SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
FICHAMENTO
Santaella, Lúcia. Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à
cibercultura.
O Que é Cultura
“A cultura é como a vida. Sua tendência é crescer, desenvolver-se, proliferar” (p. 29).
“*...+ ela tende a se expandir como um gás para ocupar todo o espaço disponível; ela se
adapta às exigências do espaço que se tornou disponível; ela se desenvolve
continuamente em níveis de maior complexidade; quanto mais complexo o nível de
sua organização, mais rapidamente a vida cresce” (p. 29).
“*...+ Sua disposição para o crescimento é natural. Também como a vida, quando
encontra condições favoráveis ao seu desenvolvimento, a cultura se alastra, floresce,
aparece, faz-se ostensivamente presente” (p. 29).
“*...+ a cultura é aprendida, que ela permite a adaptação humana ao seu ambiente
natural, que ela é grandemente variável e que se manifesta em instituições, padrões
de pensamento e objetos matérias” (p. 30).
“*...+ a cultura é a parte do ambiente que é feito pelo homem. Implícito nisto está o
reconhecimento de que a vida humana é vivida num contexto duplo, o habitar natural
e seu ambiente social” (p. 31).
“*...+ a cultura é mais do que um fenômeno biológico. Ela inclui todos os elementos do
legado humano maduro que foi adquirido através do seu grupo pela aprendizagem
consciente [...] por processo de condicionamento - técnicas de várias espécies, sociais
ou institucionais, crenças, modos padronizados de conduta” (p. 31).
“*...+ Barnard (1973: 613) nos informa que, embora tenha tido sua origem no mundo
latino, a apalavra cultura só foi se tornar corrente na Europa na segunda metade do
século XVIII, quando o termo começou a ser aplicado às sociedades humanas” (p. 31).
“*...+ Aos significados herdados, logo se juntaram tantos outros que, antes da última
década do século XVIII, a proliferação dos seus sentidos levou o filósofo alemão J. G.
von Herder a afirmar que nada poderia ser mais indeterminado do que a palavra
cultura. Dessa época em diante, os sentidos se estenderam até ao ponto de levar o
escritor A. Lawrence Lowell a dizer, em 1934, que nada no mundo é mais elusivo do
que cultura” (p. 31).
A Concepção Humanista e a Antropológica
“*...+ Enquanto que na concepção antropológica a cultura é, por natureza, plural e
relativista, quer dizer, o mundo está dividido em diferentes culturas, cada uma delas
valiosa em si mesma, para os humanistas, algumas pessoas tem mais cultura do que
outras e alguns produtos humanos, tais como artes visuais, música, literatura, são mais
culturais do que outros (Barnard e Spencer 1996: 136)” (p. 33).
“É dessas duas concepções que derivam os sentidos de cultura que se tornaram
correntes: o sentido lato e o sentido escrito [...]. O sentido lato descreve todos os
aspectos característicos de uma forma particar de vida humana. O sentido escrito é
uma província das humanidades, cujo objetivo é e interpretar e transmitir as gerações
futuras o sistema de valores em função dos quais os participantes em uma forma de
vida encontram significado e propósito” (p. 34).
“*...+ acultura pode ser pensada como um agente causal que afeta o processo evolutivo
através de meios exclusivamente humanos, na medida em que permite a avaliação
autoconsciente das possibilidades humanas à luz de um sistema de valores que reflete
as idéias prevalecentes sobre o que a vida humana deveria ser” (p. 34).
Cultura e Civilização
“De acordo com Barnard, para escritores como Kant, Coleridge e Matthew Arnaold, a
cultura representa essencialmente as condições morais do indivíduo, enquanto a
civilização significa as convenções da sociedade. Invariavelmente a primeira está
associada a valores espirituais, a segunda a valores materiais” (p. 35).
A Cultura na Antropologia
“*...+ tudo aquilo que pode ser entendido como uma organização, como uma regulação
simbólica da vida social pertence a cultura, sendo esta a maneira pela qual se
agenciam num mesmo todo elementos tão diversos *...+” (p. 37).
“Todos esses traços culturais formam um conjunto de modelos diferentes de
organização da vida social, de acordo com a sociedade que a etnologia descreve ou
mesmo de acordo com os grupos estudados dentro de uma mesma sociedade” (p. 37).
“*...+ a história antropológica da cultura começa quando se insiste no uso da palavra
cultura no plural, ‘culturas’, pois nesta pluralidade esta a chave do sentido moderno de
cultura na antropologia” (p. 38).
Os Traços da Cultura
“[...] a cultura está relacionada com ações, idéias e artefatos que os indivíduos numa
dada tradição aprendem, compartilham e avaliam” (p. 43).
“Via de regra, as ações, idéias e artefatos são englobados sob uma rubrica mais geral
denominada comportamento e costumes” (p. 43).
A Cultura Como Fenômeno Histórico
“*...+ Costumes, crenças, ferramentas, técnicas difundem-se de uma região para outra,
de um povo para outro. Os elementos culturais tem assim uma história cronológica.
Isso envolve questões tais como origem, crescimento e diferenciação cultural através
da história” (p. 43).
A Cultura Como Fenômeno Regional
“[...] Esse caráter geográfico define certos costumes, artes, religiões etc. Como
pertencentes às regiões em que eles existem. Assim, um certo hábito social de uma
região pode ser absorvido por outras regiões” (p. 44).
Os Padrões Culturais
“*...+ A cultura tende a ser padronizada. Ela envolve a repetição de comportamentos
similares aprovados pelo grupo, de modo que ela tem uma forma estruturada e
reconhecível. Se os indivíduos ajustam seu comportamento através do tempo de
acordo com o padrão aprovado, a cultura permanece estável” (p. 44).
“*...+ há padrões gerais ou universais que se expressam em categorias tais como
atividade econômica. Religião, arte e língua” (p. 44).
As Configurações da Cultura
“*...+ uma cultura tende a ser integrada. Ela apresenta configurações, quer dizer,
premissas, valores e objetivos mais ou menos consistentes que lhe dão unidade” (p.
44).
Estabilidades e Mudanças na Cultura
“*...+ O ritmo das mudanças culturais varia muito, dependendo das possibilidades que
se apresentam para que o crescimento e o desenvolvimento possam se realizar” (p.
45).
“*...+ Sistemas culturais sobrevivem porque seus membros estão adaptados a tradição
que é reproduzida através de sua tradução em ações. Por outro lado, contudo, sem a
mudança, a cultura estagnaria” (p. 45).
Os Sistemas Culturais
“As condições de diversidade e dinamicidade tornam qualquer cultura um fenômeno
sempre complexo” (p. 45).
“*...+ não podemos identificar uma cultura no sentido de continuidade de uma mesma
tradição amplamente comum. Ao contrario, falamos sempre de padrões não muito
bem definidos e consistentes com variações internas múltiplas” (p. 45).
“*...+ Entre os sistemas culturais tema-se tipos altamente estruturados de
comportamentos aprendidos (sistemas de sinais como a língua), afiliações políticas
(cidadania, nacionalidade), religião (envolvendo crenças e valores focais)” (p. 45).
A Aculturação
“Quando dois grupos culturais são postos em contato, eles absorvem elementos
culturais um do outro” (p. 46).
“Quando o contato e a difusão ocorrem com alguma continuidade, o processo de
transferência é chamado de aculturação” (p. 46).
A Continuidade da Cultura
“*...+ Elementos culturais uma vez inventados, passam de um individuo para o outro
através do aprendizado. Eles são compartilhados de uma geração a outra. Qualquer
ruptura no seu aprendizado levaria ao seu desaparecimento” (p. 46).
“O continuum cultural se estende do começo da existência humana até o presente. As
culturas se cruzam e recruzam, fundem-se e dividem-se; elementos são adicionados
aqui ou perdidos ali. Uma cultura vista como um ponto no continuum é o resultado de
todas as mudanças e vicissitudes do passado, tendo dentro de si o potencial para a
mudança contínua (Keesing 1964: 25-29)” (p. 46).
A Simbolicidade da Cultura
“Os artefatos ou objetos feitos pelo homem, as motivações e ações, a fala humana tem
significados” (p. 46).
“Sem o conhecimento de seus significados, esses elementos culturais são
incompreensíveis. Sob o ponto de vista dos signos e seus significados, as culturas
costumam ser chamadas de sistemas de símbolos” (p. 46).
Uma Visão Heterotópica das Mídias Digitais
“*...+ No sentido mais restrito, mídia se refere especificamente aos meios de
comunicação de massa, especialmente aos meios de transmissão de notícias e
informação” (p. 62).
“*...+ As instabilidades, interstícios, deslizamentos e reorganizações constantes dos
cenários culturais, a circulação mais fluida e as articulações mais complexas, as
interações e reintegrações dos níveis, gêneros e formas de cultura, o cruzamento de
suas identidades, a transnacionalização da cultura, o crescimento acelerado das
tecnologias e das mídias comunicacionais, a ampliação dos mercados culturais, a
expansão e os novos hábitos no consumo de cultura estão nos desafiando para
encontrar novas estratégias e perspectivas de entendimento capazes de acompanhar
os deslocamentos e contradições, os desenhos moveis da heterogeneidade
pluritemporal e espacial que caracteriza as sociedades pós-modernas, muito
acentuadamente as latino-americanas” (p. 65).
“*...+ hoje todas as culturas são fronteiriças, fluidas, desterritorializadas” (p. 65).
Os Dispositivos de Análise da Cultura e da Comunicação
“A seqüência de mudanças nos dispositivos de analise da comunicação e cultura no
século XX funciona como um indicador das impressionantes transformações por que os
fenômenos culturais vem passando, transformações essas primeiramente devidas à
exploração dos meios de comunicação de massa que prevaleceu até os anos 80, e
atualmente devidas à onipresença da realidade midiática” (p. 66).
“O advento da cultura massiva a partir dos meios de reprodução técnico-industriais
[...] seguida do gigantismo dos meios eletrônicos de difusão - rádio e televisão-,
produziu um impacto até hoje atordoante na tradicional divisão da cultura em erudita,
culta, de elite, de um lado, e popular, de outro” (p. 66).
“Desta divisão se alimentaram as concepções sóciopolíticos da cultura de extração
marxista, segundo as quais a cultura é um campo de tensões do interior de sociedades
concebidas como arenas de classes em luta” (p. 66).
“[...] esse diagnóstico do social serviu como meio de analise dos diferentes níveis e
estratos culturais, populares ou de elite, funcionando como representações de
conflitos de classes” (p. 66).
“*...+ surgiu na escola de Frakfurt, a teoria da indústria cultural que veio encontrar solo
fértil de divulgação na América latina, especialmente no Brasil. Embora até hoje
inquestionável na sua constatação de que qualquer produto cultural, por mais
espiritual que possa parecer, é produzido e consumido de acordo com as leis do
mercado capitalista, essa teoria ajudou a acentuar ainda mais o pretenso fosso que
separa a chamada cultura erudita das outras formas de reprodução de cultura, popular
ou de massa” (p. 66).
“As dificuldades para definir com precisão o perfil popular e o erudito nos produtos
culturais foram acompanhadas pelas teimosas ilusões de autonomia desses campos e
pelos preconceitos contra os meios de comunicação de massa” (p. 67).
“Não foram necessárias argumentos para enfraquecer as lutas pela defesa dessas
fronteiras. Elas caíram naturalmente no vazio ao serem atropeladas, nos anos 80, pelo
advento de novas formas de consumo cultural propiciadas pelas tecnologias
comunicacionais do disponível e do descartável” (p. 67).
“*...+ foi crescendo a olhos vistos a tendência para os trânsitos e intercâmbios dos
meios de comunicação entre si, criando redes de complementaridades q eu chamei de
cultura das mídias (Santaella 1992), uma dinâmica cultural que ia se distinguindo da
cultura de massa, devido justamente ao aparecimento das novas tecnologias
segmentadoras, diversificadoras, capazes de uma maior adequação a um público mais
individualizado” (p. 68).
“*...+ a cultura das mídias não se caracteriza mais como mídia massiva, pois ia
rompendo com os traços fundamentais da cultura de massas, a saber, a
simultaneidade e uniformidade da mensagem emitida e recebida. O crescimento da
multiplicidade de mídias, a multiplicação de suas mensagens e fontes foi dando
margem ao surgimento de receptores mais seletivos, individualizados, o que foi sem
dúvida, preparando o terreno para emergência da cultura digital, na medida em que
esta exige receptores atuantes, caçadores em busca de presas informacionais de sua
própria escolha”. (p. 68).
Da Cultura de Massas à Cultura das Mídias
“*...+ A cultura de massas originou-se no jornal com seus coadjuvantes, o telegrafo e a
fotografia. Acentuou-se com o surgimento do cinema, uma mídia feita para recepção
coletiva. Mas foi só com a TV que se solidificou a ideia do homem de massa” (p. 79).
“*...+ Não fazíamos ideia de que existiam coisas como consumo de massa e psicologia
de massa até a televisão fazer delas seu próprio conteúdo. A lógica da televisão é a de
uma audiência recebendo informações sem responder [...]. Disso decorre a natureza
fundamental de um meio de difusão: o padrão de energia viaja num só sentido, na
direção do receptor, para ser consumido com uma resistência mínima, o que cria
condições favoráveis para a promoção e distribuição de produtos com ênfase na
persuasão e na embalagem” (p. 79).
“Não obstantes as críticas à passividade e alienação do homem de massa, a indiscutível
adesão que, desde seu aparecimento, a televisão produziu no espectador não vem do
acaso” (p. 80).
“*...+ Conforme foi evidenciado por Tichi (1991 apud Castells 2000: 361) [...] O poder
rela da televisão ‘é que ela arma o palco para todos os processos que se pretendem
comunicar à sociedade em geral, de política a negócios, inclusive esportes e artes. A
televisão modela a linguagem de comunicação societal’” (p. 80).
 Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA SANTAELLA)
 Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA SANTAELLA)

More Related Content

What's hot

Cultura das mídias
Cultura das mídiasCultura das mídias
Cultura das mídiasMartaBrito13
 
Cultura De Midia E Cultura Digital
Cultura De Midia E Cultura DigitalCultura De Midia E Cultura Digital
Cultura De Midia E Cultura DigitalJanine Barbosa
 
Cultura Das Mídias_correções
Cultura Das Mídias_correçõesCultura Das Mídias_correções
Cultura Das Mídias_correçõesguestfba26
 
Cultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaCultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaMartaBrito13
 
Introdução a cultura digital
Introdução a cultura digitalIntrodução a cultura digital
Introdução a cultura digitalAline Corso
 
Cibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoCibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoMariano Pimentel
 
Em direção a uma ciberdemocracia planetária
Em direção a uma ciberdemocracia planetáriaEm direção a uma ciberdemocracia planetária
Em direção a uma ciberdemocracia planetáriaJose Mendes
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaInclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaAFMO35
 
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
Hermes   introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011Hermes   introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011claudiocpaiva
 
Evolução da formas culturais
Evolução da formas culturaisEvolução da formas culturais
Evolução da formas culturaissergioborgato
 
Sociedade midiatizada
Sociedade midiatizada Sociedade midiatizada
Sociedade midiatizada TamelaG
 
Pierre Levy - Ciberdemocracia
Pierre Levy - CiberdemocraciaPierre Levy - Ciberdemocracia
Pierre Levy - Ciberdemocraciakellyhbastos
 
Epistemologia da cultura midiática.ppt data show
Epistemologia da cultura midiática.ppt data showEpistemologia da cultura midiática.ppt data show
Epistemologia da cultura midiática.ppt data showclaudiocpaiva
 
Seminário midiatização e cotidiano 17.09.2012
Seminário midiatização e cotidiano   17.09.2012Seminário midiatização e cotidiano   17.09.2012
Seminário midiatização e cotidiano 17.09.2012claudiocpaiva
 
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
 

What's hot (20)

Cultura das mídias
Cultura das mídiasCultura das mídias
Cultura das mídias
 
Cultura De Midia E Cultura Digital
Cultura De Midia E Cultura DigitalCultura De Midia E Cultura Digital
Cultura De Midia E Cultura Digital
 
Cultura Das Mídias_correções
Cultura Das Mídias_correçõesCultura Das Mídias_correções
Cultura Das Mídias_correções
 
Atividade 1
Atividade 1Atividade 1
Atividade 1
 
Cultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaCultura digital e cibercultura
Cultura digital e cibercultura
 
Introdução a cultura digital
Introdução a cultura digitalIntrodução a cultura digital
Introdução a cultura digital
 
Diversidadecibernetica
DiversidadeciberneticaDiversidadecibernetica
Diversidadecibernetica
 
Cibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoCibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de Informação
 
Em direção a uma ciberdemocracia planetária
Em direção a uma ciberdemocracia planetáriaEm direção a uma ciberdemocracia planetária
Em direção a uma ciberdemocracia planetária
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaInclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
 
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
Hermes   introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011Hermes   introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011
 
Evolução da formas culturais
Evolução da formas culturaisEvolução da formas culturais
Evolução da formas culturais
 
Mediação ou mediatização?
Mediação ou mediatização?Mediação ou mediatização?
Mediação ou mediatização?
 
Sociedade midiatizada
Sociedade midiatizada Sociedade midiatizada
Sociedade midiatizada
 
Pierre Levy - Ciberdemocracia
Pierre Levy - CiberdemocraciaPierre Levy - Ciberdemocracia
Pierre Levy - Ciberdemocracia
 
CCM cultura e internet
CCM cultura e internet CCM cultura e internet
CCM cultura e internet
 
Epistemologia da cultura midiática.ppt data show
Epistemologia da cultura midiática.ppt data showEpistemologia da cultura midiática.ppt data show
Epistemologia da cultura midiática.ppt data show
 
Seminário midiatização e cotidiano 17.09.2012
Seminário midiatização e cotidiano   17.09.2012Seminário midiatização e cotidiano   17.09.2012
Seminário midiatização e cotidiano 17.09.2012
 
CCM e TC pós modernidade 2
CCM e TC pós modernidade 2CCM e TC pós modernidade 2
CCM e TC pós modernidade 2
 
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...
 

Viewers also liked

Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, Lucia
Da cultura das  mídias à  cibercultura: o  advento do póshumano Santaella, LuciaDa cultura das  mídias à  cibercultura: o  advento do póshumano Santaella, Lucia
Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, LuciaMaracy Guimaraes
 
A cultura da midia
A cultura da midiaA cultura da midia
A cultura da midiaTamelaG
 
Cultura e desenvolvimento humano
Cultura e desenvolvimento humanoCultura e desenvolvimento humano
Cultura e desenvolvimento humanoFlavinha Souza
 
Santaella Pós Humano
Santaella  Pós  HumanoSantaella  Pós  Humano
Santaella Pós Humanoguest2327c2
 
Design de mídias interativas (Aula 03)
Design de mídias interativas (Aula 03)Design de mídias interativas (Aula 03)
Design de mídias interativas (Aula 03)Raphael Araujo
 
Cultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaCultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaMartaBrito13
 
Santaella homem maquinas
Santaella homem maquinasSantaella homem maquinas
Santaella homem maquinasVenise Melo
 
Novas Mídias, Cultura e Tecnologia
Novas Mídias, Cultura e TecnologiaNovas Mídias, Cultura e Tecnologia
Novas Mídias, Cultura e TecnologiaGabriela Agustini
 

Viewers also liked (10)

Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, Lucia
Da cultura das  mídias à  cibercultura: o  advento do póshumano Santaella, LuciaDa cultura das  mídias à  cibercultura: o  advento do póshumano Santaella, Lucia
Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Santaella, Lucia
 
A cultura da midia
A cultura da midiaA cultura da midia
A cultura da midia
 
Cultura e desenvolvimento humano
Cultura e desenvolvimento humanoCultura e desenvolvimento humano
Cultura e desenvolvimento humano
 
Santaella Pós Humano
Santaella  Pós  HumanoSantaella  Pós  Humano
Santaella Pós Humano
 
Cultura das mídias
Cultura das mídiasCultura das mídias
Cultura das mídias
 
Design de mídias interativas (Aula 03)
Design de mídias interativas (Aula 03)Design de mídias interativas (Aula 03)
Design de mídias interativas (Aula 03)
 
Cultura digital e cibercultura
Cultura digital e ciberculturaCultura digital e cibercultura
Cultura digital e cibercultura
 
Santaella homem maquinas
Santaella homem maquinasSantaella homem maquinas
Santaella homem maquinas
 
Midia introdução
Midia introduçãoMidia introdução
Midia introdução
 
Novas Mídias, Cultura e Tecnologia
Novas Mídias, Cultura e TecnologiaNovas Mídias, Cultura e Tecnologia
Novas Mídias, Cultura e Tecnologia
 

Similar to Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA SANTAELLA)

SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
Sociologia cultura - 2º ano- estudar para prova
Sociologia  cultura - 2º ano- estudar para provaSociologia  cultura - 2º ano- estudar para prova
Sociologia cultura - 2º ano- estudar para provaSocorro Vasconcelos
 
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 -  Cultura e Antropologia.pptxMaterial 7 -  Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptxWillianVieira54
 
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptCONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptRubensMartins36
 
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].pptCULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].pptAdelmaFerreiradeSouz
 
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAProf. Noe Assunção
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...UNEB
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaHebert Balieiro
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &Marcello Lemanski
 
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoO uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoBruno Carrasco
 
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSA CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSDomingosJunior22
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxMarília Vieira
 
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.ppt
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.pptSeminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.ppt
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.pptssuser9cb078
 

Similar to Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA SANTAELLA) (20)

SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
Sociologia cultura - 2º ano- estudar para prova
Sociologia  cultura - 2º ano- estudar para provaSociologia  cultura - 2º ano- estudar para prova
Sociologia cultura - 2º ano- estudar para prova
 
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 -  Cultura e Antropologia.pptxMaterial 7 -  Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
 
Conceitocultura
ConceitoculturaConceitocultura
Conceitocultura
 
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptCONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
 
Cultura e vida social
Cultura e vida socialCultura e vida social
Cultura e vida social
 
3º ano cultura - ii período
3º ano   cultura - ii período3º ano   cultura - ii período
3º ano cultura - ii período
 
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].pptCULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
 
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônica
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &
 
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoO uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
 
Cultura sociologia. 3 ano 1 semestre parcial
Cultura sociologia. 3 ano 1 semestre parcialCultura sociologia. 3 ano 1 semestre parcial
Cultura sociologia. 3 ano 1 semestre parcial
 
Aula diversidade diferença identidade
Aula diversidade diferença identidadeAula diversidade diferença identidade
Aula diversidade diferença identidade
 
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSA CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
 
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.ppt
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.pptSeminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.ppt
Seminário Fluxos, Fronteiras, Hibridos.ppt
 

More from Francilis Enes

O rei artur e os cavaleiros da távola redonda
O rei artur e os cavaleiros da távola redondaO rei artur e os cavaleiros da távola redonda
O rei artur e os cavaleiros da távola redondaFrancilis Enes
 
Lawrence lessig-cultura-livre
Lawrence lessig-cultura-livreLawrence lessig-cultura-livre
Lawrence lessig-cultura-livreFrancilis Enes
 
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politica
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politicaJoao carlos-correia-comunicacao-e-politica
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politicaFrancilis Enes
 
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poder
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poderJoao carlos-correia-comunicacao-e-poder
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poderFrancilis Enes
 
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategica
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategicaEduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategica
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategicaFrancilis Enes
 
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticias
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticiasAldo antonio schmitz-fontes_de_noticias
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticiasFrancilis Enes
 
Por que os jornalistas morrem
Por que os jornalistas morremPor que os jornalistas morrem
Por que os jornalistas morremFrancilis Enes
 
Aula expositiva de j. pol+¡tico
Aula expositiva de j. pol+¡ticoAula expositiva de j. pol+¡tico
Aula expositiva de j. pol+¡ticoFrancilis Enes
 
Cosnciencia global meio ambiente
Cosnciencia global meio ambienteCosnciencia global meio ambiente
Cosnciencia global meio ambienteFrancilis Enes
 
Texto sobre escola de frankfurt
Texto sobre escola de frankfurtTexto sobre escola de frankfurt
Texto sobre escola de frankfurtFrancilis Enes
 
Kant o iluminismo_1784
Kant o iluminismo_1784Kant o iluminismo_1784
Kant o iluminismo_1784Francilis Enes
 
Caminhos convergentes 03_jose_mauricio
Caminhos convergentes 03_jose_mauricioCaminhos convergentes 03_jose_mauricio
Caminhos convergentes 03_jose_mauricioFrancilis Enes
 
Memória e identidade social michael pollak
Memória e identidade social   michael pollakMemória e identidade social   michael pollak
Memória e identidade social michael pollakFrancilis Enes
 
Negritude sem etnicidade artigo
Negritude sem etnicidade artigoNegritude sem etnicidade artigo
Negritude sem etnicidade artigoFrancilis Enes
 
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperar
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperarJornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperar
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperarFrancilis Enes
 
Resenha sobre o livro ás Margens do Rio Sena
Resenha sobre o  livro ás Margens do Rio SenaResenha sobre o  livro ás Margens do Rio Sena
Resenha sobre o livro ás Margens do Rio SenaFrancilis Enes
 
resumo sobre globalização
resumo sobre  globalizaçãoresumo sobre  globalização
resumo sobre globalizaçãoFrancilis Enes
 

More from Francilis Enes (18)

O rei artur e os cavaleiros da távola redonda
O rei artur e os cavaleiros da távola redondaO rei artur e os cavaleiros da távola redonda
O rei artur e os cavaleiros da távola redonda
 
Lawrence lessig-cultura-livre
Lawrence lessig-cultura-livreLawrence lessig-cultura-livre
Lawrence lessig-cultura-livre
 
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politica
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politicaJoao carlos-correia-comunicacao-e-politica
Joao carlos-correia-comunicacao-e-politica
 
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poder
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poderJoao carlos-correia-comunicacao-e-poder
Joao carlos-correia-comunicacao-e-poder
 
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategica
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategicaEduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategica
Eduardo camilo-ensaios-de-comunicacao-estrategica
 
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticias
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticiasAldo antonio schmitz-fontes_de_noticias
Aldo antonio schmitz-fontes_de_noticias
 
Por que os jornalistas morrem
Por que os jornalistas morremPor que os jornalistas morrem
Por que os jornalistas morrem
 
Aula expositiva de j. pol+¡tico
Aula expositiva de j. pol+¡ticoAula expositiva de j. pol+¡tico
Aula expositiva de j. pol+¡tico
 
Nocoes de cidadania
Nocoes de cidadaniaNocoes de cidadania
Nocoes de cidadania
 
Cosnciencia global meio ambiente
Cosnciencia global meio ambienteCosnciencia global meio ambiente
Cosnciencia global meio ambiente
 
Texto sobre escola de frankfurt
Texto sobre escola de frankfurtTexto sobre escola de frankfurt
Texto sobre escola de frankfurt
 
Kant o iluminismo_1784
Kant o iluminismo_1784Kant o iluminismo_1784
Kant o iluminismo_1784
 
Caminhos convergentes 03_jose_mauricio
Caminhos convergentes 03_jose_mauricioCaminhos convergentes 03_jose_mauricio
Caminhos convergentes 03_jose_mauricio
 
Memória e identidade social michael pollak
Memória e identidade social   michael pollakMemória e identidade social   michael pollak
Memória e identidade social michael pollak
 
Negritude sem etnicidade artigo
Negritude sem etnicidade artigoNegritude sem etnicidade artigo
Negritude sem etnicidade artigo
 
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperar
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperarJornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperar
Jornalismo 20-como-sobreviver-e-prosperar
 
Resenha sobre o livro ás Margens do Rio Sena
Resenha sobre o  livro ás Margens do Rio SenaResenha sobre o  livro ás Margens do Rio Sena
Resenha sobre o livro ás Margens do Rio Sena
 
resumo sobre globalização
resumo sobre  globalizaçãoresumo sobre  globalização
resumo sobre globalização
 

Recently uploaded

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 

Recently uploaded (20)

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 

Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA SANTAELLA)

  • 1. FICHAMENTO Santaella, Lúcia. Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. O Que é Cultura “A cultura é como a vida. Sua tendência é crescer, desenvolver-se, proliferar” (p. 29). “*...+ ela tende a se expandir como um gás para ocupar todo o espaço disponível; ela se adapta às exigências do espaço que se tornou disponível; ela se desenvolve continuamente em níveis de maior complexidade; quanto mais complexo o nível de sua organização, mais rapidamente a vida cresce” (p. 29). “*...+ Sua disposição para o crescimento é natural. Também como a vida, quando encontra condições favoráveis ao seu desenvolvimento, a cultura se alastra, floresce, aparece, faz-se ostensivamente presente” (p. 29). “*...+ a cultura é aprendida, que ela permite a adaptação humana ao seu ambiente natural, que ela é grandemente variável e que se manifesta em instituições, padrões de pensamento e objetos matérias” (p. 30). “*...+ a cultura é a parte do ambiente que é feito pelo homem. Implícito nisto está o reconhecimento de que a vida humana é vivida num contexto duplo, o habitar natural e seu ambiente social” (p. 31). “*...+ a cultura é mais do que um fenômeno biológico. Ela inclui todos os elementos do legado humano maduro que foi adquirido através do seu grupo pela aprendizagem consciente [...] por processo de condicionamento - técnicas de várias espécies, sociais ou institucionais, crenças, modos padronizados de conduta” (p. 31). “*...+ Barnard (1973: 613) nos informa que, embora tenha tido sua origem no mundo latino, a apalavra cultura só foi se tornar corrente na Europa na segunda metade do século XVIII, quando o termo começou a ser aplicado às sociedades humanas” (p. 31).
  • 2. “*...+ Aos significados herdados, logo se juntaram tantos outros que, antes da última década do século XVIII, a proliferação dos seus sentidos levou o filósofo alemão J. G. von Herder a afirmar que nada poderia ser mais indeterminado do que a palavra cultura. Dessa época em diante, os sentidos se estenderam até ao ponto de levar o escritor A. Lawrence Lowell a dizer, em 1934, que nada no mundo é mais elusivo do que cultura” (p. 31). A Concepção Humanista e a Antropológica “*...+ Enquanto que na concepção antropológica a cultura é, por natureza, plural e relativista, quer dizer, o mundo está dividido em diferentes culturas, cada uma delas valiosa em si mesma, para os humanistas, algumas pessoas tem mais cultura do que outras e alguns produtos humanos, tais como artes visuais, música, literatura, são mais culturais do que outros (Barnard e Spencer 1996: 136)” (p. 33). “É dessas duas concepções que derivam os sentidos de cultura que se tornaram correntes: o sentido lato e o sentido escrito [...]. O sentido lato descreve todos os aspectos característicos de uma forma particar de vida humana. O sentido escrito é uma província das humanidades, cujo objetivo é e interpretar e transmitir as gerações futuras o sistema de valores em função dos quais os participantes em uma forma de vida encontram significado e propósito” (p. 34). “*...+ acultura pode ser pensada como um agente causal que afeta o processo evolutivo através de meios exclusivamente humanos, na medida em que permite a avaliação autoconsciente das possibilidades humanas à luz de um sistema de valores que reflete as idéias prevalecentes sobre o que a vida humana deveria ser” (p. 34). Cultura e Civilização “De acordo com Barnard, para escritores como Kant, Coleridge e Matthew Arnaold, a cultura representa essencialmente as condições morais do indivíduo, enquanto a
  • 3. civilização significa as convenções da sociedade. Invariavelmente a primeira está associada a valores espirituais, a segunda a valores materiais” (p. 35). A Cultura na Antropologia “*...+ tudo aquilo que pode ser entendido como uma organização, como uma regulação simbólica da vida social pertence a cultura, sendo esta a maneira pela qual se agenciam num mesmo todo elementos tão diversos *...+” (p. 37). “Todos esses traços culturais formam um conjunto de modelos diferentes de organização da vida social, de acordo com a sociedade que a etnologia descreve ou mesmo de acordo com os grupos estudados dentro de uma mesma sociedade” (p. 37). “*...+ a história antropológica da cultura começa quando se insiste no uso da palavra cultura no plural, ‘culturas’, pois nesta pluralidade esta a chave do sentido moderno de cultura na antropologia” (p. 38). Os Traços da Cultura “[...] a cultura está relacionada com ações, idéias e artefatos que os indivíduos numa dada tradição aprendem, compartilham e avaliam” (p. 43). “Via de regra, as ações, idéias e artefatos são englobados sob uma rubrica mais geral denominada comportamento e costumes” (p. 43). A Cultura Como Fenômeno Histórico “*...+ Costumes, crenças, ferramentas, técnicas difundem-se de uma região para outra, de um povo para outro. Os elementos culturais tem assim uma história cronológica. Isso envolve questões tais como origem, crescimento e diferenciação cultural através da história” (p. 43).
  • 4. A Cultura Como Fenômeno Regional “[...] Esse caráter geográfico define certos costumes, artes, religiões etc. Como pertencentes às regiões em que eles existem. Assim, um certo hábito social de uma região pode ser absorvido por outras regiões” (p. 44). Os Padrões Culturais “*...+ A cultura tende a ser padronizada. Ela envolve a repetição de comportamentos similares aprovados pelo grupo, de modo que ela tem uma forma estruturada e reconhecível. Se os indivíduos ajustam seu comportamento através do tempo de acordo com o padrão aprovado, a cultura permanece estável” (p. 44). “*...+ há padrões gerais ou universais que se expressam em categorias tais como atividade econômica. Religião, arte e língua” (p. 44). As Configurações da Cultura “*...+ uma cultura tende a ser integrada. Ela apresenta configurações, quer dizer, premissas, valores e objetivos mais ou menos consistentes que lhe dão unidade” (p. 44). Estabilidades e Mudanças na Cultura “*...+ O ritmo das mudanças culturais varia muito, dependendo das possibilidades que se apresentam para que o crescimento e o desenvolvimento possam se realizar” (p. 45). “*...+ Sistemas culturais sobrevivem porque seus membros estão adaptados a tradição que é reproduzida através de sua tradução em ações. Por outro lado, contudo, sem a mudança, a cultura estagnaria” (p. 45).
  • 5. Os Sistemas Culturais “As condições de diversidade e dinamicidade tornam qualquer cultura um fenômeno sempre complexo” (p. 45). “*...+ não podemos identificar uma cultura no sentido de continuidade de uma mesma tradição amplamente comum. Ao contrario, falamos sempre de padrões não muito bem definidos e consistentes com variações internas múltiplas” (p. 45). “*...+ Entre os sistemas culturais tema-se tipos altamente estruturados de comportamentos aprendidos (sistemas de sinais como a língua), afiliações políticas (cidadania, nacionalidade), religião (envolvendo crenças e valores focais)” (p. 45). A Aculturação “Quando dois grupos culturais são postos em contato, eles absorvem elementos culturais um do outro” (p. 46). “Quando o contato e a difusão ocorrem com alguma continuidade, o processo de transferência é chamado de aculturação” (p. 46). A Continuidade da Cultura “*...+ Elementos culturais uma vez inventados, passam de um individuo para o outro através do aprendizado. Eles são compartilhados de uma geração a outra. Qualquer ruptura no seu aprendizado levaria ao seu desaparecimento” (p. 46). “O continuum cultural se estende do começo da existência humana até o presente. As culturas se cruzam e recruzam, fundem-se e dividem-se; elementos são adicionados aqui ou perdidos ali. Uma cultura vista como um ponto no continuum é o resultado de todas as mudanças e vicissitudes do passado, tendo dentro de si o potencial para a mudança contínua (Keesing 1964: 25-29)” (p. 46).
  • 6. A Simbolicidade da Cultura “Os artefatos ou objetos feitos pelo homem, as motivações e ações, a fala humana tem significados” (p. 46). “Sem o conhecimento de seus significados, esses elementos culturais são incompreensíveis. Sob o ponto de vista dos signos e seus significados, as culturas costumam ser chamadas de sistemas de símbolos” (p. 46). Uma Visão Heterotópica das Mídias Digitais “*...+ No sentido mais restrito, mídia se refere especificamente aos meios de comunicação de massa, especialmente aos meios de transmissão de notícias e informação” (p. 62). “*...+ As instabilidades, interstícios, deslizamentos e reorganizações constantes dos cenários culturais, a circulação mais fluida e as articulações mais complexas, as interações e reintegrações dos níveis, gêneros e formas de cultura, o cruzamento de suas identidades, a transnacionalização da cultura, o crescimento acelerado das tecnologias e das mídias comunicacionais, a ampliação dos mercados culturais, a expansão e os novos hábitos no consumo de cultura estão nos desafiando para encontrar novas estratégias e perspectivas de entendimento capazes de acompanhar os deslocamentos e contradições, os desenhos moveis da heterogeneidade pluritemporal e espacial que caracteriza as sociedades pós-modernas, muito acentuadamente as latino-americanas” (p. 65). “*...+ hoje todas as culturas são fronteiriças, fluidas, desterritorializadas” (p. 65).
  • 7. Os Dispositivos de Análise da Cultura e da Comunicação “A seqüência de mudanças nos dispositivos de analise da comunicação e cultura no século XX funciona como um indicador das impressionantes transformações por que os fenômenos culturais vem passando, transformações essas primeiramente devidas à exploração dos meios de comunicação de massa que prevaleceu até os anos 80, e atualmente devidas à onipresença da realidade midiática” (p. 66). “O advento da cultura massiva a partir dos meios de reprodução técnico-industriais [...] seguida do gigantismo dos meios eletrônicos de difusão - rádio e televisão-, produziu um impacto até hoje atordoante na tradicional divisão da cultura em erudita, culta, de elite, de um lado, e popular, de outro” (p. 66). “Desta divisão se alimentaram as concepções sóciopolíticos da cultura de extração marxista, segundo as quais a cultura é um campo de tensões do interior de sociedades concebidas como arenas de classes em luta” (p. 66). “[...] esse diagnóstico do social serviu como meio de analise dos diferentes níveis e estratos culturais, populares ou de elite, funcionando como representações de conflitos de classes” (p. 66). “*...+ surgiu na escola de Frakfurt, a teoria da indústria cultural que veio encontrar solo fértil de divulgação na América latina, especialmente no Brasil. Embora até hoje inquestionável na sua constatação de que qualquer produto cultural, por mais espiritual que possa parecer, é produzido e consumido de acordo com as leis do mercado capitalista, essa teoria ajudou a acentuar ainda mais o pretenso fosso que separa a chamada cultura erudita das outras formas de reprodução de cultura, popular ou de massa” (p. 66). “As dificuldades para definir com precisão o perfil popular e o erudito nos produtos culturais foram acompanhadas pelas teimosas ilusões de autonomia desses campos e pelos preconceitos contra os meios de comunicação de massa” (p. 67). “Não foram necessárias argumentos para enfraquecer as lutas pela defesa dessas fronteiras. Elas caíram naturalmente no vazio ao serem atropeladas, nos anos 80, pelo
  • 8. advento de novas formas de consumo cultural propiciadas pelas tecnologias comunicacionais do disponível e do descartável” (p. 67). “*...+ foi crescendo a olhos vistos a tendência para os trânsitos e intercâmbios dos meios de comunicação entre si, criando redes de complementaridades q eu chamei de cultura das mídias (Santaella 1992), uma dinâmica cultural que ia se distinguindo da cultura de massa, devido justamente ao aparecimento das novas tecnologias segmentadoras, diversificadoras, capazes de uma maior adequação a um público mais individualizado” (p. 68). “*...+ a cultura das mídias não se caracteriza mais como mídia massiva, pois ia rompendo com os traços fundamentais da cultura de massas, a saber, a simultaneidade e uniformidade da mensagem emitida e recebida. O crescimento da multiplicidade de mídias, a multiplicação de suas mensagens e fontes foi dando margem ao surgimento de receptores mais seletivos, individualizados, o que foi sem dúvida, preparando o terreno para emergência da cultura digital, na medida em que esta exige receptores atuantes, caçadores em busca de presas informacionais de sua própria escolha”. (p. 68). Da Cultura de Massas à Cultura das Mídias “*...+ A cultura de massas originou-se no jornal com seus coadjuvantes, o telegrafo e a fotografia. Acentuou-se com o surgimento do cinema, uma mídia feita para recepção coletiva. Mas foi só com a TV que se solidificou a ideia do homem de massa” (p. 79). “*...+ Não fazíamos ideia de que existiam coisas como consumo de massa e psicologia de massa até a televisão fazer delas seu próprio conteúdo. A lógica da televisão é a de uma audiência recebendo informações sem responder [...]. Disso decorre a natureza fundamental de um meio de difusão: o padrão de energia viaja num só sentido, na direção do receptor, para ser consumido com uma resistência mínima, o que cria condições favoráveis para a promoção e distribuição de produtos com ênfase na persuasão e na embalagem” (p. 79).
  • 9. “Não obstantes as críticas à passividade e alienação do homem de massa, a indiscutível adesão que, desde seu aparecimento, a televisão produziu no espectador não vem do acaso” (p. 80). “*...+ Conforme foi evidenciado por Tichi (1991 apud Castells 2000: 361) [...] O poder rela da televisão ‘é que ela arma o palco para todos os processos que se pretendem comunicar à sociedade em geral, de política a negócios, inclusive esportes e artes. A televisão modela a linguagem de comunicação societal’” (p. 80).