SlideShare a Scribd company logo
1 of 32
COPPE/UFRJ




                  Palestra 1 - Perspectivas e
                Desafios do Biodiesel no Brasil


                     XIV CBE - Outubro 2012
                       Marcos A. V. Freitas
             Coordenador Executivo IVIG/COPPE/UFRJ
Plano Nacional de Produção e Uso de
COPPE/UFRJ        Biodiesel (PNPB): Motivação

             Produção e Importação de Combustíveis no Brasil (2004)
COPPE/UFRJ                    Pilares do PNPB



                                      ENERGIA


                                     Biodiesel




             Base Tecnológica: Agrícola, Industrial e de Uso do Combustível
             Ambiental                   Social                 Mercado
6 - Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel
COPPE/UFRJ




                                       Como deveria ter
                                          ocorrido




    Como ficou
COPPE/UFRJ   Biodiesel: Baixo Impacto na Redução de
                       Importação de Diesel




             Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (1/2012)
COPPE/UFRJ
               Problema: Alta Capacidade Ociosa de
                      Produção de Biodiesel




             Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
COPPE/UFRJ
             Biodiesel: Unidades Produtoras Distantes dos
                         Centros de Consumo




               Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
Oferta de óleos e gorduras no Brasil:
COPPE/UFRJ
                             Dependência da Soja




         Fonte: ABIOVE - Biodiesel no Brasil - situação atual e perspectivas   8
COPPE/UFRJ
             Resultado: PNPB Dependente da Oferta de
                          Óleo de Soja




             Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
Problema: Soja é Produzida em Função
COPPE/UFRJ

                      do Farelo




        Fonte: Oil World (2010)
COPPE/UFRJ
                        A Cultura da Soja
  A demanda por farelos está intrinsecamente relacionada à produção de carnes
COPPE/UFRJ
             O Complexo Soja no Brasil
COPPE/UFRJ
             Uso de óleo de soja no Brasil



                             -A produção de biodiesel
                             utiliza parte das exportações




                             - A oferta é garantida pelo
                             crescimento do processamento
                             doméstico e do uso de parte das
                             exportações de óleo
COPPE/UFRJ
                    Soja: Baixo Potencial de Geração de
                             Empregos e Renda


                                                                                  R$ 180,00
                                                                                   (11/10)




             Fonte: IPEA – Biocombustíveis no Brasil: Etanol e Biodiesel (2010)
COPPE/UFRJ
               Desafios na Expansão da Oferta de
                       Biodiesel Nacional


     • Problemas de não-conformidade (qualidade de processo)

     • Dificuldades no enquadramento de normas técnicas
       internacionais (matéria prima)

     • Falta de estímulos para Exportação (Lei Kandir)

     • Falta de competitividade vis a vis diesel mineral -> Alto
       custo de matéria prima

     • No curto e médio prazo, falta de alternativa à soja
COPPE/UFRJ    Biodiesel: Problemas de Qualidade




 A ANP analisou 6.758 amostras da mistura B5 comercializada em agosto 2012. O teor de
 biodiesel fora das especificações representou 20,6% do total de não conformidades
 identificadas. Em julho, o teor de biodiesel representou 20,9% do total de não conformidades.


                Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
Matérias Primas para a Produção de Biodiesel no Brasil
COPPE/UFRJ

                                  Atuais




                              Futuros?
             Macaúba     Babaçu            Pinhão-Manso
COPPE/UFRJ
             Dificuldades em Enquadrar Biodiesel Brasileiro
                  junto à Norma Europeia (EN 14214) (*)




                (*) Norma EN 14214 baseada em biodiesel de Colza



      Fonte: IBP, 2007
                                                           18
COPPE/UFRJ
             Cenário EPE de Expansão da Demanda
                           por B100




 “ O cenário é de que os preços dos insumos graxos sigam, no período decenal, trajetória
crescente, mantendo-se em patamares sempre muito superiores ao do óleo diesel, mesmo
   considerando aumento deste... Nessas condições, a projeção da demanda de biodiesel se
               refere basicamente à adição obrigatória de 5% no diesel mineral.”

                        Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão 2020
COPPE/UFRJ        Matéria Prima: Custo e Oferta


       • Dadas as rotas utilizadas comercialmente (éster metílico, via
         catálise alcalina), é necessário o uso de matéria prima de alta
         qualidade (baixa acidez)

       • De acordo com a Agência Internacional de Energia, ele
         representa entre 85% e 92% do custo total do biodiesel

       • Tecnologias inovadoras permitem a utilização de matéria
         prima de baixa qualidade, diminuindo os custos de
         produção e aumentando a oferta de insumos
COPPE/UFRJ   Biodiesel: Custo Pouco Competitivo




             Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
COPPE/UFRJ
             Cenário de Preço de Insumos Graxos (US$/t)




              Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão de Energia 2019
Rota Alternativa de Produção de Biodiesel
COPPE/UFRJ




                                              Catálise ácida é
                                              requerida quando
                                              insumo apresenta
                                              >3% de acidez.
                                              Processo mais
                                              lento (180 min. vs.
                                              60 min.), corrosivo
                                              (H2SO4) e
                                              energo-intensivo
                                              (quebra dos
                                              ácidos-graxos,
                                              destilação)




                                                        23
COPPE/UFRJ
                   Produção de Biodiesel Enzimático

                                    Tecnologia Tsinghua: nenhuma
         Abordagem tradicional
                                    perda de atividade das lipases
                                    mesmo após 200, 300 bateladas
COPPE/UFRJ
                   Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/
                    Tecnologia Tsinghua & Novozymes)
           Mais barato do que biodiesel por rota química
           Menor consumo de energia
            Transforma tanto óleos & gorduras quanto a borra
            (ácidos graxos livres) em Biodiesel
     i.      Realiza tanto a transesterificação quanto a esterificação na mesma
             batelada
     ii.     Processa óleos com altíssimo teor de acidez e umidade
     iii.    Rota química, por outro lado, demanda catálise ácida (H2SO4) para
             matéria-prima com > 3% acidez -> mais

           Rota Etílica é Preferível: mais Eficiente
                                                                           25
COPPE/UFRJ
               Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/
                 Tecnologia Tsinghua & Novozymes)

        Utiliza Etanol Hidratado (~90%) e Anidro – Facilita
         recuperação de álcool sem unidade de desidratação
        Pós-tratamento facilitado: não necessita
         neutralização, lavagem
        Glicerol com maior teor de pureza: maior valor de
         mercado, mais opções de conversão




                                                             26
COPPE/UFRJ   Processo Testado com vários Insumos




                                             27
COPPE/UFRJ   BIODIESEL DE ESGOTO


     •   Aproveitamento da gordura recuperável da escuma de esgoto
         mediante um processo de extração na presença de solvente.


     •   A partir desta matéria graxa obtida (basicamente ácidos
         graxos), é possível produzir biodiesel, através do processo de
         esterificação, com rendimento reacional superior a 75%.
COPPE/UFRJ   BIODIESEL DE ESGOTO




                                Escuma   Matéria   Biodiesel
             Tanque de Escuma            Graxa
COPPE/UFRJ   BIODIESEL DE ESGOTO




       Planta Piloto para Produção de Biodiesel de Esgoto – ETE Alegria - CEDAE
Oportunidades para Expansão da Demanda
COPPE/UFRJ
                      Doméstica por Biodiesel

   • Novo marco regulatório para o Biodiesel?

   • Por ora, não há sinais de aumento da mistura -> problemas com a
   qualidade do B100

   • Dois grandes projetos na Região Norte (biodiesel de dendê):

   I. Petrobrás/Projeto Pará -> atender demanda região Norte
   II. VALE/Biopalma -> autoconsumo dos trens e maquinário Carajás (B20)

   • Possibilidade de inserção de maior teor de mistura (B20?) para
   deslocar diesel utilizado em sistemas isolados -> CCC custou R$ 4
   bilhões em 2011

   • Frotas cativas e grandes consumidores de diesel podem ter
   interesse em colocar B20 (MDL, NAMA)
                                                                           31
Oportunidades para Exportação de Biodiesel
COPPE/UFRJ




   • Petrobrás/Projeto Belém:
   I.   Produção e Exportação de óleo de dendê para a GALP (Petroleira
      portuguesa).
   II. Esta produz “Diesel Verde” para atender demanda do mercado Europeu


   • Conflitos políticos entre Argentina (grande exportador de
   biodiesel) e Espanha podem tornar este um cliente potencial
   do Brasil

   • No entanto, cabe frisar que, por considerações ambientais, a
   UE deve limitar uso de biocombustíveis de 1a geração.




                                                                       32

More Related Content

What's hot

Dissertacao simonepereiradesouza
Dissertacao simonepereiradesouzaDissertacao simonepereiradesouza
Dissertacao simonepereiradesouzacaroldasilva
 
Biocombustíveis e seu derivados
Biocombustíveis e seu derivados Biocombustíveis e seu derivados
Biocombustíveis e seu derivados Ana Roberta Souza
 
Plus viii caxias 2012
Plus viii caxias 2012Plus viii caxias 2012
Plus viii caxias 2012fabioquimico
 
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramos
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramosProducao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramos
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramosÉrika Gonçalves
 
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia Mendes
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia MendesNormalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia Mendes
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia MendesCIDAADS
 
Mamona e a produção de biodiesel
Mamona e a produção de biodieselMamona e a produção de biodiesel
Mamona e a produção de biodieselProjetoBr
 
BiocombustíVeis
BiocombustíVeisBiocombustíVeis
BiocombustíVeismaiquelsulz
 

What's hot (16)

Donato Aranda
Donato ArandaDonato Aranda
Donato Aranda
 
Biocombustível 3 B
Biocombustível 3 BBiocombustível 3 B
Biocombustível 3 B
 
Dissertacao simonepereiradesouza
Dissertacao simonepereiradesouzaDissertacao simonepereiradesouza
Dissertacao simonepereiradesouza
 
Biocombustíveis e seu derivados
Biocombustíveis e seu derivados Biocombustíveis e seu derivados
Biocombustíveis e seu derivados
 
Plus viii caxias 2012
Plus viii caxias 2012Plus viii caxias 2012
Plus viii caxias 2012
 
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramos
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramosProducao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramos
Producao de-biocombustiveis-existem-problemas-na-producao luiz-pereira-ramos
 
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia Mendes
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia MendesNormalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia Mendes
Normalização e certificação de Biocombustíveis sólidos - Cláudia Mendes
 
Biogás no planejamento energético nacional
Biogás no planejamento energético nacional Biogás no planejamento energético nacional
Biogás no planejamento energético nacional
 
Mamona e a produção de biodiesel
Mamona e a produção de biodieselMamona e a produção de biodiesel
Mamona e a produção de biodiesel
 
Biodiesel novo
Biodiesel novoBiodiesel novo
Biodiesel novo
 
Biogás No Brasil
Biogás No BrasilBiogás No Brasil
Biogás No Brasil
 
O papel do biogás na política agropecuária
O papel do biogás na política agropecuáriaO papel do biogás na política agropecuária
O papel do biogás na política agropecuária
 
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "Aproveitamento de Biomassa na Região Centro"
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "Aproveitamento de Biomassa na Região Centro"FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "Aproveitamento de Biomassa na Região Centro"
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "Aproveitamento de Biomassa na Região Centro"
 
Combustíveis alternativos
Combustíveis alternativosCombustíveis alternativos
Combustíveis alternativos
 
BiocombustíVeis
BiocombustíVeisBiocombustíVeis
BiocombustíVeis
 
Saneamento Energético
Saneamento EnergéticoSaneamento Energético
Saneamento Energético
 

Similar to Desafios e perspectivas do biodiesel no Brasil

Case sérgio valadão usina de biodiesel 1
Case sérgio valadão   usina de biodiesel 1Case sérgio valadão   usina de biodiesel 1
Case sérgio valadão usina de biodiesel 1Sérgio Valadão
 
Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009BrasilEcodiesel
 
Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009BrasilEcodiesel
 
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Programa Nacional de Produção e Uso do BiodieselPrograma Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodieselcalberto1001
 
Rodrigo Rodrigues 2
Rodrigo Rodrigues 2Rodrigo Rodrigues 2
Rodrigo Rodrigues 2biodieselbr
 
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo Rural Pecuária
 
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo Brasil
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo BrasilPanorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo Brasil
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo BrasilSydney Dias
 
1. seminário de pesquisa (july)
1. seminário de pesquisa (july)1. seminário de pesquisa (july)
1. seminário de pesquisa (july)Juliana Costa
 
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambique
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambiqueAvaliacao dos biocombustiveis em mocambique
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambiquePedro Amone
 
Trabalho de bioenergia sérgio valadão
Trabalho de bioenergia  sérgio valadãoTrabalho de bioenergia  sérgio valadão
Trabalho de bioenergia sérgio valadãoSérgio Valadão
 
Apresentação de Marcos Jank - Única
Apresentação de Marcos Jank  - ÚnicaApresentação de Marcos Jank  - Única
Apresentação de Marcos Jank - ÚnicaCartaCapital
 
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....Marco Aurélio Gondim
 
Geografia trabalho (1)
Geografia trabalho (1)Geografia trabalho (1)
Geografia trabalho (1)Mayjö .
 

Similar to Desafios e perspectivas do biodiesel no Brasil (20)

Case sérgio valadão usina de biodiesel 1
Case sérgio valadão   usina de biodiesel 1Case sérgio valadão   usina de biodiesel 1
Case sérgio valadão usina de biodiesel 1
 
Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009
 
Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009Apresentação apimec – outubro 2009
Apresentação apimec – outubro 2009
 
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Programa Nacional de Produção e Uso do BiodieselPrograma Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
 
Rodrigo Rodrigues 2
Rodrigo Rodrigues 2Rodrigo Rodrigues 2
Rodrigo Rodrigues 2
 
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo
Usos do Biodiesel no Brasil e no Mundo
 
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo Brasil
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo BrasilPanorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo Brasil
Panorama Dos Biocombustiveis no BrasilNo Brasil
 
Biocombustíveis
BiocombustíveisBiocombustíveis
Biocombustíveis
 
1. seminário de pesquisa (july)
1. seminário de pesquisa (july)1. seminário de pesquisa (july)
1. seminário de pesquisa (july)
 
Biodiesel congress 2009
Biodiesel congress 2009Biodiesel congress 2009
Biodiesel congress 2009
 
Biodiesel congress 2009
Biodiesel congress 2009Biodiesel congress 2009
Biodiesel congress 2009
 
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambique
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambiqueAvaliacao dos biocombustiveis em mocambique
Avaliacao dos biocombustiveis em mocambique
 
Trabalho de bioenergia sérgio valadão
Trabalho de bioenergia  sérgio valadãoTrabalho de bioenergia  sérgio valadão
Trabalho de bioenergia sérgio valadão
 
biodiesel no Brasil
biodiesel no Brasilbiodiesel no Brasil
biodiesel no Brasil
 
PMI 2008 - Sherman
PMI 2008 - ShermanPMI 2008 - Sherman
PMI 2008 - Sherman
 
Biocombustivel
BiocombustivelBiocombustivel
Biocombustivel
 
Biocombustivel
BiocombustivelBiocombustivel
Biocombustivel
 
Apresentação de Marcos Jank - Única
Apresentação de Marcos Jank  - ÚnicaApresentação de Marcos Jank  - Única
Apresentação de Marcos Jank - Única
 
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....
'ATUALIDADES GEOGRAFIA BRASIL BIOCOMBUSTÍVEIS Prof Marco Aurelio Gondim [www....
 
Geografia trabalho (1)
Geografia trabalho (1)Geografia trabalho (1)
Geografia trabalho (1)
 

More from CBE2012

XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012
 XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012 XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012
XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho - 24 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho  - 24 outubro 2012XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho  - 24 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen  - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen  - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça  - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça  - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012 XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012 CBE2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012CBE2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012 XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012 CBE2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012 XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012 CBE2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012CBE2012
 

More from CBE2012 (20)

XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012
 XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012 XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012
XIV CBE - Palestra Magna - Luiz Pinguelli - 23 outubro 2012
 
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 3 - Hermes Chipp - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho - 24 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho  - 24 outubro 2012XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho  - 24 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 2 - Altino Ventura Filho - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Orlando - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen  - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen  - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Segen estefen - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça  - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça  - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - Luis mendonça - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 6 - José gutman - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Neemias - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Mauricio arouca - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012 XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Fernando Perrone - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012
XIV CBE - MESA 5 - Amilcar Guerreiro - 25 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Roberto Esteves - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Luiz felipe da silva - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leontina Pinto Engenho - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Leonan dos Santos - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 4 - Fernando Zancan - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Luiz Fernando Vianna - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012 XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Lucia Galdencio - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012 XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Volney Zanardi Junior - 24 outubro 2012
 
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
 

Desafios e perspectivas do biodiesel no Brasil

  • 1. COPPE/UFRJ Palestra 1 - Perspectivas e Desafios do Biodiesel no Brasil XIV CBE - Outubro 2012 Marcos A. V. Freitas Coordenador Executivo IVIG/COPPE/UFRJ
  • 2. Plano Nacional de Produção e Uso de COPPE/UFRJ Biodiesel (PNPB): Motivação Produção e Importação de Combustíveis no Brasil (2004)
  • 3. COPPE/UFRJ Pilares do PNPB ENERGIA Biodiesel Base Tecnológica: Agrícola, Industrial e de Uso do Combustível Ambiental Social Mercado
  • 4. 6 - Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel COPPE/UFRJ Como deveria ter ocorrido Como ficou
  • 5. COPPE/UFRJ Biodiesel: Baixo Impacto na Redução de Importação de Diesel Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (1/2012)
  • 6. COPPE/UFRJ Problema: Alta Capacidade Ociosa de Produção de Biodiesel Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
  • 7. COPPE/UFRJ Biodiesel: Unidades Produtoras Distantes dos Centros de Consumo Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
  • 8. Oferta de óleos e gorduras no Brasil: COPPE/UFRJ Dependência da Soja Fonte: ABIOVE - Biodiesel no Brasil - situação atual e perspectivas 8
  • 9. COPPE/UFRJ Resultado: PNPB Dependente da Oferta de Óleo de Soja Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
  • 10. Problema: Soja é Produzida em Função COPPE/UFRJ do Farelo Fonte: Oil World (2010)
  • 11. COPPE/UFRJ A Cultura da Soja A demanda por farelos está intrinsecamente relacionada à produção de carnes
  • 12. COPPE/UFRJ O Complexo Soja no Brasil
  • 13. COPPE/UFRJ Uso de óleo de soja no Brasil -A produção de biodiesel utiliza parte das exportações - A oferta é garantida pelo crescimento do processamento doméstico e do uso de parte das exportações de óleo
  • 14. COPPE/UFRJ Soja: Baixo Potencial de Geração de Empregos e Renda R$ 180,00 (11/10) Fonte: IPEA – Biocombustíveis no Brasil: Etanol e Biodiesel (2010)
  • 15. COPPE/UFRJ Desafios na Expansão da Oferta de Biodiesel Nacional • Problemas de não-conformidade (qualidade de processo) • Dificuldades no enquadramento de normas técnicas internacionais (matéria prima) • Falta de estímulos para Exportação (Lei Kandir) • Falta de competitividade vis a vis diesel mineral -> Alto custo de matéria prima • No curto e médio prazo, falta de alternativa à soja
  • 16. COPPE/UFRJ Biodiesel: Problemas de Qualidade A ANP analisou 6.758 amostras da mistura B5 comercializada em agosto 2012. O teor de biodiesel fora das especificações representou 20,6% do total de não conformidades identificadas. Em julho, o teor de biodiesel representou 20,9% do total de não conformidades. Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
  • 17. Matérias Primas para a Produção de Biodiesel no Brasil COPPE/UFRJ Atuais Futuros? Macaúba Babaçu Pinhão-Manso
  • 18. COPPE/UFRJ Dificuldades em Enquadrar Biodiesel Brasileiro junto à Norma Europeia (EN 14214) (*) (*) Norma EN 14214 baseada em biodiesel de Colza Fonte: IBP, 2007 18
  • 19. COPPE/UFRJ Cenário EPE de Expansão da Demanda por B100 “ O cenário é de que os preços dos insumos graxos sigam, no período decenal, trajetória crescente, mantendo-se em patamares sempre muito superiores ao do óleo diesel, mesmo considerando aumento deste... Nessas condições, a projeção da demanda de biodiesel se refere basicamente à adição obrigatória de 5% no diesel mineral.” Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão 2020
  • 20. COPPE/UFRJ Matéria Prima: Custo e Oferta • Dadas as rotas utilizadas comercialmente (éster metílico, via catálise alcalina), é necessário o uso de matéria prima de alta qualidade (baixa acidez) • De acordo com a Agência Internacional de Energia, ele representa entre 85% e 92% do custo total do biodiesel • Tecnologias inovadoras permitem a utilização de matéria prima de baixa qualidade, diminuindo os custos de produção e aumentando a oferta de insumos
  • 21. COPPE/UFRJ Biodiesel: Custo Pouco Competitivo Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
  • 22. COPPE/UFRJ Cenário de Preço de Insumos Graxos (US$/t) Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão de Energia 2019
  • 23. Rota Alternativa de Produção de Biodiesel COPPE/UFRJ Catálise ácida é requerida quando insumo apresenta >3% de acidez. Processo mais lento (180 min. vs. 60 min.), corrosivo (H2SO4) e energo-intensivo (quebra dos ácidos-graxos, destilação) 23
  • 24. COPPE/UFRJ Produção de Biodiesel Enzimático Tecnologia Tsinghua: nenhuma Abordagem tradicional perda de atividade das lipases mesmo após 200, 300 bateladas
  • 25. COPPE/UFRJ Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/ Tecnologia Tsinghua & Novozymes)  Mais barato do que biodiesel por rota química  Menor consumo de energia  Transforma tanto óleos & gorduras quanto a borra (ácidos graxos livres) em Biodiesel i. Realiza tanto a transesterificação quanto a esterificação na mesma batelada ii. Processa óleos com altíssimo teor de acidez e umidade iii. Rota química, por outro lado, demanda catálise ácida (H2SO4) para matéria-prima com > 3% acidez -> mais  Rota Etílica é Preferível: mais Eficiente 25
  • 26. COPPE/UFRJ Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/ Tecnologia Tsinghua & Novozymes)  Utiliza Etanol Hidratado (~90%) e Anidro – Facilita recuperação de álcool sem unidade de desidratação  Pós-tratamento facilitado: não necessita neutralização, lavagem  Glicerol com maior teor de pureza: maior valor de mercado, mais opções de conversão 26
  • 27. COPPE/UFRJ Processo Testado com vários Insumos 27
  • 28. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO • Aproveitamento da gordura recuperável da escuma de esgoto mediante um processo de extração na presença de solvente. • A partir desta matéria graxa obtida (basicamente ácidos graxos), é possível produzir biodiesel, através do processo de esterificação, com rendimento reacional superior a 75%.
  • 29. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO Escuma Matéria Biodiesel Tanque de Escuma Graxa
  • 30. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO Planta Piloto para Produção de Biodiesel de Esgoto – ETE Alegria - CEDAE
  • 31. Oportunidades para Expansão da Demanda COPPE/UFRJ Doméstica por Biodiesel • Novo marco regulatório para o Biodiesel? • Por ora, não há sinais de aumento da mistura -> problemas com a qualidade do B100 • Dois grandes projetos na Região Norte (biodiesel de dendê): I. Petrobrás/Projeto Pará -> atender demanda região Norte II. VALE/Biopalma -> autoconsumo dos trens e maquinário Carajás (B20) • Possibilidade de inserção de maior teor de mistura (B20?) para deslocar diesel utilizado em sistemas isolados -> CCC custou R$ 4 bilhões em 2011 • Frotas cativas e grandes consumidores de diesel podem ter interesse em colocar B20 (MDL, NAMA) 31
  • 32. Oportunidades para Exportação de Biodiesel COPPE/UFRJ • Petrobrás/Projeto Belém: I. Produção e Exportação de óleo de dendê para a GALP (Petroleira portuguesa). II. Esta produz “Diesel Verde” para atender demanda do mercado Europeu • Conflitos políticos entre Argentina (grande exportador de biodiesel) e Espanha podem tornar este um cliente potencial do Brasil • No entanto, cabe frisar que, por considerações ambientais, a UE deve limitar uso de biocombustíveis de 1a geração. 32