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Prof. MSc Felipe Correa de Mello


 Introdução ao estudo dos “sistemas
 PLANO DE MARKETING
 simbólicos”




                 2012
Caminhos para a análise dos sistemas simbólicos

1. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes;

2. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas;

3. Primeira síntese;

4. Produções simbólicas como instrumentos de dominação;

5. Segunda síntese;

6. O poder simbólico: dominação e violência simbólica;

7. Apêndice I: Ideologia - conceituações; alcances e limites
teóricos;

8. Apêndice II: Cultura: conceituação
Os diferentes universos simbólicos

Mito;

Arte;

Religião;

Ciência;

Códigos jurídicos;

Língua.
Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes


•Tradição neo-kantiana (tradição “idealista”);


•Presente nas obras de Durkheim, Cassirer e Panofsky (entre
outros);


•Aspecto ativo do conhecimento;


•Sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e de
construção do mundo dos objetos;


•Sistemas simbólicos compreendidos como instrumentos de
conhecimento e de comunicação.
Objetividade do sentido do mundo defini-se pela concordância das
subjetividades estruturantes .



senso=consenso
Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes

Para além de Kant: determinante histórico e social das categorias do
conhecimento:

•Poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma
ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular, do mundo social);


•Supõe aquilo que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, “uma concepção
homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância
entre as inteligência“(BOURDIEU, 2010: 9);


•Durhkeim    se inscreve na tradição kantiana. Porém, para fugir do apriorismo e do
empirismo, lança os fundamentos de uma sociologia das formas simbólicas (formas de
classificação). Deixam de ser formas transcendentais, para se tornarem formas sociais.


• Na mesma linha Panofsky trata esta perspectiva como uma forma história (sem todavia ir
até à reconstrução sistemática das suas condições sociais de produção).
Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas


•Tradição estruturalista inaugurada por Saussere;

• Nesta linha os sistemas simbólicos são analisados como passíveis de uma
análise estrutural. O objetivo central é o de apreender a lógica específica de
cada uma das “formas simbólicas”;

•Visa a isolar a estrutura imanente a cada produção simbólica;

• Como observa Bourdieu (2007:118), “seu mérito é o de dedicar-se a
resgatar a coerência dos sistemas simbólicos, considerados como tais, isto
é, um dos princípios mais importantes de sua eficácia”;

•Apresentada na obra de Levi-Strauss e no Foucault de As palavras e as
coisas;

•Nesta linha teórica podemos também encontrar a Semiótica, bem como a
hermenêutica de Paul Ricoeur (entre outros).
Visão teórica fundamentada na consideração de que as formas
simbólicas são, além de fenômenos sociais contextualizados, algo mais:
construções simbólicas complexas que “em virtude de suas
características estruturais, têm a possibilidade e afirmar representar
algo, dizer algo sobre algo” (J.B THOMPSON, 2004:34).

É, portanto, uma perspectiva que postula análises formais que venham
a iluminar as estruturas propriamente internas das formas simbólicas: seus
padrões e relações imanentes.
Primeira síntese:

Os sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e
comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque são
estruturados.

Durkheim (e depois dele, Radcliffe-Brown): função social do
simbolismo: autêntica função política que não se reduz à função de
comunicação dos estruturalistas.

Símbolos como instrumentos por excelência da integração social:

“enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles
tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que
contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a
integração lógica é a condição da integração moral”
(BOURDIEU, 2010: 10)
Produções simbólicas como instrumentos de dominação


•Tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas
simbólicos em detrimento de sua estrutura lógica e da sua função
gnoseológica.;

•Funcionalismo (diverso do estruturo-funcionalismo de Durkheim):
Explica as produções simbólicas relacionando-as com os interesses
da classe dominante.

•Ideologia em oposição ao mito (produto coletivo e coletivamente
apropriado) serve a interesses particulares que tendem a aparecer
como interesses universais;

•Cultura dominante: contribui para a integração real da classe
dominante; para a integração fictícia da sociedade no seu conjunto;
à desmobilização (falsa consciência) das classes dominadas; para a
legitimação da ordem estabelecida por meio do estabelecimento das
distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções.
“A cultura que une (intermediário de comunicação) é
também a cultura que separa (instrumento de
distinção) e que legitima distinções compelindo
todas as culturas (designadas como subculturas) a
definirem-se pela sua distância em relação à cultura
dominante” (BOURDIEU, 2010:11).
Segunda síntese:

Observa o sociólogo Pierre Bourdieu (2010: 11): “é enquanto instrumentos
estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que
os „sistemas simbólicos‟ cumprem sua função política de instrumentos de
imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para
assegurar a dominação de uma classe sobre outra(violência simbólica)
dando o reforço da sua própria força às relações de força que as
fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de
Weber, para a „domesticação dos dominados‟.”

Diferentes classes e frações de classes estão envolvidas numa luta
propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais
conforme aos seus interesses.
Poder simbólico

•“Poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e crer, de confirmar
ou de transformar a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o
mundo, portanto o mundo; poder quase          o mágico que permite obter o
equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao
efeito específico de mobilização, só se exerce se for reconhecido, quer
dizer, ignorado como arbitrário” (BOURDIEU, 2010: 14.)


•Isto significa que o poder simbólico não reside nos „sistemas simbólicos‟, mas
que se define “numa relação determinada --e por meio desta-- entre os que
exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, isto é, na própria
estrutura do campo em que se produz e se reproduz a crença” (idem: 14-15).


•Forma transformada (irreconhecível) transfigurada e legitimada, das outras
formas de poder.
Poder simbólico
                                      Produção da crença



“O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder
de manter a ordem ou a subverter, é a crença na legitimidade
das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção
não é a competência das palavras”. (BOURDIEU: 2007)
Poder simbólico
•Descrever as leis de transformação que regem a transmutação das
diferentes espécies de capital em capital simbólico;


•“Trabalho de dissimulação e de transfiguração (eufemização) que
garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força
fazendo    ignorar-reconhecer      a   violência     que      elas   encerram
objetivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de
produzir   efeitos   reais   sem   dispêndio       aparente     de   energia”
(BOURDIEU, 2010: 15);
Um dos efeitos da violência   simbólica é a transfiguração das
relações de dominação e de submissão em relações afetivas.


Transformação do poder em carisma ou encanto.
Ideologia: conceituações
                (Texto em anexo)
Pierre Bourdieu acerca da noção de ideologia:


“[...] tendo a evitar a palavra “ideologia” porque [...] tem sido com muita
frequência mal utilizada, ou empregada de modo muito vago. Parece
sugerir uma sorte de descrédito [...] Tratei em substituir o conceito de
ideologia por conceitos como “dominação simbólica” ou “poder
simbólico” ou “violência simbólica”, para controlar alguns usos e abusos
ao que este conceito está sujeito. Mediante o conceito de violência
simbólica trato de fazer visível uma forma de violência cotidiana não
percebida [...] o conceito de ideologia tem sido usado e tão abusado
que já não funciona” (entrevista dada a Terry Eagleton in “Doxa y vida
cotidiana: uma entrevista”, 2006: 296)
Poder simbólico

Linguagem é mais um instrumento de poder e ação do que
de comunicação. (contra uma “mera semiótica”)

Noção de capital e mercado simbólico importante neste
caminho;

“Muitas coisas não pode ser compreendidas em termos de
pura comunicação, e ao propor minha analogia
econômica somente intento generalizar e dar à reflexão da
filosofia analítica um fundamento sociológico que lhe
carece” (Doxa y vida cotidiana, p. 302. entrevista a T.
eagleton).



                                  Cultura:
                            Conceituações
Na literatura das ciências sociais, o estudo das formas simbólicas

geralmente tem sido feito sob a rubrica do conceito de   cultura
(THOMPSON: 2004)




Conceito de cultura possui uma longa história própria, e o sentido
que ele tem hoje é, em certa, medida, um produto desta história
(idem)
J.B Thompson (2004) distingue quatro tipos básicos de sentidos atribuídos ao
conceito de cultura:

1. Concepção clássica de cultura: surgido nas primeiras discussões sobre
cultura, especialmente as que tiveram lugar entre filósofos e historiadores
alemães nos séculos XVIII e XIX.

“Nessas discussões, o termo “cultura” era, geralmente, usado para se referir a um
processo que diferia, sob certos aspectos, do de “civilização” (THOMPSON, 2004:
166)

Duas formas antropológicas de cultura:

2. Concepção descritiva

Refere-se a um variado conjunto de
   valores, crenças, costumes, convenções, hábitos e práticas características de
   uma sociedade específica ou de um período histórico

3. Concepção simbólica

Interesse no simbolismo: “fenômenos culturais [...] são fenomenos simbólicos e o
    estudo da cultura está essencialmente interessado na interpretação dos
    símbolos e da ação simbólica” (idem: 166)
Concepção simbólica é apresentada , sobretudo, na obra do antropólogo
norte-americano Clifford Geertz.

Importância desta concepção: ponto de partida apropriado para o
desenvolvimento de uma abordagem construtiva no estudo dos fenômenos
culturais.

Fraqueza: dá atenção insuficiente às relações sociais estruturadas nas quais
os símbolos e as ações simbólicas estão sempre inseridas.
4. Concepção estrutural de cultura

•Conceito desenvolvido por J.B Thompson ;

•Conceito que vai     ao encontro do aporte teórico-metodológico
bourdesiano.

“De acordo com essa concepção, os fenômenos culturais podem
ser entendidos como formas simbólicas em contextos
estruturados; e a análise cultural pode ser pensada como o
estudo da constituição significativa e da contextualização das
formas simbólicas” (THOMPSON, 2004: 166)
Thompson encontra Bourdieu


Contextos sociais estruturados

Dizer que um espaço social é estruturado significa considerar que
as posições neste não se equivalem, tampouco são harmônicas.
Significa dizer que são espaços sociais “caracterizados por
assimetrias e diferenças relativamente estáveis em termos de
distribuição   de,    e   acesso    a,   recursos    de     vários
tipos, poder, oportunidades e chance na vida” (THOMPSON, 2007:
198).

O espaço social é concebido como um espaço multidimensional
de relações sociais entre agentes que compartilham interesses em
comum, disputam por troféus específicos; mas que não dispõem
dos mesmos recursos e competências. É um espaço de disputa
entre dominantes e dominados
Referências bibliográficas


BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand, 2010.

BOURDIEU, P. Razões Práticas. São Paulo: Papirus, 2007.

BOURDIEU, P. & EAGLETON, T. “Doxa y vida cotidiana: una entrevista” In Ideología. Un mapa
de la cuestión. ZIZEK, S. (comp.) Barcelona: Fondo Cultural: 2006.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes, 2009.

EAGLETON, T. Ideologia: uma introdução.São Paulo: Boitempo Editorial/ Editora da
UNESP, 2006.

FOUCAULT. M. As palavras e as coisas uma arqueologia das ciências humanas. São
Paulo: Martins Fontes, 2007.

MICELI, S. “A força do sentido” In BOURDIEU, P. Economia das trocas simbólicas. (seleção e
organização de Sérgio Miceli) São Paulo: Perspectiva, 2010.

PANOFSKY. E. Estudos de iconologia temas humanísticos na arte do renascimento.
Lisboa : Estampa, 1995.

THOMPSON. J.B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.
Recomendação de leitura complementar:


 Sobre o debate “cultura x civilização”:

 EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo, SP : UNESP, 2005.

 ELIAS, N. O processo civilizador. Vol 1. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2008

 Sobre hermenêutica:

 RICOUER, P. Hermenêutica e ideologias. Petrópolis, RJ : Editora Vozes, 2011.

 Sobre a “concepção simbólica de cultura”:

 GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro : LTC, 2008.

 Sobre ideologia em Marx:

 MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo : Expressão Popular, 2010, c200

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Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos

  • 1. Prof. MSc Felipe Correa de Mello Introdução ao estudo dos “sistemas PLANO DE MARKETING simbólicos” 2012
  • 2. Caminhos para a análise dos sistemas simbólicos 1. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes; 2. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas; 3. Primeira síntese; 4. Produções simbólicas como instrumentos de dominação; 5. Segunda síntese; 6. O poder simbólico: dominação e violência simbólica; 7. Apêndice I: Ideologia - conceituações; alcances e limites teóricos; 8. Apêndice II: Cultura: conceituação
  • 3. Os diferentes universos simbólicos Mito; Arte; Religião; Ciência; Códigos jurídicos; Língua.
  • 4. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes •Tradição neo-kantiana (tradição “idealista”); •Presente nas obras de Durkheim, Cassirer e Panofsky (entre outros); •Aspecto ativo do conhecimento; •Sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e de construção do mundo dos objetos; •Sistemas simbólicos compreendidos como instrumentos de conhecimento e de comunicação.
  • 5. Objetividade do sentido do mundo defini-se pela concordância das subjetividades estruturantes . senso=consenso
  • 6. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes Para além de Kant: determinante histórico e social das categorias do conhecimento: •Poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular, do mundo social); •Supõe aquilo que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, “uma concepção homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância entre as inteligência“(BOURDIEU, 2010: 9); •Durhkeim se inscreve na tradição kantiana. Porém, para fugir do apriorismo e do empirismo, lança os fundamentos de uma sociologia das formas simbólicas (formas de classificação). Deixam de ser formas transcendentais, para se tornarem formas sociais. • Na mesma linha Panofsky trata esta perspectiva como uma forma história (sem todavia ir até à reconstrução sistemática das suas condições sociais de produção).
  • 7. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas •Tradição estruturalista inaugurada por Saussere; • Nesta linha os sistemas simbólicos são analisados como passíveis de uma análise estrutural. O objetivo central é o de apreender a lógica específica de cada uma das “formas simbólicas”; •Visa a isolar a estrutura imanente a cada produção simbólica; • Como observa Bourdieu (2007:118), “seu mérito é o de dedicar-se a resgatar a coerência dos sistemas simbólicos, considerados como tais, isto é, um dos princípios mais importantes de sua eficácia”; •Apresentada na obra de Levi-Strauss e no Foucault de As palavras e as coisas; •Nesta linha teórica podemos também encontrar a Semiótica, bem como a hermenêutica de Paul Ricoeur (entre outros).
  • 8. Visão teórica fundamentada na consideração de que as formas simbólicas são, além de fenômenos sociais contextualizados, algo mais: construções simbólicas complexas que “em virtude de suas características estruturais, têm a possibilidade e afirmar representar algo, dizer algo sobre algo” (J.B THOMPSON, 2004:34). É, portanto, uma perspectiva que postula análises formais que venham a iluminar as estruturas propriamente internas das formas simbólicas: seus padrões e relações imanentes.
  • 9. Primeira síntese: Os sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque são estruturados. Durkheim (e depois dele, Radcliffe-Brown): função social do simbolismo: autêntica função política que não se reduz à função de comunicação dos estruturalistas. Símbolos como instrumentos por excelência da integração social: “enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a integração lógica é a condição da integração moral” (BOURDIEU, 2010: 10)
  • 10. Produções simbólicas como instrumentos de dominação •Tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas simbólicos em detrimento de sua estrutura lógica e da sua função gnoseológica.; •Funcionalismo (diverso do estruturo-funcionalismo de Durkheim): Explica as produções simbólicas relacionando-as com os interesses da classe dominante. •Ideologia em oposição ao mito (produto coletivo e coletivamente apropriado) serve a interesses particulares que tendem a aparecer como interesses universais; •Cultura dominante: contribui para a integração real da classe dominante; para a integração fictícia da sociedade no seu conjunto; à desmobilização (falsa consciência) das classes dominadas; para a legitimação da ordem estabelecida por meio do estabelecimento das distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções.
  • 11. “A cultura que une (intermediário de comunicação) é também a cultura que separa (instrumento de distinção) e que legitima distinções compelindo todas as culturas (designadas como subculturas) a definirem-se pela sua distância em relação à cultura dominante” (BOURDIEU, 2010:11).
  • 12. Segunda síntese: Observa o sociólogo Pierre Bourdieu (2010: 11): “é enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que os „sistemas simbólicos‟ cumprem sua função política de instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para assegurar a dominação de uma classe sobre outra(violência simbólica) dando o reforço da sua própria força às relações de força que as fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a „domesticação dos dominados‟.” Diferentes classes e frações de classes estão envolvidas numa luta propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais conforme aos seus interesses.
  • 13. Poder simbólico •“Poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e crer, de confirmar ou de transformar a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto o mundo; poder quase o mágico que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao efeito específico de mobilização, só se exerce se for reconhecido, quer dizer, ignorado como arbitrário” (BOURDIEU, 2010: 14.) •Isto significa que o poder simbólico não reside nos „sistemas simbólicos‟, mas que se define “numa relação determinada --e por meio desta-- entre os que exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, isto é, na própria estrutura do campo em que se produz e se reproduz a crença” (idem: 14-15). •Forma transformada (irreconhecível) transfigurada e legitimada, das outras formas de poder.
  • 14. Poder simbólico Produção da crença “O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder de manter a ordem ou a subverter, é a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não é a competência das palavras”. (BOURDIEU: 2007)
  • 15. Poder simbólico •Descrever as leis de transformação que regem a transmutação das diferentes espécies de capital em capital simbólico; •“Trabalho de dissimulação e de transfiguração (eufemização) que garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força fazendo ignorar-reconhecer a violência que elas encerram objetivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de produzir efeitos reais sem dispêndio aparente de energia” (BOURDIEU, 2010: 15);
  • 16. Um dos efeitos da violência simbólica é a transfiguração das relações de dominação e de submissão em relações afetivas. Transformação do poder em carisma ou encanto.
  • 17. Ideologia: conceituações (Texto em anexo)
  • 18. Pierre Bourdieu acerca da noção de ideologia: “[...] tendo a evitar a palavra “ideologia” porque [...] tem sido com muita frequência mal utilizada, ou empregada de modo muito vago. Parece sugerir uma sorte de descrédito [...] Tratei em substituir o conceito de ideologia por conceitos como “dominação simbólica” ou “poder simbólico” ou “violência simbólica”, para controlar alguns usos e abusos ao que este conceito está sujeito. Mediante o conceito de violência simbólica trato de fazer visível uma forma de violência cotidiana não percebida [...] o conceito de ideologia tem sido usado e tão abusado que já não funciona” (entrevista dada a Terry Eagleton in “Doxa y vida cotidiana: uma entrevista”, 2006: 296)
  • 19. Poder simbólico Linguagem é mais um instrumento de poder e ação do que de comunicação. (contra uma “mera semiótica”) Noção de capital e mercado simbólico importante neste caminho; “Muitas coisas não pode ser compreendidas em termos de pura comunicação, e ao propor minha analogia econômica somente intento generalizar e dar à reflexão da filosofia analítica um fundamento sociológico que lhe carece” (Doxa y vida cotidiana, p. 302. entrevista a T. eagleton). Cultura: Conceituações
  • 20. Na literatura das ciências sociais, o estudo das formas simbólicas geralmente tem sido feito sob a rubrica do conceito de cultura (THOMPSON: 2004) Conceito de cultura possui uma longa história própria, e o sentido que ele tem hoje é, em certa, medida, um produto desta história (idem)
  • 21. J.B Thompson (2004) distingue quatro tipos básicos de sentidos atribuídos ao conceito de cultura: 1. Concepção clássica de cultura: surgido nas primeiras discussões sobre cultura, especialmente as que tiveram lugar entre filósofos e historiadores alemães nos séculos XVIII e XIX. “Nessas discussões, o termo “cultura” era, geralmente, usado para se referir a um processo que diferia, sob certos aspectos, do de “civilização” (THOMPSON, 2004: 166) Duas formas antropológicas de cultura: 2. Concepção descritiva Refere-se a um variado conjunto de valores, crenças, costumes, convenções, hábitos e práticas características de uma sociedade específica ou de um período histórico 3. Concepção simbólica Interesse no simbolismo: “fenômenos culturais [...] são fenomenos simbólicos e o estudo da cultura está essencialmente interessado na interpretação dos símbolos e da ação simbólica” (idem: 166)
  • 22. Concepção simbólica é apresentada , sobretudo, na obra do antropólogo norte-americano Clifford Geertz. Importância desta concepção: ponto de partida apropriado para o desenvolvimento de uma abordagem construtiva no estudo dos fenômenos culturais. Fraqueza: dá atenção insuficiente às relações sociais estruturadas nas quais os símbolos e as ações simbólicas estão sempre inseridas.
  • 23. 4. Concepção estrutural de cultura •Conceito desenvolvido por J.B Thompson ; •Conceito que vai ao encontro do aporte teórico-metodológico bourdesiano. “De acordo com essa concepção, os fenômenos culturais podem ser entendidos como formas simbólicas em contextos estruturados; e a análise cultural pode ser pensada como o estudo da constituição significativa e da contextualização das formas simbólicas” (THOMPSON, 2004: 166)
  • 24. Thompson encontra Bourdieu Contextos sociais estruturados Dizer que um espaço social é estruturado significa considerar que as posições neste não se equivalem, tampouco são harmônicas. Significa dizer que são espaços sociais “caracterizados por assimetrias e diferenças relativamente estáveis em termos de distribuição de, e acesso a, recursos de vários tipos, poder, oportunidades e chance na vida” (THOMPSON, 2007: 198). O espaço social é concebido como um espaço multidimensional de relações sociais entre agentes que compartilham interesses em comum, disputam por troféus específicos; mas que não dispõem dos mesmos recursos e competências. É um espaço de disputa entre dominantes e dominados
  • 25. Referências bibliográficas BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand, 2010. BOURDIEU, P. Razões Práticas. São Paulo: Papirus, 2007. BOURDIEU, P. & EAGLETON, T. “Doxa y vida cotidiana: una entrevista” In Ideología. Un mapa de la cuestión. ZIZEK, S. (comp.) Barcelona: Fondo Cultural: 2006. DURKHEIM, E. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes, 2009. EAGLETON, T. Ideologia: uma introdução.São Paulo: Boitempo Editorial/ Editora da UNESP, 2006. FOUCAULT. M. As palavras e as coisas uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2007. MICELI, S. “A força do sentido” In BOURDIEU, P. Economia das trocas simbólicas. (seleção e organização de Sérgio Miceli) São Paulo: Perspectiva, 2010. PANOFSKY. E. Estudos de iconologia temas humanísticos na arte do renascimento. Lisboa : Estampa, 1995. THOMPSON. J.B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.
  • 26. Recomendação de leitura complementar: Sobre o debate “cultura x civilização”: EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo, SP : UNESP, 2005. ELIAS, N. O processo civilizador. Vol 1. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2008 Sobre hermenêutica: RICOUER, P. Hermenêutica e ideologias. Petrópolis, RJ : Editora Vozes, 2011. Sobre a “concepção simbólica de cultura”: GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro : LTC, 2008. Sobre ideologia em Marx: MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo : Expressão Popular, 2010, c200