O documento discute técnicas de análise qualitativa de dados, incluindo: 1) Evocação sistemática para identificar itens culturais usando listas livres, grupos de classes, comparações pareadas e testes de tríades; 2) Análise de textos de fluência livre segmentando-os em palavras ou blocos maiores; 3) Técnicas como KWIC, contagem de palavras e redes semânticas para analisar padrões linguísticos.

1. GERENCIAMENTO DE DADOS E MÉTODOS DE ANÁLISE RYAN, G. W. & BERNARD, H. R. Data management andanalysis methods. In: Denzin, N. & Lincolln, Y. HandbookofQualitativeResearch. 2nd Edition, Sage, 2000, p. 769-802

2. 2 O texto Introdução P o n t o d e P a r t i d a Uma tipologia das técnicas de análise qualitativas Abordar os principais modelos Apresentar as análises Explicar as principais técnicas de análise Entender os limites de cada tipo de análise Apresentar panoramicamente os processos de análise

3. 3 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Evocação Sistemática Texto de Fluência Livre Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Algebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

4. 4 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Evocação Sistemática Texto de Fluência Livre Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Algebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

5. 5 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. Categorias: 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

6. 6 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. Categorias: 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

7. 7 Evocação Sistemática Listas Livres Conceito: Listas livres “são particularmente úteis para identificar itens de um determinado domínio cultural. Para eliciar os domínios os pesquisadores devem perguntar que tipos de doenças você conhece? Algumas pequenas questões abertas de levantamento podem ser consideradas listas livres. Como também algumas perguntas abertas de grupos focais. Os pesquisadores interpretam a freqüência, a ordem e as dimensões que surgem como indicadores da relevância dos itens, criando hierarquias”.

8. 8 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

9. 9 Evocação Sistemática Grupos de Classes Conceito: No grupo de classes “o pesquisador solicita para cada respondente para classificar um grupo de cartas ou objetos em pilhas. A similaridade do item é o número de vezes que cada par de itens é agrupado na mesma pilha”.

10. 10 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

11. 11 Evocação Sistemática Comparações Pareadas Conceito: Os pesquisadores usam “comparações pareadas para explorar as relações entre os itens. Por exemplo: duas questões que deveriam ser perguntadas num teste de comparação pareada sobre uma lista de frutas: a) numa escala de um a cinco quão similar são limões e laranjas no que diz respeito ao sabor adocicado. b) qual é mais doce as laranjas ou os limões. A primeira questão produz uma quantidade de matrizes fruta por fruta uma para cada respondente, sendo que as entradas de cada uma representam escalas de valores da similaridade de sabor adocicado entre todos os pares de frutas. A segunda questão produz para cada respondente uma perfeita ordenação com rank do grupo de frutas”.

12. 12 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

13. 13 Evocação Sistemática Teste de Tríades Conceito: No teste de tríade ”o pesquisador apresenta grupos de três itens e solicita a cada respondente para escolher os dois itens mais similares e identificar o item mais diferente, a similaridade entre os pares de itens é número de vezes que as pessoas optam por manter os pares de itens juntos”.

14. 14 O texto como representante Evocação Sistemática A n á l i s e d e: Os pesquisadores usam técnicas de evocação sistemática para identificar listas de itens que pertencem a um domínio cultural e para acessar as relações entre esse itens. 1- Listas livres 2- Grupos de classes 3 - Comparações pareadas 4- Testes de tríades 5- Quadros de tarefas de substituição

15. 15 Evocação Sistemática Tarefa de Substituição Conceito: Nos quadros de tarefa de substituição o pesquisador solicita ao respondente solicita ao respondente que relacione cada item de uma lista com uma lista de atributos. Andrade apresentou uma listas de 30 termos de doenças e solicitou-as que preenchessem os espaços em branco em quadros como: 1. Você pode pegar _________ de outras pessoas. 2. Você pode ter __________ e nunca saber disso. 3. A maioria das pessoas pega _________ uma vez ou outra”.

16. 16 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Texto de Fluência Livre Evocação Sistemática Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Algebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

17. 17 Evocação Sistemática Análise de Componentes Técnicas: É uma técnica qualitativa formal para estudar o conteúdo do significado, desenvolvida por lingüistas para identificar as características e regras que distinguem um som do outro . A técnica foi elaborada por antropólogos na década de 50 e 60. É baseada no princípios de características distintivas. Qualquer dois itens podem ser distinguidos por um som mínimo de características binárias, ou seja, características que podem ou não ocorrer.

18. 18 Evocação Sistemática Taxonomias Técnicas: Tem a relevância de capturar a estrutura hierárquica de grupo de termos e são comumente dispostas formando conceitos agrupados em árvores de diagramas. Modelos taxonômicos também podem ser criados com análise de cluster sobre similaridade dos dados de comparações pareadas, grupos de classes e testes de tríades. Análise de cluster hierárquica constrói uma árvore taxonômica, onde cada item aparece exclusivamente em um grupo.

19. 19 Evocação Sistemática Nível 01 Varejista Varejista de produtos Varejista de serviços Nível 02 Nível 03 Bar/Taberna Mercearia Doceria Supermercado Mercadinho Oriental Loja de Conveniência Nível 04 Gasolina Sem Gasolina Nível 05 Taxonomias Exemplo:

20. 20 Evocação Sistemática Mapas Mentais Técnicas: São disposições visuais da similaridade entre itens independente do fato destes itens encontrarem-se organizados hierarquicamente. Um método popular para montar esses mapas se dá através da coleta de dados sobre as semelhanças e diferenças cognitivas entre um grupo de objetos aplicando em seguida um escalonamento multidimensional a essas similaridades. Mapas cognitivos são compreendidos como diretamente análogos a mapas físicos.

22. ergonomia

23. patentes

24. custos

25. artigos

26. salários

28. tecnologia

29. regulação

30. dengue

31. inovação

32. malária

33. controle

34. eficiênciaDimensão 01

35. 22 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Texto de Fluência Livre Evocação Sistemática Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Algebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

36. 23 O texto como representante Texto de Fluência Livre Conceito: “A maioria dos dados qualitativos surgem na forma de textos de fluência livre. Existem dois tipos principais de análise: no primeiro o texto é segmentado em sua forma mais básica de componentes significativos (palavras). Na segunda os significados são encontrados em amplos blocos de textos”.

37. 24 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Texto de Fluência Livre Evocação Sistemática Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Algebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

38. 25 Texto de Fluência Livre KWIC Técnicas: Pesquisadores criam listas de Palavras Chaves em Contexto encontrando todos os lugares no texto em que uma frase ou palavra-chave em particular aparece e imprimindo-a ou gravando-a no contexto de algum número de palavras, por exemplo 30 palavras, antes e depois disso, isso produz uma concordância. Concordâncias bem conhecidas tem sido realizadas em textos sagrados como a Bíblia e o Alcorão.

39. 26 Texto de Fluência Livre Contagem de Palavras Técnicas: “São úteis para descobrir padrões de idéias em qualquer corpo de texto, desde notas de campo até respostas de questionários abertos. Estudantes de mídia de massa têm usado para traçar estrutura de suporte para políticos. Análise de palavras como comparação constante, como rememoração podem ajudar os pesquisadores a descobrir temas em textos. Esse tipo de análise não considera nem o contexto no qual as palavras ocorrem, nem se essas palavras são usadas positivamente ou negativamente. Podem elucidar importantes construtos e fornecer bases para comparações entre grupos”.

40. 27 Texto de Fluência Livre Redes Semânticas Técnicas: Redes de palavras examina as propriedades que emergem das relações entre coisas. Por volta de 1969, Charles Osgood criou matrizes de co-ocorrência, aplicou análise fatorial e plotou dimensionalmente para descrever as relações entre palavras. As redes semânticas usam métodos de inferência para se externalizar este conhecimento declarativo. Um conjunto de métodos usam matrizes e análises computacionais para montar a rede de palavras e o seu relacionamento.

41. 28 Texto de Fluência Livre Redes Semânticas Alan Collins e Elisabeth Loftus (1975)

42. 29 Texto de Fluência Livre Redes Semânticas Nelson et al (1999) A construção da rede semântica contou com mais de 6.000 participantes. Cerca de 5.000 palavras serviram como sugestão para que as pessoas envolvidas no processo escrevessem a primeira palavra que vinha à mente a partir da técnica de livre associação

43. 30 Texto de Fluência Livre Mapas Cognitivos Conceito: Técnicas ou ferramentas de análise voltadas para identificar os elementos que integram os modelos construídos pelos indivíduos e partilhados, em maior ou menor grau, por outros indivíduos. Envolvem formas de analisar os dados retratar graficamente as crenças subjetivas acessadas, dando-lhes um tratamento espacial que facilite a visualização das relações significativas identificadas. Um recurso esquemático para representar um conjunto de significados (indivíduos / grupos).

44. 31 Texto de Fluência Livre Mapas Cognitivos

45. 32 Texto de Fluência Livre Mapas Cognitivos

46. 33 Texto de Fluência Livre Mapas Cognitivos Caso Watergate

47. 34 Tipologia Técnicas de análise qualitativa Figura 29.1 - Página 771 Dados Qualitativos Áudio Texto Vídeo Texto como Representante da Experiência Texto como Objeto de Análise Texto de Fluência Livre Evocação Sistemática Análise de: Análise de: Análise de: Conversação Narrativa Palavras Códigos Listas livres, grupos de classes, comparações pareadas, testes de tríades e quadros de tarefas de substituição. Estrutura Gramatical Performance Teoria de Base Análises de Squemas Análise de Conteúdo Clássica Dicionários de Conteúdo Indução Analítica / Álgebra Booleana Modelos de Decisão Etnográfica KWIC Contagem de Palavras Redes Semânticas Mapas Cognitivos Análise de Componentes Taxonomias Mapas Mentais

48. 35 Texto de Fluência Livre Teoria de Base Técnicas: Os teóricos desta abordagem querem compreender as experiências das pessoas da forma mais rigorosa e detalhada possível. Querem identificar categorias e conceitos que emergem do texto e relacionar esses conceitos em teorias substantivas e formais. A formulação original do método ainda é útil, mas trabalhos posteriores ainda são mais fáceis de ler e mais práticos.

49. 36 Texto de Fluência Livre Análise de “Squemas” Técnicas: Combina elementos de tradições lingüistas e sociológicas. É baseado na idéia de que as pessoas devem usar simplificações cognitivas para auxiliar na significação de informações complexas, as quais são constantemente expostas. Um esquema ou script habilita pessoas culturalmente capacitadas para preencher em detalhes, uma história ou evento. Dentro de uma visão metodológica é similar a leitura de base, ambos começam com uma leitura cuidadosa de textos e procuram relacionar temas com modelos teóricos.

50. 37 Texto de Fluência Livre Análise de Conteúdo Técnicas: A análise de conteúdo clássica “utiliza técnicas para reduzir textos a uma matriz de unidade por variável e analisar essa matriz quantitativamente para testar hipóteses. O pesquisador pode produzir uma matriz aplicando um conjunto de códigos a um conjunto de dados qualitativos (incluindo textos escritos, áudio e vídeo). Análise de conteúdo assume que os códigos de interesse já foram descobertos e descritos”.

51. 38 Texto de Fluência Livre Dicionários de Conteúdo Técnicas: “Baseado em computador a proposta geral da análise de dicionário permite os investigadores automatizar a decodificação de textos. Para construir esses dicionários os pesquisadores devem assinalar palavras à mão para uma ou mais categorias de acordo com um conjunto de regras. As regras são parte de um programa de computador”.

52. 39 Texto de Fluência Livre Álgebra Booleana Técnicas: “A indução analítica é um método não quantitativo formal para construir explicações formais de um fenômeno a partir de uma investigação criteriosa de casos. Foi proposto como um modelo alternativo à análise estatística. A técnica pode ser descrita em uma série de passos: 1-definir um fenômeno que requer explicação e propor explicação. 2- examinar o caso para avaliar se a explicação se encaixa. Em caso afirmativo, examinar então outro caso. Uma explicação é aceita até que um novo caso a contradiga”.

53. 40 Texto de Fluência Livre Modelos de Decisão Etnográfica Técnicas: “São análise causais qualitativas que predizem escolhas comportamentais sob circunstâncias específicas. Um modelo de decisão etnográfica frequentemente é inferido como uma árvore de decisão compreendem uma série de declarações do tipo se - então que relacionam critérios (e combinações de critérios) ao comportamento de interesse.”

54. 41 Referências: Texto Apresentado RYAN, G. W. & BERNARD, H. R. Data management andanalysismethods. In: Denzin, N. & Lincolln, Y. HandbookofQualitativeResearch. 2nd Edition, Sage, 2000, p. 769-802