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FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
ORIENTAÇÕES
O Slide aqui apresentado, tem como objetivo apresentar um
RESUMO do Livro estudo na Disciplina. Dessa forma:
1. Realize a leitura com total cuidado e oração.
2. Utilize a Bíblia, Dicionários e outras fontes teológicas para
acompanhamento das passagens mencionadas.
3. As imagens são meramente ilustrativas.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
INTRODUÇÃO
Comentando Exegese, o professor Jesiel Paulino da Silva afirma
que a mesma refere-se ao estudo sistemático e crítico, mui
especialmente histórico-literário, da Bíblia conforme princípios
hermenêuticos, com o propósito imediato de determinar, com o
máximo de precisão, mediante o emprego de certos recursos e
instrumentos técnicos, qual o sentido primitivo que o escritor
original tencionou dar ao seu texto, isto é, o que o texto quer
dizer ou comunicar por si mesmo.
1
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
Exegese, sob uma perspectiva de conceituação elementar, é
também definida como comentário para esclarecimento ou
interpretação detalhada de um texto ou palavra - especialmente
da Bíblia, leis ou gramática.
2
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
Em nenhuma doutrina frisamos nossas idéias particulares, mas
usamos a Palavra para acurar a mais límpida verdade. Acreditamos
que existem verdades cristãs que devem estar na mente e coração
de cada autêntico servo de Deus.
3
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
A palavra exegese tem sua origem no termo grego exegesis, que
tanto pode significar narração, guiar, dirigir, governar, descrição ou
apresentação, como explicação e interpretação, que, por sua vez,
origina-se de exegeomai. Egeomai significa “conduzir” e ex,
respectivamente ek, expressa a idéia de “para fora”.
Etimologicamente, o significado proposto para exegese seria
“conduzir para fora”.
4
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
5
Exegese e hermenêutica
Tênue é a linha limítrofe entre a exegese e a
hermenêutica. Haja vista que ambas possuem uma
intrínseca relação. Todavia, apesar dessa íntima
relação, é necessário serem feitas as devidas
distinções entre exegese e hermenêutica.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
6
Exegese e hermenêutica
O vocábulo hermenêutico se origina da palavra grega
Hermeneutike que por sua vez, é derivada do verbo ermeneuein,
que possui significado similar ao de exegese, isto é, “interpretar”.
Ordinariamente trata-se dos princípios que dita as regras gerais
ou específicas a serem aplicadas na busca e na determinação do
sentido dos textos. E, por sua vez, a exegese, como já fora
supracitado, trata-se da aplicação concreta de regras
hermenêuticas; portanto, ela consiste na explicação propriamente
dita do texto.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
7
Exegese e hermenêutica
A Hermenêutica pertence ao grupo de estudos Bibliológicos, isto
é, aos estudos centrados na Bíblia. Ela é naturalmente a Filosofia
Sacra, e precede imediatamente a Exegese. A Hermenêutica e a
Exegese se relacionam na mesma forma que a teoria se relaciona
com a prática, pois a exegese é a aplicação metodológica dos
princípios técnicos hermenêuticos.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
8
Exegese e hermenêutica
Portanto, a hermenêutica é a ciência da interpretação, e a
exegese a extração dos pensamentos que assistiam ao escritor
sagrado quando este redigia determinada porção da Escritura. A
exegese como ciência da correta interpretação das Sagradas
Escrituras possui suas próprias leis de interpretação, que devem
ser entendidas e aplicadas corretamente para se descobrir o
sentido exato de determinada passagem bíblica.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
9
O Exegeta
Os dicionários comumente definem o termo “exegeta” como
“aquele que se dedica a fazer exegese”.
Partindo de uma perspectiva técnica de conceituação, e sabendo
que exegese é uma ação de explicação interpretativa, o “exegeta”
pode ser conceituado como a pessoa que interpreta e explica o
sentido de um texto. Essa conceituação evidencia que todo
aquele que interpreta e explica um texto pode ser classificado
como exegeta, todavia o questionamento é se o indivíduo é um
bom ou mau, exegeta.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
10
O objetivo da Exegese
A exegese tem como objetivo o estudo cuidadoso e sistemático
da Escritura para descobrir o significado original que foi
pretendido. A exegese é praticamente uma tarefa histórica. É a
tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais
devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das
palavras da Bíblia.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
11
O objetivo da Exegese
Esta é a tarefa que freqüentemente exige a ajuda do “perito”,
aquela pessoa cujo treinamento a ajudou a conhecer bem o
idioma e as circunstâncias dos textos no seu âmbito original. Não
é necessário, no entanto, ser perito para fazer boa exegese.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
12
Historicidade
Desde que Deus revelou as Escrituras, tem havido diversos
métodos de estudar a Palavra de Deus. Os intérpretes mais
ortodoxos têm encarecido a importância de uma interpretação
literal, outros têm empregado um método alegórico, e ainda
outros têm examinado letras e palavras tomadas individualmente
como possuindo significado secreto que precisa ser decifrado.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
13
Escolas Exegéticas
Exegese Patrística (100-600 d.C.)
A despeito da prática dos apóstolos, uma escola de interpretação
alegórica dominou a igreja nos séculos que se sucederam. Esta
alegorização derivou-se de um propósito digno - o desejo de
entender o Antigo Testamento como documento cristão.
Contudo, o método alegórico segundo praticado pelos pais da
igreja muitas vezes negligenciou por completo o entendimento de
um texto e desenvolveu especulações que o próprio autor nunca
teria reconhecido.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
14
Escolas Exegéticas
Os autores do segundo século que, acima de tudo, procuraram
defender o cristianismo de acusações em voga na época, de
procedência grega e judaica são, em geral, conhecidos como os
apologistas. Para estes homens o cristianismo era a única
verdadeira filosofia, substituto perfeito para a filosofia dos gregos
e a religião dos judeus, que nada mais podiam fazer do que
apresentar respostas insatisfatórias às perguntas cruciais do
homem.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
15
Escolas Exegéticas
A exegese patrística é fortemente marcada por três escolas, as
quais são: “Escola Alexandrina; Escola Antioquiana; e a Escola
Ocidental”.
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16
Escolas Exegéticas
Exegese Medieval (600-1500 d.C.)
Durante a Idade Média, muitos, até mesmo do clero, viviam em
profunda ignorância quanto à Bíblia. E os que conheciam era
devido apenas à tradução da Vulgata e aos escritos dos Pais. A
Bíblia era, geralmente, considerada como um livro cheio de
mistérios, os quais só poderiam ser entendidos de uma forma
mística.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
17
Escolas Exegéticas
Nesse período, o sentido quádruplo da Escritura (literal,
tropológico, alegórico e analógico) era geralmente aceito, e o
princípio de que a interpretação da Bíblia tinha de se adaptar à
tradição e à doutrina da Igreja tornou-se estabelecido. Reproduzir
os ensinos dos Pais e descobrir os ensinos da Igreja na Bíblia eram
considerados o ápice da sabedoria.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
18
Escolas Exegéticas
A regra de São Benedito foi sabiamente aplicada nos monastérios,
e decretado que as Escrituras deveriam ser lidas e, com elas,
como explicação final, a exposição dos Pais. Hugo de São Vítor
chegou a dizer: “Aprenda primeiro as coisas em que você deve
crer e, então, vá à Bíblia para encontrá-las. Nem um único
princípio hermenêutico foi desenvolvido nessa época, e a exegese
estava de mãos e pés atados pela tradição oral e pela autoridade
da Igreja”.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
19
O Período da Reforma
A Renascença foi de grande importância para o desenvolvimento
dos princípios sadios da Hermenêutica. Nos séculos XIV e XV, a
ignorância densa prevaleceu quanto ao conteúdo da Bíblia. Houve
doutores de divindade que nunca a haviam lido inteira. E a
tradução de Jerônimo era a única forma pela qual a Bíblia era
conhecida. A Renascença chamou a atenção para a necessidade
de se voltar ao original. Reuchlin publicou uma Gramática
Hebraica e um Léxicon Hebraico; e Erasmo publicou a primeira
edição crítica do Novo Testamento em Grego.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
20
O Período da Reforma
Os Reformadores criam na Bíblia como sendo a Palavra Inspirada
de Deus. Mas, por mais estrita que fosse sua concepção de
inspiração, concebiam-na como orgânica ao invés de mecânica.
Em certos particulares, revelaram até mesmo uma liberdade
notável ao lidar com as Escrituras. Ao mesmo tempo,
consideravam a Bíblia como a autoridade suprema e como coorte
final de apelo em disputas teológicas.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
21
Exegese Gramatical
No estudo do texto, o intérprete pode proceder da seguinte
maneira. Começar com a sentença, com a expressão do
pensamento do escritor como uma unidade e, então, descer aos
particulares, à interpretação das palavras isoladas e dos
conceitos. Três coisas pedem consideração aqui.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
22
A Etimologia das Palavras
O significado etimológico das palavras merece atenção em
primeiro lugar, porque precede todos os outros significados.
Como regra, não é aconselhável que o intérprete deva entregar-se
muito às investigações etimológicas. Esse trabalho é
extremamente difícil e pode, ordinariamente, ser deixado para
especialistas. Ao mesmo tempo, é aconselhável que o expositor
da Escritura note a etimologia estabelecida de uma palavra, uma
vez que isso pode ajudar a determinar seu significado real e pode
iluminá-lo de uma maneira surpreendente.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
23
Uso corrente das palavras
Para interpretar corretamente a Bíblia, o intérprete deve ter
conhecimento dos significados que as palavras adquiriram no
curso do tempo e do sentido em que os autores bíblicos as
usaram.
Se o intérprete tem alguma razão para duvidar do significado de
uma palavra, como apresentado no Léxico, ele terá de investigar
por si mesmo.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
24
Uso corrente das palavras
a) A maioria das palavras tem muitos significados, alguns literais e
outros figurados;
b) O estudo comparativo de palavras análogas em outras línguas
requer uma discriminação cuidadosa e nem sempre ajuda a fixar
o significado exato de uma palavra, uma vez que palavras
correspondentes em Línguas diferentes nem sempre têm,
exatamente, o mesmo significado original e derivativo;
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
25
Uso corrente das palavras
c) No estudo das palavras do Novo Testamento, é imperativo que
a avaliação do koiné escrito e também do falado, seja
considerada;
d) Não é sempre seguro concluir o significado de uma palavra do
Novo Testamento a partir do seu significado no grego clássico,
uma vez que o Cristianismo acrescentou um novo conteúdo a
muitas palavras.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
26
O uso figurado das palavras
Na relação presente, não estamos preocupados com as figuras de
sintaxe ou de pensamento, mas com as figuras de linguagem que
são comumente chamadas de tropos, nas quais uma palavra ou
expressão é usada em um sentido diferente daquele que lhe é
próprio. Os principais tropos são a metáfora, a metonímia e a
sinédoque.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
27
O uso figurado das palavras
A metáfora pode ser chamada de comparação não expressa. Ela é
uma figura de linguagem na qual um objeto é assemelhado a
outro afirmando ser o outro, ou falando dele como se fosse o
outro. As metáforas ocorrem freqüentemente na Bíblia. No Sl
18.2, seis delas são encontradas em um único versículo. Jesus
usou essa figura de linguagem quando disse aos fariseus: “Ide
dizer a essa raposa”, Lc 13.32.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
28
O uso figurado das palavras
As metonímias também são numerosas na Bíblia. Essa figura,
assim como a sinédoque, é baseada em relações em vez de em
semelhanças. No caso da metonímia, essa relação é mais mental
do que física. Ela indica relações como causa e efeito, progenitor e
posteridade, sujeito e atributo, sinal e objeto assinalado. Paulo diz
em 1Ts 5.19, “Não apagueis o Espírito”, quando se refere às
manifestações especiais do Espírito.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
29
O uso figurado das palavras
A sinédoque assemelha-se, de alguma forma, à metonímia, mas a
relação na qual é encontrada é mais física do que mental. Nessa
figura, há uma certa identidade entre o que é expresso e o que se
quis dizer. Uma parte é expressa pelo todo ou o todo por uma
parte; um gênero pela espécie, ou uma espécie por um gênero;
um indivíduo pela classe ou uma classe pelo indivíduo; um plural
pelo singular ou um singular pelo plural.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
30
A interpretação do pensamento
A explicação do pensamento é algumas vezes chamada de
“interpretação lógica”. Ela procede da suposição de que a
linguagem da Bíblia é, como qualquer outra linguagem, um
produto do espírito humano, desenvolvida sob direção
providencial.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
31
A interpretação do pensamento
As parábolas merecem uma atenção especial. A palavra
“parábola” é derivada do grego paraballo (jogar ou colocar ao
lado de), e sugere a idéia de colocar alguma coisa ao lado de
outra para comparação. Ela denota um método simbólico de
linguagem, no qual uma verdade moral ou espiritual é ilustrada
pela analogia da experiência comum. Ela mantém os dois
elementos da comparação distintos como “interno e externo”, e
não atribui qualidades e relações de um ao outro.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
32
Interpretação Histórica
Outro instrumento de trabalho do intérprete bíblico é a exegese
histórica. Aqui o autor deve ser interpretado de acordo com o seu
contexto histórico. Devemos aplicar ao texto os conhecimentos da
época do autor, fornecidos pela arqueologia, geografia, cronologia
e história geral. Somente assim seremos capazes de entrar no
cenário do texto. Não será necessário recorrer à história da
exegese.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
33
Interpretação Histórica
“Na interpretação histórica de um livro, a pergunta ‘quem é o
autor? ’ é sempre a primeira. Alguns livros da Bíblia mencionam
seus autores outros não. Mesmo tendo o conhecimento do nome
do autor, isso não proporciona ao exegeta todo o material de que
necessita. Terá de familiarizar-se com o próprio autor como
homem. Isto é, seu caráter, seu temperamento, sua disposição e
modo habitual de pensar...
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
34
Interpretação Histórica
O conhecimento íntimo do autor do livro facilitará a compreensão
de suas palavras; habilitará o intérprete a entender, e quiçá a
estabelecer, de um modo conclusivo, como as palavras e
expressões nasceram na alma do autor”.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
35
Interpretação Histórica
Segundo Berkhof há uma outra questão a levantar e é de suma
importância no que toca à interpretação bíblica, é que, antes de
qualquer coisa, o exegeta bíblico deve procurar saber quem são
os personagens que aparecem no livro, pois, conforme opina
Berkhof, os autores bíblicos costumam introduzir personagens em
seus escritos e é da maior importância que o expositor distinga
escrupulosamente as palavras do autor das daquelas pessoas que
intervêm na narração.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
36
Exegese Teológica
Os elementos que podem ajudar o expositor na interpretação
teológica são compostos de duas partes: (1) Paralelos Reais ou
Paralelos de Idéias; e (2) Analogia da Fé ou da Escritura. Ambos
procedem do pressuposto de que a Palavra de Deus é uma
unidade orgânica na qual todas as partes são mutuamente
relacionadas e, juntas, subservientes ao todo da revelação de
Deus; e que, em última análise, a Bíblia é a sua própria intérprete.
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DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
37
Exegese dos Evangelhos
No estudo dos Evangelhos, a exegese se torna mais difícil que nas
epístolas, pela simples razão de que a maior parte de sua
substância antecipa a Cruz e a ressurreição de Cristo, sem que
este glorioso ato chave seja ainda manifesto.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
35
Exegese dos Evangelhos
Em nossa exegese temos de evitar um dispensacionalismo com
demasiada rigidez, que ignore a unidade da revelação divina, e ao
mesmo tempo compreender que, de fato, Deus opera por
“tempos e estações”, e que os Evangelhos indicam a
importantíssima transição do regime preparatório à idade do
cumprimento em Cristo, o Prometido.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA
38
Exegese dos Evangelhos
Em nossa exegese temos de evitar um dispensacionalismo com
demasiada rigidez, que ignore a unidade da revelação divina, e ao
mesmo tempo compreender que, de fato, Deus opera por
“tempos e estações”, e que os Evangelhos indicam a
importantíssima transição do regime preparatório à idade do
cumprimento em Cristo, o Prometido.
Exegese Bíblica: Introdução à exegese e hermenêutica bíblica

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Exegese Bíblica: Introdução à exegese e hermenêutica bíblica

  • 1.
  • 2. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA ORIENTAÇÕES O Slide aqui apresentado, tem como objetivo apresentar um RESUMO do Livro estudo na Disciplina. Dessa forma: 1. Realize a leitura com total cuidado e oração. 2. Utilize a Bíblia, Dicionários e outras fontes teológicas para acompanhamento das passagens mencionadas. 3. As imagens são meramente ilustrativas.
  • 3. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA INTRODUÇÃO Comentando Exegese, o professor Jesiel Paulino da Silva afirma que a mesma refere-se ao estudo sistemático e crítico, mui especialmente histórico-literário, da Bíblia conforme princípios hermenêuticos, com o propósito imediato de determinar, com o máximo de precisão, mediante o emprego de certos recursos e instrumentos técnicos, qual o sentido primitivo que o escritor original tencionou dar ao seu texto, isto é, o que o texto quer dizer ou comunicar por si mesmo. 1
  • 4. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA Exegese, sob uma perspectiva de conceituação elementar, é também definida como comentário para esclarecimento ou interpretação detalhada de um texto ou palavra - especialmente da Bíblia, leis ou gramática. 2
  • 5. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA Em nenhuma doutrina frisamos nossas idéias particulares, mas usamos a Palavra para acurar a mais límpida verdade. Acreditamos que existem verdades cristãs que devem estar na mente e coração de cada autêntico servo de Deus. 3
  • 6. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA A palavra exegese tem sua origem no termo grego exegesis, que tanto pode significar narração, guiar, dirigir, governar, descrição ou apresentação, como explicação e interpretação, que, por sua vez, origina-se de exegeomai. Egeomai significa “conduzir” e ex, respectivamente ek, expressa a idéia de “para fora”. Etimologicamente, o significado proposto para exegese seria “conduzir para fora”. 4
  • 7. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 5 Exegese e hermenêutica Tênue é a linha limítrofe entre a exegese e a hermenêutica. Haja vista que ambas possuem uma intrínseca relação. Todavia, apesar dessa íntima relação, é necessário serem feitas as devidas distinções entre exegese e hermenêutica.
  • 8. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 6 Exegese e hermenêutica O vocábulo hermenêutico se origina da palavra grega Hermeneutike que por sua vez, é derivada do verbo ermeneuein, que possui significado similar ao de exegese, isto é, “interpretar”. Ordinariamente trata-se dos princípios que dita as regras gerais ou específicas a serem aplicadas na busca e na determinação do sentido dos textos. E, por sua vez, a exegese, como já fora supracitado, trata-se da aplicação concreta de regras hermenêuticas; portanto, ela consiste na explicação propriamente dita do texto.
  • 9. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 7 Exegese e hermenêutica A Hermenêutica pertence ao grupo de estudos Bibliológicos, isto é, aos estudos centrados na Bíblia. Ela é naturalmente a Filosofia Sacra, e precede imediatamente a Exegese. A Hermenêutica e a Exegese se relacionam na mesma forma que a teoria se relaciona com a prática, pois a exegese é a aplicação metodológica dos princípios técnicos hermenêuticos.
  • 10. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 8 Exegese e hermenêutica Portanto, a hermenêutica é a ciência da interpretação, e a exegese a extração dos pensamentos que assistiam ao escritor sagrado quando este redigia determinada porção da Escritura. A exegese como ciência da correta interpretação das Sagradas Escrituras possui suas próprias leis de interpretação, que devem ser entendidas e aplicadas corretamente para se descobrir o sentido exato de determinada passagem bíblica.
  • 11. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 9 O Exegeta Os dicionários comumente definem o termo “exegeta” como “aquele que se dedica a fazer exegese”. Partindo de uma perspectiva técnica de conceituação, e sabendo que exegese é uma ação de explicação interpretativa, o “exegeta” pode ser conceituado como a pessoa que interpreta e explica o sentido de um texto. Essa conceituação evidencia que todo aquele que interpreta e explica um texto pode ser classificado como exegeta, todavia o questionamento é se o indivíduo é um bom ou mau, exegeta.
  • 12. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 10 O objetivo da Exegese A exegese tem como objetivo o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. A exegese é praticamente uma tarefa histórica. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia.
  • 13. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 11 O objetivo da Exegese Esta é a tarefa que freqüentemente exige a ajuda do “perito”, aquela pessoa cujo treinamento a ajudou a conhecer bem o idioma e as circunstâncias dos textos no seu âmbito original. Não é necessário, no entanto, ser perito para fazer boa exegese.
  • 14. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 12 Historicidade Desde que Deus revelou as Escrituras, tem havido diversos métodos de estudar a Palavra de Deus. Os intérpretes mais ortodoxos têm encarecido a importância de uma interpretação literal, outros têm empregado um método alegórico, e ainda outros têm examinado letras e palavras tomadas individualmente como possuindo significado secreto que precisa ser decifrado.
  • 15. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 13 Escolas Exegéticas Exegese Patrística (100-600 d.C.) A despeito da prática dos apóstolos, uma escola de interpretação alegórica dominou a igreja nos séculos que se sucederam. Esta alegorização derivou-se de um propósito digno - o desejo de entender o Antigo Testamento como documento cristão. Contudo, o método alegórico segundo praticado pelos pais da igreja muitas vezes negligenciou por completo o entendimento de um texto e desenvolveu especulações que o próprio autor nunca teria reconhecido.
  • 16. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 14 Escolas Exegéticas Os autores do segundo século que, acima de tudo, procuraram defender o cristianismo de acusações em voga na época, de procedência grega e judaica são, em geral, conhecidos como os apologistas. Para estes homens o cristianismo era a única verdadeira filosofia, substituto perfeito para a filosofia dos gregos e a religião dos judeus, que nada mais podiam fazer do que apresentar respostas insatisfatórias às perguntas cruciais do homem.
  • 17. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 15 Escolas Exegéticas A exegese patrística é fortemente marcada por três escolas, as quais são: “Escola Alexandrina; Escola Antioquiana; e a Escola Ocidental”.
  • 18. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 16 Escolas Exegéticas Exegese Medieval (600-1500 d.C.) Durante a Idade Média, muitos, até mesmo do clero, viviam em profunda ignorância quanto à Bíblia. E os que conheciam era devido apenas à tradução da Vulgata e aos escritos dos Pais. A Bíblia era, geralmente, considerada como um livro cheio de mistérios, os quais só poderiam ser entendidos de uma forma mística.
  • 19. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 17 Escolas Exegéticas Nesse período, o sentido quádruplo da Escritura (literal, tropológico, alegórico e analógico) era geralmente aceito, e o princípio de que a interpretação da Bíblia tinha de se adaptar à tradição e à doutrina da Igreja tornou-se estabelecido. Reproduzir os ensinos dos Pais e descobrir os ensinos da Igreja na Bíblia eram considerados o ápice da sabedoria.
  • 20. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 18 Escolas Exegéticas A regra de São Benedito foi sabiamente aplicada nos monastérios, e decretado que as Escrituras deveriam ser lidas e, com elas, como explicação final, a exposição dos Pais. Hugo de São Vítor chegou a dizer: “Aprenda primeiro as coisas em que você deve crer e, então, vá à Bíblia para encontrá-las. Nem um único princípio hermenêutico foi desenvolvido nessa época, e a exegese estava de mãos e pés atados pela tradição oral e pela autoridade da Igreja”.
  • 21. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 19 O Período da Reforma A Renascença foi de grande importância para o desenvolvimento dos princípios sadios da Hermenêutica. Nos séculos XIV e XV, a ignorância densa prevaleceu quanto ao conteúdo da Bíblia. Houve doutores de divindade que nunca a haviam lido inteira. E a tradução de Jerônimo era a única forma pela qual a Bíblia era conhecida. A Renascença chamou a atenção para a necessidade de se voltar ao original. Reuchlin publicou uma Gramática Hebraica e um Léxicon Hebraico; e Erasmo publicou a primeira edição crítica do Novo Testamento em Grego.
  • 22. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 20 O Período da Reforma Os Reformadores criam na Bíblia como sendo a Palavra Inspirada de Deus. Mas, por mais estrita que fosse sua concepção de inspiração, concebiam-na como orgânica ao invés de mecânica. Em certos particulares, revelaram até mesmo uma liberdade notável ao lidar com as Escrituras. Ao mesmo tempo, consideravam a Bíblia como a autoridade suprema e como coorte final de apelo em disputas teológicas.
  • 23. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 21 Exegese Gramatical No estudo do texto, o intérprete pode proceder da seguinte maneira. Começar com a sentença, com a expressão do pensamento do escritor como uma unidade e, então, descer aos particulares, à interpretação das palavras isoladas e dos conceitos. Três coisas pedem consideração aqui.
  • 24. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 22 A Etimologia das Palavras O significado etimológico das palavras merece atenção em primeiro lugar, porque precede todos os outros significados. Como regra, não é aconselhável que o intérprete deva entregar-se muito às investigações etimológicas. Esse trabalho é extremamente difícil e pode, ordinariamente, ser deixado para especialistas. Ao mesmo tempo, é aconselhável que o expositor da Escritura note a etimologia estabelecida de uma palavra, uma vez que isso pode ajudar a determinar seu significado real e pode iluminá-lo de uma maneira surpreendente.
  • 25. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 23 Uso corrente das palavras Para interpretar corretamente a Bíblia, o intérprete deve ter conhecimento dos significados que as palavras adquiriram no curso do tempo e do sentido em que os autores bíblicos as usaram. Se o intérprete tem alguma razão para duvidar do significado de uma palavra, como apresentado no Léxico, ele terá de investigar por si mesmo.
  • 26. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 24 Uso corrente das palavras a) A maioria das palavras tem muitos significados, alguns literais e outros figurados; b) O estudo comparativo de palavras análogas em outras línguas requer uma discriminação cuidadosa e nem sempre ajuda a fixar o significado exato de uma palavra, uma vez que palavras correspondentes em Línguas diferentes nem sempre têm, exatamente, o mesmo significado original e derivativo;
  • 27. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 25 Uso corrente das palavras c) No estudo das palavras do Novo Testamento, é imperativo que a avaliação do koiné escrito e também do falado, seja considerada; d) Não é sempre seguro concluir o significado de uma palavra do Novo Testamento a partir do seu significado no grego clássico, uma vez que o Cristianismo acrescentou um novo conteúdo a muitas palavras.
  • 28. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 26 O uso figurado das palavras Na relação presente, não estamos preocupados com as figuras de sintaxe ou de pensamento, mas com as figuras de linguagem que são comumente chamadas de tropos, nas quais uma palavra ou expressão é usada em um sentido diferente daquele que lhe é próprio. Os principais tropos são a metáfora, a metonímia e a sinédoque.
  • 29. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 27 O uso figurado das palavras A metáfora pode ser chamada de comparação não expressa. Ela é uma figura de linguagem na qual um objeto é assemelhado a outro afirmando ser o outro, ou falando dele como se fosse o outro. As metáforas ocorrem freqüentemente na Bíblia. No Sl 18.2, seis delas são encontradas em um único versículo. Jesus usou essa figura de linguagem quando disse aos fariseus: “Ide dizer a essa raposa”, Lc 13.32.
  • 30. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 28 O uso figurado das palavras As metonímias também são numerosas na Bíblia. Essa figura, assim como a sinédoque, é baseada em relações em vez de em semelhanças. No caso da metonímia, essa relação é mais mental do que física. Ela indica relações como causa e efeito, progenitor e posteridade, sujeito e atributo, sinal e objeto assinalado. Paulo diz em 1Ts 5.19, “Não apagueis o Espírito”, quando se refere às manifestações especiais do Espírito.
  • 31. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 29 O uso figurado das palavras A sinédoque assemelha-se, de alguma forma, à metonímia, mas a relação na qual é encontrada é mais física do que mental. Nessa figura, há uma certa identidade entre o que é expresso e o que se quis dizer. Uma parte é expressa pelo todo ou o todo por uma parte; um gênero pela espécie, ou uma espécie por um gênero; um indivíduo pela classe ou uma classe pelo indivíduo; um plural pelo singular ou um singular pelo plural.
  • 32. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 30 A interpretação do pensamento A explicação do pensamento é algumas vezes chamada de “interpretação lógica”. Ela procede da suposição de que a linguagem da Bíblia é, como qualquer outra linguagem, um produto do espírito humano, desenvolvida sob direção providencial.
  • 33. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 31 A interpretação do pensamento As parábolas merecem uma atenção especial. A palavra “parábola” é derivada do grego paraballo (jogar ou colocar ao lado de), e sugere a idéia de colocar alguma coisa ao lado de outra para comparação. Ela denota um método simbólico de linguagem, no qual uma verdade moral ou espiritual é ilustrada pela analogia da experiência comum. Ela mantém os dois elementos da comparação distintos como “interno e externo”, e não atribui qualidades e relações de um ao outro.
  • 34. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 32 Interpretação Histórica Outro instrumento de trabalho do intérprete bíblico é a exegese histórica. Aqui o autor deve ser interpretado de acordo com o seu contexto histórico. Devemos aplicar ao texto os conhecimentos da época do autor, fornecidos pela arqueologia, geografia, cronologia e história geral. Somente assim seremos capazes de entrar no cenário do texto. Não será necessário recorrer à história da exegese.
  • 35. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 33 Interpretação Histórica “Na interpretação histórica de um livro, a pergunta ‘quem é o autor? ’ é sempre a primeira. Alguns livros da Bíblia mencionam seus autores outros não. Mesmo tendo o conhecimento do nome do autor, isso não proporciona ao exegeta todo o material de que necessita. Terá de familiarizar-se com o próprio autor como homem. Isto é, seu caráter, seu temperamento, sua disposição e modo habitual de pensar...
  • 36. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 34 Interpretação Histórica O conhecimento íntimo do autor do livro facilitará a compreensão de suas palavras; habilitará o intérprete a entender, e quiçá a estabelecer, de um modo conclusivo, como as palavras e expressões nasceram na alma do autor”.
  • 37. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 35 Interpretação Histórica Segundo Berkhof há uma outra questão a levantar e é de suma importância no que toca à interpretação bíblica, é que, antes de qualquer coisa, o exegeta bíblico deve procurar saber quem são os personagens que aparecem no livro, pois, conforme opina Berkhof, os autores bíblicos costumam introduzir personagens em seus escritos e é da maior importância que o expositor distinga escrupulosamente as palavras do autor das daquelas pessoas que intervêm na narração.
  • 38. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 36 Exegese Teológica Os elementos que podem ajudar o expositor na interpretação teológica são compostos de duas partes: (1) Paralelos Reais ou Paralelos de Idéias; e (2) Analogia da Fé ou da Escritura. Ambos procedem do pressuposto de que a Palavra de Deus é uma unidade orgânica na qual todas as partes são mutuamente relacionadas e, juntas, subservientes ao todo da revelação de Deus; e que, em última análise, a Bíblia é a sua própria intérprete.
  • 39. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 37 Exegese dos Evangelhos No estudo dos Evangelhos, a exegese se torna mais difícil que nas epístolas, pela simples razão de que a maior parte de sua substância antecipa a Cruz e a ressurreição de Cristo, sem que este glorioso ato chave seja ainda manifesto.
  • 40. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 35 Exegese dos Evangelhos Em nossa exegese temos de evitar um dispensacionalismo com demasiada rigidez, que ignore a unidade da revelação divina, e ao mesmo tempo compreender que, de fato, Deus opera por “tempos e estações”, e que os Evangelhos indicam a importantíssima transição do regime preparatório à idade do cumprimento em Cristo, o Prometido.
  • 41. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: EXEGESE BÍBLICA 38 Exegese dos Evangelhos Em nossa exegese temos de evitar um dispensacionalismo com demasiada rigidez, que ignore a unidade da revelação divina, e ao mesmo tempo compreender que, de fato, Deus opera por “tempos e estações”, e que os Evangelhos indicam a importantíssima transição do regime preparatório à idade do cumprimento em Cristo, o Prometido.