O documento discute conceitos e técnicas da Gestalt-terapia, com foco no uso do experimento corporal. Aborda temas como a anatomia emocional, o papel do terapeuta, objetivos e enquadramento do experimento, além de técnicas como somagramas e os Cinco Passos de Keleman.
5. O TERAPEUTA E O EXPERIMENTO
Terapeuta artesão: técnica x techné
O terapeuta é o experimento espacializado e temporalizado
O FUNDO ativador
A atenção flutuante e plena
O Auto cuidado e preparo para a sessão.
6. O TERAPEUTA E O EXPERIMENTO
Segundo Buber, o contato Autêntico é um encontro dialógico;
para o contato dialógico autêntico ocorrer é necessária
algumas condições:
Abertura: uma visão ingênua para o outro, na qual o conhecimento
não ponha barreiras ao encontro.
Reciprocidade: uma entrega descompromissada e confiante na
realidade do outro.
Presença: uma entrega à experiência imediata na aceitação da
totalidade do outro, coisa ou pessoa, deixando-se acontecer.
Responsabilidade: uma visão do outro como vejo a mim; uma
entrega e uma resposta espontânea na certeza de quem eu sou e
na crença de quem o outro é.
7. EXPERIMENTO
“O experimento, em GT, é uma tentativa de fazer frente a
paralisação perifásica atráves da mobilização do sistema de
ação do indivíduo. Através do experimento, ele é levado a
confrontar as emergências de sua vida ao representar seus
sentimentos e ações abortados, numa situação de relativa
segurança, e onde a exploração ousada pode ser
apoiada[…]
Como diz Joel Latner, "A importância dos experimentos está
em como eles nos permitem examinar o que fazemos e
descobrir o que não faremos".
8. EXPERIMENTO
O experimento não deve se transformar num paliativo ou
substituto para um compromisso válido; […]
O experimento não é nem um ensaio para alguma coisa
futura, nem uma repetição de uma coisa passada;
O experimento visa ao coração da resistência,
transformando a rigidez em um sistema elástico de apoio.
Experimentação: ancoragem e corporificação do fluxo de
consciência - awareness - contato
9. EXPERIMENTO - Enquadramento
O paciente, enquanto parceiro ativo no experimento, concentra-se
no que está realmente sentindo, pensando, fazendo, dizendo;
procura entrar em contato com isso mais profundamente em
termos de imagem, sensação corporal, resposta motora, descrição
verbal, etc...
Trata-se de algo de interesse vital para ele, de modo que não
precisa forçar a situação; sua atenção é captada naturalmente. O
contexto pode ser escolhido pelo terapeuta a partir do que ele
conhece sobre o paciente e em conformidade com sua concepção
científica de onde se situa a resistência.
Trata-se de algo de que o paciente está vagamente consciente
('aware) e de que se vai tornando mais consciente ('aware) graças
ao exercício
10. EXPERIMENTO - Enquadramento
O paciente, enquanto parceiro ativo no experimento, concentra-se
no que está realmente sentindo, pensando, fazendo, dizendo;
procura entrar em contato com isso mais profundamente em
termos de imagem, sensação corporal, resposta motora, descrição
verbal, etc...
Fazendo o exercício, o paciente é encorajado a seguir suas
inclinações, a imaginar e exagerar livremente, pois é um jogo
seguro. Justapõe a atitude e a atitude exagerada a sua situação
presente: sua postura em relação a si próprio, em relação ao
terapeuta, seu comportamento cotidiano (na família, no trabalho,
em relação a sexo).
Alternadamente ele inibe com exagero a atitude e justapõe a
inibição nos mesmos contextos.
11. EXPERIMENTO - Enquadramento
À medida que o contato se torna mais íntimo e o conteúdo se torna
mais completo, sua ansiedade é despertada. Isto constitui uma
emergência vivencial, porém a emergência é segura, controlável, e
ambos os parceiros sabem disto.
O objetivo é o de que, na emergência segura, a intenção
subjacente (reprimida) - ação, atitude, objeto do dia presente,
memória torne-se dominante e re-forme a figura.
O paciente aceita a figura como sendo sua, e sente que "sou eu
quem sente, pensa e faz determinada coisa" (p. 335-336)
12. EXPERIMENTO - OBJETIVOS
Expandir o repertório de comportamentos da pessoa;
Criar condições sob as quais a pessoa possa ver sua vida como
sendo 'de sua própria criação e autoria' (tomar posse da terapia);
Estimular a aprendizagem experiencial da pessoa, bem como a
evolução de novos auto-conceitos a partir de criações
comportamentais;
Completar situações inacabadas e superar bloqueios no ciclo
'awareness'/excitação/contato;
Integrar compreensões corticais e expressões motoras;
13. EXPERIMENTO - OBJETIVOS
Descobrir polarizações não conhecidas ('not in awareness’);
Estimular a integração de forças conflitivas na personalidade
Desalojar e reintegrar introjetos e rearranjar sentimentos, idéias e
ações mal colocadas na personalidade;
Estimular circunstâncias sob as quais a pessoa possa agir e
sentirse mais forte, mais competente, com um melhor auto-suporte,
podendo explorar mais e estando mais ativamente responsável
para consigo mesma (p. 126)
15. AS CÉLULAS EXPERIMENTAIS
Construção de auto-suporte
Tema
Escolha do experimento
Insight e conclusão
Assimilação, acomodação, reverberação e resignificação no/do
campo existencial
16. Redes interacionais no Processo Experimental
Ego-sintonia - experimentos pensados no sentido da
organização egóica:
1. Aproximação lenta e gradual ao tema central da angústia;
2. Fortalecimento do auto-suporte;
3. Profilaxia e intervenção em/das crises depressiva maior e/ou surto
psicótico-psicose;
4. Diminuição da ansiedade/conflito de enfrentamento da cena temida;
5. Estimulo experiencial com menor intensidade, duração, frequência...
Ego-distonia -experimentos pensados no sentido da
desorganização egóica:
1.Aproximação lenta, mas direta ao tema central da angústia;
2. Menor grau de auto-suporte;
3.Aumento da ansiedade/conflito de enfrentamento da cena temida;
4. Estimulo experiencial com maior intensidade, duração, frequência...
17. Somagramas
Cartografia do corpo
Metáforas corporais
Os 5 Passos
MRPS
Técnicas de relaxamento
Mindfulness, focalização…
Arterapia corporal
Técnicas de awareness corporal: respiração, gradação,
expressão, descompressão…
Bioenergética
Psicoterapia corporal….
29. 5 Passos do COMO - KELEMAN
O QUE ESTOU FAZENDO?
COMO ESTOU FAZENDO?
COMO PARO DE FAZÊ-LO?
O QUE ACONTECE QUANDO
PARO DE FAZÊ-LO?
COMO USO O QUE APRENDI A
RESPEITO?
32. Referência Bibliográfica
RIBEIRO, Jorge Ponciano. Gestalt Terapia: refazendo um
caminho. São Paulo: Summus. Cap. I, 2.1, 2.2 e 2.3. ____ O Ciclo
do Contato. São Paulo: Summus.________.Gestalt Terapia: o
processo grupal – uma abordagem fenome-nológica da teoria de
campo e holística. São Paulo: Summus, 1994. ____. Psicoterapia
de Curta Duração. São Paulo: Summus, 1999
RODRIGUES, Hugo Elídio. Introdução a Gestalt-Terapia:
conversando sobre os fundamentos da abordagem. Petrópolis, R.J.:
Vozes, 2000.
ZINKER, J.; O processo criativo na terapia gestáltica. [1,2]
DÁCRI, Gladys; LIMA, Patrícia; ORGLER, Scheila. Dicionário de Gestalt-
terapia. São Paulo: Summus, 2007.
KELEMAM, Stanley. Anatomia Emocional. São Paulo: Summus, 1992.
BOLOGNESI, Mário Fernando. O corpo como princípio. Trans/Form/Ação
, Marília, v. 24, n. 1, 2001 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
31732001000100007&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 02 2008;
CSA van der Broocke, MG de Macedo. O corpo como agente saudável e
mensageiro dos conflitos psíquicos em uma perspectiva gestáltica.IGT na
Rede, 2006. Disponível em: http://www.igt.psc.br/ojs/viewarticle.php?id=28.
Acesso em: 19 de novembro de 2008;
33. • DEL PRIORI, Mary Lucy. A história do corpo e a Nova História: uma autópsia.
In: Revista da USP, nº 23, São Paulo, 1994.
• PORTER, Roy. História do corpo. In: BURKE, Peter (org.). A escrita da história:
novas perspectivas. São Paulo: UNESP. 1992.
• SANT´ANNA, Denise. Corpo e história. In: Núcleo de estudos e Pesquisa da
Subjetividade do programa de estudos de Pós-Graduados em Psicologia
Clínica. Cadernos de Subjetividade. v. 1, nº 1, São Paulo, 1993.
• SENNET, Richard. Carne e pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental.
Rio de Janeiro: Record, 1997.
• SCARPATO, A (2005). Introdução à Psicologia Formativa de Stanley Keleman,
Revista Psicologia Brasil, ano 3 n 27, p 30-31. Disponível em:
http://www.psicoterapia.psc.br/scarpato/t_intro.html
Referência Bibliográfica