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Nome do Consultor: Gabriela da Costa Aguiar Agustini (Gabriela Agustini) 
Projeto: 914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura 
no Brasil 
SA Contrato: 1386/2014 
Controle UNESCO: 556579 
Número do Produto: 01 
Nome do Produto: Documento técnico-analítico com referências metodológicas 
nacionais e internacionais para a implantação do projeto de integração das ações 
e programa de gestão, empreendedorismo e inovação no campo da Economia 
Criativa. 
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014 
Gabriela Agustini
Projeto: 
914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura no Brasil 
Produto 01: 
Referenciais metodológicos nacionais e internacionais para a implantação do 
projeto de integração das ações e programa de gestão, empreendedorismo e 
inovação no campo da Economia Criativa. 
Apresentação 
O presente estudo busca trazer uma série de conceitos que impactam a realidade 
da economia criativa no Brasil e no mundo em tempos de redes. A fim de 
contribuir com a formulação de políticas públicas que fomentem de forma 
inovadora as práticas dos setores criativos foi feito um levantamento de 85 
iniciativas que fornecem uma amostra de um movimento global de aposta em 
processos colaborativos de produção, trabalho e consumo. Para melhor 
compreender tais empreendimentos, este estudo busca amparo nas reflexões de 
pensadores contemporâneos que se debruçam sobre a temática tais como 
Manuel Castells1, Jeremy Rifkin2, Yochai Benkler 3e Ricardo Abramovay4. 
Antes de detalhar tais iniciativas, apresenta-se uma breve explicação dos 
conceitos de sociedade em rede, de cultura da internet, de economia colaborativa 
e de espaços de colaboração a fim de tentar estabelecer o contexto no qual tais 
práticas se dão. Compreender esse contexto e analisar as iniciativas é um passo 
importante para o desenvolvimento de um plano que contempla a integração das 
ações do programa Brasil Criativo. 
Conceito base de rede 
O século 21 é o século das redes. O termo “rede” é utilizado há tempos no campo 
da teoria das organizações e vem sendo aplicada pelas ciências sociais e 
econômicas, psicologia, biologia como instrumento de análise das relações que 
são construídas pelos indivíduos em seus círculos sociais. Para além de 
instrumentos analíticos, “as redes representam estruturas de governança que 
caracterizam as teias de interdependência encontradas nos distritos industriais e 
1 Manuel Castells é um sociólogo espanhol especializado nos estudos da sociedade da informação, 
comunicação e globalização. Dentre as suas publicações estão a trilogia “Sociedade em Rede” e “A 
Galáxia da Internet”. 
2 Jeremy Rifkin é um teórico das ciências econômicas norte-americano que se dedica a estudar o 
impacto das mudanças tecnológicas e científicas na economia, no meio ambiente, na sociedade e 
na força de trabalho. Dentre as suas publicações estão “A Sociedade do Custo Marginal Zero” e “A 
Terceira Revolução Industrial”. 
3 Yochai Benkler é professor da faculdade de direito da Universidade de Harvard nos Estados 
Unidos que estuda o sistema de produção, distribuição e consumo na era conectada. “A Riqueza 
das Redes” e “O Pinguim e o Leviatã: o triunfo da cooperação sobre o auto interesse”. 
4 Ricardo Abramovay é professor da Faculdade de Economia e Administração e do Instituto de 
Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Escreveu “Muito Além da Economia 
Verde”.
tipificam práticas como relações contratuais, colaboração entre manufaturas ou 
vários níveis de alianças entre firmas”, como já descreveram Powell e Smith- 
Doerr (1994:369). 
Em sua obra “Sociedade em Rede”, o teórico Manuel Castells pontua que a 
organização em rede é dos traços mais importantes das estruturas sociais 
contemporâneas. Para ele, uma rede é um conjunto de nós interconectados e o 
que é define este nó depende do tipo de rede que está em questão. 
“Redes são instrumentos para a economia capitalista baseada na inovação, 
globalização e concentração descentralizada; para o trabalho, trabalhadores e 
empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para uma cultura de 
desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao 
processamento instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma 
organização social que vise a suplantação do espaço e invalidação do tempo.” 
(Castells, 1999, p. 498). 
Redes, muitas vezes, são estruturas invisíveis, informais, tácitas. Elas perpassam 
os momentos da vida social, mas nem sempre estão aparentes. São o conjunto de 
“conexões ocultas”, como diria Fritjof Capra5. 
E apesar do crescente emprego do termo, seu significado “está longe de receber 
uma definição unânime”, como bem pontua Ricardo Abramovay6. 
A Internet e a Sociedade em Rede 
Um observador atento não levará muito tempo para perceber que a expansão 
das redes é só um sintoma de um mundo que enfrenta um processo de 
transformação estrutural, como bem diagnosticado por Castells. “É um processo 
multidimensional, mas está associado à emergência de um novo paradigma 
tecnológico, baseado nas tecnologias na informação e comunicação, que 
começaram a tomar forma nos anos 60 e que se difundiram de forma desigual 
por todo o mundo” (CASTELLS; CARDOSO, 2005, p. 17). 
O conceito de rede é adotado pela sociedade muito antes da internet e dos 
computadores existirem. Uma roda em volta da fogueira feita pelos nossos 
ancestrais para compartilhar histórias e interesses não deixa de ser uma rede 
social. Coube, entretanto, ao surgimento e à popularização da internet nas 
últimas décadas a intensificação de uso das redes sociais, assim como a sua 
elevação a uma escala global e em tempo real. 
5 Menção à tese de Fritjof Capra presente no livro “As Conexões Ocultas” 9Editora Cultrix, São 
Paulo, 2002) no qual ele aponta que todas as formas de vida - desde as células mais primitivas até 
as sociedades humanas, suas empresas e Estados nacionais, até mesmo sua economia global - 
organizam-se segundo o mesmo padrão e os mesmos princípios básicos - o padrão em rede. 
6 Referência à citaç ão feita em artigo “A rede, os nós, as teias: tecnologias alternativas na 
agricultura”(2000, p. 163).
É por isso que a internet deve ser compreendida como uma rede que congrega 
diversos tipos e grupos de redes, incluindo além das redes de computadores, 
redes de pessoas e de informações. Dentro dessa lógica, essa congregação forma 
uma nova cultura que Pierre Lévy denomina de cultura do ciberespaço ou 
cibercultura. 
“O ciberespaço (que também chamarei de “rede”) é o novo meio de comunicação 
que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não 
apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo 
oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que 
navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, 
especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de 
atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente 
com o crescimento do ciberespaço.” (LÉVY, 1999, p.17). 
Neste sentido, ainda que a tecnologia seja fundamental para viabilizar as mais 
diversas articulações em rede, é no reconhecimento da expansão da informação 
e do conhecimento que reside a grande potência desta nova organização social. É 
preciso reconhecer e legitimar que o saber não é mais produzido - e estocado - 
somente em instituições criadas especialmente para determinados fins. Da 
mesma forma como as inovações já não mais pertencem apenas aos grandes 
centros e departamentos de pesquisa. Ao Estado cabe abrir-se para o 
conhecimento gerado e distribuído livremente nas redes e incorporar a lógica da 
abertura e da produção descentralizada a fim de potencializar e fomentar os 
processos de inovação. 
A cultura da internet 
O Brasil fechou 2013 com 100 milhões de pessoas conectadas à internet, o que 
representa quase 50% da sua população. Levantamento recente feito pela 
empresa americana Kleiner Perkins Caufield & Byers (KPCB) 7coloca o país como 
o quinto maior mercado para negócios na Internet no mundo e como quarto 
entre a lista dos que passam mais tempo por dia usando os seus aparelhos 
eletrônicos. 
O crescimento do número de usuários de internet móvel no país é outro dado 
importante. Só em 2013 o aumento foi de 244%, quando comparado ao ano 
anterior. Estima-se que temos mais de 40 milhões de smartphones e mais de 10 
milhões de tablets.8 
Consequentemente, o impacto das formas de produzir em rede são cada vez mais 
visíveis. Desde as últimas décadas do século XX, as novas tecnologias de 
informação e comunicação vem mudando intensamente a forma como 
produzimos e compartilhamos conhecimento. 
7 Referência ao Internet Trends 2014 disponível na internet em: http://www.kpcb.com/internet-trends 
8 Dados presentes no estudo “Mobile Economy Latin America 2013” feito pela GSMA e disponível 
na internet em: http://gsma.com/newsroom/wp-content/ 
uploads/2013/12/GSMA_ME_LatAm_Report_2013.pdf
Softwares e internet criam a possibilidade de democratizar o acesso à 
informação, maximizar os potenciais de bens e serviços e amplificar os valores 
que formam a nossa cultura, criando inclusive novos comportamentos, 
linguagens artísticas e novos modos de produção. 
É importante notar que quanto maior a liberdade para as práticas colaborativas 
na rede, mais extensa será a inteligência coletiva 9e maior o seu potencial 
criativo. E, nesse sentido, o Estado, por meio de políticas públicas adequadas, 
deve incentivar e promover tais práticas, estimulando sua expansão em 
território nacional. 
Por isso, é importante compreender quais são estas práticas e como elas 
ocorrem e ter claro que no espaço da inovação três palavras são fundamentais: 
colaboração, abertura e transdisciplinariedade. 
Rodrigo Savazoni, citando o teórico do ciberespaço Howard Rheingold, indica 
que “nosso mundo vem se transformando não pela ação dos líderes industriais 
estabelecidos (como já ocorrera com o surgimento da internet e dos 
computadores pessoais), mas pela força de “pequenos grupos de jovens 
empreendedores e de associações de aficcionados”. (SAVAZONI, 2012) 
“Jovens que muitas vezes aprendem a fazer, fazendo, trocando experiências e 
conhecimento pela internet e recriando práticas de produção que apostam na 
colaboração como valor real de produção.” (SAVAZONI, 2012) 
As 85 iniciativas mapeadas no presente estudo evidenciam a intensificação a 
expansão dos coletivos e o crescente surgimento de espaços de colaboração e 
negócios baseados na troca e na relação peer-to-peer 10. 
Desta forma, a associação em rede entre diferentes forças e organizações com 
alguns propósitos em comum cria condições para a explosão das redes de afeto e 
para a colaboração, gerando inovação tanto em modelos de negócios e serviços 
quanto nos movimentos e organizações sociais. Como consequência, observa-se 
a inclusão de novos públicos e a expansão da demanda associada a mercados até 
então sub explorados. 
Cabe lembrar que apesar do seu enorme potencial e da revolução que a internet 
causou na humanidade, reside na sua apropriação pela sociedade o seu 
verdadeiro triunfo. 
“A convergência da mídia, as telecomunicações e os computadores não libertam – nem 
nunca irão libertar – a humanidade. A Internet é uma ferramenta útil, não uma 
9 Inteligência coletiva é um conceito que descreve o tipo de inteligência que surge da colaboração 
de muitos indivíduos. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na 
humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa. 
10 Peer-to-peer (P2P) é um tipo de arquitetura de rede distribuída e descentralizada na qual cada 
nó (chamado “peers”ou pares) se comunica diretamente com outro sem passar por uma 
estrutura de administração central.
tecnologia redentora. O determinismo tecnológico não molda o futuro da 
humanidade: quem constrói o futuro é a humanidade em si, usando novas 
tecnologias como ferramentas.” (BARBROOK, 2009, p. 08) 
Economia Colaborativa 
O esforço dos cidadãos de se agrupar em coletivos e cooperativas seja para criar 
novas demandas, seja para combater os efeitos sociais de mercados já criados 
não é novidade. O que existe de novo nesses movimentos atuais em torno da 
colaboração é o seu suporte digital, que permite uma escala de transmissão de 
dados e conexões entre as pessoas jamais pensada. 
Yochai Benkler em “A Riqueza das Redes” aponta que a emergência das redes dá 
origem a uma nova forma de interação econômica entre os indivíduos, o que 
caracteriza um novo estágio da economia da informação. 
“Na economia de informação em rede, o capital físico necessário para a produção 
é amplamente distribuído pela sociedade. Computadores pessoais e conexões de 
rede são ubíquos. (...) O resultado é que significantemente mais daquilo que os 
seres humanos dão valor pode ser feito por indivíduos, que interagem uns com 
os outros socialmente, como seres humanos e como seres sociais, ao invés de 
como agentes de mercado por um sistema de preços. (...) O resultado é um setor 
florescente de produção de informação, conhecimento e cultura fora do sistema 
de mercado, baseado no ambiente de rede, e aplicado a qualquer coisa que 
muitos indivíduos conectados podem imaginar.” (BLENKLER, 2006, p. 45) 
A tecnologia reduziu o custo de transação, permitindo que a circulação de bens 
seja fácil, de baixo custo e em larga escala. Com uma grande quantidade de dados 
disponíveis sobre pessoas e objetos, é possível desagregá-los e consumi-los como 
serviço. Sites como Airbnb11, Rent a local friend12, Bliive13 são alguns exemplos 
de plataformas que conectam “donos” com possíveis “locadores” que vão de 
espaço físico a aprendizados já assimilados por uma pessoa. 
Cabe notar que essas plataformas transformam bens que estavam ociosos em 
recursos permitindo o surgimento de novos negócios e novas relações. O modelo 
funciona para bens tangíveis e para bens intangíveis, pode envolver o pagamento 
em dinheiro ou não e serve tanto aos cidadãos quanto às grandes instituições. E 
com a possibilidade de conectar à internet objetos físicos, assim como todo o 
potencial da chamada Internet das Coisas, as redes de troca devem se expandir 
ainda mais, trazendo para o mundo dos objetos a lógica dos negócios e das trocas 
baseados na Internet. 
E se por um lado o processo da colaboração abre caminho para formas coletivas 
de gestão e de melhor aproveitamento de recursos, por outro muitas vezes acaba 
11 https://www.airbnb.com/ 
12 http://www.rentalocalfriend.com/ 
13 http://bliive.com/
reproduzindo a mesma estrutura da economia tradicional ao se organizar na 
forma de negócios privados que concentram uma grande quantidade de poder e 
riqueza. 
Ainda assim, como pontua Ricardo Abramovay, aponta para a possibilidade de 
uma organização social na qual “a produção de massas dará lugar à produção 
pelas massas, numa espécie de recuperação dos ideais gandhianos de 
autoprodução e independência, mas sob condições técnicas que permitem 
competir com o que, até aqui, só era possível em virtude da grande indústria e da 
gigantesca concentração de poder que lhe é correlativa”14 (ABROMAVAY; 2014) 
Cabe mencionar que o deslocamento do eixo central de geração de valor do 
conteúdo material para o conteúdo de conhecimento incorporado aos processos 
produtivos na era digital faz surgir uma série de dificuldades na formatação de 
modelos de negócios e de sustentabilidade financeira para os empreendimentos 
do século 21. Como manter serviços gratuitos, o livre acesso a informações e 
garantir o retorno financeiro necessário à execução desses trabalhos? Como 
estimular redes e investir na troca de experiências? Como criar um 
empreendimento baseado em inovação aberta e no desenvolvimento em 
software livre? Como criar modelos de negócio para empreendimentos que não 
mais se baseiam na propriedade e sim no acesso? 
Questões como essas são centrais para muitas das iniciativas pesquisadas e 
descritas no ANEXO 1 a este documento. 
Espaços de colaboração: coworkings, makerspaces, hackerspaces, fablabs, 
ateliês, estúdios e colivings 
Os espaços de coworking, escritórios compartilhados nos quais profissionais que 
trabalham em empresas e projetos diferentes dividem o mesmo espaço físico, 
começaram a aparecer da forma como conhecemos hoje por volta dos ano 2000. 
Em 1999, na cidade de Nova Iorque o “42 West 24” 15 alugava postos de trabalho 
em seu loft que abrigava uma empresa de desenvolvimento de software. 
Escritórios compartilhados com foco em colaboração eram prototipados em 
torno de empresas no Vale do Silício nos anos 70 e já era prática comum entre 
artistas, inclusive no Brasil, nos anos 60, sendo A Fábrica, de Andy Warrol, um 
grande exemplo. A Academia de Platão e mesmo as oficinas iluministas já 
produziam esse tipo de rede física de colaboração séculos antes. 
O ano de 2005 marca a ascensão do uso do termo “coworking”, quando surgiram 
diversos espaços pelo mundo, como o Schraubenfabrik16, na Austria, a rede The 
14 Referência ao artigo publicado por Ricardo Abramovay no jornal Valor Econômico de 13 de 
maio de 2014 disponível em: http://ricardoabramovay.com/2014/05/13/uma-economia-da-abundancia- 
nasce-da-internet-das-coisas/#more-276 
15 http://42west24.com/ 
16 http://www.schraubenfabrik.at/Home/
Hub17, na Inglaterra, o Hat Factory e o São Francisco Coworking Space, nos 
Estados Unidos. 
De lá para cá, a prática de trabalhar em espaços compartilhados só cresceu, se 
popularizou e foi incorporada por diversos segmentos profissionais. Estudo 
publicado pela revista especializada DeskMag em 2013 18aponta que mais de 109 
mil pessoas trabalham em 2500 espaços de coworking espalhados pelo mundo. 
Naquele ano, segundo a pesquisa, a média foi de 4,5 locais inaugurados por dia. 
Considerando que a metodologia utilizada se baseia no cadastramento 
voluntário, é possível dizer que uma quantidade muito maior de espaços desse 
tipo foram lançados e não estão contemplados nesse número. 
Com uma simples busca na internet e possí vel encontrar espaços de coworking 
em diversas cidades brasileiras, com uma grande concentraça o nas capitais. 
Alguns espaços sa o focados apenas em prover a infraestrutura e o serviço de 
escrito rio, enquanto outros te m o foco no trabalho coletivo, na colaboraça o entre 
os seus membros. Com preços que variam de R$ 200 a R$ 1500 por posiça o 
ocupada, a oferta de serviços em alguns casos inclui ainda alimentaça o, cursos e 
eventos de networking. 
Cabe ainda pontuar a existência de locais com a vocação de coworking, que 
funcionam de maneira menos estruturada, não como um negócio provedor de 
infraestrutura e sim como um espaço coletivo, no qual os seus integrantes 
dividem as contas e decidem suas ações em processo semelhante ao adotado por 
jovens estudantes em suas repúblicas. 
A informalidade desse tipo de iniciativa, assim como dos coletivos, dos 
movimentos, das redes e das associações livres, dificulta a coleta de dados e não 
nos permite saber de forma exata quantos espaços colaborativos foram criados 
no mundo nos últimos anos. Ainda assim, é evidente o crescimento dessas ações 
e a procura por espaços de trabalho compartilhados, no qual o indivíduo tem 
acesso a além de um ambiente para desenvolver as suas atividades profissionais, 
a um grupo de pessoas e conexões que agregam ao desenvolvimento de seu 
projeto. 
Compilado feito 19 pelo Movebla, portal na internet dedicado ao assunto, mapeia 
121 espaços brasileiros de coworking, quase todos na região Sudeste. 
Considerando que muitos empreendimentos noticiados pela imprensa e, 
inclusive, integrantes do ANEXO 1 deste documento não constam no mapa, é 
possível concluir que a realidade deste tipo de prática é ainda maior do que a 
mapeada. 
Alguns espaços de coworking funcionam ainda como incubadoras, aceleradoras 
ou outro tipo de negócio focado em desenvolvimento de novas iniciativas e 
estímulo ao empreendedorismo. Nesse caso, além de trabalhar em um mesmo 
ambiente e ter acesso a uma rede de contato, as pessoas compartilham serviços 
17 A rede The Hub virou Impact Hub recentemente: http://www.impacthub.net/ 
18 http://www.deskmag.com/en/2500-coworking-spaces-4-5-per-day-741 
19 http://movebla.com/maps/#
de mentoria e de educação, em um treinamento que pode ser temporário ou 
permanente. A 2121220, Rio Criativo21, Wayra22 são algumas iniciativas que 
realizam essas atividades de incubação formalmente. Enquanto outras como 
Templo 23 , NEX Coworking 24 e Casa da Cultura Digital 25 fazem isso 
informalmente. 
Além dos empreendimentos focados em prestar serviço de coworking, incluindo 
as incubadoras, aceleradoras e os coworkings informais, incluindo ocupações e 
espaços coletivos, observa-se nos últimos anos um surgimento crescente de 
espaços coletivos voltados a outras dimensões da vida do cidadão, não 
necessariamente ligados à sua atividade profissional. Makerspaces, 
hackerspaces, fablabs, ateliês, estúdios, colivings mostram que a lógica da 
colaboração extrapola o âmbito profissional e pode servir para aprender novos 
ofícios, desenvolver uma atividade recreativa, artística ou de lazer e até mesmo 
como moradia. 
O website hackerspaces.org computa em sua base de dados mais de 1700 
hackerspaces em atividade no mundo, dos quais 16 estão no Brasil 26 . 
Hackerspaces são laboratórios comunitários e colaborativos para aprendizagens 
e práticas ligadas ao universo da computação e da robótica. Geralmente, 
oferecem a seus membros máquinas, equipamentos e componentes que 
permitem a criação de protótipos e aplicações tecnológicas variadas. Costuma 
ser um espaço com gestão coletiva que funciona na lógica de clube, mantido pela 
mensalidade de seus membros, e que segue os princípios da filosofia hacker. Do 
ponto de vista formal, usualmente são associações sem fins lucrativos, embora 
existam experiências associadas a empresas comerciais e até espaços sem 
formalização e modelo claro de funcionamento. 
Empreendimentos que atuam de forma semelhante mas que apresentam uma 
vocação comercial, geralmente, são denominados makerspaces, termo amplo que 
designa os espaços ligados à cultura Faça Você Mesmo (DIY: do it yourself), 27que 
20 Incubadora privada com sede no Rio de Janeiro e foco em empreendimentos de tecnologia: 
http://21212.com/ 
21 Incubadora públicado do Governo de Estado do Rio de Janeiro com foco em empreendimentos 
dos setores criativos: http://www.riocriativo.rj.gov.br/site/ 
22 Incubadora da empresa Telefônica presente em vários países do mundo, incluindo Brasil, com 
foco em empreendimentos de tecnologia: http://wayra.org/en 
23 Espaço de empreendedorismo no Rio de Janeiro, que não tem serviço de incubadora, mas 
procura incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking 
e outros serviços ligados à educação: http://www.templo.co/. Ver ANEXO 1. 
24 Espaço de empreendedorismo em Curitiba, que não tem serviço de incubadora, mas procura 
incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking e outros 
serviços ligados à educação: http://www.nexcoworking.com.br/ . Ver ANEXO 1. 
25 Rede de casas espalhadas em algumas cidades do país (Belém, São Paulo, Porto Alegre, 
Campinas) que trabalham coletivamente em um espaço e procuram trabalhar em conjunto em 
novas ideias e incentivar novos empreendimentos. Ver ANEXO 1. 
26 Lista completa em: http://hackerspaces.org/wiki/List_of_Hacker_Spaces 
27 A cultura do faça você mesmo remete ao Do It Yourself americano, que teria surgido com a 
cena punk e pós-punk no combate ao consumismo desenfreado e incentivando às pessoas que 
consertassem e criassem seus produtos e projetos com suas próprias mãos. Com a popularização 
de novas tecnologias tem-se um resgate da cultura DIY, agora com um viés tecnológico que passa 
pelo software, hardware, eletrônica, robótica.
engloba desde as práticas de design e fabricação digital até as experimentações 
com robótica e software. Esse tipo de espaço traz uma apropriação criativa e um 
olhar mais amplo para as novas tecnologias. São espaços nos quais 
programadores, empreendedores, artistas e curiosos em geral se reúnem para 
entender como funciona, por exemplo, o arduino28. E produzir aplicações como 
um calendário “inteligente” para colocar na parede: integrado ao Google 
Calendar29 e com painéis luminosos, ele se movimenta de acordo com as 
alterações feitas na internet. 
Dentre os makerspaces, cabe especial destaque à rede FabLab, criada no Center 
for Bits and Atoms do Medialab no MIT (Massachusetts Institute of Technology) 
em 2001 e em franca expansão pelo mundo. Os fablabs têm carta de princípios e 
diretrizes próprias e trabalham com os mesmos motes descritos acima. Podem 
estar acoplados a universidades como centros de pesquisa, a empresas ou ser 
independentes, normalmente misturando um híbrido de ações com e sem fins 
lucrativos. 
No Brasil, existem dois FabLabs em atividade na cidade de São Paulo30, mais 
alguns em fase de implementação pelo país, e outros makerspaces não 
associados à rede. Esses espaços disponibilizam atividades para os mais variados 
públicos explorando o universo das impressoras 3D, das máquinas de corte a 
laser e outros equipamentos que antecipam o futuro da produção de 
manufaturas. As nomenclaturas makerspace, fablab, hackerspace não possuem 
definição fechada e podem ainda ser substituídas por termos como hacklab, lab. 
Em se tratando de espaços de colaboração, vale ainda mencionar os ateliês, 
estúdios e espaços coletivos voltados às práticas artísticas, profissionais ou não. 
O compartilhamento de ferramentas, materiais e a necessidade de espaços 
amplos para determinadas práticas estimula que artistas busquem soluções 
compartilhadas para o seu dia a dia. Ocupações a espaços públicos ou criados 
para outros usos, como é o caso da Fabrica Bhering31, no Rio de Janeiro, e da Casa 
Amarela32, em São Paulo, são bons exemplos desta prática. Nessa mesma linha, 
praças e ruas acabam funcionando como espaços temporários de ocupação 
artísticas e culturais, como é o caso do Festival Baixo Centro33, em São Paulo, e 
das intervenções realizadas pelo coletivo Casa Nuvem34, no Rio de Janeiro. 
28 Arduino é a marca italiana de um microcontrolador que permite o desenvolvimento de 
aplicações interativas. É um projeto aberto de hardware, ou seja, pode ser modificado e replicado 
livremente. 
29 Aplicação de calendário do Google, no qual é possível inserir atividades, programar a sua 
agenda e interligar com notificações no email e celular. 
30 FabLab na USP, com uso restrito a alunos, e Garagem FabLab, aberto ao public geral. 
31 Espaço que reúne cerca de 120 artistas independente no centro do Rio de Janeiro: 
http://www.fabricabhering.com/ Ver ANEXO 1. 
32 Ocupação artística no centro de São Paulo que te o objetivo de realizer ocupações culturais em 
espaços públicos ociosos: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/ Ver ANEXO 1. 
33 Festival Baixo Centro é uma atividade autogestionada anual que ocorre no centro de São Paulo 
com o foco de ocupar as ruas da cidade com manifestações culturais e artísticas da população 
local. As atrações são submetidas a uma chamada coletiva e o financiamento é feito 
coletivamente em plataforma da internet em sistema conhecido como “crowdfunding”. 
34 Casa Nuvem é um coletivo com sede no Rio de Janeiro que organiza intervenções artísticas no 
espaço publico, juntando principalmente bicicletas e música.
Para além do mundo do trabalho, da educação e das artes, alguns espaços 
colaborativos servem também de moradia. O termo “coliving” já comum entre as 
pessoas envolvidas com o universo da colaboração ainda nem aparece na 
Wikipedia, repositório global de novos conceitos. Normalmente, são casas 
compartilhadas que servem tanto de moradia quanto de espaço de trabalho e 
algumas vezes até como área de eventos ligados ao universo das pessoas que a 
habitam. Na Casa Fora do Eixo35, em São Paulo, por exemplo, há uma série de 
shows e festas, que movimentam o universo do coletivo cultural que a gerencia. 
Já o The Glint, 36em São Francisco, são os encontros entre públicos diferentes 
ligados ao universo da criatividade que mobilizam a casa. 
O coliving, muitas vezes, surge como uma resposta aos altos preços dos alugueis 
praticados nas cidades somado a uma insatisfação de determinados grupos com 
o modo de trabalho que impõe uma rotina com pouca flexibilidade e distante dos 
seus propósitos pessoais. Da mesma forma que acontece com os coworkings, 
existem aqui iniciativas com e sem fins lucrativos, formais e informais, com fins 
tão diversos quanto ativismo político e geração de novos negócios. 
A origem do coliving, assim como a do coworking, não é nova e resgata hábitos e 
práticas já presentes na sociedade há bastante tempo. As casas comunitárias 
ligadas a cooperativas na Nova Iorque de 1920, as experiências de “cohousing” 
na Dinamarca37 e as experiências de artistas ligados às comunidades hippies nos 
Estados Unidos nos anos 60 são alguns dos exemplos. 
Conclusão 
Como é evidente não há uma base teórica que consiga englobar a diversidade de 
estruturas e práticas encontradas nos mais diferentes espaços colaborativos. 
Trata-se de campo aberto, no qual as regras e diretrizes são definidas por quem 
cria estes espaços, segundo suas necessidades, estando, por isso, em constante 
reformulação. Além disso, trata-se de matéria recente, em um contexto marcado 
por rápidas mudanças e apropriação mutante pelos mais diversos atores que 
criam – e recriam – tais conceitos e modelos. 
Por isso, longe de buscar um mapeamento completo e exaustivo das mais 
diversas práticas em rede, o escopo do presente estudo é identificar algumas 
iniciativas de destaque neste setor em franca expansão no Brasil e no mundo, 
recomendando vivamente seu acompanhamento por parte dos gestores públicos. 
O mapeamento a seguir traz para cada uma das experiências listadas linhas 
gerais com definição sobre seus modelos que puderam ser obtidas na pesquisa 
em fontes secundárias (website de cada projeto). 
35 Espaço sede do coletivo Circuito Fora do Eixo na cidade, que serve como escritório, moradia e 
espaço para atividades e eventos. Ver ANEXO 1. 
36 http://theglint.com/ 
37 Sættedammen, na Dinamarca, é considerada uma das comunidades de cohousing mais antigas 
em atividade no mundo.
As iniciativas foram analisadas com o intuito de identificar aspectos comuns, 
ainda que não se possa assumir que tais características estejam necessariamente 
presente em todos os projetos. Uma vez mais é preciso remarcar que cada um 
deles tem se desenvolvido segundo suas próprias necessidades e peculiaridades. 
De todos os modos, o estudo destas práticas revela uma série de aspectos 
recorrentes, sendo os dez mais comuns o que se seguem: 
1. Atuam como espaço de estímulo à criatividade e inovação; 
2. Têm formalização jurídica que não contempla a totalidade de suas 
funções; 
3. Promovem o encontro e conectam cidadãos com interesses e habilidades 
comuns; 
4. Compartilham produtos, processos e consideram as opiniões e 
intervenções de seus públicos na formulação de seus produtos e serviços; 
5. Agem sob a lógica da abertura, da transparência, incorporam práticas de 
gestão horizontal e têm modelos de negócio baseados na geração de valor 
a partir da colaboração; 
6. Têm modelos de negócio híbrido, conciliando ações com fins lucrativos e 
sem fins lucrativos. 
7. Estimulam o empreendedorismo de maneira formal ou informal; 
8. Atuam à margem das políticas públicas consolidadas, evidenciando baixo 
diálogo com governos e instituições tradicionais; 
9. Baixa, porém crescente, articulação entre iniciativas semelhantes; 
10. Dificuldade em encontrar um modelo de negócio sustentável que 
consolide suas ações no médio e longo prazo. 
O reconhecimento de tais práticas e a avaliação sobre seu sucesso e dificuldades 
de operação constituem elementos fundamentais de subsídio a políticas públicas 
que apostem na inovação e criatividade. Ao Estado cabe o desafio de entender – e 
apoiar – uma realidade produtiva plural e em constante embate com a 
burocracia.
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014 
___________________________________ 
Gabriela Agustini
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ANEXO 1 
Iniciativas, cases, empreendimentos com arranjos produtivos inovadores 
Foram listadas 85 iniciativas em curso no mundo que envolvem colaboração em 
sua forma de produção, trabalho ou consumo. Cabe notar que a lista é apenas 
uma pequena amostragem e que as categorias escolhidas não são definitivas, 
posto que muitas das funcionalidades e formas de operar acabam coexistindo. 
A. Gestão Horizontal 
Espaços e ações que tem como foco a gestão comunitária e compartilhada 
de suas atividades, considerando seus públicos/clientes como parte do 
processo da criação dos produtos e serviços. 
1. Curto Café 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição 
Pequeno café no centro do Rio de Janeiro cujo o objetivo é o de estimular um 
ambiente onde os frequentadores possam cooperar entre si com liberdade, 
experimentando ideias, receitas, atividades colaborativas no espaço, projetos 
coletivos. Para isso, não há hierarquia, controle de fluxo ou planos de longo 
prazo. Os preços a serem pagos pelo café são definidos pelos próprios 
consumidores e as contas ficam abertas (com preços sugeridos) pelas paredes do 
espaço. 
Metodologia 
O café é uma empresa. O estabelecimento funciona de maneira horizontal e sem 
hierarquias, baseando-se no conceito de trabalho em rede. Não há funcionário 
contratado pela empresa e cada consumidor pode escolher se quer “fazer parte 
da equipe” temporariamente ou não. As receitas podem ser flexibilizadas e os 
consumidores ainda podem escolher se querem trabalhar na cozinha, no caixa, 
etc. Existe um responsável que articula pessoas para que elas se sintam parte do 
espaço e participem do dia a dia. Discussões sobre modelos de negócio e 
abertura dos dados financeiros são feitos em grupos pela Internet. 
Fonte https://www.facebook.com/curtocafe?fref=ts 
2. Park Sloop Food Coop 
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição
A Park Slope Food Coop (PSFC) é uma das mais antigas e maiores cooperativas 
de alimento dos EUA. Um dos principais objetivos é ser “um agente de compra 
para seus membros, e não um agente de venda para a indústria”. Está focada 
prioritariamente nos gêneros orgânicos, não processados e saudáveis e, na 
medida do possível, produzido por produtores locais. A instituição vende apenas 
aos seus membros que têm que pagar uma taxa anual e uma parcela de tempo de 
trabalho na empresa. 
Metodologia 
A cooperativa foi formada em 1973 e hoje tem mais de 15 mil membros. O 
modelo de negócio requer que cada um dos membros adultos contribua com 2 
horas e 45 minutos de trabalho a cada 4 semanas. É fundamental, também, que 
nenhum dos membros divida uma casa com um não-membro. Os membros têm 
possibilidade de comprar produtos até 21% mais baratos. A economia é possível 
graças ao trabalho realizado pelos próprios sócios. A instituição também pode 
ser enquadrara como Corporação sem fins lucrativos (Not-for-profit 
Corporation), descrita no Artigo I, seção 5 do The New York Cooperative 
Corporations Law. Outro valores centrais: divisão igualitária de lucros e 
responsabilidades, sustentabilidade ambiental, busca por fornecedores que 
fujam à exploração do trabalho, apoio à agricultura local e não-tóxica. 
Fonte: http://www.foodcoop.com/ 
3. The People Supermarket 
Localização: Londres, Reino Unido, Europa 
Descrição 
The People's Supermarket é uma cooperativa varejista de alimentos baseada em 
Londres. O objetivo principal é prover a comunidade local com comida de 
qualidade a preços baixos e que sejam justos para o produtor e o consumidor. 
Foi criado em 2010 e em fevereiro de 2012 já contava com mil membros. 
Metodologia 
Cooperativa sem fins lucrativos, na qual os membros têm que pagar uma taxa 
anual de 25 libras e contribuir com 4 horas de trabalho a cada 4 semanas. O 
retorno é um desconto de 20% das compras efetuadas pelos membros na loja. 
Fonte: http://www.thepeoplessupermarket.org/home 
4. Clevedon Community Bookshop 
Localização: Clevedon, Reino Unido, Europa 
Descrição: 
A Clevedon Community Bookshop é uma livraria especializada em livros usados 
de qualidade. A instituição opera como uma cooperativa gestada e executada por 
seus membros. A filosofia é manter o controle e funcionamento da empresa sob o
comando dos moradores da comunidade. Os serviços da livraria também se 
desdobram para a educação, exposições e eventos artísticos e atividades sociais. 
Metodologia: 
Empresa na qual cada membro participa comprando um mínimo de 10 cotas por 
1 libra cada. Com as cotas o membro já é considerado parte da livraria e pode 
começar suas vendas. A cota mínima já é suficiente para dar direito ao voto, que 
é igual para todos, independente do tamanho da estante de cada vendedor. O 
envolvimento de cada membro com as funções da empresa depende da 
disponibilidade de cada um. Os sócios orientam que lucros só são esperados no 
fim do segundo ano de associação, e variam de acordo com o nível de 
envolvimento de cada membro. Os resultados, metas e previsões são discutidos 
entre todos. 
Fonte: http://www.clevedoncommunitybookshop.coop/ 
5. The Pink Lane Jazz Co-op 
Localização: Newcastle, Reino Unido, Europa 
Descrição: 
The Pink Lane Jazz Co-Op é um clube de jazz em formato de cooperativa. Os 
membros se reúnem ao redor do entusiasmo pelo jazz, poesia e dança. A 
cooperativa atua também na educação, promovendo cursos e ações para sua 
comunidade. Recentemente, seus 200 membros juntaram 240 mil libras e 
concretizaram a compra de um pub na cidade. O espaço agora é gerido pela 
cooperativa. 
Metodologia: 
O Pink Lane Jazz Co-Op foi gestado dentro do The Co-Operative Enterprise Hub, 
uma organização voltada exclusivamente ao treinamento e capacitação de 
interessados em abrir e gerir cooperativas. 
Fonte: http://www.pinklanejazz.co.uk/ 
6. Charwelton 
Localização: Bristol, Reino Unido, Europa 
Descrição: 
The Fox and Hounds era o único pub do vilarejo de Charwelton, em Bristol, no 
interior da Inglaterra. Quando fechou, dos 280 moradores do lugar, 60 se 
associaram e criaram uma cooperativa que conseguiu reunir a quantia 
necessária para comprar o pub. A decisão de manter o estabelecimento aberto 
veio da constatação que era ele o agregador da comunidade. O grupo de 
membros contou com assessorias de organizações que estimulam cooperativas. 
Metodologia:
Além do investimento dos próprios criadores da cooperativa, houve um 
empréstimo e apoio logístico da consultoria Co-operative Enterprise Hub (um 
Hub para incubar e acelerar cooperativas no Reino Unido). 
Fonte: http://communitysharesfund.coop/fox-and-hounds.html 
7. CollaboNation 
Localização: Sydney, Austrália, Oceania 
Descrição: 
CollaboNation é um projeto de arte coletivo, baseado na experiência da pintora 
australiana Jess Bush. O objetivo da ação é reunir dinheiro e engajamento para 
realizar uma obra de arte coletiva no festival The Burning Man. O processo será 
filmado e transformado em um documentário, a ideia é que a ação se multiplique 
e se cristalize em uma tradição do evento. 
Metodologia: 
O projeto se baseia no financiamento por crowdfunding. Os participantes podem 
contribuir com valores que variam de 5 a 1500 dólares australianos, e recebem 
diferentes recompensas: desde a oportunidade de participar da obra até uma 
cópia do documentário que registra todo o processo. A pintura final será 
queimada - como é a tradição do evento - mas os financiadores podem receber 
impressões dela. 
Fonte: http://www.jessbush.com/collabonation.html 
8. Produtora Cultural Colaborativa 
Localização: Salvador, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
A Produtora Cultural Colaborativa é uma iniciativa sustentada em três 
atividades: o Palco Livre, que abriga as ações de interação direta do artista com o 
público, o segmento audiovisual e a cobertura compartilhada, que compreende 
as ações de jornalismo. Este ramo estimula a difusão das produções audiovisuais, 
apresentações artísticas, eventos e atividades da cidade e fomenta o uso e 
interação nas redes sociais, garantindo visibilidade e mídia para pessoas que não 
usufruem destes espaços em canais tradicionais de comunicação. A iniciativa 
nasceu em 2009 no Fórum Social de Belém-PA, dentro do Acampamento 
Intercontinental da Juventude. 
Metodologia: 
Iniciativa sem formalização, que ocorre em eventos ligados ao universo da 
produção cultural. Todas as atividades oferecidas ocorrem em caráter de oficinas 
e vivências práticas. O cálculo das atividades e dos serviços prestados é 
expressado em uma moeda própria da Produtora, a IDEA.
Fonte: http://www.iteia.org.br/textos/produtora-cultural-colaborativa-artigo-expoidea- 
2010 
9. Baixo Centro 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
O Baixo Centro é um festival de rua colaborativo, horizontal, independente e 
autogestionado realizado por uma rede aberta de produtoras interessadas em 
ressignificar esta região da capital de São Paulo em torno do Minhocão. Com o 
mote “as ruas são pra dançar”, busca estimular a apropriação do espaço público 
pelo público a quem, de fato, pertence, motivando uma maior interação das 
pessoas com seus locais de passagem, trabalho ou moradia cotidianos. 
Metodologia: 
O festival nasce principalmente de um desejo de ocupação do espaço urbano, tem 
origem civil e não-governamental. A produção é realizado por um coletivo que se 
organiza horizontalmente, associativa, aberta e livremente. Não há nenhuma 
instituição por trás: empresas, ONGs, governo. O financiamento também é 
coletivo e associativo, via crowdfunding e outras formas independentes de 
arrecadação (como leilão, rifa e doações). A preferência de financiamento é de 
pessoas físicas, ainda que não esteja descartado o financiamento privado e 
público. A programação é construída a partir de chamadas públicas, de ações e é 
toda aberta à intervenção e gratuita, mesmo para as atividades em espaços 
fechados. 
Fonte: http://baixocentro.org/ 
10. Voodoohop 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
A Voodoohop é uma festa que resgatou o centrão de São Paulo quando ainda 
nem se falava tanto em ocupação urbana, em 2009. Uma celebração 
despretensiosa que acabou virando um dos maiores coletivos da cidade 
reunindo música, arte e cultura. Começou como uma reunião e amigos, que 
cresceu tanto, que o grupo passou a ocupar espaços públicos, como ruas, praças 
e prédio abandonados para viabilizar as suas ações. 
Metodologia: 
A Voodoohop é um coletivo que não tem número fechado de pessoas. Por meio 
do website e perfis nas redes sociais é possível enviar sugestões, se oferecer para 
trabalhar em conjunto e associar-se assim à iniciativa. 
Fonte: http://voodoohop.com/content/events/0 
11. Brownie do Luiz
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição 
Brownie do Luiz é uma fábrica, loja e distribuidora de bolos de chocolate no Rio 
de Janeiro. A empresa entrega para endereços em todo território nacional e 
trabalha com pontos de vendas associados. Com crescimento recorde, é um 
exemplo de microempresa familiar que atingiu um nível de médio porte. 
Metodologia 
É uma empresa de varejo, na qual os funcionários são também sócios e 
estimulados a projetar uma carreira na empresa. A orientação é para um 
conceito mais abrangente de trabalho, que transcenda o mero sustento 
financeiro. Princípios como informação aberta e colaboratividade regem a 
empresa, que nem sequer considera a fórmula de seu principal produto um 
segredo. Há no próprio site as indicações para fazer o brownie em casa, assim 
como declarações de que outras empresas que replicaram o modelo em outras 
partes do país. Os trabalhadores não só são envolvidos nos lucros da empresa 
como também são fundamentais para decidir os rumos do negócio. 
Fonte: http://browniedoluiz.com.br/ 
B. Iniciativas que incentivam a colaboração 
Espaços, ações, empreendimentos focados em estimular a cooperação e 
colaboração entre os seus participantes e/ou em criar projetos 
coletivamente com seus membros. 
12. Casa Nuvem/ Nuvem Móvel 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
A plataforma multidisciplinar Nuvem surgiu em 2011 por meio de uma iniciativa 
de financiamento coletivo. Foi concebida para ser móvel, modular, autônoma e 
poder dialogar com diferentes aspectos da cidade através da relação entre seus 
agentes e espaços, explorados por seus happenings envolvendo música, 
ocupação de espaços públicos sub visitados /sub utilizados e do encontro 
aleatório entre pessoas em um determinado local de forma gratuita e não 
seletiva. Assim se posiciona ao contrário das iniciativas particulares e 
comportamentais que privilegiam a cultura da exclusão e da formação de nichos. 
Metodologia: 
É um coletivo sem formalização, que foi formado por sete integrantes vindos de 
áreas diversas como artes visuais, design, DJs, produtores, cicloativistas, hackers 
e entusiastas da mentalidade do “faça-você-mesmo”. Tem um espaço que oferece 
serviço de coworking pago e realiza festas, oficinas. Atualmente, são cerca de 30 
membros que se dividem entre as funções de gestão do espaço e atividades do 
coletivo.
Fonte: http://nuvem.fm/ 
13. Templo 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Templo é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking, 
educação e inovação. Seu foco é trabalhar a colaboração entre os participantes da 
rede e conectá-los a outros agentes ligados ao ecossistema empreendedor. Reúne 
principalmente empresas dos setores da economia criativa e 
O espaço possui ainda um makerspace, área voltada ao estímulo à apropriação 
de novas tecnologias, inovação e suporte de negócios a projetos de robótica, 
design, eletrônica, software, hardware. 
Metodologia: 
Para participar da rede no dia a dia é preciso contratar um dos planos 
disponíveis, mas é possível frequentar o espaço em atividades abertas e gratuitas 
que são oferecidas em suas unidades. Uma vez parte da rede é possível auxiliar 
nas escolhas e decisões relativas aos espaços. São oferecidos cursos e atividades 
pagas e os serviços incluem ainda consultoria de inovação e gestão de projetos 
ligados ao universo empreendedor. 
Fonte: http://www.templo.co/ 
14. NEX 
Localização: Cascavel, Curitiba, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Nex é uma empresa com fins lucrativos focada em serviço de coworking e 
estímulo ao empreendedorismo. Oferece serviços de educação, eventos de 
networking e mistura em um mesmo ambiente empresas grandes, pequenas e 
profissionais freelancer de diversos setores econômicos. Tem o foco em 
desenvolvimento de comunidade e colaboração entre os seus membros. 
Metodologia: 
O espaço conta com planos diversos para o espaço de coworking e oferece ainda 
serviços de educação, como cursos e palestras, focados em desenvolvimento de 
novos negócios e criatividade e aluga espaço para eventos. 
Fonte: http://www.nexcoworking.com.br/ 
15. Ateliê Aberto 
Localização: Campinas, Brasil, América do Sul 
Descrição:
O ateliê Aberto é uma entidade auto-gerida com foco na arte contemporânea. 
Trabalha em 3 eixos: é um grupo de artistas, espaço cultural e produtora de 
projetos. Vende os seguintes serviços ou produtos: 1. Projetos de marketing 
cultural sob medida; 2. produção de projetos culturais de outros artistas, 
curadores ou gestores; 3. Expografia e montagem de exposições; 4. Consultoria e 
Inscrição de projetos em leis de incentivos e editais e, finalmente, 5. Curadoria e 
orientação de projetos de arte. 
Metodologia: 
O Ateliê Aberto é coordenado por uma equipe composta por profissionais de 
diferentes áreas de atuação – artes visuais, cinema, gestão cultural e 
sustentabilidade, e tem em seu espaço diversas outras iniciativas parceiras. 
Fonte: http://www.atelieaberto.art.br/sobre/ 
16. Laboriosa 89 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Laboriosa89 é um espaço de coworking focado na experimentação das 
organizações de trabalho, especialmente a distribuição em rede. É desnecessário 
qualquer tipo de associação formal, os interessados podem apenas apontar um 
evento na agenda da instituição e partir para a organização. Não há curadoria ou 
qualquer tipo de seleção nem comissão deliberativa. Todas as responsabilidades 
são divididas. Os gastos são calculados com uma fórmula própria, mas não são 
obrigatórios, paga quem quiser e como quiser. A teoria que subjaze o 
funcionamento da LAboriosa89 é a da economia da abundância em contrapartida 
à paradigmática economia da escassez. 
Metodologia: 
Como não há conselho, o grupo formulou uma série de princípios e regras que 
sustentam os valores defendidos pela casa. Simplesmente ao seguir esses 
princípios uma pessoa pode ser membro do Laboriosa89 e executar um projeto, 
que pode ir de culinária à dança contemporânea. Os custos de manutenção e 
fiscais são divididos entre todos tomando como base uma estimativa de uso do 
tempo de cada membro. As despesas para manter o espaço são públicas e 
divididas pela rede. Um tutorial explica: diariamente é calculado quanto falta 
arrecadar para cobrir as despesas mensais e esse saldo é dividido pela 
expectativa de uso da casa até o fim do mês. O resultado desse cálculo é o 
CTLAB89 que informa quanto cada pessoa deveria pagar por hora para que os 
custos sejam cobertos. Cada um contribui como quiser por meio de um link para 
apagamento com cartões que está na internet ou em urnas para depósito que 
estão na casa. A casa pertence a um entusiasta do modelo de colaboração, que 
abriu para essa experimentação. 
Fonte: https://www.facebook.com/groups/laboriosa89/?fref=ts 
17. GOMA
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
GOMA é um grupo de 22 pequenas empresas agrupadas no mesmo espaço, que 
se concentram e expandem — daí o nome goma — de acordo com o tamanho do 
projeto encomendado. Diferente da maior parte das empresas destinadas ao 
coworking, a GOMA também cria laços profissionais entre as instituições que 
abriga. Isso significa que as empresas trabalham nos mesmos projeto, se unindo 
conforme a necessidade do trabalho. São 64 membros. 
Metodologia 
Associação sem fins lucrativos criada em novembro de 2013. As empresas se 
uniram pelo eixo de interesse no espaço urbano e trabalharam em diversos 
projetos para a cidade, como um recente protótipo para as barraquinhas da Lapa. 
A reforma da sede foi cotizada e dividida entre os membros. 
Fonte: https://www.facebook.com/somosgoma 
18. Estaleiro Liberdade 
Localização: Porto Alegre, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
O Estaleiro Liberdade é uma escola e incubadora de projetos com foco na 
inovação e empreendedorismo. Não há área específica de atuação, mas os eixos 
que norteiam o projeto são dados abertos, autonomia, comunicação não-violenta 
e sustentabilidade. O projeto conta com duas sedes, em Porto Alegre e São Paulo. 
Todos os anos os espaços são ocupados por artistas, estudantes, hackers, 
empresários e curiosos em geral. Há uma convocatória para os projetos que 
seleciona os ocupantes do espaço. Cada uma das sedes têm funcionamento 
independente, autônomo e autogerido. 
Metodologia 
Cada casa mantém até 12 membros, de dois em dois meses há a possibilidade de 
entrada de novos membros, se houver vaga. O ‘marujo’, como é chamado no 
grupo, tem que ficar um mínimo de dois meses na instituição e não há tempo 
limite, o membro decide quando é hora de deixar o estaleiro. Cada um dos 
selecionados participa de um encontro individual e um coletivo semanais, realiza 
workshops abertos para a comunidade (e pagos) e pode usar o laboratór io do 
estaleiro. O processo é pago pelos participantes e quem coordena o Estaleiro é 
uma empresa com fins lucrativos. 
Fonte: http://estaleiroliberdade.com.br/ 
19. Garoa Hacker Clube 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição: 
O Garoa é um hackerspace aberto e colaborativo que proporciona a 
infraestrutura necessária para que entusiastas de tecnologia realizem projetos 
em diversas áreas, como segurança, hardware, eletrônica, robótica, 
espaçomodelismo, software, biologia, música, artes plásticas ou o que mais a 
criatividade permitir. Em outras palavras, é um laboratório comunitário que 
propicia a troca de conhecimento e experiências, um local onde pessoas podem 
se encontrar, socializar, compartilhar e colaborar. 
Metodologia: 
O Garoa Hacker Clube é uma associação - uma pessoa jurídica de direito privado, 
sem fins econômicos ou lucrativos. Em geral, todos os Associados do Garoa HC 
tem direito de tomar as decisões relativas ao espaço e à associação, bastando 
fazer parte do, assim chamado, Conselho Manda-chuva. Além do CMC, existem 
também o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, com sua atual composição, 
eleita e empossada em na Assembleia de Fundação. Existe também a Assembleia 
Geral, convocada em situações especiais, como as eleições, da qual podem 
participar todos os associados. Todo o financiamento provém de contribuições 
da comunidade, na forma de mensalidades de seus associados, que são membros 
regulares do Garoa, ou ainda doações. Aceitam doações ocasionais de empresas, 
geralmente na forma de equipamentos, sem contrapartida. O espaço está quase 
sempre aberto e pode ser usado por todos. 
Fonte: https://garoa.net.br/wiki/P%C3%A1gina_principal 
20. Casa da Cultura Digital 
Localização: São Paulo, Belém, Porto Alegre, Campinas, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
A Casa da Cultura Digital é um coletivo de empresas que atuam no universo da 
produção cultural e de novas tecnologias. Nasceu em São Paulo em 2009 e seu 
protagonismo político nas formulações de políticas públicas para o ambiente 
digital inspirou o surgimento de outras casas no país. Foi o berço de uma série de 
iniciativas relevantes nesse cenário como o Garoa Hacker Clube, a comunidade 
Transparência Hacker, o festival Baixo Centro, o projeto Produção Cultural no 
Brasil, entre outros. 
Metodologia: 
As casas não possuem formalização jurídica, funcionando mais como uma marca, 
um nome que abarca uma série de iniciativas e pessoas jurídicas variadas (com e 
sem fins lucrativos, profissionais freelancer, pesquisadores etc). 
Fonte: http://www.casadaculturadigital.com.br/ 
21. Las Magrelas 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição: 
Las Magrelas é uma empresa com fins lucrativos em São Paulo. O local reúne 
profissionais que usam a bicicleta como meio de transporte, ativistas ou 
qualquer um interessado nos rumos da mobilidade urbana. Os sócios também 
utilizam o espaço para cursos e palestras com esse foco, além de funcionar como 
espaço de trabalho compartilhado. A cozinha do estabelecimento é colaborativa 
e não há chefs. A oficina, além de prestar serviços de reparo, também aluga 
algumas de suas bancadas e ferramentas para os que desejam consertar a 
bicicleta sozinhos. A fusão de serviços nasceu da constatação dos sócios de que 
muitos entusiastas gostam de dedicar tempo à suas bicicletas e consideram a 
fase de manutenção também prazerosa. 
Metodologia: 
Empresa com fins lucrativos que oferece serviços em quatro esferas: um bar com 
foco na cervejaria artesanal brasileira e culinária vegetariana, uma oficina 
colaborativa de bicicletas, loja com showroom para artigos e ferramentas para os 
entusiastas do ciclismo e um espaço de coworking. 
Fonte: http://www.lasmagrelas.com.br/ 
22. C-Base 
Localização: Berlin, Alemanha, Europa 
Definição: 
O C-Base foi um dos primeiros espaços coletivos do mundo. O propósito da 
organização, que é um hackerspace, é aumentar e distribuir conhecimentos e 
habilidades sobre softwares, hardware e redes de dado. A associação realiza 
outras atividades engajadas com sua causa: o Children’s Day é um festival 
voltado ao público infanto-juvenil para a introdução de temas como robótica e 
cultura digital. O espaço é um dos mais relevantes do mundo no tema, e inspirou 
o surgimento e muitos outros nos EUA e Europa. 
Metodologia: 
C-base é uma associação sem fins lucrativos com cerca de 515 membros. Possui 
diversos tipos de assinaturas mensais pagas: desde planos de baixo custo para 
estudantes até planos extensos para grandes corporações. 
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/C-base 
23. Casa Nexo Cultural 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Definição: 
A Casa Nexo abriu as portas pela primeira vez em 1998 como um ateliê de artes 
coletivo, em São Paulo. No início do ano 2007 deu origem à Nexo Cultural, uma 
agência de Design Cultural e Sustentabilidade, que passou a gerenciar o espaço.
Trabalha como catalisador e incubador de projetos culturais das mais diferentes 
vertentes e organiza ainda cursos, palestras e residências artísticas. 
Metodologia: 
Gerenciada por uma empresa com fins lucrativos, a Casa Nexo oferece serviços 
de coworking, educação (treinamentos) e consultoria. 
Fonte: http://www.casanexocultural.com.br/ 
24. Chaos Computer Club 
Localização: Berlin, Alemanha, Europa 
Descrição: 
O Chaos Computer Club (CCC) é uma associação alemã de hackers. Seus objetivos 
mais importantes são liberdade de acesso a informação, liberdade de expressão, 
para mais transparência nos governos e a liberdade da informação. A sociedade 
está aberta a todos que se identificam com estes objetivos. O CCC foi criado a fim 
de dar aos hackers uma plataforma, de modo que pudessem relatar em 
atividades, sem ter que temer perseguições. 
Metodologia: 
Embora os hackers descrevam-se como comunidade galáctica, que não quer ser 
instruída em atos de administração, há uma associação registrada com 
aproximadamente 1500 membros. Foi fundado em 1981 e é uma das maiores e 
mais influentes organizações da sociedade civil lidando com as questões de 
segurança e privacidade na tecnologia. O grupo se organiza em comissões 
menores, chamadas ‘Erfakreisen’ e ‘Chaostreffs’ e trabalham de maneira 
descentralizada. São uma associação sem fins lucrativos com aproximadamente 
3.600 membros (nem todos oficialmente registrados). Vivem de doações, 
contribuições do membros e organizam eventos pagos, como o Chaos 
Communication Camp. 
Fonte: http://ccc.de/en/home 
25. Nest GSV 
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
NestGSV é um centro de inovação tecnológica, que fornece apoio logístico e físico 
para empresas focadas em inovação e tecnologia, principalmente startups 
focadas em produtos digitais. 
Metodologia: 
Empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking, educação e 
treinamento para startups. Realiza atividades patrocinadas por grandes 
empresas, como hackathons e desafios de ideias inovadoras. As ações B2B
(business to business) são as mais rentáveis da empresa e permitem um trabalho 
mais elaborado no B2C (business to consumer). 
Fonte: http://nestgsv.com/ 
26. Betahaus 
Localização: Berlim, Sofia, Hamburgo, Barcelona, Espanha, Bulgaria, Alemanha, 
Europa 
Descrição: 
Betahaus é uma empresa focada na prestação de serviço de coworking. A 
instituição tem sedes em Berlim, Hamburgo, Sofia e Barcelona. Seu trabalho é 
estimular que os profissionais presentes no espaço possam trocam referências e 
conhecimentos, estimulando o desenvolvimento de novos negócios. 
Metodologia: 
Betahaus é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking 
e educação, e conta ainda com restaurantes em algumas de suas sedes. A 
instituição aluga ainda espaços para eventos corporativos ligados ao universo do 
empreendedorismo. 
Fonte: http://www.betahaus.com 
27. iHub Nairobi 
Localização: Nairobi, Kenya, Africa 
Descrição: 
iHub é um Hub de inovação e um espaço livre para entusiastas da tecnologia, 
investidores, empresas do ramo e hackers da região de Nairobi. O espaço tem 
foco em jovens empresários, programadores web e mobile, designers e 
pesquisadores. 
Metodologia: 
O iHub funciona como coworking, como um vetor para investidores e como 
incubadora de novos negócios. A iniciativa também se desdobra em outros 
setores que oferecem uma cartela completa de serviços tanto para investidores, 
quanto para os novos talentos da tecnologia. Há o iHub Research (pesquisa em 
tendências), iHub Consulting (consultoria), iHub Supercomputing Cluster 
(pesquisa em tecnologia) e o iHub User Experience Lab (prototipagem) . 
Fonte: http://www.ihub.co.ke/ 
28. Agora Collective 
Localização: Berlim, Europa
Descrição: 
Agora Collective é um espaço de coworking situado em Berlim. Têm o foco em 
desenvolvimento sustentável e possuem uma moeda complementar para facilitar 
a troca de serviços entre os seus membros. 
Metodologia: 
A empresa foca em sustentabilidade, arte e gastronomia. Em seu espaço há áreas 
reservadas para cursos, workshops e outros eventos sociais. O serviço é 
complementado por um café e um restaurante. 
Fonte: http://agoracollective.org/ 
29. Tech Temple 
Localização: Pequim, China, Ásia 
Descrição: 
Tech Temple é o maior espaço de coworking de Pequim atualmente. São 1800 
metros quadrados e dois andares. O espaço conta com áreas ao ar livre, espaço 
para eventos com até 100 convidados, salas de reunião, refeitório e um café. 
Metodologia: 
O espaço foi financiado pelo governo chinês em parceria com a firma japonesa 
Infinity Ventures Partners. O foco da empresa é atender startups que oferecem 
serviços para a internet, em estágio inicial. A empresa também encoraja startups 
que ultrapassam 1 ano na casa a avançarem e dar espaço a outros. 
Fonte: https://thetechtemple.com/ 
30. Hub.it 
Localização: Hanoi, Vietnã, Ásia 
Descrição: 
A HUB.IT é um espaço de coworking em Hanoi. Nasceu da constatação de seu 
fundador, Bobby Liu, de que muitos profissionais da cidade, normalmente 
freelancers, não tinham como pagar os altos aluguéis dos espaços comerciais. 
Dessa maneira, fotógrafos, designers, jornalistas e outros profissionais, careciam 
da mínima estrutura necessária para desenvolver um negócio. 
Metodologia: 
A HUB.IT é considerada pelo CEO Bobby Liu como uma “incubadora 
independente”. Não há investimento financeiro propriamente às empresas que 
ela abriga, mas há serviços de coaching e aconselhamento logístico e técnico. O 
modelo de negócios do espaço está baseado no aluguel do espaço coworking. 
Fonte: http://www.hubit.asia/ 
31. People Squared
Localização: Shangai, China, Ásia 
Descrição: 
People Squared é um espaço de coworking em Shangai. A empresa é focada no 
atendimento de startups e profissionais liberais de vários campos. 
Metodologia: 
O plano de ação é fornecer os diferentes espaços que uma empresa precisa (sala 
de reuniões, sala de conferência e eventos, café, refeitório etc) para que os 
empreendedores possam concentrar esforços em seu negócio. Os serviços são 
pagos pelas empresas clientes. 
Fonte: http://www.people-squared.com/en/ 
32. Base Colaborativa 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul, 
Descrição: 
Base Colaborativa é uma casa em São Paulo, criada com o propósito de aglutinar 
profissinais e interessados nos processos colaborativos de desenvolvimento da 
sociedade. Ela é gerida por seus sócios e segue um modelo coletivo de decisões. 
Metodologia: 
Base Colaborativa é uma associação em formato de clube. É mantida pelos seus 
sócios e doadores. Seus três principais eixos de atividade são: (1) um espaço de 
inovação social; (2) uma escola para que empreendedores e artistas dividam um 
pouco da sua experiência e (3) um clube onde se pode alugar livros, filmes, 
tomar café, reunir-se, etc. 
Fonte: http://www.basecolaborativa.org/# 
33. The Office 
Localização: Kigali, Rwanda, África 
Descrição: 
The Office é um espaço de coworking em Ruanda, com foco em profissionais que 
trabalham com inovação e criatividade. 
Metodologia: 
A instituição não funciona com incubadora, limitando-se a fornecer todos os 
detalhes de um escritório a um profissional ou empresa em início de carreira. Os 
valores dependem se o cliente quer reservar um espaço mas não um lugar 
especifico (130 dólares mensais), ou se quer ter sua mesa e armários próprios 
(200 dólares por mês). Também há a possibilidade de alugar pequenas salas 
para trabalhar em grupo.
Fonte: http://theoffice.rw/ 
34. iceCairo 
Localização: Cairo, Egito, África 
Descrição: 
IceCairo é empresa social que oferece serviços de coworking, espaço para 
eventos e educação e tem ainda em seu espaço um fablab. Seu foco é em 
profissionais que trabalham com eco-tecnologia e pesquisa de sustentabilidade. 
É parte da rede ice (innovation, colaboration and entrepreneurship = inovação, 
colaboração e empreendedorismo), que conecta diversos espaços na África e 
Oriente Médio. 
Metodologia: 
O modelo de negócio se baseia em assinaturas mensais e recebe ainda patrocínio 
de empresas. 
Fonte: http://icecairo.com/ 
35. CCHub Nigeria 
Localização: Lagos, Nigeria, África 
Descrição: 
CcHub é o primeiro open lab e pré-incubadora da Nigéria. Foi desenhado para 
ser um espaço multi-propósito, que trabalha para catalisar e dar espaço para 
iniciativas com foco em mudança social e em apropriação de novas tecnologias. 
Metodologia: 
A abordagem do CcHub é unir a iniciativa privada e pública, a sociedade civil, 
estudantes e entusiastas da tecnologia, inventores e acadêmicos para o 
desenvolvimento de novas iniciativas. A empresa oferece um laboratório para a 
comunidade e tem seu modelo de negócios baseado em assinatura mensal e em 
serviços B2B, como patrocínios para competições e hackathons. 
Fonte: http://cchubnigeria.com/ 
36. Medialab Prado 
Localização: Madrid, Espanha, Europa 
Descrição: 
Medialab-Prado é um programa parte do Departamento de Artes, Esportes e 
Turismo do Conselho da Cidade de Madrid. É concebido como um laboratório 
para os cidadãos, atuando na produção, pesquisa e disseminação de projetos 
culturais que exploram colaborativamente formas de experimentação e 
aprendizado que emergem das redes digitais. Os objetivos do Medialab são: (1) 
Criar e manter uma plataforma que convide e permita aos usuários configurar,
alterar e modificar os processos de pesquisa e produção; (2) Sustentar uma 
comunidade ativa de usuários que desenvolvam projetos colaborativos; (3) 
Oferecer múltiplas plataformas para que pessoas com diferentes perfis (artistas, 
cientistas, técnicos) e diferentes níveis de especialização (iniciantes e 
especialistas) possam colaborar. 
Metodologia 
Para atingir seus objetivos o Medialab oferece: (1) um espaço permanente de 
informação, consultoria e encontros, frequentados por mediadores culturais, que 
explicam a natureza desse espaço e ajudam a conectar diferentes pessoas e 
projetos. (2) Chamadas publicas para a apresentação de propostas e a 
participação em projetos colaborativos. A instituição é mantida por 
financiamento público. 
Fonte: http://medialab-prado.es/?lang=en 
37. The Yard Teather 
Localização: Londres, Reino Unido, Europa 
Descrição: 
The Yard Theatre foi criado em 2011 em um armazém abandonado na periferia 
de Londres. O propósito desde o início é reavivar a comunidade ao redor do 
local. A instituição se define como um hub cultural com foco em teatro e atua 
como produtora de obras independentes e preferencialmente locais que almejam 
a experimentação e diálogo da linguagem teatral com a sociedade. Há iniciativas 
de workshops e projetos educacionais para população, fomentando novos 
talentos e dando espaço para que os estabelecidos tenham onde se apresentar. 
Também age como um local de encontro entre a academia, a comunidade, 
artistas e curiosos em geral. 
Metodologia: 
O teatro The Yard é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por uma série de 
entidades privadas, públicas e doadores. Possuem um bar no local que é 
responsável por grande parte da receita da instituição. Ingressos são cobrados a 
preços simbólicos para permitir o acesso da comunidade local. 
Fonte: http://www.theyardtheatre.co.uk/ 
38. Numa Paris 
Localização: Paris, França, Europa 
Descrição: Numa é o maior hub de tecnologia, incubadora e coworking da 
França. Criado com ajudas do governo, o local se destina a catalisar a produção 
do ‘vale do silício francês’, o Sentier, bairro da periferia de Paris. Surgiu como 
parte de uma iniciativa já operante da Associação do Silicon Sentier e tem como 
foco incentivar o desenvolvimento de empresas em estágio inicial.
Metodologia: 
Numa recebeu importantes incentivos do governo francês e de gigantes do setor 
privado. Sua receita vem dos serviços de coworking, incubação, educação e 
eventos. 
Fonte: https://www.numa.paris/ 
39. Mutinerie 
Localização: Paris, França, Europa 
Descrição: 
Multinerie é uma empresa que presta serviços de coworking, educação e virou 
uma referência cultural em Paris. Trabalham no desenvolvimento de uma moeda 
complementar para facilitar a troca de serviços entre os seus membros e com 
outros espaços na Europa. 
Metodologia: 
Oferece serviços de aluguel de espaço, networking e educação. 
Fonte: http://www.mutinerie.org/ 
40. The Library 
Localização: Tel Aviv, Israel, Ásia 
Descrição: 
The Library é a incubadora de startups da cidade de Tel Aviv. Financiada pela 
prefeitura da cidade, o projeto reestruturou um antigo edifício onde ficava a 
Biblioteca Municipal. Aceitam apenas grupos em início de negócio, ainda sem 
investidores. 
Metodologia: 
Todos os semestres The Library seleciona algumas startups para acelerar o 
crescimento. O serviço é pago. 
Fonte: http://www.thelibrary.co.il/ 
41. Gangplankhq 
Localização: Avondale, Chandler, Richmond, Sault Ste. Marie, Estados Unidos e 
Canadá, América do Norte 
Descrição: 
Gangplank é um hub para a mudança social. Integra profissionais e startups de 
várias áreas, especialmente concentradas em: tecnologia, sustentabilidade, 
inovação e saúde com foco em impacto social positivo.
Metodologia: 
A instituição é financiada pela iniciativa pública e por dinheiro de doações. Aos 
membros cabe colaborar com outro capital: o humano. Assim, as startups são 
instadas a dar cursos, mostrar como tem sido sua experiência a novos 
empreendedores e se envolver com a comunidade em geral. O êxito tem sido tão 
grande que já há três unidades dos Estados Unidos e uma no Canadá e já existem 
planos para aumentar. 
Fonte: http://gangplankhq.com/ 
42. HONF 
Localização: Yogyakarta, Indonésia, Ásia 
Descrição: 
The House of Natural Fiber é um laboratório de novas mídias e arte, fundado em 
1999. Se concentram nos princípios da crítica e da inovação. Desde o princípio, 
THNF, focou em desenvolvimento cultural, realizando inúmeros projetos e 
workshops. São uma referencia mundial em novas mídias e apropriação crítica 
de novas tecnologias. 
Metodologia: 
A instituição tem programas regulares e mantém contato com a comunidade que 
a abriga realizando diversos workshops, especialmente para a audiência juvenil. 
É mantida por doações do setor privado e publico e alguns dos workshops são 
pagos. 
Fonte: http://www.natural-fiber.com/index.php 
43. Rainbow Mansion 
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
Rainbow Mansion é uma comunidade intencional de coliving que partilha uma 
mansão no Vale do Silício. Suas vagas são destinadas à jovens profissionais das 
artes, telecomunicações, ciência que estejam focados em mudança social, redes e 
sustentabilidade. Normalmente são jovens que trabalham em companhias do 
Vale, mas que compartilham os mesmos valores e ideais. 
Metodologia: 
Os moradores pagam pelo serviço e as decisões são tomadas coletivamente por 
consenso, sem a definição de um líder. 
Fonte: http://www.rainbowmansion.com/ 
44. Fábrica Bhering
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
A Fabrica Bhering é um ateliê coletivo que abriga mais de 120 artistas no centro 
do Rio de Janeiro em um espaço de uma antiga fábrica de chocolate. O espaço 
reúne uma grande variedade de assuntos incluindo vídeo, moda, design de 
móveis, escultura, pintura, fotografia, colagem, restauração, literatura. 
Metodologia: 
Os artistas pagam aluguel pelo espaço à administração da fábrica (uma família 
que é proprietária do prédio e administra o espaço) e exercem suas atividades 
(com e sem fins lucrativos) de maneira independente. Existe uma associação sem 
fins lucrativos formada pelos artistas para gerenciar o espaço e pensar ações em 
conjunto, inclusive, com a comunidade do entorno. O espaço não é aberto ao 
público, mas os artistas organizam festas e eventos abertos para que a população 
da cidade possa conhecer os trabalhos que são produzidos ali. 
Fonte: http://www.fabricabhering.com/ 
45. Teté Cafe Costura 
Localização: Madrid, Espanha, Europa 
Descrição: 
É um espaço coletivo dedico à criação de roupas e acessórios de moda. A 
instituição cria workshops com designers e artesãos e promove encontros. Os 
usuários podem pagar para usar ferramentas e máquinas de costura, criar ou 
reformar roupas ou, simplesmente, aprender novas técnicas. 
Metodologia: 
A empresa se financia com as oficinas que realiza, vendas online de produtos e 
aluguel das máquinas. 
Fonte: http://www.tetecafecostura.com/ 
C. Coletivos 
Grupos, com espaço próprio ou não, 
46. Ateliê Compartilhado Casa Amarela 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul. 
Descrição: 
O Ateliê Compartilhado Casa Amarela sedia o Movimento de Ocupação de 
Espaços Ociosos, um grupo de artistas que se uniu com o mote de propor uso de 
propriedades abandonadas como centros de formação e produção artística. O
grupo existe há mais de três anos e conta atualmente com o apoio da Secretaria 
de Cultura da cidade. 
Metodologia: 
O coletivo organiza atividades, oficinas, workshops, saraus e é mantido pelos 
próprios integrantes, que muitas vezes realizam outras atividades profissionais 
remuneradas. 
Fonte: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/ 
47. Lugar Comum 
Localização: Recife, Brasil, América do Sul. 
Descrição: 
O Coletivo Lugar Comum atua desde agosto de 2007 reunindo artistas de 
diferentes linguagens, como dança, teatro, música, artes visuais, literatura. 
Inquietos com as dificuldades da produção em arte e suas necessidades de 
criação, aperfeiçoamento e troca com a sociedade, o grupo resolveu criar o 
coletivo que agrega artistas, que se revezam, ministrando aulas uns para os 
outros, colaborando nas criações, na produção de projetos, na discussão de 
textos, entre outras atividades artístico-culturais. 
Metodologia: 
O coletivo funciona como um grupo de estudos e de experimentação. Mantém 
parcerias com poder público, por meio de editais, e tem sede própria mantida 
com os recursos captados em atividades profissionais desenvolvidas pelos seus 
membros. 
Fonte: http://coletivolugarcomum.com/ 
48. Norte Comum 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul. 
Descrição: 
Norte Comum é um coletivo de artistas, ativistas e acadêmicos interessados na 
temática urbana, na mudança social, nas mídias, na arte e na promoção cultural 
em geral. Tem como foco trazer iniciativas que valorizem culturalmente a Zona 
Norte do Rio de Janeiro. Realizam atividades em espaços públicos e têm uma 
parceria com o Instituto Nise da Silveira, que coordena um hospital psiquiátrico, 
no qual o coletivo realiza ações culturais. 
Metodologia: 
O projeto é dividido basicamente em duas frentes gerais de atuação. Uma 
referente a criação e manutenção da rede, e a outra focada na formação de uma 
produtora coletiva e horizontal. Para definir um pouco melhor as duas: 
• A rede tem fins de ligação. Conectando todos aqueles interessados em se 
aprofundar em discussões a respeito do território (estudos, pesquisas, reflexões)
visando abrir espaço para criação do comum (a realização de ações será 
conseqüência desses encontros e debates). 
• A produtora coletiva tem pretensões mais objetivas e diretas diante da 
urgência da realização de qualquer tipo de manifestação artística e cultural na 
região. Visa a reunião de produtores, agitadores, fomentadores e artistas que 
estejam já com projetos prontos para serem realizados no território. 
A receita do coletivo vem dos trabalhos desenvolvidos pela produtora e de 
trabalhos desenvolvidos por membros da rede. 
Fonte https://www.facebook.com/nortecomum?fref=ts 
49. Circuito Fora do Eixo 
Localização: Brasil, América do Sul 
Descrição: 
O Circuito Fora do Eixo é uma rede de coletivos culturais que surgiu no final de 
2005. Iniciada por produtores e artistas de estados brasileiros fora do eixo Rio - 
São Paulo, inicialmente focava no intercâmbio solidário de atrações musicais e 
conhecimento sobre produção de eventos, mas cresceu para abranger outras 
formas de expressão como o audiovisual, o teatro e as artes visuais. 
Metodologia: 
O Circuito começou a se manter, em seu princípio, com o auxílio do escambo de 
serviços e do uso de uma moeda própria. Quando as atividades se expandiram, 
em meados do ano 2011, o circuito passou a contar com frequentes apoios de 
instituições estatais e privadas. As Casas Fora do Eixo foram criadas e se 
organizam em torno de quatro núcleos principais: Universidade Fora do Eixo 
(sistema de ensino informal), Banco Fora do Eixo (sistema econômico 
autônomo), Partido Fora do Eixo e Mídia (sistema de comunicação exclusivo). 
Além das casas o CFdE mantém festivais e eventos. 
Fonte: 
http://foradoeixo.org.br/ 
50. Cape Cultural Collective 
Localização: Cidade do Cabo, África do Sul, África 
Descrição: 
É um coletivo de músicos, poetas e artistas visuais da Cidade do Cabo. Realizam 
performances todas as semanas no District 6 Museum, produzem eventos de 
música, literatura e educação. 
Metodologia: 
O Cape Cultural Collective (CCC) começou sem nenhum tipo de financiamento. 
Concentrou os esforços iniciais em criar redes de parcerias que conseguiram o 
espaço (District 6 Musem) e a logística. O financiamento agora parte das
apresentações musicais, eventos e doações. As redes com a comunidade foram 
mantidas através de projetos como corais, sarais de poesia, grupos de teatro, etc. 
Todas as semanas o CCC dá espaço para que novos artistas possam se 
apresentar. 
Fonte: http://allafrica.com/stories/201305090019.html 
51. Poro 
Localização: Belo Horizonte, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
O Poro – interferências em arte e design – é um coletivo de artistas de Belo 
Horizonte, Brasil que atua desde 2002 tendo como alvos preferidos o espaço 
público e as mídias de comunicação de massa. 
Metodologia: 
Não há organização formal e o grupo se autofinancia. Exemplos de mídias que o 
grupo trabalha: carimbos, adesivos, panfletagens, lambe-lambe. 
Fonte: http://poro.redezero.org/ 
D. Negócios que se baseiam no consumo compartilhado 
Iniciativas que se baseiam na internet e na lógica de rede para a troca, 
aluguel, compra, criação de bens tangíveis e intangíveis. 
52. Treebos 
Localização: Vitória, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Uma rede social verde que tem como missão oferecer aos clientes a experiência 
de plantar árvores, partilhar bosques, consumir alimentos de qualidade, cultivar 
amizades e obter retorno financeiro. 
Metodologia: 
Une ferramentas tecnológicas para criar um modelo de investimento fracionado, 
que permite a cada usuário acesso a alimentos mais saudáveis e mais 
conhecimento sobre as cadeias produtivas de sua comida. A empresa age 
eliminando intermediários e trabalhando com produtores locais. A Treebos 
oferece também aos seus assinantes a opção de receberem kits de frutas vindas 
diretamente de pequenos produtores rurais, trazendo assim, a oportunidade de 
melhoria na qualidade de vida para famílias rurais de baixa renda. 
Fonte: https://treebos.com/ 
53. Caronetas
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
É um site de caronas que integra colaboradores de empresas e centros 
empresariais de forma segura, prática e gratuita. Os eixos da empresa são a 
sustentabilidade, eco ativismo e inovação da mobilidade urbana. 
Metodologia: 
A carona é incentivada financeiramente a cada viagem. O caroneteiro 
(passageiro) cria seu trajeto, compra a moeda virtual Caronetas(Ct$) e a utiliza 
para pagar o caronista(motorista) a cada viagem. Com isso ao mesmo tempo que 
o passageiro ganha flexibilidade para utilizar vários motoristas ao longo do dia, 
com a facilidade do pagamento digital, o caronista (motorista) acumula em sua 
conta o valor correspondente e pode trocá-los por produtos e serviços em lojas 
parceiras ou por vale-presente. O serviço se complementa com o rateamento de 
taxis e companhias para viagens feitas por bicicleta. 
Fonte: http://www.caronetas.com.br/ 
54. Catarse 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Catarse é uma plataforma online para apoiar projetos em sistema de 
financimaneto coletivo (crowdfounding). Desde o seu lançamento em 17 de 
janeiro de 2011, mais de R$5 milhões já foram repassados para mais de 500 
projetos espalhados por todo Brasil. Até agora, mais de 50 mil pessoas já 
apoiaram algum projeto. 
Metodologia: 
O Catarse é uma plataforma na internet que faz a intermediação entre os 
proponentes de projetos e possíveis públicos financiadores. Os projetos tem que 
ter um objetivo de arrecadação e um prazo (entre 1 e 60 dias).Quando acabar o 
prazo final, há duas opções: Projeto bem-sucedido: se o objetivo for atingido ou 
superado, o realizador do projeto fica com o dinheiro arrecadado, ou seja, tudo. 
Projeto malsucedido: se o objetivo não for atingido, as contribuições são 
devolvidas para todos os apoiadores. A plataforma se financia com 13% do valor 
bruto arrecadado de cada um dos projetos financiados. 
Fonte: http://catarse.me/pt 
55. Permute 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição:
Permute é uma plataforma para escambos multilaterais, ou seja, provê a 
logísticas para a troca de serviços ou produtos de uma empresa para a outra, em 
troca de créditos virtuais. 
Metodologia: 
Cada empresa afiliada abre uma conta corrente de intercâmbio em Unidades de 
Permuta (UPs). Todas as transações de compra e venda realizadas dentro do 
sistema de intercâmbio são debitadas ou creditadas em UPs. Cada UP equivale ao 
valor unitário da moeda local, ou seja, 1,00 UP é igual a 1,00 Real. Os clientes 
negociam, entre si, preço, prazo e logística de entrega, contando sempre com o 
auxílio e a assistência de um Gerente de Negócios. O preço acordado, então, é 
convertido em UPs e a transação é liquidada nas contas de intercâmbio 
envolvidas. 
Fonte: http://www.permute.com.br/ 
56. Peers Swap 
Localização: rede global 
Descrição: 
Peers Swap é uma plataforma que auxilia seus usuários a organizarem ou 
participar de eventos de trocas de roupa. 
Metodologia: 
Os usuários se cadastram no site e escolhem se querer ser participantes ou 
anfitriões. As reuniões são agendadas e as trocas decididas nos encontros. A 
plataforma se baseia na noção de consumo colaborativo, uma nova prática 
comercial que possibilita o acesso a bens e serviços sem que haja 
necessariamente aquisição de um produto ou troca monetária entre as partes 
envolvidas neste processo. 
Fonte: http://action.peers.org/page/content/peersswap/ 
57. Assembly 
Localização: rede global 
Descrição: 
Assembly é uma plataforma para a construção coletiva de aplicativos em código 
aberto. Os projetos são abertos e transparentes, e qualquer um pode desenvolvê-los, 
contribuindo com algumas horas ou alguns meses para o seu 
desenvolvimento. Ideias para produtos, perspectivas e tomadas de decisão são 
decididas pela comunidade. 
Metodologia: 
Assembly se diferencia de empresas como Kickstarter ou incubadoras de startup 
porque seu foco está nos recursos humanos. O que a empresa oferece é que
qualquer pessoa possa contribuir com um projeto - e tomar parte dos dividendos 
- investindo apenas seu tempo e talento. 
Fonte: https://assemblymade.com/ 
58. Wooloo 
Localização: Kopenhagen, Dinamarca, Europa 
Descrição: 
Wooloo é uma plataforma de chamada de artistas para criar obras de 
experimentação social e performances, de forma colaborativa. 
Metodologia: 
Os associados se cadastram no site e têm espaço para mostrar seu portfólio e 
trabalho. Quando alguém inicia um projeto são feitas chamadas pela 
comunidade, para acionar os participantes. Cada um dos membros colabora da 
maneira como pode na produção. Uma das intervenções foi dar dinheiro à 
pedestres se eles fossem conhecer um bairro da periferia de Copenhague. As 
obras do Wooloo são focadas em mudança social e colaborativismo. 
Fonte: 
http://www.wooloo.org/ 
59. Bliive 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Bliive é uma plataforma para troca de tempo e experiências entre usuários. Sua 
proposta é revolucionar a forma como lidamos com dinheiro e valor, ao propor 
uma colaboração desmonetizada entre os membros da rede. 
Metodologia: 
O Bliive realiza trocas de tempo e experiências mediado pela moeda virtual 
TimeMoney. O serviço não leva em conta a complexidade da tarefa - que pode ser 
desde aulas de tanto até ajuda com a mudança - apenas no tempo gasto. Por isso, 
cada usuário tem a mesma taxa 1 hora = 1 TimeMoney. Cada membro decide o 
que pode ensinar e o que gostaria de aprender e realiza as suas interações a 
partir disso. 
Fonte: 
http://bliive.com/ 
60. Carte Blanche 
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte
Descrição: 
Carte Blanche é uma grife de roupas femininas que trabalha por meio de 
crowdsourcing, ou seja, a partir de comentários e opiniões de uma comunidade 
de pessoas. 
Metodologia: 
As designers proprietárias da empresa executam as coleções e as submetem ao 
voto pela plataforma Kickstarter. As peças vencedoras são financiadas pelas 
consumidoras, que recebem os produtos em casa. A economia para as 
consumidoras chega a ser de 400%. O preço só pode ser reduzido porque o 
processo elimina intermediários e economiza no processo de pesquisa e 
investigação de tendências que as grandes marcas realizam. 
Fonte: http://www.carteblanche.ly/ 
61. Enjoei 
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Enjoei é um site para compra e venda de produtos de segunda mão, com foco em 
moda e decoração. 
Metodologia: 
Os usuários precisam apenas se cadastrar e subir fotos do que querem vender. 
As negociações são mediadas pelo sistema do site. O vendedor concede 20% de 
comissão ao site mais uma taxa de R$ 2,15 de anúncio, para o caso do produto 
ser vendido. O negócio faturou 15 milhões em 2013 e contou com um 
investimento de 3 milhões de dólares da Monashees Capital. 
Fonte: 
http://www.enjoei.com.br/ 
62. MyClosit 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Closit é um aplicativo móvel que funciona como um bazar de moda para um 
grupo exclusivo de consumidoras. 
Metodologia: 
Para se registrar o usuário deve receber um convite de outro usuário. O foco do 
produto é exclusivo ao público feminino e, neste momento, não há qualquer tipo 
de taxa ou pagamento. O usuário paga apenas o produto que comprou de outro 
usuário, as condições de entrega também são negociadas pelas partes 
interessadas. 
Fonte:
http://www.myclosit.com/ 
63. SOCIETY6 
Localização: Santa Mônica, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
Society6 é uma plataforma focada na compra e venda de produtos de design, 
especialmente roupas e decoração, feitos a partir de ilustrações, fotografias e 
artes produzidas por profissionais membros da comunidade. 
Metodologia: 
Os artistas colaboram com o design das estampas, ilustrações, desenhos e a 
empresa o imprime nas mídias escolhidas pelo artista (capa para celular, 
camiseta, quadro etc). O valor pago pelo cliente é dividido entre o artista e a 
plataforma, em porcentagens que variam de acordo com os produtos em 
questão. 
Fonte: 
http://society6.com/ 
64. Behance 
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
Behance é uma plataforma de exposição de portfólios e busca de talentos. Serve 
como showcase para freelancers de áreas criativas e atrai a atenção de 
“headhunters” em busca de novos talentos. 
Metodologia: 
Por um valor extra, o usuário pode ter um site especialmente programado para 
sincronizar com seu portfólio e conta com mais opções de customização. 
Fonte: http://www.behance.net/ 
65. Designoteca 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Designoteca é uma rede social cujo objetivo é dar evidência a produtos criados 
por designers, inventores de garagem e artesãos e conectar os criadores a 
consumidores. Pela plataforma é possível conhecer os trabalhos e seus criadores, 
baixar projetos e até realizar a compra dos produtos. 
Metodologia:
A Designoteca é uma empresa com fins lucrativos. A plataforma não cobra taxas 
mensais, apenas porcentagem das vendas efetuadas por meio dela (na casa dos 
30%). 
Fonte: http://www.designoteca.com/ 
66. Airbnb 
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
Airbnb é uma plataforma de busca e reservas entre as pessoas que oferecem 
acomodações e os turistas que buscam por locações. 
Metodologia: 
A empresa funciona cobrando taxas de cada uma das partes. Para os locatários os 
números variam de 6 a 12% e para os locadores 3%. 
Fonte: https://www.airbnb.com/ 
67. Fon 
Localização: Madrid, Espanha, Europa 
Descrição: 
FON é uma comunidade global de usuários de internet que compartilham sua 
conexão banda larga através de rede sem fios do tipo Wi-Fi, tornando-se assim 
ponto de acesso FON. Para participar, basta ter acesso banda larga à internet, 
registrar-se na comunidade FON e adquirir o roteador sem fio 'La Fonera'. 
Metodologia: 
Não há taxas mensais. Em alguns países a empresa opera como parceira de 
grandes empresas privadas das telecomunicações, no Brasil, a Oi opera os 
serviços. 
Fonte: https://corp.fon.com/en 
68. Love Swap Home 
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte 
Descrição: 
Plataforma criada para a troca de hospedagem ao redor do mundo. O usuário 
disponibiliza a sua residência e procura alguém para “trocar” em um lugar que 
tenha interesse em ir. 
Metodologia: 
A plataforma cobra uma assinatura para ter acesso às propriedades. As trocas 
são feitas sem envolvimento de dinheiro entre os participantes.
Fonte: http://www.lovehomeswap.com/ 
E. Incubadoras e Residências Artísticas 
Iniciativas focadas em incubação formal de empreendimentos ou projetos 
artísticos. 
69. HiveColab 
Localização: Kampala, Uganda, África 
Descrição: 
Hive Colab é um hub de inovação, colaboração e espaço de coworking para a 
comunidade tecnológica de Uganda. O lab é aberto e gratuito para todos os 
desenvolvedores e empreendedores de tecnologia que são membros. O único 
requisito é estar trabalhando em um projeto ou procurando um projeto para 
trabalhar. 
Metodologia: 
O espaço funciona como incubadora de startups de tecnologia, com foco em 
aplicativos para mobile e web. É o primeiro hub tecnológico de Uganda que tem 
participação e colaboração do setor acadêmico e do investimento privado. É 
mantido por patrocínios. 
Fonte: http://hivecolab.org/about-us/ 
70. Nuvem Estação Rural 
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul 
Descrição: 
Nuvem é uma estação rural, a duas horas do Rio de Janeiro, voltada para a 
experimentação, pesquisa e criação vinculada à tecnologia (arquitetura, 
comunicação, geração sustentável de energia) e sustentabilidade (corpo, 
ecologias, alimentação, cultivos). É também uma casa para encontros e debates 
visando difusão do conhecimento livre e da cultura da autonomia e um centro de 
residências e autoresidências para artistas e projetistas, um Telecentro e um 
Hacklab rural. A Nuvem trabalha em Investigação , experimentação e 
desenvolvimento de processos autônomos para os seguintes eixos: (1) Cultivo, 
Ecologia, Energia Renovável e limpa, Bioarquitetura, Alimentação e Saúde; (2) 
Tecnologias livres aplicadas as artes do corpo: dança, teatro, performance, body 
arte (3) Tecnologias aplicadas as ciências e também as artes visuais e plásticas 
(4) Compartilhamento de espaço físico e virtual: criação de redes de conteúdo, 
mapeamento, documentação online e (5) Envolvimento da comunidade local nas 
atividades de formação, nos processos de experimentação artística e na criação 
de conteúdo nas redes digitais.
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Economia Criativa e Cultura de Rede

  • 1. Nome do Consultor: Gabriela da Costa Aguiar Agustini (Gabriela Agustini) Projeto: 914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura no Brasil SA Contrato: 1386/2014 Controle UNESCO: 556579 Número do Produto: 01 Nome do Produto: Documento técnico-analítico com referências metodológicas nacionais e internacionais para a implantação do projeto de integração das ações e programa de gestão, empreendedorismo e inovação no campo da Economia Criativa. Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014 Gabriela Agustini
  • 2. Projeto: 914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura no Brasil Produto 01: Referenciais metodológicos nacionais e internacionais para a implantação do projeto de integração das ações e programa de gestão, empreendedorismo e inovação no campo da Economia Criativa. Apresentação O presente estudo busca trazer uma série de conceitos que impactam a realidade da economia criativa no Brasil e no mundo em tempos de redes. A fim de contribuir com a formulação de políticas públicas que fomentem de forma inovadora as práticas dos setores criativos foi feito um levantamento de 85 iniciativas que fornecem uma amostra de um movimento global de aposta em processos colaborativos de produção, trabalho e consumo. Para melhor compreender tais empreendimentos, este estudo busca amparo nas reflexões de pensadores contemporâneos que se debruçam sobre a temática tais como Manuel Castells1, Jeremy Rifkin2, Yochai Benkler 3e Ricardo Abramovay4. Antes de detalhar tais iniciativas, apresenta-se uma breve explicação dos conceitos de sociedade em rede, de cultura da internet, de economia colaborativa e de espaços de colaboração a fim de tentar estabelecer o contexto no qual tais práticas se dão. Compreender esse contexto e analisar as iniciativas é um passo importante para o desenvolvimento de um plano que contempla a integração das ações do programa Brasil Criativo. Conceito base de rede O século 21 é o século das redes. O termo “rede” é utilizado há tempos no campo da teoria das organizações e vem sendo aplicada pelas ciências sociais e econômicas, psicologia, biologia como instrumento de análise das relações que são construídas pelos indivíduos em seus círculos sociais. Para além de instrumentos analíticos, “as redes representam estruturas de governança que caracterizam as teias de interdependência encontradas nos distritos industriais e 1 Manuel Castells é um sociólogo espanhol especializado nos estudos da sociedade da informação, comunicação e globalização. Dentre as suas publicações estão a trilogia “Sociedade em Rede” e “A Galáxia da Internet”. 2 Jeremy Rifkin é um teórico das ciências econômicas norte-americano que se dedica a estudar o impacto das mudanças tecnológicas e científicas na economia, no meio ambiente, na sociedade e na força de trabalho. Dentre as suas publicações estão “A Sociedade do Custo Marginal Zero” e “A Terceira Revolução Industrial”. 3 Yochai Benkler é professor da faculdade de direito da Universidade de Harvard nos Estados Unidos que estuda o sistema de produção, distribuição e consumo na era conectada. “A Riqueza das Redes” e “O Pinguim e o Leviatã: o triunfo da cooperação sobre o auto interesse”. 4 Ricardo Abramovay é professor da Faculdade de Economia e Administração e do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Escreveu “Muito Além da Economia Verde”.
  • 3. tipificam práticas como relações contratuais, colaboração entre manufaturas ou vários níveis de alianças entre firmas”, como já descreveram Powell e Smith- Doerr (1994:369). Em sua obra “Sociedade em Rede”, o teórico Manuel Castells pontua que a organização em rede é dos traços mais importantes das estruturas sociais contemporâneas. Para ele, uma rede é um conjunto de nós interconectados e o que é define este nó depende do tipo de rede que está em questão. “Redes são instrumentos para a economia capitalista baseada na inovação, globalização e concentração descentralizada; para o trabalho, trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para uma cultura de desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao processamento instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma organização social que vise a suplantação do espaço e invalidação do tempo.” (Castells, 1999, p. 498). Redes, muitas vezes, são estruturas invisíveis, informais, tácitas. Elas perpassam os momentos da vida social, mas nem sempre estão aparentes. São o conjunto de “conexões ocultas”, como diria Fritjof Capra5. E apesar do crescente emprego do termo, seu significado “está longe de receber uma definição unânime”, como bem pontua Ricardo Abramovay6. A Internet e a Sociedade em Rede Um observador atento não levará muito tempo para perceber que a expansão das redes é só um sintoma de um mundo que enfrenta um processo de transformação estrutural, como bem diagnosticado por Castells. “É um processo multidimensional, mas está associado à emergência de um novo paradigma tecnológico, baseado nas tecnologias na informação e comunicação, que começaram a tomar forma nos anos 60 e que se difundiram de forma desigual por todo o mundo” (CASTELLS; CARDOSO, 2005, p. 17). O conceito de rede é adotado pela sociedade muito antes da internet e dos computadores existirem. Uma roda em volta da fogueira feita pelos nossos ancestrais para compartilhar histórias e interesses não deixa de ser uma rede social. Coube, entretanto, ao surgimento e à popularização da internet nas últimas décadas a intensificação de uso das redes sociais, assim como a sua elevação a uma escala global e em tempo real. 5 Menção à tese de Fritjof Capra presente no livro “As Conexões Ocultas” 9Editora Cultrix, São Paulo, 2002) no qual ele aponta que todas as formas de vida - desde as células mais primitivas até as sociedades humanas, suas empresas e Estados nacionais, até mesmo sua economia global - organizam-se segundo o mesmo padrão e os mesmos princípios básicos - o padrão em rede. 6 Referência à citaç ão feita em artigo “A rede, os nós, as teias: tecnologias alternativas na agricultura”(2000, p. 163).
  • 4. É por isso que a internet deve ser compreendida como uma rede que congrega diversos tipos e grupos de redes, incluindo além das redes de computadores, redes de pessoas e de informações. Dentro dessa lógica, essa congregação forma uma nova cultura que Pierre Lévy denomina de cultura do ciberespaço ou cibercultura. “O ciberespaço (que também chamarei de “rede”) é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (LÉVY, 1999, p.17). Neste sentido, ainda que a tecnologia seja fundamental para viabilizar as mais diversas articulações em rede, é no reconhecimento da expansão da informação e do conhecimento que reside a grande potência desta nova organização social. É preciso reconhecer e legitimar que o saber não é mais produzido - e estocado - somente em instituições criadas especialmente para determinados fins. Da mesma forma como as inovações já não mais pertencem apenas aos grandes centros e departamentos de pesquisa. Ao Estado cabe abrir-se para o conhecimento gerado e distribuído livremente nas redes e incorporar a lógica da abertura e da produção descentralizada a fim de potencializar e fomentar os processos de inovação. A cultura da internet O Brasil fechou 2013 com 100 milhões de pessoas conectadas à internet, o que representa quase 50% da sua população. Levantamento recente feito pela empresa americana Kleiner Perkins Caufield & Byers (KPCB) 7coloca o país como o quinto maior mercado para negócios na Internet no mundo e como quarto entre a lista dos que passam mais tempo por dia usando os seus aparelhos eletrônicos. O crescimento do número de usuários de internet móvel no país é outro dado importante. Só em 2013 o aumento foi de 244%, quando comparado ao ano anterior. Estima-se que temos mais de 40 milhões de smartphones e mais de 10 milhões de tablets.8 Consequentemente, o impacto das formas de produzir em rede são cada vez mais visíveis. Desde as últimas décadas do século XX, as novas tecnologias de informação e comunicação vem mudando intensamente a forma como produzimos e compartilhamos conhecimento. 7 Referência ao Internet Trends 2014 disponível na internet em: http://www.kpcb.com/internet-trends 8 Dados presentes no estudo “Mobile Economy Latin America 2013” feito pela GSMA e disponível na internet em: http://gsma.com/newsroom/wp-content/ uploads/2013/12/GSMA_ME_LatAm_Report_2013.pdf
  • 5. Softwares e internet criam a possibilidade de democratizar o acesso à informação, maximizar os potenciais de bens e serviços e amplificar os valores que formam a nossa cultura, criando inclusive novos comportamentos, linguagens artísticas e novos modos de produção. É importante notar que quanto maior a liberdade para as práticas colaborativas na rede, mais extensa será a inteligência coletiva 9e maior o seu potencial criativo. E, nesse sentido, o Estado, por meio de políticas públicas adequadas, deve incentivar e promover tais práticas, estimulando sua expansão em território nacional. Por isso, é importante compreender quais são estas práticas e como elas ocorrem e ter claro que no espaço da inovação três palavras são fundamentais: colaboração, abertura e transdisciplinariedade. Rodrigo Savazoni, citando o teórico do ciberespaço Howard Rheingold, indica que “nosso mundo vem se transformando não pela ação dos líderes industriais estabelecidos (como já ocorrera com o surgimento da internet e dos computadores pessoais), mas pela força de “pequenos grupos de jovens empreendedores e de associações de aficcionados”. (SAVAZONI, 2012) “Jovens que muitas vezes aprendem a fazer, fazendo, trocando experiências e conhecimento pela internet e recriando práticas de produção que apostam na colaboração como valor real de produção.” (SAVAZONI, 2012) As 85 iniciativas mapeadas no presente estudo evidenciam a intensificação a expansão dos coletivos e o crescente surgimento de espaços de colaboração e negócios baseados na troca e na relação peer-to-peer 10. Desta forma, a associação em rede entre diferentes forças e organizações com alguns propósitos em comum cria condições para a explosão das redes de afeto e para a colaboração, gerando inovação tanto em modelos de negócios e serviços quanto nos movimentos e organizações sociais. Como consequência, observa-se a inclusão de novos públicos e a expansão da demanda associada a mercados até então sub explorados. Cabe lembrar que apesar do seu enorme potencial e da revolução que a internet causou na humanidade, reside na sua apropriação pela sociedade o seu verdadeiro triunfo. “A convergência da mídia, as telecomunicações e os computadores não libertam – nem nunca irão libertar – a humanidade. A Internet é uma ferramenta útil, não uma 9 Inteligência coletiva é um conceito que descreve o tipo de inteligência que surge da colaboração de muitos indivíduos. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa. 10 Peer-to-peer (P2P) é um tipo de arquitetura de rede distribuída e descentralizada na qual cada nó (chamado “peers”ou pares) se comunica diretamente com outro sem passar por uma estrutura de administração central.
  • 6. tecnologia redentora. O determinismo tecnológico não molda o futuro da humanidade: quem constrói o futuro é a humanidade em si, usando novas tecnologias como ferramentas.” (BARBROOK, 2009, p. 08) Economia Colaborativa O esforço dos cidadãos de se agrupar em coletivos e cooperativas seja para criar novas demandas, seja para combater os efeitos sociais de mercados já criados não é novidade. O que existe de novo nesses movimentos atuais em torno da colaboração é o seu suporte digital, que permite uma escala de transmissão de dados e conexões entre as pessoas jamais pensada. Yochai Benkler em “A Riqueza das Redes” aponta que a emergência das redes dá origem a uma nova forma de interação econômica entre os indivíduos, o que caracteriza um novo estágio da economia da informação. “Na economia de informação em rede, o capital físico necessário para a produção é amplamente distribuído pela sociedade. Computadores pessoais e conexões de rede são ubíquos. (...) O resultado é que significantemente mais daquilo que os seres humanos dão valor pode ser feito por indivíduos, que interagem uns com os outros socialmente, como seres humanos e como seres sociais, ao invés de como agentes de mercado por um sistema de preços. (...) O resultado é um setor florescente de produção de informação, conhecimento e cultura fora do sistema de mercado, baseado no ambiente de rede, e aplicado a qualquer coisa que muitos indivíduos conectados podem imaginar.” (BLENKLER, 2006, p. 45) A tecnologia reduziu o custo de transação, permitindo que a circulação de bens seja fácil, de baixo custo e em larga escala. Com uma grande quantidade de dados disponíveis sobre pessoas e objetos, é possível desagregá-los e consumi-los como serviço. Sites como Airbnb11, Rent a local friend12, Bliive13 são alguns exemplos de plataformas que conectam “donos” com possíveis “locadores” que vão de espaço físico a aprendizados já assimilados por uma pessoa. Cabe notar que essas plataformas transformam bens que estavam ociosos em recursos permitindo o surgimento de novos negócios e novas relações. O modelo funciona para bens tangíveis e para bens intangíveis, pode envolver o pagamento em dinheiro ou não e serve tanto aos cidadãos quanto às grandes instituições. E com a possibilidade de conectar à internet objetos físicos, assim como todo o potencial da chamada Internet das Coisas, as redes de troca devem se expandir ainda mais, trazendo para o mundo dos objetos a lógica dos negócios e das trocas baseados na Internet. E se por um lado o processo da colaboração abre caminho para formas coletivas de gestão e de melhor aproveitamento de recursos, por outro muitas vezes acaba 11 https://www.airbnb.com/ 12 http://www.rentalocalfriend.com/ 13 http://bliive.com/
  • 7. reproduzindo a mesma estrutura da economia tradicional ao se organizar na forma de negócios privados que concentram uma grande quantidade de poder e riqueza. Ainda assim, como pontua Ricardo Abramovay, aponta para a possibilidade de uma organização social na qual “a produção de massas dará lugar à produção pelas massas, numa espécie de recuperação dos ideais gandhianos de autoprodução e independência, mas sob condições técnicas que permitem competir com o que, até aqui, só era possível em virtude da grande indústria e da gigantesca concentração de poder que lhe é correlativa”14 (ABROMAVAY; 2014) Cabe mencionar que o deslocamento do eixo central de geração de valor do conteúdo material para o conteúdo de conhecimento incorporado aos processos produtivos na era digital faz surgir uma série de dificuldades na formatação de modelos de negócios e de sustentabilidade financeira para os empreendimentos do século 21. Como manter serviços gratuitos, o livre acesso a informações e garantir o retorno financeiro necessário à execução desses trabalhos? Como estimular redes e investir na troca de experiências? Como criar um empreendimento baseado em inovação aberta e no desenvolvimento em software livre? Como criar modelos de negócio para empreendimentos que não mais se baseiam na propriedade e sim no acesso? Questões como essas são centrais para muitas das iniciativas pesquisadas e descritas no ANEXO 1 a este documento. Espaços de colaboração: coworkings, makerspaces, hackerspaces, fablabs, ateliês, estúdios e colivings Os espaços de coworking, escritórios compartilhados nos quais profissionais que trabalham em empresas e projetos diferentes dividem o mesmo espaço físico, começaram a aparecer da forma como conhecemos hoje por volta dos ano 2000. Em 1999, na cidade de Nova Iorque o “42 West 24” 15 alugava postos de trabalho em seu loft que abrigava uma empresa de desenvolvimento de software. Escritórios compartilhados com foco em colaboração eram prototipados em torno de empresas no Vale do Silício nos anos 70 e já era prática comum entre artistas, inclusive no Brasil, nos anos 60, sendo A Fábrica, de Andy Warrol, um grande exemplo. A Academia de Platão e mesmo as oficinas iluministas já produziam esse tipo de rede física de colaboração séculos antes. O ano de 2005 marca a ascensão do uso do termo “coworking”, quando surgiram diversos espaços pelo mundo, como o Schraubenfabrik16, na Austria, a rede The 14 Referência ao artigo publicado por Ricardo Abramovay no jornal Valor Econômico de 13 de maio de 2014 disponível em: http://ricardoabramovay.com/2014/05/13/uma-economia-da-abundancia- nasce-da-internet-das-coisas/#more-276 15 http://42west24.com/ 16 http://www.schraubenfabrik.at/Home/
  • 8. Hub17, na Inglaterra, o Hat Factory e o São Francisco Coworking Space, nos Estados Unidos. De lá para cá, a prática de trabalhar em espaços compartilhados só cresceu, se popularizou e foi incorporada por diversos segmentos profissionais. Estudo publicado pela revista especializada DeskMag em 2013 18aponta que mais de 109 mil pessoas trabalham em 2500 espaços de coworking espalhados pelo mundo. Naquele ano, segundo a pesquisa, a média foi de 4,5 locais inaugurados por dia. Considerando que a metodologia utilizada se baseia no cadastramento voluntário, é possível dizer que uma quantidade muito maior de espaços desse tipo foram lançados e não estão contemplados nesse número. Com uma simples busca na internet e possí vel encontrar espaços de coworking em diversas cidades brasileiras, com uma grande concentraça o nas capitais. Alguns espaços sa o focados apenas em prover a infraestrutura e o serviço de escrito rio, enquanto outros te m o foco no trabalho coletivo, na colaboraça o entre os seus membros. Com preços que variam de R$ 200 a R$ 1500 por posiça o ocupada, a oferta de serviços em alguns casos inclui ainda alimentaça o, cursos e eventos de networking. Cabe ainda pontuar a existência de locais com a vocação de coworking, que funcionam de maneira menos estruturada, não como um negócio provedor de infraestrutura e sim como um espaço coletivo, no qual os seus integrantes dividem as contas e decidem suas ações em processo semelhante ao adotado por jovens estudantes em suas repúblicas. A informalidade desse tipo de iniciativa, assim como dos coletivos, dos movimentos, das redes e das associações livres, dificulta a coleta de dados e não nos permite saber de forma exata quantos espaços colaborativos foram criados no mundo nos últimos anos. Ainda assim, é evidente o crescimento dessas ações e a procura por espaços de trabalho compartilhados, no qual o indivíduo tem acesso a além de um ambiente para desenvolver as suas atividades profissionais, a um grupo de pessoas e conexões que agregam ao desenvolvimento de seu projeto. Compilado feito 19 pelo Movebla, portal na internet dedicado ao assunto, mapeia 121 espaços brasileiros de coworking, quase todos na região Sudeste. Considerando que muitos empreendimentos noticiados pela imprensa e, inclusive, integrantes do ANEXO 1 deste documento não constam no mapa, é possível concluir que a realidade deste tipo de prática é ainda maior do que a mapeada. Alguns espaços de coworking funcionam ainda como incubadoras, aceleradoras ou outro tipo de negócio focado em desenvolvimento de novas iniciativas e estímulo ao empreendedorismo. Nesse caso, além de trabalhar em um mesmo ambiente e ter acesso a uma rede de contato, as pessoas compartilham serviços 17 A rede The Hub virou Impact Hub recentemente: http://www.impacthub.net/ 18 http://www.deskmag.com/en/2500-coworking-spaces-4-5-per-day-741 19 http://movebla.com/maps/#
  • 9. de mentoria e de educação, em um treinamento que pode ser temporário ou permanente. A 2121220, Rio Criativo21, Wayra22 são algumas iniciativas que realizam essas atividades de incubação formalmente. Enquanto outras como Templo 23 , NEX Coworking 24 e Casa da Cultura Digital 25 fazem isso informalmente. Além dos empreendimentos focados em prestar serviço de coworking, incluindo as incubadoras, aceleradoras e os coworkings informais, incluindo ocupações e espaços coletivos, observa-se nos últimos anos um surgimento crescente de espaços coletivos voltados a outras dimensões da vida do cidadão, não necessariamente ligados à sua atividade profissional. Makerspaces, hackerspaces, fablabs, ateliês, estúdios, colivings mostram que a lógica da colaboração extrapola o âmbito profissional e pode servir para aprender novos ofícios, desenvolver uma atividade recreativa, artística ou de lazer e até mesmo como moradia. O website hackerspaces.org computa em sua base de dados mais de 1700 hackerspaces em atividade no mundo, dos quais 16 estão no Brasil 26 . Hackerspaces são laboratórios comunitários e colaborativos para aprendizagens e práticas ligadas ao universo da computação e da robótica. Geralmente, oferecem a seus membros máquinas, equipamentos e componentes que permitem a criação de protótipos e aplicações tecnológicas variadas. Costuma ser um espaço com gestão coletiva que funciona na lógica de clube, mantido pela mensalidade de seus membros, e que segue os princípios da filosofia hacker. Do ponto de vista formal, usualmente são associações sem fins lucrativos, embora existam experiências associadas a empresas comerciais e até espaços sem formalização e modelo claro de funcionamento. Empreendimentos que atuam de forma semelhante mas que apresentam uma vocação comercial, geralmente, são denominados makerspaces, termo amplo que designa os espaços ligados à cultura Faça Você Mesmo (DIY: do it yourself), 27que 20 Incubadora privada com sede no Rio de Janeiro e foco em empreendimentos de tecnologia: http://21212.com/ 21 Incubadora públicado do Governo de Estado do Rio de Janeiro com foco em empreendimentos dos setores criativos: http://www.riocriativo.rj.gov.br/site/ 22 Incubadora da empresa Telefônica presente em vários países do mundo, incluindo Brasil, com foco em empreendimentos de tecnologia: http://wayra.org/en 23 Espaço de empreendedorismo no Rio de Janeiro, que não tem serviço de incubadora, mas procura incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking e outros serviços ligados à educação: http://www.templo.co/. Ver ANEXO 1. 24 Espaço de empreendedorismo em Curitiba, que não tem serviço de incubadora, mas procura incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking e outros serviços ligados à educação: http://www.nexcoworking.com.br/ . Ver ANEXO 1. 25 Rede de casas espalhadas em algumas cidades do país (Belém, São Paulo, Porto Alegre, Campinas) que trabalham coletivamente em um espaço e procuram trabalhar em conjunto em novas ideias e incentivar novos empreendimentos. Ver ANEXO 1. 26 Lista completa em: http://hackerspaces.org/wiki/List_of_Hacker_Spaces 27 A cultura do faça você mesmo remete ao Do It Yourself americano, que teria surgido com a cena punk e pós-punk no combate ao consumismo desenfreado e incentivando às pessoas que consertassem e criassem seus produtos e projetos com suas próprias mãos. Com a popularização de novas tecnologias tem-se um resgate da cultura DIY, agora com um viés tecnológico que passa pelo software, hardware, eletrônica, robótica.
  • 10. engloba desde as práticas de design e fabricação digital até as experimentações com robótica e software. Esse tipo de espaço traz uma apropriação criativa e um olhar mais amplo para as novas tecnologias. São espaços nos quais programadores, empreendedores, artistas e curiosos em geral se reúnem para entender como funciona, por exemplo, o arduino28. E produzir aplicações como um calendário “inteligente” para colocar na parede: integrado ao Google Calendar29 e com painéis luminosos, ele se movimenta de acordo com as alterações feitas na internet. Dentre os makerspaces, cabe especial destaque à rede FabLab, criada no Center for Bits and Atoms do Medialab no MIT (Massachusetts Institute of Technology) em 2001 e em franca expansão pelo mundo. Os fablabs têm carta de princípios e diretrizes próprias e trabalham com os mesmos motes descritos acima. Podem estar acoplados a universidades como centros de pesquisa, a empresas ou ser independentes, normalmente misturando um híbrido de ações com e sem fins lucrativos. No Brasil, existem dois FabLabs em atividade na cidade de São Paulo30, mais alguns em fase de implementação pelo país, e outros makerspaces não associados à rede. Esses espaços disponibilizam atividades para os mais variados públicos explorando o universo das impressoras 3D, das máquinas de corte a laser e outros equipamentos que antecipam o futuro da produção de manufaturas. As nomenclaturas makerspace, fablab, hackerspace não possuem definição fechada e podem ainda ser substituídas por termos como hacklab, lab. Em se tratando de espaços de colaboração, vale ainda mencionar os ateliês, estúdios e espaços coletivos voltados às práticas artísticas, profissionais ou não. O compartilhamento de ferramentas, materiais e a necessidade de espaços amplos para determinadas práticas estimula que artistas busquem soluções compartilhadas para o seu dia a dia. Ocupações a espaços públicos ou criados para outros usos, como é o caso da Fabrica Bhering31, no Rio de Janeiro, e da Casa Amarela32, em São Paulo, são bons exemplos desta prática. Nessa mesma linha, praças e ruas acabam funcionando como espaços temporários de ocupação artísticas e culturais, como é o caso do Festival Baixo Centro33, em São Paulo, e das intervenções realizadas pelo coletivo Casa Nuvem34, no Rio de Janeiro. 28 Arduino é a marca italiana de um microcontrolador que permite o desenvolvimento de aplicações interativas. É um projeto aberto de hardware, ou seja, pode ser modificado e replicado livremente. 29 Aplicação de calendário do Google, no qual é possível inserir atividades, programar a sua agenda e interligar com notificações no email e celular. 30 FabLab na USP, com uso restrito a alunos, e Garagem FabLab, aberto ao public geral. 31 Espaço que reúne cerca de 120 artistas independente no centro do Rio de Janeiro: http://www.fabricabhering.com/ Ver ANEXO 1. 32 Ocupação artística no centro de São Paulo que te o objetivo de realizer ocupações culturais em espaços públicos ociosos: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/ Ver ANEXO 1. 33 Festival Baixo Centro é uma atividade autogestionada anual que ocorre no centro de São Paulo com o foco de ocupar as ruas da cidade com manifestações culturais e artísticas da população local. As atrações são submetidas a uma chamada coletiva e o financiamento é feito coletivamente em plataforma da internet em sistema conhecido como “crowdfunding”. 34 Casa Nuvem é um coletivo com sede no Rio de Janeiro que organiza intervenções artísticas no espaço publico, juntando principalmente bicicletas e música.
  • 11. Para além do mundo do trabalho, da educação e das artes, alguns espaços colaborativos servem também de moradia. O termo “coliving” já comum entre as pessoas envolvidas com o universo da colaboração ainda nem aparece na Wikipedia, repositório global de novos conceitos. Normalmente, são casas compartilhadas que servem tanto de moradia quanto de espaço de trabalho e algumas vezes até como área de eventos ligados ao universo das pessoas que a habitam. Na Casa Fora do Eixo35, em São Paulo, por exemplo, há uma série de shows e festas, que movimentam o universo do coletivo cultural que a gerencia. Já o The Glint, 36em São Francisco, são os encontros entre públicos diferentes ligados ao universo da criatividade que mobilizam a casa. O coliving, muitas vezes, surge como uma resposta aos altos preços dos alugueis praticados nas cidades somado a uma insatisfação de determinados grupos com o modo de trabalho que impõe uma rotina com pouca flexibilidade e distante dos seus propósitos pessoais. Da mesma forma que acontece com os coworkings, existem aqui iniciativas com e sem fins lucrativos, formais e informais, com fins tão diversos quanto ativismo político e geração de novos negócios. A origem do coliving, assim como a do coworking, não é nova e resgata hábitos e práticas já presentes na sociedade há bastante tempo. As casas comunitárias ligadas a cooperativas na Nova Iorque de 1920, as experiências de “cohousing” na Dinamarca37 e as experiências de artistas ligados às comunidades hippies nos Estados Unidos nos anos 60 são alguns dos exemplos. Conclusão Como é evidente não há uma base teórica que consiga englobar a diversidade de estruturas e práticas encontradas nos mais diferentes espaços colaborativos. Trata-se de campo aberto, no qual as regras e diretrizes são definidas por quem cria estes espaços, segundo suas necessidades, estando, por isso, em constante reformulação. Além disso, trata-se de matéria recente, em um contexto marcado por rápidas mudanças e apropriação mutante pelos mais diversos atores que criam – e recriam – tais conceitos e modelos. Por isso, longe de buscar um mapeamento completo e exaustivo das mais diversas práticas em rede, o escopo do presente estudo é identificar algumas iniciativas de destaque neste setor em franca expansão no Brasil e no mundo, recomendando vivamente seu acompanhamento por parte dos gestores públicos. O mapeamento a seguir traz para cada uma das experiências listadas linhas gerais com definição sobre seus modelos que puderam ser obtidas na pesquisa em fontes secundárias (website de cada projeto). 35 Espaço sede do coletivo Circuito Fora do Eixo na cidade, que serve como escritório, moradia e espaço para atividades e eventos. Ver ANEXO 1. 36 http://theglint.com/ 37 Sættedammen, na Dinamarca, é considerada uma das comunidades de cohousing mais antigas em atividade no mundo.
  • 12. As iniciativas foram analisadas com o intuito de identificar aspectos comuns, ainda que não se possa assumir que tais características estejam necessariamente presente em todos os projetos. Uma vez mais é preciso remarcar que cada um deles tem se desenvolvido segundo suas próprias necessidades e peculiaridades. De todos os modos, o estudo destas práticas revela uma série de aspectos recorrentes, sendo os dez mais comuns o que se seguem: 1. Atuam como espaço de estímulo à criatividade e inovação; 2. Têm formalização jurídica que não contempla a totalidade de suas funções; 3. Promovem o encontro e conectam cidadãos com interesses e habilidades comuns; 4. Compartilham produtos, processos e consideram as opiniões e intervenções de seus públicos na formulação de seus produtos e serviços; 5. Agem sob a lógica da abertura, da transparência, incorporam práticas de gestão horizontal e têm modelos de negócio baseados na geração de valor a partir da colaboração; 6. Têm modelos de negócio híbrido, conciliando ações com fins lucrativos e sem fins lucrativos. 7. Estimulam o empreendedorismo de maneira formal ou informal; 8. Atuam à margem das políticas públicas consolidadas, evidenciando baixo diálogo com governos e instituições tradicionais; 9. Baixa, porém crescente, articulação entre iniciativas semelhantes; 10. Dificuldade em encontrar um modelo de negócio sustentável que consolide suas ações no médio e longo prazo. O reconhecimento de tais práticas e a avaliação sobre seu sucesso e dificuldades de operação constituem elementos fundamentais de subsídio a políticas públicas que apostem na inovação e criatividade. Ao Estado cabe o desafio de entender – e apoiar – uma realidade produtiva plural e em constante embate com a burocracia.
  • 13. Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014 ___________________________________ Gabriela Agustini
  • 14. Referências Bibliográficas ABRAMOVAY, Ricardo. A rede, os nós, as teias: tecnologias alternativas na agricultura. Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/viewFile/6354/4939 Acessado em: 12 jun. 2014. BARBROOK, Richard. Futuros Imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global. São Paulo: Editora Peirópolis 2009. (p. 08) BAZZICHELLI, Tatiana. Networked Disruption. Aarhus, DARC, 2013. BENKLER, Yochai. A Riqueza das Redes. New Haven: Yale University Press, 2006. Disponível em: http://www.jus.uio.no/sisu/the_wealth_of_networks.yochai_benkler/doc.html Acessado em: 11 jun. 2014. CASTELLS, M.; CARDOSO, G. A Sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Imprensa Nacional, 2005. Disponível em: http://biblio.ual.pt/Downloads/REDE.pdf Acessado em: 11 jun. 2014. (p. 498) LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999. POWEL, W.; SMITH-DOERR, L. Smith-Doerr. Network and Economic Life. In Handbook of Economic Sociology. Princeton: Russell Sage Foundation/Princeton University Press, 2005. (P. 379-402.) SAVAZONI, Rodrigo. Sobre o Momento Digital. Zona Digital. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: http://zonadigital.pacc.ufrj.br/?p=1180# Acessado em 12 de junho de 2014. Bibliografia Complementar BENKLER, Y. Sharing Nicely: on shareable goods and the emergence of sharing as a modality of economic production. The Yale Law Journal: Vol. 114, 2005. CARRILHO, Land Louro, C. and Valverde, N. International Benchmarking study on the Functioning of FabLabs – Business Model Proposal. Disponível online em:http://fablabedp.edp.pt/sites/default/files/uploaded_files/rl_836_10_mt_tra duzido.pdf (acessado em 11 de junho de 2014) COCCO, G.; GALVÃO, A. P.; SILVA, G. (orgs.). Capitalismo cognitivo: trabalho, redes e inovação. Rio de Janeiro: DP&A. 2003.
  • 15. DUTTON, William H. Social Transformation in an Information Society: Rethinking Access to You and the World. FONSECA, F. Laboratórios do Pós-Digital. Edição do Autor. 2011. GALLOWAY, A. Protocol: How Control Exists After Decentralization. Cambridge, MA: MIT Press, 2004. GORZ, A. Misérias do presente, riqueza do possível. Annablume, 2004. ________. O imaterial: conhecimento, valor e capital. Annablume. 2005. HARDT, M e NEGRI, A. Império. Record. 2001. _____________________ Multidão: guerra e democracia na era do império. Record. 2005. HIMANEN, P. The Hacker Ethic and the Spirit of the Information Age. Random House. 2001. LAZZARATO, M.; NEGRI, T. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. DP&A. 2001. LESSIG, L. Free Culture. Penguin U.S.A. 2005. MACEDO, V (org.). Software Livre, Cultura Hacker e Ecossistema da Colaboração. Disponível online:http://wiki.colivre.coop.br/pub/Main/VicenteAguiar/livrohqp.pdf (acessado em 11 de junho de 2014) Menichinelli, M. Business Models for FabLabs. Disponível online: http://www.openp2pdesign.org/2011/fabbing/business-models-for-fab-labs/ (acessado em 11 de junho de 2014) SANTINI, Rose Marie. Produção colaborativa na sociedade da informação. E-Papers. 2008. SILVEIRA, S (org.). Comunicação Digital e a construção dos commons: redes virais, espectro aberto e as novas possibilidades de regulação. Fundação Perseu Abramo. 2007. SAVAZONI, Rodrigo. A Onda Rosa Choque: reflexões sobre rede, cultura e política contemporânea. 1ª edição. Rio de Janeiro: Editora Azougue, 2014. STALLMAN, R. Free Software, Free Society. GNU Press. 2010. WEBER, S. The Success of Open Source. Harvard University Press. 2004. von HIPPEL, E. The Democratization of Innovation. MIT Press. 2006.
  • 16. ANEXO 1 Iniciativas, cases, empreendimentos com arranjos produtivos inovadores Foram listadas 85 iniciativas em curso no mundo que envolvem colaboração em sua forma de produção, trabalho ou consumo. Cabe notar que a lista é apenas uma pequena amostragem e que as categorias escolhidas não são definitivas, posto que muitas das funcionalidades e formas de operar acabam coexistindo. A. Gestão Horizontal Espaços e ações que tem como foco a gestão comunitária e compartilhada de suas atividades, considerando seus públicos/clientes como parte do processo da criação dos produtos e serviços. 1. Curto Café Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição Pequeno café no centro do Rio de Janeiro cujo o objetivo é o de estimular um ambiente onde os frequentadores possam cooperar entre si com liberdade, experimentando ideias, receitas, atividades colaborativas no espaço, projetos coletivos. Para isso, não há hierarquia, controle de fluxo ou planos de longo prazo. Os preços a serem pagos pelo café são definidos pelos próprios consumidores e as contas ficam abertas (com preços sugeridos) pelas paredes do espaço. Metodologia O café é uma empresa. O estabelecimento funciona de maneira horizontal e sem hierarquias, baseando-se no conceito de trabalho em rede. Não há funcionário contratado pela empresa e cada consumidor pode escolher se quer “fazer parte da equipe” temporariamente ou não. As receitas podem ser flexibilizadas e os consumidores ainda podem escolher se querem trabalhar na cozinha, no caixa, etc. Existe um responsável que articula pessoas para que elas se sintam parte do espaço e participem do dia a dia. Discussões sobre modelos de negócio e abertura dos dados financeiros são feitos em grupos pela Internet. Fonte https://www.facebook.com/curtocafe?fref=ts 2. Park Sloop Food Coop Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte Descrição
  • 17. A Park Slope Food Coop (PSFC) é uma das mais antigas e maiores cooperativas de alimento dos EUA. Um dos principais objetivos é ser “um agente de compra para seus membros, e não um agente de venda para a indústria”. Está focada prioritariamente nos gêneros orgânicos, não processados e saudáveis e, na medida do possível, produzido por produtores locais. A instituição vende apenas aos seus membros que têm que pagar uma taxa anual e uma parcela de tempo de trabalho na empresa. Metodologia A cooperativa foi formada em 1973 e hoje tem mais de 15 mil membros. O modelo de negócio requer que cada um dos membros adultos contribua com 2 horas e 45 minutos de trabalho a cada 4 semanas. É fundamental, também, que nenhum dos membros divida uma casa com um não-membro. Os membros têm possibilidade de comprar produtos até 21% mais baratos. A economia é possível graças ao trabalho realizado pelos próprios sócios. A instituição também pode ser enquadrara como Corporação sem fins lucrativos (Not-for-profit Corporation), descrita no Artigo I, seção 5 do The New York Cooperative Corporations Law. Outro valores centrais: divisão igualitária de lucros e responsabilidades, sustentabilidade ambiental, busca por fornecedores que fujam à exploração do trabalho, apoio à agricultura local e não-tóxica. Fonte: http://www.foodcoop.com/ 3. The People Supermarket Localização: Londres, Reino Unido, Europa Descrição The People's Supermarket é uma cooperativa varejista de alimentos baseada em Londres. O objetivo principal é prover a comunidade local com comida de qualidade a preços baixos e que sejam justos para o produtor e o consumidor. Foi criado em 2010 e em fevereiro de 2012 já contava com mil membros. Metodologia Cooperativa sem fins lucrativos, na qual os membros têm que pagar uma taxa anual de 25 libras e contribuir com 4 horas de trabalho a cada 4 semanas. O retorno é um desconto de 20% das compras efetuadas pelos membros na loja. Fonte: http://www.thepeoplessupermarket.org/home 4. Clevedon Community Bookshop Localização: Clevedon, Reino Unido, Europa Descrição: A Clevedon Community Bookshop é uma livraria especializada em livros usados de qualidade. A instituição opera como uma cooperativa gestada e executada por seus membros. A filosofia é manter o controle e funcionamento da empresa sob o
  • 18. comando dos moradores da comunidade. Os serviços da livraria também se desdobram para a educação, exposições e eventos artísticos e atividades sociais. Metodologia: Empresa na qual cada membro participa comprando um mínimo de 10 cotas por 1 libra cada. Com as cotas o membro já é considerado parte da livraria e pode começar suas vendas. A cota mínima já é suficiente para dar direito ao voto, que é igual para todos, independente do tamanho da estante de cada vendedor. O envolvimento de cada membro com as funções da empresa depende da disponibilidade de cada um. Os sócios orientam que lucros só são esperados no fim do segundo ano de associação, e variam de acordo com o nível de envolvimento de cada membro. Os resultados, metas e previsões são discutidos entre todos. Fonte: http://www.clevedoncommunitybookshop.coop/ 5. The Pink Lane Jazz Co-op Localização: Newcastle, Reino Unido, Europa Descrição: The Pink Lane Jazz Co-Op é um clube de jazz em formato de cooperativa. Os membros se reúnem ao redor do entusiasmo pelo jazz, poesia e dança. A cooperativa atua também na educação, promovendo cursos e ações para sua comunidade. Recentemente, seus 200 membros juntaram 240 mil libras e concretizaram a compra de um pub na cidade. O espaço agora é gerido pela cooperativa. Metodologia: O Pink Lane Jazz Co-Op foi gestado dentro do The Co-Operative Enterprise Hub, uma organização voltada exclusivamente ao treinamento e capacitação de interessados em abrir e gerir cooperativas. Fonte: http://www.pinklanejazz.co.uk/ 6. Charwelton Localização: Bristol, Reino Unido, Europa Descrição: The Fox and Hounds era o único pub do vilarejo de Charwelton, em Bristol, no interior da Inglaterra. Quando fechou, dos 280 moradores do lugar, 60 se associaram e criaram uma cooperativa que conseguiu reunir a quantia necessária para comprar o pub. A decisão de manter o estabelecimento aberto veio da constatação que era ele o agregador da comunidade. O grupo de membros contou com assessorias de organizações que estimulam cooperativas. Metodologia:
  • 19. Além do investimento dos próprios criadores da cooperativa, houve um empréstimo e apoio logístico da consultoria Co-operative Enterprise Hub (um Hub para incubar e acelerar cooperativas no Reino Unido). Fonte: http://communitysharesfund.coop/fox-and-hounds.html 7. CollaboNation Localização: Sydney, Austrália, Oceania Descrição: CollaboNation é um projeto de arte coletivo, baseado na experiência da pintora australiana Jess Bush. O objetivo da ação é reunir dinheiro e engajamento para realizar uma obra de arte coletiva no festival The Burning Man. O processo será filmado e transformado em um documentário, a ideia é que a ação se multiplique e se cristalize em uma tradição do evento. Metodologia: O projeto se baseia no financiamento por crowdfunding. Os participantes podem contribuir com valores que variam de 5 a 1500 dólares australianos, e recebem diferentes recompensas: desde a oportunidade de participar da obra até uma cópia do documentário que registra todo o processo. A pintura final será queimada - como é a tradição do evento - mas os financiadores podem receber impressões dela. Fonte: http://www.jessbush.com/collabonation.html 8. Produtora Cultural Colaborativa Localização: Salvador, Brasil, América do Sul Descrição: A Produtora Cultural Colaborativa é uma iniciativa sustentada em três atividades: o Palco Livre, que abriga as ações de interação direta do artista com o público, o segmento audiovisual e a cobertura compartilhada, que compreende as ações de jornalismo. Este ramo estimula a difusão das produções audiovisuais, apresentações artísticas, eventos e atividades da cidade e fomenta o uso e interação nas redes sociais, garantindo visibilidade e mídia para pessoas que não usufruem destes espaços em canais tradicionais de comunicação. A iniciativa nasceu em 2009 no Fórum Social de Belém-PA, dentro do Acampamento Intercontinental da Juventude. Metodologia: Iniciativa sem formalização, que ocorre em eventos ligados ao universo da produção cultural. Todas as atividades oferecidas ocorrem em caráter de oficinas e vivências práticas. O cálculo das atividades e dos serviços prestados é expressado em uma moeda própria da Produtora, a IDEA.
  • 20. Fonte: http://www.iteia.org.br/textos/produtora-cultural-colaborativa-artigo-expoidea- 2010 9. Baixo Centro Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: O Baixo Centro é um festival de rua colaborativo, horizontal, independente e autogestionado realizado por uma rede aberta de produtoras interessadas em ressignificar esta região da capital de São Paulo em torno do Minhocão. Com o mote “as ruas são pra dançar”, busca estimular a apropriação do espaço público pelo público a quem, de fato, pertence, motivando uma maior interação das pessoas com seus locais de passagem, trabalho ou moradia cotidianos. Metodologia: O festival nasce principalmente de um desejo de ocupação do espaço urbano, tem origem civil e não-governamental. A produção é realizado por um coletivo que se organiza horizontalmente, associativa, aberta e livremente. Não há nenhuma instituição por trás: empresas, ONGs, governo. O financiamento também é coletivo e associativo, via crowdfunding e outras formas independentes de arrecadação (como leilão, rifa e doações). A preferência de financiamento é de pessoas físicas, ainda que não esteja descartado o financiamento privado e público. A programação é construída a partir de chamadas públicas, de ações e é toda aberta à intervenção e gratuita, mesmo para as atividades em espaços fechados. Fonte: http://baixocentro.org/ 10. Voodoohop Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: A Voodoohop é uma festa que resgatou o centrão de São Paulo quando ainda nem se falava tanto em ocupação urbana, em 2009. Uma celebração despretensiosa que acabou virando um dos maiores coletivos da cidade reunindo música, arte e cultura. Começou como uma reunião e amigos, que cresceu tanto, que o grupo passou a ocupar espaços públicos, como ruas, praças e prédio abandonados para viabilizar as suas ações. Metodologia: A Voodoohop é um coletivo que não tem número fechado de pessoas. Por meio do website e perfis nas redes sociais é possível enviar sugestões, se oferecer para trabalhar em conjunto e associar-se assim à iniciativa. Fonte: http://voodoohop.com/content/events/0 11. Brownie do Luiz
  • 21. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição Brownie do Luiz é uma fábrica, loja e distribuidora de bolos de chocolate no Rio de Janeiro. A empresa entrega para endereços em todo território nacional e trabalha com pontos de vendas associados. Com crescimento recorde, é um exemplo de microempresa familiar que atingiu um nível de médio porte. Metodologia É uma empresa de varejo, na qual os funcionários são também sócios e estimulados a projetar uma carreira na empresa. A orientação é para um conceito mais abrangente de trabalho, que transcenda o mero sustento financeiro. Princípios como informação aberta e colaboratividade regem a empresa, que nem sequer considera a fórmula de seu principal produto um segredo. Há no próprio site as indicações para fazer o brownie em casa, assim como declarações de que outras empresas que replicaram o modelo em outras partes do país. Os trabalhadores não só são envolvidos nos lucros da empresa como também são fundamentais para decidir os rumos do negócio. Fonte: http://browniedoluiz.com.br/ B. Iniciativas que incentivam a colaboração Espaços, ações, empreendimentos focados em estimular a cooperação e colaboração entre os seus participantes e/ou em criar projetos coletivamente com seus membros. 12. Casa Nuvem/ Nuvem Móvel Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: A plataforma multidisciplinar Nuvem surgiu em 2011 por meio de uma iniciativa de financiamento coletivo. Foi concebida para ser móvel, modular, autônoma e poder dialogar com diferentes aspectos da cidade através da relação entre seus agentes e espaços, explorados por seus happenings envolvendo música, ocupação de espaços públicos sub visitados /sub utilizados e do encontro aleatório entre pessoas em um determinado local de forma gratuita e não seletiva. Assim se posiciona ao contrário das iniciativas particulares e comportamentais que privilegiam a cultura da exclusão e da formação de nichos. Metodologia: É um coletivo sem formalização, que foi formado por sete integrantes vindos de áreas diversas como artes visuais, design, DJs, produtores, cicloativistas, hackers e entusiastas da mentalidade do “faça-você-mesmo”. Tem um espaço que oferece serviço de coworking pago e realiza festas, oficinas. Atualmente, são cerca de 30 membros que se dividem entre as funções de gestão do espaço e atividades do coletivo.
  • 22. Fonte: http://nuvem.fm/ 13. Templo Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: Templo é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking, educação e inovação. Seu foco é trabalhar a colaboração entre os participantes da rede e conectá-los a outros agentes ligados ao ecossistema empreendedor. Reúne principalmente empresas dos setores da economia criativa e O espaço possui ainda um makerspace, área voltada ao estímulo à apropriação de novas tecnologias, inovação e suporte de negócios a projetos de robótica, design, eletrônica, software, hardware. Metodologia: Para participar da rede no dia a dia é preciso contratar um dos planos disponíveis, mas é possível frequentar o espaço em atividades abertas e gratuitas que são oferecidas em suas unidades. Uma vez parte da rede é possível auxiliar nas escolhas e decisões relativas aos espaços. São oferecidos cursos e atividades pagas e os serviços incluem ainda consultoria de inovação e gestão de projetos ligados ao universo empreendedor. Fonte: http://www.templo.co/ 14. NEX Localização: Cascavel, Curitiba, Brasil, América do Sul Descrição: Nex é uma empresa com fins lucrativos focada em serviço de coworking e estímulo ao empreendedorismo. Oferece serviços de educação, eventos de networking e mistura em um mesmo ambiente empresas grandes, pequenas e profissionais freelancer de diversos setores econômicos. Tem o foco em desenvolvimento de comunidade e colaboração entre os seus membros. Metodologia: O espaço conta com planos diversos para o espaço de coworking e oferece ainda serviços de educação, como cursos e palestras, focados em desenvolvimento de novos negócios e criatividade e aluga espaço para eventos. Fonte: http://www.nexcoworking.com.br/ 15. Ateliê Aberto Localização: Campinas, Brasil, América do Sul Descrição:
  • 23. O ateliê Aberto é uma entidade auto-gerida com foco na arte contemporânea. Trabalha em 3 eixos: é um grupo de artistas, espaço cultural e produtora de projetos. Vende os seguintes serviços ou produtos: 1. Projetos de marketing cultural sob medida; 2. produção de projetos culturais de outros artistas, curadores ou gestores; 3. Expografia e montagem de exposições; 4. Consultoria e Inscrição de projetos em leis de incentivos e editais e, finalmente, 5. Curadoria e orientação de projetos de arte. Metodologia: O Ateliê Aberto é coordenado por uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de atuação – artes visuais, cinema, gestão cultural e sustentabilidade, e tem em seu espaço diversas outras iniciativas parceiras. Fonte: http://www.atelieaberto.art.br/sobre/ 16. Laboriosa 89 Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: Laboriosa89 é um espaço de coworking focado na experimentação das organizações de trabalho, especialmente a distribuição em rede. É desnecessário qualquer tipo de associação formal, os interessados podem apenas apontar um evento na agenda da instituição e partir para a organização. Não há curadoria ou qualquer tipo de seleção nem comissão deliberativa. Todas as responsabilidades são divididas. Os gastos são calculados com uma fórmula própria, mas não são obrigatórios, paga quem quiser e como quiser. A teoria que subjaze o funcionamento da LAboriosa89 é a da economia da abundância em contrapartida à paradigmática economia da escassez. Metodologia: Como não há conselho, o grupo formulou uma série de princípios e regras que sustentam os valores defendidos pela casa. Simplesmente ao seguir esses princípios uma pessoa pode ser membro do Laboriosa89 e executar um projeto, que pode ir de culinária à dança contemporânea. Os custos de manutenção e fiscais são divididos entre todos tomando como base uma estimativa de uso do tempo de cada membro. As despesas para manter o espaço são públicas e divididas pela rede. Um tutorial explica: diariamente é calculado quanto falta arrecadar para cobrir as despesas mensais e esse saldo é dividido pela expectativa de uso da casa até o fim do mês. O resultado desse cálculo é o CTLAB89 que informa quanto cada pessoa deveria pagar por hora para que os custos sejam cobertos. Cada um contribui como quiser por meio de um link para apagamento com cartões que está na internet ou em urnas para depósito que estão na casa. A casa pertence a um entusiasta do modelo de colaboração, que abriu para essa experimentação. Fonte: https://www.facebook.com/groups/laboriosa89/?fref=ts 17. GOMA
  • 24. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: GOMA é um grupo de 22 pequenas empresas agrupadas no mesmo espaço, que se concentram e expandem — daí o nome goma — de acordo com o tamanho do projeto encomendado. Diferente da maior parte das empresas destinadas ao coworking, a GOMA também cria laços profissionais entre as instituições que abriga. Isso significa que as empresas trabalham nos mesmos projeto, se unindo conforme a necessidade do trabalho. São 64 membros. Metodologia Associação sem fins lucrativos criada em novembro de 2013. As empresas se uniram pelo eixo de interesse no espaço urbano e trabalharam em diversos projetos para a cidade, como um recente protótipo para as barraquinhas da Lapa. A reforma da sede foi cotizada e dividida entre os membros. Fonte: https://www.facebook.com/somosgoma 18. Estaleiro Liberdade Localização: Porto Alegre, Brasil, América do Sul Descrição: O Estaleiro Liberdade é uma escola e incubadora de projetos com foco na inovação e empreendedorismo. Não há área específica de atuação, mas os eixos que norteiam o projeto são dados abertos, autonomia, comunicação não-violenta e sustentabilidade. O projeto conta com duas sedes, em Porto Alegre e São Paulo. Todos os anos os espaços são ocupados por artistas, estudantes, hackers, empresários e curiosos em geral. Há uma convocatória para os projetos que seleciona os ocupantes do espaço. Cada uma das sedes têm funcionamento independente, autônomo e autogerido. Metodologia Cada casa mantém até 12 membros, de dois em dois meses há a possibilidade de entrada de novos membros, se houver vaga. O ‘marujo’, como é chamado no grupo, tem que ficar um mínimo de dois meses na instituição e não há tempo limite, o membro decide quando é hora de deixar o estaleiro. Cada um dos selecionados participa de um encontro individual e um coletivo semanais, realiza workshops abertos para a comunidade (e pagos) e pode usar o laboratór io do estaleiro. O processo é pago pelos participantes e quem coordena o Estaleiro é uma empresa com fins lucrativos. Fonte: http://estaleiroliberdade.com.br/ 19. Garoa Hacker Clube Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
  • 25. Descrição: O Garoa é um hackerspace aberto e colaborativo que proporciona a infraestrutura necessária para que entusiastas de tecnologia realizem projetos em diversas áreas, como segurança, hardware, eletrônica, robótica, espaçomodelismo, software, biologia, música, artes plásticas ou o que mais a criatividade permitir. Em outras palavras, é um laboratório comunitário que propicia a troca de conhecimento e experiências, um local onde pessoas podem se encontrar, socializar, compartilhar e colaborar. Metodologia: O Garoa Hacker Clube é uma associação - uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos ou lucrativos. Em geral, todos os Associados do Garoa HC tem direito de tomar as decisões relativas ao espaço e à associação, bastando fazer parte do, assim chamado, Conselho Manda-chuva. Além do CMC, existem também o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, com sua atual composição, eleita e empossada em na Assembleia de Fundação. Existe também a Assembleia Geral, convocada em situações especiais, como as eleições, da qual podem participar todos os associados. Todo o financiamento provém de contribuições da comunidade, na forma de mensalidades de seus associados, que são membros regulares do Garoa, ou ainda doações. Aceitam doações ocasionais de empresas, geralmente na forma de equipamentos, sem contrapartida. O espaço está quase sempre aberto e pode ser usado por todos. Fonte: https://garoa.net.br/wiki/P%C3%A1gina_principal 20. Casa da Cultura Digital Localização: São Paulo, Belém, Porto Alegre, Campinas, Brasil, América do Sul Descrição: A Casa da Cultura Digital é um coletivo de empresas que atuam no universo da produção cultural e de novas tecnologias. Nasceu em São Paulo em 2009 e seu protagonismo político nas formulações de políticas públicas para o ambiente digital inspirou o surgimento de outras casas no país. Foi o berço de uma série de iniciativas relevantes nesse cenário como o Garoa Hacker Clube, a comunidade Transparência Hacker, o festival Baixo Centro, o projeto Produção Cultural no Brasil, entre outros. Metodologia: As casas não possuem formalização jurídica, funcionando mais como uma marca, um nome que abarca uma série de iniciativas e pessoas jurídicas variadas (com e sem fins lucrativos, profissionais freelancer, pesquisadores etc). Fonte: http://www.casadaculturadigital.com.br/ 21. Las Magrelas Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
  • 26. Descrição: Las Magrelas é uma empresa com fins lucrativos em São Paulo. O local reúne profissionais que usam a bicicleta como meio de transporte, ativistas ou qualquer um interessado nos rumos da mobilidade urbana. Os sócios também utilizam o espaço para cursos e palestras com esse foco, além de funcionar como espaço de trabalho compartilhado. A cozinha do estabelecimento é colaborativa e não há chefs. A oficina, além de prestar serviços de reparo, também aluga algumas de suas bancadas e ferramentas para os que desejam consertar a bicicleta sozinhos. A fusão de serviços nasceu da constatação dos sócios de que muitos entusiastas gostam de dedicar tempo à suas bicicletas e consideram a fase de manutenção também prazerosa. Metodologia: Empresa com fins lucrativos que oferece serviços em quatro esferas: um bar com foco na cervejaria artesanal brasileira e culinária vegetariana, uma oficina colaborativa de bicicletas, loja com showroom para artigos e ferramentas para os entusiastas do ciclismo e um espaço de coworking. Fonte: http://www.lasmagrelas.com.br/ 22. C-Base Localização: Berlin, Alemanha, Europa Definição: O C-Base foi um dos primeiros espaços coletivos do mundo. O propósito da organização, que é um hackerspace, é aumentar e distribuir conhecimentos e habilidades sobre softwares, hardware e redes de dado. A associação realiza outras atividades engajadas com sua causa: o Children’s Day é um festival voltado ao público infanto-juvenil para a introdução de temas como robótica e cultura digital. O espaço é um dos mais relevantes do mundo no tema, e inspirou o surgimento e muitos outros nos EUA e Europa. Metodologia: C-base é uma associação sem fins lucrativos com cerca de 515 membros. Possui diversos tipos de assinaturas mensais pagas: desde planos de baixo custo para estudantes até planos extensos para grandes corporações. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/C-base 23. Casa Nexo Cultural Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Definição: A Casa Nexo abriu as portas pela primeira vez em 1998 como um ateliê de artes coletivo, em São Paulo. No início do ano 2007 deu origem à Nexo Cultural, uma agência de Design Cultural e Sustentabilidade, que passou a gerenciar o espaço.
  • 27. Trabalha como catalisador e incubador de projetos culturais das mais diferentes vertentes e organiza ainda cursos, palestras e residências artísticas. Metodologia: Gerenciada por uma empresa com fins lucrativos, a Casa Nexo oferece serviços de coworking, educação (treinamentos) e consultoria. Fonte: http://www.casanexocultural.com.br/ 24. Chaos Computer Club Localização: Berlin, Alemanha, Europa Descrição: O Chaos Computer Club (CCC) é uma associação alemã de hackers. Seus objetivos mais importantes são liberdade de acesso a informação, liberdade de expressão, para mais transparência nos governos e a liberdade da informação. A sociedade está aberta a todos que se identificam com estes objetivos. O CCC foi criado a fim de dar aos hackers uma plataforma, de modo que pudessem relatar em atividades, sem ter que temer perseguições. Metodologia: Embora os hackers descrevam-se como comunidade galáctica, que não quer ser instruída em atos de administração, há uma associação registrada com aproximadamente 1500 membros. Foi fundado em 1981 e é uma das maiores e mais influentes organizações da sociedade civil lidando com as questões de segurança e privacidade na tecnologia. O grupo se organiza em comissões menores, chamadas ‘Erfakreisen’ e ‘Chaostreffs’ e trabalham de maneira descentralizada. São uma associação sem fins lucrativos com aproximadamente 3.600 membros (nem todos oficialmente registrados). Vivem de doações, contribuições do membros e organizam eventos pagos, como o Chaos Communication Camp. Fonte: http://ccc.de/en/home 25. Nest GSV Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte Descrição: NestGSV é um centro de inovação tecnológica, que fornece apoio logístico e físico para empresas focadas em inovação e tecnologia, principalmente startups focadas em produtos digitais. Metodologia: Empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking, educação e treinamento para startups. Realiza atividades patrocinadas por grandes empresas, como hackathons e desafios de ideias inovadoras. As ações B2B
  • 28. (business to business) são as mais rentáveis da empresa e permitem um trabalho mais elaborado no B2C (business to consumer). Fonte: http://nestgsv.com/ 26. Betahaus Localização: Berlim, Sofia, Hamburgo, Barcelona, Espanha, Bulgaria, Alemanha, Europa Descrição: Betahaus é uma empresa focada na prestação de serviço de coworking. A instituição tem sedes em Berlim, Hamburgo, Sofia e Barcelona. Seu trabalho é estimular que os profissionais presentes no espaço possam trocam referências e conhecimentos, estimulando o desenvolvimento de novos negócios. Metodologia: Betahaus é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking e educação, e conta ainda com restaurantes em algumas de suas sedes. A instituição aluga ainda espaços para eventos corporativos ligados ao universo do empreendedorismo. Fonte: http://www.betahaus.com 27. iHub Nairobi Localização: Nairobi, Kenya, Africa Descrição: iHub é um Hub de inovação e um espaço livre para entusiastas da tecnologia, investidores, empresas do ramo e hackers da região de Nairobi. O espaço tem foco em jovens empresários, programadores web e mobile, designers e pesquisadores. Metodologia: O iHub funciona como coworking, como um vetor para investidores e como incubadora de novos negócios. A iniciativa também se desdobra em outros setores que oferecem uma cartela completa de serviços tanto para investidores, quanto para os novos talentos da tecnologia. Há o iHub Research (pesquisa em tendências), iHub Consulting (consultoria), iHub Supercomputing Cluster (pesquisa em tecnologia) e o iHub User Experience Lab (prototipagem) . Fonte: http://www.ihub.co.ke/ 28. Agora Collective Localização: Berlim, Europa
  • 29. Descrição: Agora Collective é um espaço de coworking situado em Berlim. Têm o foco em desenvolvimento sustentável e possuem uma moeda complementar para facilitar a troca de serviços entre os seus membros. Metodologia: A empresa foca em sustentabilidade, arte e gastronomia. Em seu espaço há áreas reservadas para cursos, workshops e outros eventos sociais. O serviço é complementado por um café e um restaurante. Fonte: http://agoracollective.org/ 29. Tech Temple Localização: Pequim, China, Ásia Descrição: Tech Temple é o maior espaço de coworking de Pequim atualmente. São 1800 metros quadrados e dois andares. O espaço conta com áreas ao ar livre, espaço para eventos com até 100 convidados, salas de reunião, refeitório e um café. Metodologia: O espaço foi financiado pelo governo chinês em parceria com a firma japonesa Infinity Ventures Partners. O foco da empresa é atender startups que oferecem serviços para a internet, em estágio inicial. A empresa também encoraja startups que ultrapassam 1 ano na casa a avançarem e dar espaço a outros. Fonte: https://thetechtemple.com/ 30. Hub.it Localização: Hanoi, Vietnã, Ásia Descrição: A HUB.IT é um espaço de coworking em Hanoi. Nasceu da constatação de seu fundador, Bobby Liu, de que muitos profissionais da cidade, normalmente freelancers, não tinham como pagar os altos aluguéis dos espaços comerciais. Dessa maneira, fotógrafos, designers, jornalistas e outros profissionais, careciam da mínima estrutura necessária para desenvolver um negócio. Metodologia: A HUB.IT é considerada pelo CEO Bobby Liu como uma “incubadora independente”. Não há investimento financeiro propriamente às empresas que ela abriga, mas há serviços de coaching e aconselhamento logístico e técnico. O modelo de negócios do espaço está baseado no aluguel do espaço coworking. Fonte: http://www.hubit.asia/ 31. People Squared
  • 30. Localização: Shangai, China, Ásia Descrição: People Squared é um espaço de coworking em Shangai. A empresa é focada no atendimento de startups e profissionais liberais de vários campos. Metodologia: O plano de ação é fornecer os diferentes espaços que uma empresa precisa (sala de reuniões, sala de conferência e eventos, café, refeitório etc) para que os empreendedores possam concentrar esforços em seu negócio. Os serviços são pagos pelas empresas clientes. Fonte: http://www.people-squared.com/en/ 32. Base Colaborativa Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul, Descrição: Base Colaborativa é uma casa em São Paulo, criada com o propósito de aglutinar profissinais e interessados nos processos colaborativos de desenvolvimento da sociedade. Ela é gerida por seus sócios e segue um modelo coletivo de decisões. Metodologia: Base Colaborativa é uma associação em formato de clube. É mantida pelos seus sócios e doadores. Seus três principais eixos de atividade são: (1) um espaço de inovação social; (2) uma escola para que empreendedores e artistas dividam um pouco da sua experiência e (3) um clube onde se pode alugar livros, filmes, tomar café, reunir-se, etc. Fonte: http://www.basecolaborativa.org/# 33. The Office Localização: Kigali, Rwanda, África Descrição: The Office é um espaço de coworking em Ruanda, com foco em profissionais que trabalham com inovação e criatividade. Metodologia: A instituição não funciona com incubadora, limitando-se a fornecer todos os detalhes de um escritório a um profissional ou empresa em início de carreira. Os valores dependem se o cliente quer reservar um espaço mas não um lugar especifico (130 dólares mensais), ou se quer ter sua mesa e armários próprios (200 dólares por mês). Também há a possibilidade de alugar pequenas salas para trabalhar em grupo.
  • 31. Fonte: http://theoffice.rw/ 34. iceCairo Localização: Cairo, Egito, África Descrição: IceCairo é empresa social que oferece serviços de coworking, espaço para eventos e educação e tem ainda em seu espaço um fablab. Seu foco é em profissionais que trabalham com eco-tecnologia e pesquisa de sustentabilidade. É parte da rede ice (innovation, colaboration and entrepreneurship = inovação, colaboração e empreendedorismo), que conecta diversos espaços na África e Oriente Médio. Metodologia: O modelo de negócio se baseia em assinaturas mensais e recebe ainda patrocínio de empresas. Fonte: http://icecairo.com/ 35. CCHub Nigeria Localização: Lagos, Nigeria, África Descrição: CcHub é o primeiro open lab e pré-incubadora da Nigéria. Foi desenhado para ser um espaço multi-propósito, que trabalha para catalisar e dar espaço para iniciativas com foco em mudança social e em apropriação de novas tecnologias. Metodologia: A abordagem do CcHub é unir a iniciativa privada e pública, a sociedade civil, estudantes e entusiastas da tecnologia, inventores e acadêmicos para o desenvolvimento de novas iniciativas. A empresa oferece um laboratório para a comunidade e tem seu modelo de negócios baseado em assinatura mensal e em serviços B2B, como patrocínios para competições e hackathons. Fonte: http://cchubnigeria.com/ 36. Medialab Prado Localização: Madrid, Espanha, Europa Descrição: Medialab-Prado é um programa parte do Departamento de Artes, Esportes e Turismo do Conselho da Cidade de Madrid. É concebido como um laboratório para os cidadãos, atuando na produção, pesquisa e disseminação de projetos culturais que exploram colaborativamente formas de experimentação e aprendizado que emergem das redes digitais. Os objetivos do Medialab são: (1) Criar e manter uma plataforma que convide e permita aos usuários configurar,
  • 32. alterar e modificar os processos de pesquisa e produção; (2) Sustentar uma comunidade ativa de usuários que desenvolvam projetos colaborativos; (3) Oferecer múltiplas plataformas para que pessoas com diferentes perfis (artistas, cientistas, técnicos) e diferentes níveis de especialização (iniciantes e especialistas) possam colaborar. Metodologia Para atingir seus objetivos o Medialab oferece: (1) um espaço permanente de informação, consultoria e encontros, frequentados por mediadores culturais, que explicam a natureza desse espaço e ajudam a conectar diferentes pessoas e projetos. (2) Chamadas publicas para a apresentação de propostas e a participação em projetos colaborativos. A instituição é mantida por financiamento público. Fonte: http://medialab-prado.es/?lang=en 37. The Yard Teather Localização: Londres, Reino Unido, Europa Descrição: The Yard Theatre foi criado em 2011 em um armazém abandonado na periferia de Londres. O propósito desde o início é reavivar a comunidade ao redor do local. A instituição se define como um hub cultural com foco em teatro e atua como produtora de obras independentes e preferencialmente locais que almejam a experimentação e diálogo da linguagem teatral com a sociedade. Há iniciativas de workshops e projetos educacionais para população, fomentando novos talentos e dando espaço para que os estabelecidos tenham onde se apresentar. Também age como um local de encontro entre a academia, a comunidade, artistas e curiosos em geral. Metodologia: O teatro The Yard é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por uma série de entidades privadas, públicas e doadores. Possuem um bar no local que é responsável por grande parte da receita da instituição. Ingressos são cobrados a preços simbólicos para permitir o acesso da comunidade local. Fonte: http://www.theyardtheatre.co.uk/ 38. Numa Paris Localização: Paris, França, Europa Descrição: Numa é o maior hub de tecnologia, incubadora e coworking da França. Criado com ajudas do governo, o local se destina a catalisar a produção do ‘vale do silício francês’, o Sentier, bairro da periferia de Paris. Surgiu como parte de uma iniciativa já operante da Associação do Silicon Sentier e tem como foco incentivar o desenvolvimento de empresas em estágio inicial.
  • 33. Metodologia: Numa recebeu importantes incentivos do governo francês e de gigantes do setor privado. Sua receita vem dos serviços de coworking, incubação, educação e eventos. Fonte: https://www.numa.paris/ 39. Mutinerie Localização: Paris, França, Europa Descrição: Multinerie é uma empresa que presta serviços de coworking, educação e virou uma referência cultural em Paris. Trabalham no desenvolvimento de uma moeda complementar para facilitar a troca de serviços entre os seus membros e com outros espaços na Europa. Metodologia: Oferece serviços de aluguel de espaço, networking e educação. Fonte: http://www.mutinerie.org/ 40. The Library Localização: Tel Aviv, Israel, Ásia Descrição: The Library é a incubadora de startups da cidade de Tel Aviv. Financiada pela prefeitura da cidade, o projeto reestruturou um antigo edifício onde ficava a Biblioteca Municipal. Aceitam apenas grupos em início de negócio, ainda sem investidores. Metodologia: Todos os semestres The Library seleciona algumas startups para acelerar o crescimento. O serviço é pago. Fonte: http://www.thelibrary.co.il/ 41. Gangplankhq Localização: Avondale, Chandler, Richmond, Sault Ste. Marie, Estados Unidos e Canadá, América do Norte Descrição: Gangplank é um hub para a mudança social. Integra profissionais e startups de várias áreas, especialmente concentradas em: tecnologia, sustentabilidade, inovação e saúde com foco em impacto social positivo.
  • 34. Metodologia: A instituição é financiada pela iniciativa pública e por dinheiro de doações. Aos membros cabe colaborar com outro capital: o humano. Assim, as startups são instadas a dar cursos, mostrar como tem sido sua experiência a novos empreendedores e se envolver com a comunidade em geral. O êxito tem sido tão grande que já há três unidades dos Estados Unidos e uma no Canadá e já existem planos para aumentar. Fonte: http://gangplankhq.com/ 42. HONF Localização: Yogyakarta, Indonésia, Ásia Descrição: The House of Natural Fiber é um laboratório de novas mídias e arte, fundado em 1999. Se concentram nos princípios da crítica e da inovação. Desde o princípio, THNF, focou em desenvolvimento cultural, realizando inúmeros projetos e workshops. São uma referencia mundial em novas mídias e apropriação crítica de novas tecnologias. Metodologia: A instituição tem programas regulares e mantém contato com a comunidade que a abriga realizando diversos workshops, especialmente para a audiência juvenil. É mantida por doações do setor privado e publico e alguns dos workshops são pagos. Fonte: http://www.natural-fiber.com/index.php 43. Rainbow Mansion Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte Descrição: Rainbow Mansion é uma comunidade intencional de coliving que partilha uma mansão no Vale do Silício. Suas vagas são destinadas à jovens profissionais das artes, telecomunicações, ciência que estejam focados em mudança social, redes e sustentabilidade. Normalmente são jovens que trabalham em companhias do Vale, mas que compartilham os mesmos valores e ideais. Metodologia: Os moradores pagam pelo serviço e as decisões são tomadas coletivamente por consenso, sem a definição de um líder. Fonte: http://www.rainbowmansion.com/ 44. Fábrica Bhering
  • 35. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: A Fabrica Bhering é um ateliê coletivo que abriga mais de 120 artistas no centro do Rio de Janeiro em um espaço de uma antiga fábrica de chocolate. O espaço reúne uma grande variedade de assuntos incluindo vídeo, moda, design de móveis, escultura, pintura, fotografia, colagem, restauração, literatura. Metodologia: Os artistas pagam aluguel pelo espaço à administração da fábrica (uma família que é proprietária do prédio e administra o espaço) e exercem suas atividades (com e sem fins lucrativos) de maneira independente. Existe uma associação sem fins lucrativos formada pelos artistas para gerenciar o espaço e pensar ações em conjunto, inclusive, com a comunidade do entorno. O espaço não é aberto ao público, mas os artistas organizam festas e eventos abertos para que a população da cidade possa conhecer os trabalhos que são produzidos ali. Fonte: http://www.fabricabhering.com/ 45. Teté Cafe Costura Localização: Madrid, Espanha, Europa Descrição: É um espaço coletivo dedico à criação de roupas e acessórios de moda. A instituição cria workshops com designers e artesãos e promove encontros. Os usuários podem pagar para usar ferramentas e máquinas de costura, criar ou reformar roupas ou, simplesmente, aprender novas técnicas. Metodologia: A empresa se financia com as oficinas que realiza, vendas online de produtos e aluguel das máquinas. Fonte: http://www.tetecafecostura.com/ C. Coletivos Grupos, com espaço próprio ou não, 46. Ateliê Compartilhado Casa Amarela Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul. Descrição: O Ateliê Compartilhado Casa Amarela sedia o Movimento de Ocupação de Espaços Ociosos, um grupo de artistas que se uniu com o mote de propor uso de propriedades abandonadas como centros de formação e produção artística. O
  • 36. grupo existe há mais de três anos e conta atualmente com o apoio da Secretaria de Cultura da cidade. Metodologia: O coletivo organiza atividades, oficinas, workshops, saraus e é mantido pelos próprios integrantes, que muitas vezes realizam outras atividades profissionais remuneradas. Fonte: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/ 47. Lugar Comum Localização: Recife, Brasil, América do Sul. Descrição: O Coletivo Lugar Comum atua desde agosto de 2007 reunindo artistas de diferentes linguagens, como dança, teatro, música, artes visuais, literatura. Inquietos com as dificuldades da produção em arte e suas necessidades de criação, aperfeiçoamento e troca com a sociedade, o grupo resolveu criar o coletivo que agrega artistas, que se revezam, ministrando aulas uns para os outros, colaborando nas criações, na produção de projetos, na discussão de textos, entre outras atividades artístico-culturais. Metodologia: O coletivo funciona como um grupo de estudos e de experimentação. Mantém parcerias com poder público, por meio de editais, e tem sede própria mantida com os recursos captados em atividades profissionais desenvolvidas pelos seus membros. Fonte: http://coletivolugarcomum.com/ 48. Norte Comum Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul. Descrição: Norte Comum é um coletivo de artistas, ativistas e acadêmicos interessados na temática urbana, na mudança social, nas mídias, na arte e na promoção cultural em geral. Tem como foco trazer iniciativas que valorizem culturalmente a Zona Norte do Rio de Janeiro. Realizam atividades em espaços públicos e têm uma parceria com o Instituto Nise da Silveira, que coordena um hospital psiquiátrico, no qual o coletivo realiza ações culturais. Metodologia: O projeto é dividido basicamente em duas frentes gerais de atuação. Uma referente a criação e manutenção da rede, e a outra focada na formação de uma produtora coletiva e horizontal. Para definir um pouco melhor as duas: • A rede tem fins de ligação. Conectando todos aqueles interessados em se aprofundar em discussões a respeito do território (estudos, pesquisas, reflexões)
  • 37. visando abrir espaço para criação do comum (a realização de ações será conseqüência desses encontros e debates). • A produtora coletiva tem pretensões mais objetivas e diretas diante da urgência da realização de qualquer tipo de manifestação artística e cultural na região. Visa a reunião de produtores, agitadores, fomentadores e artistas que estejam já com projetos prontos para serem realizados no território. A receita do coletivo vem dos trabalhos desenvolvidos pela produtora e de trabalhos desenvolvidos por membros da rede. Fonte https://www.facebook.com/nortecomum?fref=ts 49. Circuito Fora do Eixo Localização: Brasil, América do Sul Descrição: O Circuito Fora do Eixo é uma rede de coletivos culturais que surgiu no final de 2005. Iniciada por produtores e artistas de estados brasileiros fora do eixo Rio - São Paulo, inicialmente focava no intercâmbio solidário de atrações musicais e conhecimento sobre produção de eventos, mas cresceu para abranger outras formas de expressão como o audiovisual, o teatro e as artes visuais. Metodologia: O Circuito começou a se manter, em seu princípio, com o auxílio do escambo de serviços e do uso de uma moeda própria. Quando as atividades se expandiram, em meados do ano 2011, o circuito passou a contar com frequentes apoios de instituições estatais e privadas. As Casas Fora do Eixo foram criadas e se organizam em torno de quatro núcleos principais: Universidade Fora do Eixo (sistema de ensino informal), Banco Fora do Eixo (sistema econômico autônomo), Partido Fora do Eixo e Mídia (sistema de comunicação exclusivo). Além das casas o CFdE mantém festivais e eventos. Fonte: http://foradoeixo.org.br/ 50. Cape Cultural Collective Localização: Cidade do Cabo, África do Sul, África Descrição: É um coletivo de músicos, poetas e artistas visuais da Cidade do Cabo. Realizam performances todas as semanas no District 6 Museum, produzem eventos de música, literatura e educação. Metodologia: O Cape Cultural Collective (CCC) começou sem nenhum tipo de financiamento. Concentrou os esforços iniciais em criar redes de parcerias que conseguiram o espaço (District 6 Musem) e a logística. O financiamento agora parte das
  • 38. apresentações musicais, eventos e doações. As redes com a comunidade foram mantidas através de projetos como corais, sarais de poesia, grupos de teatro, etc. Todas as semanas o CCC dá espaço para que novos artistas possam se apresentar. Fonte: http://allafrica.com/stories/201305090019.html 51. Poro Localização: Belo Horizonte, Brasil, América do Sul Descrição: O Poro – interferências em arte e design – é um coletivo de artistas de Belo Horizonte, Brasil que atua desde 2002 tendo como alvos preferidos o espaço público e as mídias de comunicação de massa. Metodologia: Não há organização formal e o grupo se autofinancia. Exemplos de mídias que o grupo trabalha: carimbos, adesivos, panfletagens, lambe-lambe. Fonte: http://poro.redezero.org/ D. Negócios que se baseiam no consumo compartilhado Iniciativas que se baseiam na internet e na lógica de rede para a troca, aluguel, compra, criação de bens tangíveis e intangíveis. 52. Treebos Localização: Vitória, Brasil, América do Sul Descrição: Uma rede social verde que tem como missão oferecer aos clientes a experiência de plantar árvores, partilhar bosques, consumir alimentos de qualidade, cultivar amizades e obter retorno financeiro. Metodologia: Une ferramentas tecnológicas para criar um modelo de investimento fracionado, que permite a cada usuário acesso a alimentos mais saudáveis e mais conhecimento sobre as cadeias produtivas de sua comida. A empresa age eliminando intermediários e trabalhando com produtores locais. A Treebos oferece também aos seus assinantes a opção de receberem kits de frutas vindas diretamente de pequenos produtores rurais, trazendo assim, a oportunidade de melhoria na qualidade de vida para famílias rurais de baixa renda. Fonte: https://treebos.com/ 53. Caronetas
  • 39. Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: É um site de caronas que integra colaboradores de empresas e centros empresariais de forma segura, prática e gratuita. Os eixos da empresa são a sustentabilidade, eco ativismo e inovação da mobilidade urbana. Metodologia: A carona é incentivada financeiramente a cada viagem. O caroneteiro (passageiro) cria seu trajeto, compra a moeda virtual Caronetas(Ct$) e a utiliza para pagar o caronista(motorista) a cada viagem. Com isso ao mesmo tempo que o passageiro ganha flexibilidade para utilizar vários motoristas ao longo do dia, com a facilidade do pagamento digital, o caronista (motorista) acumula em sua conta o valor correspondente e pode trocá-los por produtos e serviços em lojas parceiras ou por vale-presente. O serviço se complementa com o rateamento de taxis e companhias para viagens feitas por bicicleta. Fonte: http://www.caronetas.com.br/ 54. Catarse Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: Catarse é uma plataforma online para apoiar projetos em sistema de financimaneto coletivo (crowdfounding). Desde o seu lançamento em 17 de janeiro de 2011, mais de R$5 milhões já foram repassados para mais de 500 projetos espalhados por todo Brasil. Até agora, mais de 50 mil pessoas já apoiaram algum projeto. Metodologia: O Catarse é uma plataforma na internet que faz a intermediação entre os proponentes de projetos e possíveis públicos financiadores. Os projetos tem que ter um objetivo de arrecadação e um prazo (entre 1 e 60 dias).Quando acabar o prazo final, há duas opções: Projeto bem-sucedido: se o objetivo for atingido ou superado, o realizador do projeto fica com o dinheiro arrecadado, ou seja, tudo. Projeto malsucedido: se o objetivo não for atingido, as contribuições são devolvidas para todos os apoiadores. A plataforma se financia com 13% do valor bruto arrecadado de cada um dos projetos financiados. Fonte: http://catarse.me/pt 55. Permute Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição:
  • 40. Permute é uma plataforma para escambos multilaterais, ou seja, provê a logísticas para a troca de serviços ou produtos de uma empresa para a outra, em troca de créditos virtuais. Metodologia: Cada empresa afiliada abre uma conta corrente de intercâmbio em Unidades de Permuta (UPs). Todas as transações de compra e venda realizadas dentro do sistema de intercâmbio são debitadas ou creditadas em UPs. Cada UP equivale ao valor unitário da moeda local, ou seja, 1,00 UP é igual a 1,00 Real. Os clientes negociam, entre si, preço, prazo e logística de entrega, contando sempre com o auxílio e a assistência de um Gerente de Negócios. O preço acordado, então, é convertido em UPs e a transação é liquidada nas contas de intercâmbio envolvidas. Fonte: http://www.permute.com.br/ 56. Peers Swap Localização: rede global Descrição: Peers Swap é uma plataforma que auxilia seus usuários a organizarem ou participar de eventos de trocas de roupa. Metodologia: Os usuários se cadastram no site e escolhem se querer ser participantes ou anfitriões. As reuniões são agendadas e as trocas decididas nos encontros. A plataforma se baseia na noção de consumo colaborativo, uma nova prática comercial que possibilita o acesso a bens e serviços sem que haja necessariamente aquisição de um produto ou troca monetária entre as partes envolvidas neste processo. Fonte: http://action.peers.org/page/content/peersswap/ 57. Assembly Localização: rede global Descrição: Assembly é uma plataforma para a construção coletiva de aplicativos em código aberto. Os projetos são abertos e transparentes, e qualquer um pode desenvolvê-los, contribuindo com algumas horas ou alguns meses para o seu desenvolvimento. Ideias para produtos, perspectivas e tomadas de decisão são decididas pela comunidade. Metodologia: Assembly se diferencia de empresas como Kickstarter ou incubadoras de startup porque seu foco está nos recursos humanos. O que a empresa oferece é que
  • 41. qualquer pessoa possa contribuir com um projeto - e tomar parte dos dividendos - investindo apenas seu tempo e talento. Fonte: https://assemblymade.com/ 58. Wooloo Localização: Kopenhagen, Dinamarca, Europa Descrição: Wooloo é uma plataforma de chamada de artistas para criar obras de experimentação social e performances, de forma colaborativa. Metodologia: Os associados se cadastram no site e têm espaço para mostrar seu portfólio e trabalho. Quando alguém inicia um projeto são feitas chamadas pela comunidade, para acionar os participantes. Cada um dos membros colabora da maneira como pode na produção. Uma das intervenções foi dar dinheiro à pedestres se eles fossem conhecer um bairro da periferia de Copenhague. As obras do Wooloo são focadas em mudança social e colaborativismo. Fonte: http://www.wooloo.org/ 59. Bliive Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: Bliive é uma plataforma para troca de tempo e experiências entre usuários. Sua proposta é revolucionar a forma como lidamos com dinheiro e valor, ao propor uma colaboração desmonetizada entre os membros da rede. Metodologia: O Bliive realiza trocas de tempo e experiências mediado pela moeda virtual TimeMoney. O serviço não leva em conta a complexidade da tarefa - que pode ser desde aulas de tanto até ajuda com a mudança - apenas no tempo gasto. Por isso, cada usuário tem a mesma taxa 1 hora = 1 TimeMoney. Cada membro decide o que pode ensinar e o que gostaria de aprender e realiza as suas interações a partir disso. Fonte: http://bliive.com/ 60. Carte Blanche Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte
  • 42. Descrição: Carte Blanche é uma grife de roupas femininas que trabalha por meio de crowdsourcing, ou seja, a partir de comentários e opiniões de uma comunidade de pessoas. Metodologia: As designers proprietárias da empresa executam as coleções e as submetem ao voto pela plataforma Kickstarter. As peças vencedoras são financiadas pelas consumidoras, que recebem os produtos em casa. A economia para as consumidoras chega a ser de 400%. O preço só pode ser reduzido porque o processo elimina intermediários e economiza no processo de pesquisa e investigação de tendências que as grandes marcas realizam. Fonte: http://www.carteblanche.ly/ 61. Enjoei Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul Descrição: Enjoei é um site para compra e venda de produtos de segunda mão, com foco em moda e decoração. Metodologia: Os usuários precisam apenas se cadastrar e subir fotos do que querem vender. As negociações são mediadas pelo sistema do site. O vendedor concede 20% de comissão ao site mais uma taxa de R$ 2,15 de anúncio, para o caso do produto ser vendido. O negócio faturou 15 milhões em 2013 e contou com um investimento de 3 milhões de dólares da Monashees Capital. Fonte: http://www.enjoei.com.br/ 62. MyClosit Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: Closit é um aplicativo móvel que funciona como um bazar de moda para um grupo exclusivo de consumidoras. Metodologia: Para se registrar o usuário deve receber um convite de outro usuário. O foco do produto é exclusivo ao público feminino e, neste momento, não há qualquer tipo de taxa ou pagamento. O usuário paga apenas o produto que comprou de outro usuário, as condições de entrega também são negociadas pelas partes interessadas. Fonte:
  • 43. http://www.myclosit.com/ 63. SOCIETY6 Localização: Santa Mônica, Estados Unidos, América do Norte Descrição: Society6 é uma plataforma focada na compra e venda de produtos de design, especialmente roupas e decoração, feitos a partir de ilustrações, fotografias e artes produzidas por profissionais membros da comunidade. Metodologia: Os artistas colaboram com o design das estampas, ilustrações, desenhos e a empresa o imprime nas mídias escolhidas pelo artista (capa para celular, camiseta, quadro etc). O valor pago pelo cliente é dividido entre o artista e a plataforma, em porcentagens que variam de acordo com os produtos em questão. Fonte: http://society6.com/ 64. Behance Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte Descrição: Behance é uma plataforma de exposição de portfólios e busca de talentos. Serve como showcase para freelancers de áreas criativas e atrai a atenção de “headhunters” em busca de novos talentos. Metodologia: Por um valor extra, o usuário pode ter um site especialmente programado para sincronizar com seu portfólio e conta com mais opções de customização. Fonte: http://www.behance.net/ 65. Designoteca Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: Designoteca é uma rede social cujo objetivo é dar evidência a produtos criados por designers, inventores de garagem e artesãos e conectar os criadores a consumidores. Pela plataforma é possível conhecer os trabalhos e seus criadores, baixar projetos e até realizar a compra dos produtos. Metodologia:
  • 44. A Designoteca é uma empresa com fins lucrativos. A plataforma não cobra taxas mensais, apenas porcentagem das vendas efetuadas por meio dela (na casa dos 30%). Fonte: http://www.designoteca.com/ 66. Airbnb Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte Descrição: Airbnb é uma plataforma de busca e reservas entre as pessoas que oferecem acomodações e os turistas que buscam por locações. Metodologia: A empresa funciona cobrando taxas de cada uma das partes. Para os locatários os números variam de 6 a 12% e para os locadores 3%. Fonte: https://www.airbnb.com/ 67. Fon Localização: Madrid, Espanha, Europa Descrição: FON é uma comunidade global de usuários de internet que compartilham sua conexão banda larga através de rede sem fios do tipo Wi-Fi, tornando-se assim ponto de acesso FON. Para participar, basta ter acesso banda larga à internet, registrar-se na comunidade FON e adquirir o roteador sem fio 'La Fonera'. Metodologia: Não há taxas mensais. Em alguns países a empresa opera como parceira de grandes empresas privadas das telecomunicações, no Brasil, a Oi opera os serviços. Fonte: https://corp.fon.com/en 68. Love Swap Home Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte Descrição: Plataforma criada para a troca de hospedagem ao redor do mundo. O usuário disponibiliza a sua residência e procura alguém para “trocar” em um lugar que tenha interesse em ir. Metodologia: A plataforma cobra uma assinatura para ter acesso às propriedades. As trocas são feitas sem envolvimento de dinheiro entre os participantes.
  • 45. Fonte: http://www.lovehomeswap.com/ E. Incubadoras e Residências Artísticas Iniciativas focadas em incubação formal de empreendimentos ou projetos artísticos. 69. HiveColab Localização: Kampala, Uganda, África Descrição: Hive Colab é um hub de inovação, colaboração e espaço de coworking para a comunidade tecnológica de Uganda. O lab é aberto e gratuito para todos os desenvolvedores e empreendedores de tecnologia que são membros. O único requisito é estar trabalhando em um projeto ou procurando um projeto para trabalhar. Metodologia: O espaço funciona como incubadora de startups de tecnologia, com foco em aplicativos para mobile e web. É o primeiro hub tecnológico de Uganda que tem participação e colaboração do setor acadêmico e do investimento privado. É mantido por patrocínios. Fonte: http://hivecolab.org/about-us/ 70. Nuvem Estação Rural Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul Descrição: Nuvem é uma estação rural, a duas horas do Rio de Janeiro, voltada para a experimentação, pesquisa e criação vinculada à tecnologia (arquitetura, comunicação, geração sustentável de energia) e sustentabilidade (corpo, ecologias, alimentação, cultivos). É também uma casa para encontros e debates visando difusão do conhecimento livre e da cultura da autonomia e um centro de residências e autoresidências para artistas e projetistas, um Telecentro e um Hacklab rural. A Nuvem trabalha em Investigação , experimentação e desenvolvimento de processos autônomos para os seguintes eixos: (1) Cultivo, Ecologia, Energia Renovável e limpa, Bioarquitetura, Alimentação e Saúde; (2) Tecnologias livres aplicadas as artes do corpo: dança, teatro, performance, body arte (3) Tecnologias aplicadas as ciências e também as artes visuais e plásticas (4) Compartilhamento de espaço físico e virtual: criação de redes de conteúdo, mapeamento, documentação online e (5) Envolvimento da comunidade local nas atividades de formação, nos processos de experimentação artística e na criação de conteúdo nas redes digitais.