Este documento discute a ascensão da "alt-right" e suas lições para a direita brasileira. A alt-right usa táticas de esquerda como militância cultural na internet para desafiar a narrativa dominante. Ela promove uma identidade étnica e nacional branca e anti-establishment. O documento recomenda que a direita brasileira adote táticas similares de ativismo e construção de mídia alternativa para fazer avançar suas ideias.
1. Extrema ou verdadeira
direita?
André Assi Barreto
Graduado e mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Professor de
Filosofia das redes pública e privada de São Paulo.Trabalha com tradução e
revisão de textos.Trabalha para as editoras Linotipo Digital e Armada.
2.
3. ▪O que os acontecimentos recentes
(Brexit,Trump, partidos
eurocéticos se fortalecendo etc)
ensinam para a direita brasileira?
4. ▪ DonaldTrump
▪ Nigel Farage
▪ “Policamente incorreto”
▪ Direita sem medo de
militar e assumir-se como
direita.
▪ “Direita Forte”
5.
6.
7.
8. ▪ Direita “envergonhada”.
▪ Direita globalista.
▪ “Neocons” (clã Bush).
▪ Certas alas dos partidos
republicano e dosTories.
▪ Classe política.
▪ “cucks”
9.
10. ▪ As pessoas comuns (que elegeramTrump
e tiraram o Reino Unido da União
Europeia) estão cansadas da esquerda,
do establishment, mas também da
“direita” que se curva para a esquerda
(ala anti-Trump do partido republicano,
Tories contra o Brexit ou o “nosso”
PSDB).
12. Uma definição “não-científica” da alt-
right
▪ “Direita nas crenças (algumas), esquerda na estratégia”.
▪ Reivindicação de território.
▪ Richard Spencer, formado na Duke University – antro feminista.
▪ Política de identidade.
▪ Direita anti-liberal ou, ao menos, não-liberal. “Aceitamos uma
sociedade COM um mercado, não uma sociedade DE mercado”,
afirma Alain de Benoist (“nouvelle droite” francesa). Para tristeza dos
liberais e libertários (Trump e Le Pen “estatistas”).
▪ Subtítulo do livro de Friberg: “um manual para uma oposição de
verdade” -> MILITÂNCIA.
13. Identidade étnica e nacional
▪ Esquerda desde a década de 60: negros, gays, mulheres
etc, i.e., minorias, DEVEM votar em nós por terem essa
identidade.
▪ Alt-right reverte a polaridade: há uma guerra contra a etnia
branca e votar como um grupo minoritário pode ser útil.
• O homem branco sob ataque: é estuprador em potencial,
necessariamente racista, deve estar fora da universidade
(ou as minorias precisam de “espaços seguros” para se
proteger dele).
16. RESULTADOS
▪ MiloYiannopoulos, Paul JosephWatson e Alex Jones.
▪ Sapo Pepe fez por merecer um discurso de Hillary Clinton.
▪ Memes, 4chan, wikileaks, shitposting.
▪ “CONCLUSÃO”: a direita toma conta de ao menos
um braço da guerra cultural.
“Ganhar” o debate não é suficiente.
17. ▪ O crescimento da alt-right como braço à direita na guerra cultural
pela internet reverbera até na mídia tradicional.
– Breitbart.com (“porta voz da alt-right”) tem alcance maior que o da CNN. E
devemos tirar o chapéu e aprender a lição (“ainnnn, a alt-right é antissemita”).
• Milo, Alex e Watson quebram a narrativa hegemônica da mídia (e dos
“especialistas”).
• A resposta dos “especialistas” e da velha mídia não tarda: pós-verdade e “fake
news”. A única verdade é a da mídia tradicional, bem como a única responsável
por notícias verdadeiras.
• Pós-verdade: o “conceito do ano de 2016”, acrescido ao dicionário Oxford. A
palavra de 2016 só aparece em dezembro (!).
18. Recomendações de Friberg para uma
militância à direita e eficaz
▪ Um resumo teórico: aplicar Antonio Gramsci e Saul Alinsky
(exatamente o que faz a alt-right).
▪ A guerra é, primariamente, cultural.
▪ Friberg:
“A metapolítica é uma guerra de transformação social travada
no campo da visão de mundo, do pensamento e da cultura. Qualquer
batalha parlamentar deve ser precedida, legitimada e apoiada por uma
batalha metapolítica. A metapolítica reduz, na melhor das hipóteses, o
parlamentarismo a uma mera questão de formalidade.”
19. MILITÂNCIA
▪ Pratique ativismo.
▪ Boicote os meios de comunicação deles.
▪ Construa redes de mídia (TERÇA LIVRE!!!).
▪ Vá a público.
▪ Não desistir, manter a esperança. Somos “chatos”, mas estamos
certos e as pessoas estão ao nosso lado.
20. • Livre-se totalmente da visão de mundo da esquerda (ou eles usarão
seus princípios contra você – “faça-os operar pelo seu próprio livro de
regras”, dizia Alinsky).
• Aprenda virtudes cavalheirescas básicas. REFORCE OS PAPEIS DE
GÊNERO.
21. • Tenha uma atitude saudável perante as mulheres do grupo.
• Sem endeusamento.
• E PARA AS MULHERES:
• Estabeleça com clareza suas prioridades (carreira vs família).
• Reconheça o valor de sua honra pessoal (revolução sexual – o maior engodo
do século XX).
• Estimule sua feminilidade (REFORCE OS PAPEIS DE GÊNERO).