1. O documento discute a importância da variabilidade e estrutura da prática de habilidades motoras, distinguindo entre práticas constantes, variadas, por blocos e aleatórias.
2. Explica que a prática variada fortalece esquemas motores segundo a teoria de esquema, mas que a prática aleatória causa maior interferência contextual e é melhor para transferência e retenção de acordo com estudos.
3. Recomenda prática inicial com pouca variação e prática posterior com mais variação, e que a prática aleatória é
2. OBJETIVOS DA AULA
Desenvolver no aluno a capacidade de:
1.Entender a importância de estruturar com
eficácia em uma sessão de prática a série de
tentativas de variações de uma mesma habilidade
e de diferentes habilidades
2.Distinguir as práticas variada e constante, por
blocos e aleatória
3.Compreender o fenômeno da interferência
contextual
4.Saber manipular os diferentes regimes de
variabilidade e estrutura de prática de acordo com
os achados na literatura
3. VARIAR OU NÃO VARIAR A PRÁTICA,
EIS A QUESTÃO?
Forte apelo pedagógico relacionado à motivação (troca-
mudança x monotonia-repetição)
VARIABILIDADE E ESTRUTURA DE PRÁTICA
4. SCHMIDT (1975)
TEORIA DE ESQUEMA MOTOR
PRÁTICA CONSTANTE PRÁTICA VARIADA
VARIAÇÃO DE PARÂMETROS DO MESMO PADRÃO
5. SCHMIDT (1975)
EXPLICAÇÃO
A PRÁTICA VARIADA DE PARÂMETROS DO
MESMO PADRÃO FORTALECE OS ESQUEMAS
PORQUE O APRENDIZ TEM MAIS
OPORTUNIDADES PARA RELACIONAR AS
INFORMAÇÕES DO MOVIMENTO
6. GENTILE: CONSTANTE NO INÍCIO,
CONSTANTE NO FINAL (HMs FECHADAS),
VARIADA NO FINAL (HMs ABERTAS)
SUMMERS: CONSTANTE NO INÍCIO,
VARIADA NO FINAL
BERNSTEIN: COM RESTRIÇÃO NO INÍCIO,
COM LIBERDADE NO FINAL
Gentile (1972, 1987); Summers (1989); Bernstein (1967)
SEGUNDO MODELOS DESCRITIVOS
7. SEGUNDO TEORIAS
TEORIA DE ESQUEMA (SCHMIDT, 1975):
Prática variada do mesmo padrão de
movimento é melhor que prática
constante
INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL (BATTIG,
1972, 1979; SHEA & MORGAN, 1979):
Interferência de variação das tarefas em
uma série dessas próprias tarefas, ou
seja, prática variada aleatória é melhor
que prática variada por blocos
8. FENÔMENO DA INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL
CONTÍNUO DA IC
Baixa IC
Blocos
Alta IC
Aleatória
BATTIG (1972, 1979); SHEA & MORGAN (1979)
DE PARTIDA, ASSUME A PRÁTICA VARIADA
PRÁTICA POR BLOCOS
AAAAAAAAAAABBBBBBBBBBBCCCCCCCCCCC
PRÁTICA ALEATÓRIA
BCACBAACBCABCBABCACABBACABCCBABCA
9. PARADOXO DA INTERFERÊNCIA
CONTEXTUAL = GB MELHOR NA AQUISIÇÃO,
MAS GA MELHOR NOS TESTES
PARADOXO
PARADOXO
Valores
Valores
de
de
Precisão
Precisão
Bloco de Tentativas
Bloco de Tentativas
GB
GB
GA
GA
Aquisição
Aquisição
Transferência
Transferência Retenção
Retenção
GA
GA
GB
GB
Meira Jr. & Tani (2005)
10. Lee & Magill (1983)
PRÁTICA SERIAL = PRÁTICA ALEATÓRIA
11. EXPLICAÇÕES PARA A SUPERIORIDADE
DA PRÁTICA ALEATÓRIA
ELABORAÇÃO: representações das variações
ficam disponíveis para resgate na memória de
trabalho
ESQUECIMENTO/RECONSTRUÇÃO: a cada
execução, há reconstrução do plano de ação e
esquecimento da variação anterior
Battig (1972, 1979); Shea & Morgan (1979); Shea & Zimny (1983); Lee & Magill (1983)
15. INTERPRETAÇÃO DESSE PADRÃO
POR ESTUDIOSOS NO ASSUNTO
PRÁTICA VARIADA: PARA CRIANÇAS E TAREFAS
DISCRETAS (BALÍSTICAS)
PRÁTICA ALEATÓRIA:
PARA HABILIDOSOS
PARA INICIANTES APENAS QUANDO O
APRENDIZ NÃO É SOBRECARREGADO COM
ALTOS NÍVEIS DE EXIGÊNCIA MOTORA,
ATENÇÃO E MEMÓRIA
Brady (1998, 2004); Corrêa (2004); Guadagnoli & Lee (2004); Magill (2009); Magill & Hall (1990);
Meira Jr. et al. (2001); Meira Jr. & Tani (2005; Tani et al. (2010); Van Rossum (1990); Wulf & Shea
(2002)
16. RECOMENDAÇÃO
PROPORCIONE PRÁTICA INICIAL COM
POUCA VARIAÇÃO (FORMAR
ESTRUTURA) E PRÁTICA POSTERIOR
COM AUMENTO DE VARIAÇÃO
(APERFEIÇOAR A ESTRUTURA)
Brady (1998, 2004); Corrêa (2004); Guadagnoli & Lee (2004); Magill (2009); Magill & Hall (1990);
Meira Jr. et al. (2001); Meira Jr. & Tani (2005; Tani et al. (2010); Van Rossum (1990); Wulf & Shea
(2002)
18. A: lateral; B: por baixo; C: por cima
A: lateral a 6m; a: lateral a 4m; @: lateral a 2m
Estrutura de prática Quantidade de variação Seqüência de tentativas
Constante Nenhuma AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Blocos Baixa AAAAAAAAAABBBBBBBBBBCCCCCCCCCC
Blocos Aleatórios Baixa BBBBBAAAAACCCCCAAAAABBBBBCCCCC
Constante-Blocos Baixa CCCCCCCCCCCCCCCAAAAABBBBBCCCCC
Blocos-Constante Baixa BBBBBCCCCCAAAAACCCCCCCCCCCCCCC
Constante-Variada Média AAAAAAAAAAAAAAA@aAaA@A@a@Aa@aA
Constante-Aleatória Média CCCCCCCCCCCCCCCBCABACBCACABABC
Blocos-Aleatória Média AAAAABBBBBCCCCCBCABACBCACABABC
Seriada Média ABCABCABCABCABCABCABCABCABCABC
Variada-Constante Média @aAaA@A@a@Aa@AaAAAAAAAAAAAAAAA
Aleatória-Constante Média BCABACBCACABABCBBBBBBBBBBBBBBB
Aleatória-Blocos Média BCABACBCACABABCAAAAACCCCCBBBBB
Variada Alta aA@Aa@a@A@aAa@A@aAa@AaA@A@aA@a
Aleatória Alta BACCABABCBCACBABCABACBCACABABC
PRÁTICAS
MISTAS
19. CONCLUSÕES DA AULA
1. A variabilidade e a estrutura de prática são importantes
porque abordam a motivação durante a execução de
sequências de habilidades ou variações de uma mesma
habilidade
2. Prática constante não implica em variação alguma; prática
variada implica em variar parâmetros de uma mesma
habilidade ou variar as habilidades praticadas; prática por
blocos significa por várias vezes; prática aleatória significa
mudar a cada tentativa a variação/habilidade
3. Segundo o fenômeno da interferência contextual, prática
aleatória provoca pior desempenho de aquisição e melhor
desempenho de transferência e retenção
4. A prática aleatória é eficaz para habilidosos e favorece a
adaptabilidade; a prática por blocos deve ser utilizada no
início do processo de aprendizagem motora