O documento discute a leishmaniose, uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania. Apresenta informações sobre os ciclos de vida, hospedeiros, sintomas, formas clínicas, diagnóstico e tratamento da doença.
4. SUBFILO MASTIGOPHORA (COM FLAGELO)
ORDEM KINETOPLASTIDA
FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE
GÊNERO → Trypanosoma ESPÉCIE → T. cruzi
GÊNERO → Leishmania ESPÉCIE → L. braziliensis
ESPÉCIE → L. donovani
ESPÉCIE → L. tropica
5. GÊNERO Leishmania
CARACTERÍSTICAS:
Unicelulares
heteroxenos
Flagelados
Promastigotas e Paramastigotas no trato digestivo
dos hospedeiros invertebrados
Amastigotas sem flagelo livre nos vertebrados
11. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA
DEFINIÇÃO: infecção polimórfica da pele e das mucosas com lesões
ulcerosas, indolores, únicas ou múltiplas (forma cutânea simples),
lesões nodulares (forma difusa) ou lesões cutaneomucosa (forma
cutaneomucosa) que afetam regiões nasofaríngea
concomitantemente ou após uma infecção inicial.
# Desfigurante, podendo levar ao óbito quando há
comprometimento do sistema respiratório
SINONÍMIA : ferida de Blakh (Afeganistão)
ferida de Bagdá (Iraque)
ferida de Aleppo (Síria)
botão do Oriente
12. HISTÓRICO :
- Primeiro século d.C
- Cerâmicas peruanas entre os anos de 400 a 900 d.C
- Brasil, Cerqueira tem registros de 1855
- 1908, surgiu na construção da estrada de ferro noroeste
do Brasil, em Bauru, SP
IMPORTÂNCIA :
- O. M. S: mais de 12 milhões de casos. A sexta mais importantes
das epidemias no mundo
- Prevalência de 400 mil novos casos/ano
- Periferia de Manaus possui números altíssimos de portadores
- Desfigurante
- Incapacitante
- Fatal
13. AGENTE ETIOLÓGICO
Gênero Leishmania
Espécie L. brazilienses
L. guyanenses
L. lainsoni
L. shawi
L. niffi
L. amazonensis
L. donovani
L. tropica
L. chagasi
14. CICLO
É um protozoário digenético, com ciclo biológico realizado em dois
hospedeiros: um invertebrado e um vertebrado
18. REPRODUÇÃO
Por divisão binária
BIOLOGÍA
As formas Amastigotas habitam os macrófagos (sistema mononuclear
fagocitário) dos vertebrados
As formas Promastigotas e Paramastigotas habitam livremente o tubo
digestivo dos flebotomíneos, ou aderidas ao epitélio intestinal.
20. PATOGENIA
- As formas Promastigotas são inoculadas na derme
↓
- As células destruidas pela prosbócida do mosquito e a sua saliva
inoculada atraem as células fagocitárias mononucleares
(macrófagos) entre outras da série branca
↓
- Macrófagos fagocitam as Promastigotas e estas dentro dele se
transformam em amastigotas que sofrem divisão binária. Enchem o
macrófago que ropem.
↓
- Mais macrófagos são atraídos e infectados
↓
- A lesão inicial é manifestada por um infiltrado inflamatório composto
principalmente de linfócitos e de macrófagos, sendo este último
abarrotado de parasitas.
21. Observação
* Os promastigotas que não são fagocitados,
não conseguem sobreviver no meio extracelular,
pois são atacados pelo sistema imunológico do
hospedeiro.
* As moléculas de lipofosfoglicano (LPG) e
de glicoproteínas gp63 (que possui ação
enzimática como proteases) estão relacionadas
com os mecanismos utilizados pelos parasitas
para resistir à ação microbicida dos macrófagos,
no interior dos mesmos.
22. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia de duas semanas a três meses
EVOLUÇÃO
- Pode regredir espontaneamente
- Pode estacionar
- Evolui para um “Histiocitoma” (nódulo na pele), no sítio da picada
do vetor
- O ritmo da evolução vai depender da espécie envolvida
- Formação de infiltrado celular circulando a lesão
- Necrose devido à desintegração da epiderme e da membrana basal
que leva a uma lesão úlcero-crostosa
- Após a perda da crosta, surgem úlceras com crostas salientes e
fundo com exsudado seroso ou seropurulento
23.
24. - A lesão progride e forma a típica úlcera leishmaniótica, que, por
seu aspecto morfológico, pode ser reconhecida imediatamente:
configuração circular, bordos altos, cujo fundo é granuloso, de cor
vermelha intensa recoberto por exsudado seroso ou seroso-purulento,
dependendo de infecções secundárias.
- # pode haver outras formas de apresentação
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FORMAS CLÍNICAS DE LTA NO BRASIL
FORMAS CLÍNICAS LOCALIZAÇÃO TESTE DE MONTENEGRO * ESPÉCIE DE LEISHMANIA
LEISHMANIOSE INFECÇÃO CONFINADA NA DERME POSITIVO L . Amazonensis
CUTÂNEA L . Braziliensis
L . Guyanensis
L . Lainsoni
LEISMANIOSE INFECÇÃO NA DERME, COM ÚLCERAS. POSITIVO L . Braziliensis
CUTÂNEOMUCOSA LESÕES METASTÁTICAS PODE OCORRER, RESPOSTA EXAGERADA L . Guyanensis
COM INVASÃO DE MUCOSAS E DESTRUIÇÃO
DE CARTILAGENS
LEISHMANIOSE INFECÇÃO CONFINADA NA DERME NEGATIVO L . Amazonensis
CUTÂNEA DIFUSA FORMANDO NÓDULOS NÃO ULCERADOS.
DISSEMINAÇÃO POR TODO O CORPO
* Injeção intradérmica de antígenos
(proteínas) de leishmania
34. Patogenia
A L. chagasi é um parasito de células SMF,
principalmente do:
baço,
fígado,
linfonodo e
medula óssea.
No entanto, podem atingir outros órgãos:
Intestino,
Pulmões e
Rins
35. Algumas alterações da L.chagasi:
Alterações Esplênicas
Alterações Hepática
Alterações Renais
Alterações dos Linfonodos
Alterações Pulmonares
Alterações do Aparelho Digestivo
Alterações Cutâneas
36.
37. Quadro Clínico
A doença pode deve ter desenvolvimento
abrupto ou gradual.
Os sinais sistêmicos típicos são :
Febre intermitente
Palidez de mucosa
Esplenomegalia associada ou não a
hepatomegalia
Emagrecimento e enfraquecimento
geral
38.
39. Formas Clínicas
• Forma assintomática: Os indivíduos
podem desenvolver sintomatologias
pouco especificas.
• Forma aguda: Corresponde ao período
inicial da doença
40. Freqüência de Sinais e Sintomas
em Pacientes Infantis com
Leishmaniose Visceral Crônica
Sinais e Sintomas %
Esplenomegalia 99
Febre 95
Hepatomegalia 90
Palidez 85
Anemia 98
Perda de peso 90
Dor abdominal 50
Tosse 40
Edema 40
Aumento de linfonodos 35
Anorexia 30
Epistaxe 30
Diarréia 15
41.
42.
43. EPIDEMIOLOGIA
- Enzootia dos animais silvestres
- A infecção do homem ocorre quando este penetra nas área de
risco, passando a doença a ter um caráter zoonótico
- Muitos mamíferos são reservatórios
- Homem desmatando
- Clima tropical
- Variedades grande de vetores (topos das árvores e chão)
- PROFILAXIA
- Evitar a destruição de pequenos mamíferos
- Evitar o desmatamento
- Proteção individual contra o mosquito : repelentes e cobertores
- Casas à no mínimo 500 m das matas
- Vacinas (?)
44.
45. DIAGNÒSTICO
- Clínico ( características da lesão)
- Anamnese
- Pesquisa de mosquitos esfregaços, cultura, inoculação em cobaia,
histopatológico
- Métodos imunológicos : Teste de Montenegro (intradermorreação) ,
imunofluorescência indireta (RIFI)
TRATAMENTO
- Glucantime
- Anfotericina B (cara)
- Miltefosina (?)
- Imunoterapia (Leishvacin )
- Imunoquimioterapia ( Leishvacin + Glucantime )
46. Observação
Glucantime:
O seu principal efeito colateral é a indução de
arritmias cardíacas e está contra-indicado em
mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres,
doentes com insuficiência hepática e renal e
naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
47. CONTROLE:
NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS
DELIMITAR AS ÁREAS DE RISCOS
BUSCA ATIVA
EDUCAÇÃO/DIVULGAÇÃO
CONTROLE QUÍMICO (FUMACÊ)