O Lobo Grande segue o caçador e o Capuchinho Vermelho até uma casa onde animais estão fazendo uma festa. Ele se diverte dançando e recebendo beijos, mas a avó desconfia dele e o expulsa quando o morde. Os três porquinhos cuidam do Lobo Grande ferido e eles se tornam amigos.
O Lobo Grande descobre o verdadeiro significado da amizade
1.
2. Os três porquinhos são famosos na floresta.
Conta-se que um dia, conseguiram apanhar um
lobo e cozinhá-lo. O Lobo Grande não acredita nem
numa única palavra! Estes porquinhos não são mais
espertos do que os outros e tenciona mesmo
comê-los!
Cada um dos três
porquinhos tem uma
casa no floresta.
O Lobo Grande já
descobriu onde
mora o primeiro dos
três.
– Logo que ele
saia, atiro -me a ele
e como-o – diz, de si
para si. E fica à
espera.
3. Daí a pouco, abre-se a
porta.
Mas quem sai não é o
porquinho.
– Que vejo eu? É o caçador!
– exclama o Lobo Grande –
Aposto que comeu o meu
porquinho.
Ainda por cima, leva a
espingarda!!
– Vou segui-lo. Vai para casa
do segundo porco, de
certeza.
– E o Lobo Grande põe-se a
seguir o caçador, mas de
longe, com medo da
espingarda.
– Entretanto, o caçador pára
diante de uma linda casa e
entra.
– Ai ai ai? – pensa o Lobo
Grande. – Oxalá não coma
também aquele!
4. Daí a pouco, abre-se a porta.
O caçador sai com o Capuchinho
Vermelho.
– Mas está claro! – diz o Lobo Grande.
– O caçador é amigo do Capuchinho
Vermelho e não dos três porquinhos. Como
sou estúpido! Aposto que vão para a casa da
avó. Muito bem, vou segui-los.
5. O caçador e o Capuchinho Vermelho dirigem-se para uma
linda casa de tijolo, toda iluminada, na qual se ouvem
risadas e música. Entram. Como a porta está aberta, o
Lobo Grande também entra e vê algo inacreditável!
6. Todos os animais da quinta estão reunidos! Trazem
chapéus, vestidos compridos, bigodes postiços, cantam
e dançam e riem às gargalhadas.
– Vamos lá dançar a farândola – convida um
deles, puxando-o por um braço.
– O Lobo Grande começa a rodopiar agarrado ao seu par.
Entretanto, a cadela da quinta observa os dançarinos.
7. O Lobo Grande agrada-lhe
bastante.
Leva-o para o meio da roda.
– Beijo! Beijo!! – gritam os
animais.
O Lobo Grande tem medo. O que é
um beijo?
O que lhe irá acontecer? Fecha os
olhos com força.
E de repente, sente uma coisa
muito doce…..
…Uma coisa tão doce que tem a sensação de derreter.
Esquece-se do lugar onde está. Só tem uma única ideia
na cabeça, divertir-se, dançar e receber muitos mais
desses beijos maravilhosos.
8. O Lobo Grande já não
pensa
nos
três
porquinhos,
no
caçador, no Capuchinho
Vermelho, nem sequer na
avó.
Mas a avó observa-o atentamente.
O Lobo Grande não lhe agrada.
Parece um lobo a sério.
– Quero ficar descansada – diz ela.
Então pega num alfinete e
espeta-o na cauda do lobo.
O Lobo Grande solta um
uivo.
– É mesmo um lobo!! – grita a avó – Fujam
todos, depressa!
9. Apavorados os animais correm para
a porta.
– É lobo! É lobo – gritam.
– O Lobo Grande não percebe nada.
10. Tenta deter os amigos, mas escorrega…
… e dá um grande trambolhão!
– Ó diabo, deve-se ter magoado! – diz a galinha.
11. – Coitado do lobo – diz o touro. – Era tão bonito, tão
simpático!
– Que bem que dançava! – elogia a cabra.
– Que bem que beijava! – suspira a cadela.
– Talvez até, lá no fundo, não seja assim tão mau – diz o
primeiro porco.
– Talvez devêssemos socorrê-lo – sugere o segundo.
No dia seguinte, quando o Lobo
Grande acorda, sente umas
terríveis dores de cabeça.
– Onde terei feito este galo? –
pergunta a si próprio.
É então, que vê três porquinhos
sentados aos pés da cama a
observá-lo..
O Lobo Grande não percebe
mesmo nada!
12. – Então, não nos reconheces? – perguntam os três
porquinhos.
– E contam tudo ao Lobo Grande que desata a rir.
O Lobo Grande recupera depressa. Daí a pouco já pode
sair.
– E se organizássemos alguma coisa para festejar a
minha cura? – sugere ele, uma manhã.
– Podíamos fazer um grande baile de máscaras, como
da última vez – responde o amigo.
– Boa! – exclama o Lobo Grande. E até já sabe de que
se vai disfarçar…