1B não
ter piscina de bolas, mas por sua vez, possui uma mesa redonda e dez
cadeiras.


Não poderia terminar o ´iten do espaço sem dirigir a frase seguinte:

“diz-me como tens a sala e eu dir-te-ei que educadora és...”




                                                                         16
3.4 – Organização e gestão do tempo

A distribuição do tempo educativo faz-se de modo flexivel, dando origem a
uma rotina educativa, sempre com o objectivo de as crianças se sentirem
seguras. A rotina desempenha também um papel fundamental na captação
do tempo e dos processos temporais. A criança começa a ter maior
percepção das fases pelas quais passa e dessa forma consegue também um
encadeamento de todas as sequências.

A rotina é, sem dúvida, um suporte para o educador pois, assim torna-se
muito mais fácil gerir o seu tempo da forma mais apropriada.

“A sucessão da cada dia ou sessão tem um determinado ritmo existindo,
deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente
planeada pela educadora e porque é conhecida pelas crianças que sabem o
que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a
liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as
propostas do Educador ou das crianças podem modificar o quotidiano
habitual.”

«Orientações Curriculares, pp.40.»




                                                                       17
A nossa rotina está bem organizada.

A rotina promove a autonomia da criança .

Rotina Diária

7:45h-Abertura da instituição

9h00-10h00-Acolhimento

10h00-10h25-Tempo de grande grupo

10h25-10h50-Realização de actividades

10h50-11h05-Arrumação de brinquedos/por babetes

11h05-11h40-Almoço

11h40-12h00-Higiene

12h00-14h30-sesta

14h30-15h30-Actividades livres

15h30-16h00-Lanche

16h00-16h50-Arrumação e higiene

16h50-19h- Brincadeiras de livre escolha

19h00- Encerramento da instituição




                                                  18
3.5- Constituição da equipa

Educadoras de Infância: Rosa Pires(sala 1 ano)

                       Márcia Magalhães(sala 1B)

Auxiliares da acção educativa: Angelina (sala 1 ano)

                                 Henriqueta (sala 1 ano)

                                 Hélia (sala 1 B)

                                 Lucinda (berçario)

                                Margarida (berçario)




                                                           19
4- Competências a Desenvolver

- Promover o desenvolvimento social e pessoal de cada criança com base
em experiências de vida democrática, tendo em vista a educação para a
cidadania;

- Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos no respeito
pelas diferentes culturas promovendo uma progressiva consciência como
membro da sociedade;

- Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o
sucesso da aprendizagem;

- Estimular o desenvolvimento global da criança respeitando as suas
características individuais e incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diferenciadas;

- Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens múltiplas
como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de
compreensão do mundo;

- Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

-Proporcionar à criança o bem-estar e segurança necessárias,
nomeadamente, a nível da saúde individual e colectiva;

- Incentivar a participação das famílias em todo o processo educativo e
estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade
envolvente;




                                                                          20
Área pessoal e social

- Responde com gestos ou sinais vocais quando dizem o seu nome;

- Demonstra preferências por objectos ou pessoas;

- Demonstra as emoções adequadas perante determinada situação ou
acontecimento;

- Distingue os adultos familiares dos não familiares;

- Responde com gestos ou sinaisvocais quando dizem o seu nome;

- Demonstra preferências por determinados parceiros de brincadeiras;

- Expressa as suas necessidades tais como estar com fome ou que quer o
objecto preferido.



Aprendizagem e cognição

- Manipula coisas no contexto que a rodeia;

- Recorda a localização dos objectos favoritos;

- Usa objectos ou uma pessoa como estratégia para conseguir algo;

- Compreende o conceito de “mais” em relação à comida ou à brincadeira;

- Usa brinquedos simples de empilhamento ou de encaixe.




                                                                         21
Fisico motora

- Fica sentada;

-Rasteja ou gatinha sobre as mãos e os joelhos;

- Agarra-se às coisas para se puxar e manter de pé;

- Fica de pé e anda à volta de algo enquanto se agarra aos objectos ou
mobília;

- Consegue andar sozinho;

- Corre;

- Pára e anda para trás alguns passos;

- Atira pequenos objectos;

-Empurra os objectos;

- Retira os objectos de dentro de uma caixa;

- Deita os objectos para dentro de uma caixa;

- Usa as mãos para remexer e agarrar ou manipular objectos;

- Consegue comer sozinha.




                                                                         22
5 – Estratégias



1 – Tocar, segurar, falar e brincar com as crianças de forma calorosa e
tranquila.

2 – Ter prazer nas interacções das crianças.

3 – Responder de forma facilitadora às necessidades das crianças.

4 – Dar apoio às relações das crianças com os pares e outros adultos.

5 – Ir muito além do que o simples tomar contar ou de um guardar.

6 – Privilegiar os momentos de rotina diária (higiene, refeições, repouso),
considerando-os como equilibradores e organizadores do grupo e de cada
criança.



É através destas estratégias que os educadores têm assim a oportunidade de
compreender e respeitar tudo aquilo que a criança faz e comunica.

Os Educadores devem adequar o seu ritmo ao ritmo do bébé ou da criança
em vez de obrigarem uma criança a dar uma resposta. Assim sendo, a
criança pressente que está a ser observada, ouvida e compreendida.

Tanto os bébés como as crianças pequenas sabem que, podem contar
sempre com os educadores para assim obterem resposta a todos os seus
pedidos.




                                                                         23
6- Levantamento de recursos



Nas actividades referenciadas, o factor humano é indispensável. Os
recursos humanos existentes na creche são os educadores, auxiliares de
acção Educativa, Pais/família, comunidade.

“A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e
as potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização
vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.”

In Educação Pré-Escolar.




6.1 – Institucionais

      Centro Social Nossa Senhora do Amparo,

6.2 – Humanos

      Crianças,

      Educadoras de Infância,

      Familiares,

      Auxiliares da Acção Educativa

6.3 – Materiais

      Materias de desperdício,

      Jogos didácticos,

      Material lúdico,

      Instrumentos musicais,
                                                                       24
Material audiovisual e informático (retroprojector, data show, leitor
de Cd´s),

Materiais de expressão plástica,

Livros,

Outros materiais pedagógicos.




                                                                   25
7 – Metodologia



As actividades aqui propostas tem em consideração a criança poder
estabelecer ligação e apropriar-se dos materiais apresentados, para assim
poder realizar aprendizagens significativas, existindo uma intencionalidade
pedagógica nos materiais e objectos apresentados, com a função de a
criança se divertir, para assim poder aprender e explorar o mundo que a
rodeia.

As metodologias utilizadas são praticadas de acordo com as necessidades e
os interesses do grupo. Para além das planificações ao longo do ano lectivo
elaboramos pequenos projectos articulados com as áreas de
desenvolvimento. A organização do tempo é flexível, a rotina diária divide-
se em vários momentos do dia.

Ao longo do ano lectivo 2011/2012 serão levadas a efeito sessões de
esclarecimento, realização de folhetos para as famílias com
sugestões/ideias que fortaleçam a relação familia/criança/escola.

Em todas as actividades realizadas, os Pais/Encarregados de Educação
serão solicitados para colaborarem e participarem activamente.

Esta metodologia tem por objectivo um tratamento globalizante dos temas.




                                                                         26
8 – Avaliação


      A avaliação deverá ter um carácter permanente e deverá permitir
uma retroacção contínua no sentido de redefinir a análise da situação,
reelaborar os objectos, repensar a acção e escolha dos meios, analisar
resultados.

      A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no
sentido de corrigir a coerência (relação entre o projecto e o problema), a
eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e eficácia (relação
entre a acção e os resultados).

      A avaliação prende-se directamente com a qualidade do processo
educativo e constitui uma das suas componentes fundamentais.

      A sua importância na regulação do sistema de ensino e na vida
pessoal de cada um leva-nos muitas vezes a esquecer o que na realidade
está em causa e que é a coerência e a adequação dos processos de ensino e
de aprendizagem.

      O papel do ensino e da avaliação só pode ser um: contribuir na
medida do possível para criar as condições necessárias à aprendizagem de
todas e de cada uma das crianças.




                                                                         27
Haverá assim, três momentos específicos de avaliação:

   Avaliação Inicial, já foi realizada através da recolha de dados
   junto dos pais, encarregados de educação, através da criança,
   Educador(s), elementos da comunidade, junto da autarquia e
   outras instituições.
   Avaliação Intermédia, esta avaliação será feita com todos os
   elementos intervenientes no projecto, porque será nesta avaliação
   que se implantará o mesmo.
   Avaliação Final, avaliação final dos resultados do projecto, Será
   levada a cabo com todos os intervenientes no projecto.




                                                                  28
9 – Divulgação do Projecto



O projecto vai ser divulgado através de reuniões com os Pais, onde será
apresentado todo o percurso a percorrer.

Uma parte da divulgação do projecto será feita através do jornal da
Instituição. Realizaremos ainda uma pequena sessão de esclarecimento no
final de cada trimestre, para os Pais terem poderem assim acompanhar o
trabalho desenvolvido pelas crianças.




                                                                     29
10 – Relação coma família e outros parceiros
educativos



      A educação das crianças exige uma ligação entre família e a escola,
manter uma fronteira impermeável entre uma e outra é impossível, contudo
não podemos descorar a importância que a sociedade exerce sobre o
indivíduo.

      O sentido autêntico da relação família/escola reside no facto de a
educação e da realidade existencial se reportem ao mesmo sujeito – o
educando.

      Já que a educação, mais que uma simples aprendizagem de
conteúdos científicos e culturais dirigidos a promover a integração social e
profissional do indivíduo é o despertar de todas as capacidades inerentes ao
ser humano, todos os educadores de um educando devem estar presentes
em cada um dos diferentes aspectos que o hão-de formar como ser único, e,
portanto, original. Porém esta acção terá, necessariamente, modos e graus
diferentes, deverá estar coordenada por incidir no mesmo sujeito, e, deverá
abarcar todas as dimensões que a educação implica e todas as estruturas
que para ela contribuem.

      A tendência para uma maior relação família/escola obedecem a
várias causas.




                                                                          30
Uma delas é o sentido que a sociedade actual terá que ter, ou seja, a
responsabilidade educativa que compete aos pais na educação integral dos
filhos, responsabilidade que não se condescende como o abandono
despreocupado da sua educação nas mãos dos professores/educadores, por
mais excelentes que sejam reservando os pais para si, exclusivamente a
atenção ao desenvolvimento fisiológico dos filhos sem colaborar com os
restantes educadores no desenvolvimento de todas as dimensões da
formação da responsabilidade.

       Outra causa é a consciência que cada vez mais a educação é um
fenómeno complexo que necessita da acção combinada de muitos
intervenientes sociais.

       Outro factor é a existência de uma maior sensibilidade em todos os
aspectos institucionais da sociedade para exigir a participação como um
direito.

       Finalmente temos de considerar também da crescente relação
pais/escola, o ordenamento jurídico vigente que permite e regula a
participação das pessoas e grupos na vida das escolas – os designados
parceiros externos.

       Esta é a situação presente!



                                                                          31
Num clima de relação aberta, Pais e Educadora constroem um espaço de
confiança, condição essencial para uma acção educativa participativa.

Colaborar no processo educativo do seu filho é certamente uma proposta
aliciante.



Planificação a nível da familia:



Mês                                Actividade

Setembro                           Recepção das crianças

Outubro                            Reunião de Pais

                                   Apresentação       do      projecto
                                   pedagógico de sala

Novembro                           Levar um verso para casa sobre a
                                   castanha

                                   Festejar o S. Martinho

Dezembro                           Dar as boas vindas ao Inverno

                                   Mensagem de Natal dos Pais como
                                   sensibilização para os valores
                                   inerentes ao Natal

                                   Elaboração de um anjo para árvore
                                   de Natal de cada familia


                                                                    32
Janeiro                        Festejar o Dia da Paz com as
                               famílias

Março                          Elaboração da prenda para o Dia do
                               Pai

Maio                           Elaboração da prenda para o Dia da
                               Mãe

Junho                          Encerramento do ano lectivo e
                               entrega de portefólios




O importante é que as crianças aprendam a viver o dia-a-dia, a
compreender a si mesmo e ao mundo que as rodeia.




                                                               33
11 – Considerações finais



A criança surge olhada no seu contexto sócio-familiar, valorizada nas suas
emoções, nos seus conceitos, nas suas expressões, nas suas questões, na
maneira de entender o mundo das pessoas, dos acontecimentos, dos valores
e das coisas. O olhar positivo que a envolve dá-lhe oportunidade para
revelar as suas capacidades próprias de conhecer, de se responsabilizar, de
colaborar, de acreditar em si e nos outros, condições fundamentais para se
sentir desafiada para novas experiências.
      Os pais aparecem acolhidos na sua dupla função, uma a de ajudarem
a conhecer quem são os filhos, outra a de colaborarem com quem tem um
papel específico na sua educação.
      O educador de infância como profissional de educação, de
formação e intervenção específicas, é reconhecido o seu trabalho junto da
família e da comunidade, projectando-se a sua acção educativa no
desenvolvimento global e harmonioso da criança.
      O educador de infância deixa transparecer a sua função junto da
família, numa abertura ao reconhecimento de direitos e deveres recíprocos
na acção de educar a criança para a vida em sociedade.




                                                                         34
12 - Bibliografia




PIAGET, Jean, (1983), Seis estudos de psicologia, Lisboa: Publicações
Dom Quixote, (1.ª edição, 1973), 9.ª edição.



FORMOSINHO, Júlia Oliveira (org.) et al. (1998), Modelos Curriculares
para a educação de Infância, Porto: Porto Editora.



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Orientações Curriculares Para A
Educação Pré-Escolar, Departamento da Educação Básica – Núcleo de
Educação Pré-Escolar



MIALARET, GASTON, As Ciências da Educação, Moraes Editora,
Lisboa, 1976.


Enciclopédia de Educação Infantil “Recursos para o desenvolvimento do
Curriculo Escolar”,



Portugal. Grabiela. (2003). Crianças, Familia e creches, Porto Editora.




                                                                          35

More Related Content

What's hot

1 planificação setembro convertido
1 planificação setembro convertido1 planificação setembro convertido
1 planificação setembro convertidoermelinda mestre
 
Creche e ji, rotinas e espaço
Creche e ji, rotinas e espaçoCreche e ji, rotinas e espaço
Creche e ji, rotinas e espaçoRita Brito
 
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relato
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relatoPensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relato
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relatoPedro França
 
Apresentação projecto educativo creche
Apresentação projecto educativo crecheApresentação projecto educativo creche
Apresentação projecto educativo crecheGuida Sousa
 
Planificação mês de dezembro
Planificação   mês de dezembroPlanificação   mês de dezembro
Planificação mês de dezembrolaruzinha
 
Manual de acolhimento creche
Manual de acolhimento crecheManual de acolhimento creche
Manual de acolhimento crechejicnsn
 
Plano Curricular da Sala 1
Plano Curricular da Sala 1Plano Curricular da Sala 1
Plano Curricular da Sala 1cssjp
 
Orientações pedagogicas para creche
Orientações pedagogicas para crecheOrientações pedagogicas para creche
Orientações pedagogicas para crecheJARDIM DE INFÂNCIA
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILcefaprodematupa
 
Alimentacao historia
Alimentacao historiaAlimentacao historia
Alimentacao historiaAna Prada
 
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012Reunião de pais inicio de ano 2011.2012
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012Diana Mendes Crespo
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincarRenata Costa
 
Planificação - um exemplo
Planificação - um exemploPlanificação - um exemplo
Planificação - um exemplokicasmail
 

What's hot (20)

1 planificação setembro convertido
1 planificação setembro convertido1 planificação setembro convertido
1 planificação setembro convertido
 
P curricular dos 2 anos borboletas
P curricular dos 2 anos borboletasP curricular dos 2 anos borboletas
P curricular dos 2 anos borboletas
 
Creche e ji, rotinas e espaço
Creche e ji, rotinas e espaçoCreche e ji, rotinas e espaço
Creche e ji, rotinas e espaço
 
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relato
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relatoPensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relato
Pensar a intervenção pedagógica no jardim de infância... um relato
 
Berçario
BerçarioBerçario
Berçario
 
Apresentação projecto educativo creche
Apresentação projecto educativo crecheApresentação projecto educativo creche
Apresentação projecto educativo creche
 
Planificação mês de dezembro
Planificação   mês de dezembroPlanificação   mês de dezembro
Planificação mês de dezembro
 
Manual de acolhimento creche
Manual de acolhimento crecheManual de acolhimento creche
Manual de acolhimento creche
 
Plano Curricular da Sala 1
Plano Curricular da Sala 1Plano Curricular da Sala 1
Plano Curricular da Sala 1
 
Orientações pedagogicas para creche
Orientações pedagogicas para crecheOrientações pedagogicas para creche
Orientações pedagogicas para creche
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Projecto curricular 4 anos 1
Projecto curricular 4 anos 1Projecto curricular 4 anos 1
Projecto curricular 4 anos 1
 
Matemática no Pré-escolar
Matemática no Pré-escolarMatemática no Pré-escolar
Matemática no Pré-escolar
 
Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo
 
Alimentacao historia
Alimentacao historiaAlimentacao historia
Alimentacao historia
 
Planificacao Dezembro
Planificacao DezembroPlanificacao Dezembro
Planificacao Dezembro
 
CRECHE
CRECHECRECHE
CRECHE
 
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012Reunião de pais inicio de ano 2011.2012
Reunião de pais inicio de ano 2011.2012
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincar
 
Planificação - um exemplo
Planificação - um exemploPlanificação - um exemplo
Planificação - um exemplo
 

Similar to Creche projecto educativo_sala_1ano

O que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinarO que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinargracabt2011
 
Aprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação InfantilAprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação Infantilntm.pedagogico
 
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdf
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdfSlides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdf
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdfSheilaKalkmann
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo Uniãogrupouniao
 
Texto desenvolvimento infantil[1]
Texto desenvolvimento infantil[1]Texto desenvolvimento infantil[1]
Texto desenvolvimento infantil[1]Ana Carreiro
 
Adaptação e socialização através da ludicidade
Adaptação e socialização através da ludicidadeAdaptação e socialização através da ludicidade
Adaptação e socialização através da ludicidadecefaprodematupa
 
Finalidades e práticas educativas em creche 1
Finalidades e práticas educativas em creche 1Finalidades e práticas educativas em creche 1
Finalidades e práticas educativas em creche 1Nanda Jecas
 
Newsletter conceitos sobre multideficiência
Newsletter conceitos sobre multideficiênciaNewsletter conceitos sobre multideficiência
Newsletter conceitos sobre multideficiênciaSandra Borges
 
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....PatriciaDaSilvaMunho
 
Semana Pedagógica 2022.pptx
Semana Pedagógica 2022.pptxSemana Pedagógica 2022.pptx
Semana Pedagógica 2022.pptxSocorroBrito12
 
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivo
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivoA importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivo
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivoIlza Ibelli
 
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantilProjeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantilEdione Zelenka
 
A importância de brincar no desenvolvimento saudável
A importância de brincar no desenvolvimento saudávelA importância de brincar no desenvolvimento saudável
A importância de brincar no desenvolvimento saudávelAndré Leite
 
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anosEstimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anosMeri Sandra
 
Ise tcc thaisy_lomenso
Ise tcc thaisy_lomensoIse tcc thaisy_lomenso
Ise tcc thaisy_lomensoMARCOS SOUSA
 
A criança em idade pré escolar
A criança em idade pré escolarA criança em idade pré escolar
A criança em idade pré escolarEU O Escutismo
 

Similar to Creche projecto educativo_sala_1ano (20)

O que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinarO que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinar
 
Aprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação InfantilAprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação Infantil
 
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdf
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdfSlides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdf
Slides1 - Introdução e conceitos básicos Psicomotricidade.pdf
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
 
Texto desenvolvimento infantil[1]
Texto desenvolvimento infantil[1]Texto desenvolvimento infantil[1]
Texto desenvolvimento infantil[1]
 
Adaptação e socialização através da ludicidade
Adaptação e socialização através da ludicidadeAdaptação e socialização através da ludicidade
Adaptação e socialização através da ludicidade
 
Finalidades e práticas educativas em creche 1
Finalidades e práticas educativas em creche 1Finalidades e práticas educativas em creche 1
Finalidades e práticas educativas em creche 1
 
O lúdico e a criança
O lúdico e a criançaO lúdico e a criança
O lúdico e a criança
 
Oppi
OppiOppi
Oppi
 
Newsletter conceitos sobre multideficiência
Newsletter conceitos sobre multideficiênciaNewsletter conceitos sobre multideficiência
Newsletter conceitos sobre multideficiência
 
Thaynara e vanuza
Thaynara e vanuzaThaynara e vanuza
Thaynara e vanuza
 
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....
Afetividade na primeira infância - a importância do desenvolvimento infantil....
 
Semana Pedagógica 2022.pptx
Semana Pedagógica 2022.pptxSemana Pedagógica 2022.pptx
Semana Pedagógica 2022.pptx
 
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivo
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivoA importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivo
A importância da educação infantil na formação do cidadão crítico-reflexivo
 
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantilProjeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
 
A importância de brincar no desenvolvimento saudável
A importância de brincar no desenvolvimento saudávelA importância de brincar no desenvolvimento saudável
A importância de brincar no desenvolvimento saudável
 
Unidade 3
Unidade 3Unidade 3
Unidade 3
 
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anosEstimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos
Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos
 
Ise tcc thaisy_lomenso
Ise tcc thaisy_lomensoIse tcc thaisy_lomenso
Ise tcc thaisy_lomenso
 
A criança em idade pré escolar
A criança em idade pré escolarA criança em idade pré escolar
A criança em idade pré escolar
 

Creche projecto educativo_sala_1ano

  • 1. Crescer, Brincando Educadoras: Rosa Pires Márcia Magalhães Mirandela 2011/2012 1
  • 2. Índice 1 – Introdução ---------------------------------------------------------- Pág. 4 2 – Fundamentação Teórica ----------------------------------------- Pág. 5-6 3 – Organização do Ambiente Educativo ------------------------ Pág. 7 - 19 3.1 – Caracterização do Grupo de Crianças --------------------- Pág. 7 - 12 3.2 – Identificação de Interesses e Necessidades ---------------- Pág. 13 - 14 3.3 – Caracterização do Espaço e Material da Sala ---------- Pág. 15 - 16 3.4 – Organização e Gestão do Tempo ------------------------- Pág. 17 - 18 3.5 – Organização da equipa -------------------------------------- Pág. 19 4 – Competências a desenvolver --------------------------------- Pág. 20 – 22 5 – Estratégias ------------------------------------------------------ Pág. 23 6 – Levantamento de Recursos --------------------------------- Pág. 24 - 25 7 – Metodologia ---------------------------------------------------- Pág. 26 8 – Avaliação ------------------------------------------------------- Pág. 27 - 28 9 – Divulgação do Projecto -------------------------------------- Pág. 29 10 – Relação a família e outros parceiros Educativos ----- Pág. 30 - 33 11 – Considerações finais ----------------------------------------- Pág. 34 12 – Bibliografia ---------------------------------------------------- Pág. 35 2
  • 3. “ Na Creche o principal não são as actividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de actividades livres. As crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes “escolarizados”, onde realizam actividades em grupo dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais.” Gabriela Portugal 3
  • 4. 1 – Introdução O presente projecto intitula-se “Crescer, Brincando”, esta fase é caracterizada pelas descobertas. A descoberta das emoções, dos sentidos, do corpo, etc., são alguns dos temas a tratar neste projecto. Um projecto Pedagógico de Sala é fundamental para o desenvolvimento equilibrado e harmonioso das crianças, assim, é de extrema importância que, o profissional que se encontra na sala da creche esteja atento às necessidades e interesses das crianças, quer a nível colectivo, quer a nível individual. A primeira infância é a fase da vida de um bébé, muito importante, pois envolve muitas mudanças, quer a nível fisíco, cognitivo e social. A creche deve proporcionar actividades diversificadas, que favoreçam, por um lado, o contacto fisíco entre criança – adulto e, por outro, um desenvolvimento da linguagem mais cedo e de uma forma mais complexa. O projecto Pedagógico de Sala é flexível, na medida em que poderá sofrer alterações ao longo do ano consoante, as necessidades e interesses de cada criança. Este Projecto tem como objectivo dar a conhecer o trabalho pedagógico realizado onde se defenda que, o papel da família é fundamental. 4
  • 5. 2 – Fundamentação Teórica Ao elaborar o presente projecto Pedagógico de Sala relativo às salas de Creche, tivemos em conta a idade das crianças, nível de desenvolvimento e as necessidades e interesses do grupo. Atendendo à faixa etária do grupo, procuramos estabelecer um conjunto de objectivos e um plano anual de actividades que contemplam o tempo de concentração, a necessidade de estabelecer uma relação de afecto, de movimento, de experimentação e a realização de actividades simples e lúdicas. O tema deste Projecto é “Crecer, Brincando”, tema que surgiu do facto de as crianças de encontrarem numa fase de descobertas, por exemplo, a descoberta do corpo, a descoberta dos sentidos, fundamentais para a sua experimentação, das emoções indespensáveis ao seu desenvolvimento enquanto pessoa, das regras de convivência em sociedade, enfim, tudo isto é de extrema importância de ser tratado. Segundo Oliveira (2003), “A criança desde muito pequena brinca. Inicia brincando com o seu corpo, com objectos, brinca com o adulto que lhe cuida. Logo brinca, também, com outras crianças estabelecendo relações com ela, (...) e fazendo de conta.” 5
  • 6. A criança nos seus primeiros anos de vida, utiliza o brincar como uma forma de linguagem que permite compreender, expressar-se, desenvolver os seus interesses, as suas aptidões e as suas possibilidades de bom relacionamento com os outros. É através do brincar que a criança descobre, pensa, compartilha, comunica, estabelece as bases do seu crescimento e evolução, etc. Por outro lado, são os sentidos que lhe transmitem a percepção que tem na realidade. Deste modo, quer o brincar, quer os sentidos contribuem cada um à sua maneira para a criança construir a sua identidade, conhecer-se a si, aos outros e ao meio em que está inserida. É essencial à vida e ao desenvolvimento da personalidade da criança BRINCAR. 6
  • 7. 3 – Organização do Ambiente Educativo 3.1 – Caracterização do grupo de crianças A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.” In Orientações Curriculares, p.38 O Educador tem que olhar para a criança como um todo, em todas as suas dimensões: emotivo – expressiva, socio-relacional e sensório-psicomotor, não substimando qualquer uma delas. Aqui reside, pois a multidimensionalidade da educação na infância. É nesta dimensão que pretendemos esboçar o desenho curricular, a fim de garantir um correcto desenvolvimento da criança como um todo, ser uno e ao mesmo tempo capaz de um relacionamento efectivo com os outros. A criança não é, vai-se tornando. As salas de creche do Colégio Nossa Senhora do Amparo mais propriamente o berçário, sala de um ano, e sala 1B, tem um grupo de trinta crianças, com idades compreendidas entre os cinco meses e os vinte e quatro meses. Estando oito crianças no berçário, onze crianças na sala de um ano, e onze crianças na sala 1B, em que no primeiro grupo existem cinco do sexo masculino e três do sexo feminino. Referente ao segundo grupo existem seis crianças do sexo masculino e cinco do sexo feminino. A sala 1B tem cinco crianças do sexo masculino e seis do sexo feminino. 7
  • 8. Lista Nominal dos Utentes Bébés Nomes Francisco dos Santos Mota Teixeira José Pedro Soares Pinto Maria Clara Sobrinho Teixeira Simões Martim Teixeira Vieira Mateus Pereira Correia Maria Margarida Pinto Carvalhais Miguel Pereira Gomes Maria Ricardo Beça 8
  • 9. Lista Nominal nos Utentes 1 ano Nomes Diogo Filipe Teixeira Francisco Luis Dias Gabriel Alexandre Esteves Conde Guilherme Pereira da Silva Sara Padrão Azevedo Guilherme Afonso Valfreixo Joana Inês Ramos Ferreira Pires Mariana Barreira Cepeda Francisco Miranda Sá Carolina Ricardo Pires Oceana Sofia da Silva Gonçalves 9
  • 10. Lista Nominal dos Utentes 1 e 2 anos Nomes Leonor Ferreira Santos Rodrigo Pereira Gomes Santiago Costa Carvalho Leite Mariana Alves Teixeira Matilde Sofia Medeiros Vila Franca Costa Nicole Prior Loução António Luis Esteves Sofia Pereira de Sousa Lurdes Maria de Novais Neves Mateus Cunha Frga Pimentel Santos Afonso Miguel Rodrigues Sousa 10
  • 11. Os primeiros anos de vida destas crianças, são de extrema importância para a formação da personalidade do bébé, é nos primeiros dois anos de vida que a criança descobre e conquista o mundo que a rodeia. Nos dois primeiros anos de vida é quando a criança pensa fazendo, acções nestes primeiros anos é fundamentalmente corporal, contrariamente a outras fases na qual a acção vai ser cognitiva. É fndamental conhecer as caracteristicas próprias das crianças nestas faixas etárias para que assim possamos ir de encontro às suas necessidades. A criança de um ano encontra-se no período sensorio-motor, conquista assim o mundo que a rodeia através da própria acção. Age sem reflectir, procura a satisfação de imediato. Segundo Piaget, encontra-se na quinta fase, caracterizada pela permanência do objecto, embora não o tenha presente (procura o objecto que lhe retiramos depois de lho termos mostrado), e pela experimentação acção; explora, investiga a realidade que a rodeia e observa os resultados das suas diferentes experiências (atira objectos ao chão para os ver cair). As explorações que a criança realiza sobre os objectos, de forma activa, vão lhe permitindo experimentar e descobrir as suas propriedades. A partir dos 18 meses, entra na sexta fase, dando-se um novo passo no aspecto cognitivo, o da “representação”: a criança é capaz de representar mentalmente os movimentos, sem necessidades de os executar. Começam as primeiras competências sociais: gosta de mostrar as suas graças, de cumprir algumas ordens, de brincar e sair e passear com o adulto. Passará a interagir com o que a rodeia, nomeadamente com os objectos, mas também com os “outros” (família, educadora...). 11
  • 12. Inicia-se na autonomia, come sozinho. O controlo dos esfíncteres é irregular. No fim do primeiro ano aparece a auto-afirmação, negando-se a pedidos e ordens realizados pelos adultos. Revela “chamadas de atenção”, impondo-se através de gritos, de bater os pés e recusa o que lhe oferecem. As crianças dominadoras costumam ter um comportamento em especial pela posse de objectos, reagindo de forma agressiva. É notável a evolução a nível do vocabulário, escuta com muita atenção e repete. 12
  • 13. 3.2 – Identificação de Interesses e necessidades Referente a este ano lectivo, as necessidades que encontramos, direcciona- se principalmente para o desenvolvimento da linguagem dos nossos cinco sentidos. Nesta fase as crianças começam a compreender os procedimentos e movimentos que necessitam de desempenhar para atingir um determinado objectivo, as crianças usam todas as suas capacidades para resolver problemas. Estas capacidades designam-se por coordenação motora. É através da imitação, que as crianças começam assim a compreender qual a função de objectos a usar este conhecimento para participarem activamente no mundo que as rodeia. É neste meio do qual a criança faz parte, que ela terá que se encontrar e descobrir a sua forma de realização e expressão. Á medida que a criança atingem maturidade fisíca, cognitiva e emocional vão-se libertando da dependência que os adultos obtêm sobre elas. As crianças procuram fazer prevalecer as suas preferências. É nesta idade que a criança se esforça na busca da sua autonomia. Para que assim haja tranquilidade e se consiga observar uma evolução, as crianças: - necessitam sentir a presença dos adultos de referência, mas a relação com outras crianças é cada vez mais necessária e estimulante para elas; - necessitam de uma atenção individualizada e calorosa; - resistir à distracção; 13
  • 14. - Consegue olhar e ouvir os seus colegas; - Linguagem compreensível; - necessitam experimentar diferentes situações de entretenimento; - interessam-se por materias e jogos que lhe ofereçam oportunidades de exercitar a sua coordenação geral e experimentar várias situações de manipulação cada vez mais complexas; - interessam-se e gostam de música e sons ritmados e regulares; - entre outros... 14
  • 15. 3.3 – Caracterização do espaço e materiais da Sala Quando organizamos o espaço devemos ter sempre em conta as necessidades e as caracteristicas das crianças. O espaço pedagógico é fundamental para melhores aprendizagens. Nas salas: berçário, 1ano e 1B, podemos encontrar vários espaços que proporcionem vivências que estimulem a sua imaginação e criatividade. No seu desenvolvimento global, o espaço em que a criança vive e cresce é decisivo. É fundamental que a criança conheça um espaço para se situar e movimentar. O berçário é composto por um tapete de psicomotricidade, seis cadeiras, parque, vários brinquedos lúdicos e de exploração variada. Todo o material é adequado ás necessidades das crianças. O berçario recebe luz natural, luz de lampadas fluorescentes. Este espaço tem aquecimento central assegurado por três radiadores no interior da sala. As salas de 1 ano e 1B são compostas por um tapete de psicomotricidade, uma piscina de bolas, vários brinquedos lúdicos, um leitor de CD´s, uma pequena área que possibilita o “faz de conta”. Estas salas recebem luz natural, além da iluminação natural recebem também luz de lampadas fluorescentes. Estes espaços têm aquecimento central, assegurado por dois radiadores no interior da sala. No que respeita à higiene, as salas encontram-se sempre limpas. A organização do espaço e materiais da sala de actividades é flexível, uma vez que devemos ter em consideração as necessidades e evolução das crianças, podendo assim sofrer algumas modificações durante o ano lectivo. 15
  • 16. A única diferença nestas duas salas (1 ano e 1B) é o facto de a sala 1B não ter piscina de bolas, mas por sua vez, possui uma mesa redonda e dez cadeiras. Não poderia terminar o ´iten do espaço sem dirigir a frase seguinte: “diz-me como tens a sala e eu dir-te-ei que educadora és...” 16
  • 17. 3.4 – Organização e gestão do tempo A distribuição do tempo educativo faz-se de modo flexivel, dando origem a uma rotina educativa, sempre com o objectivo de as crianças se sentirem seguras. A rotina desempenha também um papel fundamental na captação do tempo e dos processos temporais. A criança começa a ter maior percepção das fases pelas quais passa e dessa forma consegue também um encadeamento de todas as sequências. A rotina é, sem dúvida, um suporte para o educador pois, assim torna-se muito mais fácil gerir o seu tempo da forma mais apropriada. “A sucessão da cada dia ou sessão tem um determinado ritmo existindo, deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pela educadora e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do Educador ou das crianças podem modificar o quotidiano habitual.” «Orientações Curriculares, pp.40.» 17
  • 18. A nossa rotina está bem organizada. A rotina promove a autonomia da criança . Rotina Diária 7:45h-Abertura da instituição 9h00-10h00-Acolhimento 10h00-10h25-Tempo de grande grupo 10h25-10h50-Realização de actividades 10h50-11h05-Arrumação de brinquedos/por babetes 11h05-11h40-Almoço 11h40-12h00-Higiene 12h00-14h30-sesta 14h30-15h30-Actividades livres 15h30-16h00-Lanche 16h00-16h50-Arrumação e higiene 16h50-19h- Brincadeiras de livre escolha 19h00- Encerramento da instituição 18
  • 19. 3.5- Constituição da equipa Educadoras de Infância: Rosa Pires(sala 1 ano) Márcia Magalhães(sala 1B) Auxiliares da acção educativa: Angelina (sala 1 ano) Henriqueta (sala 1 ano) Hélia (sala 1 B) Lucinda (berçario) Margarida (berçario) 19
  • 20. 4- Competências a Desenvolver - Promover o desenvolvimento social e pessoal de cada criança com base em experiências de vida democrática, tendo em vista a educação para a cidadania; - Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos no respeito pelas diferentes culturas promovendo uma progressiva consciência como membro da sociedade; - Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem; - Estimular o desenvolvimento global da criança respeitando as suas características individuais e incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas; - Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo; - Despertar a curiosidade e o pensamento crítico; -Proporcionar à criança o bem-estar e segurança necessárias, nomeadamente, a nível da saúde individual e colectiva; - Incentivar a participação das famílias em todo o processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade envolvente; 20
  • 21. Área pessoal e social - Responde com gestos ou sinais vocais quando dizem o seu nome; - Demonstra preferências por objectos ou pessoas; - Demonstra as emoções adequadas perante determinada situação ou acontecimento; - Distingue os adultos familiares dos não familiares; - Responde com gestos ou sinaisvocais quando dizem o seu nome; - Demonstra preferências por determinados parceiros de brincadeiras; - Expressa as suas necessidades tais como estar com fome ou que quer o objecto preferido. Aprendizagem e cognição - Manipula coisas no contexto que a rodeia; - Recorda a localização dos objectos favoritos; - Usa objectos ou uma pessoa como estratégia para conseguir algo; - Compreende o conceito de “mais” em relação à comida ou à brincadeira; - Usa brinquedos simples de empilhamento ou de encaixe. 21
  • 22. Fisico motora - Fica sentada; -Rasteja ou gatinha sobre as mãos e os joelhos; - Agarra-se às coisas para se puxar e manter de pé; - Fica de pé e anda à volta de algo enquanto se agarra aos objectos ou mobília; - Consegue andar sozinho; - Corre; - Pára e anda para trás alguns passos; - Atira pequenos objectos; -Empurra os objectos; - Retira os objectos de dentro de uma caixa; - Deita os objectos para dentro de uma caixa; - Usa as mãos para remexer e agarrar ou manipular objectos; - Consegue comer sozinha. 22
  • 23. 5 – Estratégias 1 – Tocar, segurar, falar e brincar com as crianças de forma calorosa e tranquila. 2 – Ter prazer nas interacções das crianças. 3 – Responder de forma facilitadora às necessidades das crianças. 4 – Dar apoio às relações das crianças com os pares e outros adultos. 5 – Ir muito além do que o simples tomar contar ou de um guardar. 6 – Privilegiar os momentos de rotina diária (higiene, refeições, repouso), considerando-os como equilibradores e organizadores do grupo e de cada criança. É através destas estratégias que os educadores têm assim a oportunidade de compreender e respeitar tudo aquilo que a criança faz e comunica. Os Educadores devem adequar o seu ritmo ao ritmo do bébé ou da criança em vez de obrigarem uma criança a dar uma resposta. Assim sendo, a criança pressente que está a ser observada, ouvida e compreendida. Tanto os bébés como as crianças pequenas sabem que, podem contar sempre com os educadores para assim obterem resposta a todos os seus pedidos. 23
  • 24. 6- Levantamento de recursos Nas actividades referenciadas, o factor humano é indispensável. Os recursos humanos existentes na creche são os educadores, auxiliares de acção Educativa, Pais/família, comunidade. “A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e as potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.” In Educação Pré-Escolar. 6.1 – Institucionais Centro Social Nossa Senhora do Amparo, 6.2 – Humanos Crianças, Educadoras de Infância, Familiares, Auxiliares da Acção Educativa 6.3 – Materiais Materias de desperdício, Jogos didácticos, Material lúdico, Instrumentos musicais, 24
  • 25. Material audiovisual e informático (retroprojector, data show, leitor de Cd´s), Materiais de expressão plástica, Livros, Outros materiais pedagógicos. 25
  • 26. 7 – Metodologia As actividades aqui propostas tem em consideração a criança poder estabelecer ligação e apropriar-se dos materiais apresentados, para assim poder realizar aprendizagens significativas, existindo uma intencionalidade pedagógica nos materiais e objectos apresentados, com a função de a criança se divertir, para assim poder aprender e explorar o mundo que a rodeia. As metodologias utilizadas são praticadas de acordo com as necessidades e os interesses do grupo. Para além das planificações ao longo do ano lectivo elaboramos pequenos projectos articulados com as áreas de desenvolvimento. A organização do tempo é flexível, a rotina diária divide- se em vários momentos do dia. Ao longo do ano lectivo 2011/2012 serão levadas a efeito sessões de esclarecimento, realização de folhetos para as famílias com sugestões/ideias que fortaleçam a relação familia/criança/escola. Em todas as actividades realizadas, os Pais/Encarregados de Educação serão solicitados para colaborarem e participarem activamente. Esta metodologia tem por objectivo um tratamento globalizante dos temas. 26
  • 27. 8 – Avaliação A avaliação deverá ter um carácter permanente e deverá permitir uma retroacção contínua no sentido de redefinir a análise da situação, reelaborar os objectos, repensar a acção e escolha dos meios, analisar resultados. A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no sentido de corrigir a coerência (relação entre o projecto e o problema), a eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e eficácia (relação entre a acção e os resultados). A avaliação prende-se directamente com a qualidade do processo educativo e constitui uma das suas componentes fundamentais. A sua importância na regulação do sistema de ensino e na vida pessoal de cada um leva-nos muitas vezes a esquecer o que na realidade está em causa e que é a coerência e a adequação dos processos de ensino e de aprendizagem. O papel do ensino e da avaliação só pode ser um: contribuir na medida do possível para criar as condições necessárias à aprendizagem de todas e de cada uma das crianças. 27
  • 28. Haverá assim, três momentos específicos de avaliação: Avaliação Inicial, já foi realizada através da recolha de dados junto dos pais, encarregados de educação, através da criança, Educador(s), elementos da comunidade, junto da autarquia e outras instituições. Avaliação Intermédia, esta avaliação será feita com todos os elementos intervenientes no projecto, porque será nesta avaliação que se implantará o mesmo. Avaliação Final, avaliação final dos resultados do projecto, Será levada a cabo com todos os intervenientes no projecto. 28
  • 29. 9 – Divulgação do Projecto O projecto vai ser divulgado através de reuniões com os Pais, onde será apresentado todo o percurso a percorrer. Uma parte da divulgação do projecto será feita através do jornal da Instituição. Realizaremos ainda uma pequena sessão de esclarecimento no final de cada trimestre, para os Pais terem poderem assim acompanhar o trabalho desenvolvido pelas crianças. 29
  • 30. 10 – Relação coma família e outros parceiros educativos A educação das crianças exige uma ligação entre família e a escola, manter uma fronteira impermeável entre uma e outra é impossível, contudo não podemos descorar a importância que a sociedade exerce sobre o indivíduo. O sentido autêntico da relação família/escola reside no facto de a educação e da realidade existencial se reportem ao mesmo sujeito – o educando. Já que a educação, mais que uma simples aprendizagem de conteúdos científicos e culturais dirigidos a promover a integração social e profissional do indivíduo é o despertar de todas as capacidades inerentes ao ser humano, todos os educadores de um educando devem estar presentes em cada um dos diferentes aspectos que o hão-de formar como ser único, e, portanto, original. Porém esta acção terá, necessariamente, modos e graus diferentes, deverá estar coordenada por incidir no mesmo sujeito, e, deverá abarcar todas as dimensões que a educação implica e todas as estruturas que para ela contribuem. A tendência para uma maior relação família/escola obedecem a várias causas. 30
  • 31. Uma delas é o sentido que a sociedade actual terá que ter, ou seja, a responsabilidade educativa que compete aos pais na educação integral dos filhos, responsabilidade que não se condescende como o abandono despreocupado da sua educação nas mãos dos professores/educadores, por mais excelentes que sejam reservando os pais para si, exclusivamente a atenção ao desenvolvimento fisiológico dos filhos sem colaborar com os restantes educadores no desenvolvimento de todas as dimensões da formação da responsabilidade. Outra causa é a consciência que cada vez mais a educação é um fenómeno complexo que necessita da acção combinada de muitos intervenientes sociais. Outro factor é a existência de uma maior sensibilidade em todos os aspectos institucionais da sociedade para exigir a participação como um direito. Finalmente temos de considerar também da crescente relação pais/escola, o ordenamento jurídico vigente que permite e regula a participação das pessoas e grupos na vida das escolas – os designados parceiros externos. Esta é a situação presente! 31
  • 32. Num clima de relação aberta, Pais e Educadora constroem um espaço de confiança, condição essencial para uma acção educativa participativa. Colaborar no processo educativo do seu filho é certamente uma proposta aliciante. Planificação a nível da familia: Mês Actividade Setembro Recepção das crianças Outubro Reunião de Pais Apresentação do projecto pedagógico de sala Novembro Levar um verso para casa sobre a castanha Festejar o S. Martinho Dezembro Dar as boas vindas ao Inverno Mensagem de Natal dos Pais como sensibilização para os valores inerentes ao Natal Elaboração de um anjo para árvore de Natal de cada familia 32
  • 33. Janeiro Festejar o Dia da Paz com as famílias Março Elaboração da prenda para o Dia do Pai Maio Elaboração da prenda para o Dia da Mãe Junho Encerramento do ano lectivo e entrega de portefólios O importante é que as crianças aprendam a viver o dia-a-dia, a compreender a si mesmo e ao mundo que as rodeia. 33
  • 34. 11 – Considerações finais A criança surge olhada no seu contexto sócio-familiar, valorizada nas suas emoções, nos seus conceitos, nas suas expressões, nas suas questões, na maneira de entender o mundo das pessoas, dos acontecimentos, dos valores e das coisas. O olhar positivo que a envolve dá-lhe oportunidade para revelar as suas capacidades próprias de conhecer, de se responsabilizar, de colaborar, de acreditar em si e nos outros, condições fundamentais para se sentir desafiada para novas experiências. Os pais aparecem acolhidos na sua dupla função, uma a de ajudarem a conhecer quem são os filhos, outra a de colaborarem com quem tem um papel específico na sua educação. O educador de infância como profissional de educação, de formação e intervenção específicas, é reconhecido o seu trabalho junto da família e da comunidade, projectando-se a sua acção educativa no desenvolvimento global e harmonioso da criança. O educador de infância deixa transparecer a sua função junto da família, numa abertura ao reconhecimento de direitos e deveres recíprocos na acção de educar a criança para a vida em sociedade. 34
  • 35. 12 - Bibliografia PIAGET, Jean, (1983), Seis estudos de psicologia, Lisboa: Publicações Dom Quixote, (1.ª edição, 1973), 9.ª edição. FORMOSINHO, Júlia Oliveira (org.) et al. (1998), Modelos Curriculares para a educação de Infância, Porto: Porto Editora. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Orientações Curriculares Para A Educação Pré-Escolar, Departamento da Educação Básica – Núcleo de Educação Pré-Escolar MIALARET, GASTON, As Ciências da Educação, Moraes Editora, Lisboa, 1976. Enciclopédia de Educação Infantil “Recursos para o desenvolvimento do Curriculo Escolar”, Portugal. Grabiela. (2003). Crianças, Familia e creches, Porto Editora. 35