SlideShare a Scribd company logo
1 of 40
1608- 1697
O céu strela o azul e tem grandeza
Este que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos o céu também.
Fernando Pessoa



Vida
Obra
1608 - 1640



1608: António Vieira, aquele que é considerado um dos maiores
prosadores da Língua Portuguesa, nasceu a 6 de Fevereiro de 1608 em
Lisboa, quando reinava D. Filipe II, rei de Portugal e Espanha.



É batizado a 15 de Fevereiro do mesmo ano.







1614: Parte com os pais para o Brasil, com apenas 6 anos.
Estuda no Colégio de Jesuítas, na Baía.
1623: Em 5 de Maio de 1623, com 15 anos, entra para o
noviciado do Colégio Jesuíta.
1624: Durante um ano vive numa aldeia índia, na qual os
jesuítas se refugiam após a conquista da Baía pelos
holandeses. Escreve o relatório anual que a Companhia envia
para Roma.
1625: A 6 de Maio, fez os primeiros votos como clérigo e
promete dedicar-se aos índios e negros, altura em que a
cidade da Baía volta a ser reconquistada.
 Existem

muitas lendas sobre o padre António Vieira,
incluindo a de que, na juventude, a sua genialidade
lhe fora concedida por Nossa Senhora.

Nossa Senhora das Maravilhas


Padre André de Barros:
“Não foi Vieira, como podem supor muitos, um precoce génio: nos
primeiros tempos de estudante, compreendia mal, decorava a custo, fazia
com dificuldade as composições; em tudo aluno medíocre (…). É de
imaginar que orando à Virgem das Maravilhas lhe suplicasse a de o tornar
mais hábil para os estudos. Em um de tais lances, a meio da súplica, sentiu
como estalar qualquer coisa no cérebro, com uma dor vivíssima, e pensou
que morria; logo o que parecia obscuro e inacessível à memória, na lição
que ia dar, se lhe volveu lúcido e fixo na retentiva. Dera-se-lhe na mente
uma transformação de que tinha consciência. Chegado às classes pediu
que o deixassem argumentar, e com pasmo dos mestres venceu a todos os
condiscípulos. Daí por diante foi ele o primeiro e mais distinto em todas as
disciplinas.”
7


1627: Inicia a regência da cadeira de Retórica, no Colégio
Jesuíta de Olinda.



1633: Prega pela primeira vez em público.
1634: A 10 de Dezembro é
ordenado presbítero, já então com
alguns sermões pregados de
créditos confirmados.
“Sermão da 4ª Dominga da Quaresma” em
1633
“XIV Sermão do Rosário” em 27 de Dezembro
de 1633”
“Sermão de S. Sebastião” Sábado de Ramos de
1634”
Púlpito da igreja do Colégio dos
Jesuítas - Baía




1635: Ordenação sacerdotal.
1638: Professor de Teologia no Colégio da Companhia de Jesus da Baía.
Defende o “bom sucesso das armas de Portugal” contra os Holandeses:
“Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”

Púlpito da igreja de Nossa Senhora da
Ajuda, donde Vieira pregou o sermão contra
as armas da Holanda.
 1640:

Restauração.


1641: A 27 de Fevereiro integra uma delegação que veio a
Lisboa reafirmar o apoio do Brasil à coroa portuguesa e
prestar vassalagem a D. João IV.



A 30 de Abril de 1641, após atribulada chegada, encontra-se
pela primeira vez com D. João IV.
1641 - 1650



A 1 de Janeiro de 1642, terá pregado o seu
primeiro sermão ao rei, o Sermão dos Bons
Anos, com o objetivo de convencer os
membros

do

clero

e

da

nobreza

a

contribuírem com os seus bens para as
despesas da guerra.


Depois, foram muitos e variados os sermões
que pregou, principalmente para os seus
admiradores, o Rei D. João IV e a Rainha D.

Luísa de Gusmão.


Os seus sermões na Igreja de S. Roque tornam-se um grande
acontecimento.



Entre 1641 e 1653, terá proferido cerca de meia centena de sermões,
contando apenas com os impressos. As igrejas enchem-se de multidões e
diz D. Francisco Manuel de Melo: “mandar lançar tapete de madrugada
em S. Roque para ouvir o Padre António Vieira”.


1642: Conselheiro do rei.



1643: Propõe a D. João IV a admissão de mercadores
judeus e a abolição da discriminação dos cristãosnovos, com o objetivo de atrair os seus
investimentos.



1646: Inicia a sua carreira diplomática. Propõe a
reforma do processo inquisitorial.



1649: Obtém do Rei o alvará de proibição de confisco
dos bens dos cristãos-novos pela Inquisição. A
Inquisição tenta obter a sua expulsão.

D. João IV nomeara-o
pregador régio e o
padre torna-se o seu
homem de confiança.
Vieira quer repor
Portugal na sua
antiga grandeza.
1651 - 1661



Depois de falsas partidas e de despedidas
patéticas, parte de Lisboa a 25 de
Novembro de 1651 e chega ao Maranhão
em 16 de Janeiro de 1653, com passagem
prolongada por Cabo Verde, levava um
missão a cumprir de defesa dos índios que
lhe haveria de dar uma luta sem tréguas
contra os colonos.


Nas vésperas de uma das muitas missões que o levarão pelas florestas da
Amazónia, na cidade de São Luís do Maranhão, pregou Vieira o Sermão ao
Espírito Santo. Pretendia Vieira que os colonos autorizassem os escravos a
ir aprender a doutrina e as senhoras que a ensinassem às escravas. Deste
texto saiu a célebre passagem do estatuário.



O espírito missionário aumentava então em Vieira na mesma proporção
que aumentavam os conflitos com os colonos, que o levaram a segundo
regresso a Portugal. Antes da partida para Lisboa, não resistiu à tentação
de defrontar os seus inimigos, pregando, a 13 de Junho de 1654, o célebre
sermão de Santo António, em S. Luís do Maranhão.


1653: Primeiro conflito com os colonos a propósito da
escravatura dos índios. Sermão de Santo António aos Peixes.


1654: Viagem a Lisboa. Consegue um diploma do rei. Sermão
da Sexagésima. Regresso ao Maranhão.

19


1656: Morte de D. João IV.



1660: A Inquisição abre um processo contra Vieira.



1661: Revolta dos colonos e expulsão dos Jesuítas do Maranhão. Vieira é
desembarcado para Lisboa. Apoia a facção do infante D. Pedro. A vitória
do partido de D. Afonso VI fá-lo cair em desgraça.

D. Afonso VI

D. Pedro II
1662 - 1668

Os cárceres da Inquisição


O seu carácter incómodo, o governo
do conde de Castelo Melhor, a
desgraça da rainha, do Marquês de
Gouveia e Duque do Cadaval deixamno desprotegido e abrem campo para
que a Inquisição, que não o tinha
esquecido, o comece a perseguir.


1662: Desterrado para o Porto.



1663: Em Fevereiro vai para Coimbra com regime de residência fixa e em fins de
Maio recebe notificação do Santo Ofício; a 21 de Julho é interrogado pelo
inquisidor Alexandre da Silva.



O processo leva cinco anos e meio de atribulados interrogatórios e defesa e, na
Véspera do Natal de 1667, Vieira retratou-se perante as determinações papais e
ouviu publicamente a sua sentença:

“seja privado para sempre de voz ativa e passiva, e do poder
de pregar, e recluso no colégio, ou casa de sua religião, que o
Santo Ofício lhe assinar, donde, sem ordem sua não sairá; e
que por termo por ele assinado, se obrigue a não tratar mais
das proposições de que foi arguido no discurso de sua causa,
nem de palavra, nem por escrito, sob pena de ser
rigorosamente castigado.”
Padre António Vieira
1669 - 1680



Ainda que a sua aceitação na corte não fosse igual à do tempo de D. João
IV, aí foi pregando e conseguiu voltar à ribalta diplomática. Em 15 de
Agosto de 1669, embarca para Roma, a propósito de uma canonização
de jesuítas, mas o objetivo era fugir da Inquisição.



Depois de uma atribulada viagem, torna-se protegido do provincial dos
Jesuítas, o padre Oliva, afamado pregador do papa e da Corte da Rainha
Cristina da Suécia, esta mesmo teria posteriormente nomeado Vieira seu
pregador oficial em Dezembro de 1673, cargo que não aceitaria.


Roma e tempo de triunfos
“Tanta era a curiosidade de ouvir o forasteiro que se tornou necessário pôr
soldados às portas dos templos aonde ia pregar, para impedir que se
apossasse o público dos lugares, antes de chegarem as dignidades
eclesiásticas e pessoas de representação. O jesuíta português foi neste
tempo alvo predilecto das atenções na sociedade romana. Quem não ia
ouvi-lo decaía no conceito das pessoas de gosto, aquelas que nas grandes
cidades costumam arvorar-se em árbitros da distinção e da moda.”







1671: Proposta de fundação da Companhia da Índia.
1675: Em 17 de Abril consegue o que mais ambicionava, o breve papal que
o livraria definitivamente do Santo Ofício e regressa a Lisboa, mas
permanece afastado dos negócios públicos.
Chegado a Lisboa a 23 de Agosto, visitou o rei D. Pedro II no dia seguinte,
mas a receção fora fria. Decide voltar ao Brasil com novas intenções
missionárias.

1679: Publica o primeiro tomo dos Sermões.
1681 - 1697



1681: Retira-se definitivamente para o
Brasil.



A desilusão que levava de Portugal levamno a procurar descanso na Quinta do
Tanque, local que serviu de refúgio para a
elaboração de grande parte dos sermões,
que

enviará

nos

anos

seguintes

regularmente para serem publicados em

Portugal.


Nesta fase, absteve-se da atividade concionatória e só subiu
ao púlpito por ocasiões importantes, como nas exéquias de
Dona Maria Francisca de Sabóia ou na celebração do
nascimento do primeiro filho de D. Pedro e Dona Maria Sofia
de Neuburgo.



Em Maio de 1688 é nomeado por Roma Visitador da Província
do Brasil o que o obrigou a regressar ao Colégio. O cargo foi
mais um reconhecimento que lhe permitiu, passados três
anos, regressar à Quinta do Tanque, em 1691.


Em 1696 agrava-se a sua saúde e em Julho resolve regressar ao Colégio
dos Jesuítas da Baía:
“Enfim me resolvo a deixar este deserto e ir para o colégio, ou para sarar
como homem com os remédios da medicina, ou para morrer como religioso
entre as orações e braços dos meus padres e irmãos. Adeus, Tanque, não
vou buscar saúde nem vida, senão um género de morte mais sossegado e
quieto...”



1697: Termina a revisão do tomo XII dos Sermões. Morre na Baía, a 18 de
Julho, com 89 anos.


Rodrigues Lapa:
“(…) ninguém como Vieira encarnou esse espírito civilista
do púlpito. Alto, moreno, com o olhar vivo, faiscante, o
grande orador jesuíta usou e abusou talvez desse lugar
para ventilar com brilho e força persuasiva os problemas
do momento. Enredado em questões políticas, de
política tratou na maior parte dos seus sermões, sob o
disfarce mais ou menos velado das alegorias da Bíblia,
onde o seu engenho encontrava com inacreditável
correspondência para o que queria.”


Os Sermões são a parte mais conhecida da sua obra, mas também escreve outro
tipo de textos:



SERMÕES



CARTAS



TRATADOS DOUTRINÁRIOS



Obras de tom profético, História de Portugal e Esperança de Portugal. Nelas
acredita na chegada a Portugal do V Império baseando-se em certos
acontecimentos, documentos e nas Sagradas Escrituras. Ademais há uma
influência do sebastianismo, já que se fala de manter a esperança no futuro. Estas
obras foram consideradas heréticas, pelo que foi julgado pela Inquisição.

O rei dom Sebastião desaparece e nunca aparece o seu corpo nem ninguém o volve ver, mas
mantém-se a esperança de que algum dia volva. Por esta razão torna-se em Portugal o símbolo
da esperança.
Razões pelas que publica os seus sermões: em princípio um sermão não se elabora
para ser publicado, mas o Padre António Vieira publica-os porque:
Os seus sermões eram muito famosos e corriam manuscritos na época, e, por
essa razão:
• Corrompiam-se, copiavam-se com erros.
• Atribuíam-se-lhe ao Padre António Vieira textos que não eram da sua
autoria.
• Atribuíam-se-lhe a outros autores textos escritos por ele.

O sermão é também um instrumento da Contra-Reforma para manter os fieis
ligados à Igreja. O pregador tem de divulgar a palavra de Deus e seduzir ao
público.
Estrutura:
Parte duma frase das Sagradas Escrituras procurando um sentido
acomodatício, é dizer, acomoda as frases segundo o tema que trata. Mesmo
pode acomodar uma mesma frase a diferentes circunstâncias segundo o tema.
Exemplos:
• “Sermão de Santo António aos peixes”: parte da frase Vos estis sal
terrae (S. Mateus, 5) para explicar que os pregadores dever ser o sal
da terra, não permitir a corrupção nem a podridão das almas.
• “Sermão da sexagésima”: parte da frase Semen est verbum Dei (S.
Lucas, VIII, 11) para explicar que essa semente tem de frutificar nas
boas ações.
O discurso segue a estrutura do discurso clássico:
• Exórdio: apresenta-se o assunto perante o auditório e intenta
captar-se a sua benevolência. Serve para não começar
repentinamente, ex abrupto. Tem um carácter prologal.
• Confirmação: abordagem e desenvolvimento do tema.
• Peroração: remate do discurso com palavras que emocionem e
sensibilizem aos ouvintes com o assunto tratado.
Assuntos:
 Moralidade: verdade e mentira, vaidade, ambição, penitência e outros aspetos da
ideologia cristã.
 Patriotismo: sermão contra os holandeses quando pretendiam dominar o
nordeste brasileiro, exige-lhe a Deus que conserve Portugal ou elabora sermões
contra Castela.
 Temática social: critica a acumulação de trabalhos, as diferenças entre ricos e
pobres, os hipócritas, os escravizadores de índios e negros, a desmesurada busca
de ouro nas minas, os impostos muito pesados...
 Temática panegírica ou laudatória: elogia pessoas (nobres, família real) e
acontecimentos.
 Temática hagiográfica: dedica-lhe sermões à rainha Santa Isabel (esposa de dom
Dinis), a Santa Teresa de Jesus e a outros muitos santos canonizados no século XVII
(Contra Reforma) como é o caso destas duas e de São Ignacio de Loyola (fundador
da Companhia dos Jesuítas) ou São Francisco Javier (Jesuíta). Também lhe dedica
sermões a Santa Iria.
ANTÓNIO VIEIRA

O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo do desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
Fernando Pessoa, Mensagem
António Vieira
Filho peninsular e tropical
De Inácio de Loiola,
Aluno do Bandarra
E mestre
De Fernando Pessoa,
No Quinto Império que sonhou, sonhava
O homem lusitano
À medida do mundo.
E foi ele o pioneiro.
Original
No ser universal...
Misto de génio, mago e aventureiro.
Miguel Torga, Poemas Ibéricos
Disciplina de Português
Profª: Helena Maria Coutinho

More Related Content

What's hot

A vida do padre antonio vieria
A vida do padre antonio vieriaA vida do padre antonio vieria
A vida do padre antonio vieriaVitoria Hudson
 
Padre António Vieira
Padre António VieiraPadre António Vieira
Padre António VieiraTiago Faisca
 
6. sequências narrativas
6. sequências narrativas6. sequências narrativas
6. sequências narrativasHelena Coutinho
 
Memorial do convento capitulo xviii
Memorial do convento capitulo xviiiMemorial do convento capitulo xviii
Memorial do convento capitulo xviii12anogolega
 
Capítulo XXII - MC
Capítulo XXII - MCCapítulo XXII - MC
Capítulo XXII - MC12anogolega
 
Capítulo i power point(1)
Capítulo i   power point(1)Capítulo i   power point(1)
Capítulo i power point(1)12anogolega
 
Memorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXMemorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXripmitchlucker
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33luisprista
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosRui Matos
 
Capítulo X - MC
Capítulo X - MCCapítulo X - MC
Capítulo X - MC12anogolega
 
Memorial convento- José Saramago
Memorial convento- José SaramagoMemorial convento- José Saramago
Memorial convento- José Saramagobecresforte
 
Capítulo iii memorial do convento
Capítulo iii   memorial do conventoCapítulo iii   memorial do convento
Capítulo iii memorial do convento12anogolega
 
Sermões de quarta feira de cinza - análise
Sermões de quarta feira de cinza - análiseSermões de quarta feira de cinza - análise
Sermões de quarta feira de cinza - análiserafabebum
 
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
 
Cartas padre antónio vieira
Cartas padre antónio vieiraCartas padre antónio vieira
Cartas padre antónio vieiraCarina Pereira
 

What's hot (20)

A vida do padre antonio vieria
A vida do padre antonio vieriaA vida do padre antonio vieria
A vida do padre antonio vieria
 
Padre António Vieira
Padre António VieiraPadre António Vieira
Padre António Vieira
 
6. sequências narrativas
6. sequências narrativas6. sequências narrativas
6. sequências narrativas
 
Memorial do convento capitulo xviii
Memorial do convento capitulo xviiiMemorial do convento capitulo xviii
Memorial do convento capitulo xviii
 
Capítulo XXII - MC
Capítulo XXII - MCCapítulo XXII - MC
Capítulo XXII - MC
 
Capítulo i power point(1)
Capítulo i   power point(1)Capítulo i   power point(1)
Capítulo i power point(1)
 
Memorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXMemorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIX
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
Capítulo viii
Capítulo viiiCapítulo viii
Capítulo viii
 
Capítulo X - MC
Capítulo X - MCCapítulo X - MC
Capítulo X - MC
 
Memorial convento- José Saramago
Memorial convento- José SaramagoMemorial convento- José Saramago
Memorial convento- José Saramago
 
Capítulo IV
Capítulo IVCapítulo IV
Capítulo IV
 
Capítulo iii memorial do convento
Capítulo iii   memorial do conventoCapítulo iii   memorial do convento
Capítulo iii memorial do convento
 
Sermões de quarta feira de cinza - análise
Sermões de quarta feira de cinza - análiseSermões de quarta feira de cinza - análise
Sermões de quarta feira de cinza - análise
 
Memorial convento
Memorial conventoMemorial convento
Memorial convento
 
Memorial do Convento 3ª E - 2011
Memorial do Convento   3ª E - 2011Memorial do Convento   3ª E - 2011
Memorial do Convento 3ª E - 2011
 
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
 
Cartas padre antónio vieira
Cartas padre antónio vieiraCartas padre antónio vieira
Cartas padre antónio vieira
 
Capítulo i
Capítulo iCapítulo i
Capítulo i
 

Viewers also liked

Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasSanto antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasHelena Coutinho
 
Cantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesCantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesHelena Coutinho
 

Viewers also liked (8)

Epígrafe sermao
Epígrafe sermaoEpígrafe sermao
Epígrafe sermao
 
Relato hagiografico
Relato hagiograficoRelato hagiografico
Relato hagiografico
 
Épocas literárias
Épocas literáriasÉpocas literárias
Épocas literárias
 
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhançasSanto antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
Santo antónio e padre antónio vieira – diferenças e semelhanças
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Cantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análisesCantigas de amor duas análises
Cantigas de amor duas análises
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 

Similar to P.ant vieira bio

Pav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataPav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataSandra Alves
 
Pav Grupo Verissimo
Pav   Grupo VerissimoPav   Grupo Verissimo
Pav Grupo VerissimoSandra Alves
 
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1Eduardo Marinho
 
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp0215 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02Casimiro Nogueira Neto
 
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauração
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da RestauraçãoBiografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauração
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauraçãocarloa1970
 
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008Marcos Gimenes Salun
 
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2epinus
 
A missão evangelizadora
A missão evangelizadoraA missão evangelizadora
A missão evangelizadoraDulce Gomes
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra ReformaHist8
 
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdf
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdfComentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdf
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdfSANDRO SALOMÃO
 
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptx
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptxSÃO FRANCISCO JAVIER.pptx
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptxMartin M Flynn
 
Apostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasilApostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasiluverlan
 
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01luzia Camilo lopes
 

Similar to P.ant vieira bio (20)

Pav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataPav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E Diplomata
 
Pav Grupo Verissimo
Pav   Grupo VerissimoPav   Grupo Verissimo
Pav Grupo Verissimo
 
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1
O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo 1
 
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp0215 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02
15 7padreantniovieira-130712123835-phpapp02
 
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauração
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da RestauraçãoBiografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauração
Biografias Reis da União Ibérica ao fim da Guerra da Restauração
 
Portugues padre
Portugues padrePortugues padre
Portugues padre
 
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008
O Bandeirante - n.192 - Novembro de 2008
 
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2
Tratado de História Eclesiástica (Padre Rivaux) - Volume 2
 
Cristianismo
CristianismoCristianismo
Cristianismo
 
A missão evangelizadora
A missão evangelizadoraA missão evangelizadora
A missão evangelizadora
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma
 
Reforma protestante (1) rafael
Reforma protestante (1) rafaelReforma protestante (1) rafael
Reforma protestante (1) rafael
 
Barroco.pptx
Barroco.pptxBarroco.pptx
Barroco.pptx
 
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdf
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdfComentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdf
Comentario Bíbilco Matthew Henry - Novo Testamento vol.1 - Mateus a João.pdf
 
Crise do Papado
Crise do PapadoCrise do Papado
Crise do Papado
 
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptx
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptxSÃO FRANCISCO JAVIER.pptx
SÃO FRANCISCO JAVIER.pptx
 
alexandre da sagrada familia
alexandre da sagrada familiaalexandre da sagrada familia
alexandre da sagrada familia
 
Apostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasilApostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasil
 
Caderno 32_4af82b4021178
 Caderno 32_4af82b4021178 Caderno 32_4af82b4021178
Caderno 32_4af82b4021178
 
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01
Olivrodosmrtires johnfoxtraduo-140407132513-phpapp01
 

More from Helena Coutinho

Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particularHelena Coutinho
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralHelena Coutinho
 
Cap iii louvores particular
Cap iii louvores particularCap iii louvores particular
Cap iii louvores particularHelena Coutinho
 
. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibirHelena Coutinho
 
Ondados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteOndados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteHelena Coutinho
 
Sete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaSete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaHelena Coutinho
 
Oh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoOh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoHelena Coutinho
 
O dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaO dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaHelena Coutinho
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteHelena Coutinho
 
Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseHelena Coutinho
 
Aquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaAquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaHelena Coutinho
 
A formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraA formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraHelena Coutinho
 

More from Helena Coutinho (20)

Cap vi
Cap viCap vi
Cap vi
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geral
 
Cap iii louvores particular
Cap iii louvores particularCap iii louvores particular
Cap iii louvores particular
 
Cap ii louvores geral
Cap ii louvores geralCap ii louvores geral
Cap ii louvores geral
 
1. introd e estrutura
1. introd e estrutura1. introd e estrutura
1. introd e estrutura
 
. O texto dramático
. O texto dramático. O texto dramático
. O texto dramático
 
. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir. Batalha de alcácer quibir
. Batalha de alcácer quibir
 
Fls figuras reais
Fls figuras reaisFls figuras reais
Fls figuras reais
 
. Enredo
. Enredo. Enredo
. Enredo
 
. A obra e o contexto
. A obra e o contexto. A obra e o contexto
. A obra e o contexto
 
Ondados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzenteOndados fios de ouro reluzente
Ondados fios de ouro reluzente
 
Sete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob serviaSete anos de pastor jacob servia
Sete anos de pastor jacob servia
 
Oh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em anoOh! como se me alonga, de ano em ano
Oh! como se me alonga, de ano em ano
 
O dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaO dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereça
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente
 
Enquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesseEnquanto quis fortuna que tivesse
Enquanto quis fortuna que tivesse
 
Aquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaAquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugada
 
Amor é fogo que arde
Amor é fogo que ardeAmor é fogo que arde
Amor é fogo que arde
 
A formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraA formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serra
 

Recently uploaded

Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 anoandrealeitetorres
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 

Recently uploaded (20)

Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 

P.ant vieira bio

  • 2. O céu strela o azul e tem grandeza Este que teve a fama e à glória tem, Imperador da língua portuguesa, Foi-nos o céu também. Fernando Pessoa
  • 4. 1608 - 1640  1608: António Vieira, aquele que é considerado um dos maiores prosadores da Língua Portuguesa, nasceu a 6 de Fevereiro de 1608 em Lisboa, quando reinava D. Filipe II, rei de Portugal e Espanha.  É batizado a 15 de Fevereiro do mesmo ano.
  • 5.      1614: Parte com os pais para o Brasil, com apenas 6 anos. Estuda no Colégio de Jesuítas, na Baía. 1623: Em 5 de Maio de 1623, com 15 anos, entra para o noviciado do Colégio Jesuíta. 1624: Durante um ano vive numa aldeia índia, na qual os jesuítas se refugiam após a conquista da Baía pelos holandeses. Escreve o relatório anual que a Companhia envia para Roma. 1625: A 6 de Maio, fez os primeiros votos como clérigo e promete dedicar-se aos índios e negros, altura em que a cidade da Baía volta a ser reconquistada.
  • 6.  Existem muitas lendas sobre o padre António Vieira, incluindo a de que, na juventude, a sua genialidade lhe fora concedida por Nossa Senhora. Nossa Senhora das Maravilhas
  • 7.  Padre André de Barros: “Não foi Vieira, como podem supor muitos, um precoce génio: nos primeiros tempos de estudante, compreendia mal, decorava a custo, fazia com dificuldade as composições; em tudo aluno medíocre (…). É de imaginar que orando à Virgem das Maravilhas lhe suplicasse a de o tornar mais hábil para os estudos. Em um de tais lances, a meio da súplica, sentiu como estalar qualquer coisa no cérebro, com uma dor vivíssima, e pensou que morria; logo o que parecia obscuro e inacessível à memória, na lição que ia dar, se lhe volveu lúcido e fixo na retentiva. Dera-se-lhe na mente uma transformação de que tinha consciência. Chegado às classes pediu que o deixassem argumentar, e com pasmo dos mestres venceu a todos os condiscípulos. Daí por diante foi ele o primeiro e mais distinto em todas as disciplinas.” 7
  • 8.  1627: Inicia a regência da cadeira de Retórica, no Colégio Jesuíta de Olinda.  1633: Prega pela primeira vez em público.
  • 9. 1634: A 10 de Dezembro é ordenado presbítero, já então com alguns sermões pregados de créditos confirmados. “Sermão da 4ª Dominga da Quaresma” em 1633 “XIV Sermão do Rosário” em 27 de Dezembro de 1633” “Sermão de S. Sebastião” Sábado de Ramos de 1634” Púlpito da igreja do Colégio dos Jesuítas - Baía
  • 10.   1635: Ordenação sacerdotal. 1638: Professor de Teologia no Colégio da Companhia de Jesus da Baía. Defende o “bom sucesso das armas de Portugal” contra os Holandeses: “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” Púlpito da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, donde Vieira pregou o sermão contra as armas da Holanda.
  • 12.  1641: A 27 de Fevereiro integra uma delegação que veio a Lisboa reafirmar o apoio do Brasil à coroa portuguesa e prestar vassalagem a D. João IV.  A 30 de Abril de 1641, após atribulada chegada, encontra-se pela primeira vez com D. João IV.
  • 13. 1641 - 1650  A 1 de Janeiro de 1642, terá pregado o seu primeiro sermão ao rei, o Sermão dos Bons Anos, com o objetivo de convencer os membros do clero e da nobreza a contribuírem com os seus bens para as despesas da guerra.  Depois, foram muitos e variados os sermões que pregou, principalmente para os seus admiradores, o Rei D. João IV e a Rainha D. Luísa de Gusmão.
  • 14.  Os seus sermões na Igreja de S. Roque tornam-se um grande acontecimento.  Entre 1641 e 1653, terá proferido cerca de meia centena de sermões, contando apenas com os impressos. As igrejas enchem-se de multidões e diz D. Francisco Manuel de Melo: “mandar lançar tapete de madrugada em S. Roque para ouvir o Padre António Vieira”.
  • 15.  1642: Conselheiro do rei.  1643: Propõe a D. João IV a admissão de mercadores judeus e a abolição da discriminação dos cristãosnovos, com o objetivo de atrair os seus investimentos.  1646: Inicia a sua carreira diplomática. Propõe a reforma do processo inquisitorial.  1649: Obtém do Rei o alvará de proibição de confisco dos bens dos cristãos-novos pela Inquisição. A Inquisição tenta obter a sua expulsão. D. João IV nomeara-o pregador régio e o padre torna-se o seu homem de confiança. Vieira quer repor Portugal na sua antiga grandeza.
  • 16. 1651 - 1661  Depois de falsas partidas e de despedidas patéticas, parte de Lisboa a 25 de Novembro de 1651 e chega ao Maranhão em 16 de Janeiro de 1653, com passagem prolongada por Cabo Verde, levava um missão a cumprir de defesa dos índios que lhe haveria de dar uma luta sem tréguas contra os colonos.
  • 17.  Nas vésperas de uma das muitas missões que o levarão pelas florestas da Amazónia, na cidade de São Luís do Maranhão, pregou Vieira o Sermão ao Espírito Santo. Pretendia Vieira que os colonos autorizassem os escravos a ir aprender a doutrina e as senhoras que a ensinassem às escravas. Deste texto saiu a célebre passagem do estatuário.  O espírito missionário aumentava então em Vieira na mesma proporção que aumentavam os conflitos com os colonos, que o levaram a segundo regresso a Portugal. Antes da partida para Lisboa, não resistiu à tentação de defrontar os seus inimigos, pregando, a 13 de Junho de 1654, o célebre sermão de Santo António, em S. Luís do Maranhão.
  • 18.  1653: Primeiro conflito com os colonos a propósito da escravatura dos índios. Sermão de Santo António aos Peixes.
  • 19.  1654: Viagem a Lisboa. Consegue um diploma do rei. Sermão da Sexagésima. Regresso ao Maranhão. 19
  • 20.  1656: Morte de D. João IV.  1660: A Inquisição abre um processo contra Vieira.  1661: Revolta dos colonos e expulsão dos Jesuítas do Maranhão. Vieira é desembarcado para Lisboa. Apoia a facção do infante D. Pedro. A vitória do partido de D. Afonso VI fá-lo cair em desgraça. D. Afonso VI D. Pedro II
  • 21. 1662 - 1668 Os cárceres da Inquisição  O seu carácter incómodo, o governo do conde de Castelo Melhor, a desgraça da rainha, do Marquês de Gouveia e Duque do Cadaval deixamno desprotegido e abrem campo para que a Inquisição, que não o tinha esquecido, o comece a perseguir.
  • 22.  1662: Desterrado para o Porto.  1663: Em Fevereiro vai para Coimbra com regime de residência fixa e em fins de Maio recebe notificação do Santo Ofício; a 21 de Julho é interrogado pelo inquisidor Alexandre da Silva.  O processo leva cinco anos e meio de atribulados interrogatórios e defesa e, na Véspera do Natal de 1667, Vieira retratou-se perante as determinações papais e ouviu publicamente a sua sentença: “seja privado para sempre de voz ativa e passiva, e do poder de pregar, e recluso no colégio, ou casa de sua religião, que o Santo Ofício lhe assinar, donde, sem ordem sua não sairá; e que por termo por ele assinado, se obrigue a não tratar mais das proposições de que foi arguido no discurso de sua causa, nem de palavra, nem por escrito, sob pena de ser rigorosamente castigado.”
  • 24. 1669 - 1680  Ainda que a sua aceitação na corte não fosse igual à do tempo de D. João IV, aí foi pregando e conseguiu voltar à ribalta diplomática. Em 15 de Agosto de 1669, embarca para Roma, a propósito de uma canonização de jesuítas, mas o objetivo era fugir da Inquisição.  Depois de uma atribulada viagem, torna-se protegido do provincial dos Jesuítas, o padre Oliva, afamado pregador do papa e da Corte da Rainha Cristina da Suécia, esta mesmo teria posteriormente nomeado Vieira seu pregador oficial em Dezembro de 1673, cargo que não aceitaria.
  • 25.  Roma e tempo de triunfos “Tanta era a curiosidade de ouvir o forasteiro que se tornou necessário pôr soldados às portas dos templos aonde ia pregar, para impedir que se apossasse o público dos lugares, antes de chegarem as dignidades eclesiásticas e pessoas de representação. O jesuíta português foi neste tempo alvo predilecto das atenções na sociedade romana. Quem não ia ouvi-lo decaía no conceito das pessoas de gosto, aquelas que nas grandes cidades costumam arvorar-se em árbitros da distinção e da moda.”
  • 26.     1671: Proposta de fundação da Companhia da Índia. 1675: Em 17 de Abril consegue o que mais ambicionava, o breve papal que o livraria definitivamente do Santo Ofício e regressa a Lisboa, mas permanece afastado dos negócios públicos. Chegado a Lisboa a 23 de Agosto, visitou o rei D. Pedro II no dia seguinte, mas a receção fora fria. Decide voltar ao Brasil com novas intenções missionárias. 1679: Publica o primeiro tomo dos Sermões.
  • 27. 1681 - 1697  1681: Retira-se definitivamente para o Brasil.  A desilusão que levava de Portugal levamno a procurar descanso na Quinta do Tanque, local que serviu de refúgio para a elaboração de grande parte dos sermões, que enviará nos anos seguintes regularmente para serem publicados em Portugal.
  • 28.  Nesta fase, absteve-se da atividade concionatória e só subiu ao púlpito por ocasiões importantes, como nas exéquias de Dona Maria Francisca de Sabóia ou na celebração do nascimento do primeiro filho de D. Pedro e Dona Maria Sofia de Neuburgo.  Em Maio de 1688 é nomeado por Roma Visitador da Província do Brasil o que o obrigou a regressar ao Colégio. O cargo foi mais um reconhecimento que lhe permitiu, passados três anos, regressar à Quinta do Tanque, em 1691.
  • 29.  Em 1696 agrava-se a sua saúde e em Julho resolve regressar ao Colégio dos Jesuítas da Baía: “Enfim me resolvo a deixar este deserto e ir para o colégio, ou para sarar como homem com os remédios da medicina, ou para morrer como religioso entre as orações e braços dos meus padres e irmãos. Adeus, Tanque, não vou buscar saúde nem vida, senão um género de morte mais sossegado e quieto...”  1697: Termina a revisão do tomo XII dos Sermões. Morre na Baía, a 18 de Julho, com 89 anos.
  • 30.  Rodrigues Lapa: “(…) ninguém como Vieira encarnou esse espírito civilista do púlpito. Alto, moreno, com o olhar vivo, faiscante, o grande orador jesuíta usou e abusou talvez desse lugar para ventilar com brilho e força persuasiva os problemas do momento. Enredado em questões políticas, de política tratou na maior parte dos seus sermões, sob o disfarce mais ou menos velado das alegorias da Bíblia, onde o seu engenho encontrava com inacreditável correspondência para o que queria.”
  • 31.
  • 32.  Os Sermões são a parte mais conhecida da sua obra, mas também escreve outro tipo de textos:  SERMÕES  CARTAS  TRATADOS DOUTRINÁRIOS  Obras de tom profético, História de Portugal e Esperança de Portugal. Nelas acredita na chegada a Portugal do V Império baseando-se em certos acontecimentos, documentos e nas Sagradas Escrituras. Ademais há uma influência do sebastianismo, já que se fala de manter a esperança no futuro. Estas obras foram consideradas heréticas, pelo que foi julgado pela Inquisição. O rei dom Sebastião desaparece e nunca aparece o seu corpo nem ninguém o volve ver, mas mantém-se a esperança de que algum dia volva. Por esta razão torna-se em Portugal o símbolo da esperança.
  • 33. Razões pelas que publica os seus sermões: em princípio um sermão não se elabora para ser publicado, mas o Padre António Vieira publica-os porque: Os seus sermões eram muito famosos e corriam manuscritos na época, e, por essa razão: • Corrompiam-se, copiavam-se com erros. • Atribuíam-se-lhe ao Padre António Vieira textos que não eram da sua autoria. • Atribuíam-se-lhe a outros autores textos escritos por ele. O sermão é também um instrumento da Contra-Reforma para manter os fieis ligados à Igreja. O pregador tem de divulgar a palavra de Deus e seduzir ao público.
  • 34. Estrutura: Parte duma frase das Sagradas Escrituras procurando um sentido acomodatício, é dizer, acomoda as frases segundo o tema que trata. Mesmo pode acomodar uma mesma frase a diferentes circunstâncias segundo o tema. Exemplos: • “Sermão de Santo António aos peixes”: parte da frase Vos estis sal terrae (S. Mateus, 5) para explicar que os pregadores dever ser o sal da terra, não permitir a corrupção nem a podridão das almas. • “Sermão da sexagésima”: parte da frase Semen est verbum Dei (S. Lucas, VIII, 11) para explicar que essa semente tem de frutificar nas boas ações.
  • 35. O discurso segue a estrutura do discurso clássico: • Exórdio: apresenta-se o assunto perante o auditório e intenta captar-se a sua benevolência. Serve para não começar repentinamente, ex abrupto. Tem um carácter prologal. • Confirmação: abordagem e desenvolvimento do tema. • Peroração: remate do discurso com palavras que emocionem e sensibilizem aos ouvintes com o assunto tratado.
  • 36. Assuntos:  Moralidade: verdade e mentira, vaidade, ambição, penitência e outros aspetos da ideologia cristã.  Patriotismo: sermão contra os holandeses quando pretendiam dominar o nordeste brasileiro, exige-lhe a Deus que conserve Portugal ou elabora sermões contra Castela.  Temática social: critica a acumulação de trabalhos, as diferenças entre ricos e pobres, os hipócritas, os escravizadores de índios e negros, a desmesurada busca de ouro nas minas, os impostos muito pesados...  Temática panegírica ou laudatória: elogia pessoas (nobres, família real) e acontecimentos.  Temática hagiográfica: dedica-lhe sermões à rainha Santa Isabel (esposa de dom Dinis), a Santa Teresa de Jesus e a outros muitos santos canonizados no século XVII (Contra Reforma) como é o caso destas duas e de São Ignacio de Loyola (fundador da Companhia dos Jesuítas) ou São Francisco Javier (Jesuíta). Também lhe dedica sermões a Santa Iria.
  • 37.
  • 38. ANTÓNIO VIEIRA O céu 'strela o azul e tem grandeza. Este, que teve a fama e à glória tem, Imperador da língua portuguesa, Foi-nos um céu também. No imenso espaço seu de meditar, Constelado de forma e de visão, Surge, prenúncio claro do luar, El-Rei D. Sebastião. Mas não, não é luar: é luz do etéreo. É um dia; e, no céu amplo do desejo, A madrugada irreal do Quinto Império Doira as margens do Tejo. Fernando Pessoa, Mensagem
  • 39. António Vieira Filho peninsular e tropical De Inácio de Loiola, Aluno do Bandarra E mestre De Fernando Pessoa, No Quinto Império que sonhou, sonhava O homem lusitano À medida do mundo. E foi ele o pioneiro. Original No ser universal... Misto de génio, mago e aventureiro. Miguel Torga, Poemas Ibéricos
  • 40. Disciplina de Português Profª: Helena Maria Coutinho