1. Nome do Consultor: Gabriela da Costa Aguiar Agustini (Gabriela Agustini)
Projeto: 914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura
no Brasil
SA Contrato: 1386/2014
Controle UNESCO: 556579
Número do Produto: 01
Nome do Produto: Documento técnico-analítico com referências metodológicas
nacionais e internacionais para a implantação do projeto de integração das ações
e programa de gestão, empreendedorismo e inovação no campo da Economia
Criativa.
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014
Gabriela Agustini
2. Projeto:
914BRZ4013 - Intersetorialidade, descentralização e acesso à cultura no Brasil
Produto 01:
Referenciais metodológicos nacionais e internacionais para a implantação do
projeto de integração das ações e programa de gestão, empreendedorismo e
inovação no campo da Economia Criativa.
Apresentação
O presente estudo busca trazer uma série de conceitos que impactam a realidade
da economia criativa no Brasil e no mundo em tempos de redes. A fim de
contribuir com a formulação de políticas públicas que fomentem de forma
inovadora as práticas dos setores criativos foi feito um levantamento de 85
iniciativas que fornecem uma amostra de um movimento global de aposta em
processos colaborativos de produção, trabalho e consumo. Para melhor
compreender tais empreendimentos, este estudo busca amparo nas reflexões de
pensadores contemporâneos que se debruçam sobre a temática tais como
Manuel Castells1, Jeremy Rifkin2, Yochai Benkler 3e Ricardo Abramovay4.
Antes de detalhar tais iniciativas, apresenta-se uma breve explicação dos
conceitos de sociedade em rede, de cultura da internet, de economia colaborativa
e de espaços de colaboração a fim de tentar estabelecer o contexto no qual tais
práticas se dão. Compreender esse contexto e analisar as iniciativas é um passo
importante para o desenvolvimento de um plano que contempla a integração das
ações do programa Brasil Criativo.
Conceito base de rede
O século 21 é o século das redes. O termo “rede” é utilizado há tempos no campo
da teoria das organizações e vem sendo aplicada pelas ciências sociais e
econômicas, psicologia, biologia como instrumento de análise das relações que
são construídas pelos indivíduos em seus círculos sociais. Para além de
instrumentos analíticos, “as redes representam estruturas de governança que
caracterizam as teias de interdependência encontradas nos distritos industriais e
1 Manuel Castells é um sociólogo espanhol especializado nos estudos da sociedade da informação,
comunicação e globalização. Dentre as suas publicações estão a trilogia “Sociedade em Rede” e “A
Galáxia da Internet”.
2 Jeremy Rifkin é um teórico das ciências econômicas norte-americano que se dedica a estudar o
impacto das mudanças tecnológicas e científicas na economia, no meio ambiente, na sociedade e
na força de trabalho. Dentre as suas publicações estão “A Sociedade do Custo Marginal Zero” e “A
Terceira Revolução Industrial”.
3 Yochai Benkler é professor da faculdade de direito da Universidade de Harvard nos Estados
Unidos que estuda o sistema de produção, distribuição e consumo na era conectada. “A Riqueza
das Redes” e “O Pinguim e o Leviatã: o triunfo da cooperação sobre o auto interesse”.
4 Ricardo Abramovay é professor da Faculdade de Economia e Administração e do Instituto de
Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Escreveu “Muito Além da Economia
Verde”.
3. tipificam práticas como relações contratuais, colaboração entre manufaturas ou
vários níveis de alianças entre firmas”, como já descreveram Powell e Smith-
Doerr (1994:369).
Em sua obra “Sociedade em Rede”, o teórico Manuel Castells pontua que a
organização em rede é dos traços mais importantes das estruturas sociais
contemporâneas. Para ele, uma rede é um conjunto de nós interconectados e o
que é define este nó depende do tipo de rede que está em questão.
“Redes são instrumentos para a economia capitalista baseada na inovação,
globalização e concentração descentralizada; para o trabalho, trabalhadores e
empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para uma cultura de
desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao
processamento instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma
organização social que vise a suplantação do espaço e invalidação do tempo.”
(Castells, 1999, p. 498).
Redes, muitas vezes, são estruturas invisíveis, informais, tácitas. Elas perpassam
os momentos da vida social, mas nem sempre estão aparentes. São o conjunto de
“conexões ocultas”, como diria Fritjof Capra5.
E apesar do crescente emprego do termo, seu significado “está longe de receber
uma definição unânime”, como bem pontua Ricardo Abramovay6.
A Internet e a Sociedade em Rede
Um observador atento não levará muito tempo para perceber que a expansão
das redes é só um sintoma de um mundo que enfrenta um processo de
transformação estrutural, como bem diagnosticado por Castells. “É um processo
multidimensional, mas está associado à emergência de um novo paradigma
tecnológico, baseado nas tecnologias na informação e comunicação, que
começaram a tomar forma nos anos 60 e que se difundiram de forma desigual
por todo o mundo” (CASTELLS; CARDOSO, 2005, p. 17).
O conceito de rede é adotado pela sociedade muito antes da internet e dos
computadores existirem. Uma roda em volta da fogueira feita pelos nossos
ancestrais para compartilhar histórias e interesses não deixa de ser uma rede
social. Coube, entretanto, ao surgimento e à popularização da internet nas
últimas décadas a intensificação de uso das redes sociais, assim como a sua
elevação a uma escala global e em tempo real.
5 Menção à tese de Fritjof Capra presente no livro “As Conexões Ocultas” 9Editora Cultrix, São
Paulo, 2002) no qual ele aponta que todas as formas de vida - desde as células mais primitivas até
as sociedades humanas, suas empresas e Estados nacionais, até mesmo sua economia global -
organizam-se segundo o mesmo padrão e os mesmos princípios básicos - o padrão em rede.
6 Referência à citaç ão feita em artigo “A rede, os nós, as teias: tecnologias alternativas na
agricultura”(2000, p. 163).
4. É por isso que a internet deve ser compreendida como uma rede que congrega
diversos tipos e grupos de redes, incluindo além das redes de computadores,
redes de pessoas e de informações. Dentro dessa lógica, essa congregação forma
uma nova cultura que Pierre Lévy denomina de cultura do ciberespaço ou
cibercultura.
“O ciberespaço (que também chamarei de “rede”) é o novo meio de comunicação
que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não
apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo
oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que
navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”,
especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de
atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente
com o crescimento do ciberespaço.” (LÉVY, 1999, p.17).
Neste sentido, ainda que a tecnologia seja fundamental para viabilizar as mais
diversas articulações em rede, é no reconhecimento da expansão da informação
e do conhecimento que reside a grande potência desta nova organização social. É
preciso reconhecer e legitimar que o saber não é mais produzido - e estocado -
somente em instituições criadas especialmente para determinados fins. Da
mesma forma como as inovações já não mais pertencem apenas aos grandes
centros e departamentos de pesquisa. Ao Estado cabe abrir-se para o
conhecimento gerado e distribuído livremente nas redes e incorporar a lógica da
abertura e da produção descentralizada a fim de potencializar e fomentar os
processos de inovação.
A cultura da internet
O Brasil fechou 2013 com 100 milhões de pessoas conectadas à internet, o que
representa quase 50% da sua população. Levantamento recente feito pela
empresa americana Kleiner Perkins Caufield & Byers (KPCB) 7coloca o país como
o quinto maior mercado para negócios na Internet no mundo e como quarto
entre a lista dos que passam mais tempo por dia usando os seus aparelhos
eletrônicos.
O crescimento do número de usuários de internet móvel no país é outro dado
importante. Só em 2013 o aumento foi de 244%, quando comparado ao ano
anterior. Estima-se que temos mais de 40 milhões de smartphones e mais de 10
milhões de tablets.8
Consequentemente, o impacto das formas de produzir em rede são cada vez mais
visíveis. Desde as últimas décadas do século XX, as novas tecnologias de
informação e comunicação vem mudando intensamente a forma como
produzimos e compartilhamos conhecimento.
7 Referência ao Internet Trends 2014 disponível na internet em: http://www.kpcb.com/internet-trends
8 Dados presentes no estudo “Mobile Economy Latin America 2013” feito pela GSMA e disponível
na internet em: http://gsma.com/newsroom/wp-content/
uploads/2013/12/GSMA_ME_LatAm_Report_2013.pdf
5. Softwares e internet criam a possibilidade de democratizar o acesso à
informação, maximizar os potenciais de bens e serviços e amplificar os valores
que formam a nossa cultura, criando inclusive novos comportamentos,
linguagens artísticas e novos modos de produção.
É importante notar que quanto maior a liberdade para as práticas colaborativas
na rede, mais extensa será a inteligência coletiva 9e maior o seu potencial
criativo. E, nesse sentido, o Estado, por meio de políticas públicas adequadas,
deve incentivar e promover tais práticas, estimulando sua expansão em
território nacional.
Por isso, é importante compreender quais são estas práticas e como elas
ocorrem e ter claro que no espaço da inovação três palavras são fundamentais:
colaboração, abertura e transdisciplinariedade.
Rodrigo Savazoni, citando o teórico do ciberespaço Howard Rheingold, indica
que “nosso mundo vem se transformando não pela ação dos líderes industriais
estabelecidos (como já ocorrera com o surgimento da internet e dos
computadores pessoais), mas pela força de “pequenos grupos de jovens
empreendedores e de associações de aficcionados”. (SAVAZONI, 2012)
“Jovens que muitas vezes aprendem a fazer, fazendo, trocando experiências e
conhecimento pela internet e recriando práticas de produção que apostam na
colaboração como valor real de produção.” (SAVAZONI, 2012)
As 85 iniciativas mapeadas no presente estudo evidenciam a intensificação a
expansão dos coletivos e o crescente surgimento de espaços de colaboração e
negócios baseados na troca e na relação peer-to-peer 10.
Desta forma, a associação em rede entre diferentes forças e organizações com
alguns propósitos em comum cria condições para a explosão das redes de afeto e
para a colaboração, gerando inovação tanto em modelos de negócios e serviços
quanto nos movimentos e organizações sociais. Como consequência, observa-se
a inclusão de novos públicos e a expansão da demanda associada a mercados até
então sub explorados.
Cabe lembrar que apesar do seu enorme potencial e da revolução que a internet
causou na humanidade, reside na sua apropriação pela sociedade o seu
verdadeiro triunfo.
“A convergência da mídia, as telecomunicações e os computadores não libertam – nem
nunca irão libertar – a humanidade. A Internet é uma ferramenta útil, não uma
9 Inteligência coletiva é um conceito que descreve o tipo de inteligência que surge da colaboração
de muitos indivíduos. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na
humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa.
10 Peer-to-peer (P2P) é um tipo de arquitetura de rede distribuída e descentralizada na qual cada
nó (chamado “peers”ou pares) se comunica diretamente com outro sem passar por uma
estrutura de administração central.
6. tecnologia redentora. O determinismo tecnológico não molda o futuro da
humanidade: quem constrói o futuro é a humanidade em si, usando novas
tecnologias como ferramentas.” (BARBROOK, 2009, p. 08)
Economia Colaborativa
O esforço dos cidadãos de se agrupar em coletivos e cooperativas seja para criar
novas demandas, seja para combater os efeitos sociais de mercados já criados
não é novidade. O que existe de novo nesses movimentos atuais em torno da
colaboração é o seu suporte digital, que permite uma escala de transmissão de
dados e conexões entre as pessoas jamais pensada.
Yochai Benkler em “A Riqueza das Redes” aponta que a emergência das redes dá
origem a uma nova forma de interação econômica entre os indivíduos, o que
caracteriza um novo estágio da economia da informação.
“Na economia de informação em rede, o capital físico necessário para a produção
é amplamente distribuído pela sociedade. Computadores pessoais e conexões de
rede são ubíquos. (...) O resultado é que significantemente mais daquilo que os
seres humanos dão valor pode ser feito por indivíduos, que interagem uns com
os outros socialmente, como seres humanos e como seres sociais, ao invés de
como agentes de mercado por um sistema de preços. (...) O resultado é um setor
florescente de produção de informação, conhecimento e cultura fora do sistema
de mercado, baseado no ambiente de rede, e aplicado a qualquer coisa que
muitos indivíduos conectados podem imaginar.” (BLENKLER, 2006, p. 45)
A tecnologia reduziu o custo de transação, permitindo que a circulação de bens
seja fácil, de baixo custo e em larga escala. Com uma grande quantidade de dados
disponíveis sobre pessoas e objetos, é possível desagregá-los e consumi-los como
serviço. Sites como Airbnb11, Rent a local friend12, Bliive13 são alguns exemplos
de plataformas que conectam “donos” com possíveis “locadores” que vão de
espaço físico a aprendizados já assimilados por uma pessoa.
Cabe notar que essas plataformas transformam bens que estavam ociosos em
recursos permitindo o surgimento de novos negócios e novas relações. O modelo
funciona para bens tangíveis e para bens intangíveis, pode envolver o pagamento
em dinheiro ou não e serve tanto aos cidadãos quanto às grandes instituições. E
com a possibilidade de conectar à internet objetos físicos, assim como todo o
potencial da chamada Internet das Coisas, as redes de troca devem se expandir
ainda mais, trazendo para o mundo dos objetos a lógica dos negócios e das trocas
baseados na Internet.
E se por um lado o processo da colaboração abre caminho para formas coletivas
de gestão e de melhor aproveitamento de recursos, por outro muitas vezes acaba
11 https://www.airbnb.com/
12 http://www.rentalocalfriend.com/
13 http://bliive.com/
7. reproduzindo a mesma estrutura da economia tradicional ao se organizar na
forma de negócios privados que concentram uma grande quantidade de poder e
riqueza.
Ainda assim, como pontua Ricardo Abramovay, aponta para a possibilidade de
uma organização social na qual “a produção de massas dará lugar à produção
pelas massas, numa espécie de recuperação dos ideais gandhianos de
autoprodução e independência, mas sob condições técnicas que permitem
competir com o que, até aqui, só era possível em virtude da grande indústria e da
gigantesca concentração de poder que lhe é correlativa”14 (ABROMAVAY; 2014)
Cabe mencionar que o deslocamento do eixo central de geração de valor do
conteúdo material para o conteúdo de conhecimento incorporado aos processos
produtivos na era digital faz surgir uma série de dificuldades na formatação de
modelos de negócios e de sustentabilidade financeira para os empreendimentos
do século 21. Como manter serviços gratuitos, o livre acesso a informações e
garantir o retorno financeiro necessário à execução desses trabalhos? Como
estimular redes e investir na troca de experiências? Como criar um
empreendimento baseado em inovação aberta e no desenvolvimento em
software livre? Como criar modelos de negócio para empreendimentos que não
mais se baseiam na propriedade e sim no acesso?
Questões como essas são centrais para muitas das iniciativas pesquisadas e
descritas no ANEXO 1 a este documento.
Espaços de colaboração: coworkings, makerspaces, hackerspaces, fablabs,
ateliês, estúdios e colivings
Os espaços de coworking, escritórios compartilhados nos quais profissionais que
trabalham em empresas e projetos diferentes dividem o mesmo espaço físico,
começaram a aparecer da forma como conhecemos hoje por volta dos ano 2000.
Em 1999, na cidade de Nova Iorque o “42 West 24” 15 alugava postos de trabalho
em seu loft que abrigava uma empresa de desenvolvimento de software.
Escritórios compartilhados com foco em colaboração eram prototipados em
torno de empresas no Vale do Silício nos anos 70 e já era prática comum entre
artistas, inclusive no Brasil, nos anos 60, sendo A Fábrica, de Andy Warrol, um
grande exemplo. A Academia de Platão e mesmo as oficinas iluministas já
produziam esse tipo de rede física de colaboração séculos antes.
O ano de 2005 marca a ascensão do uso do termo “coworking”, quando surgiram
diversos espaços pelo mundo, como o Schraubenfabrik16, na Austria, a rede The
14 Referência ao artigo publicado por Ricardo Abramovay no jornal Valor Econômico de 13 de
maio de 2014 disponível em: http://ricardoabramovay.com/2014/05/13/uma-economia-da-abundancia-
nasce-da-internet-das-coisas/#more-276
15 http://42west24.com/
16 http://www.schraubenfabrik.at/Home/
8. Hub17, na Inglaterra, o Hat Factory e o São Francisco Coworking Space, nos
Estados Unidos.
De lá para cá, a prática de trabalhar em espaços compartilhados só cresceu, se
popularizou e foi incorporada por diversos segmentos profissionais. Estudo
publicado pela revista especializada DeskMag em 2013 18aponta que mais de 109
mil pessoas trabalham em 2500 espaços de coworking espalhados pelo mundo.
Naquele ano, segundo a pesquisa, a média foi de 4,5 locais inaugurados por dia.
Considerando que a metodologia utilizada se baseia no cadastramento
voluntário, é possível dizer que uma quantidade muito maior de espaços desse
tipo foram lançados e não estão contemplados nesse número.
Com uma simples busca na internet e possí vel encontrar espaços de coworking
em diversas cidades brasileiras, com uma grande concentraça o nas capitais.
Alguns espaços sa o focados apenas em prover a infraestrutura e o serviço de
escrito rio, enquanto outros te m o foco no trabalho coletivo, na colaboraça o entre
os seus membros. Com preços que variam de R$ 200 a R$ 1500 por posiça o
ocupada, a oferta de serviços em alguns casos inclui ainda alimentaça o, cursos e
eventos de networking.
Cabe ainda pontuar a existência de locais com a vocação de coworking, que
funcionam de maneira menos estruturada, não como um negócio provedor de
infraestrutura e sim como um espaço coletivo, no qual os seus integrantes
dividem as contas e decidem suas ações em processo semelhante ao adotado por
jovens estudantes em suas repúblicas.
A informalidade desse tipo de iniciativa, assim como dos coletivos, dos
movimentos, das redes e das associações livres, dificulta a coleta de dados e não
nos permite saber de forma exata quantos espaços colaborativos foram criados
no mundo nos últimos anos. Ainda assim, é evidente o crescimento dessas ações
e a procura por espaços de trabalho compartilhados, no qual o indivíduo tem
acesso a além de um ambiente para desenvolver as suas atividades profissionais,
a um grupo de pessoas e conexões que agregam ao desenvolvimento de seu
projeto.
Compilado feito 19 pelo Movebla, portal na internet dedicado ao assunto, mapeia
121 espaços brasileiros de coworking, quase todos na região Sudeste.
Considerando que muitos empreendimentos noticiados pela imprensa e,
inclusive, integrantes do ANEXO 1 deste documento não constam no mapa, é
possível concluir que a realidade deste tipo de prática é ainda maior do que a
mapeada.
Alguns espaços de coworking funcionam ainda como incubadoras, aceleradoras
ou outro tipo de negócio focado em desenvolvimento de novas iniciativas e
estímulo ao empreendedorismo. Nesse caso, além de trabalhar em um mesmo
ambiente e ter acesso a uma rede de contato, as pessoas compartilham serviços
17 A rede The Hub virou Impact Hub recentemente: http://www.impacthub.net/
18 http://www.deskmag.com/en/2500-coworking-spaces-4-5-per-day-741
19 http://movebla.com/maps/#
9. de mentoria e de educação, em um treinamento que pode ser temporário ou
permanente. A 2121220, Rio Criativo21, Wayra22 são algumas iniciativas que
realizam essas atividades de incubação formalmente. Enquanto outras como
Templo 23 , NEX Coworking 24 e Casa da Cultura Digital 25 fazem isso
informalmente.
Além dos empreendimentos focados em prestar serviço de coworking, incluindo
as incubadoras, aceleradoras e os coworkings informais, incluindo ocupações e
espaços coletivos, observa-se nos últimos anos um surgimento crescente de
espaços coletivos voltados a outras dimensões da vida do cidadão, não
necessariamente ligados à sua atividade profissional. Makerspaces,
hackerspaces, fablabs, ateliês, estúdios, colivings mostram que a lógica da
colaboração extrapola o âmbito profissional e pode servir para aprender novos
ofícios, desenvolver uma atividade recreativa, artística ou de lazer e até mesmo
como moradia.
O website hackerspaces.org computa em sua base de dados mais de 1700
hackerspaces em atividade no mundo, dos quais 16 estão no Brasil 26 .
Hackerspaces são laboratórios comunitários e colaborativos para aprendizagens
e práticas ligadas ao universo da computação e da robótica. Geralmente,
oferecem a seus membros máquinas, equipamentos e componentes que
permitem a criação de protótipos e aplicações tecnológicas variadas. Costuma
ser um espaço com gestão coletiva que funciona na lógica de clube, mantido pela
mensalidade de seus membros, e que segue os princípios da filosofia hacker. Do
ponto de vista formal, usualmente são associações sem fins lucrativos, embora
existam experiências associadas a empresas comerciais e até espaços sem
formalização e modelo claro de funcionamento.
Empreendimentos que atuam de forma semelhante mas que apresentam uma
vocação comercial, geralmente, são denominados makerspaces, termo amplo que
designa os espaços ligados à cultura Faça Você Mesmo (DIY: do it yourself), 27que
20 Incubadora privada com sede no Rio de Janeiro e foco em empreendimentos de tecnologia:
http://21212.com/
21 Incubadora públicado do Governo de Estado do Rio de Janeiro com foco em empreendimentos
dos setores criativos: http://www.riocriativo.rj.gov.br/site/
22 Incubadora da empresa Telefônica presente em vários países do mundo, incluindo Brasil, com
foco em empreendimentos de tecnologia: http://wayra.org/en
23 Espaço de empreendedorismo no Rio de Janeiro, que não tem serviço de incubadora, mas
procura incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking
e outros serviços ligados à educação: http://www.templo.co/. Ver ANEXO 1.
24 Espaço de empreendedorismo em Curitiba, que não tem serviço de incubadora, mas procura
incentivar e desenvolver novos negócios a partir do oferecimento de cursos, networking e outros
serviços ligados à educação: http://www.nexcoworking.com.br/ . Ver ANEXO 1.
25 Rede de casas espalhadas em algumas cidades do país (Belém, São Paulo, Porto Alegre,
Campinas) que trabalham coletivamente em um espaço e procuram trabalhar em conjunto em
novas ideias e incentivar novos empreendimentos. Ver ANEXO 1.
26 Lista completa em: http://hackerspaces.org/wiki/List_of_Hacker_Spaces
27 A cultura do faça você mesmo remete ao Do It Yourself americano, que teria surgido com a
cena punk e pós-punk no combate ao consumismo desenfreado e incentivando às pessoas que
consertassem e criassem seus produtos e projetos com suas próprias mãos. Com a popularização
de novas tecnologias tem-se um resgate da cultura DIY, agora com um viés tecnológico que passa
pelo software, hardware, eletrônica, robótica.
10. engloba desde as práticas de design e fabricação digital até as experimentações
com robótica e software. Esse tipo de espaço traz uma apropriação criativa e um
olhar mais amplo para as novas tecnologias. São espaços nos quais
programadores, empreendedores, artistas e curiosos em geral se reúnem para
entender como funciona, por exemplo, o arduino28. E produzir aplicações como
um calendário “inteligente” para colocar na parede: integrado ao Google
Calendar29 e com painéis luminosos, ele se movimenta de acordo com as
alterações feitas na internet.
Dentre os makerspaces, cabe especial destaque à rede FabLab, criada no Center
for Bits and Atoms do Medialab no MIT (Massachusetts Institute of Technology)
em 2001 e em franca expansão pelo mundo. Os fablabs têm carta de princípios e
diretrizes próprias e trabalham com os mesmos motes descritos acima. Podem
estar acoplados a universidades como centros de pesquisa, a empresas ou ser
independentes, normalmente misturando um híbrido de ações com e sem fins
lucrativos.
No Brasil, existem dois FabLabs em atividade na cidade de São Paulo30, mais
alguns em fase de implementação pelo país, e outros makerspaces não
associados à rede. Esses espaços disponibilizam atividades para os mais variados
públicos explorando o universo das impressoras 3D, das máquinas de corte a
laser e outros equipamentos que antecipam o futuro da produção de
manufaturas. As nomenclaturas makerspace, fablab, hackerspace não possuem
definição fechada e podem ainda ser substituídas por termos como hacklab, lab.
Em se tratando de espaços de colaboração, vale ainda mencionar os ateliês,
estúdios e espaços coletivos voltados às práticas artísticas, profissionais ou não.
O compartilhamento de ferramentas, materiais e a necessidade de espaços
amplos para determinadas práticas estimula que artistas busquem soluções
compartilhadas para o seu dia a dia. Ocupações a espaços públicos ou criados
para outros usos, como é o caso da Fabrica Bhering31, no Rio de Janeiro, e da Casa
Amarela32, em São Paulo, são bons exemplos desta prática. Nessa mesma linha,
praças e ruas acabam funcionando como espaços temporários de ocupação
artísticas e culturais, como é o caso do Festival Baixo Centro33, em São Paulo, e
das intervenções realizadas pelo coletivo Casa Nuvem34, no Rio de Janeiro.
28 Arduino é a marca italiana de um microcontrolador que permite o desenvolvimento de
aplicações interativas. É um projeto aberto de hardware, ou seja, pode ser modificado e replicado
livremente.
29 Aplicação de calendário do Google, no qual é possível inserir atividades, programar a sua
agenda e interligar com notificações no email e celular.
30 FabLab na USP, com uso restrito a alunos, e Garagem FabLab, aberto ao public geral.
31 Espaço que reúne cerca de 120 artistas independente no centro do Rio de Janeiro:
http://www.fabricabhering.com/ Ver ANEXO 1.
32 Ocupação artística no centro de São Paulo que te o objetivo de realizer ocupações culturais em
espaços públicos ociosos: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/ Ver ANEXO 1.
33 Festival Baixo Centro é uma atividade autogestionada anual que ocorre no centro de São Paulo
com o foco de ocupar as ruas da cidade com manifestações culturais e artísticas da população
local. As atrações são submetidas a uma chamada coletiva e o financiamento é feito
coletivamente em plataforma da internet em sistema conhecido como “crowdfunding”.
34 Casa Nuvem é um coletivo com sede no Rio de Janeiro que organiza intervenções artísticas no
espaço publico, juntando principalmente bicicletas e música.
11. Para além do mundo do trabalho, da educação e das artes, alguns espaços
colaborativos servem também de moradia. O termo “coliving” já comum entre as
pessoas envolvidas com o universo da colaboração ainda nem aparece na
Wikipedia, repositório global de novos conceitos. Normalmente, são casas
compartilhadas que servem tanto de moradia quanto de espaço de trabalho e
algumas vezes até como área de eventos ligados ao universo das pessoas que a
habitam. Na Casa Fora do Eixo35, em São Paulo, por exemplo, há uma série de
shows e festas, que movimentam o universo do coletivo cultural que a gerencia.
Já o The Glint, 36em São Francisco, são os encontros entre públicos diferentes
ligados ao universo da criatividade que mobilizam a casa.
O coliving, muitas vezes, surge como uma resposta aos altos preços dos alugueis
praticados nas cidades somado a uma insatisfação de determinados grupos com
o modo de trabalho que impõe uma rotina com pouca flexibilidade e distante dos
seus propósitos pessoais. Da mesma forma que acontece com os coworkings,
existem aqui iniciativas com e sem fins lucrativos, formais e informais, com fins
tão diversos quanto ativismo político e geração de novos negócios.
A origem do coliving, assim como a do coworking, não é nova e resgata hábitos e
práticas já presentes na sociedade há bastante tempo. As casas comunitárias
ligadas a cooperativas na Nova Iorque de 1920, as experiências de “cohousing”
na Dinamarca37 e as experiências de artistas ligados às comunidades hippies nos
Estados Unidos nos anos 60 são alguns dos exemplos.
Conclusão
Como é evidente não há uma base teórica que consiga englobar a diversidade de
estruturas e práticas encontradas nos mais diferentes espaços colaborativos.
Trata-se de campo aberto, no qual as regras e diretrizes são definidas por quem
cria estes espaços, segundo suas necessidades, estando, por isso, em constante
reformulação. Além disso, trata-se de matéria recente, em um contexto marcado
por rápidas mudanças e apropriação mutante pelos mais diversos atores que
criam – e recriam – tais conceitos e modelos.
Por isso, longe de buscar um mapeamento completo e exaustivo das mais
diversas práticas em rede, o escopo do presente estudo é identificar algumas
iniciativas de destaque neste setor em franca expansão no Brasil e no mundo,
recomendando vivamente seu acompanhamento por parte dos gestores públicos.
O mapeamento a seguir traz para cada uma das experiências listadas linhas
gerais com definição sobre seus modelos que puderam ser obtidas na pesquisa
em fontes secundárias (website de cada projeto).
35 Espaço sede do coletivo Circuito Fora do Eixo na cidade, que serve como escritório, moradia e
espaço para atividades e eventos. Ver ANEXO 1.
36 http://theglint.com/
37 Sættedammen, na Dinamarca, é considerada uma das comunidades de cohousing mais antigas
em atividade no mundo.
12. As iniciativas foram analisadas com o intuito de identificar aspectos comuns,
ainda que não se possa assumir que tais características estejam necessariamente
presente em todos os projetos. Uma vez mais é preciso remarcar que cada um
deles tem se desenvolvido segundo suas próprias necessidades e peculiaridades.
De todos os modos, o estudo destas práticas revela uma série de aspectos
recorrentes, sendo os dez mais comuns o que se seguem:
1. Atuam como espaço de estímulo à criatividade e inovação;
2. Têm formalização jurídica que não contempla a totalidade de suas
funções;
3. Promovem o encontro e conectam cidadãos com interesses e habilidades
comuns;
4. Compartilham produtos, processos e consideram as opiniões e
intervenções de seus públicos na formulação de seus produtos e serviços;
5. Agem sob a lógica da abertura, da transparência, incorporam práticas de
gestão horizontal e têm modelos de negócio baseados na geração de valor
a partir da colaboração;
6. Têm modelos de negócio híbrido, conciliando ações com fins lucrativos e
sem fins lucrativos.
7. Estimulam o empreendedorismo de maneira formal ou informal;
8. Atuam à margem das políticas públicas consolidadas, evidenciando baixo
diálogo com governos e instituições tradicionais;
9. Baixa, porém crescente, articulação entre iniciativas semelhantes;
10. Dificuldade em encontrar um modelo de negócio sustentável que
consolide suas ações no médio e longo prazo.
O reconhecimento de tais práticas e a avaliação sobre seu sucesso e dificuldades
de operação constituem elementos fundamentais de subsídio a políticas públicas
que apostem na inovação e criatividade. Ao Estado cabe o desafio de entender – e
apoiar – uma realidade produtiva plural e em constante embate com a
burocracia.
13. Rio de Janeiro, 13 de junho de 2014
___________________________________
Gabriela Agustini
14. Referências Bibliográficas
ABRAMOVAY, Ricardo. A rede, os nós, as teias: tecnologias alternativas na
agricultura. Fundação Getúlio Vargas. Disponível em:
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Bibliografia Complementar
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15. DUTTON, William H. Social Transformation in an Information Society:
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FONSECA, F. Laboratórios do Pós-Digital. Edição do Autor. 2011.
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von HIPPEL, E. The Democratization of Innovation. MIT Press. 2006.
16. ANEXO 1
Iniciativas, cases, empreendimentos com arranjos produtivos inovadores
Foram listadas 85 iniciativas em curso no mundo que envolvem colaboração em
sua forma de produção, trabalho ou consumo. Cabe notar que a lista é apenas
uma pequena amostragem e que as categorias escolhidas não são definitivas,
posto que muitas das funcionalidades e formas de operar acabam coexistindo.
A. Gestão Horizontal
Espaços e ações que tem como foco a gestão comunitária e compartilhada
de suas atividades, considerando seus públicos/clientes como parte do
processo da criação dos produtos e serviços.
1. Curto Café
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição
Pequeno café no centro do Rio de Janeiro cujo o objetivo é o de estimular um
ambiente onde os frequentadores possam cooperar entre si com liberdade,
experimentando ideias, receitas, atividades colaborativas no espaço, projetos
coletivos. Para isso, não há hierarquia, controle de fluxo ou planos de longo
prazo. Os preços a serem pagos pelo café são definidos pelos próprios
consumidores e as contas ficam abertas (com preços sugeridos) pelas paredes do
espaço.
Metodologia
O café é uma empresa. O estabelecimento funciona de maneira horizontal e sem
hierarquias, baseando-se no conceito de trabalho em rede. Não há funcionário
contratado pela empresa e cada consumidor pode escolher se quer “fazer parte
da equipe” temporariamente ou não. As receitas podem ser flexibilizadas e os
consumidores ainda podem escolher se querem trabalhar na cozinha, no caixa,
etc. Existe um responsável que articula pessoas para que elas se sintam parte do
espaço e participem do dia a dia. Discussões sobre modelos de negócio e
abertura dos dados financeiros são feitos em grupos pela Internet.
Fonte https://www.facebook.com/curtocafe?fref=ts
2. Park Sloop Food Coop
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte
Descrição
17. A Park Slope Food Coop (PSFC) é uma das mais antigas e maiores cooperativas
de alimento dos EUA. Um dos principais objetivos é ser “um agente de compra
para seus membros, e não um agente de venda para a indústria”. Está focada
prioritariamente nos gêneros orgânicos, não processados e saudáveis e, na
medida do possível, produzido por produtores locais. A instituição vende apenas
aos seus membros que têm que pagar uma taxa anual e uma parcela de tempo de
trabalho na empresa.
Metodologia
A cooperativa foi formada em 1973 e hoje tem mais de 15 mil membros. O
modelo de negócio requer que cada um dos membros adultos contribua com 2
horas e 45 minutos de trabalho a cada 4 semanas. É fundamental, também, que
nenhum dos membros divida uma casa com um não-membro. Os membros têm
possibilidade de comprar produtos até 21% mais baratos. A economia é possível
graças ao trabalho realizado pelos próprios sócios. A instituição também pode
ser enquadrara como Corporação sem fins lucrativos (Not-for-profit
Corporation), descrita no Artigo I, seção 5 do The New York Cooperative
Corporations Law. Outro valores centrais: divisão igualitária de lucros e
responsabilidades, sustentabilidade ambiental, busca por fornecedores que
fujam à exploração do trabalho, apoio à agricultura local e não-tóxica.
Fonte: http://www.foodcoop.com/
3. The People Supermarket
Localização: Londres, Reino Unido, Europa
Descrição
The People's Supermarket é uma cooperativa varejista de alimentos baseada em
Londres. O objetivo principal é prover a comunidade local com comida de
qualidade a preços baixos e que sejam justos para o produtor e o consumidor.
Foi criado em 2010 e em fevereiro de 2012 já contava com mil membros.
Metodologia
Cooperativa sem fins lucrativos, na qual os membros têm que pagar uma taxa
anual de 25 libras e contribuir com 4 horas de trabalho a cada 4 semanas. O
retorno é um desconto de 20% das compras efetuadas pelos membros na loja.
Fonte: http://www.thepeoplessupermarket.org/home
4. Clevedon Community Bookshop
Localização: Clevedon, Reino Unido, Europa
Descrição:
A Clevedon Community Bookshop é uma livraria especializada em livros usados
de qualidade. A instituição opera como uma cooperativa gestada e executada por
seus membros. A filosofia é manter o controle e funcionamento da empresa sob o
18. comando dos moradores da comunidade. Os serviços da livraria também se
desdobram para a educação, exposições e eventos artísticos e atividades sociais.
Metodologia:
Empresa na qual cada membro participa comprando um mínimo de 10 cotas por
1 libra cada. Com as cotas o membro já é considerado parte da livraria e pode
começar suas vendas. A cota mínima já é suficiente para dar direito ao voto, que
é igual para todos, independente do tamanho da estante de cada vendedor. O
envolvimento de cada membro com as funções da empresa depende da
disponibilidade de cada um. Os sócios orientam que lucros só são esperados no
fim do segundo ano de associação, e variam de acordo com o nível de
envolvimento de cada membro. Os resultados, metas e previsões são discutidos
entre todos.
Fonte: http://www.clevedoncommunitybookshop.coop/
5. The Pink Lane Jazz Co-op
Localização: Newcastle, Reino Unido, Europa
Descrição:
The Pink Lane Jazz Co-Op é um clube de jazz em formato de cooperativa. Os
membros se reúnem ao redor do entusiasmo pelo jazz, poesia e dança. A
cooperativa atua também na educação, promovendo cursos e ações para sua
comunidade. Recentemente, seus 200 membros juntaram 240 mil libras e
concretizaram a compra de um pub na cidade. O espaço agora é gerido pela
cooperativa.
Metodologia:
O Pink Lane Jazz Co-Op foi gestado dentro do The Co-Operative Enterprise Hub,
uma organização voltada exclusivamente ao treinamento e capacitação de
interessados em abrir e gerir cooperativas.
Fonte: http://www.pinklanejazz.co.uk/
6. Charwelton
Localização: Bristol, Reino Unido, Europa
Descrição:
The Fox and Hounds era o único pub do vilarejo de Charwelton, em Bristol, no
interior da Inglaterra. Quando fechou, dos 280 moradores do lugar, 60 se
associaram e criaram uma cooperativa que conseguiu reunir a quantia
necessária para comprar o pub. A decisão de manter o estabelecimento aberto
veio da constatação que era ele o agregador da comunidade. O grupo de
membros contou com assessorias de organizações que estimulam cooperativas.
Metodologia:
19. Além do investimento dos próprios criadores da cooperativa, houve um
empréstimo e apoio logístico da consultoria Co-operative Enterprise Hub (um
Hub para incubar e acelerar cooperativas no Reino Unido).
Fonte: http://communitysharesfund.coop/fox-and-hounds.html
7. CollaboNation
Localização: Sydney, Austrália, Oceania
Descrição:
CollaboNation é um projeto de arte coletivo, baseado na experiência da pintora
australiana Jess Bush. O objetivo da ação é reunir dinheiro e engajamento para
realizar uma obra de arte coletiva no festival The Burning Man. O processo será
filmado e transformado em um documentário, a ideia é que a ação se multiplique
e se cristalize em uma tradição do evento.
Metodologia:
O projeto se baseia no financiamento por crowdfunding. Os participantes podem
contribuir com valores que variam de 5 a 1500 dólares australianos, e recebem
diferentes recompensas: desde a oportunidade de participar da obra até uma
cópia do documentário que registra todo o processo. A pintura final será
queimada - como é a tradição do evento - mas os financiadores podem receber
impressões dela.
Fonte: http://www.jessbush.com/collabonation.html
8. Produtora Cultural Colaborativa
Localização: Salvador, Brasil, América do Sul
Descrição:
A Produtora Cultural Colaborativa é uma iniciativa sustentada em três
atividades: o Palco Livre, que abriga as ações de interação direta do artista com o
público, o segmento audiovisual e a cobertura compartilhada, que compreende
as ações de jornalismo. Este ramo estimula a difusão das produções audiovisuais,
apresentações artísticas, eventos e atividades da cidade e fomenta o uso e
interação nas redes sociais, garantindo visibilidade e mídia para pessoas que não
usufruem destes espaços em canais tradicionais de comunicação. A iniciativa
nasceu em 2009 no Fórum Social de Belém-PA, dentro do Acampamento
Intercontinental da Juventude.
Metodologia:
Iniciativa sem formalização, que ocorre em eventos ligados ao universo da
produção cultural. Todas as atividades oferecidas ocorrem em caráter de oficinas
e vivências práticas. O cálculo das atividades e dos serviços prestados é
expressado em uma moeda própria da Produtora, a IDEA.
20. Fonte: http://www.iteia.org.br/textos/produtora-cultural-colaborativa-artigo-expoidea-
2010
9. Baixo Centro
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
O Baixo Centro é um festival de rua colaborativo, horizontal, independente e
autogestionado realizado por uma rede aberta de produtoras interessadas em
ressignificar esta região da capital de São Paulo em torno do Minhocão. Com o
mote “as ruas são pra dançar”, busca estimular a apropriação do espaço público
pelo público a quem, de fato, pertence, motivando uma maior interação das
pessoas com seus locais de passagem, trabalho ou moradia cotidianos.
Metodologia:
O festival nasce principalmente de um desejo de ocupação do espaço urbano, tem
origem civil e não-governamental. A produção é realizado por um coletivo que se
organiza horizontalmente, associativa, aberta e livremente. Não há nenhuma
instituição por trás: empresas, ONGs, governo. O financiamento também é
coletivo e associativo, via crowdfunding e outras formas independentes de
arrecadação (como leilão, rifa e doações). A preferência de financiamento é de
pessoas físicas, ainda que não esteja descartado o financiamento privado e
público. A programação é construída a partir de chamadas públicas, de ações e é
toda aberta à intervenção e gratuita, mesmo para as atividades em espaços
fechados.
Fonte: http://baixocentro.org/
10. Voodoohop
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
A Voodoohop é uma festa que resgatou o centrão de São Paulo quando ainda
nem se falava tanto em ocupação urbana, em 2009. Uma celebração
despretensiosa que acabou virando um dos maiores coletivos da cidade
reunindo música, arte e cultura. Começou como uma reunião e amigos, que
cresceu tanto, que o grupo passou a ocupar espaços públicos, como ruas, praças
e prédio abandonados para viabilizar as suas ações.
Metodologia:
A Voodoohop é um coletivo que não tem número fechado de pessoas. Por meio
do website e perfis nas redes sociais é possível enviar sugestões, se oferecer para
trabalhar em conjunto e associar-se assim à iniciativa.
Fonte: http://voodoohop.com/content/events/0
11. Brownie do Luiz
21. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição
Brownie do Luiz é uma fábrica, loja e distribuidora de bolos de chocolate no Rio
de Janeiro. A empresa entrega para endereços em todo território nacional e
trabalha com pontos de vendas associados. Com crescimento recorde, é um
exemplo de microempresa familiar que atingiu um nível de médio porte.
Metodologia
É uma empresa de varejo, na qual os funcionários são também sócios e
estimulados a projetar uma carreira na empresa. A orientação é para um
conceito mais abrangente de trabalho, que transcenda o mero sustento
financeiro. Princípios como informação aberta e colaboratividade regem a
empresa, que nem sequer considera a fórmula de seu principal produto um
segredo. Há no próprio site as indicações para fazer o brownie em casa, assim
como declarações de que outras empresas que replicaram o modelo em outras
partes do país. Os trabalhadores não só são envolvidos nos lucros da empresa
como também são fundamentais para decidir os rumos do negócio.
Fonte: http://browniedoluiz.com.br/
B. Iniciativas que incentivam a colaboração
Espaços, ações, empreendimentos focados em estimular a cooperação e
colaboração entre os seus participantes e/ou em criar projetos
coletivamente com seus membros.
12. Casa Nuvem/ Nuvem Móvel
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
A plataforma multidisciplinar Nuvem surgiu em 2011 por meio de uma iniciativa
de financiamento coletivo. Foi concebida para ser móvel, modular, autônoma e
poder dialogar com diferentes aspectos da cidade através da relação entre seus
agentes e espaços, explorados por seus happenings envolvendo música,
ocupação de espaços públicos sub visitados /sub utilizados e do encontro
aleatório entre pessoas em um determinado local de forma gratuita e não
seletiva. Assim se posiciona ao contrário das iniciativas particulares e
comportamentais que privilegiam a cultura da exclusão e da formação de nichos.
Metodologia:
É um coletivo sem formalização, que foi formado por sete integrantes vindos de
áreas diversas como artes visuais, design, DJs, produtores, cicloativistas, hackers
e entusiastas da mentalidade do “faça-você-mesmo”. Tem um espaço que oferece
serviço de coworking pago e realiza festas, oficinas. Atualmente, são cerca de 30
membros que se dividem entre as funções de gestão do espaço e atividades do
coletivo.
22. Fonte: http://nuvem.fm/
13. Templo
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
Templo é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking,
educação e inovação. Seu foco é trabalhar a colaboração entre os participantes da
rede e conectá-los a outros agentes ligados ao ecossistema empreendedor. Reúne
principalmente empresas dos setores da economia criativa e
O espaço possui ainda um makerspace, área voltada ao estímulo à apropriação
de novas tecnologias, inovação e suporte de negócios a projetos de robótica,
design, eletrônica, software, hardware.
Metodologia:
Para participar da rede no dia a dia é preciso contratar um dos planos
disponíveis, mas é possível frequentar o espaço em atividades abertas e gratuitas
que são oferecidas em suas unidades. Uma vez parte da rede é possível auxiliar
nas escolhas e decisões relativas aos espaços. São oferecidos cursos e atividades
pagas e os serviços incluem ainda consultoria de inovação e gestão de projetos
ligados ao universo empreendedor.
Fonte: http://www.templo.co/
14. NEX
Localização: Cascavel, Curitiba, Brasil, América do Sul
Descrição:
Nex é uma empresa com fins lucrativos focada em serviço de coworking e
estímulo ao empreendedorismo. Oferece serviços de educação, eventos de
networking e mistura em um mesmo ambiente empresas grandes, pequenas e
profissionais freelancer de diversos setores econômicos. Tem o foco em
desenvolvimento de comunidade e colaboração entre os seus membros.
Metodologia:
O espaço conta com planos diversos para o espaço de coworking e oferece ainda
serviços de educação, como cursos e palestras, focados em desenvolvimento de
novos negócios e criatividade e aluga espaço para eventos.
Fonte: http://www.nexcoworking.com.br/
15. Ateliê Aberto
Localização: Campinas, Brasil, América do Sul
Descrição:
23. O ateliê Aberto é uma entidade auto-gerida com foco na arte contemporânea.
Trabalha em 3 eixos: é um grupo de artistas, espaço cultural e produtora de
projetos. Vende os seguintes serviços ou produtos: 1. Projetos de marketing
cultural sob medida; 2. produção de projetos culturais de outros artistas,
curadores ou gestores; 3. Expografia e montagem de exposições; 4. Consultoria e
Inscrição de projetos em leis de incentivos e editais e, finalmente, 5. Curadoria e
orientação de projetos de arte.
Metodologia:
O Ateliê Aberto é coordenado por uma equipe composta por profissionais de
diferentes áreas de atuação – artes visuais, cinema, gestão cultural e
sustentabilidade, e tem em seu espaço diversas outras iniciativas parceiras.
Fonte: http://www.atelieaberto.art.br/sobre/
16. Laboriosa 89
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
Laboriosa89 é um espaço de coworking focado na experimentação das
organizações de trabalho, especialmente a distribuição em rede. É desnecessário
qualquer tipo de associação formal, os interessados podem apenas apontar um
evento na agenda da instituição e partir para a organização. Não há curadoria ou
qualquer tipo de seleção nem comissão deliberativa. Todas as responsabilidades
são divididas. Os gastos são calculados com uma fórmula própria, mas não são
obrigatórios, paga quem quiser e como quiser. A teoria que subjaze o
funcionamento da LAboriosa89 é a da economia da abundância em contrapartida
à paradigmática economia da escassez.
Metodologia:
Como não há conselho, o grupo formulou uma série de princípios e regras que
sustentam os valores defendidos pela casa. Simplesmente ao seguir esses
princípios uma pessoa pode ser membro do Laboriosa89 e executar um projeto,
que pode ir de culinária à dança contemporânea. Os custos de manutenção e
fiscais são divididos entre todos tomando como base uma estimativa de uso do
tempo de cada membro. As despesas para manter o espaço são públicas e
divididas pela rede. Um tutorial explica: diariamente é calculado quanto falta
arrecadar para cobrir as despesas mensais e esse saldo é dividido pela
expectativa de uso da casa até o fim do mês. O resultado desse cálculo é o
CTLAB89 que informa quanto cada pessoa deveria pagar por hora para que os
custos sejam cobertos. Cada um contribui como quiser por meio de um link para
apagamento com cartões que está na internet ou em urnas para depósito que
estão na casa. A casa pertence a um entusiasta do modelo de colaboração, que
abriu para essa experimentação.
Fonte: https://www.facebook.com/groups/laboriosa89/?fref=ts
17. GOMA
24. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
GOMA é um grupo de 22 pequenas empresas agrupadas no mesmo espaço, que
se concentram e expandem — daí o nome goma — de acordo com o tamanho do
projeto encomendado. Diferente da maior parte das empresas destinadas ao
coworking, a GOMA também cria laços profissionais entre as instituições que
abriga. Isso significa que as empresas trabalham nos mesmos projeto, se unindo
conforme a necessidade do trabalho. São 64 membros.
Metodologia
Associação sem fins lucrativos criada em novembro de 2013. As empresas se
uniram pelo eixo de interesse no espaço urbano e trabalharam em diversos
projetos para a cidade, como um recente protótipo para as barraquinhas da Lapa.
A reforma da sede foi cotizada e dividida entre os membros.
Fonte: https://www.facebook.com/somosgoma
18. Estaleiro Liberdade
Localização: Porto Alegre, Brasil, América do Sul
Descrição:
O Estaleiro Liberdade é uma escola e incubadora de projetos com foco na
inovação e empreendedorismo. Não há área específica de atuação, mas os eixos
que norteiam o projeto são dados abertos, autonomia, comunicação não-violenta
e sustentabilidade. O projeto conta com duas sedes, em Porto Alegre e São Paulo.
Todos os anos os espaços são ocupados por artistas, estudantes, hackers,
empresários e curiosos em geral. Há uma convocatória para os projetos que
seleciona os ocupantes do espaço. Cada uma das sedes têm funcionamento
independente, autônomo e autogerido.
Metodologia
Cada casa mantém até 12 membros, de dois em dois meses há a possibilidade de
entrada de novos membros, se houver vaga. O ‘marujo’, como é chamado no
grupo, tem que ficar um mínimo de dois meses na instituição e não há tempo
limite, o membro decide quando é hora de deixar o estaleiro. Cada um dos
selecionados participa de um encontro individual e um coletivo semanais, realiza
workshops abertos para a comunidade (e pagos) e pode usar o laboratór io do
estaleiro. O processo é pago pelos participantes e quem coordena o Estaleiro é
uma empresa com fins lucrativos.
Fonte: http://estaleiroliberdade.com.br/
19. Garoa Hacker Clube
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
25. Descrição:
O Garoa é um hackerspace aberto e colaborativo que proporciona a
infraestrutura necessária para que entusiastas de tecnologia realizem projetos
em diversas áreas, como segurança, hardware, eletrônica, robótica,
espaçomodelismo, software, biologia, música, artes plásticas ou o que mais a
criatividade permitir. Em outras palavras, é um laboratório comunitário que
propicia a troca de conhecimento e experiências, um local onde pessoas podem
se encontrar, socializar, compartilhar e colaborar.
Metodologia:
O Garoa Hacker Clube é uma associação - uma pessoa jurídica de direito privado,
sem fins econômicos ou lucrativos. Em geral, todos os Associados do Garoa HC
tem direito de tomar as decisões relativas ao espaço e à associação, bastando
fazer parte do, assim chamado, Conselho Manda-chuva. Além do CMC, existem
também o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, com sua atual composição,
eleita e empossada em na Assembleia de Fundação. Existe também a Assembleia
Geral, convocada em situações especiais, como as eleições, da qual podem
participar todos os associados. Todo o financiamento provém de contribuições
da comunidade, na forma de mensalidades de seus associados, que são membros
regulares do Garoa, ou ainda doações. Aceitam doações ocasionais de empresas,
geralmente na forma de equipamentos, sem contrapartida. O espaço está quase
sempre aberto e pode ser usado por todos.
Fonte: https://garoa.net.br/wiki/P%C3%A1gina_principal
20. Casa da Cultura Digital
Localização: São Paulo, Belém, Porto Alegre, Campinas, Brasil, América do Sul
Descrição:
A Casa da Cultura Digital é um coletivo de empresas que atuam no universo da
produção cultural e de novas tecnologias. Nasceu em São Paulo em 2009 e seu
protagonismo político nas formulações de políticas públicas para o ambiente
digital inspirou o surgimento de outras casas no país. Foi o berço de uma série de
iniciativas relevantes nesse cenário como o Garoa Hacker Clube, a comunidade
Transparência Hacker, o festival Baixo Centro, o projeto Produção Cultural no
Brasil, entre outros.
Metodologia:
As casas não possuem formalização jurídica, funcionando mais como uma marca,
um nome que abarca uma série de iniciativas e pessoas jurídicas variadas (com e
sem fins lucrativos, profissionais freelancer, pesquisadores etc).
Fonte: http://www.casadaculturadigital.com.br/
21. Las Magrelas
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
26. Descrição:
Las Magrelas é uma empresa com fins lucrativos em São Paulo. O local reúne
profissionais que usam a bicicleta como meio de transporte, ativistas ou
qualquer um interessado nos rumos da mobilidade urbana. Os sócios também
utilizam o espaço para cursos e palestras com esse foco, além de funcionar como
espaço de trabalho compartilhado. A cozinha do estabelecimento é colaborativa
e não há chefs. A oficina, além de prestar serviços de reparo, também aluga
algumas de suas bancadas e ferramentas para os que desejam consertar a
bicicleta sozinhos. A fusão de serviços nasceu da constatação dos sócios de que
muitos entusiastas gostam de dedicar tempo à suas bicicletas e consideram a
fase de manutenção também prazerosa.
Metodologia:
Empresa com fins lucrativos que oferece serviços em quatro esferas: um bar com
foco na cervejaria artesanal brasileira e culinária vegetariana, uma oficina
colaborativa de bicicletas, loja com showroom para artigos e ferramentas para os
entusiastas do ciclismo e um espaço de coworking.
Fonte: http://www.lasmagrelas.com.br/
22. C-Base
Localização: Berlin, Alemanha, Europa
Definição:
O C-Base foi um dos primeiros espaços coletivos do mundo. O propósito da
organização, que é um hackerspace, é aumentar e distribuir conhecimentos e
habilidades sobre softwares, hardware e redes de dado. A associação realiza
outras atividades engajadas com sua causa: o Children’s Day é um festival
voltado ao público infanto-juvenil para a introdução de temas como robótica e
cultura digital. O espaço é um dos mais relevantes do mundo no tema, e inspirou
o surgimento e muitos outros nos EUA e Europa.
Metodologia:
C-base é uma associação sem fins lucrativos com cerca de 515 membros. Possui
diversos tipos de assinaturas mensais pagas: desde planos de baixo custo para
estudantes até planos extensos para grandes corporações.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/C-base
23. Casa Nexo Cultural
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Definição:
A Casa Nexo abriu as portas pela primeira vez em 1998 como um ateliê de artes
coletivo, em São Paulo. No início do ano 2007 deu origem à Nexo Cultural, uma
agência de Design Cultural e Sustentabilidade, que passou a gerenciar o espaço.
27. Trabalha como catalisador e incubador de projetos culturais das mais diferentes
vertentes e organiza ainda cursos, palestras e residências artísticas.
Metodologia:
Gerenciada por uma empresa com fins lucrativos, a Casa Nexo oferece serviços
de coworking, educação (treinamentos) e consultoria.
Fonte: http://www.casanexocultural.com.br/
24. Chaos Computer Club
Localização: Berlin, Alemanha, Europa
Descrição:
O Chaos Computer Club (CCC) é uma associação alemã de hackers. Seus objetivos
mais importantes são liberdade de acesso a informação, liberdade de expressão,
para mais transparência nos governos e a liberdade da informação. A sociedade
está aberta a todos que se identificam com estes objetivos. O CCC foi criado a fim
de dar aos hackers uma plataforma, de modo que pudessem relatar em
atividades, sem ter que temer perseguições.
Metodologia:
Embora os hackers descrevam-se como comunidade galáctica, que não quer ser
instruída em atos de administração, há uma associação registrada com
aproximadamente 1500 membros. Foi fundado em 1981 e é uma das maiores e
mais influentes organizações da sociedade civil lidando com as questões de
segurança e privacidade na tecnologia. O grupo se organiza em comissões
menores, chamadas ‘Erfakreisen’ e ‘Chaostreffs’ e trabalham de maneira
descentralizada. São uma associação sem fins lucrativos com aproximadamente
3.600 membros (nem todos oficialmente registrados). Vivem de doações,
contribuições do membros e organizam eventos pagos, como o Chaos
Communication Camp.
Fonte: http://ccc.de/en/home
25. Nest GSV
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
NestGSV é um centro de inovação tecnológica, que fornece apoio logístico e físico
para empresas focadas em inovação e tecnologia, principalmente startups
focadas em produtos digitais.
Metodologia:
Empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking, educação e
treinamento para startups. Realiza atividades patrocinadas por grandes
empresas, como hackathons e desafios de ideias inovadoras. As ações B2B
28. (business to business) são as mais rentáveis da empresa e permitem um trabalho
mais elaborado no B2C (business to consumer).
Fonte: http://nestgsv.com/
26. Betahaus
Localização: Berlim, Sofia, Hamburgo, Barcelona, Espanha, Bulgaria, Alemanha,
Europa
Descrição:
Betahaus é uma empresa focada na prestação de serviço de coworking. A
instituição tem sedes em Berlim, Hamburgo, Sofia e Barcelona. Seu trabalho é
estimular que os profissionais presentes no espaço possam trocam referências e
conhecimentos, estimulando o desenvolvimento de novos negócios.
Metodologia:
Betahaus é uma empresa com fins lucrativos que oferece serviços de coworking
e educação, e conta ainda com restaurantes em algumas de suas sedes. A
instituição aluga ainda espaços para eventos corporativos ligados ao universo do
empreendedorismo.
Fonte: http://www.betahaus.com
27. iHub Nairobi
Localização: Nairobi, Kenya, Africa
Descrição:
iHub é um Hub de inovação e um espaço livre para entusiastas da tecnologia,
investidores, empresas do ramo e hackers da região de Nairobi. O espaço tem
foco em jovens empresários, programadores web e mobile, designers e
pesquisadores.
Metodologia:
O iHub funciona como coworking, como um vetor para investidores e como
incubadora de novos negócios. A iniciativa também se desdobra em outros
setores que oferecem uma cartela completa de serviços tanto para investidores,
quanto para os novos talentos da tecnologia. Há o iHub Research (pesquisa em
tendências), iHub Consulting (consultoria), iHub Supercomputing Cluster
(pesquisa em tecnologia) e o iHub User Experience Lab (prototipagem) .
Fonte: http://www.ihub.co.ke/
28. Agora Collective
Localização: Berlim, Europa
29. Descrição:
Agora Collective é um espaço de coworking situado em Berlim. Têm o foco em
desenvolvimento sustentável e possuem uma moeda complementar para facilitar
a troca de serviços entre os seus membros.
Metodologia:
A empresa foca em sustentabilidade, arte e gastronomia. Em seu espaço há áreas
reservadas para cursos, workshops e outros eventos sociais. O serviço é
complementado por um café e um restaurante.
Fonte: http://agoracollective.org/
29. Tech Temple
Localização: Pequim, China, Ásia
Descrição:
Tech Temple é o maior espaço de coworking de Pequim atualmente. São 1800
metros quadrados e dois andares. O espaço conta com áreas ao ar livre, espaço
para eventos com até 100 convidados, salas de reunião, refeitório e um café.
Metodologia:
O espaço foi financiado pelo governo chinês em parceria com a firma japonesa
Infinity Ventures Partners. O foco da empresa é atender startups que oferecem
serviços para a internet, em estágio inicial. A empresa também encoraja startups
que ultrapassam 1 ano na casa a avançarem e dar espaço a outros.
Fonte: https://thetechtemple.com/
30. Hub.it
Localização: Hanoi, Vietnã, Ásia
Descrição:
A HUB.IT é um espaço de coworking em Hanoi. Nasceu da constatação de seu
fundador, Bobby Liu, de que muitos profissionais da cidade, normalmente
freelancers, não tinham como pagar os altos aluguéis dos espaços comerciais.
Dessa maneira, fotógrafos, designers, jornalistas e outros profissionais, careciam
da mínima estrutura necessária para desenvolver um negócio.
Metodologia:
A HUB.IT é considerada pelo CEO Bobby Liu como uma “incubadora
independente”. Não há investimento financeiro propriamente às empresas que
ela abriga, mas há serviços de coaching e aconselhamento logístico e técnico. O
modelo de negócios do espaço está baseado no aluguel do espaço coworking.
Fonte: http://www.hubit.asia/
31. People Squared
30. Localização: Shangai, China, Ásia
Descrição:
People Squared é um espaço de coworking em Shangai. A empresa é focada no
atendimento de startups e profissionais liberais de vários campos.
Metodologia:
O plano de ação é fornecer os diferentes espaços que uma empresa precisa (sala
de reuniões, sala de conferência e eventos, café, refeitório etc) para que os
empreendedores possam concentrar esforços em seu negócio. Os serviços são
pagos pelas empresas clientes.
Fonte: http://www.people-squared.com/en/
32. Base Colaborativa
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul,
Descrição:
Base Colaborativa é uma casa em São Paulo, criada com o propósito de aglutinar
profissinais e interessados nos processos colaborativos de desenvolvimento da
sociedade. Ela é gerida por seus sócios e segue um modelo coletivo de decisões.
Metodologia:
Base Colaborativa é uma associação em formato de clube. É mantida pelos seus
sócios e doadores. Seus três principais eixos de atividade são: (1) um espaço de
inovação social; (2) uma escola para que empreendedores e artistas dividam um
pouco da sua experiência e (3) um clube onde se pode alugar livros, filmes,
tomar café, reunir-se, etc.
Fonte: http://www.basecolaborativa.org/#
33. The Office
Localização: Kigali, Rwanda, África
Descrição:
The Office é um espaço de coworking em Ruanda, com foco em profissionais que
trabalham com inovação e criatividade.
Metodologia:
A instituição não funciona com incubadora, limitando-se a fornecer todos os
detalhes de um escritório a um profissional ou empresa em início de carreira. Os
valores dependem se o cliente quer reservar um espaço mas não um lugar
especifico (130 dólares mensais), ou se quer ter sua mesa e armários próprios
(200 dólares por mês). Também há a possibilidade de alugar pequenas salas
para trabalhar em grupo.
31. Fonte: http://theoffice.rw/
34. iceCairo
Localização: Cairo, Egito, África
Descrição:
IceCairo é empresa social que oferece serviços de coworking, espaço para
eventos e educação e tem ainda em seu espaço um fablab. Seu foco é em
profissionais que trabalham com eco-tecnologia e pesquisa de sustentabilidade.
É parte da rede ice (innovation, colaboration and entrepreneurship = inovação,
colaboração e empreendedorismo), que conecta diversos espaços na África e
Oriente Médio.
Metodologia:
O modelo de negócio se baseia em assinaturas mensais e recebe ainda patrocínio
de empresas.
Fonte: http://icecairo.com/
35. CCHub Nigeria
Localização: Lagos, Nigeria, África
Descrição:
CcHub é o primeiro open lab e pré-incubadora da Nigéria. Foi desenhado para
ser um espaço multi-propósito, que trabalha para catalisar e dar espaço para
iniciativas com foco em mudança social e em apropriação de novas tecnologias.
Metodologia:
A abordagem do CcHub é unir a iniciativa privada e pública, a sociedade civil,
estudantes e entusiastas da tecnologia, inventores e acadêmicos para o
desenvolvimento de novas iniciativas. A empresa oferece um laboratório para a
comunidade e tem seu modelo de negócios baseado em assinatura mensal e em
serviços B2B, como patrocínios para competições e hackathons.
Fonte: http://cchubnigeria.com/
36. Medialab Prado
Localização: Madrid, Espanha, Europa
Descrição:
Medialab-Prado é um programa parte do Departamento de Artes, Esportes e
Turismo do Conselho da Cidade de Madrid. É concebido como um laboratório
para os cidadãos, atuando na produção, pesquisa e disseminação de projetos
culturais que exploram colaborativamente formas de experimentação e
aprendizado que emergem das redes digitais. Os objetivos do Medialab são: (1)
Criar e manter uma plataforma que convide e permita aos usuários configurar,
32. alterar e modificar os processos de pesquisa e produção; (2) Sustentar uma
comunidade ativa de usuários que desenvolvam projetos colaborativos; (3)
Oferecer múltiplas plataformas para que pessoas com diferentes perfis (artistas,
cientistas, técnicos) e diferentes níveis de especialização (iniciantes e
especialistas) possam colaborar.
Metodologia
Para atingir seus objetivos o Medialab oferece: (1) um espaço permanente de
informação, consultoria e encontros, frequentados por mediadores culturais, que
explicam a natureza desse espaço e ajudam a conectar diferentes pessoas e
projetos. (2) Chamadas publicas para a apresentação de propostas e a
participação em projetos colaborativos. A instituição é mantida por
financiamento público.
Fonte: http://medialab-prado.es/?lang=en
37. The Yard Teather
Localização: Londres, Reino Unido, Europa
Descrição:
The Yard Theatre foi criado em 2011 em um armazém abandonado na periferia
de Londres. O propósito desde o início é reavivar a comunidade ao redor do
local. A instituição se define como um hub cultural com foco em teatro e atua
como produtora de obras independentes e preferencialmente locais que almejam
a experimentação e diálogo da linguagem teatral com a sociedade. Há iniciativas
de workshops e projetos educacionais para população, fomentando novos
talentos e dando espaço para que os estabelecidos tenham onde se apresentar.
Também age como um local de encontro entre a academia, a comunidade,
artistas e curiosos em geral.
Metodologia:
O teatro The Yard é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por uma série de
entidades privadas, públicas e doadores. Possuem um bar no local que é
responsável por grande parte da receita da instituição. Ingressos são cobrados a
preços simbólicos para permitir o acesso da comunidade local.
Fonte: http://www.theyardtheatre.co.uk/
38. Numa Paris
Localização: Paris, França, Europa
Descrição: Numa é o maior hub de tecnologia, incubadora e coworking da
França. Criado com ajudas do governo, o local se destina a catalisar a produção
do ‘vale do silício francês’, o Sentier, bairro da periferia de Paris. Surgiu como
parte de uma iniciativa já operante da Associação do Silicon Sentier e tem como
foco incentivar o desenvolvimento de empresas em estágio inicial.
33. Metodologia:
Numa recebeu importantes incentivos do governo francês e de gigantes do setor
privado. Sua receita vem dos serviços de coworking, incubação, educação e
eventos.
Fonte: https://www.numa.paris/
39. Mutinerie
Localização: Paris, França, Europa
Descrição:
Multinerie é uma empresa que presta serviços de coworking, educação e virou
uma referência cultural em Paris. Trabalham no desenvolvimento de uma moeda
complementar para facilitar a troca de serviços entre os seus membros e com
outros espaços na Europa.
Metodologia:
Oferece serviços de aluguel de espaço, networking e educação.
Fonte: http://www.mutinerie.org/
40. The Library
Localização: Tel Aviv, Israel, Ásia
Descrição:
The Library é a incubadora de startups da cidade de Tel Aviv. Financiada pela
prefeitura da cidade, o projeto reestruturou um antigo edifício onde ficava a
Biblioteca Municipal. Aceitam apenas grupos em início de negócio, ainda sem
investidores.
Metodologia:
Todos os semestres The Library seleciona algumas startups para acelerar o
crescimento. O serviço é pago.
Fonte: http://www.thelibrary.co.il/
41. Gangplankhq
Localização: Avondale, Chandler, Richmond, Sault Ste. Marie, Estados Unidos e
Canadá, América do Norte
Descrição:
Gangplank é um hub para a mudança social. Integra profissionais e startups de
várias áreas, especialmente concentradas em: tecnologia, sustentabilidade,
inovação e saúde com foco em impacto social positivo.
34. Metodologia:
A instituição é financiada pela iniciativa pública e por dinheiro de doações. Aos
membros cabe colaborar com outro capital: o humano. Assim, as startups são
instadas a dar cursos, mostrar como tem sido sua experiência a novos
empreendedores e se envolver com a comunidade em geral. O êxito tem sido tão
grande que já há três unidades dos Estados Unidos e uma no Canadá e já existem
planos para aumentar.
Fonte: http://gangplankhq.com/
42. HONF
Localização: Yogyakarta, Indonésia, Ásia
Descrição:
The House of Natural Fiber é um laboratório de novas mídias e arte, fundado em
1999. Se concentram nos princípios da crítica e da inovação. Desde o princípio,
THNF, focou em desenvolvimento cultural, realizando inúmeros projetos e
workshops. São uma referencia mundial em novas mídias e apropriação crítica
de novas tecnologias.
Metodologia:
A instituição tem programas regulares e mantém contato com a comunidade que
a abriga realizando diversos workshops, especialmente para a audiência juvenil.
É mantida por doações do setor privado e publico e alguns dos workshops são
pagos.
Fonte: http://www.natural-fiber.com/index.php
43. Rainbow Mansion
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
Rainbow Mansion é uma comunidade intencional de coliving que partilha uma
mansão no Vale do Silício. Suas vagas são destinadas à jovens profissionais das
artes, telecomunicações, ciência que estejam focados em mudança social, redes e
sustentabilidade. Normalmente são jovens que trabalham em companhias do
Vale, mas que compartilham os mesmos valores e ideais.
Metodologia:
Os moradores pagam pelo serviço e as decisões são tomadas coletivamente por
consenso, sem a definição de um líder.
Fonte: http://www.rainbowmansion.com/
44. Fábrica Bhering
35. Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
A Fabrica Bhering é um ateliê coletivo que abriga mais de 120 artistas no centro
do Rio de Janeiro em um espaço de uma antiga fábrica de chocolate. O espaço
reúne uma grande variedade de assuntos incluindo vídeo, moda, design de
móveis, escultura, pintura, fotografia, colagem, restauração, literatura.
Metodologia:
Os artistas pagam aluguel pelo espaço à administração da fábrica (uma família
que é proprietária do prédio e administra o espaço) e exercem suas atividades
(com e sem fins lucrativos) de maneira independente. Existe uma associação sem
fins lucrativos formada pelos artistas para gerenciar o espaço e pensar ações em
conjunto, inclusive, com a comunidade do entorno. O espaço não é aberto ao
público, mas os artistas organizam festas e eventos abertos para que a população
da cidade possa conhecer os trabalhos que são produzidos ali.
Fonte: http://www.fabricabhering.com/
45. Teté Cafe Costura
Localização: Madrid, Espanha, Europa
Descrição:
É um espaço coletivo dedico à criação de roupas e acessórios de moda. A
instituição cria workshops com designers e artesãos e promove encontros. Os
usuários podem pagar para usar ferramentas e máquinas de costura, criar ou
reformar roupas ou, simplesmente, aprender novas técnicas.
Metodologia:
A empresa se financia com as oficinas que realiza, vendas online de produtos e
aluguel das máquinas.
Fonte: http://www.tetecafecostura.com/
C. Coletivos
Grupos, com espaço próprio ou não,
46. Ateliê Compartilhado Casa Amarela
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul.
Descrição:
O Ateliê Compartilhado Casa Amarela sedia o Movimento de Ocupação de
Espaços Ociosos, um grupo de artistas que se uniu com o mote de propor uso de
propriedades abandonadas como centros de formação e produção artística. O
36. grupo existe há mais de três anos e conta atualmente com o apoio da Secretaria
de Cultura da cidade.
Metodologia:
O coletivo organiza atividades, oficinas, workshops, saraus e é mantido pelos
próprios integrantes, que muitas vezes realizam outras atividades profissionais
remuneradas.
Fonte: http://ateliecompartilhado.wordpress.com/
47. Lugar Comum
Localização: Recife, Brasil, América do Sul.
Descrição:
O Coletivo Lugar Comum atua desde agosto de 2007 reunindo artistas de
diferentes linguagens, como dança, teatro, música, artes visuais, literatura.
Inquietos com as dificuldades da produção em arte e suas necessidades de
criação, aperfeiçoamento e troca com a sociedade, o grupo resolveu criar o
coletivo que agrega artistas, que se revezam, ministrando aulas uns para os
outros, colaborando nas criações, na produção de projetos, na discussão de
textos, entre outras atividades artístico-culturais.
Metodologia:
O coletivo funciona como um grupo de estudos e de experimentação. Mantém
parcerias com poder público, por meio de editais, e tem sede própria mantida
com os recursos captados em atividades profissionais desenvolvidas pelos seus
membros.
Fonte: http://coletivolugarcomum.com/
48. Norte Comum
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul.
Descrição:
Norte Comum é um coletivo de artistas, ativistas e acadêmicos interessados na
temática urbana, na mudança social, nas mídias, na arte e na promoção cultural
em geral. Tem como foco trazer iniciativas que valorizem culturalmente a Zona
Norte do Rio de Janeiro. Realizam atividades em espaços públicos e têm uma
parceria com o Instituto Nise da Silveira, que coordena um hospital psiquiátrico,
no qual o coletivo realiza ações culturais.
Metodologia:
O projeto é dividido basicamente em duas frentes gerais de atuação. Uma
referente a criação e manutenção da rede, e a outra focada na formação de uma
produtora coletiva e horizontal. Para definir um pouco melhor as duas:
• A rede tem fins de ligação. Conectando todos aqueles interessados em se
aprofundar em discussões a respeito do território (estudos, pesquisas, reflexões)
37. visando abrir espaço para criação do comum (a realização de ações será
conseqüência desses encontros e debates).
• A produtora coletiva tem pretensões mais objetivas e diretas diante da
urgência da realização de qualquer tipo de manifestação artística e cultural na
região. Visa a reunião de produtores, agitadores, fomentadores e artistas que
estejam já com projetos prontos para serem realizados no território.
A receita do coletivo vem dos trabalhos desenvolvidos pela produtora e de
trabalhos desenvolvidos por membros da rede.
Fonte https://www.facebook.com/nortecomum?fref=ts
49. Circuito Fora do Eixo
Localização: Brasil, América do Sul
Descrição:
O Circuito Fora do Eixo é uma rede de coletivos culturais que surgiu no final de
2005. Iniciada por produtores e artistas de estados brasileiros fora do eixo Rio -
São Paulo, inicialmente focava no intercâmbio solidário de atrações musicais e
conhecimento sobre produção de eventos, mas cresceu para abranger outras
formas de expressão como o audiovisual, o teatro e as artes visuais.
Metodologia:
O Circuito começou a se manter, em seu princípio, com o auxílio do escambo de
serviços e do uso de uma moeda própria. Quando as atividades se expandiram,
em meados do ano 2011, o circuito passou a contar com frequentes apoios de
instituições estatais e privadas. As Casas Fora do Eixo foram criadas e se
organizam em torno de quatro núcleos principais: Universidade Fora do Eixo
(sistema de ensino informal), Banco Fora do Eixo (sistema econômico
autônomo), Partido Fora do Eixo e Mídia (sistema de comunicação exclusivo).
Além das casas o CFdE mantém festivais e eventos.
Fonte:
http://foradoeixo.org.br/
50. Cape Cultural Collective
Localização: Cidade do Cabo, África do Sul, África
Descrição:
É um coletivo de músicos, poetas e artistas visuais da Cidade do Cabo. Realizam
performances todas as semanas no District 6 Museum, produzem eventos de
música, literatura e educação.
Metodologia:
O Cape Cultural Collective (CCC) começou sem nenhum tipo de financiamento.
Concentrou os esforços iniciais em criar redes de parcerias que conseguiram o
espaço (District 6 Musem) e a logística. O financiamento agora parte das
38. apresentações musicais, eventos e doações. As redes com a comunidade foram
mantidas através de projetos como corais, sarais de poesia, grupos de teatro, etc.
Todas as semanas o CCC dá espaço para que novos artistas possam se
apresentar.
Fonte: http://allafrica.com/stories/201305090019.html
51. Poro
Localização: Belo Horizonte, Brasil, América do Sul
Descrição:
O Poro – interferências em arte e design – é um coletivo de artistas de Belo
Horizonte, Brasil que atua desde 2002 tendo como alvos preferidos o espaço
público e as mídias de comunicação de massa.
Metodologia:
Não há organização formal e o grupo se autofinancia. Exemplos de mídias que o
grupo trabalha: carimbos, adesivos, panfletagens, lambe-lambe.
Fonte: http://poro.redezero.org/
D. Negócios que se baseiam no consumo compartilhado
Iniciativas que se baseiam na internet e na lógica de rede para a troca,
aluguel, compra, criação de bens tangíveis e intangíveis.
52. Treebos
Localização: Vitória, Brasil, América do Sul
Descrição:
Uma rede social verde que tem como missão oferecer aos clientes a experiência
de plantar árvores, partilhar bosques, consumir alimentos de qualidade, cultivar
amizades e obter retorno financeiro.
Metodologia:
Une ferramentas tecnológicas para criar um modelo de investimento fracionado,
que permite a cada usuário acesso a alimentos mais saudáveis e mais
conhecimento sobre as cadeias produtivas de sua comida. A empresa age
eliminando intermediários e trabalhando com produtores locais. A Treebos
oferece também aos seus assinantes a opção de receberem kits de frutas vindas
diretamente de pequenos produtores rurais, trazendo assim, a oportunidade de
melhoria na qualidade de vida para famílias rurais de baixa renda.
Fonte: https://treebos.com/
53. Caronetas
39. Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
É um site de caronas que integra colaboradores de empresas e centros
empresariais de forma segura, prática e gratuita. Os eixos da empresa são a
sustentabilidade, eco ativismo e inovação da mobilidade urbana.
Metodologia:
A carona é incentivada financeiramente a cada viagem. O caroneteiro
(passageiro) cria seu trajeto, compra a moeda virtual Caronetas(Ct$) e a utiliza
para pagar o caronista(motorista) a cada viagem. Com isso ao mesmo tempo que
o passageiro ganha flexibilidade para utilizar vários motoristas ao longo do dia,
com a facilidade do pagamento digital, o caronista (motorista) acumula em sua
conta o valor correspondente e pode trocá-los por produtos e serviços em lojas
parceiras ou por vale-presente. O serviço se complementa com o rateamento de
taxis e companhias para viagens feitas por bicicleta.
Fonte: http://www.caronetas.com.br/
54. Catarse
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
Catarse é uma plataforma online para apoiar projetos em sistema de
financimaneto coletivo (crowdfounding). Desde o seu lançamento em 17 de
janeiro de 2011, mais de R$5 milhões já foram repassados para mais de 500
projetos espalhados por todo Brasil. Até agora, mais de 50 mil pessoas já
apoiaram algum projeto.
Metodologia:
O Catarse é uma plataforma na internet que faz a intermediação entre os
proponentes de projetos e possíveis públicos financiadores. Os projetos tem que
ter um objetivo de arrecadação e um prazo (entre 1 e 60 dias).Quando acabar o
prazo final, há duas opções: Projeto bem-sucedido: se o objetivo for atingido ou
superado, o realizador do projeto fica com o dinheiro arrecadado, ou seja, tudo.
Projeto malsucedido: se o objetivo não for atingido, as contribuições são
devolvidas para todos os apoiadores. A plataforma se financia com 13% do valor
bruto arrecadado de cada um dos projetos financiados.
Fonte: http://catarse.me/pt
55. Permute
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
40. Permute é uma plataforma para escambos multilaterais, ou seja, provê a
logísticas para a troca de serviços ou produtos de uma empresa para a outra, em
troca de créditos virtuais.
Metodologia:
Cada empresa afiliada abre uma conta corrente de intercâmbio em Unidades de
Permuta (UPs). Todas as transações de compra e venda realizadas dentro do
sistema de intercâmbio são debitadas ou creditadas em UPs. Cada UP equivale ao
valor unitário da moeda local, ou seja, 1,00 UP é igual a 1,00 Real. Os clientes
negociam, entre si, preço, prazo e logística de entrega, contando sempre com o
auxílio e a assistência de um Gerente de Negócios. O preço acordado, então, é
convertido em UPs e a transação é liquidada nas contas de intercâmbio
envolvidas.
Fonte: http://www.permute.com.br/
56. Peers Swap
Localização: rede global
Descrição:
Peers Swap é uma plataforma que auxilia seus usuários a organizarem ou
participar de eventos de trocas de roupa.
Metodologia:
Os usuários se cadastram no site e escolhem se querer ser participantes ou
anfitriões. As reuniões são agendadas e as trocas decididas nos encontros. A
plataforma se baseia na noção de consumo colaborativo, uma nova prática
comercial que possibilita o acesso a bens e serviços sem que haja
necessariamente aquisição de um produto ou troca monetária entre as partes
envolvidas neste processo.
Fonte: http://action.peers.org/page/content/peersswap/
57. Assembly
Localização: rede global
Descrição:
Assembly é uma plataforma para a construção coletiva de aplicativos em código
aberto. Os projetos são abertos e transparentes, e qualquer um pode desenvolvê-los,
contribuindo com algumas horas ou alguns meses para o seu
desenvolvimento. Ideias para produtos, perspectivas e tomadas de decisão são
decididas pela comunidade.
Metodologia:
Assembly se diferencia de empresas como Kickstarter ou incubadoras de startup
porque seu foco está nos recursos humanos. O que a empresa oferece é que
41. qualquer pessoa possa contribuir com um projeto - e tomar parte dos dividendos
- investindo apenas seu tempo e talento.
Fonte: https://assemblymade.com/
58. Wooloo
Localização: Kopenhagen, Dinamarca, Europa
Descrição:
Wooloo é uma plataforma de chamada de artistas para criar obras de
experimentação social e performances, de forma colaborativa.
Metodologia:
Os associados se cadastram no site e têm espaço para mostrar seu portfólio e
trabalho. Quando alguém inicia um projeto são feitas chamadas pela
comunidade, para acionar os participantes. Cada um dos membros colabora da
maneira como pode na produção. Uma das intervenções foi dar dinheiro à
pedestres se eles fossem conhecer um bairro da periferia de Copenhague. As
obras do Wooloo são focadas em mudança social e colaborativismo.
Fonte:
http://www.wooloo.org/
59. Bliive
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
Bliive é uma plataforma para troca de tempo e experiências entre usuários. Sua
proposta é revolucionar a forma como lidamos com dinheiro e valor, ao propor
uma colaboração desmonetizada entre os membros da rede.
Metodologia:
O Bliive realiza trocas de tempo e experiências mediado pela moeda virtual
TimeMoney. O serviço não leva em conta a complexidade da tarefa - que pode ser
desde aulas de tanto até ajuda com a mudança - apenas no tempo gasto. Por isso,
cada usuário tem a mesma taxa 1 hora = 1 TimeMoney. Cada membro decide o
que pode ensinar e o que gostaria de aprender e realiza as suas interações a
partir disso.
Fonte:
http://bliive.com/
60. Carte Blanche
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte
42. Descrição:
Carte Blanche é uma grife de roupas femininas que trabalha por meio de
crowdsourcing, ou seja, a partir de comentários e opiniões de uma comunidade
de pessoas.
Metodologia:
As designers proprietárias da empresa executam as coleções e as submetem ao
voto pela plataforma Kickstarter. As peças vencedoras são financiadas pelas
consumidoras, que recebem os produtos em casa. A economia para as
consumidoras chega a ser de 400%. O preço só pode ser reduzido porque o
processo elimina intermediários e economiza no processo de pesquisa e
investigação de tendências que as grandes marcas realizam.
Fonte: http://www.carteblanche.ly/
61. Enjoei
Localização: São Paulo, Brasil, América do Sul
Descrição:
Enjoei é um site para compra e venda de produtos de segunda mão, com foco em
moda e decoração.
Metodologia:
Os usuários precisam apenas se cadastrar e subir fotos do que querem vender.
As negociações são mediadas pelo sistema do site. O vendedor concede 20% de
comissão ao site mais uma taxa de R$ 2,15 de anúncio, para o caso do produto
ser vendido. O negócio faturou 15 milhões em 2013 e contou com um
investimento de 3 milhões de dólares da Monashees Capital.
Fonte:
http://www.enjoei.com.br/
62. MyClosit
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
Closit é um aplicativo móvel que funciona como um bazar de moda para um
grupo exclusivo de consumidoras.
Metodologia:
Para se registrar o usuário deve receber um convite de outro usuário. O foco do
produto é exclusivo ao público feminino e, neste momento, não há qualquer tipo
de taxa ou pagamento. O usuário paga apenas o produto que comprou de outro
usuário, as condições de entrega também são negociadas pelas partes
interessadas.
Fonte:
43. http://www.myclosit.com/
63. SOCIETY6
Localização: Santa Mônica, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
Society6 é uma plataforma focada na compra e venda de produtos de design,
especialmente roupas e decoração, feitos a partir de ilustrações, fotografias e
artes produzidas por profissionais membros da comunidade.
Metodologia:
Os artistas colaboram com o design das estampas, ilustrações, desenhos e a
empresa o imprime nas mídias escolhidas pelo artista (capa para celular,
camiseta, quadro etc). O valor pago pelo cliente é dividido entre o artista e a
plataforma, em porcentagens que variam de acordo com os produtos em
questão.
Fonte:
http://society6.com/
64. Behance
Localização: Nova Iorque, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
Behance é uma plataforma de exposição de portfólios e busca de talentos. Serve
como showcase para freelancers de áreas criativas e atrai a atenção de
“headhunters” em busca de novos talentos.
Metodologia:
Por um valor extra, o usuário pode ter um site especialmente programado para
sincronizar com seu portfólio e conta com mais opções de customização.
Fonte: http://www.behance.net/
65. Designoteca
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
Designoteca é uma rede social cujo objetivo é dar evidência a produtos criados
por designers, inventores de garagem e artesãos e conectar os criadores a
consumidores. Pela plataforma é possível conhecer os trabalhos e seus criadores,
baixar projetos e até realizar a compra dos produtos.
Metodologia:
44. A Designoteca é uma empresa com fins lucrativos. A plataforma não cobra taxas
mensais, apenas porcentagem das vendas efetuadas por meio dela (na casa dos
30%).
Fonte: http://www.designoteca.com/
66. Airbnb
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
Airbnb é uma plataforma de busca e reservas entre as pessoas que oferecem
acomodações e os turistas que buscam por locações.
Metodologia:
A empresa funciona cobrando taxas de cada uma das partes. Para os locatários os
números variam de 6 a 12% e para os locadores 3%.
Fonte: https://www.airbnb.com/
67. Fon
Localização: Madrid, Espanha, Europa
Descrição:
FON é uma comunidade global de usuários de internet que compartilham sua
conexão banda larga através de rede sem fios do tipo Wi-Fi, tornando-se assim
ponto de acesso FON. Para participar, basta ter acesso banda larga à internet,
registrar-se na comunidade FON e adquirir o roteador sem fio 'La Fonera'.
Metodologia:
Não há taxas mensais. Em alguns países a empresa opera como parceira de
grandes empresas privadas das telecomunicações, no Brasil, a Oi opera os
serviços.
Fonte: https://corp.fon.com/en
68. Love Swap Home
Localização: São Francisco, Estados Unidos, América do Norte
Descrição:
Plataforma criada para a troca de hospedagem ao redor do mundo. O usuário
disponibiliza a sua residência e procura alguém para “trocar” em um lugar que
tenha interesse em ir.
Metodologia:
A plataforma cobra uma assinatura para ter acesso às propriedades. As trocas
são feitas sem envolvimento de dinheiro entre os participantes.
45. Fonte: http://www.lovehomeswap.com/
E. Incubadoras e Residências Artísticas
Iniciativas focadas em incubação formal de empreendimentos ou projetos
artísticos.
69. HiveColab
Localização: Kampala, Uganda, África
Descrição:
Hive Colab é um hub de inovação, colaboração e espaço de coworking para a
comunidade tecnológica de Uganda. O lab é aberto e gratuito para todos os
desenvolvedores e empreendedores de tecnologia que são membros. O único
requisito é estar trabalhando em um projeto ou procurando um projeto para
trabalhar.
Metodologia:
O espaço funciona como incubadora de startups de tecnologia, com foco em
aplicativos para mobile e web. É o primeiro hub tecnológico de Uganda que tem
participação e colaboração do setor acadêmico e do investimento privado. É
mantido por patrocínios.
Fonte: http://hivecolab.org/about-us/
70. Nuvem Estação Rural
Localização: Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul
Descrição:
Nuvem é uma estação rural, a duas horas do Rio de Janeiro, voltada para a
experimentação, pesquisa e criação vinculada à tecnologia (arquitetura,
comunicação, geração sustentável de energia) e sustentabilidade (corpo,
ecologias, alimentação, cultivos). É também uma casa para encontros e debates
visando difusão do conhecimento livre e da cultura da autonomia e um centro de
residências e autoresidências para artistas e projetistas, um Telecentro e um
Hacklab rural. A Nuvem trabalha em Investigação , experimentação e
desenvolvimento de processos autônomos para os seguintes eixos: (1) Cultivo,
Ecologia, Energia Renovável e limpa, Bioarquitetura, Alimentação e Saúde; (2)
Tecnologias livres aplicadas as artes do corpo: dança, teatro, performance, body
arte (3) Tecnologias aplicadas as ciências e também as artes visuais e plásticas
(4) Compartilhamento de espaço físico e virtual: criação de redes de conteúdo,
mapeamento, documentação online e (5) Envolvimento da comunidade local nas
atividades de formação, nos processos de experimentação artística e na criação
de conteúdo nas redes digitais.