SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
As Cantigas de Amor Lírica Trovadoresca
Proençaissoenmuibentrobar e dizen eles que é con amor,  mays os que troban no tempo da flor  e nonen outro sey eu ben que non amtamgrancoyta no seu coraçon qual m’eu por mha senhor vejo levar.   Pero que troban e sabenloar sas senhores o mays e o melhor  que eles podem, sõo sabedor  que os que troban, quand’afrolsazon á e non ante, se Deus mi perdon,  nonan tal coyta qual eu seysen par.   Ca os que troban e que ss’alegrar vaneno tempo que ten a color a frolconsigu’e, tanto que se fôr aquel tempo, logu’entrobarrazon nonan, nonviven (en) qual perdiçon oj’euvyvo, que poysm’á de matar. D. Dinis Os provençais que bem sabem trovar!  e dizem eles que trovam com amor,  mas os que cantam na estação da flor  e nunca antes, jamais no coração  semelhante tristeza sentirão  qual por minha senhora ando a levar.   Muito bem trovam! Que bem sabem louvar  as suas bem-amadas! Com que ardor os povençais lhes tecem um louvor!  Mas os que trovam durante a estação  da flor e nunca antes, sei que não conhecem dor que à minha se compare.   Os que trovam e alegres vejo estar  quando na flor está derramada a cor  e que depois quando a estação se for,  de trovar não mais se lembrarão,  esses, sei eu que nunca morrerão  de desventura que vejo a mim matar. Natália Correia
Tema:  autenticidade amorosa versusformalismo do amor cortês
Essa cantiga é chamada de mestria porque não tem refrão, é artisticamente mais bem elaborada, fugindo aos esquemas da lírica popular. Quanto à estrutura, o poema é composto de três estrofes, cada qual de oito versos decassílabos, com o esquema rítmico abbcca, que se repete em todas as cobras, estabelecendo assim um chamamento fónico entre os versos externos (primeiro e último) e internos (segundo e terceiro, quarto e quinto) das três estrofes. A tal entrelaçamento sonoro corresponde uma interacção semântica, pois as três cobras giram em torno da mesma idéia básica: o amor que o eu poemático sente pela mulher amada é mui­to mais sincero e duradouro que o amor cantado pelos trovadores da Provença. Se, de um lado, o rei-trovador admite a inegável influência da poesia trovadoresca do sul da França sobre a lírica peninsular, de outro lado faz questão de ressaltar que sua poesia, fugindo do con­vencionalismo de escola, é mais autêntica, exprimindo realmente o que se passa no coração do poeta. Assim, na primeira estrofe, revela que os trovadores provençais, por cantarem apenas durante a primavera, não podem sentir a coita, a dor amorosa que ele sente por sua senhora durante o ano todo. Dá a entender, então, que os pro­vençais são versejadores profissionais, que não sentem o que can­tam. Tal momento ideológico, com pequenas variantes, encontra-se repetido nas duas estrofes seguintes. É interessante notar que, nos dois versos finais, o eu poemático afirma que a intensidade do sofrimento de amor pode levá-lo à morte. A relação amor-morte, como já vimos, é uma constante na lírica occitânica. Na cantiga de amigo que analisamos, de carácter rea­lístico, era a falta do amor carnal que poderia causar a morte da jovem apaixonada; aqui, na cantiga de amor, de carácter idealizante, é apenas a ausência, a não-visão do rosto da mulher amada, que pode causar a morte do trovador. A mulher, portanto, é quase divinizada: sua figura irradia a luz que dá a vida. A cantiga de amor contém em germe uma concepção de vida medieval que encontrará em Dante Alighieri a melhor expressão estética: especialmente no cântico do Paraíso de sua Divina comédia, as almas são tanto mais felizes quan­to mais estão perto da luz celestial.
Que soidade de mia senhor heiquando me nembra dela qual a vi,e que me nembra que bem a oífalar; e por quanto bem dela sei,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca, pero mi nunca fez bem,se a nom vir, nom me posso guardard'ensandecer[1] ou morrer com pesar;e, porque ela tod'em poder tem,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca tal a fez Nostro Senhor,de quantas outras no mundo somnomlhi fez par, a la minha fé, nom;e poi-la fez das melhores melhor,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca tal a quis Deus fazerque, se a nom vir, nom posso viver. Que saudade da minha senhor tenho,quando me lembro de como a vie que me lembro de como bem a ouvifalar, e, por quanto bem de ela sei      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque, para mim nunca fez bem,se não a vir, não me posso guardarde enlouquecer ou morrer com pesar,e, por que ela todo o poder disso tem,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque como a fez Nosso Senhor;de quantas outras no mundo hánão fez outra como ela, não,e, pois a fez das melhores a melhor,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque tal como a quis Deus fazerque, se não a vir, não posso viver.
Tema:  Saudade
Que saudade da minha senhor tenho,quando me lembro de como a vie que me lembro de como bem a ouvifalar, e, por quanto bem de ela sei      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque, para mim nunca fez bem,se não a vir, não me posso guardarde enlouquecer ou morrer com pesar,e, por que ela todo o poder disso tem,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque como a fez Nosso Senhor;de quantas outras no mundo hánão fez outra como ela, não,e, pois a fez das melhores a melhor,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque tal como a quis Deus fazerque, se não a vir, não posso viver.
Tema: trovar de amor. Assunto: o sujeito poético enaltece e elogia a sua dama, referindo as suas qualidades morais, exaltando a sua beleza e afirmando que nenhuma outra a ela se compara. Recursos estilísticos: hipérbole (ao longo de todo o poema); quantificativos: "todo, gran, mui, ben, muigran, melhor"; polissíndeto: "e beleza e lorr e falar muiben e rir melhor". Forma:cantiga de mestria, Verbos decassílabos  Esquema rimático: abbacca;  rima interpolada e emparelhada, pobre.
Fim

More Related Content

What's hot

Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseHelena Coutinho
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesCristina Martins
 
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)Raquel Antunes
 
Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosacnlx
 
Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerCantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerHelena Coutinho
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteHelena Coutinho
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoFatima Mendonca
 
Teste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 anoTeste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 anoRonaldo Figo
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraDavid Caçador
 
8 teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora
8   teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora8   teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora
8 teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editoraCarla Ribeiro
 
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docxsilviaelisabete
 
Síntese Sermão de Santo António aos Peixes
Síntese Sermão de Santo António aos PeixesSíntese Sermão de Santo António aos Peixes
Síntese Sermão de Santo António aos PeixesCatarina Castro
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Lurdes Augusto
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoGijasilvelitz 2
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasclaudiarmarques
 

What's hot (20)

Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesse
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de Camões
 
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
 
Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosa
 
Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerCantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizer
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
 
Teste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 anoTeste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 ano
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
8 teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora
8   teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora8   teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora
8 teste poesia-trovadoresca_asa_porto_editora
 
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx
13407362-As-palavras-Eugenio-de-Andrade.docx
 
Síntese Sermão de Santo António aos Peixes
Síntese Sermão de Santo António aos PeixesSíntese Sermão de Santo António aos Peixes
Síntese Sermão de Santo António aos Peixes
 
Subordinação
SubordinaçãoSubordinação
Subordinação
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumo
 
Lírica camoniana
Lírica camonianaLírica camoniana
Lírica camoniana
 
Ondas do mar de vigo
Ondas do mar de vigoOndas do mar de vigo
Ondas do mar de vigo
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
 

Viewers also liked

Questionário Poesia Trovadoresca
Questionário Poesia TrovadorescaQuestionário Poesia Trovadoresca
Questionário Poesia TrovadorescaElsa Maximiano
 
Caracteristicas da Poesia Trovadoresca
Caracteristicas da Poesia TrovadorescaCaracteristicas da Poesia Trovadoresca
Caracteristicas da Poesia TrovadorescaElsa Maximiano
 
A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85guesta5baa8
 
4 fases para fazer um texto expositivo
4 fases para fazer um  texto expositivo4 fases para fazer um  texto expositivo
4 fases para fazer um texto expositivoJaicinha
 
Cantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesCantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesheleira02
 
Comentario cantiga amor
Comentario cantiga amorComentario cantiga amor
Comentario cantiga amorIreneSeara
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoDina Baptista
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amorheleira02
 

Viewers also liked (12)

Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 
Questionário Poesia Trovadoresca
Questionário Poesia TrovadorescaQuestionário Poesia Trovadoresca
Questionário Poesia Trovadoresca
 
Caracteristicas da Poesia Trovadoresca
Caracteristicas da Poesia TrovadorescaCaracteristicas da Poesia Trovadoresca
Caracteristicas da Poesia Trovadoresca
 
A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85
 
4 fases para fazer um texto expositivo
4 fases para fazer um  texto expositivo4 fases para fazer um  texto expositivo
4 fases para fazer um texto expositivo
 
Cantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescas
 
Cantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesCantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análises
 
Comentario cantiga amor
Comentario cantiga amorComentario cantiga amor
Comentario cantiga amor
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
L. trovadorismo
L. trovadorismoL. trovadorismo
L. trovadorismo
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 

Similar to A Beleza da Dama

Sonetos de camões
Sonetos de camões Sonetos de camões
Sonetos de camões TVUERJ
 
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdf
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdfTrovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdf
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdfCyntiaJorge
 
Idade média e o trovadorismo
Idade média e o trovadorismoIdade média e o trovadorismo
Idade média e o trovadorismoSandra Torrano
 
30 Poemas De Amor Slide
30 Poemas De Amor Slide30 Poemas De Amor Slide
30 Poemas De Amor SlideHugo Pereira
 
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezApresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezLuis Felipe Gouvea
 
Livro fragmentos(1) (1)
 Livro fragmentos(1) (1) Livro fragmentos(1) (1)
Livro fragmentos(1) (1)Sylvia Seny
 
resumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdfresumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdfAdliaMarques5
 
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdfFicha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdfMariaMargaridaPereir5
 
Atps de literatura (slides) completo
Atps de literatura (slides)  completoAtps de literatura (slides)  completo
Atps de literatura (slides) completolygia_alabarce
 
Poemas s. valentim love
Poemas s. valentim lovePoemas s. valentim love
Poemas s. valentim loveGaby Veloso
 
Revisando o trovadorismo, 02
Revisando o trovadorismo, 02Revisando o trovadorismo, 02
Revisando o trovadorismo, 02ma.no.el.ne.ves
 
cântico dos cânticos
cântico dos cânticoscântico dos cânticos
cântico dos cânticoswelingtonjh
 

Similar to A Beleza da Dama (20)

Sonetos de camões
Sonetos de camões Sonetos de camões
Sonetos de camões
 
Antologia poética
Antologia poéticaAntologia poética
Antologia poética
 
Trovadorismo português
Trovadorismo portuguêsTrovadorismo português
Trovadorismo português
 
Minha vida vive
Minha vida viveMinha vida vive
Minha vida vive
 
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdf
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdfTrovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdf
Trovadorismo-Lista-de-Exercicios-Literatura-ENEM (1).pdf
 
Letras Leandro de Moraes
Letras Leandro de Moraes Letras Leandro de Moraes
Letras Leandro de Moraes
 
Idade média e o trovadorismo
Idade média e o trovadorismoIdade média e o trovadorismo
Idade média e o trovadorismo
 
Feras da Poetica
Feras da PoeticaFeras da Poetica
Feras da Poetica
 
Sonetos (Camões) UNICAMP
Sonetos (Camões) UNICAMPSonetos (Camões) UNICAMP
Sonetos (Camões) UNICAMP
 
30 Poemas De Amor Slide
30 Poemas De Amor Slide30 Poemas De Amor Slide
30 Poemas De Amor Slide
 
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende PerezApresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
Apresentação Livro E.E. Omar Rezende Perez
 
Livro fragmentos(1) (1)
 Livro fragmentos(1) (1) Livro fragmentos(1) (1)
Livro fragmentos(1) (1)
 
resumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdfresumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdf
 
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdfFicha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Atps de literatura (slides) completo
Atps de literatura (slides)  completoAtps de literatura (slides)  completo
Atps de literatura (slides) completo
 
Poemas s. valentim love
Poemas s. valentim lovePoemas s. valentim love
Poemas s. valentim love
 
Revisando o trovadorismo, 02
Revisando o trovadorismo, 02Revisando o trovadorismo, 02
Revisando o trovadorismo, 02
 
Cantares
CantaresCantares
Cantares
 
cântico dos cânticos
cântico dos cânticoscântico dos cânticos
cântico dos cânticos
 

More from Helena Coutinho

Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasSanto antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasHelena Coutinho
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particularHelena Coutinho
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralHelena Coutinho
 
Cap iii louvores particular
Cap iii louvores particularCap iii louvores particular
Cap iii louvores particularHelena Coutinho
 
Contexto histórico padre antónio vieira
Contexto histórico padre antónio vieiraContexto histórico padre antónio vieira
Contexto histórico padre antónio vieiraHelena Coutinho
 
. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibirHelena Coutinho
 
Ondados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteOndados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteHelena Coutinho
 
Sete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaSete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaHelena Coutinho
 
Oh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoOh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoHelena Coutinho
 

More from Helena Coutinho (20)

. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasSanto antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
 
Relato hagiografico
Relato hagiograficoRelato hagiografico
Relato hagiografico
 
P.ant vieira bio
P.ant vieira bioP.ant vieira bio
P.ant vieira bio
 
Epígrafe sermao
Epígrafe sermaoEpígrafe sermao
Epígrafe sermao
 
Cap vi
Cap viCap vi
Cap vi
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geral
 
Cap iii louvores particular
Cap iii louvores particularCap iii louvores particular
Cap iii louvores particular
 
Cap ii louvores geral
Cap ii louvores geralCap ii louvores geral
Cap ii louvores geral
 
1. introd e estrutura
1. introd e estrutura1. introd e estrutura
1. introd e estrutura
 
Contexto histórico padre antónio vieira
Contexto histórico padre antónio vieiraContexto histórico padre antónio vieira
Contexto histórico padre antónio vieira
 
. O texto dramático
. O texto dramático. O texto dramático
. O texto dramático
 
. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir
 
Fls figuras reais
Fls figuras reaisFls figuras reais
Fls figuras reais
 
. Enredo
. Enredo. Enredo
. Enredo
 
. A obra e o contexto
. A obra e o contexto. A obra e o contexto
. A obra e o contexto
 
Ondados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteOndados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzente
 
Sete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaSete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob servia
 
Oh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoOh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em ano
 

Recently uploaded

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

A Beleza da Dama

  • 1. As Cantigas de Amor Lírica Trovadoresca
  • 2. Proençaissoenmuibentrobar e dizen eles que é con amor, mays os que troban no tempo da flor e nonen outro sey eu ben que non amtamgrancoyta no seu coraçon qual m’eu por mha senhor vejo levar.   Pero que troban e sabenloar sas senhores o mays e o melhor que eles podem, sõo sabedor que os que troban, quand’afrolsazon á e non ante, se Deus mi perdon, nonan tal coyta qual eu seysen par.   Ca os que troban e que ss’alegrar vaneno tempo que ten a color a frolconsigu’e, tanto que se fôr aquel tempo, logu’entrobarrazon nonan, nonviven (en) qual perdiçon oj’euvyvo, que poysm’á de matar. D. Dinis Os provençais que bem sabem trovar! e dizem eles que trovam com amor, mas os que cantam na estação da flor e nunca antes, jamais no coração semelhante tristeza sentirão qual por minha senhora ando a levar.   Muito bem trovam! Que bem sabem louvar as suas bem-amadas! Com que ardor os povençais lhes tecem um louvor! Mas os que trovam durante a estação da flor e nunca antes, sei que não conhecem dor que à minha se compare.   Os que trovam e alegres vejo estar quando na flor está derramada a cor e que depois quando a estação se for, de trovar não mais se lembrarão, esses, sei eu que nunca morrerão de desventura que vejo a mim matar. Natália Correia
  • 3. Tema: autenticidade amorosa versusformalismo do amor cortês
  • 4.
  • 5.
  • 6. Essa cantiga é chamada de mestria porque não tem refrão, é artisticamente mais bem elaborada, fugindo aos esquemas da lírica popular. Quanto à estrutura, o poema é composto de três estrofes, cada qual de oito versos decassílabos, com o esquema rítmico abbcca, que se repete em todas as cobras, estabelecendo assim um chamamento fónico entre os versos externos (primeiro e último) e internos (segundo e terceiro, quarto e quinto) das três estrofes. A tal entrelaçamento sonoro corresponde uma interacção semântica, pois as três cobras giram em torno da mesma idéia básica: o amor que o eu poemático sente pela mulher amada é mui­to mais sincero e duradouro que o amor cantado pelos trovadores da Provença. Se, de um lado, o rei-trovador admite a inegável influência da poesia trovadoresca do sul da França sobre a lírica peninsular, de outro lado faz questão de ressaltar que sua poesia, fugindo do con­vencionalismo de escola, é mais autêntica, exprimindo realmente o que se passa no coração do poeta. Assim, na primeira estrofe, revela que os trovadores provençais, por cantarem apenas durante a primavera, não podem sentir a coita, a dor amorosa que ele sente por sua senhora durante o ano todo. Dá a entender, então, que os pro­vençais são versejadores profissionais, que não sentem o que can­tam. Tal momento ideológico, com pequenas variantes, encontra-se repetido nas duas estrofes seguintes. É interessante notar que, nos dois versos finais, o eu poemático afirma que a intensidade do sofrimento de amor pode levá-lo à morte. A relação amor-morte, como já vimos, é uma constante na lírica occitânica. Na cantiga de amigo que analisamos, de carácter rea­lístico, era a falta do amor carnal que poderia causar a morte da jovem apaixonada; aqui, na cantiga de amor, de carácter idealizante, é apenas a ausência, a não-visão do rosto da mulher amada, que pode causar a morte do trovador. A mulher, portanto, é quase divinizada: sua figura irradia a luz que dá a vida. A cantiga de amor contém em germe uma concepção de vida medieval que encontrará em Dante Alighieri a melhor expressão estética: especialmente no cântico do Paraíso de sua Divina comédia, as almas são tanto mais felizes quan­to mais estão perto da luz celestial.
  • 7. Que soidade de mia senhor heiquando me nembra dela qual a vi,e que me nembra que bem a oífalar; e por quanto bem dela sei,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca, pero mi nunca fez bem,se a nom vir, nom me posso guardard'ensandecer[1] ou morrer com pesar;e, porque ela tod'em poder tem,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca tal a fez Nostro Senhor,de quantas outras no mundo somnomlhi fez par, a la minha fé, nom;e poi-la fez das melhores melhor,rogu'eu a Deus que end'há o poder,que ma leixe, se lhiprouguer, veer cedo; ca tal a quis Deus fazerque, se a nom vir, nom posso viver. Que saudade da minha senhor tenho,quando me lembro de como a vie que me lembro de como bem a ouvifalar, e, por quanto bem de ela sei      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque, para mim nunca fez bem,se não a vir, não me posso guardarde enlouquecer ou morrer com pesar,e, por que ela todo o poder disso tem,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque como a fez Nosso Senhor;de quantas outras no mundo hánão fez outra como ela, não,e, pois a fez das melhores a melhor,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque tal como a quis Deus fazerque, se não a vir, não posso viver.
  • 9. Que saudade da minha senhor tenho,quando me lembro de como a vie que me lembro de como bem a ouvifalar, e, por quanto bem de ela sei      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque, para mim nunca fez bem,se não a vir, não me posso guardarde enlouquecer ou morrer com pesar,e, por que ela todo o poder disso tem,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque como a fez Nosso Senhor;de quantas outras no mundo hánão fez outra como ela, não,e, pois a fez das melhores a melhor,      rogo a Deus, que para isso tem o poder      que me deixe, se a assim aprovar, verCedo, porque tal como a quis Deus fazerque, se não a vir, não posso viver.
  • 10. Tema: trovar de amor. Assunto: o sujeito poético enaltece e elogia a sua dama, referindo as suas qualidades morais, exaltando a sua beleza e afirmando que nenhuma outra a ela se compara. Recursos estilísticos: hipérbole (ao longo de todo o poema); quantificativos: "todo, gran, mui, ben, muigran, melhor"; polissíndeto: "e beleza e lorr e falar muiben e rir melhor". Forma:cantiga de mestria, Verbos decassílabos Esquema rimático: abbacca; rima interpolada e emparelhada, pobre.
  • 11. Fim