Trabalho ciência como forma de conhecimento renato e guilherme
1. A Ciência como forma
de conhecimento
Metodologia do Trabalho Científico
2º Período Educação Física Noite
Guilherme Lucas Rezende Diniz
Renato Pongeluppi de Almeida
2. “A ciência tem as suas origens na necessidade de conhecer e compreender (ou explicar), isto é,
nas necessidades cognitivas.” Maslow (1979: 206)
3. Senso Comum
Superficial, sensitivo, subjetivo;
Inexato, falível, valorativo, reflexivo;
Consiste apenas numa série de conhecimentos
dispersos e desconexos;
“Não distingue entre fenômeno e essência (...). Ao
mesmo tempo, assume informações de terceiros sem
as criticar”. Demos (1985: 30)
Imediatista.
4. Pensamento Religioso
Infalível, exato, não-verificável;
Inspiracional, valorativo;
Seu princípio se apoia no sobrenatural;
Por muitos séculos, se imaginava que a causa das doenças
(pestes) do mundo eram atribuídas a um sobrenatural, ao
demônio, a falta de Deus.
5. “A ciência moderna nasceu fora das universidades, muitas vezes em
polêmica com elas. Posteriormente transformou-se em uma atividade
social organizada capaz de criar as suas próprias instituições.” (Rossi,
2001:371).
A importância da ciência para o desenvolvimento do capitalismo que
“mina o aparelho espiritual feudal controlado pela Igreja”, passando
pelas orientações marítimas para os comerciantes à procura de novos
mercados, chegando à industrialização, quando a ciência torna-se
força produtiva e passa a ser apropriada pelo Estado. Deus (1979:12).
A CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA NA ERA MODERNA
6. ORGANIZAÇÃO DE CIENTISTAS EM COMUNIDADES CIENTÍFICAS
De acordo com Chalmers (1994) a organização de cientistas em comunidades
científicas vai ser discutida e analisada por diversos autores, como:
Imre Lakatos, Karl Popper e Paul Feyerabend:
Nas décadas de 1960 e 1970 no âmbito da filosofia da ciência. Discussões que vem
do conhecimento científico como questão política e destacam papel ideológico.
De acordo com Deus (1979:17) destaca também a contribuição de autores da
sociologia da ciência, tais como Robert Mertoon (1979) onde destaca o
“cepticismo organizado” e Thomas Kuhn (1975) que analisa as comunidades
científicas como suporte real do saber institucionalizado.
7. A necessidade de se ter fundamentos sobre o processo de investigação e a
certeza de resultados, despertou interesse de três pensadores no século XVI em
povos distintos (Gressler, 2003:28):
René Descartes (1596-1650) - País: França
Pautou sua defesa no método dedutivo.
Principais obras: “O discurso do método” e “Meditações”.
Francis Bacon (1561-1626) – País: Inglaterra
Configuração doutrinária à indução experimental, procurando ensinar alguns
métodos rudimentares de observação e apontamentos.
Principais obras: “Novum Organum”.
Galileu Galilei (1564-1642) – País: Itália
Pensamento baseado na experimentação.
Colocou à prova alguns ensinamentos de Aristóteles.
Conhecido como “o pai do método científico”.
A FUNDAMENTAÇÃO DA CIÊNCIA
8. PRINCIPAIS QUISTIONAMENTOS DA CIÊNCIA NA PÓS-MODERNIDADE
Perda de confiança do “paradigma dominante”, modelo de ciência do século XVI,
que caracteriza pela luta apaixonada contra todas as formas de dogmatismo e
autoridade. Santos (1996).
A ciência como “mistificação de massas” logo após a II Guerra. Dominação da
sociedade ocidental contemporânea. Adorno e Horkheimer (1947/1985).
A ciência deixou de ser um elemento libertador e passou a inserir-se na lógica industrial
da sociedade capitalista. Habernas (1989).
“Ciencia pós-moderna” voltada não para o modo da compreensão da natureza,
como a ciência clássica, mas para a resolução de alguns problemas causados pela
ciência modera e tecnologias. Wersin (1993:229).
A superação da compartimentalização dos saberes. Morin e Lemoigne, 2000:199-213).
Grande revolução em todas as ciências com a crise do modelo cartesiano. Capra
(1987).
9. “O conhecimento científico, enquanto produto, é afetado pelas condições de um contexto
específico”. (Silva, 2002:109).
“A verdade científica reside numa espécie particular de condições sociais de produção”.
(Bourdieu, 1983:122).
Cientistas estão constantemente em luta por autoridade e reconhecimento. (Bourdieu, 1983)
Alguns cientistas irão criar ou fortalecer novas áreas ou campos de pesquisas, verificando em
alguns momentos a atitude mais interessante ou “lucrativa” dentro do jogo científico. Habitus,
categoria de Bourdieu.
10. REFERÊNCIAS:
“A ciência como forma de conhecimento. Carlos Alberto Ávila Araújo. Escola de Ciência da
informação, universidade federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas gerais, Brasil.”
“Ciências & Cognição 2006, Vol 08: 127-142.”