2. A educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e
da comunidade.
(LDB Art. 29)
3. O papel da educação infantil é o CUIDAR da criança em espaço
formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer (brincar). Também é seu
papel EDUCAR, sempre respeitando o caráter lúdico das atividades, com ênfase no
desenvolvimento integral da criança.
Não cabe à educação infantil alfabetizar a criança. Nessa fase ela não tem
maturidade neural para isso, salvo os casos em que a alfabetização é espontânea.
Devem ser trabalhados os seguintes eixos com as crianças:
Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade
e Matemática.
O objetivo é o de desenvolver algumas capacidades, como: ampliar relações
sociais na interação com outras crianças e adultos, conhecer seu próprio
corpo, brincar e se expressar das mais variadas formas, utilizar diferentes
linguagens para se comunicar, entre outros.
A ênfase da educação infantil é ESTIMULAR as diferentes áreas de
desenvolvimento da criança, aguçar sua curiosidade, sendo que, para isso, é
imprescindível que a criança esteja feliz no espaço escolar.
(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)
4. As creches e instituições de
educação infantil surgiram com o
objetivo de atender
exclusivamente crianças de
famílias de baixa renda.
A estratégia era combater a
pobreza e a mortalidade infantil.
5. entendido como troca de favores;
poucas unidades e por isso excluía a maioria
das crianças dessa política pública;
não havia profissionais qualificados;
assistencialista;
autoritária – crianças espancadas;
número elevado de crianças por adulto;
não transmitia segurança e alegria.
6. Pressão dos movimentos sociais pela
expansão e qualificação do atendimento;
Ampliação gradativa da oferta;
Prática educativa aliada às pesquisas (LDB art. 62);
Primeira etapa da Educação Básica (LDB art. 21);
Direito da Criança, dever do estado (LDB art. 4º);
Legislação específica (ECA, LDB, RCNs, PNE);
Ensino Fundamental de 9 anos.
7. Assim, podemos afirmar que com o avanço
na Educação, torna-se merecida a valorização
da Educação Infantil, sendo ela a base do
desenvolvimento da sociedade.
8.
9. •A criança precisa ser estimulada
para que se desenvolva de forma
saudável e inteligente.
•Cada gesto do adulto é muito
valioso para a criança, segundo
Vigotsky a criança se desenvolve de
acordo com os estímulos que recebe.
HHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHH
10. É estimulada pelos gestos;
Fase das imitações: bater palmas, fazer
caretas, virar de um lado para o
outro, levantar a cabeça;
Essas reações preparam a criança para a
locomoção e sustentação do próprio corpo.
11. Fase marcada pela curiosidade;
Andar, falar... Tudo o que importa é
movimentar-se (ufa haja fôlego);
Com o controle do movimento é motivada a
exploração do ambiente;
Tudo é brincadeira – não tem noção do que é
certo e errado;
O adulto precisa estar atento para explorar
essa fase de curiosidade e exploração para
que a criança sinta ainda mais desejo de
pesquisar e descobrir o novo.
12. Fase do repertório dos gestos;
Desenvolve senso de humor, imitações;
Gosta de espelhar-se no adulto;
Aprende a usar objetos pessoais como roupas e calçados;
Todos os atos exigem uma coordenação motora, como
recortar, andar em linha reta, montar quebra-cabeça, ou
seja, encaixar pequenas peças, colar, contornar e pintar
desenhos;
Poder imaginativo para utilizar os objetos com outras
funções: um lápis pode ser uma espada, uma caixa
transforma-se em navio...
O adulto precisa enriquecer a tendência lúdica da
motricidade, precisa ter dinamismo para prender a atenção
para que as crianças se concentrem um pouco mais.
13.
14. VÍDEO 1
VÍDEO 2
Que definições temos para o cuidar, o educar
e o brincar?
Como deve ser o planejamento das atividades
na Educação Infantil para atender o
entrelaçamento entre o cuidar, educar e
brincar?
15. Educar no sentido amplo significa
proporcionar situação de cuidados, com
brincadeiras que desenvolvam a evolução da
criança e jamais a regressão. Com
isso, estaremos estimulando-as ao
aprendizado significativo nas relações
interpessoais e sociais, como a ética e os
valores.
16. Como educadores devemos ter uma nova
concepção para que as instituições
incorporem à educação infantil uma prática
integrada. Além de acolher todas as crianças
de maneira igualitária, sendo cuidadas e
educadas.
18. Há uma diferença fundamental entre ir ao
banheiro em casa, em seu espaço familiar, e
na Creche, em espaço socializado com
outros. O uso do banheiro, acompanhado por
alguém, pressupõe a “exposição genital”. Por
que em casa isso não é um problema e na
Creche pode se transformar. O sentimento de
vergonha pode estar presente.
19. Orientar a criança a fazer a higiene bucal,
considerando que a primeira dentição também
precisa de cuidados especiais. Os dentistas
recomendam a limpeza das gengivas com uma
gaze enrolada no dedo do adulto para limpar os
resíduos de alimentos. E para crianças que já tem
seus dentes, é recomendado fazer a higienização
com escovas de cerdas macias e com pequena
quantidade de pasta dental, pois a criança, como
não sabe ainda, poderá engolir, mas sendo em
pequena quantidade,não haverá problema.
20. Gosta de criança;
Visão ampla e atualiza-se sempre;
Amoroso, carismático, dinâmico e criativo;
Profissional multi;
Trabalha em equipe;
Bom senso e colaboração;
Engajado no Projeto Político Pedagógico.
21. Viva com alegria!
Use a imaginação. O primeiro passo é imaginar.
Faça AS COISAS DE MODO DIFERENTE.
Arrisque-se.
Elogie-se. Reconheça o que você faz de bom.
Aja. Não espere as coisas acontecerem. Tome a
frente e faça você mesmo a mudança.
23. “...agressão é ad gradior = mover-se para
adiante assim como regressão indica o
movimento para trás.
A violência (vis, bia, hybris, dynamis) é a
agressão destrutiva que busca
aniquilar, desintegrar. Nem toda agressividade é
violência, mas toda violência
é,sim, agressividade”.
SANTOS, M. C. C. L. (2002).Raízes da Violência na Criança e Danos Psíquicos.
Maria Faria Westphal (Org.) Violência e Criança. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo.
24. “... todo o bem e o mal encontrados no mundo
das relações humanas serão encontrados no
âmago do ser humano... no bebê existe amor e
ódio com plena intensidade humana”. (Winnicott)
“De todas as tendências humanas, a
agressividade, em especial, é
escondida, disfarçada, desviada, atribuída a
agentes externos, e quando se manifesta é
sempre uma tarefa difícil identificar suas
origens”. (Winnicott)
25. “Observa-se que a atividade de um bebê sadio
caracteriza-se por movimentos naturais e uma tendência
para bater contra as coisas; isso é gradualmente usado
pelo bebê, ao lado dos gritos, cuspidas, de passar fezes e
urina, a serviço da raiva, do ódio e da vingança. A criança
passa a amar e a odiar simultaneamente, e a aceitar a
contradição. Um dos mais importantes exemplos da
conjugação de amor e agressão surge com o impulso para
morder, que passa a ter um sentido aproximadamente a
partir dos cinco meses de idade. Por fim integra-se no
prazer que acompanha o ato de comer qualquer espécie
de alimento. Originalmente, porém, é o objeto bom, o
corpo materno, que excita o morder e produz idéias de
morder. Assim, o alimento acaba por ser aceito como um
símbolo do corpo da mãe, do corpo do pai ou de qualquer
outra pessoa amada”. (Winnicott, 1964:101)
26. O ambiente familiar é extremamente relevante no
desenvolvimento psicológico das crianças. Desde o
primeiro momento em que a criança precisa ser
cuidada por um adulto e ao longo dos seus primeiros
anos de vida, as relações que estabelece no ambiente
familiar devem possibilitar a construção de um
sentimento de segurança e de amparo, somente
desse modo a criança poderá se sentir a vontade
porque sabe que a despeito de toda sua capacidade
destrutiva (fantasiada) o ambiente se mantém estável.
Entretanto quando isso não ocorre, a criança vai
manifestar sua agressividade em outros ambientes,
diante de outras pessoas para tentar encontrar um
outro quadro de referências: tios, avós, escola...
27. “Os pais terão que ser capazes de mostrar
força e firmeza em suas atitudes para com os
filhos, e também compreensão e amor”.
(Winnicott)
“Em resumo, a agressão tem dois
significados. Por um lado, constitui direta ou
indiretamente uma reação à frustração. Por
outro lado, é uma das muitas fontes de
energia de um indivíduo”. (Winnicott)
28. Pode ser que uma criança tenda para a
agressividade e outra dificilmente revele
qualquer sintoma de agressividade, desde o
princípio, embora ambas tenham o mesmo
problema. Acontece simplesmente que essas
crianças estão lidando de maneiras distintas
com suas cargas de impulsos agressivos.”
(Winnicott, 1964:97)
29. Na teoria de Wallon a passagem de um estágio
para outro não se dá linearmente, por
ampliação, mas por reformulação, instalando-se
no momento da passagem de uma etapa a
outra, crises que afetam a conduta da criança. Os
conflitos, propulsores do desenvolvimento, que
se instalam nesse processo podem ser de origem
exógena, quando resultantes dos desencontros
entre as ações da criança e o ambiente
exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura;
ou de origem endógena, quando gerados pelos
efeitos da maturação nervosa (Galvão, 1995).
30. Erikson denomina Confiança Básica versus Desconfiança.
Nesse período, referente ao primeiro ano de vida, se a mãe (ou cuidador
primário) oferece satisfação em relação às necessidades físicas e
emocionais básicas, o bebê desenvolve um senso de confiança básica no
outro e no "self".
Esse sentimento de confiança está relacionado com a persistência,
continuidade e uniformidade da experiência de cuidado, que proporciona
um sentimento primitivo de identidade do ego. Sentimento esse que
futuramente combinará o sentimento de ser “aceitável”, por ser ela mesma,
e de se transformar naquilo que os demais acreditam que chegará a ser.
31. Denominado Autonomia versus Vergonha e Dúvida.
Corresponde ao período de dois a três anos de idade.
Nessa fase, as trocas com o ambiente, ocorrem por meio de agarrar
(retenção) e soltar (eliminação).
Nessa idade a criança sente necessidade de testar os limites e explorar;
se a dependência é estimulada, a autonomia da criança é inibida.
O controle externo deve ser firmemente tranqüilizador.
A criança deve sentir que não terá sua existência ameaçada.
O ambiente deve tanto encorajá-la a se manter sobre seus próprios
pés, como protegê-la contra as experiências arbitrárias e esporádicas de
se envergonhar e sentir-se em dúvida precocemente.
32. Corresponde ao período de três a cinco anos de idade,
Denominado Iniciativa X Culpa.
A partir dessa fase a criança começa a reconhecer as instituições, funções e
papéis que permitem sua participação responsável,
graças ao desenvolvimento gradual de um senso de responsabilidade moral.
Encontra prazer no manejo de ferramentas, na manipulação de brinquedos e
no cuidado de crianças menores. Portanto, ao lado da fixação opressiva de
um senso moral que restringe o horizonte do que é permitido, essa etapa
possibilita também a determinação da direção para o que é possível
concretamente, permitindo relacionar os sonhos das primeiras fases da
infância com os objetivos da vida adulta.
34. A criança é caracterizada como agressiva
principalmente porque morde os colegas;
algumas vezes apresenta um comportamento
diferenciado dos demais no tocante à
linguagem e a interação com as outras
crianças.
É preciso levantar hipóteses, por exemplo de
comprometimento psicofisiológico e sugerir a
mãe que procure um neurologista ou
psiquiatra infantil.
35. De acordo com os psicólogos o
comportamento agressivo é freqüente e
intencional (criança age por motivação
própria e para causar algum dano e não de
modo reativo – reação a alguma
agressão/frustração).
36. Comportamentos que se desviam daqueles
desejados pelos adultos, nem sempre
significam agressividade.
Ex.: “luta” entre os meninos e outros
colegas, significa que estão brincando de
brigar, e não necessariamente a intenção de
machucar o outro.
Desobediência ou indisciplina
X
agressividade.
38. Até que ponto a creche propicia um ambiente
seguro para as crianças, uma vez que, para
ali, vão todos os dias, permanecem quase dez
horas diárias sob a tutela de professoras e
auxiliares?
Ali são submetidas a modelos de
comportamento, a formas de lidar com a
corporeidade, a padrões de socialização e
convívio social, a processos de desenvolvimento
emocional:
amor, ódio, prazer, ansiedade, angústia e assim
por diante... Diferentes da rotina de suas casas?
39. A creche oferece um ambiente seguro para que
as crianças possam demonstrar sua
agressividade sem medo de serem aniquiladas
por isso?
Talvez um dos maiores desafios a ser
enfrentado, quando examinamos o fenômeno da
violência infantil, na perspectiva de
Winnicott, seja o da aceitação dos adultos de que
tal agressividade é fato normal, que ela é
expressão de uma falta, e/ou ausência, e que, no
lugar de ser reprimida, ela precisa ser canalizada
por meio de um ato criativo.
40. Que a criança seja responsabilizada pelo que fez.
Liberdade de ação, onde a criança escolha o que
fazer, explorando os “cantos” da sala, para
permitir a mobilidade da criança e ao mesmo
tempo a supervisão do adulto.
O excesso de energia gasto para chamar a tenção
das crianças cria um “clima” ruim na sala de aula
e ocasiona um desgaste da professora na relação
com as crianças, fragilizando sua
autoridade, fatores esses que propiciam
interações não educativas entre as crianças e
entre elas e as professoras.
41. Que o ambiente ofereça um suporte gradual para as
atividades das crianças de modo que estas se sintam
satisfeitas em realizar sozinhas algumas tarefas.
CUIDADO - O risco de sufocar a criança com uma
superproteção que lhe impeça de fazer suas tentativas, ou o
risco de oferecer um suporte insuficiente que gere na criança
um sentimento de incapacidade. Essas duas posturas podem
gerar sentimentos de dúvida e vergonha prejudiciais no
desenvolvimento da autonomia.
42. A agressividade pode
perfeitamente funcionar como
uma forma de compensar essa
perda de autonomia e do
sentimento de vergonha.
43. O educador infantil é ou não é o mais
importante na formação da personalidade de
uma criança?????
44.
45. É sabido que a criança, como todo ser humano, é
o sujeito do meio histórico e social, faz parte da
junção familiar de maneira organizada, ou
seja, está inserida na sociedade, todavia com
determinada cultura. Pode-se afirmar que a
criança tem na família biológica ou com a qual
convive, um ponto de referência, sendo esse
essencial para sua convivência.
46. Assim é importante que as profissionais da
creche ou educação infantil conheçam o
mínimo sobre a vida da criança que está
recebendo, cuidando, educando, formando...
COMO:
Visita às famílias com questionário;
Socialização entre a equipe da instituição;
Conversas com o responsável diariamente;
Entendimento e aceitação da criança como
um ser em formação.
47. A rotina da Creche ou Ensino Infantil interfere
no comportamento apresentado pelas
crianças?
48. As atividades devem ser planejadas respeitando a
fase em que cada criança se encontra;
Uma ideia interessante é ter caixas na sala com
lençóis/tecidos de diferente tamanhos e cores;
A criança precisa experimentar para conhecer...
Use muitas atividades com tinta, papel para
rasgar...
Os gestos, o olhar e a emoção do professor
também são instrumentos que contam muito no
ato de educar. Pois a imagem é mais forte!
49. http://www.youtube.com/watch?v=QrjamaSsl2s&feature=related
vídeo projeto afetividade