SlideShare a Scribd company logo
1 of 216
Download to read offline
Good Group
International GAAP©
Demonstrações financeiras consolidadas
ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas nos
pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis — CPC
Edição 2017
Expediente Good
Sócio-líder de Auditoria
Claudio Camargo
Conteúdo técnico
Marcio F. Ostwald, Paula Tashima,
Silvio Takahashi e Patrick Matos
Diretora executiva de Marca,
Marketing e Comunicação
Marly Parra
Coordenação editorial
Alexandre Moschella
Reportagem
Andrea Allabi e Hugo Vidotto
Coordenação de design
Alexandre Rugerio, Marcos Mazzei
e Karoline Frutuoso
Revisão
Regina Pereira
Fotografias
Arquivo de imagens EY
Por: EYGM Limited
© 2016 EYGM Limited. Todos os direitos reservados.
As informações contidas nesta publicação foram preparadas na data-base de 30.11.16. Dessa forma, possíveis alterações
em pronunciamentos posteriores não estão contempladas.
Esta publicação contém informações de forma sumária e, portanto, é destinada para uso com o propósito de orientação geral.
Esta publicação não é indicada como substituto de uma pesquisa detalhada ou de um julgamento profissional.
A EYGM Limited, ou qualquer outro membro global da organização Ernst & Young, não pode aceitar responsabilidade
por perdas ocasionais decorrentes de ações adotadas ou ações não adotadas por qualquer pessoa como resultado do
uso do material contido nesta publicação. Qualquer assunto específico deve ser discutido com o seu consultor ou auditor.
As informações contidas nas reportagens desta publicação refletem apenas as opiniões dos profissionais citados nas mesmas,
e não necessariamente da EY.
Observação importante: Este material foi preparado objetivando exemplificar o maior número possível de
divulgações existentes na IFRS e nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Cada usuário deve analisar o seu
caso específico e, com base na Orientação CPC 07 — Evidenciação na divulgação dos relatórios contábil-financeiros
de propósito geral, procurar racionalizar suas divulgações em notas explicativas, sempre orientado pelo seu
julgamento profissional e pela relevância da informação.
Good Group
International GAAP©
Demonstrações financeiras consolidadas
ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas nos
pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis — CPC
Edição 2017
Apresentação
Caros leitores,
Após nove anos da adoção das IFRS no Brasil, o desafio é constante. Em 2016, o CPC emitiu as normas
traduzidas para o português sobre reconhecimento de receitas e instrumentos financeiros, enquanto o
IASB emitiu o pronunciamento IFRS 16 sobre arrendamento mercantil. Estes pronunciamentos, aliados
ao iminente pronunciamento sobre contratos de seguros, devem representar as alterações de maior
impacto a ser emitidas pelo IASB/CPC nos próximos anos.
Atualizado com os pronunciamentos contábeis emitidos até 30 de novembro de 2016, o Good Group
traz exemplos de demonstrações financeiras, notas explicativas e referências para os pronunciamentos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis que mostram de maneira bastante compreensível
os requisitos das práticas contábeis brasileiras e internacionais.
O nosso objetivo é que, nestas páginas, as empresas tenham em mãos exemplos de conteúdos e formatos
de demonstrações financeiras e partam, com base nestes modelos, para elaborar as suas próprias
demonstrações, adaptando-as da melhor maneira às situações de seus negócios. Por meio da publicação,
as companhias do País podem ganhar em agilidade e transparência na divulgação das informações.
Também incluímos no presente material reportagens especiais sobre assuntos que estão em evidência
hoje, entre eles a preparação das empresas para a adoção dos pronunciamentos sobre reconhecimento
de receitas e instrumentos financeiros.
Desta forma, entendemos que continuamos a contribuir para o enriquecimento do conteúdo das
demonstrações financeiras das empresas brasileiras. O incentivo ao desenvolvimento e ao crescimento
delas por meio da disseminação do conhecimento faz parte do nosso propósito de construir um mundo
de negócios melhor.
Boa leitura!
Claudio Camargo
Sócio-líder de Auditoria
claudio.camargo@br.ey.com
Conteúdo
Pouco tempo, muito a fazer 8
Palavras iniciais 	 10	
Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras 	 12
Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group 	 16
Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2016 	 18
Demonstrações financeiras consolidadas 	 22
Balanço patrimonial consolidado 	 23
Demonstração consolidada do resultado 	 24
Demonstração consolidada do resultado abrangente 	 25
Demonstração consolidada do fluxo de caixa 	 26
Demonstração consolidada de valor adicionado (DVA) 	 27
Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido 	 28
Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC 	 30
1	 Informações sobre o Grupo 	30
2	 Políticas contábeis 	30
2.1	 Base de consolidação 	31
2.2	 Combinações de negócios 	32
2.3	 Investimento em coligadas e em joint ventures 	33
2.4	 Classificação corrente versus não corrente 	34
2.5	 Mensuração do valor justo 	35
2.6	 Reconhecimento de receita 	36
2.7	 Subvenções governamentais 	37
2.8	Impostos 	 38
2.9	 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas 	39
2.10	 Distribuição de lucros in natura 	39
2.11	Imobilizado 	39
2.12	 Ativos intangíveis 	40
2.13	 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente 	41
2.14	 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge 	45
2.15	Estoques 	47
2.16	 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros 	47
2.17	 Caixa e equivalentes de caixa 	47
2.18	 Ações preferenciais conversíveis 	47
2.19	 Ação em tesouraria 	48
2.20	Provisões 	48
2.21	 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego 	49
2.22	 Transações envolvendo pagamento em ações 	49
2.23	 Conversão de moeda estrangeira 	50
2.24	 Ajuste a valor presente de ativos e passivos 	51
2.25	 Arrendamentos mercantis 	51
2.26	 Custos de empréstimos 	52
2.27	 Propriedades para investimento 	52
2.28 	 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2016 	52
2.29 	 Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de 2016 	55
2.30 	 Correção de um erro 	59
3	 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas 	59
4	 Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores 	64
5	 Participação em joint venture 	66	
6	 Investimento em coligada 	67
7	 Subsidiárias com participações significativas de não controladores 	68
8	 Informações por segmento 	70
9	 Outras receitas/despesas e ajustes 	74
9.1	 Outras receitas operacionais 	74
9.2	 Outras despesas operacionais 	74
9.3	 Despesas financeiras 	75
9.4	 Receitas financeiras 	75
9.5	 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos
	 na demonstração consolidada do resultado 	75
9.6	 Despesas com benefícios a funcionários 	76
9.7	 Custos de pesquisa e desenvolvimento 	76
9.8	 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido 	76
9.9	 Despesas administrativas 	77
10	 Impostos de renda sobre o lucro 	77
11	 Operação descontinuada 	80
12	 Lucro por ação 	81
13	Imobilizado 	83
14	 Propriedades para investimento 	84
15	Intangível 	86
16	 Outros ativos e passivos financeiros 	87
16.1	 Outros ativos financeiros 	87
16.2	 Outros passivos financeiros 	88
16.3	 Atividades de hedge e derivativos 	90
16.4	 Valor justo 	92
17	 Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida 	96
18	Estoques 	99
19	 Clientes e outras contas a receber (circulante) 	99
20	 Caixa e equivalentes de caixa 	100
21	 Capital social e reservas 	100
22	 Dividendos pagos e propostos 	103
23	Provisões 	104
24	 Subvenções governamentais 	106
25	 Receita diferida 	106
26	 Planos de previdência e outros benefícios pós-emprego 	106
27	 Planos de remuneração baseados em ações 	112
28	 Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) 	114
29	 Informações sobre partes relacionadas 	114
30	 Compromissos e contingências 	116
31	 Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro 	118
32	 Mensuração do valor justo 	124
33	 Eventos subsequentes 	128
Referências aos CPCs nas Notas Explicativas 	129
8 Good Group | EY
Pouco tempo, muito a fazer
H
á seis anos, desde que as normas internacionais
de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês)
começaram a ser adotadas no Brasil, uma série
de desafios foi lançada para as empresas. Readequar a
maneira de registrar contabilmente suas operações é um
dos principais – mas não o maior. Aprimorar e refinar, com
um viés qualitativo, as informações apresentadas nas
demonstrações financeiras, com o objetivo de atender às
expectativas de transparência e utilidade do mercado e do
International Accounting Standards Board (IASB, o órgão
responsável por emitir as IFRS), ainda é uma tarefa de
grande envergadura. Já não fosse o bastante, recentemente
muitas empresas tiveram de adicionar um novo desafio a
essa agenda, com um impacto ainda maior nos processos
de negócios. E, ao longo do próximo ano, terão os últimos
momentos de preparação. A partir de 1º de janeiro de
2018, entram em vigor a IFRS 15 – Receitas de Contratos
com Clientes e a IFRS 9 – Instrumentos Financeiros.
A IFRS 15, emitida pelo IASB em maio de 2014,
instituiu um modelo único para o reconhecimento de
receitas de contratos com clientes para entidades de
todos os setores. “A norma introduz uma visão sobre
reconhecimento de receitas muito diferente da usual
no Brasil”, diz Paula Tashima, sócia-líder de IFRS para
Brasil e América do Sul. “O modelo traz uma série de
procedimentos para estabelecer o momento exato em
que a receita é reconhecida.” Já a IFRS 9, de julho de
2014, introduz novas exigências sobre classificação,
mensuração, perda por redução ao valor recuperável
e contabilização de hedge – uma definição que
afetará especialmente os bancos e, em algum nível,
as seguradoras. Apesar de naturezas e destinações
diferentes, as duas normas se unem, neste momento,
pelo nível de complexidade das aplicações. Cada uma à
sua maneira, as IFRS 9 e 15 afetam práticas financeiras
e comerciais tradicionais, com uma curva de aprendizado
bastante acentuada.
Quando a receita é, de fato, receita
Com a IFRS 15, toda empresa passa a seguir uma fonte
única de regras. Apesar do caráter amplo, nem todas as
entidades enfrentarão o desafio na mesma proporção
de complexidade: a diferença virá, principalmente,
da natureza dos contratos com clientes. “Contratos
de longo prazo, que preveem a entrega de produtos
atrelada à prestação de serviços, por exemplo, ou que
contenham acordos de contrapartida contingente, assim
como os licenciamentos de marcas e produtos, serão
alvo de grandes alterações”, diz Guillermo Braunbeck,
membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC) e professor da Fundação Instituto de Pesquisas
Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e da
Faculdade de Economia e Administração da Universidade
de São Paulo (FEAUSP). Os setores mais afetados devem
ser os de telecomunicações, TI (especialmente softwares)
e construção. Nessas empresas, serão necessárias
mudanças significativas, especialmente nos casos em que
as normas IFRS já existentes fornecem pouca orientação
sobre a aplicação.
Essa norma tem o objetivo principal de levar mais
transparência ao usuário das demonstrações financeiras.
O modelo único criado pela IFRS 15 trará maior
consistência e comparabilidade das práticas para
reconhecimento de receitas entre setores, jurisdições
e mercados de capitais. Grosso modo, é uma maneira
de garantir que as receitas sejam reconhecidas no
patrimônio só quando a transação, em seu modelo
mais clássico, for realmente cumprida: o compromisso
assumido pelo vendedor for devidamente cumprido e o
pagamento do comprador, feito, em contrapartida.
“O eixo central da lógica de reconhecimento de receitas
não muda”, explica Guillermo Braunbeck. “A diferença
é quando e de que forma a receita será reconhecida.
O contrato, para fins contábeis, deverá fatiar e separar
cada componente da operação de venda. Depois,
discriminar item a item e alocar um valor específico a
eles.” Assim, escolhendo um exemplo mais simples,
está o do consumidor que compra, num mesmo pacote,
celular, plano de dados e de voz e o seguro contra
furtos. Ele pagará um mesmo valor mensal, por uma
determinada quantidade de meses, por esse combo. “Na
hora de reconhecer receitas, porém, a empresa deverá
informar o valor real referente ao celular no momento
em que ele é entregue ao consumidor, por mais que esse
custo esteja diluído nas doze parcelas de pagamento.
O contrato deverá discriminar isso. Essa conta envolve
elaborar de outra forma modelos de vendas e contratos”
Trata-se de uma operação extremamente complexa
que deverá ocorrer nos bastidores, mas ser divulgada
Por Hugo Vidotto
Reportagem
9
9Good Group | EY
– e para a qual as empresas mais afetadas pela
publicação da IFRS 15 deveriam estar se preparando
já há algum tempo. Mas não é o que se nota. “Muitas
empresas aparentam não ter dado a devida prioridade
aos preparativos para a adesão à norma, o que é
preocupante”, diz Paula Tashima. “É preciso revisitar
processos de venda. Departamentos deverão trabalhar
em sintonia: comercial, jurídico e, principalmente,
contábil. Isso exige novos desenhos. Cada contrato
precisará ter um parecer contábil.” Trata-se de uma
mudança cultural. “O modo de pensar da contabilidade
deverá ser transportado para as práticas comercial
e jurídica”, afirma Braunbeck.
As exigências em processos, sistemas e pessoas são
grandes para as empresas mais afetadas. Todos os
contratos de clientes existentes devem ser analisados
e, caso a caso, eventuais mudanças contratuais devem
ser aplicadas. Os ajustes nos controles internos levarão
a necessidades de mudanças em TI – para prover
a empresa de sistemas capazes de ajudar a alocar
corretamente os valores das transações.
Será importante, ainda, ter uma política robusta de
coleta de dados, que inclua inventários de contratos,
identificações de obrigações de desempenho e dados
sobre vendas individuais. A preparação não deixa de
fora relações com investidores, já que, aqui, o foco está
nas receitas – o índice básico para qualquer avaliação.
Será preciso ter atenção quanto à comunicação correta
de uma possível volatilidade nos lucros e os demais
impactos nos indicadores. E esta é uma lista resumida.
“A IFRS 15 é uma norma relativamente nova para todos:
auditores, empresas, reguladores. A adoção deve evoluir
e, para isso, será preciso um grande empenho”, diz Paula
Tashima, da EY.
Bancos: uma mudança de perspectiva
A preparação não é menos complexa para bancos e
outras instituições financeiras possivelmente afetadas
para a IFRS 9. A norma traz uma nova maneira de
contabilizar a depreciação do crédito: em vez de
considerar a perda ocorrida, olha-se para a perda
projetada, em expectativa futura. Basicamente, os
bancos deverão considerar cada ativo relacionado
a instrumentos financeiros e coletar uma série imensa
de dados para, tratados, compreender qual é a perda
futura prevista para cada um. “Na prática, as estimativas
baseadas no histórico serão trocadas pelas baseadas
na previsibilidade”, diz Paula Tashima. “A norma foi
elaborada após a crise dos créditos imobiliários detonada
em 2008. Há um recado: deve-se voltar os olhos para o
que está por vir, em vez de ater-se só ao que o passado
indica.” Não é novidade, mas agora deverá ser uma
prática extensamente detalhada.
A preparação para a adoção da IFRS 9 também inclui
uma longa lista de afazeres. É preciso ter ciência
completa dos impactos da nova norma não somente
sobre as demonstrações financeiras, mas também
sobre modelos, dados, sistemas, processos, controles
e governança – assim como os desafios comerciais,
financeiros, regulatórios e organizacionais. Certamente,
alguns sistemas existentes poderão ser empregados
para fins regulatórios, mas novos deverão ser criados
quando não houver correspondência. A transição exige
comunicação certeira: as partes interessadas devem ser
informadas do progresso da implantação e empresas de
um mesmo grupo precisam ficar em sintonia dentro do
cronograma. Divulgações em larga escala necessitarão
de atenção redobrada – e alguns produtos e modelos
de negócios podem até precisar de revisão. “É uma
norma extremamente complexa e muitos procedimentos
serão alterados”, afirma Paula Tashima, para quem
a preparação, no caso da IFRS 9, também precisa de
um ritmo mais veloz por parte dos bancos. “O prazo se
aproxima, e empenho será crítico.”
10 Good Group | EY
Demonstrações financeiras do Good Group
Palavras iniciais
Esta publicação contém um conjunto ilustrativo de demonstrações financeiras e foi elaborada pela EY para auxiliar
profissionais responsáveis pela preparação e divulgação de DFs, considerando os pronunciamentos contábeis do CPC,
ou Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aplicáveis ao exemplo. Essa elaboração – de uma companhia manufatureira
fictícia, portanto não financeira – pretendeu explorar aspectos que sirvam como ponto de partida na escolha de
conteúdos e formatos presentes nas demonstrações que melhor representem a visão dos administradores sobre
a situação dos negócios da companhia.
Nesse exemplo foram divulgados apenas os saldos consolidados de um grupo de empresas hipotético. Contudo,
de acordo com a Lei n° 11.638 de 2007, as demonstrações consolidadas do grupo devem ser divulgadas
em conjunto com a demonstração individual da sociedade controladora.
É importante observar que essas são demonstrações financeiras ilustrativas e, portanto, não são preparadas com
o objetivo de atender às exigências de qualquer país ou aos regulamentos do mercado de ações, e não ilustram todas
as possíveis exigências contábeis ou de divulgação de informações de acordo com os CPCs. Dessa forma, sempre que
houver menção de que as demonstrações financeiras estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,
isso significa que estão de acordo com a hierarquia de pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC) e com as deliberações emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis apenas
a esse determinado exemplo. Devem ser consideradas, ainda, eventuais diferenças na aplicação dos pronunciamentos
em decorrência de situações específicas que podem ocorrer em outras empresas do mesmo segmento.
As anotações à direita de cada página referem-se aos parágrafos dos CPCs que descrevem as exigências específicas
para divulgação. No caso de dúvidas sobre as exigências do CPC, é essencial consultar fontes pertinentes e, quando
necessário, obter aconselhamento profissional adequado.
Esta iniciativa demonstra o comprometimento da EY com a orientação sobre as melhores práticas de divulgação
das informações contábeis para as companhias que buscam o fair presentation nas suas relações com os investidores.
Esperamos que seja de utilidade para os administradores e contadores envolvidos na tarefa de preparar e divulgar
informações de alta qualidade e, para isso, colocamos toda a nossa equipe à disposição em caso de dúvida sobre
qualquer aspecto abordado nesta publicação.
Políticas contábeis
A realização do conceito de “representação apropriada”, tradução escolhida pelo CPC para a expressão true and fair
view, deve levar a um processo de busca da essência econômica das informações contábeis. Sugerem-se as seguintes
etapas no planejamento do processo contábil pela alta administração com vistas ao objetivo de divulgação (CPC 26
(R1).17):
a)	formulação e escolha de políticas contábeis, particularmente as chamadas políticas contábeis críticas, com amplo
reconhecimento na governança da empresa;
b)	divulgação ampla dessas políticas;
c) 	escolhas de divulgação dos quadros e notas explicativas nos aspectos de forma e conteúdo com o objetivo de
instruir um investidor interessado na empresa com informações adicionais relevantes, ou seja, aquelas capazes
de alterar o julgamento desse investidor.
Projetos em andamento e concluídos no IASB e no FASB
Após oito anos de intensos debates no mercado, o IASB (International Accounting Standards Board) e o FASB (Financial
Accounting Standards Board) emitiram o pronunciamento de Receitas de Contratos com Clientes (codificado como
IFRS 15 e ASC 606, respectivamente) em maio de 2014, que alinha os princípios de reconhecimento de receitas
entre as normas internacionais e as norte-americanas. Esse pronunciamento, há muito tempo aguardado por todos
os interessados-chave, substitui todas as normas contábeis de receita nas duas práticas e impacta todas as indústrias
em maior ou menor grau. A norma passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2018, mas seus impactos devem ser
analisados imediatamente considerando as regras de divulgação de dados comparáveis na adoção inicial do
pronunciamento. Até esta data, o CPC não havia emitido ainda a norma correspondente no Brasil. A norma
originalmente teria data inicial de vigência em 2017, mas os boards decidiram postergar sua vigência por conta das
dificuldades de implementação levantadas pelo mercado.
No primeiro trimestre de 2016 foram também concluídos os debates em relação ao projeto conjunto do IASB e do FASB
sobre a nova norma de arrendamento mercantil, tendo sido emitidos os respectivos pronunciamentos (codificados como
IFRS 16 e ASC 842, respectivamente). O objetivo geral do projeto foi aumentar a transparência e a comparabilidade entre
as companhias ao reconhecer os ativos e passivos relacionados ao leasing no balanço patrimonial e na divulgação
11Good Group | EY
de informações-chave sobre os contratos de arrendamento mercantil. Isto representa uma melhoria em relação aos
pronunciamentos em vigor anteriormente, os quais não ensejavam o reconhecimento de determinados ativos e passivos
de arrendamento por muitos arrendatários.
O IASB iniciou no final de 2013 discussão sobre a estrutura conceitual básica que serve de parâmetro para a emissão
dos demais pronunciamentos e é um dos projetos considerados prioritários pelo Board que emitirá proximamente o
pronunciamento final.
O pronunciamento de contrato de seguros, que passou por um longo período de discussões no IASB que já perdura por
mais de 15 anos, tem sua emissão esperada para o primeiro semestre de 2017. Trata-se de um pronunciamento complexo
e que terá efeitos em várias indústrias além das seguradoras propriamente ditas.
Outros pronunciamentos que o IASB está analisando atualmente, e devem ser emitidos documentos para discussão
(discussion papers) a curto prazo, incluem: a) Iniciativa de divulgação: Princípios de divulgação; b) Combinação de negócios
entre entidades sob controle comum; c) Gerenciamento de risco dinâmico (macro hedge); d) Instrumentos financeiros com
características de patrimônio; e) Atividades com tarifas reguladas. Muito se discute também sobre a necessidade de
amortização do ágio, tema que desperta interesse em várias jurisdições ao redor do mundo.
A mudança nessas normas contábeis internacionais deve merecer o adequado monitoramento sobre as modificações
e entrada em vigor, tendo em vista os eventuais reflexos na condução dos negócios e na comunicação com os investidores.
Combinação de negócios sob controle comum
Esse é um tema importante e generalizado, que passou a contar com um grupo de trabalho específico junto
ao CPC para sua análise e pode ser observado sob os seguintes aspectos:
a)	não existe regulação IFRS a respeito de transações sob controle comum;
b)	representa uma transação entre partes relacionadas;
c) 	não está sujeita às forças de mercado;
d) 	pode existir grande diversidade na necessidade de informações de investidores e financiadores sobre
as demonstrações financeiras separadas ou individuais; e
e) 	a existência de interesses dos não controladores nas entidades sob controle comum é um aspecto relevante
a ser levado em consideração.
Existem ainda aspectos como eventuais efeitos tributários, efeitos em reorganizações subsequentes e a remuneração
dos administradores, o que dá uma ideia da dimensão das consequências determinadas pelas políticas contábeis
escolhidas para tratar esse tipo de transação. Este tema foi discutido recentemente no ASAF (Accounting Standards
Advisory Forum), órgão consultivo do IASB, que recomendou que o projeto fosse priorizado pelo Board. Tanto o IASB
quanto o grupo de trabalho do CPC estão atualmente analisando os casos em que a adoção do método de aquisição
seria aceitável nessas transações.
Comunicação com o investidor
A Instrução CVM nº 527 de 2012 rege a divulgação dos indicadores não contábeis muito divulgados de forma
voluntária pelas companhias, denominados Lajida — Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre Renda incluindo
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Depreciação e Amortização, e Lajir (Ebit) — Lucro Antes de Juros
e Impostos sobre a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Ebitda/Ebit).
Até a vigência dessa instrução, era comum que as companhias adotassem um padrão próprio para divulgação desses
indicadores, criando uma dificuldade de comparação entre empresas do mesmo segmento pelos usuários das
informações financeiras. Essa instrução abrange a divulgação do Lajida/Lajir no Formulário de Referência,
prospectos de ofertas públicas, relatório da administração e demais comunicados ao mercado.
Devido à sua utilidade para o mercado, a CVM passou a requerer que o mesmo cuidado e atenção despendidos às
informações contábeis também sejam dados aos indicadores não contábeis. Um dos princípios-chave que norteiam
a divulgação do Lajida/Lajir é que os dados que compõem suas bases de cálculo devem constar da demonstração
de resultados.
É permitida a divulgação do Lajida/Lajir ajustado, desde que sejam divulgados os critérios para seu cálculo,
haja uma conciliação para o Lajida/Lajir padrão e sejam calculados de forma consistente no decorrer do tempo.
A Instrução CVM nº 527 de 2012 entrou em vigor para as demonstrações financeiras referentes ao exercício social
de 31 de dezembro de 2012.
Dentro desse contexto de comunicação com o investidor, foram emitidos a OCPC 06 — Informações Financeiras
Pró-forma e CPC 44 — Demonstrações Combinadas, que também tratam de informações muito utilizadas pelo mercado
e que até 2013 não possuíam regulamentação específica.
12 Good Group | EY
Comentários sobre o ambiente contábil
A dinâmica das operações nos mercados de capitais e o aperfeiçoamento contínuo da regulação tiveram acrescentado
mais um ingrediente com a adoção plena da IFRS. Está desenhado à frente dos participantes do processo contábil —
aí incluídos contadores, auditores, analistas, diretores, conselheiros, reguladores e outros — claramente um processo
de mudança cultural. O processo de preparação das informações contábeis incorporou um nível tal de complexidade
que não é mais possível que os participantes não diretamente envolvidos, como administradores e conselheiros,
se furtem às perguntas que devem ser feitas para o contínuo aperfeiçoamento dos relatórios contábeis.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
O CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos
de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade
reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em
conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. A capacidade do CPC é utilizada pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que aprova os pronunciamentos do CPC com base no dispositivo legal previsto
no parágrafo 5 do artigo 177 da lei societária.
O CPC representa uma evolução significativa no trato de questões regulamentares brasileiras na medida em que reúne
representantes de entidades da iniciativa privada, do mundo acadêmico e do setor profissional de contabilidade.
São elas: Abrasca, Apimec, Bovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi e Ibracon. Além dos membros
atuais, outras entidades, como o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
a Secretaria da Receita Federal e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), são sempre convidadas a participar.
Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras
Demonstrações separadas, individuais e consolidadas
As demonstrações individuais das entidades que têm investimentos em controladas e joint ventures devem ser
divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas (integral ou proporcional), conforme
requerido pela legislação societária. A divulgação das demonstrações financeiras individuais, requerida pela legislação
societária no Brasil, atende à necessidade da divulgação de diversos cálculos com efeitos societários (determinação
dos dividendos mínimos obrigatórios e distribuídos, do valor patrimonial da ação, etc.) (ICPC 09 (R2).6,7,8).
Considera-se, entretanto, de maior utilidade para o usuário investidor a demonstração consolidada, o que implica
maior utilização desse tipo de demonstração para o uso em comentários gerenciais e no relatório de administração.
Em 2014 houve finalmente a emissão do pronunciamento IAS 27 – Separate Financial Statements revisado (que
no Brasil equivale ao CPC 35 (R2)), em que o IASB permitiu a adoção de método de equivalência patrimonial nas
demonstrações separadas para avaliação de investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto. Essa
permissão, válida a partir dos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, eliminou uma das poucas diferenças
entre a IFRS e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e vem ao encontro de diversos pedidos de análise enviados pelo
Brasil e outros países da América Latina. No Brasil, a norma foi adotada na prática em 31 de dezembro de 2014.
Políticas gerais na apresentação das demonstrações financeiras
Algumas orientações podem ser extraídas dos CPCs como “regras de divulgação” aplicáveis às demonstrações:
•	Equilíbrio
A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações financeiras que façam parte
do conjunto completo de demonstrações financeiras, o que implica não destacar nenhuma das demonstrações
em prejuízo das outras; essas demonstrações são complementares, e o efeito das transações deve ser considerado
em todas as peças desse conjunto em lugar de enfatizar a posição financeira sobre a demonstração do resultado
ou vice-versa (CPC 26 (R1).11);
•	Integridade
Políticas contábeis inadequadas não podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas contábeis utilizadas
ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa (CPC 26 (R1).18);
•	Continuidade
As demonstrações financeiras devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração
tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão
a descontinuação de suas atividades (CPC 26 (R1).25);
•	Materialidade
i)	 Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações
financeiras, seja nas notas explicativas;
ii)	 Um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas
demonstrações financeiras, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma
individualizada nas notas explicativas;
iii)	 Não é necessário fornecer uma divulgação requerida se a informação não for material (CPC 26 (R1).30,30A);
13Good Group | EY
•	Compensação de ativos e passivos
Ativos e passivos, e receitas e despesas não devem ser compensados como regra geral, exceto quando refletirem
a essência da transação; a mensuração de ativos líquidos de provisões relacionadas, por exemplo, a de
obsolescência nos estoques ou a de créditos de liquidação duvidosa nas contas a receber de clientes, não
é considerada compensação (CPC 26 (R1).32,33);
•	Compensação de receitas e despesas
As transações não ordinárias que não geram propriamente receitas, mas que são incidentais às atividades principais
geradoras de receitas, devem ser apresentadas compensando-se quaisquer receitas com as despesas relacionadas
resultantes da mesma transação. Por exemplo: (i) ganhos e perdas na alienação de ativos não circulantes, incluindo
investimentos e ativos operacionais, devem ser apresentados de forma líquida, deduzindo-se seus valores contábeis dos
valores recebidos pela alienação e reconhecendo-se as despesas de venda relacionadas; e (ii) despesas relacionadas com
uma provisão reconhecida de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e que
tiveram reembolso segundo acordo contratual com terceiros (por exemplo, acordo de garantia do fornecedor, passivos
contingentes e ativos contingentes) podem ser compensadas com o respectivo reembolso (CPC 26 (R1).34);
•	Informações sobre períodos anteriores
A informação referente ao período anterior, inclusive a informação narrativa e descritiva, deve ser divulgada para
todos os valores apresentados nas demonstrações financeiras do período corrente quando for relevante para a
compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente ou quando continua a ser relevante no período
corrente (CPC 26 (R1).38);
•	Mudanças de políticas contábeis
Quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou faz a divulgação retrospectiva de itens
de suas demonstrações financeiras, ou, ainda, quando reclassifica itens de suas demonstrações financeiras, deve
apresentar, como mínimo, quando relevantes, três balanços patrimoniais e duas de cada uma das demais demonstrações
financeiras, bem como as respectivas notas explicativas. Os balanços patrimoniais a serem apresentados nesse caso
devem ser os relativos: i) ao término do período corrente; (ii) ao término do período anterior (que corresponde ao início
do período corrente); e (iii) ao início do mais antigo período comparativo apresentado (CPC 26 (R1).40A, 40B);
•	Mudança na apresentação
Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações financeiras forem modificadas, por mudança
na natureza das operações, revisão por melhoria na apresentação das demonstrações ou exigência de outro
pronunciamento, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a menos que a
reclassificação seja impraticável. Quando os montantes apresentados para fins comparativos são reclassificados,
a entidade deve divulgar: (i) a natureza da reclassificação; (ii) o montante de cada item ou classe de itens que
foi reclassificado; e (iii) a razão para a reclassificação (CPC 26 (R1).41,45);
•	Identificação
Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente e distinguidas
de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado (CPC 26 (R1).49,51). Além
disso, as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetida quando necessário: (i) o nome
da entidade; (ii) se as demonstrações financeiras se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades;
(iii) a data-base das demonstrações financeiras e notas explicativas e o respectivo período abrangido; (iv) a moeda
de apresentação; (v) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações financeiras
(CPC 26 (R1).51).
Balanço patrimonial (ou demonstração da posição financeira)
A informação a ser apresentada no balanço patrimonial tem uma prática bastante consolidada ao longo do tempo
no Brasil, entretanto, é necessário destacar que a lista de itens mínimos determinada pelos pronunciamentos e
regulações geralmente não atende aos requisitos de uma boa divulgação, motivo pelo qual os administradores devem
avaliar a estrutura das demonstrações (contas e detalhamentos) com referência aos propósitos a serem alcançados
nas divulgações.
A adequação das contas deve ser julgada com base na (i) natureza e liquidez dos ativos, (ii) na função dos ativos
na entidade, e (iii) nos montantes, natureza e prazo dos passivos (CPC 26 (R1).58). Os detalhamentos das contas
também usam os mesmos critérios, como, por exemplo (CPC 26 (R1).78):
(a) 	 os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado;
(b) 	 as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber
de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;
(c) 	 os estoques são subclassificados, de acordo com o CPC 16 (R1) – Estoques, em classificações
tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados;
(d) 	 as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e
(e) 	 o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado,
prêmios na emissão de ações e reservas.
14 Good Group | EY
Distinção entre ativos e passivos circulantes e não circulantes
Nas empresas não financeiras é usual que os ativos não circulantes contenham ativos tangíveis, intangíveis e financeiros
de longo prazo. Os ativos circulantes nesse tipo de empresa são identificados como os itens que participam do ciclo
operacional, ou seja, do capital de giro. A exceção a esse critério é quando a demonstração está baseada no critério
de liquidez, geralmente aplicável às instituições financeiras.
A distinção entre circulante e não circulante é baseada no ciclo operacional ou de ativos realizados e passivos
liquidados dentro desse mesmo ciclo; a norma define o ciclo operacional como o tempo entre a aquisição dos ativos
que circulam continuamente (capital de giro) e sua realização em caixa; alternativamente, presume-se um prazo
de 12 meses para o ciclo operacional no caso de não ser claramente identificável (CPC 26 (R1).60-65); a divulgação
da posição financeira em muitas empresas opta por estabelecer o limite de 12 meses como única referência para essa
distinção, porém os objetivos de atender um usuário interessado na elaboração de fluxos de caixa prospectivos são
mais bem atendidos se ficar claro para o leitor quais os itens que participam do capital de giro da companhia, tendo
em vista a existência de outros itens com vencimento para os 12 meses seguintes.
Demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente
O CPC 26 (R1) determina que a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes (demonstração
do resultado abrangente) devem apresentar, além das seções da demonstração do resultado e de outros
resultados abrangentes:
(a) 	 o total do resultado (do período);
(b) 	 o total de outros resultados abrangentes;
(c) 	 o resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes.
Quando a entidade apresenta a demonstração do resultado separada da demonstração do resultado abrangente, não
deve apresentar a demonstração do resultado incluída na demonstração do resultado abrangente (CPC 26 (R1).81A).
CPC 26 (R1) A apresentação de outros resultados abrangentes deve incluir:
(a) 	 outros resultados abrangentes, classificados por natureza e agrupados naquelas que (i) não serão reclassificados
subsequentemente para o resultado do período; e (ii) serão reclassificados subsequentemente para o resultado
do período, quando condições específicas forem atendidas;
(b) 	 participação em outros resultados abrangentes de coligadas e controladas em conjunto contabilizados pelo
método da equivalência patrimonial, separadas pela participação nas contas que: (i) não serão reclassificadas
subsequentemente para o resultado do período; e (ii) serão reclassificadas subsequentemente para o resultado
do período, quando condições específicas forem atendidas (CPC 26 (R1).82A).
O conceito do resultado abrangente pretende explicar todas as variações no patrimônio líquido, com exceção das
transações entre acionistas e, por esta razão, tem alta importância para o investidor interessado no desempenho
da empresa porque reúne todas as transações que afetam o resultado em uma única demonstração. A dificuldade
no caso brasileiro é conciliar essa visão, chamada de all inclusive, porque inclui todas as transações que alteram
o patrimônio líquido, com a lei societária, em especial nas exigências do cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
Demonstração dos fluxos de caixa
A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar
a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos
de caixa. O CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa define os requisitos para a apresentação da
demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações (CPC 26 (R1).111).
Os seguintes tópicos principais devem ser usados em todos os fluxos de caixa:
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade;
Atividades de investimento: são as aquisições e vendas de ativos de longo prazo;
Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio
líquido e dos empréstimos da empresa.
As somas e subtrações desses itens resultam na mudança do caixa mais equivalentes e compreendem numerário,
depósitos bancários e investimentos de curto prazo com alta liquidez e baixíssimo risco.
A demonstração dos fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento
deve ser apresentada da forma que seja mais apropriada aos negócios da empresa. A classificação por atividade
proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira
da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem também ser usadas para
avaliar a relação entre essas atividades (CPC 03 (R2).11).
O CPC 03 (R2) (equivalente à norma internacional IAS 7 — Statement of Cash Flows) permite tratamentos alternativos
para a classificação dos juros e dividendos na demonstração dos fluxos de caixa, o que difere do tratamento contábil
adotado pelas práticas contábeis geralmente aceitas nos Estados Unidos (o chamado USGAAP). O pronunciamento
IAS 7 permite a uma empresa não financeira classificar de forma consistente entre os períodos: (a) juros (despesas
financeiras) e dividendos pagos ou recebidos no tópico “operacional”, ou (b) juros e dividendos pagos como
“financiamento”, ou seja, custo da obtenção dos recursos financeiros, e juros (receitas financeiras) e dividendos
recebidos como “investimento”, ou seja, retornos sobre investimento.
15Good Group | EY
Já o pronunciamento americano, por outro lado: (i) requer que os juros pagos e os juros e dividendos recebidos
sejam classificados como fluxo de caixa operacional; (ii) classifica os dividendos pagos como um fluxo de caixa de
“financiamentos”, porque são considerados um custo para obter recursos. Acrescente-se que as normas americanas
determinam que a transação deve ser classificada na atividade que representar a fonte predominante de fluxos
de caixa para o item, e essa diferença pode fazer com que a empresa potencialmente varie a classificação para
um mesmo tipo de transação.
A premissa subjacente no caso do pronunciamento americano é a convergência entre o fluxo de caixa operacional
e os itens do resultado. A IAS 7 requer divulgar, separadamente, os juros pagos e recebidos e os dividendos pagos e
recebidos, e as normas americanas permitem que os juros e dividendos recebidos possam ser divulgados em conjunto.
Recomenda-se que as empresas brasileiras, particularmente aquelas com registro em bolsas americanas, estabeleçam
e divulguem em nota explicativa às demonstrações de fluxos de caixa uma política contábil para esses itens.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo é feita no início e no final do período, demonstrando-
se separadamente as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros resultados abrangentes;
e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas
integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não
implicaram perda do controle (CPC 26 (R1).106).
O CPC 26 (R1) requer ainda as seguintes informações no balanço patrimonial, na demonstração das mutações do
patrimônio líquido ou nas notas explicativas:
(a) para cada classe de ações do capital:
(i)	 a quantidade de ações autorizadas;
(ii)	 a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não integralizadas;
(iii)	 o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;
(iv)	 a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período;
(v)	 os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo restrições na distribuição
de dividendos e no reembolso de capital;
(vi)	 ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por
controladas ou coligadas; e
(vii)	 ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de ações, incluindo os prazos
e respectivos montantes; e
(b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido (CPC 26 (R1).79).
Notas explicativas
A melhor redação na elaboração de notas explicativas é aquela que melhor atende aos objetivos das demonstrações,
ou seja, contribui na avaliação pelo leitor do desempenho da empresa ou na inferência de fluxos de caixas futuros.
Esse objetivo é geralmente limitado pela cultura contábil da empresa e do ambiente, além da tradição na redação
das notas, que geralmente levam a um “conservadorismo” do texto.
A mudança para a contabilidade internacional traz, entretanto, um impacto considerável na formulação dessas notas
pelo aumento da complexidade nas estimativas contábeis e pela necessidade de atender a novos requisitos provocados
pelos novos pronunciamentos, à regulação do mercado de capitais e à evolução das demonstrações das outras empresas
no ambiente global.
As notas explicativas devem (CPC 26 (R1).112):
(a) 	 apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações financeiras e das políticas contábeis
específicas utilizadas, de acordo com os itens 117 a 124;
(b) 	 divulgar a informação requerida pelos pronunciamentos, orientações e interpretações que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis; e
(c) 	 prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações financeiras, mas que seja relevante
para sua compreensão.
A introdução das notas relativas aos “julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas” representa uma evolução
recente e importante de divulgação. A sua origem remonta à exigência por parte da autoridade reguladora americana (SEC),
que incluiu as “estimativas contábeis críticas” como item obrigatório dos Comentários Gerenciais (Management
Discussion and Analysis — MD&A), o que levou as empresas que operam no ambiente global à inclusão de uma nota
explicativa com um conteúdo similar. No Brasil, com a revisão das normas de registro de companhia feitas pela Instrução
CVM n° 480 e a introdução nessa norma dos ”comentários dos diretores” (assemelhados aos MD&A) no item 10 do
“Formulário de Referência”, existe também a necessidade de incluir essa nota explicativa com o mesmo conteúdo,
já que se trata de informação contábil relevante divulgada em uma outra mídia.
Essa nota explicativa deve conter as premissas adotadas nas estimativas contábeis que envolvam níveis significativos de
subjetividade relativos a itens sobre os quais exista incerteza no julgamento. A divulgação desses aspectos deve aumentar
a compreensão sobre a qualidade e a variabilidade que influenciem a condição financeira e o desempenho operacional.
Finalmente, as expressões genéricas devem ser evitadas porque são irrelevantes à análise do investidor, como, por exemplo,
“... taxas permitidas pela legislação...” ou, de forma redundante, ”... elaboradas de acordo com a lei...”, “... de acordo com
16 Good Group | EY
as legislações societária, tributária e normas específicas dos órgãos reguladores da matéria...”. Esse tipo de redação
sugere uma obediência às normas sem divulgar as bases da estimativa contábil ou as escolhas feitas pelos administradores.
A qualidade das divulgações tem sido bastante discutida no âmbito do CPC e em grupos de trabalho especificamente
criados para esse fim. Essas discussões culminaram na emissão da OCPC 07, que trata da evidenciação na divulgação dos
relatórios contábil-financeiros de propósito geral, que, com base na literatura já existente, notadamente o CPC 00 (R1) e o
CPC 26 (R1), dão diretrizes para a divulgação de informações relevantes para os usuários das demonstrações financeiras.
O item 13 da OCPC 07 cita: “Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com
fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for
comparável, verificável, tempestiva e compreensível”. Já o item 17 cita que: “Resumindo, a Estrutura Conceitual determina
que toda informação é relevante e deve ser divulgada se sua omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar
decisões que os usuários tomam como base no relatório contábil-financeiro de propósito geral da entidade específica que
reporta a informação. Consequentemente, se não tiver essa característica, a informação não é relevante e não deve ser
divulgada. Além disso, a informação, quando for relevante, deve ser completa, neutra, livre de erro, comparável,
verificável, tempestiva e compreensível”. Os itens 20 a 37 listam também as diretrizes adicionais que devem ser levadas
em conta no momento da preparação das notas explicativas. Interessante notar que o item 28 requer que somente as
práticas contábeis eletivas devem ser divulgadas em nota. As que não possuem alternativas não precisam ser divulgadas.
Apesar de essa publicação conter várias divulgações sugeridas, cada entidade deve exercer seu julgamento na preparação
das notas explicativas consoante as disposições da OCPC 07 de forma a prover somente as informações realmente úteis ao
seu leitor, bem como as boas práticas do mercado, tais como os pronunciamentos de orientação emitidos pelo Comitê de
Orientação para Divulgação ao Mercado (CODIM).
Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group
As demonstrações e notas explicativas apresentadas são apenas ilustrativas e não contêm todos os detalhes e
cruzamentos próprios ao conjunto das demonstrações financeiras de uma empresa em particular. Não obstante,
no propósito de estabelecer uma base da qual as pessoas envolvidas na emissão desses relatórios contábeis
possam partir, as notas explicativas em alguns casos podem ser percebidas como mais extensas do que as notas
explicativas tradicionais no ambiente contábil brasileiro. O objetivo em todos os casos é apresentar referências
que possam ser úteis aos emissores das demonstrações financeiras. Os CPCs contêm exigências de divulgação
maiores do que aquelas das regras anteriores a que as companhias brasileiras estavam acostumadas, o que torna
este momento especialmente desafiador. No apoio a esses desafios, a EY preparou para as companhias não
financeiras brasileiras uma visão dessa evolução, com o propósito de servir ao público envolvido na preparação
e utilização dos relatórios contábeis.
A CVM publicou a Instrução n° 485, de setembro de 2010, alterando a Instrução CVM n° 457 de 2007, e que
determina a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo
International Accounting Standards Board – IASB. A norma esclarece, ainda, que esses pronunciamentos são aqueles
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e referendados pela CVM.
Base de apresentação das demonstrações financeiras do Good Group
As demonstrações financeiras do Good Group apresentadas neste documento representam os números consolidados
do Grupo para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, considerando que a data de transição para a IFRS
e full CPC foi 1º de janeiro de 2009, data na qual foi aplicado o CPC 37 (atualmente, CPC 37 (R1)). Para fins de
exemplificação, estão sendo apresentadas somente as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil (CPC) convergentes com as IFRS. Cabe notar que a legislação societária
brasileira requer a apresentação de demonstrações financeiras individuais, não contidas neste modelo.
A demonstração consolidada do valor adicionado, apesar de não requerida pelas IFRS, é obrigatória para as companhias
abertas no Brasil, sendo facultativa para as demais entidades, a menos que exigida pelo seu órgão regulador.
Moeda funcional
A moeda funcional da controladora e a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas do
Grupo é o real. No caso das demonstrações financeiras de um grupo, deve ser enfatizado que não existe uma moeda
funcional do grupo, e sim uma moeda de apresentação. Cada entidade incluída nas demonstrações financeiras
consolidadas, seja controlada, coligada ou joint venture, tem sua própria moeda funcional, que deve ser convertida
na moeda funcional de apresentação das demonstrações consolidadas.
Demonstração do resultado
O Grupo adotou a política de discriminar os vários tipos de receita na demonstração do resultado, o que supera as
exigências do CPC 26 (R1).82, que apenas exige a apresentação da receita total como uma rubrica da demonstração
do resultado. Essa informação também poderia ser apresentada nas notas explicativas, de acordo com o CPC 26
17Good Group | EY
(R1).97. No caso brasileiro, existe o consenso de incluir PIS e Cofins na dedução dos itens envolvidos no cálculo da
receita líquida, conforme o CPC 30 (R1) – Receitas. Conforme essa norma, a demonstração de resultado inicia-se com
a receita líquida (até então, no Brasil, a prática era iniciar-se com a receita bruta), ou seja, os impostos incidentes
sobre a receita de vendas (como PIS e Cofins, já citados) já foram deduzidos.
O CPC 26 (R1).99 exige que as despesas sejam analisadas de acordo com sua natureza ou de acordo com sua função
na entidade, ou seja, da melhor forma a prestar informações confiáveis e mais pertinentes. O Grupo apresentou a
análise de despesas por função, que é a forma tradicional no ambiente contábil brasileiro.
Não há exigência específica para identificar, na demonstração do resultado, se foram adotados ajustes a serem
efetuados nos valores divulgados nas demonstrações financeiras do exercício anterior. O CPC 23 exige que sejam
apresentados detalhes apenas nas notas explicativas. O Grupo ilustra como uma entidade pode complementar
as exigências da norma de maneira a ficar mais claro ao leitor que os valores foram ajustados.
Caso aplicável, a parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método
de equivalência patrimonial também deve ser divulgada.
A apresentação da demonstração dos “outros resultados abrangentes” vinha sendo proposta dentro das mutações
do patrimônio líquido. O CPC 26 (R1) vetou essa opção, devendo a apresentação ser feita separadamente em relação
a esta última demonstração. Da mesma forma, no Brasil, a demonstração dos resultados abrangentes também não
pode ser apresentada em conjunto com a demonstração de resultados.
O CPC 41 exige a apresentação dos valores básicos e diluídos por ação, decorrentes de operações descontinuadas na
demonstração do resultado ou nas notas explicativas. O Grupo optou por demonstrar essas informações juntamente
com outras informações exigidas para operações descontinuadas na Nota 11, apresentando as informações para
operações em continuidade na demonstração do resultado.
Demonstração dos fluxos de caixa
O CPC 03 (R2).20 permite que as entidades divulguem fluxo de caixa oriundo de atividades operacionais utilizando o
método direto ou o método indireto. O Grupo apresenta o fluxo de caixa utilizando o método indireto, que é o método
que tem sido mais utilizado pelas empresas brasileiras.
O Grupo conciliou o lucro antes do imposto com o fluxo de caixa líquido oriundo de atividades operacionais.
No entanto, a conciliação do lucro após os impostos sobre a renda também é aceitável nos termos do CPC 03 (R2).
O CPC 03 (R2).34 permite que os juros pagos sejam demonstrados como atividades operacionais ou financeiras
e que os juros recebidos sejam demonstrados como atividades operacionais ou de investimento, quando considerado
pertinente pela entidade. O Grupo classifica os juros recebidos como atividades operacionais para obtenção de
recursos financeiros. O Grupo classifica os juros pagos como atividades de financiamento, uma vez que são custos
de obtenção de recursos financeiros.
Deve-se dar atenção a novos tipos de operação que surgem no mercado financeiro. Um exemplo são as operações de
confirming, reverse factoring ou Risco Sacado, em que não há orientação específica no IFRS/CPC e requer julgamento
dos preparadores das demonstrações financeiras. Aspectos como essência da operação e relevância devem ser
levados em consideração para a correta divulgação e classificação dessas operações na demonstração dos fluxos
de caixa e balanço patrimonial. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tratou deste e de outros assuntos em seu
Ofício CVM/SNC/SEP/nº 01/2016 enfatizando a correta análise da transação e a devida divulgação de suas
características em notas explicativas.
Demonstração de Valor Adicionado (DVA)
O requisito de divulgação da Demonstração de Valor Adicionado (DVA), aprovado pelo Pronunciamento Técnico
CPC 09, é aplicável apenas para as companhias abertas.
As normas e interpretações abaixo não foram consideradas nestas demonstrações financeiras ilustradas:
CPC 08 (R1)	 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
CPC 11		 Contratos de Seguro
CPC 13		 Adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08
CPC 17 (R1)	 Contratos de Construção
CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária
CPC 29		 Ativo Biológico e Produto Agrícola
ICPC 01 (R1)	Contratos de Concessão
ICPC 07		 Distribuição de Lucros in Natura
ICPC 09 (R2)	Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas
	 e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial
ICPC 10		 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento
	 dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43
ICPC 11	 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes
18 Good Group | EY
Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2016
Norma CPC Descrição Deliberação CVM Norma IFRS
CPC 00 (R1)
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
das Demonstrações Contábeis
675/11 Framework
CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos 639/10 IAS 36
CPC 02 (R2)
Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio
de Demonstrações Contábeis
640/10 IAS 21
CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa 641/10 IAS 7
CPC 04 (R1) Ativo Intangível 644/10 IAS 38
CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas 642/10 IAS 24
CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil 645/10 IAS 17
CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais 646/10 IAS 20
CPC 08 (R1)
Custos de Transação e Prêmio na Emissão
de Títulos e Valores Mobiliários
649/10 IAS 39 (partes)
CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado 557/08 Sem correspondência
CPC 10 (R1) Pagamentos Baseados em Ações 650/10 IFRS 2
CPC 11 Contratos de Seguros 563/08 IFRS 4
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 564/08 Diversos
CPC 13
Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida
Provisória nº 449/08
565/08 Sem correspondência
CPC 14
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento,
Mensuração e Evidenciação Fase 1
Revogado Corresponde
à OCPC 03
CPC 15 (R1) Combinação de Negócios 665/11 IFRS 3
CPC 16 (R1) Estoques 575/09 e 624/10 IAS 2
CPC 17 (R1) Contratos de Construção 691/12 IAS 11
CPC 18 (R2)
Investimento em Coligada, em Controlada e
em Empreendimento Controlado em Conjunto
696/12 IAS 28
CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto 694/12 IAS 31
19Good Group | EY
CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos 672/11 IAS 23
CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária 673/11 IAS 34
CPC 22 Informação por Segmento 582/09 IFRS 8
CPC 23
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa
e Retificação de Erro
592/09 IAS 8
CPC 24 Evento Subsequente 593/09 IAS 10
CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 594/09 IAS 37
CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis 676/11 IAS 1
CPC 27 Ativo Imobilizado 583/09 IAS 16
CPC 28 Propriedade para Investimento 584/09 IAS 40
CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 596/09 IAS 41
CPC 30 (R1) Receitas 692/12 IAS 18
CPC 31
Ativo Não Circulante Mantido para Venda
e Operação Descontinuada
598/09 IFRS 5
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 599/09 IAS 12
CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados 695/12 IAS 19
CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais A ser emitido IFRS 6
CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas 693/12 IAS 27
CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas 698/12 IFRS 10
CPC 37 (R1)
Adoção Inicial das Normas
Internacionais de Contabilidade
647/10 IFRS 1
CPC 38
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento
e Mensuração
604/09 IAS 39
CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 604/09 IAS 32
CPC 40 (R1) Instrumentos Financeiros: Evidenciação 684/12 IFRS 7
20 Good Group | EY
CPC 41 Resultado por Ação 636/10 IAS 33
CPC 42
Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente
Inflacionária
A ser emitido IAS 29
CPC 43 (R1)
Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 (R1) a 40
(R1)
651/10 IFRS 1
CPC 44 Demonstrações Combinadas 708/13 Sem correspondência
CPC 45 Divulgação de Participação em Outras Entidades 697/12 IFRS 12
CPC 46 Mensuração do Valor Justo 699/12 IFRS 13
ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão 677/11 IFRIC 12
ICPC 02 Contratos de Construção do Setor Imobiliário 612/09 IFRIC 15
ICPC 03
Aspectos Complementares das Operações
de Arrendamento Mercantil
613/09
IFRIC 4, SIC 15
e SIC 27
ICPC 04
Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 (R1) –
Pagamento Baseado em Ações
Passou a fazer parte do CPC 10 (R1). Revogado.
ICPC 05
Pronunciamento Técnico CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado
em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria
Passou a fazer parte do CPC 10 (R1). Revogado.
ICPC 06 Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior 616/09 IFRIC 16
ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura 617/09 IFRIC 17
ICPC 08 (R1) Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 683/12 -
ICPC 09 (R2)
Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações
Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação
do Método de Equivalência Patrimonial
729/14
IAS 38, IFRS 3, IAS
28, IAS 31, IAS 27,
IAS 39
ICPC 10
Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado
e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos
Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43
619/09
IAS 16, IAS 40
e IFRS 1
ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes 620/09 IFRIC 18
ICPC 12
Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração
e Outros Passivos Similares
621/09 IFRIC 1
ICPC 13
Direitos a Participação Decorrentes de Fundos de
Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental
637/10 IFRIC 5
ICPC 14
Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas
e Instrumentais Similares
— IFRIC 2
ICPC 15
Passivos Decorrentes de Participação em um Mercado
Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos
638/10 IFRIC 6
ICPC 16
Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos
Patronais
652/10 IFRIC 19
21Good Group | EY
ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação 677/11 SIC 29
ICPC 18
Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina
de Superfície na Fase de Produção
714/13 ITG 17 IFRIC 20
ICPC 19 Tributos 730/14 IFRIC 21
ICPC 20
Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos
de Custeio (Funding) Mínimo e sua Interação
731/14 IFRIC 14
OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária 624/10 Sem correspondência
OCPC 02
Esclarecimentos sobre as Demonstrações
Contábeis de 2008
Ofício-Circular CVM/
SNC/SEP nº 01/2009
Sem correspondência
OCPC 03
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento,
Mensuração e Evidenciação
Ofício-Circular CVM/
SNC/SEP nº 03/2009
Sem correspondência
OCPC 04
Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades
de Incorporação Imobiliária Brasileiras
653/10 Sem correspondência
OCPC 05 Contratos de Concessão 654/10 Sem correspondência
OCPC 06 Informações Financeiras Pró-forma 709/13 Sem correspondência
OCPC 07
Evidenciação na Divulgação dos Relatórios
Contábil-Financeiros de Propósito Geral
727/14 Sem correspondência
OCPC 08 Ativos e Passivos Regulatórios 732/14 Sem correspondência
CPC
Destaques
Destaques (com base nos pronunciamentos, interpretações
e orientações editados até 31/12/09)
Ofício-Circular CVM/
SNC/SEP nº 002/2010
Sem correspondência
Revisão 01 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 624/10 Sem correspondência
Revisão 01 Revisão de Interpretações Técnicas 717/13 Sem correspondência
Revisão 02 Revisão de Pronunciamentos Técnicos - Sem correspondência
Revisão 03 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 718/13 Sem correspondência
Revisão 04 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 723/14 Sem correspondência
Revisão 05 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 724/14 Sem correspondência
Revisão 06 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 728/14 Sem correspondência
Revisão 07 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 733/14 Sem correspondência
Revisão 08 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 739/15 Sem correspondência
22 Good Group | EY
Good Group
International GAAP©
Demonstrações financeiras consolidadas
ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas
nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC
2016 2015
Em
1º de janeiro de
2015
CPC 26 (R1).10 (a)
CPC 26 (R1).10 (f)
CPC 26 (R1).51(c)
Reapresentado* Reapresentado*
CPC 26 (R1).49
CPC 23.28
Notas R$ 000 R$ 000 R$ 000
CPC 26 (R1).51 (d), (e), CPC 26
(R1).40A
Ativos
CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).66,
CPC 26 (R1) 40B
Ativo circulante CPC 26 (R1).54 (a)
Caixa e equivalentes de caixa 20 17.112 14.916 11.066 CPC 26 (R1).54 (d), CPC 40 (R1).8
Outros ativos financeiros 16 551 153 137 CPC 26 (R1).54 (b), CPC 40 (R1).8 (c)
Clientes e outras contas a receber 19 25.672 22.290 24.037 CPC 26 (R1).54 (c)
Estoques 18 23.762 24.585 26.563 CPC 26 (R1).55
Despesas antecipadas 244 165 226
67.341 62.109 62.029
Ativos de operações descontinuadas 11 13.554 — — CPC 26 (R1).54 (e), CPC 31.38
80.895 62.109 62.029
Ativo não circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).66
Outros ativos financeiros não circulantes 16 6.425 3.491 3.269 CPC 26 (R1).54 (d), CPC 40 (R1).8
Impostos diferidos ativos 10 383 365 321 CPC 26 (R1).54 (o), CPC 26 (R1).55
Investimentos em empresas coligadas e joint ventures 5, 6 3.187 2.516 1.878 CPC 26 (R1).54 (g), CPC 18 (R2).38
Propriedades para investimento 14 8.893 7.983 7.091 CPC 26 (R1).54 (h)
Imobilizado 13 33.009 24.329 18.940 CPC 26 (R1).54 (i)
Intangível 15 6.019 2.461 2.114 CPC 26 (R1).54 (j)
57.916 41.145 33.613
Total ativo 138.811 103.254 95.642
Passivo
Passivo circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).69
Fornecedores e outras contas a pagar 28 19.444 20.730 19.850 CPC 26 (R1).54 (k)
Empréstimos e financiamentos 16.2 2.460 2.775 4.555 CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8 (g)
Outros passivos financeiros circulantes 16.2 3.040 303 303 CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8
Subvenções governamentais 24 149 151 150 CPC 26 (R1).55, CPC 07 (R1).24
Receita diferida 25 220 200 190 CPC 26 (R1).55
Imposto de renda e contribuição social a pagar 3.511 3.563 4.325 CPC 26 (R1).54 (n)
Provisões 23 850 98 40 CPC 26 (R1).54 (l)
Dividendos a pagar 22 410 — —
30.084 27.820 29.413
Passivos de operações descontinuadas 11 13.125 — — CPC 26 (R1). 54 (p), CPC 31.38
43.209 27.820 29.413
Passivo não circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).69
Empréstimos e financiamentos 16.2 20.346 21.703 19.574 CPC 26 (R1).54 (m)
Outros passivos financeiros não circulantes 16.2 806 — — CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8
Provisões 23 1.950 77 60 CPC 26 (R1).54 (l)
Subvenções governamentais 24 3.300 1.400 795 CPC 07 (R1).24
Receita diferida 25 196 165 174 CPC 26 (R1). 55
Obrigações de benefícios definidos pós-emprego 26 3.050 2.977 2.526 CPC 26 (R1).55, CPC 26 (R1).78 (d)
Outros passivos 263 232 212 CPC 26 (R1).55
Impostos diferidos passivos 10 2.931 1.089 1.083 CPC 26 (R1).54 (o), CPC 26 (R1).56
32.842 27.643 24.424
Total do passivo 76.051 55.463 53.837
Patrimônio líquido CPC 26 (R1).54 (r), CPC 26 (R1).78 (e)
Capital 21 21.888 19.388 19.388
Reserva de capital 21 4.780 80 —
Ações em tesouraria 21 (508) (654) (774)
Outras reservas de capital 21 1.171 864 566
Lucros acumulados 33.729 27.737 22.838
Outros resultados abrangentes (346) (364) (421)
Proposta de distribuição de dividendos adicional 22 (410) — —
Reservas para operações descontinuadas 11 46 — —
60.350 47.051 41.597
Participação de não controladores 2.410 740 208 CPC 26 (R1).54 (q)
Total do patrimônio líquido 62.760 47.791 41.805
Total do passivo e do patrimônio líquido 138.811 103.254 95.642
*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30.
23Good Group | EY
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
(Posição Financeira Consolidada)
Em 31 de dezembro de 2016
24 Good Group | EY
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
2016 2015
CPC 26 (R1).49
CPC 26 (R1).10 (b)
CPC 26 (R1).51 (c)
CPC 23.28
Reapresentado*
Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51 (d), (e)
Operações em continuidade CPC 26 (R1).81A
Venda de mercadorias 161.927 142.551 CPC 30 (R1).35 (b) (i)
Prestação de serviços 17.131 16.537 CPC 30 (R1).35 (b) (ii)
Receita de aluguel 14 1.404 1.377
Receita total 180.462 160.465 CPC 26 (R1).82 (a)
Custo das vendas (136.549) (128.386) CPC 26 (R1).103
Lucro bruto 43.913 32.079 CPC 26 (R1).85.
CPC 26 (R1).103
Despesas com vendas e distribuição (14.001) (12.964) CPC 26 (R1).103
CPC 26 (R1).99
Despesas administrativas (18.428) (12.156) CPC 26 (R1).103
Outras despesas operacionais 9.2 (2.554) (353) CPC 26 (R1).103
Outras receitas operacionais 9.1 2.435 2.548 CPC 26 (R1).103
Lucro antes das receitas e despesas financeiras 11.365 9.154 CPC 26 (R1).85.
CPC 26 (R1).BC55-56
Despesas financeiras 9.3 (1.264) (1.123) CPC 26 (R1). 82 (b).
CPC 40 (R1).20
Receitas financeiras 9.4 336 211 CPC 26 (R1).82 (a)
Equivalência patrimonial 5, 6 671 638 CPC 26 (R1).82 (c)
Resultado antes dos impostos sobre o lucro 11.108 8.880 CPC 26 (R1).85
Despesa com impostos sobre os lucros 10 (3.098) (2.233) CPC 26 (R1).82 (d).
CPC 32.77
Resultado líquido das operações em continuidade 8.010 6.647 CPC 26 (R1).85
Operações descontinuadas
Lucro (prejuízo) após o imposto do exercício resultante
das operações em continuidade
11 220 (188) CPC 26 (R1).82 (ea).
CPC 31.33 (a)
Resultado líquido do exercício 8.230 6.459 CPC 26 (R1).81A (a)
Atribuível aos:
Acionistas controladores 7.942 6.220 CPC 26 (R1).81B (a) (ii)
Acionistas não controladores 288 239 CPC 26 (R1).81B (a) (i)
8.230 6.459
Lucro por ação 12 CPC 41.66
•	Básico – lucro do exercício atribuível a acionistas
controladores detentores de ações ordinárias
R$ 0,38 R$ 0,33
•	Diluído – lucro do exercício atribuível a acionistas
controladores detentores de ações ordinárias
R$ 0,38 R$ 0,32
Lucro por ação originado das operações em
continuidade
•	Básico – lucro de operações continuadas atribuíveis
a acionistas controladores detentores de ações
ordinárias
R$ 0,37 R$ 0,34
•	Diluído – lucro de operações continuadas atribuíveis
a acionistas controladores detentores de ações
ordinárias
R$ 0,37 R$ 0,33
* Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a Nota 2.30
2016 2015
CPC 26 (R1).49
CPC 26 (R1).51 (c)
CPC 26 (R1).81A
Reapresentado*
Notas R$ 000 R$ 000
CPC 26 (R1).51 (d), (e)
CPC 26 (R1).90
Lucro do exercício 8.230 6.459 CPC 26 (R1).81A (a)
Outros resultados abrangentes CPC 26 (R1).82A
Outros resultados abrangentes a serem reclassificados
para resultado do exercício em períodos subsequentes:
Ganho líquido sobre hedge em investimento líquido 278 - CPC 08 (R1).102 (a)
Efeito de imposto de renda (83) -
195 -
Diferenças cambiais sobre conversão de operações
estrangeiras
(246) (117)
Efeito de imposto de renda - - CPC 02 (R2).32
(246) (117) CPC 02 (R2).52 (b)
Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa 9.8 (732) 33 CPC 40 (R1).23 (c)
Efeito de imposto de renda 220 (9)
(512) 24
Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda 9.8 (58) 3 CPC 40 (R1).20 (a) (ii)
Efeito de imposto de renda 18 (1)
(40) 2
Outros resultados abrangentes líquidos a serem
reclassificados para resultado do exercício em
períodos subsequentes:
(603) (91) CPC 26 (R1).82A
Outros resultados abrangentes não reclassificados para
resultado do exercício em períodos subsequentes:
Ganho líquido na atualização do plano de benefício
definido
26 369 (389)
Efeito de imposto de renda (112) 116 CPC 33 (R1).120 (c)
257 (273) CPC 33 (R1).122
Outros resultados abrangentes líquidos não
reclassificados para resultado do exercício em
períodos subsequentes:
257 (273) CPC 26 (R1).82A
Outros resultados abrangentes do exercício,
líquidos de impostos
(346) (364) CPC 26 (R1).81A (b)
Total de outros resultados abrangentes do exercício,
líquidos de impostos
7.884 6.095 CPC 26 (R1).81A (c)
Atribuível a: 7.596 5.856 CPC 26 (R1).81B (b) (ii)
Acionistas controladores 288 239 CPC 26 (R1).81B (b) (i)
Acionistas não controladores 7.884 6.095
*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30.
25Good Group | EY
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
26 Good Group | EY
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO FLUXO DE CAIXA
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 2016 2015 CPC 26 (R1).49
CPC 26 (R1). 10 (d)
Reapresentado* CPC 26 (R1).51 (c)
Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51
Atividades operacionais CPC 03 (R2).10
Lucro antes dos impostos sobre a renda nas operações em continuidade 10 11.108 8.880 CPC 03 (R2).18 (b)
Lucro (prejuízo) antes dos impostos sobre a renda nas operações descontinuadas 213 (193)
Lucro antes dos impostos sobre a renda 11.321 8.687
Ajuste de itens sem desembolso de caixa para conciliação do lucro antes do imposto com o
fluxo de caixa:
CPC 03 (R2).20 (b)
Depreciação e perda por redução ao valor recuperável do imobilizado 13 3.907 3.383
Amortização e perda por redução ao valor recuperável do intangível 15 325 174
Contribuições para ativo imobilizado feitas por clientes (190) (150)
Despesas com pagamentos baseados em ações 27 412 492
Redução das propriedades para investimento 14 306 300
Diferença cambial líquida (365) (240)
Ganho sobre baixa de imobilizado 9.1 (532) (2.007)
Ajuste ao valor justo de contraprestação contingente 4 358 —
Receita financeira 9.4 (1.186) (211) CPC 03 (R2).20 (c)
Despesas financeiras 9.3 2.766 1.123 CPC 03 (R2).20 (c)
Equivalência patrimonial 5 e 6 (671) (638)
Variações em provisões, benefícios e incentivos (732) 202
Ajustes de capital de giro CPC 03 (R2).20 (a)
Aumento em contas a receber de clientes e outras contas a receber e adiantamentos (9.264) (1.239)
Redução de estoques 4.192 1.905
Aumento em outros ativos circulantes de despesas antecipadas 4.094 4.246
14.741 16.026
Juros recebidos 336 211 CPC 03 (R2).31
Juros pagos (484) (1.026) CPC 03 (R2).31
Imposto de renda e contribuição social pagos (3.131) (3.200) CPC 03 (R2).35
Fluxo de caixa líquido originado de atividades operacionais 11.462 12.011
Atividades de investimento
CPC 03 (R2).10,
CPC 03 (R2).21
Resultados de venda de imobilizado 1.990 2.319
Aquisição de imobilizado 13 (10.162) (7.672) CPC 03 (R2).16 (b)
Aquisição de propriedade para investimento 14 (1.216) (1.192)
Aquisição de instrumentos financeiros (3.054) (225)
Resultado da venda de instrumentos financeiros — 145
Despesas de desenvolvimento 15 (587) (390) CPC 03 (R2).16 (a)
Aquisição de controlada, líquida de caixa adquirido 4 230 (1.450)
Recebimento de incentivos 24 2.951 642 CPC 03 (R2).16 (c)
Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de investimento (9.848) (7.823)
Atividades de financiamento
Resultados do exercício de opções 175 200 CPC 03 (R2).16 (d)
Aquisição de participação de não controladores 4 (325) — CPC 03 (R2).16 (a)
Custos de transação para emissão de ações 21 (32) — CPC 03 (R2).39
Pagamento de passivos de arrendamento mercantil financeiro (51) (76)
Captações de empréstimos obtidos 5.577 2.645
Pagamento de empréstimos (122) (1.684)
Dividendos pagos a acionistas controladores 22 (1.972) (1.600)
Dividendos pagos a acionistas não controladores (30) (49)
Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de financiamento 3.220 (564) CPC 03 (R2).10,
Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 4.834 3.624 CPC 03 (R2).21
Diferença cambial líquida 340 32 CPC 03 (R2).17 (a)
Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 20 12.266 8.610
Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 20 17.440 12.266
CPC 03 (R2).42A
CPC 03 (R2).17(a)
*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30.
CPC 03 (R2).16 (a)
CPC 03 (R2).17(e)
27Good Group | EY
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE VALOR ADICIONADO (DVA)
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
		 2016	2015
		 Reapresentado
	 DESCRIÇÃO	 R$ 000	 R$ 000
Receitas	 180.462	160.965
Vendas de mercadorias, produtos e serviços	 179.058	 159.588
Outras receitas	 1.404	 1.377
Insumos adquiridos de terceiros	 (125.823)	 (112.015)
Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos	 (115.980)	 (109.253)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros	 (8.377)	 (2.062)
Outras	 (1.466)	 (700)
Valor adicionado bruto	 54.639	 48.950
Depreciação, amortização e exaustão	 (3.845)	(2.974)
Valor adicionado líquido produzido pela entidade	 50.974	 45.976
Valor adicionado recebido em transferências	 2.632	 3.209
Resultado de equivalência patrimonial	 671	 638
Receitas financeiras	 336	 211
Outras	 1.625	2.360
Valor adicionado total a distribuir	 53.606	 49.185
Distribuição do valor adicionado	 53.606	 49.185
Pessoal	 33.749	29.151
Remuneração direta	 28.671	 24.143
Benefícios	 565	605
F.G.T.S.	 4.513	4.403
Impostos, taxas e contribuições	 4.148	 3.293
Federais	 3.098	2.233
Estaduais	 750	730
Municipais	 300	330
Remuneração de capitais de terceiros	 7.479 	 10.282
Juros	 7.479	10.282
Remuneração de capitais próprios	 8.230	 6.459
Dividendos	 3.059	2.682
Lucros retidos / Prejuízo do exercício	 4.883	 3.538
Participação dos não controladores nos lucros retidos	 288	 239
*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30.
28 Good Group | EY
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (reapresentado)
Capital Social
(Nota 21)
Reserva de
ágio (Nota 21)
Ações em
tesouraria
(Nota 21)
R$ 000 R$ 000 R$ 000
Em 1º de janeiro de 2015 19.388 - (774)
Correção de erro, líquido (Nota 2.30) - - -
Em 1º de janeiro de 2015 (reapresentado) 19.388 - (774)
Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - -
Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - -
Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - -
Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - -
Lucro do exercício - - -
Exercício de opções (Nota 21) - 80 120
Remuneração com base em ações (Nota 27) - - -
Dividendos (Nota 22) - - -
Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - -
Em 31 de dezembro de 2015 19.388 80 (654)
Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - -
Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - -
Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - -
Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - -
Reavaliação de terrenos e edifícios - - -
Lucro do exercício - - -
Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - -
Operações descontinuadas (Nota 11) - - -
Emissão de ações 2.500 4.703 -
Exercício de opções (Nota 21) - 29 146
Remuneração com base em ações (Nota 27) - - -
Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) -
Dividendos (Nota 22) - - -
Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - -
Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - -
Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - -
Em 31 de dezembro de 2016 21.888 4.780 (508)
29Good Group | EY
Outras
reservas
(Nota 21)
Lucros
acumulados
Outros
resultados
abrangentes
Operações
descontinuadas
Total
Participação
de não
controladores
Total
CPC 26 (R1).10 (c)
CPC 26 (R1).49
CPC 26 (R1).51 (c), (b)
R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000
566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505 CPC 26 (R1).51(d), (e)
- (700) - - (700) - (700)
566 22.838 (421) - 41.597 208 41.805 CPC 26 (R1).106 (d) (i)
- - 24 - 24 - 24
- - (117) - (117) - (117)
- - 2 - 2 - 2
- (273) - - (273) - (273)
- 6.220 - - 6.220 239 6.459
- - - - 200 - 200 CPC 26 (R1).106 (a)
298 - - - 298 - 298 CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
- (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
- - - - - 342 342 CPC 26 (R1).107
864 27.885 (512)  47.051 740 47.791
- - (512) - (512) - (512)
- - (51) - (51) - (51)
- - (40) - (40) - (40)
- 257 - - 257 - 257
- - 592 - 592 - 592
- 7.942 - - 7.942 288 8.230
- 80 (80) - - - - CPC 26 (R1).106 (a)
- - (46) 46 - - - CPC 26 (R1).96
- - - - 7.203 - 7.203 CPC 31.38
- - - - 175 - 175 CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
307 - - - 307 - 307 CPC 10 (R1).50
- - - - (32) - (32)
CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
CPC 10 (R1).50,
- (1.972) - - (1.972) (30) (2.002)
CPC 32.39,
CPC 26 (R1).109
- (410) - - (410) - (410) CPC 26 (R1).107
- - - - - 1.547 1.547
ICPC 07.16
CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
- (190) - - (190) (135) (325) CPC 26 (R1).106 (d) (iii)
1.171 33.592 (649) 46 60.320 2.410 62.730
CPC 26 (R1).106 (d)
30 Good Group | EY
Notas Explicativas às demonstrações financeiras
consolidadas em IFRS e CPC
(em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1. Informações sobre o Grupo
As demonstrações financeiras consolidadas do Good Group e suas subsidiárias (“o Grupo”) para o exercício
findo em 31 de dezembro de 2016 foram autorizadas para emissão de acordo com a resolução dos membros
do Conselho de Administração em 28 de janeiro de 2017. Constituído como uma “Sociedade Anônima”
domiciliada no Brasil, o Grupo tem ações que são negociadas na BM&FBovespa. A sede social da empresa está
localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.909 – São Paulo – SP.
O Grupo participa através de suas investidas em produtos e serviços relacionados a equipamentos antifogo
e produtos eletrônicos, e atua no ramo de investimentos para propriedades de arrendamento. As informações
sobre as operações do Grupo são apresentadas na Nota 2.1, ao passo que as informações sobre outras
relações entre partes relacionadas são apresentadas na Nota 29.
2. Políticas contábeis
Comentário
A identificação das políticas contábeis significativas de uma entidade é um aspecto importante das demonstrações
financeiras. O CPC 26 (R1).117 requer a divulgação das políticas contábeis significativas as quais compreendam a
base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na preparação das demonstrações financeiras e de outras políticas
contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. As políticas
contábeis significativas divulgadas nesta nota explicativa exemplificam algumas das divulgações mais comumente
aplicáveis. Contudo, é fundamental que as entidades levem em conta suas circunstâncias específicas ao determinar
quais políticas contábeis são significativas e pertinentes e, desta forma, precisam ser incluídas. Importante também
ressaltar que as informações divulgadas estão alinhadas com as informações utilizadas pela administração.	
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com apoio em diversas bases de avaliação
utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações
financeiras foram apoiadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para
determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos
a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade
nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente,
estimativas do valor das propriedades para investimento, estimativas do valor em uso dos terrenos e
edificações, análise do risco de crédito para determinação da provisão para devedores duvidosos, assim como
a análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os valores
contábeis de ativos e passivos reconhecidos que representam itens objeto de hedge a valor justo que,
alternativamente, seriam contabilizados ao custo amortizado, são ajustados para demonstrar as variações
nos valores justos atribuíveis aos riscos que estão sendo objeto de hedge.
A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente
divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente
ao processo de estimativa. A companhia revisa suas estimativas pelo menos anualmente.
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade
com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.
As demonstrações financeiras consolidadas apresentam informações comparativas em relação ao período anterior.
Em acréscimo, o Grupo apresenta um balanço patrimonial adicional no início do período mais antigo divulgado,
quando se realiza aplicação retrospectiva de uma política contábil, reapresentação retrospectiva ou reclassificação
de itens nas demonstrações financeiras. O balanço patrimonial adicional na data-base de 1º de janeiro de 2015
é apresentado nessas demonstrações financeiras consolidadas devido à correção de um erro (Nota 2.30).
Adicionalmente, a Companhia considerou as orientações emanadas da Orientação Técnica OCPC 07, emitida pelo
CPC em novembro de 2014, na preparação das suas demonstrações financeiras. Desta forma, as informações
relevantes próprias das demonstrações financeiras estão sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pela
Administração na sua gestão.
CPC 26 (R1).10 (e)
CPC 26 (R1).49
CPC 26 (R1).113
CPC 26 (R1).51 (a)
CPC 26 (R1).51 (b)
CPC 26 (R1).51 (c)
CPC 26 (R1).138 (a)
CPC 24.17
CPC 26 (R1).138 (b)
CPC 26 (R1).138 (c)
CPC 26 (R1).
112 (a), (b)
CPC 26 (R1).
117 (a)
OCPC 07.38
CPC 26 (R1).16
CPC 26 (R1).40A
CPC 26 (R1).38
CPC 26 (R1).38A
CPC 26 (R1).10 (F)
31Good Group | EY
CPC 36 (R3).7
CPC 36 (R3). B38
CPC 36 (R3). B80
CPC 36 (R3). B86
CPC 36 (R3). B99
CPC 36 (R3). B94
CPC 36 (R3). B87
CPC 36 (R3). B86
CPC 36 (R3). B96
Comentário
As companhias abertas brasileiras não financeiras produzem e divulgam informações contábeis com base
nos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e normas emitidas pela CVM, o chamado BRGAAP, que,
na situação atual, tem poucas diferenças em relação às normas IFRS.
A transição de um modelo de custo histórico para um modelo geral, que adota estimativas contábeis de itens
financeiros ao “valor justo” e itens não financeiros pelo “valor em uso”, deve levar a um esforço de
divulgação adicional em cada nota explicativa por conta da diversidade de políticas contábeis adotadas
na avaliação de cada item.
Em maio de 2011, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 13 com o objetivo de uniformizar os conceitos que
dessem suporte às estimativas de valor justo. O objetivo deste pronunciamento, que no Brasil equivale ao
CPC 46 - Mensuração do Valor Justo, foi a tentativa de reduzir a complexidade nas mensurações e aumentar
a consistência dos relatórios contábeis emitidos no ambiente global. Em resumo, o CPC 46 estabeleceu:
• uma nova definição para “valor justo”;
• um conceito único para a mensuração do valor justo; e
• normas para divulgação.
O conceito de valor justo está agora claramente estabelecido sobre os valores de saída, como pode ser
observado na definição contida no CPC 46: Apêndice A: o preço que seria recebido pela venda de um ativo
ou o que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data da mensuração.
O CPC 46 estabeleceu ainda uma “hierarquia de valor justo” que categorizou a aplicação desse método em
três níveis conforme as entradas utilizadas nas técnicas de avaliação. Essa hierarquia deu a prioridade mais
alta para os preços não ajustados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, e a prioridade mais
baixa para as estimativas que utilizem entradas não observáveis nas estimativas contábeis (CPC 46.72).
2.1 Base de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas compreendem as demonstrações financeiras do Grupo e suas
controladas em 31 de dezembro de 2016. O controle é obtido quando o Grupo estiver exposto ou tiver direito a
retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida e tiver a capacidade de afetar esses retornos
por meio do poder exercido em relação à investida.
Especificamente, o Grupo controla uma investida se, e apenas se, tiver:
•	Poder em relação à investida (ou seja, direitos existentes que lhe garantem a atual capacidade de dirigir
as atividades pertinentes da investida);
•	Exposição ou direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida;
•	A capacidade de usar seu poder em relação à investida para afetar os resultados.
Geralmente, há presunção de que uma maioria de direitos de voto resulta em controle. Para dar suporte a essa
presunção e quando o Grupo tiver menos da maioria dos direitos de voto ou semelhantes de uma investida,
o Grupo considera todos os fatos e circunstâncias pertinentes ao avaliar se tem poder em relação a uma
investida, inclusive:
•	O acordo contratual com outros detentores de voto da investida;
•	Direitos originados de acordos contratuais;
•	Os direitos de voto e os potenciais direitos de voto do Grupo.
O Grupo avalia se exerce controle ou não de uma investida se fatos e circunstâncias indicarem que há
mudanças em um ou mais dos três elementos de controle. A consolidação de uma controlada tem início quando
o Grupo obtiver controle em relação à controlada e finaliza quando Grupo deixar de exercer o mencionado
controle. Ativo, passivo e resultado de uma controlada adquirida ou alienada durante o exercício são incluídos
nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o Grupo obtiver controle até a data em
que o Grupo deixar de exercer o controle sobre a controlada.
O resultado e cada componente de outros resultados abrangentes são atribuídos aos acionistas controladores
e aos não controladores do Grupo, mesmo se isso resultar em prejuízo aos acionistas não controladores.
Quando necessário, são efetuados ajustes nas demonstrações financeiras das controladas para alinhar suas
políticas contábeis com as políticas contábeis do Grupo. Todos os ativos e passivos, resultados, receitas,
despesas e fluxos de caixa do mesmo grupo, relacionados com transações entre membros do Grupo, são
totalmente eliminados na consolidação.
A variação na participação societária da controlada, sem perda de exercício de controle, é contabilizada como
transação patrimonial.
32 Good Group | EY
Se o Grupo perder o controle exercido sobre uma controlada, é dada baixa nos correspondentes ativos
(inclusive ágio), passivos, participação de não controladores e demais componentes patrimoniais, ao passo que
qualquer ganho ou perda resultante é contabilizado no resultado. Qualquer investimento retido é reconhecido
a valor justo.
Base de consolidação a partir de 1º de janeiro de 2016
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem:
Controladora do Grupo
A controladora (“holding”) do Grupo é a S.J. Limited, sediada no Brasil, onde negocia suas ações.
Entidade com influência significativa sobre o Grupo
A International Fires P.L.C. detém 31,48% das ações ordinárias do Grupo (2015: 31,48%). Como entidade
coligada, o Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2015: 25%).
Coligada
O Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2015: 25%).
Joint venture em que o Grupo é empreendedor
O Grupo detém 50% de participação na Esguichos Ltda. (2015: 50%).
*O Grupo detém 20% de participação no capital votante da empresa recém-criada Fire Equipment Test Lab
Limited. No entanto, o Grupo possui representação majoritária no Conselho de Administração da entidade, sendo
a aprovação do Grupo exigida para todas as principais decisões operacionais. As operações, uma vez iniciadas,
serão realizadas em benefício do Grupo. Com base nesses fatos e circunstâncias, a administração determinou
que, em substância, o Grupo controla essa entidade, não mantendo, no entanto, participação majoritária.
As ações com direito a voto de outro acionista na Fire Equipment Test Lab Limited, um sócio terceirizado,
são contabilizadas como passivos financeiros. Mais detalhes são apresentados na Nota 3.
Comentário
O CPC 45 exige que as entidades divulguem informações sobre a composição do Grupo. A lista acima apresenta
informações sobre as controladas do Grupo. As empresas precisam observar que essa divulgação é exigida
para controladas significativas. Acima é apresentado um exemplo de como podem ser cumpridas as exigências
previstas no CPC 45. Quando as leis ou regulações locais exigirem a divulgação da lista de investimentos nas
controladas, as referidas divulgações devem ser modificadas para atenderem às exigências locais adicionais.
2.2 Combinações de negócios
Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição
é mensurado pela soma da contraprestação transferida, que é avaliada com base no valor justo na data de
aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de
CPC 45.9
CPC 45.14
CPC 15 (R1).4
CPC 15 (R1).18
CPC 15 (R1).19
CPC 45.9
CPC 26 (R1).
138 (c)
CPC26(R1).138(c)
% participação
Nome Principal atividade País-sede 2016 2015
Extintores Ltda.
Equipamentos de
prevenção de incêndios
Brasil 80 —
Bright Sparks Limited
Equipamentos de
prevenção de incêndios
Brasil 95 95
Fire Equipment Test Lab
Limited
Equipamentos de
prevenção de incêndios
Brasil 100* —
Wireworks Inc.
Equipamentos de
prevenção de incêndios
EUA 98 98
Sprinklers Inc.
Equipamentos de
prevenção de incêndios
EUA 100 100
Iluminação Ltda. Eletrônicos Brasil 87,4 80
Mangueiras Ltda. Eletrônicos Brasil 100 100
Eletrônicos Ltda. Eletrônicos Brasil 48 48
CPC 05 (R1).13
CPC 45.10 (a)
CPC 45.12 (a)
CPC 45.12 (b)
CPC 36 (R3). B98
CPC 36 (R3). B99
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas
IFRS 15 e 9: desafios para as empresas

More Related Content

What's hot

Atps estrutura e análise demonstrações financeiras etapa 3
Atps estrutura e análise demonstrações financeiras   etapa 3Atps estrutura e análise demonstrações financeiras   etapa 3
Atps estrutura e análise demonstrações financeiras etapa 3andregmoficial
 
Brph apresentação reunião pública 2016 28.11.16
Brph apresentação reunião pública 2016    28.11.16Brph apresentação reunião pública 2016    28.11.16
Brph apresentação reunião pública 2016 28.11.16brpharma
 
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)brpharma
 
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:timealiz
 
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16Estácio Participações
 
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2brpharma
 
Somar consultores institucional
Somar consultores   institucional Somar consultores   institucional
Somar consultores institucional Keyth Sanches
 
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras padrão abnt
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras   padrão abntAtps estrutura e análise da demonstrações financeiras   padrão abnt
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras padrão abntRobson Silva
 
Release de Resultados - 4T12 e 2012
Release de Resultados - 4T12 e 2012Release de Resultados - 4T12 e 2012
Release de Resultados - 4T12 e 2012RiRossi
 
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13Estácio Participações
 
Brph apresentação call 2 t13 (pt)
Brph apresentação call 2 t13 (pt)Brph apresentação call 2 t13 (pt)
Brph apresentação call 2 t13 (pt)brpharma
 
Pirelli & C Portugal Ed Consulting
Pirelli & C Portugal  Ed ConsultingPirelli & C Portugal  Ed Consulting
Pirelli & C Portugal Ed ConsultingED Consulting
 
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1Valuation da Braskem - Turma de 2016.1
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1Felipe Pontes
 

What's hot (20)

Atps estrutura e análise demonstrações financeiras etapa 3
Atps estrutura e análise demonstrações financeiras   etapa 3Atps estrutura e análise demonstrações financeiras   etapa 3
Atps estrutura e análise demonstrações financeiras etapa 3
 
Brph apresentação reunião pública 2016 28.11.16
Brph apresentação reunião pública 2016    28.11.16Brph apresentação reunião pública 2016    28.11.16
Brph apresentação reunião pública 2016 28.11.16
 
021733000101011 (3)
021733000101011 (3)021733000101011 (3)
021733000101011 (3)
 
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2 (4)
 
Pwc remuneracao-executiva-geracao-valor-16
Pwc remuneracao-executiva-geracao-valor-16Pwc remuneracao-executiva-geracao-valor-16
Pwc remuneracao-executiva-geracao-valor-16
 
Apresentação dos Resultados do 4T16
Apresentação dos Resultados do 4T16Apresentação dos Resultados do 4T16
Apresentação dos Resultados do 4T16
 
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:
Aliz - INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA:
 
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16
Estácio: Apresentação dos Resultados do 2T16
 
Ifrs conference
Ifrs conferenceIfrs conference
Ifrs conference
 
Apresentação de Resultados 3 Trimestre 2013
Apresentação de Resultados 3 Trimestre 2013Apresentação de Resultados 3 Trimestre 2013
Apresentação de Resultados 3 Trimestre 2013
 
ApresentaçãO Resultados 2 T09 Slide Share
ApresentaçãO Resultados 2 T09 Slide ShareApresentaçãO Resultados 2 T09 Slide Share
ApresentaçãO Resultados 2 T09 Slide Share
 
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2
Brph apresentação call 4 t13 (pt) v2
 
Somar consultores institucional
Somar consultores   institucional Somar consultores   institucional
Somar consultores institucional
 
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras padrão abnt
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras   padrão abntAtps estrutura e análise da demonstrações financeiras   padrão abnt
Atps estrutura e análise da demonstrações financeiras padrão abnt
 
Apresentação 4T12
Apresentação 4T12Apresentação 4T12
Apresentação 4T12
 
Release de Resultados - 4T12 e 2012
Release de Resultados - 4T12 e 2012Release de Resultados - 4T12 e 2012
Release de Resultados - 4T12 e 2012
 
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13
Estácio: Apresentação dos Resultados do 1T13
 
Brph apresentação call 2 t13 (pt)
Brph apresentação call 2 t13 (pt)Brph apresentação call 2 t13 (pt)
Brph apresentação call 2 t13 (pt)
 
Pirelli & C Portugal Ed Consulting
Pirelli & C Portugal  Ed ConsultingPirelli & C Portugal  Ed Consulting
Pirelli & C Portugal Ed Consulting
 
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1Valuation da Braskem - Turma de 2016.1
Valuation da Braskem - Turma de 2016.1
 

Similar to IFRS 15 e 9: desafios para as empresas

EY Brasil | Good Group 2019
EY Brasil | Good Group 2019 EY Brasil | Good Group 2019
EY Brasil | Good Group 2019 EYBrasil
 
Good Group | 2018
Good Group | 2018 Good Group | 2018
Good Group | 2018 EYBrasil
 
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-final
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-finalSinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-final
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-finalJeferson Alexandre
 
Cia. Hering - Resultados 1T16
Cia. Hering - Resultados 1T16Cia. Hering - Resultados 1T16
Cia. Hering - Resultados 1T16Cia Hering RI
 
Cia. Hering - Resultados 4T16
Cia. Hering - Resultados 4T16Cia. Hering - Resultados 4T16
Cia. Hering - Resultados 4T16Cia Hering RI
 
Estcácio: Apresentação dos Resultados do 3T16
Estcácio:  Apresentação dos Resultados do 3T16Estcácio:  Apresentação dos Resultados do 3T16
Estcácio: Apresentação dos Resultados do 3T16Estácio Participações
 
Modelo de demonstrações contábeis NBC TG 1000
Modelo de demonstrações contábeis   NBC TG 1000Modelo de demonstrações contábeis   NBC TG 1000
Modelo de demonstrações contábeis NBC TG 1000Renata Santana Santos
 
Cia. Hering - Resultados 2T16
Cia. Hering - Resultados 2T16Cia. Hering - Resultados 2T16
Cia. Hering - Resultados 2T16Cia Hering RI
 
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010Luziane Madeira
 
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos Onerosos
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos OnerososIFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos Onerosos
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos OnerososCNseg
 
Objectivos Tap Dez2006
Objectivos Tap Dez2006Objectivos Tap Dez2006
Objectivos Tap Dez2006MOPTC MOPTC
 
Plano de Financiamento (Comida Barata)
Plano de Financiamento (Comida Barata)Plano de Financiamento (Comida Barata)
Plano de Financiamento (Comida Barata)pauloebr
 
Aprendendo Balanced scorecard
Aprendendo Balanced scorecardAprendendo Balanced scorecard
Aprendendo Balanced scorecardKarla Alvarenga
 
Visão Geral Petrobras
Visão Geral PetrobrasVisão Geral Petrobras
Visão Geral PetrobrasPetrobras
 
contabilidadeseculoXXI.ppt
contabilidadeseculoXXI.pptcontabilidadeseculoXXI.ppt
contabilidadeseculoXXI.pptssuser769ec2
 
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...ExpoGestão
 
Apresentacao institucional 05 2019 por
Apresentacao institucional 05 2019 porApresentacao institucional 05 2019 por
Apresentacao institucional 05 2019 porMRVRI
 

Similar to IFRS 15 e 9: desafios para as empresas (20)

EY Brasil | Good Group 2019
EY Brasil | Good Group 2019 EY Brasil | Good Group 2019
EY Brasil | Good Group 2019
 
Good Group | 2018
Good Group | 2018 Good Group | 2018
Good Group | 2018
 
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-final
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-finalSinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-final
Sinopse contabil-e-tributaria-2015-versao-final
 
Cia. Hering - Resultados 1T16
Cia. Hering - Resultados 1T16Cia. Hering - Resultados 1T16
Cia. Hering - Resultados 1T16
 
Cia. Hering - Resultados 4T16
Cia. Hering - Resultados 4T16Cia. Hering - Resultados 4T16
Cia. Hering - Resultados 4T16
 
Ifrs conference
Ifrs conferenceIfrs conference
Ifrs conference
 
Estcácio: Apresentação dos Resultados do 3T16
Estcácio:  Apresentação dos Resultados do 3T16Estcácio:  Apresentação dos Resultados do 3T16
Estcácio: Apresentação dos Resultados do 3T16
 
Modelo de demonstrações contábeis NBC TG 1000
Modelo de demonstrações contábeis   NBC TG 1000Modelo de demonstrações contábeis   NBC TG 1000
Modelo de demonstrações contábeis NBC TG 1000
 
1 t21 boas3_boa_vitsa_er
1 t21 boas3_boa_vitsa_er1 t21 boas3_boa_vitsa_er
1 t21 boas3_boa_vitsa_er
 
Cia. Hering - Resultados 2T16
Cia. Hering - Resultados 2T16Cia. Hering - Resultados 2T16
Cia. Hering - Resultados 2T16
 
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010
HAMONIZAÇÃO CONTABILBooklet ibri-2010
 
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos Onerosos
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos OnerososIFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos Onerosos
IFRS 17 - Agregação de Contratos e Contratos Onerosos
 
Objectivos Tap Dez2006
Objectivos Tap Dez2006Objectivos Tap Dez2006
Objectivos Tap Dez2006
 
Plano de Financiamento (Comida Barata)
Plano de Financiamento (Comida Barata)Plano de Financiamento (Comida Barata)
Plano de Financiamento (Comida Barata)
 
Aprendendo Balanced scorecard
Aprendendo Balanced scorecardAprendendo Balanced scorecard
Aprendendo Balanced scorecard
 
Visão Geral Petrobras
Visão Geral PetrobrasVisão Geral Petrobras
Visão Geral Petrobras
 
contabilidadeseculoXXI.ppt
contabilidadeseculoXXI.pptcontabilidadeseculoXXI.ppt
contabilidadeseculoXXI.ppt
 
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...
ExpoGestão 2020 - Hussein Keshavjee - Back office em nuvem e automação de pro...
 
Estrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
Estrutura Conceitual e a Contabilidade InternacionalEstrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
Estrutura Conceitual e a Contabilidade Internacional
 
Apresentacao institucional 05 2019 por
Apresentacao institucional 05 2019 porApresentacao institucional 05 2019 por
Apresentacao institucional 05 2019 por
 

More from EYBrasil

EY Alumni Week 2019
EY Alumni Week 2019 EY Alumni Week 2019
EY Alumni Week 2019 EYBrasil
 
EY no IT Forum 2019
EY no IT Forum 2019 EY no IT Forum 2019
EY no IT Forum 2019 EYBrasil
 
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019EYBrasil
 
EY patrocina o evento 3ª Galeria de Notáveis
EY patrocina o evento 3ª Galeria de NotáveisEY patrocina o evento 3ª Galeria de Notáveis
EY patrocina o evento 3ª Galeria de NotáveisEYBrasil
 
Prêmio Empreendedor do Ano 2019
Prêmio Empreendedor do Ano 2019Prêmio Empreendedor do Ano 2019
Prêmio Empreendedor do Ano 2019EYBrasil
 
EY Connect Day 2018
EY Connect Day 2018EY Connect Day 2018
EY Connect Day 2018EYBrasil
 
EY Institute
EY Institute EY Institute
EY Institute EYBrasil
 
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018 EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018 EYBrasil
 
EY no Mozarteum Brasileiro 2018
EY no Mozarteum Brasileiro 2018EY no Mozarteum Brasileiro 2018
EY no Mozarteum Brasileiro 2018EYBrasil
 
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MITEYBrasil
 
Conexões Ceará
Conexões Ceará Conexões Ceará
Conexões Ceará EYBrasil
 
EY patrocina o Brasil Open 2018
EY patrocina o Brasil Open 2018 EY patrocina o Brasil Open 2018
EY patrocina o Brasil Open 2018 EYBrasil
 
Programa Winning Women Brasil
Programa Winning Women BrasilPrograma Winning Women Brasil
Programa Winning Women BrasilEYBrasil
 
Prêmio Empreendedor do Ano 2018
Prêmio Empreendedor do Ano 2018 Prêmio Empreendedor do Ano 2018
Prêmio Empreendedor do Ano 2018 EYBrasil
 
Scale-Up Summit | São Paulo
Scale-Up Summit | São PauloScale-Up Summit | São Paulo
Scale-Up Summit | São PauloEYBrasil
 
EY Connect Day 2017
EY Connect Day 2017 EY Connect Day 2017
EY Connect Day 2017 EYBrasil
 
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?EYBrasil
 
EY Institute | Curso de Inglês e Português para Surdos
EY Institute | Curso de Inglês e Português para SurdosEY Institute | Curso de Inglês e Português para Surdos
EY Institute | Curso de Inglês e Português para SurdosEYBrasil
 
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em ContabilidadeXIV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em ContabilidadeEYBrasil
 
Empreender é preciso
Empreender é precisoEmpreender é preciso
Empreender é precisoEYBrasil
 

More from EYBrasil (20)

EY Alumni Week 2019
EY Alumni Week 2019 EY Alumni Week 2019
EY Alumni Week 2019
 
EY no IT Forum 2019
EY no IT Forum 2019 EY no IT Forum 2019
EY no IT Forum 2019
 
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019
EY prestigia o Prêmio Carro do Ano 2019
 
EY patrocina o evento 3ª Galeria de Notáveis
EY patrocina o evento 3ª Galeria de NotáveisEY patrocina o evento 3ª Galeria de Notáveis
EY patrocina o evento 3ª Galeria de Notáveis
 
Prêmio Empreendedor do Ano 2019
Prêmio Empreendedor do Ano 2019Prêmio Empreendedor do Ano 2019
Prêmio Empreendedor do Ano 2019
 
EY Connect Day 2018
EY Connect Day 2018EY Connect Day 2018
EY Connect Day 2018
 
EY Institute
EY Institute EY Institute
EY Institute
 
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018 EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018
EY patrocina o Mozarteum Brasileiro 2018
 
EY no Mozarteum Brasileiro 2018
EY no Mozarteum Brasileiro 2018EY no Mozarteum Brasileiro 2018
EY no Mozarteum Brasileiro 2018
 
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
© 2018 BRAZIL CONFERENCE AT HARVARD & MIT
 
Conexões Ceará
Conexões Ceará Conexões Ceará
Conexões Ceará
 
EY patrocina o Brasil Open 2018
EY patrocina o Brasil Open 2018 EY patrocina o Brasil Open 2018
EY patrocina o Brasil Open 2018
 
Programa Winning Women Brasil
Programa Winning Women BrasilPrograma Winning Women Brasil
Programa Winning Women Brasil
 
Prêmio Empreendedor do Ano 2018
Prêmio Empreendedor do Ano 2018 Prêmio Empreendedor do Ano 2018
Prêmio Empreendedor do Ano 2018
 
Scale-Up Summit | São Paulo
Scale-Up Summit | São PauloScale-Up Summit | São Paulo
Scale-Up Summit | São Paulo
 
EY Connect Day 2017
EY Connect Day 2017 EY Connect Day 2017
EY Connect Day 2017
 
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?
¿Cómo podemos ayudar a adoptar RPA en su empresa?
 
EY Institute | Curso de Inglês e Português para Surdos
EY Institute | Curso de Inglês e Português para SurdosEY Institute | Curso de Inglês e Português para Surdos
EY Institute | Curso de Inglês e Português para Surdos
 
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em ContabilidadeXIV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade
XIV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade
 
Empreender é preciso
Empreender é precisoEmpreender é preciso
Empreender é preciso
 

IFRS 15 e 9: desafios para as empresas

  • 1. Good Group International GAAP© Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC Edição 2017
  • 2. Expediente Good Sócio-líder de Auditoria Claudio Camargo Conteúdo técnico Marcio F. Ostwald, Paula Tashima, Silvio Takahashi e Patrick Matos Diretora executiva de Marca, Marketing e Comunicação Marly Parra Coordenação editorial Alexandre Moschella Reportagem Andrea Allabi e Hugo Vidotto Coordenação de design Alexandre Rugerio, Marcos Mazzei e Karoline Frutuoso Revisão Regina Pereira Fotografias Arquivo de imagens EY Por: EYGM Limited © 2016 EYGM Limited. Todos os direitos reservados. As informações contidas nesta publicação foram preparadas na data-base de 30.11.16. Dessa forma, possíveis alterações em pronunciamentos posteriores não estão contempladas. Esta publicação contém informações de forma sumária e, portanto, é destinada para uso com o propósito de orientação geral. Esta publicação não é indicada como substituto de uma pesquisa detalhada ou de um julgamento profissional. A EYGM Limited, ou qualquer outro membro global da organização Ernst & Young, não pode aceitar responsabilidade por perdas ocasionais decorrentes de ações adotadas ou ações não adotadas por qualquer pessoa como resultado do uso do material contido nesta publicação. Qualquer assunto específico deve ser discutido com o seu consultor ou auditor. As informações contidas nas reportagens desta publicação refletem apenas as opiniões dos profissionais citados nas mesmas, e não necessariamente da EY.
  • 3. Observação importante: Este material foi preparado objetivando exemplificar o maior número possível de divulgações existentes na IFRS e nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Cada usuário deve analisar o seu caso específico e, com base na Orientação CPC 07 — Evidenciação na divulgação dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, procurar racionalizar suas divulgações em notas explicativas, sempre orientado pelo seu julgamento profissional e pela relevância da informação. Good Group International GAAP© Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC Edição 2017
  • 4.
  • 5. Apresentação Caros leitores, Após nove anos da adoção das IFRS no Brasil, o desafio é constante. Em 2016, o CPC emitiu as normas traduzidas para o português sobre reconhecimento de receitas e instrumentos financeiros, enquanto o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 16 sobre arrendamento mercantil. Estes pronunciamentos, aliados ao iminente pronunciamento sobre contratos de seguros, devem representar as alterações de maior impacto a ser emitidas pelo IASB/CPC nos próximos anos. Atualizado com os pronunciamentos contábeis emitidos até 30 de novembro de 2016, o Good Group traz exemplos de demonstrações financeiras, notas explicativas e referências para os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis que mostram de maneira bastante compreensível os requisitos das práticas contábeis brasileiras e internacionais. O nosso objetivo é que, nestas páginas, as empresas tenham em mãos exemplos de conteúdos e formatos de demonstrações financeiras e partam, com base nestes modelos, para elaborar as suas próprias demonstrações, adaptando-as da melhor maneira às situações de seus negócios. Por meio da publicação, as companhias do País podem ganhar em agilidade e transparência na divulgação das informações. Também incluímos no presente material reportagens especiais sobre assuntos que estão em evidência hoje, entre eles a preparação das empresas para a adoção dos pronunciamentos sobre reconhecimento de receitas e instrumentos financeiros. Desta forma, entendemos que continuamos a contribuir para o enriquecimento do conteúdo das demonstrações financeiras das empresas brasileiras. O incentivo ao desenvolvimento e ao crescimento delas por meio da disseminação do conhecimento faz parte do nosso propósito de construir um mundo de negócios melhor. Boa leitura! Claudio Camargo Sócio-líder de Auditoria claudio.camargo@br.ey.com
  • 6. Conteúdo Pouco tempo, muito a fazer 8 Palavras iniciais 10 Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras 12 Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group 16 Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2016 18 Demonstrações financeiras consolidadas 22 Balanço patrimonial consolidado 23 Demonstração consolidada do resultado 24 Demonstração consolidada do resultado abrangente 25 Demonstração consolidada do fluxo de caixa 26 Demonstração consolidada de valor adicionado (DVA) 27 Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido 28 Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC 30 1 Informações sobre o Grupo 30 2 Políticas contábeis 30 2.1 Base de consolidação 31 2.2 Combinações de negócios 32 2.3 Investimento em coligadas e em joint ventures 33 2.4 Classificação corrente versus não corrente 34 2.5 Mensuração do valor justo 35 2.6 Reconhecimento de receita 36 2.7 Subvenções governamentais 37 2.8 Impostos 38 2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas 39 2.10 Distribuição de lucros in natura 39 2.11 Imobilizado 39 2.12 Ativos intangíveis 40 2.13 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente 41 2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge 45 2.15 Estoques 47 2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros 47 2.17 Caixa e equivalentes de caixa 47 2.18 Ações preferenciais conversíveis 47 2.19 Ação em tesouraria 48 2.20 Provisões 48 2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego 49 2.22 Transações envolvendo pagamento em ações 49 2.23 Conversão de moeda estrangeira 50 2.24 Ajuste a valor presente de ativos e passivos 51 2.25 Arrendamentos mercantis 51 2.26 Custos de empréstimos 52 2.27 Propriedades para investimento 52 2.28 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2016 52 2.29 Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de 2016 55 2.30 Correção de um erro 59 3 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas 59 4 Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores 64
  • 7. 5 Participação em joint venture 66 6 Investimento em coligada 67 7 Subsidiárias com participações significativas de não controladores 68 8 Informações por segmento 70 9 Outras receitas/despesas e ajustes 74 9.1 Outras receitas operacionais 74 9.2 Outras despesas operacionais 74 9.3 Despesas financeiras 75 9.4 Receitas financeiras 75 9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos na demonstração consolidada do resultado 75 9.6 Despesas com benefícios a funcionários 76 9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimento 76 9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido 76 9.9 Despesas administrativas 77 10 Impostos de renda sobre o lucro 77 11 Operação descontinuada 80 12 Lucro por ação 81 13 Imobilizado 83 14 Propriedades para investimento 84 15 Intangível 86 16 Outros ativos e passivos financeiros 87 16.1 Outros ativos financeiros 87 16.2 Outros passivos financeiros 88 16.3 Atividades de hedge e derivativos 90 16.4 Valor justo 92 17 Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida 96 18 Estoques 99 19 Clientes e outras contas a receber (circulante) 99 20 Caixa e equivalentes de caixa 100 21 Capital social e reservas 100 22 Dividendos pagos e propostos 103 23 Provisões 104 24 Subvenções governamentais 106 25 Receita diferida 106 26 Planos de previdência e outros benefícios pós-emprego 106 27 Planos de remuneração baseados em ações 112 28 Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) 114 29 Informações sobre partes relacionadas 114 30 Compromissos e contingências 116 31 Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro 118 32 Mensuração do valor justo 124 33 Eventos subsequentes 128 Referências aos CPCs nas Notas Explicativas 129
  • 8. 8 Good Group | EY Pouco tempo, muito a fazer H á seis anos, desde que as normas internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês) começaram a ser adotadas no Brasil, uma série de desafios foi lançada para as empresas. Readequar a maneira de registrar contabilmente suas operações é um dos principais – mas não o maior. Aprimorar e refinar, com um viés qualitativo, as informações apresentadas nas demonstrações financeiras, com o objetivo de atender às expectativas de transparência e utilidade do mercado e do International Accounting Standards Board (IASB, o órgão responsável por emitir as IFRS), ainda é uma tarefa de grande envergadura. Já não fosse o bastante, recentemente muitas empresas tiveram de adicionar um novo desafio a essa agenda, com um impacto ainda maior nos processos de negócios. E, ao longo do próximo ano, terão os últimos momentos de preparação. A partir de 1º de janeiro de 2018, entram em vigor a IFRS 15 – Receitas de Contratos com Clientes e a IFRS 9 – Instrumentos Financeiros. A IFRS 15, emitida pelo IASB em maio de 2014, instituiu um modelo único para o reconhecimento de receitas de contratos com clientes para entidades de todos os setores. “A norma introduz uma visão sobre reconhecimento de receitas muito diferente da usual no Brasil”, diz Paula Tashima, sócia-líder de IFRS para Brasil e América do Sul. “O modelo traz uma série de procedimentos para estabelecer o momento exato em que a receita é reconhecida.” Já a IFRS 9, de julho de 2014, introduz novas exigências sobre classificação, mensuração, perda por redução ao valor recuperável e contabilização de hedge – uma definição que afetará especialmente os bancos e, em algum nível, as seguradoras. Apesar de naturezas e destinações diferentes, as duas normas se unem, neste momento, pelo nível de complexidade das aplicações. Cada uma à sua maneira, as IFRS 9 e 15 afetam práticas financeiras e comerciais tradicionais, com uma curva de aprendizado bastante acentuada. Quando a receita é, de fato, receita Com a IFRS 15, toda empresa passa a seguir uma fonte única de regras. Apesar do caráter amplo, nem todas as entidades enfrentarão o desafio na mesma proporção de complexidade: a diferença virá, principalmente, da natureza dos contratos com clientes. “Contratos de longo prazo, que preveem a entrega de produtos atrelada à prestação de serviços, por exemplo, ou que contenham acordos de contrapartida contingente, assim como os licenciamentos de marcas e produtos, serão alvo de grandes alterações”, diz Guillermo Braunbeck, membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEAUSP). Os setores mais afetados devem ser os de telecomunicações, TI (especialmente softwares) e construção. Nessas empresas, serão necessárias mudanças significativas, especialmente nos casos em que as normas IFRS já existentes fornecem pouca orientação sobre a aplicação. Essa norma tem o objetivo principal de levar mais transparência ao usuário das demonstrações financeiras. O modelo único criado pela IFRS 15 trará maior consistência e comparabilidade das práticas para reconhecimento de receitas entre setores, jurisdições e mercados de capitais. Grosso modo, é uma maneira de garantir que as receitas sejam reconhecidas no patrimônio só quando a transação, em seu modelo mais clássico, for realmente cumprida: o compromisso assumido pelo vendedor for devidamente cumprido e o pagamento do comprador, feito, em contrapartida. “O eixo central da lógica de reconhecimento de receitas não muda”, explica Guillermo Braunbeck. “A diferença é quando e de que forma a receita será reconhecida. O contrato, para fins contábeis, deverá fatiar e separar cada componente da operação de venda. Depois, discriminar item a item e alocar um valor específico a eles.” Assim, escolhendo um exemplo mais simples, está o do consumidor que compra, num mesmo pacote, celular, plano de dados e de voz e o seguro contra furtos. Ele pagará um mesmo valor mensal, por uma determinada quantidade de meses, por esse combo. “Na hora de reconhecer receitas, porém, a empresa deverá informar o valor real referente ao celular no momento em que ele é entregue ao consumidor, por mais que esse custo esteja diluído nas doze parcelas de pagamento. O contrato deverá discriminar isso. Essa conta envolve elaborar de outra forma modelos de vendas e contratos” Trata-se de uma operação extremamente complexa que deverá ocorrer nos bastidores, mas ser divulgada Por Hugo Vidotto Reportagem
  • 9. 9 9Good Group | EY – e para a qual as empresas mais afetadas pela publicação da IFRS 15 deveriam estar se preparando já há algum tempo. Mas não é o que se nota. “Muitas empresas aparentam não ter dado a devida prioridade aos preparativos para a adesão à norma, o que é preocupante”, diz Paula Tashima. “É preciso revisitar processos de venda. Departamentos deverão trabalhar em sintonia: comercial, jurídico e, principalmente, contábil. Isso exige novos desenhos. Cada contrato precisará ter um parecer contábil.” Trata-se de uma mudança cultural. “O modo de pensar da contabilidade deverá ser transportado para as práticas comercial e jurídica”, afirma Braunbeck. As exigências em processos, sistemas e pessoas são grandes para as empresas mais afetadas. Todos os contratos de clientes existentes devem ser analisados e, caso a caso, eventuais mudanças contratuais devem ser aplicadas. Os ajustes nos controles internos levarão a necessidades de mudanças em TI – para prover a empresa de sistemas capazes de ajudar a alocar corretamente os valores das transações. Será importante, ainda, ter uma política robusta de coleta de dados, que inclua inventários de contratos, identificações de obrigações de desempenho e dados sobre vendas individuais. A preparação não deixa de fora relações com investidores, já que, aqui, o foco está nas receitas – o índice básico para qualquer avaliação. Será preciso ter atenção quanto à comunicação correta de uma possível volatilidade nos lucros e os demais impactos nos indicadores. E esta é uma lista resumida. “A IFRS 15 é uma norma relativamente nova para todos: auditores, empresas, reguladores. A adoção deve evoluir e, para isso, será preciso um grande empenho”, diz Paula Tashima, da EY. Bancos: uma mudança de perspectiva A preparação não é menos complexa para bancos e outras instituições financeiras possivelmente afetadas para a IFRS 9. A norma traz uma nova maneira de contabilizar a depreciação do crédito: em vez de considerar a perda ocorrida, olha-se para a perda projetada, em expectativa futura. Basicamente, os bancos deverão considerar cada ativo relacionado a instrumentos financeiros e coletar uma série imensa de dados para, tratados, compreender qual é a perda futura prevista para cada um. “Na prática, as estimativas baseadas no histórico serão trocadas pelas baseadas na previsibilidade”, diz Paula Tashima. “A norma foi elaborada após a crise dos créditos imobiliários detonada em 2008. Há um recado: deve-se voltar os olhos para o que está por vir, em vez de ater-se só ao que o passado indica.” Não é novidade, mas agora deverá ser uma prática extensamente detalhada. A preparação para a adoção da IFRS 9 também inclui uma longa lista de afazeres. É preciso ter ciência completa dos impactos da nova norma não somente sobre as demonstrações financeiras, mas também sobre modelos, dados, sistemas, processos, controles e governança – assim como os desafios comerciais, financeiros, regulatórios e organizacionais. Certamente, alguns sistemas existentes poderão ser empregados para fins regulatórios, mas novos deverão ser criados quando não houver correspondência. A transição exige comunicação certeira: as partes interessadas devem ser informadas do progresso da implantação e empresas de um mesmo grupo precisam ficar em sintonia dentro do cronograma. Divulgações em larga escala necessitarão de atenção redobrada – e alguns produtos e modelos de negócios podem até precisar de revisão. “É uma norma extremamente complexa e muitos procedimentos serão alterados”, afirma Paula Tashima, para quem a preparação, no caso da IFRS 9, também precisa de um ritmo mais veloz por parte dos bancos. “O prazo se aproxima, e empenho será crítico.”
  • 10. 10 Good Group | EY Demonstrações financeiras do Good Group Palavras iniciais Esta publicação contém um conjunto ilustrativo de demonstrações financeiras e foi elaborada pela EY para auxiliar profissionais responsáveis pela preparação e divulgação de DFs, considerando os pronunciamentos contábeis do CPC, ou Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aplicáveis ao exemplo. Essa elaboração – de uma companhia manufatureira fictícia, portanto não financeira – pretendeu explorar aspectos que sirvam como ponto de partida na escolha de conteúdos e formatos presentes nas demonstrações que melhor representem a visão dos administradores sobre a situação dos negócios da companhia. Nesse exemplo foram divulgados apenas os saldos consolidados de um grupo de empresas hipotético. Contudo, de acordo com a Lei n° 11.638 de 2007, as demonstrações consolidadas do grupo devem ser divulgadas em conjunto com a demonstração individual da sociedade controladora. É importante observar que essas são demonstrações financeiras ilustrativas e, portanto, não são preparadas com o objetivo de atender às exigências de qualquer país ou aos regulamentos do mercado de ações, e não ilustram todas as possíveis exigências contábeis ou de divulgação de informações de acordo com os CPCs. Dessa forma, sempre que houver menção de que as demonstrações financeiras estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, isso significa que estão de acordo com a hierarquia de pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e com as deliberações emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis apenas a esse determinado exemplo. Devem ser consideradas, ainda, eventuais diferenças na aplicação dos pronunciamentos em decorrência de situações específicas que podem ocorrer em outras empresas do mesmo segmento. As anotações à direita de cada página referem-se aos parágrafos dos CPCs que descrevem as exigências específicas para divulgação. No caso de dúvidas sobre as exigências do CPC, é essencial consultar fontes pertinentes e, quando necessário, obter aconselhamento profissional adequado. Esta iniciativa demonstra o comprometimento da EY com a orientação sobre as melhores práticas de divulgação das informações contábeis para as companhias que buscam o fair presentation nas suas relações com os investidores. Esperamos que seja de utilidade para os administradores e contadores envolvidos na tarefa de preparar e divulgar informações de alta qualidade e, para isso, colocamos toda a nossa equipe à disposição em caso de dúvida sobre qualquer aspecto abordado nesta publicação. Políticas contábeis A realização do conceito de “representação apropriada”, tradução escolhida pelo CPC para a expressão true and fair view, deve levar a um processo de busca da essência econômica das informações contábeis. Sugerem-se as seguintes etapas no planejamento do processo contábil pela alta administração com vistas ao objetivo de divulgação (CPC 26 (R1).17): a) formulação e escolha de políticas contábeis, particularmente as chamadas políticas contábeis críticas, com amplo reconhecimento na governança da empresa; b) divulgação ampla dessas políticas; c) escolhas de divulgação dos quadros e notas explicativas nos aspectos de forma e conteúdo com o objetivo de instruir um investidor interessado na empresa com informações adicionais relevantes, ou seja, aquelas capazes de alterar o julgamento desse investidor. Projetos em andamento e concluídos no IASB e no FASB Após oito anos de intensos debates no mercado, o IASB (International Accounting Standards Board) e o FASB (Financial Accounting Standards Board) emitiram o pronunciamento de Receitas de Contratos com Clientes (codificado como IFRS 15 e ASC 606, respectivamente) em maio de 2014, que alinha os princípios de reconhecimento de receitas entre as normas internacionais e as norte-americanas. Esse pronunciamento, há muito tempo aguardado por todos os interessados-chave, substitui todas as normas contábeis de receita nas duas práticas e impacta todas as indústrias em maior ou menor grau. A norma passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2018, mas seus impactos devem ser analisados imediatamente considerando as regras de divulgação de dados comparáveis na adoção inicial do pronunciamento. Até esta data, o CPC não havia emitido ainda a norma correspondente no Brasil. A norma originalmente teria data inicial de vigência em 2017, mas os boards decidiram postergar sua vigência por conta das dificuldades de implementação levantadas pelo mercado. No primeiro trimestre de 2016 foram também concluídos os debates em relação ao projeto conjunto do IASB e do FASB sobre a nova norma de arrendamento mercantil, tendo sido emitidos os respectivos pronunciamentos (codificados como IFRS 16 e ASC 842, respectivamente). O objetivo geral do projeto foi aumentar a transparência e a comparabilidade entre as companhias ao reconhecer os ativos e passivos relacionados ao leasing no balanço patrimonial e na divulgação
  • 11. 11Good Group | EY de informações-chave sobre os contratos de arrendamento mercantil. Isto representa uma melhoria em relação aos pronunciamentos em vigor anteriormente, os quais não ensejavam o reconhecimento de determinados ativos e passivos de arrendamento por muitos arrendatários. O IASB iniciou no final de 2013 discussão sobre a estrutura conceitual básica que serve de parâmetro para a emissão dos demais pronunciamentos e é um dos projetos considerados prioritários pelo Board que emitirá proximamente o pronunciamento final. O pronunciamento de contrato de seguros, que passou por um longo período de discussões no IASB que já perdura por mais de 15 anos, tem sua emissão esperada para o primeiro semestre de 2017. Trata-se de um pronunciamento complexo e que terá efeitos em várias indústrias além das seguradoras propriamente ditas. Outros pronunciamentos que o IASB está analisando atualmente, e devem ser emitidos documentos para discussão (discussion papers) a curto prazo, incluem: a) Iniciativa de divulgação: Princípios de divulgação; b) Combinação de negócios entre entidades sob controle comum; c) Gerenciamento de risco dinâmico (macro hedge); d) Instrumentos financeiros com características de patrimônio; e) Atividades com tarifas reguladas. Muito se discute também sobre a necessidade de amortização do ágio, tema que desperta interesse em várias jurisdições ao redor do mundo. A mudança nessas normas contábeis internacionais deve merecer o adequado monitoramento sobre as modificações e entrada em vigor, tendo em vista os eventuais reflexos na condução dos negócios e na comunicação com os investidores. Combinação de negócios sob controle comum Esse é um tema importante e generalizado, que passou a contar com um grupo de trabalho específico junto ao CPC para sua análise e pode ser observado sob os seguintes aspectos: a) não existe regulação IFRS a respeito de transações sob controle comum; b) representa uma transação entre partes relacionadas; c) não está sujeita às forças de mercado; d) pode existir grande diversidade na necessidade de informações de investidores e financiadores sobre as demonstrações financeiras separadas ou individuais; e e) a existência de interesses dos não controladores nas entidades sob controle comum é um aspecto relevante a ser levado em consideração. Existem ainda aspectos como eventuais efeitos tributários, efeitos em reorganizações subsequentes e a remuneração dos administradores, o que dá uma ideia da dimensão das consequências determinadas pelas políticas contábeis escolhidas para tratar esse tipo de transação. Este tema foi discutido recentemente no ASAF (Accounting Standards Advisory Forum), órgão consultivo do IASB, que recomendou que o projeto fosse priorizado pelo Board. Tanto o IASB quanto o grupo de trabalho do CPC estão atualmente analisando os casos em que a adoção do método de aquisição seria aceitável nessas transações. Comunicação com o investidor A Instrução CVM nº 527 de 2012 rege a divulgação dos indicadores não contábeis muito divulgados de forma voluntária pelas companhias, denominados Lajida — Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Depreciação e Amortização, e Lajir (Ebit) — Lucro Antes de Juros e Impostos sobre a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Ebitda/Ebit). Até a vigência dessa instrução, era comum que as companhias adotassem um padrão próprio para divulgação desses indicadores, criando uma dificuldade de comparação entre empresas do mesmo segmento pelos usuários das informações financeiras. Essa instrução abrange a divulgação do Lajida/Lajir no Formulário de Referência, prospectos de ofertas públicas, relatório da administração e demais comunicados ao mercado. Devido à sua utilidade para o mercado, a CVM passou a requerer que o mesmo cuidado e atenção despendidos às informações contábeis também sejam dados aos indicadores não contábeis. Um dos princípios-chave que norteiam a divulgação do Lajida/Lajir é que os dados que compõem suas bases de cálculo devem constar da demonstração de resultados. É permitida a divulgação do Lajida/Lajir ajustado, desde que sejam divulgados os critérios para seu cálculo, haja uma conciliação para o Lajida/Lajir padrão e sejam calculados de forma consistente no decorrer do tempo. A Instrução CVM nº 527 de 2012 entrou em vigor para as demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 31 de dezembro de 2012. Dentro desse contexto de comunicação com o investidor, foram emitidos a OCPC 06 — Informações Financeiras Pró-forma e CPC 44 — Demonstrações Combinadas, que também tratam de informações muito utilizadas pelo mercado e que até 2013 não possuíam regulamentação específica.
  • 12. 12 Good Group | EY Comentários sobre o ambiente contábil A dinâmica das operações nos mercados de capitais e o aperfeiçoamento contínuo da regulação tiveram acrescentado mais um ingrediente com a adoção plena da IFRS. Está desenhado à frente dos participantes do processo contábil — aí incluídos contadores, auditores, analistas, diretores, conselheiros, reguladores e outros — claramente um processo de mudança cultural. O processo de preparação das informações contábeis incorporou um nível tal de complexidade que não é mais possível que os participantes não diretamente envolvidos, como administradores e conselheiros, se furtem às perguntas que devem ser feitas para o contínuo aperfeiçoamento dos relatórios contábeis. Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) O CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. A capacidade do CPC é utilizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que aprova os pronunciamentos do CPC com base no dispositivo legal previsto no parágrafo 5 do artigo 177 da lei societária. O CPC representa uma evolução significativa no trato de questões regulamentares brasileiras na medida em que reúne representantes de entidades da iniciativa privada, do mundo acadêmico e do setor profissional de contabilidade. São elas: Abrasca, Apimec, Bovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi e Ibracon. Além dos membros atuais, outras entidades, como o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), são sempre convidadas a participar. Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras Demonstrações separadas, individuais e consolidadas As demonstrações individuais das entidades que têm investimentos em controladas e joint ventures devem ser divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas (integral ou proporcional), conforme requerido pela legislação societária. A divulgação das demonstrações financeiras individuais, requerida pela legislação societária no Brasil, atende à necessidade da divulgação de diversos cálculos com efeitos societários (determinação dos dividendos mínimos obrigatórios e distribuídos, do valor patrimonial da ação, etc.) (ICPC 09 (R2).6,7,8). Considera-se, entretanto, de maior utilidade para o usuário investidor a demonstração consolidada, o que implica maior utilização desse tipo de demonstração para o uso em comentários gerenciais e no relatório de administração. Em 2014 houve finalmente a emissão do pronunciamento IAS 27 – Separate Financial Statements revisado (que no Brasil equivale ao CPC 35 (R2)), em que o IASB permitiu a adoção de método de equivalência patrimonial nas demonstrações separadas para avaliação de investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto. Essa permissão, válida a partir dos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, eliminou uma das poucas diferenças entre a IFRS e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e vem ao encontro de diversos pedidos de análise enviados pelo Brasil e outros países da América Latina. No Brasil, a norma foi adotada na prática em 31 de dezembro de 2014. Políticas gerais na apresentação das demonstrações financeiras Algumas orientações podem ser extraídas dos CPCs como “regras de divulgação” aplicáveis às demonstrações: • Equilíbrio A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações financeiras que façam parte do conjunto completo de demonstrações financeiras, o que implica não destacar nenhuma das demonstrações em prejuízo das outras; essas demonstrações são complementares, e o efeito das transações deve ser considerado em todas as peças desse conjunto em lugar de enfatizar a posição financeira sobre a demonstração do resultado ou vice-versa (CPC 26 (R1).11); • Integridade Políticas contábeis inadequadas não podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa (CPC 26 (R1).18); • Continuidade As demonstrações financeiras devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades (CPC 26 (R1).25); • Materialidade i) Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações financeiras, seja nas notas explicativas; ii) Um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas demonstrações financeiras, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma individualizada nas notas explicativas; iii) Não é necessário fornecer uma divulgação requerida se a informação não for material (CPC 26 (R1).30,30A);
  • 13. 13Good Group | EY • Compensação de ativos e passivos Ativos e passivos, e receitas e despesas não devem ser compensados como regra geral, exceto quando refletirem a essência da transação; a mensuração de ativos líquidos de provisões relacionadas, por exemplo, a de obsolescência nos estoques ou a de créditos de liquidação duvidosa nas contas a receber de clientes, não é considerada compensação (CPC 26 (R1).32,33); • Compensação de receitas e despesas As transações não ordinárias que não geram propriamente receitas, mas que são incidentais às atividades principais geradoras de receitas, devem ser apresentadas compensando-se quaisquer receitas com as despesas relacionadas resultantes da mesma transação. Por exemplo: (i) ganhos e perdas na alienação de ativos não circulantes, incluindo investimentos e ativos operacionais, devem ser apresentados de forma líquida, deduzindo-se seus valores contábeis dos valores recebidos pela alienação e reconhecendo-se as despesas de venda relacionadas; e (ii) despesas relacionadas com uma provisão reconhecida de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e que tiveram reembolso segundo acordo contratual com terceiros (por exemplo, acordo de garantia do fornecedor, passivos contingentes e ativos contingentes) podem ser compensadas com o respectivo reembolso (CPC 26 (R1).34); • Informações sobre períodos anteriores A informação referente ao período anterior, inclusive a informação narrativa e descritiva, deve ser divulgada para todos os valores apresentados nas demonstrações financeiras do período corrente quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente ou quando continua a ser relevante no período corrente (CPC 26 (R1).38); • Mudanças de políticas contábeis Quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou faz a divulgação retrospectiva de itens de suas demonstrações financeiras, ou, ainda, quando reclassifica itens de suas demonstrações financeiras, deve apresentar, como mínimo, quando relevantes, três balanços patrimoniais e duas de cada uma das demais demonstrações financeiras, bem como as respectivas notas explicativas. Os balanços patrimoniais a serem apresentados nesse caso devem ser os relativos: i) ao término do período corrente; (ii) ao término do período anterior (que corresponde ao início do período corrente); e (iii) ao início do mais antigo período comparativo apresentado (CPC 26 (R1).40A, 40B); • Mudança na apresentação Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações financeiras forem modificadas, por mudança na natureza das operações, revisão por melhoria na apresentação das demonstrações ou exigência de outro pronunciamento, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a menos que a reclassificação seja impraticável. Quando os montantes apresentados para fins comparativos são reclassificados, a entidade deve divulgar: (i) a natureza da reclassificação; (ii) o montante de cada item ou classe de itens que foi reclassificado; e (iii) a razão para a reclassificação (CPC 26 (R1).41,45); • Identificação Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente e distinguidas de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado (CPC 26 (R1).49,51). Além disso, as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetida quando necessário: (i) o nome da entidade; (ii) se as demonstrações financeiras se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades; (iii) a data-base das demonstrações financeiras e notas explicativas e o respectivo período abrangido; (iv) a moeda de apresentação; (v) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações financeiras (CPC 26 (R1).51). Balanço patrimonial (ou demonstração da posição financeira) A informação a ser apresentada no balanço patrimonial tem uma prática bastante consolidada ao longo do tempo no Brasil, entretanto, é necessário destacar que a lista de itens mínimos determinada pelos pronunciamentos e regulações geralmente não atende aos requisitos de uma boa divulgação, motivo pelo qual os administradores devem avaliar a estrutura das demonstrações (contas e detalhamentos) com referência aos propósitos a serem alcançados nas divulgações. A adequação das contas deve ser julgada com base na (i) natureza e liquidez dos ativos, (ii) na função dos ativos na entidade, e (iii) nos montantes, natureza e prazo dos passivos (CPC 26 (R1).58). Os detalhamentos das contas também usam os mesmos critérios, como, por exemplo (CPC 26 (R1).78): (a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado; (b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes; (c) os estoques são subclassificados, de acordo com o CPC 16 (R1) – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados; (d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e (e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado, prêmios na emissão de ações e reservas.
  • 14. 14 Good Group | EY Distinção entre ativos e passivos circulantes e não circulantes Nas empresas não financeiras é usual que os ativos não circulantes contenham ativos tangíveis, intangíveis e financeiros de longo prazo. Os ativos circulantes nesse tipo de empresa são identificados como os itens que participam do ciclo operacional, ou seja, do capital de giro. A exceção a esse critério é quando a demonstração está baseada no critério de liquidez, geralmente aplicável às instituições financeiras. A distinção entre circulante e não circulante é baseada no ciclo operacional ou de ativos realizados e passivos liquidados dentro desse mesmo ciclo; a norma define o ciclo operacional como o tempo entre a aquisição dos ativos que circulam continuamente (capital de giro) e sua realização em caixa; alternativamente, presume-se um prazo de 12 meses para o ciclo operacional no caso de não ser claramente identificável (CPC 26 (R1).60-65); a divulgação da posição financeira em muitas empresas opta por estabelecer o limite de 12 meses como única referência para essa distinção, porém os objetivos de atender um usuário interessado na elaboração de fluxos de caixa prospectivos são mais bem atendidos se ficar claro para o leitor quais os itens que participam do capital de giro da companhia, tendo em vista a existência de outros itens com vencimento para os 12 meses seguintes. Demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente O CPC 26 (R1) determina que a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes (demonstração do resultado abrangente) devem apresentar, além das seções da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes: (a) o total do resultado (do período); (b) o total de outros resultados abrangentes; (c) o resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes. Quando a entidade apresenta a demonstração do resultado separada da demonstração do resultado abrangente, não deve apresentar a demonstração do resultado incluída na demonstração do resultado abrangente (CPC 26 (R1).81A). CPC 26 (R1) A apresentação de outros resultados abrangentes deve incluir: (a) outros resultados abrangentes, classificados por natureza e agrupados naquelas que (i) não serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período; e (ii) serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período, quando condições específicas forem atendidas; (b) participação em outros resultados abrangentes de coligadas e controladas em conjunto contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, separadas pela participação nas contas que: (i) não serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período; e (ii) serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período, quando condições específicas forem atendidas (CPC 26 (R1).82A). O conceito do resultado abrangente pretende explicar todas as variações no patrimônio líquido, com exceção das transações entre acionistas e, por esta razão, tem alta importância para o investidor interessado no desempenho da empresa porque reúne todas as transações que afetam o resultado em uma única demonstração. A dificuldade no caso brasileiro é conciliar essa visão, chamada de all inclusive, porque inclui todas as transações que alteram o patrimônio líquido, com a lei societária, em especial nas exigências do cálculo do dividendo mínimo obrigatório. Demonstração dos fluxos de caixa A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. O CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações (CPC 26 (R1).111). Os seguintes tópicos principais devem ser usados em todos os fluxos de caixa: Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade; Atividades de investimento: são as aquisições e vendas de ativos de longo prazo; Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da empresa. As somas e subtrações desses itens resultam na mudança do caixa mais equivalentes e compreendem numerário, depósitos bancários e investimentos de curto prazo com alta liquidez e baixíssimo risco. A demonstração dos fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento deve ser apresentada da forma que seja mais apropriada aos negócios da empresa. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem também ser usadas para avaliar a relação entre essas atividades (CPC 03 (R2).11). O CPC 03 (R2) (equivalente à norma internacional IAS 7 — Statement of Cash Flows) permite tratamentos alternativos para a classificação dos juros e dividendos na demonstração dos fluxos de caixa, o que difere do tratamento contábil adotado pelas práticas contábeis geralmente aceitas nos Estados Unidos (o chamado USGAAP). O pronunciamento IAS 7 permite a uma empresa não financeira classificar de forma consistente entre os períodos: (a) juros (despesas financeiras) e dividendos pagos ou recebidos no tópico “operacional”, ou (b) juros e dividendos pagos como “financiamento”, ou seja, custo da obtenção dos recursos financeiros, e juros (receitas financeiras) e dividendos recebidos como “investimento”, ou seja, retornos sobre investimento.
  • 15. 15Good Group | EY Já o pronunciamento americano, por outro lado: (i) requer que os juros pagos e os juros e dividendos recebidos sejam classificados como fluxo de caixa operacional; (ii) classifica os dividendos pagos como um fluxo de caixa de “financiamentos”, porque são considerados um custo para obter recursos. Acrescente-se que as normas americanas determinam que a transação deve ser classificada na atividade que representar a fonte predominante de fluxos de caixa para o item, e essa diferença pode fazer com que a empresa potencialmente varie a classificação para um mesmo tipo de transação. A premissa subjacente no caso do pronunciamento americano é a convergência entre o fluxo de caixa operacional e os itens do resultado. A IAS 7 requer divulgar, separadamente, os juros pagos e recebidos e os dividendos pagos e recebidos, e as normas americanas permitem que os juros e dividendos recebidos possam ser divulgados em conjunto. Recomenda-se que as empresas brasileiras, particularmente aquelas com registro em bolsas americanas, estabeleçam e divulguem em nota explicativa às demonstrações de fluxos de caixa uma política contábil para esses itens. Demonstração das mutações do patrimônio líquido Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo é feita no início e no final do período, demonstrando- se separadamente as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle (CPC 26 (R1).106). O CPC 26 (R1) requer ainda as seguintes informações no balanço patrimonial, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas: (a) para cada classe de ações do capital: (i) a quantidade de ações autorizadas; (ii) a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não integralizadas; (iii) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal; (iv) a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período; (v) os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo restrições na distribuição de dividendos e no reembolso de capital; (vi) ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por controladas ou coligadas; e (vii) ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de ações, incluindo os prazos e respectivos montantes; e (b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido (CPC 26 (R1).79). Notas explicativas A melhor redação na elaboração de notas explicativas é aquela que melhor atende aos objetivos das demonstrações, ou seja, contribui na avaliação pelo leitor do desempenho da empresa ou na inferência de fluxos de caixas futuros. Esse objetivo é geralmente limitado pela cultura contábil da empresa e do ambiente, além da tradição na redação das notas, que geralmente levam a um “conservadorismo” do texto. A mudança para a contabilidade internacional traz, entretanto, um impacto considerável na formulação dessas notas pelo aumento da complexidade nas estimativas contábeis e pela necessidade de atender a novos requisitos provocados pelos novos pronunciamentos, à regulação do mercado de capitais e à evolução das demonstrações das outras empresas no ambiente global. As notas explicativas devem (CPC 26 (R1).112): (a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações financeiras e das políticas contábeis específicas utilizadas, de acordo com os itens 117 a 124; (b) divulgar a informação requerida pelos pronunciamentos, orientações e interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e (c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações financeiras, mas que seja relevante para sua compreensão. A introdução das notas relativas aos “julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas” representa uma evolução recente e importante de divulgação. A sua origem remonta à exigência por parte da autoridade reguladora americana (SEC), que incluiu as “estimativas contábeis críticas” como item obrigatório dos Comentários Gerenciais (Management Discussion and Analysis — MD&A), o que levou as empresas que operam no ambiente global à inclusão de uma nota explicativa com um conteúdo similar. No Brasil, com a revisão das normas de registro de companhia feitas pela Instrução CVM n° 480 e a introdução nessa norma dos ”comentários dos diretores” (assemelhados aos MD&A) no item 10 do “Formulário de Referência”, existe também a necessidade de incluir essa nota explicativa com o mesmo conteúdo, já que se trata de informação contábil relevante divulgada em uma outra mídia. Essa nota explicativa deve conter as premissas adotadas nas estimativas contábeis que envolvam níveis significativos de subjetividade relativos a itens sobre os quais exista incerteza no julgamento. A divulgação desses aspectos deve aumentar a compreensão sobre a qualidade e a variabilidade que influenciem a condição financeira e o desempenho operacional. Finalmente, as expressões genéricas devem ser evitadas porque são irrelevantes à análise do investidor, como, por exemplo, “... taxas permitidas pela legislação...” ou, de forma redundante, ”... elaboradas de acordo com a lei...”, “... de acordo com
  • 16. 16 Good Group | EY as legislações societária, tributária e normas específicas dos órgãos reguladores da matéria...”. Esse tipo de redação sugere uma obediência às normas sem divulgar as bases da estimativa contábil ou as escolhas feitas pelos administradores. A qualidade das divulgações tem sido bastante discutida no âmbito do CPC e em grupos de trabalho especificamente criados para esse fim. Essas discussões culminaram na emissão da OCPC 07, que trata da evidenciação na divulgação dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, que, com base na literatura já existente, notadamente o CPC 00 (R1) e o CPC 26 (R1), dão diretrizes para a divulgação de informações relevantes para os usuários das demonstrações financeiras. O item 13 da OCPC 07 cita: “Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível”. Já o item 17 cita que: “Resumindo, a Estrutura Conceitual determina que toda informação é relevante e deve ser divulgada se sua omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar decisões que os usuários tomam como base no relatório contábil-financeiro de propósito geral da entidade específica que reporta a informação. Consequentemente, se não tiver essa característica, a informação não é relevante e não deve ser divulgada. Além disso, a informação, quando for relevante, deve ser completa, neutra, livre de erro, comparável, verificável, tempestiva e compreensível”. Os itens 20 a 37 listam também as diretrizes adicionais que devem ser levadas em conta no momento da preparação das notas explicativas. Interessante notar que o item 28 requer que somente as práticas contábeis eletivas devem ser divulgadas em nota. As que não possuem alternativas não precisam ser divulgadas. Apesar de essa publicação conter várias divulgações sugeridas, cada entidade deve exercer seu julgamento na preparação das notas explicativas consoante as disposições da OCPC 07 de forma a prover somente as informações realmente úteis ao seu leitor, bem como as boas práticas do mercado, tais como os pronunciamentos de orientação emitidos pelo Comitê de Orientação para Divulgação ao Mercado (CODIM). Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group As demonstrações e notas explicativas apresentadas são apenas ilustrativas e não contêm todos os detalhes e cruzamentos próprios ao conjunto das demonstrações financeiras de uma empresa em particular. Não obstante, no propósito de estabelecer uma base da qual as pessoas envolvidas na emissão desses relatórios contábeis possam partir, as notas explicativas em alguns casos podem ser percebidas como mais extensas do que as notas explicativas tradicionais no ambiente contábil brasileiro. O objetivo em todos os casos é apresentar referências que possam ser úteis aos emissores das demonstrações financeiras. Os CPCs contêm exigências de divulgação maiores do que aquelas das regras anteriores a que as companhias brasileiras estavam acostumadas, o que torna este momento especialmente desafiador. No apoio a esses desafios, a EY preparou para as companhias não financeiras brasileiras uma visão dessa evolução, com o propósito de servir ao público envolvido na preparação e utilização dos relatórios contábeis. A CVM publicou a Instrução n° 485, de setembro de 2010, alterando a Instrução CVM n° 457 de 2007, e que determina a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB. A norma esclarece, ainda, que esses pronunciamentos são aqueles emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e referendados pela CVM. Base de apresentação das demonstrações financeiras do Good Group As demonstrações financeiras do Good Group apresentadas neste documento representam os números consolidados do Grupo para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, considerando que a data de transição para a IFRS e full CPC foi 1º de janeiro de 2009, data na qual foi aplicado o CPC 37 (atualmente, CPC 37 (R1)). Para fins de exemplificação, estão sendo apresentadas somente as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (CPC) convergentes com as IFRS. Cabe notar que a legislação societária brasileira requer a apresentação de demonstrações financeiras individuais, não contidas neste modelo. A demonstração consolidada do valor adicionado, apesar de não requerida pelas IFRS, é obrigatória para as companhias abertas no Brasil, sendo facultativa para as demais entidades, a menos que exigida pelo seu órgão regulador. Moeda funcional A moeda funcional da controladora e a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo é o real. No caso das demonstrações financeiras de um grupo, deve ser enfatizado que não existe uma moeda funcional do grupo, e sim uma moeda de apresentação. Cada entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas, seja controlada, coligada ou joint venture, tem sua própria moeda funcional, que deve ser convertida na moeda funcional de apresentação das demonstrações consolidadas. Demonstração do resultado O Grupo adotou a política de discriminar os vários tipos de receita na demonstração do resultado, o que supera as exigências do CPC 26 (R1).82, que apenas exige a apresentação da receita total como uma rubrica da demonstração do resultado. Essa informação também poderia ser apresentada nas notas explicativas, de acordo com o CPC 26
  • 17. 17Good Group | EY (R1).97. No caso brasileiro, existe o consenso de incluir PIS e Cofins na dedução dos itens envolvidos no cálculo da receita líquida, conforme o CPC 30 (R1) – Receitas. Conforme essa norma, a demonstração de resultado inicia-se com a receita líquida (até então, no Brasil, a prática era iniciar-se com a receita bruta), ou seja, os impostos incidentes sobre a receita de vendas (como PIS e Cofins, já citados) já foram deduzidos. O CPC 26 (R1).99 exige que as despesas sejam analisadas de acordo com sua natureza ou de acordo com sua função na entidade, ou seja, da melhor forma a prestar informações confiáveis e mais pertinentes. O Grupo apresentou a análise de despesas por função, que é a forma tradicional no ambiente contábil brasileiro. Não há exigência específica para identificar, na demonstração do resultado, se foram adotados ajustes a serem efetuados nos valores divulgados nas demonstrações financeiras do exercício anterior. O CPC 23 exige que sejam apresentados detalhes apenas nas notas explicativas. O Grupo ilustra como uma entidade pode complementar as exigências da norma de maneira a ficar mais claro ao leitor que os valores foram ajustados. Caso aplicável, a parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial também deve ser divulgada. A apresentação da demonstração dos “outros resultados abrangentes” vinha sendo proposta dentro das mutações do patrimônio líquido. O CPC 26 (R1) vetou essa opção, devendo a apresentação ser feita separadamente em relação a esta última demonstração. Da mesma forma, no Brasil, a demonstração dos resultados abrangentes também não pode ser apresentada em conjunto com a demonstração de resultados. O CPC 41 exige a apresentação dos valores básicos e diluídos por ação, decorrentes de operações descontinuadas na demonstração do resultado ou nas notas explicativas. O Grupo optou por demonstrar essas informações juntamente com outras informações exigidas para operações descontinuadas na Nota 11, apresentando as informações para operações em continuidade na demonstração do resultado. Demonstração dos fluxos de caixa O CPC 03 (R2).20 permite que as entidades divulguem fluxo de caixa oriundo de atividades operacionais utilizando o método direto ou o método indireto. O Grupo apresenta o fluxo de caixa utilizando o método indireto, que é o método que tem sido mais utilizado pelas empresas brasileiras. O Grupo conciliou o lucro antes do imposto com o fluxo de caixa líquido oriundo de atividades operacionais. No entanto, a conciliação do lucro após os impostos sobre a renda também é aceitável nos termos do CPC 03 (R2). O CPC 03 (R2).34 permite que os juros pagos sejam demonstrados como atividades operacionais ou financeiras e que os juros recebidos sejam demonstrados como atividades operacionais ou de investimento, quando considerado pertinente pela entidade. O Grupo classifica os juros recebidos como atividades operacionais para obtenção de recursos financeiros. O Grupo classifica os juros pagos como atividades de financiamento, uma vez que são custos de obtenção de recursos financeiros. Deve-se dar atenção a novos tipos de operação que surgem no mercado financeiro. Um exemplo são as operações de confirming, reverse factoring ou Risco Sacado, em que não há orientação específica no IFRS/CPC e requer julgamento dos preparadores das demonstrações financeiras. Aspectos como essência da operação e relevância devem ser levados em consideração para a correta divulgação e classificação dessas operações na demonstração dos fluxos de caixa e balanço patrimonial. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tratou deste e de outros assuntos em seu Ofício CVM/SNC/SEP/nº 01/2016 enfatizando a correta análise da transação e a devida divulgação de suas características em notas explicativas. Demonstração de Valor Adicionado (DVA) O requisito de divulgação da Demonstração de Valor Adicionado (DVA), aprovado pelo Pronunciamento Técnico CPC 09, é aplicável apenas para as companhias abertas. As normas e interpretações abaixo não foram consideradas nestas demonstrações financeiras ilustradas: CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários CPC 11 Contratos de Seguro CPC 13 Adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08 CPC 17 (R1) Contratos de Construção CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura ICPC 09 (R2) Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial ICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes
  • 18. 18 Good Group | EY Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2016 Norma CPC Descrição Deliberação CVM Norma IFRS CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis 675/11 Framework CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos 639/10 IAS 36 CPC 02 (R2) Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio de Demonstrações Contábeis 640/10 IAS 21 CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa 641/10 IAS 7 CPC 04 (R1) Ativo Intangível 644/10 IAS 38 CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas 642/10 IAS 24 CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil 645/10 IAS 17 CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais 646/10 IAS 20 CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmio na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 649/10 IAS 39 (partes) CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado 557/08 Sem correspondência CPC 10 (R1) Pagamentos Baseados em Ações 650/10 IFRS 2 CPC 11 Contratos de Seguros 563/08 IFRS 4 CPC 12 Ajuste a Valor Presente 564/08 Diversos CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 565/08 Sem correspondência CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Fase 1 Revogado Corresponde à OCPC 03 CPC 15 (R1) Combinação de Negócios 665/11 IFRS 3 CPC 16 (R1) Estoques 575/09 e 624/10 IAS 2 CPC 17 (R1) Contratos de Construção 691/12 IAS 11 CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto 696/12 IAS 28 CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto 694/12 IAS 31
  • 19. 19Good Group | EY CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos 672/11 IAS 23 CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária 673/11 IAS 34 CPC 22 Informação por Segmento 582/09 IFRS 8 CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 592/09 IAS 8 CPC 24 Evento Subsequente 593/09 IAS 10 CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 594/09 IAS 37 CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis 676/11 IAS 1 CPC 27 Ativo Imobilizado 583/09 IAS 16 CPC 28 Propriedade para Investimento 584/09 IAS 40 CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 596/09 IAS 41 CPC 30 (R1) Receitas 692/12 IAS 18 CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 598/09 IFRS 5 CPC 32 Tributos sobre o Lucro 599/09 IAS 12 CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados 695/12 IAS 19 CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais A ser emitido IFRS 6 CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas 693/12 IAS 27 CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas 698/12 IFRS 10 CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 647/10 IFRS 1 CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração 604/09 IAS 39 CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 604/09 IAS 32 CPC 40 (R1) Instrumentos Financeiros: Evidenciação 684/12 IFRS 7
  • 20. 20 Good Group | EY CPC 41 Resultado por Ação 636/10 IAS 33 CPC 42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária A ser emitido IAS 29 CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 (R1) a 40 (R1) 651/10 IFRS 1 CPC 44 Demonstrações Combinadas 708/13 Sem correspondência CPC 45 Divulgação de Participação em Outras Entidades 697/12 IFRS 12 CPC 46 Mensuração do Valor Justo 699/12 IFRS 13 ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão 677/11 IFRIC 12 ICPC 02 Contratos de Construção do Setor Imobiliário 612/09 IFRIC 15 ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil 613/09 IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27 ICPC 04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado em Ações Passou a fazer parte do CPC 10 (R1). Revogado. ICPC 05 Pronunciamento Técnico CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria Passou a fazer parte do CPC 10 (R1). Revogado. ICPC 06 Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior 616/09 IFRIC 16 ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura 617/09 IFRIC 17 ICPC 08 (R1) Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 683/12 - ICPC 09 (R2) Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial 729/14 IAS 38, IFRS 3, IAS 28, IAS 31, IAS 27, IAS 39 ICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 619/09 IAS 16, IAS 40 e IFRS 1 ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes 620/09 IFRIC 18 ICPC 12 Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares 621/09 IFRIC 1 ICPC 13 Direitos a Participação Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental 637/10 IFRIC 5 ICPC 14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentais Similares — IFRIC 2 ICPC 15 Passivos Decorrentes de Participação em um Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos 638/10 IFRIC 6 ICPC 16 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patronais 652/10 IFRIC 19
  • 21. 21Good Group | EY ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação 677/11 SIC 29 ICPC 18 Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina de Superfície na Fase de Produção 714/13 ITG 17 IFRIC 20 ICPC 19 Tributos 730/14 IFRIC 21 ICPC 20 Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Custeio (Funding) Mínimo e sua Interação 731/14 IFRIC 14 OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária 624/10 Sem correspondência OCPC 02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008 Ofício-Circular CVM/ SNC/SEP nº 01/2009 Sem correspondência OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Ofício-Circular CVM/ SNC/SEP nº 03/2009 Sem correspondência OCPC 04 Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras 653/10 Sem correspondência OCPC 05 Contratos de Concessão 654/10 Sem correspondência OCPC 06 Informações Financeiras Pró-forma 709/13 Sem correspondência OCPC 07 Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral 727/14 Sem correspondência OCPC 08 Ativos e Passivos Regulatórios 732/14 Sem correspondência CPC Destaques Destaques (com base nos pronunciamentos, interpretações e orientações editados até 31/12/09) Ofício-Circular CVM/ SNC/SEP nº 002/2010 Sem correspondência Revisão 01 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 624/10 Sem correspondência Revisão 01 Revisão de Interpretações Técnicas 717/13 Sem correspondência Revisão 02 Revisão de Pronunciamentos Técnicos - Sem correspondência Revisão 03 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 718/13 Sem correspondência Revisão 04 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 723/14 Sem correspondência Revisão 05 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 724/14 Sem correspondência Revisão 06 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 728/14 Sem correspondência Revisão 07 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 733/14 Sem correspondência Revisão 08 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 739/15 Sem correspondência
  • 22. 22 Good Group | EY Good Group International GAAP© Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC
  • 23. 2016 2015 Em 1º de janeiro de 2015 CPC 26 (R1).10 (a) CPC 26 (R1).10 (f) CPC 26 (R1).51(c) Reapresentado* Reapresentado* CPC 26 (R1).49 CPC 23.28 Notas R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51 (d), (e), CPC 26 (R1).40A Ativos CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).66, CPC 26 (R1) 40B Ativo circulante CPC 26 (R1).54 (a) Caixa e equivalentes de caixa 20 17.112 14.916 11.066 CPC 26 (R1).54 (d), CPC 40 (R1).8 Outros ativos financeiros 16 551 153 137 CPC 26 (R1).54 (b), CPC 40 (R1).8 (c) Clientes e outras contas a receber 19 25.672 22.290 24.037 CPC 26 (R1).54 (c) Estoques 18 23.762 24.585 26.563 CPC 26 (R1).55 Despesas antecipadas 244 165 226 67.341 62.109 62.029 Ativos de operações descontinuadas 11 13.554 — — CPC 26 (R1).54 (e), CPC 31.38 80.895 62.109 62.029 Ativo não circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).66 Outros ativos financeiros não circulantes 16 6.425 3.491 3.269 CPC 26 (R1).54 (d), CPC 40 (R1).8 Impostos diferidos ativos 10 383 365 321 CPC 26 (R1).54 (o), CPC 26 (R1).55 Investimentos em empresas coligadas e joint ventures 5, 6 3.187 2.516 1.878 CPC 26 (R1).54 (g), CPC 18 (R2).38 Propriedades para investimento 14 8.893 7.983 7.091 CPC 26 (R1).54 (h) Imobilizado 13 33.009 24.329 18.940 CPC 26 (R1).54 (i) Intangível 15 6.019 2.461 2.114 CPC 26 (R1).54 (j) 57.916 41.145 33.613 Total ativo 138.811 103.254 95.642 Passivo Passivo circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).69 Fornecedores e outras contas a pagar 28 19.444 20.730 19.850 CPC 26 (R1).54 (k) Empréstimos e financiamentos 16.2 2.460 2.775 4.555 CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8 (g) Outros passivos financeiros circulantes 16.2 3.040 303 303 CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8 Subvenções governamentais 24 149 151 150 CPC 26 (R1).55, CPC 07 (R1).24 Receita diferida 25 220 200 190 CPC 26 (R1).55 Imposto de renda e contribuição social a pagar 3.511 3.563 4.325 CPC 26 (R1).54 (n) Provisões 23 850 98 40 CPC 26 (R1).54 (l) Dividendos a pagar 22 410 — — 30.084 27.820 29.413 Passivos de operações descontinuadas 11 13.125 — — CPC 26 (R1). 54 (p), CPC 31.38 43.209 27.820 29.413 Passivo não circulante CPC 26 (R1).60, CPC 26 (R1).69 Empréstimos e financiamentos 16.2 20.346 21.703 19.574 CPC 26 (R1).54 (m) Outros passivos financeiros não circulantes 16.2 806 — — CPC 26 (R1).54 (m), CPC 40 (R1).8 Provisões 23 1.950 77 60 CPC 26 (R1).54 (l) Subvenções governamentais 24 3.300 1.400 795 CPC 07 (R1).24 Receita diferida 25 196 165 174 CPC 26 (R1). 55 Obrigações de benefícios definidos pós-emprego 26 3.050 2.977 2.526 CPC 26 (R1).55, CPC 26 (R1).78 (d) Outros passivos 263 232 212 CPC 26 (R1).55 Impostos diferidos passivos 10 2.931 1.089 1.083 CPC 26 (R1).54 (o), CPC 26 (R1).56 32.842 27.643 24.424 Total do passivo 76.051 55.463 53.837 Patrimônio líquido CPC 26 (R1).54 (r), CPC 26 (R1).78 (e) Capital 21 21.888 19.388 19.388 Reserva de capital 21 4.780 80 — Ações em tesouraria 21 (508) (654) (774) Outras reservas de capital 21 1.171 864 566 Lucros acumulados 33.729 27.737 22.838 Outros resultados abrangentes (346) (364) (421) Proposta de distribuição de dividendos adicional 22 (410) — — Reservas para operações descontinuadas 11 46 — — 60.350 47.051 41.597 Participação de não controladores 2.410 740 208 CPC 26 (R1).54 (q) Total do patrimônio líquido 62.760 47.791 41.805 Total do passivo e do patrimônio líquido 138.811 103.254 95.642 *Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30. 23Good Group | EY BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO (Posição Financeira Consolidada) Em 31 de dezembro de 2016
  • 24. 24 Good Group | EY DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 2016 2015 CPC 26 (R1).49 CPC 26 (R1).10 (b) CPC 26 (R1).51 (c) CPC 23.28 Reapresentado* Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51 (d), (e) Operações em continuidade CPC 26 (R1).81A Venda de mercadorias 161.927 142.551 CPC 30 (R1).35 (b) (i) Prestação de serviços 17.131 16.537 CPC 30 (R1).35 (b) (ii) Receita de aluguel 14 1.404 1.377 Receita total 180.462 160.465 CPC 26 (R1).82 (a) Custo das vendas (136.549) (128.386) CPC 26 (R1).103 Lucro bruto 43.913 32.079 CPC 26 (R1).85. CPC 26 (R1).103 Despesas com vendas e distribuição (14.001) (12.964) CPC 26 (R1).103 CPC 26 (R1).99 Despesas administrativas (18.428) (12.156) CPC 26 (R1).103 Outras despesas operacionais 9.2 (2.554) (353) CPC 26 (R1).103 Outras receitas operacionais 9.1 2.435 2.548 CPC 26 (R1).103 Lucro antes das receitas e despesas financeiras 11.365 9.154 CPC 26 (R1).85. CPC 26 (R1).BC55-56 Despesas financeiras 9.3 (1.264) (1.123) CPC 26 (R1). 82 (b). CPC 40 (R1).20 Receitas financeiras 9.4 336 211 CPC 26 (R1).82 (a) Equivalência patrimonial 5, 6 671 638 CPC 26 (R1).82 (c) Resultado antes dos impostos sobre o lucro 11.108 8.880 CPC 26 (R1).85 Despesa com impostos sobre os lucros 10 (3.098) (2.233) CPC 26 (R1).82 (d). CPC 32.77 Resultado líquido das operações em continuidade 8.010 6.647 CPC 26 (R1).85 Operações descontinuadas Lucro (prejuízo) após o imposto do exercício resultante das operações em continuidade 11 220 (188) CPC 26 (R1).82 (ea). CPC 31.33 (a) Resultado líquido do exercício 8.230 6.459 CPC 26 (R1).81A (a) Atribuível aos: Acionistas controladores 7.942 6.220 CPC 26 (R1).81B (a) (ii) Acionistas não controladores 288 239 CPC 26 (R1).81B (a) (i) 8.230 6.459 Lucro por ação 12 CPC 41.66 • Básico – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias R$ 0,38 R$ 0,33 • Diluído – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias R$ 0,38 R$ 0,32 Lucro por ação originado das operações em continuidade • Básico – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias R$ 0,37 R$ 0,34 • Diluído – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias R$ 0,37 R$ 0,33 * Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a Nota 2.30
  • 25. 2016 2015 CPC 26 (R1).49 CPC 26 (R1).51 (c) CPC 26 (R1).81A Reapresentado* Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51 (d), (e) CPC 26 (R1).90 Lucro do exercício 8.230 6.459 CPC 26 (R1).81A (a) Outros resultados abrangentes CPC 26 (R1).82A Outros resultados abrangentes a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes: Ganho líquido sobre hedge em investimento líquido 278 - CPC 08 (R1).102 (a) Efeito de imposto de renda (83) - 195 - Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras (246) (117) Efeito de imposto de renda - - CPC 02 (R2).32 (246) (117) CPC 02 (R2).52 (b) Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa 9.8 (732) 33 CPC 40 (R1).23 (c) Efeito de imposto de renda 220 (9) (512) 24 Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda 9.8 (58) 3 CPC 40 (R1).20 (a) (ii) Efeito de imposto de renda 18 (1) (40) 2 Outros resultados abrangentes líquidos a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes: (603) (91) CPC 26 (R1).82A Outros resultados abrangentes não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes: Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido 26 369 (389) Efeito de imposto de renda (112) 116 CPC 33 (R1).120 (c) 257 (273) CPC 33 (R1).122 Outros resultados abrangentes líquidos não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes: 257 (273) CPC 26 (R1).82A Outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos (346) (364) CPC 26 (R1).81A (b) Total de outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos 7.884 6.095 CPC 26 (R1).81A (c) Atribuível a: 7.596 5.856 CPC 26 (R1).81B (b) (ii) Acionistas controladores 288 239 CPC 26 (R1).81B (b) (i) Acionistas não controladores 7.884 6.095 *Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30. 25Good Group | EY DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
  • 26. 26 Good Group | EY DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO FLUXO DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 2016 2015 CPC 26 (R1).49 CPC 26 (R1). 10 (d) Reapresentado* CPC 26 (R1).51 (c) Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26 (R1).51 Atividades operacionais CPC 03 (R2).10 Lucro antes dos impostos sobre a renda nas operações em continuidade 10 11.108 8.880 CPC 03 (R2).18 (b) Lucro (prejuízo) antes dos impostos sobre a renda nas operações descontinuadas 213 (193) Lucro antes dos impostos sobre a renda 11.321 8.687 Ajuste de itens sem desembolso de caixa para conciliação do lucro antes do imposto com o fluxo de caixa: CPC 03 (R2).20 (b) Depreciação e perda por redução ao valor recuperável do imobilizado 13 3.907 3.383 Amortização e perda por redução ao valor recuperável do intangível 15 325 174 Contribuições para ativo imobilizado feitas por clientes (190) (150) Despesas com pagamentos baseados em ações 27 412 492 Redução das propriedades para investimento 14 306 300 Diferença cambial líquida (365) (240) Ganho sobre baixa de imobilizado 9.1 (532) (2.007) Ajuste ao valor justo de contraprestação contingente 4 358 — Receita financeira 9.4 (1.186) (211) CPC 03 (R2).20 (c) Despesas financeiras 9.3 2.766 1.123 CPC 03 (R2).20 (c) Equivalência patrimonial 5 e 6 (671) (638) Variações em provisões, benefícios e incentivos (732) 202 Ajustes de capital de giro CPC 03 (R2).20 (a) Aumento em contas a receber de clientes e outras contas a receber e adiantamentos (9.264) (1.239) Redução de estoques 4.192 1.905 Aumento em outros ativos circulantes de despesas antecipadas 4.094 4.246 14.741 16.026 Juros recebidos 336 211 CPC 03 (R2).31 Juros pagos (484) (1.026) CPC 03 (R2).31 Imposto de renda e contribuição social pagos (3.131) (3.200) CPC 03 (R2).35 Fluxo de caixa líquido originado de atividades operacionais 11.462 12.011 Atividades de investimento CPC 03 (R2).10, CPC 03 (R2).21 Resultados de venda de imobilizado 1.990 2.319 Aquisição de imobilizado 13 (10.162) (7.672) CPC 03 (R2).16 (b) Aquisição de propriedade para investimento 14 (1.216) (1.192) Aquisição de instrumentos financeiros (3.054) (225) Resultado da venda de instrumentos financeiros — 145 Despesas de desenvolvimento 15 (587) (390) CPC 03 (R2).16 (a) Aquisição de controlada, líquida de caixa adquirido 4 230 (1.450) Recebimento de incentivos 24 2.951 642 CPC 03 (R2).16 (c) Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de investimento (9.848) (7.823) Atividades de financiamento Resultados do exercício de opções 175 200 CPC 03 (R2).16 (d) Aquisição de participação de não controladores 4 (325) — CPC 03 (R2).16 (a) Custos de transação para emissão de ações 21 (32) — CPC 03 (R2).39 Pagamento de passivos de arrendamento mercantil financeiro (51) (76) Captações de empréstimos obtidos 5.577 2.645 Pagamento de empréstimos (122) (1.684) Dividendos pagos a acionistas controladores 22 (1.972) (1.600) Dividendos pagos a acionistas não controladores (30) (49) Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de financiamento 3.220 (564) CPC 03 (R2).10, Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 4.834 3.624 CPC 03 (R2).21 Diferença cambial líquida 340 32 CPC 03 (R2).17 (a) Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 20 12.266 8.610 Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 20 17.440 12.266 CPC 03 (R2).42A CPC 03 (R2).17(a) *Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30. CPC 03 (R2).16 (a) CPC 03 (R2).17(e)
  • 27. 27Good Group | EY DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE VALOR ADICIONADO (DVA) Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 2016 2015 Reapresentado DESCRIÇÃO R$ 000 R$ 000 Receitas 180.462 160.965 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 179.058 159.588 Outras receitas 1.404 1.377 Insumos adquiridos de terceiros (125.823) (112.015) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (115.980) (109.253) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (8.377) (2.062) Outras (1.466) (700) Valor adicionado bruto 54.639 48.950 Depreciação, amortização e exaustão (3.845) (2.974) Valor adicionado líquido produzido pela entidade 50.974 45.976 Valor adicionado recebido em transferências 2.632 3.209 Resultado de equivalência patrimonial 671 638 Receitas financeiras 336 211 Outras 1.625 2.360 Valor adicionado total a distribuir 53.606 49.185 Distribuição do valor adicionado 53.606 49.185 Pessoal 33.749 29.151 Remuneração direta 28.671 24.143 Benefícios 565 605 F.G.T.S. 4.513 4.403 Impostos, taxas e contribuições 4.148 3.293 Federais 3.098 2.233 Estaduais 750 730 Municipais 300 330 Remuneração de capitais de terceiros 7.479 10.282 Juros 7.479 10.282 Remuneração de capitais próprios 8.230 6.459 Dividendos 3.059 2.682 Lucros retidos / Prejuízo do exercício 4.883 3.538 Participação dos não controladores nos lucros retidos 288 239 *Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2015. Consulte a nota 2.30.
  • 28. 28 Good Group | EY DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (reapresentado) Capital Social (Nota 21) Reserva de ágio (Nota 21) Ações em tesouraria (Nota 21) R$ 000 R$ 000 R$ 000 Em 1º de janeiro de 2015 19.388 - (774) Correção de erro, líquido (Nota 2.30) - - - Em 1º de janeiro de 2015 (reapresentado) 19.388 - (774) Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - Lucro do exercício - - - Exercício de opções (Nota 21) - 80 120 Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - Dividendos (Nota 22) - - - Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - Em 31 de dezembro de 2015 19.388 80 (654) Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - Reavaliação de terrenos e edifícios - - - Lucro do exercício - - - Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - - Operações descontinuadas (Nota 11) - - - Emissão de ações 2.500 4.703 - Exercício de opções (Nota 21) - 29 146 Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) - Dividendos (Nota 22) - - - Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - - Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - - Em 31 de dezembro de 2016 21.888 4.780 (508)
  • 29. 29Good Group | EY Outras reservas (Nota 21) Lucros acumulados Outros resultados abrangentes Operações descontinuadas Total Participação de não controladores Total CPC 26 (R1).10 (c) CPC 26 (R1).49 CPC 26 (R1).51 (c), (b) R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505 CPC 26 (R1).51(d), (e) - (700) - - (700) - (700) 566 22.838 (421) - 41.597 208 41.805 CPC 26 (R1).106 (d) (i) - - 24 - 24 - 24 - - (117) - (117) - (117) - - 2 - 2 - 2 - (273) - - (273) - (273) - 6.220 - - 6.220 239 6.459 - - - - 200 - 200 CPC 26 (R1).106 (a) 298 - - - 298 - 298 CPC 26 (R1).106 (d) (iii) - (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26 (R1).106 (d) (iii) - - - - - 342 342 CPC 26 (R1).107 864 27.885 (512)  47.051 740 47.791 - - (512) - (512) - (512) - - (51) - (51) - (51) - - (40) - (40) - (40) - 257 - - 257 - 257 - - 592 - 592 - 592 - 7.942 - - 7.942 288 8.230 - 80 (80) - - - - CPC 26 (R1).106 (a) - - (46) 46 - - - CPC 26 (R1).96 - - - - 7.203 - 7.203 CPC 31.38 - - - - 175 - 175 CPC 26 (R1).106 (d) (iii) 307 - - - 307 - 307 CPC 10 (R1).50 - - - - (32) - (32) CPC 26 (R1).106 (d) (iii) CPC 10 (R1).50, - (1.972) - - (1.972) (30) (2.002) CPC 32.39, CPC 26 (R1).109 - (410) - - (410) - (410) CPC 26 (R1).107 - - - - - 1.547 1.547 ICPC 07.16 CPC 26 (R1).106 (d) (iii) - (190) - - (190) (135) (325) CPC 26 (R1).106 (d) (iii) 1.171 33.592 (649) 46 60.320 2.410 62.730 CPC 26 (R1).106 (d)
  • 30. 30 Good Group | EY Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. Informações sobre o Grupo As demonstrações financeiras consolidadas do Good Group e suas subsidiárias (“o Grupo”) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foram autorizadas para emissão de acordo com a resolução dos membros do Conselho de Administração em 28 de janeiro de 2017. Constituído como uma “Sociedade Anônima” domiciliada no Brasil, o Grupo tem ações que são negociadas na BM&FBovespa. A sede social da empresa está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.909 – São Paulo – SP. O Grupo participa através de suas investidas em produtos e serviços relacionados a equipamentos antifogo e produtos eletrônicos, e atua no ramo de investimentos para propriedades de arrendamento. As informações sobre as operações do Grupo são apresentadas na Nota 2.1, ao passo que as informações sobre outras relações entre partes relacionadas são apresentadas na Nota 29. 2. Políticas contábeis Comentário A identificação das políticas contábeis significativas de uma entidade é um aspecto importante das demonstrações financeiras. O CPC 26 (R1).117 requer a divulgação das políticas contábeis significativas as quais compreendam a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na preparação das demonstrações financeiras e de outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. As políticas contábeis significativas divulgadas nesta nota explicativa exemplificam algumas das divulgações mais comumente aplicáveis. Contudo, é fundamental que as entidades levem em conta suas circunstâncias específicas ao determinar quais políticas contábeis são significativas e pertinentes e, desta forma, precisam ser incluídas. Importante também ressaltar que as informações divulgadas estão alinhadas com as informações utilizadas pela administração. As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com apoio em diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram apoiadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente, estimativas do valor das propriedades para investimento, estimativas do valor em uso dos terrenos e edificações, análise do risco de crédito para determinação da provisão para devedores duvidosos, assim como a análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os valores contábeis de ativos e passivos reconhecidos que representam itens objeto de hedge a valor justo que, alternativamente, seriam contabilizados ao custo amortizado, são ajustados para demonstrar as variações nos valores justos atribuíveis aos riscos que estão sendo objeto de hedge. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A companhia revisa suas estimativas pelo menos anualmente. As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB. As demonstrações financeiras consolidadas apresentam informações comparativas em relação ao período anterior. Em acréscimo, o Grupo apresenta um balanço patrimonial adicional no início do período mais antigo divulgado, quando se realiza aplicação retrospectiva de uma política contábil, reapresentação retrospectiva ou reclassificação de itens nas demonstrações financeiras. O balanço patrimonial adicional na data-base de 1º de janeiro de 2015 é apresentado nessas demonstrações financeiras consolidadas devido à correção de um erro (Nota 2.30). Adicionalmente, a Companhia considerou as orientações emanadas da Orientação Técnica OCPC 07, emitida pelo CPC em novembro de 2014, na preparação das suas demonstrações financeiras. Desta forma, as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras estão sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pela Administração na sua gestão. CPC 26 (R1).10 (e) CPC 26 (R1).49 CPC 26 (R1).113 CPC 26 (R1).51 (a) CPC 26 (R1).51 (b) CPC 26 (R1).51 (c) CPC 26 (R1).138 (a) CPC 24.17 CPC 26 (R1).138 (b) CPC 26 (R1).138 (c) CPC 26 (R1). 112 (a), (b) CPC 26 (R1). 117 (a) OCPC 07.38 CPC 26 (R1).16 CPC 26 (R1).40A CPC 26 (R1).38 CPC 26 (R1).38A CPC 26 (R1).10 (F)
  • 31. 31Good Group | EY CPC 36 (R3).7 CPC 36 (R3). B38 CPC 36 (R3). B80 CPC 36 (R3). B86 CPC 36 (R3). B99 CPC 36 (R3). B94 CPC 36 (R3). B87 CPC 36 (R3). B86 CPC 36 (R3). B96 Comentário As companhias abertas brasileiras não financeiras produzem e divulgam informações contábeis com base nos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e normas emitidas pela CVM, o chamado BRGAAP, que, na situação atual, tem poucas diferenças em relação às normas IFRS. A transição de um modelo de custo histórico para um modelo geral, que adota estimativas contábeis de itens financeiros ao “valor justo” e itens não financeiros pelo “valor em uso”, deve levar a um esforço de divulgação adicional em cada nota explicativa por conta da diversidade de políticas contábeis adotadas na avaliação de cada item. Em maio de 2011, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 13 com o objetivo de uniformizar os conceitos que dessem suporte às estimativas de valor justo. O objetivo deste pronunciamento, que no Brasil equivale ao CPC 46 - Mensuração do Valor Justo, foi a tentativa de reduzir a complexidade nas mensurações e aumentar a consistência dos relatórios contábeis emitidos no ambiente global. Em resumo, o CPC 46 estabeleceu: • uma nova definição para “valor justo”; • um conceito único para a mensuração do valor justo; e • normas para divulgação. O conceito de valor justo está agora claramente estabelecido sobre os valores de saída, como pode ser observado na definição contida no CPC 46: Apêndice A: o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou o que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data da mensuração. O CPC 46 estabeleceu ainda uma “hierarquia de valor justo” que categorizou a aplicação desse método em três níveis conforme as entradas utilizadas nas técnicas de avaliação. Essa hierarquia deu a prioridade mais alta para os preços não ajustados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, e a prioridade mais baixa para as estimativas que utilizem entradas não observáveis nas estimativas contábeis (CPC 46.72). 2.1 Base de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas compreendem as demonstrações financeiras do Grupo e suas controladas em 31 de dezembro de 2016. O controle é obtido quando o Grupo estiver exposto ou tiver direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida e tiver a capacidade de afetar esses retornos por meio do poder exercido em relação à investida. Especificamente, o Grupo controla uma investida se, e apenas se, tiver: • Poder em relação à investida (ou seja, direitos existentes que lhe garantem a atual capacidade de dirigir as atividades pertinentes da investida); • Exposição ou direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida; • A capacidade de usar seu poder em relação à investida para afetar os resultados. Geralmente, há presunção de que uma maioria de direitos de voto resulta em controle. Para dar suporte a essa presunção e quando o Grupo tiver menos da maioria dos direitos de voto ou semelhantes de uma investida, o Grupo considera todos os fatos e circunstâncias pertinentes ao avaliar se tem poder em relação a uma investida, inclusive: • O acordo contratual com outros detentores de voto da investida; • Direitos originados de acordos contratuais; • Os direitos de voto e os potenciais direitos de voto do Grupo. O Grupo avalia se exerce controle ou não de uma investida se fatos e circunstâncias indicarem que há mudanças em um ou mais dos três elementos de controle. A consolidação de uma controlada tem início quando o Grupo obtiver controle em relação à controlada e finaliza quando Grupo deixar de exercer o mencionado controle. Ativo, passivo e resultado de uma controlada adquirida ou alienada durante o exercício são incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o Grupo obtiver controle até a data em que o Grupo deixar de exercer o controle sobre a controlada. O resultado e cada componente de outros resultados abrangentes são atribuídos aos acionistas controladores e aos não controladores do Grupo, mesmo se isso resultar em prejuízo aos acionistas não controladores. Quando necessário, são efetuados ajustes nas demonstrações financeiras das controladas para alinhar suas políticas contábeis com as políticas contábeis do Grupo. Todos os ativos e passivos, resultados, receitas, despesas e fluxos de caixa do mesmo grupo, relacionados com transações entre membros do Grupo, são totalmente eliminados na consolidação. A variação na participação societária da controlada, sem perda de exercício de controle, é contabilizada como transação patrimonial.
  • 32. 32 Good Group | EY Se o Grupo perder o controle exercido sobre uma controlada, é dada baixa nos correspondentes ativos (inclusive ágio), passivos, participação de não controladores e demais componentes patrimoniais, ao passo que qualquer ganho ou perda resultante é contabilizado no resultado. Qualquer investimento retido é reconhecido a valor justo. Base de consolidação a partir de 1º de janeiro de 2016 As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem: Controladora do Grupo A controladora (“holding”) do Grupo é a S.J. Limited, sediada no Brasil, onde negocia suas ações. Entidade com influência significativa sobre o Grupo A International Fires P.L.C. detém 31,48% das ações ordinárias do Grupo (2015: 31,48%). Como entidade coligada, o Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2015: 25%). Coligada O Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2015: 25%). Joint venture em que o Grupo é empreendedor O Grupo detém 50% de participação na Esguichos Ltda. (2015: 50%). *O Grupo detém 20% de participação no capital votante da empresa recém-criada Fire Equipment Test Lab Limited. No entanto, o Grupo possui representação majoritária no Conselho de Administração da entidade, sendo a aprovação do Grupo exigida para todas as principais decisões operacionais. As operações, uma vez iniciadas, serão realizadas em benefício do Grupo. Com base nesses fatos e circunstâncias, a administração determinou que, em substância, o Grupo controla essa entidade, não mantendo, no entanto, participação majoritária. As ações com direito a voto de outro acionista na Fire Equipment Test Lab Limited, um sócio terceirizado, são contabilizadas como passivos financeiros. Mais detalhes são apresentados na Nota 3. Comentário O CPC 45 exige que as entidades divulguem informações sobre a composição do Grupo. A lista acima apresenta informações sobre as controladas do Grupo. As empresas precisam observar que essa divulgação é exigida para controladas significativas. Acima é apresentado um exemplo de como podem ser cumpridas as exigências previstas no CPC 45. Quando as leis ou regulações locais exigirem a divulgação da lista de investimentos nas controladas, as referidas divulgações devem ser modificadas para atenderem às exigências locais adicionais. 2.2 Combinações de negócios Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, que é avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de CPC 45.9 CPC 45.14 CPC 15 (R1).4 CPC 15 (R1).18 CPC 15 (R1).19 CPC 45.9 CPC 26 (R1). 138 (c) CPC26(R1).138(c) % participação Nome Principal atividade País-sede 2016 2015 Extintores Ltda. Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 80 — Bright Sparks Limited Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 95 95 Fire Equipment Test Lab Limited Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 100* — Wireworks Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 98 98 Sprinklers Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 100 100 Iluminação Ltda. Eletrônicos Brasil 87,4 80 Mangueiras Ltda. Eletrônicos Brasil 100 100 Eletrônicos Ltda. Eletrônicos Brasil 48 48 CPC 05 (R1).13 CPC 45.10 (a) CPC 45.12 (a) CPC 45.12 (b) CPC 36 (R3). B98 CPC 36 (R3). B99