O documento discute a tuberculose, abordando sua epidemiologia no Brasil, modo de transmissão, período de incubação e transmissibilidade. Também define casos, discute detecção e diagnóstico, incluindo exames bacteriológicos, cultura e teste de sensibilidade, além de mencionar o exame radiológico.
5. Epidemiologia
• O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS, que representam 80%
da carga mundial de TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos,
correspondendo a um coeficiente de incidência de 38/100.000 hab.
Destes 41117 casos novos foram bacilíferos (casos com baciloscopia de
escarro positiva), apresentando um coeficiente de incidência de
41/100.000 hab.
• Estes indicadores colocam o Brasil na 19ª posição em relação ao número
de casos e na 104º posição em relação ao coeficiente de incidência.
• A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5564 municípios
do país, correspondendo a 70% da totalidade dos casos. O estado de São
Paulo detecta o maior número absoluto de casos e o estado do Rio de
Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência (SINAN).
• Em 2008 a TB foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª
causa de morte dos pacientes com AIDS (SIM).
By Ismael Costa
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6. Modo de transmissão
• A tuberculose é transmitida de
pessoa a pessoa, principalmente
através do ar. A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de um
doente de tuberculose pulmonar
bacilífera lança no ar gotículas, de
tamanhos variados, contendo no
seu interior o bacilo.
By Ismael Costa
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7. Período de incubação
• Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em
média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões
primárias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar
ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial.
• A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que
essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas
causas, destacando-se, dentre estas, as condições
socioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes
mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ou
outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas e
infecção pelo HIV).
By Ismael Costa
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8. Período de transmissibilidade
• A transmissão é plena enquanto o doente com a
forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera
eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.
• Com o esquema terapêutico recomendado, a
transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis
insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.
• As crianças com tuberculose pulmonar geralmente
não são infectantes.
By Ismael Costa
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9. DEFINIÇÃO DE CASO
by Ismael Costa9
Suspeito
• Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de
tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas,
febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame
radiológico.
• Paciente com imagem compatível com tuberculose.
Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose
pulmonar bacilífera:
duas baciloscopias positivas ou
uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou
uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva
de tuberculose.
10. by Ismael Costa10
Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente
com duas baciloscopias negativas, com imagem
radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames
complementares que permitam ao médico efetuar um diagnóstico
de tuberculose.
Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências
clínicas e achados laboratoriais, inclusive
histopatológicos, compatíveis com tuberculose
extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma
cultura positiva para M.tuberculosis, de material
proveniente de uma localização extrapulmonar.
“Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu
à quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por
menos de 30 dias.
11. Detecção de casos
• A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente a totalidade dos casos. A infecção
ocorre a partir da inalação de núcleos secos de
gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala
ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias
respiratórias (pulmonar ou laríngea).
• Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja
baciloscopia de escarro é positiva, são a principal
fonte de infecção.
• Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia
negativa, mesmo que tenham resultado positivo à
cultura, são muito menos eficientes como fontes de
transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas
exclusivamente extrapulmonares não transmitem
a doença. By Ismael Costa
11
12. By Ismael Costa
12
TDO
O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS
que visa o fortalecimento da adesão do paciente
ao tratamento e a prevenção do aparecimento de
cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo
os casos de abandono e aumentando a
probabilidade de cura.
13. TDO - definição
O tratamento diretamente
observado constitui uma
mudança na forma de
administrar os medicamentos,
sem mudanças no esquema
terapêutico: o profissional
treinado passa a observar a
tomada da medicação do
paciente desde o início do
tratamento até a sua cura.
14. Estratégia Operacional
• Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos)
deve realizar o tratamento diretamente observado.
• Para a implementação do tratamento diretamente
observado, devem-se considerar as seguintes
modalidades de supervisão:
• Domiciliar: observação realizada na residência do
paciente ou em local por ele solicitado.
• Na Unidade de Saúde – observação em unidades de
ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou
Hospitais.
• Prisional: observação no sistema prisional.
• Compartilhada: quando o doente recebe a consulta
médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em
outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao
seu domicílio ou trabalho.
By Ismael Costa
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15. TDO - observações
O TDO consiste na observação diária da ingestão dos
medicamentos antituberculose por um profissional
capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3
observações semanais do início ao fim (24 ingestões
observadas na fase intensiva e 48 na fase de
manutenção).
Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a
observação seja realizada por uma pessoa da família, de
equipamentos da assistência social ou da comunidade,
capacitados por profissional da equipe de saúde.
Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu
responsável semanalmente para monitorar o
tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são
menores as taxas de cura e maior o abandono quando um
familiar faz a observação.
16. Diagnóstico
• A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode
acometer uma série de órgãos e/ou sistemas.
• A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais
freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública,
pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da
doença.
• A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal
estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a
detecção precoce das formas pulmonares.
By Ismael Costa
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18. • TB pulmonar:
• Pode se apresentar sob a forma primária, pós-
primária (ou secundária) ou miliar. Os
sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse
persistente, produtiva ou não (com muco e
eventualmente sangue), febre vespertina,
sudorese noturna e emagrecimento.
By Ismael Costa
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19. • TB pulmonar primária - É mais comum em crianças
e clinicamente apresenta-se, na maior parte das
vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta
irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna,
inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo.
By Ismael Costa
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20. • TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer
idade, mas é mais comum no adolescente e adulto
jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou
produtiva.
• A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou
sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não
costuma ultrapassar os 38,5º C.
• A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame
físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e
emagrecimento, embora indivíduos com bom estado
geral e sem perda do apetite também possam ter TB
pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar
diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou
mesmo ser normal.
By Ismael Costa
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21. • TB miliar – A denominação é vinculada ao
aspecto radiológico pulmonar. É uma forma
grave de doença e ocorre em 1% dos casos de
TB em pacientes HIV soronegativos, e em até
10% dos casos em pacientes HIV
soropositivos, em fase avançada de
imunossupressão.
• A apresentação clínica clássica é a aguda, mais
comum em crianças e adultos jovens. Os
sintomas são febre, astenia e emagrecimento,
que em associação com tosse ocorrem em
80% dos casos. O exame físico mostra
hepatomegalia (35% dos casos), alterações do
sistema nervoso central (30% dos casos) e
alterações cutâneas do tipo eritemato-
máculo-papulo-vesiculosas.
By Ismael Costa
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22. Exame bacteriológico
• Exame microscópico direto - baciloscopia direta
• Por ser um método simples e seguro, deve ser
realizado por todo laboratório público de saúde e
pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados.
A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR)
pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais
utilizada em nosso meio.
• A baciloscopia do escarro, desde que executada
corretamente em todas as suas fases, permite
detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose
pulmonar, o que é importante do ponto de vista
epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os
responsáveis pela manutenção da cadeia de
transmissão
By Ismael Costa
22
23.
24. • A baciloscopia direta deve ser solicitada aos
pacientes que apresentem:
• Critérios de definição de sintomático respiratório
(exame de escarro);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse (exame de
escarro);
• Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em
materiais biológicos diversos).
By Ismael Costa
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25. • A baciloscopia de escarro deve ser realizada em,
no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da
primeira consulta, e outra, independentemente
do resultado da primeira, na manhã do dia
seguinte, preferencialmente ao despertar.
• Nos casos em que há indícios clínicos e
radiológicos de suspeita de TB e as duas
amostras de diagnóstico apresentem resultado
negativo, podem ser solicitadas amostras
adicionais.
By Ismael Costa
25
26.
27. By Ismael Costa
Recipiente – O material deve ser coletado em
potes plásticos com as seguintes características:
descartáveis, com boca larga (50mm de
diâmetro), transparente, com tampa de rosca,
altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A
identificação (nome do paciente e data da coleta)
deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa,
utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou
caneta com tinta indelével.
28. Cultura
• A cultura para micobactéria é indicada nos
seguintes casos:
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com
baciloscopia repetidamente negativa;
• Suspeitos de TB com amostras paucibacilares
(poucos bacilos);
• Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção
da amostra (por exemplo crianças);
• Suspeitos de TB extrapulmonar;
• Casos suspeitos de infecções causadas por
Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes
casos o teste de sensibilidade pode ser feito
com MIC).
By Ismael Costa
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29. Cultura + teste de sensibilidade
• Contatos de casos de tuberculose resistente;
• Pacientes com antecedentes de tratamento prévio
independentemente do tempo decorrido;
• Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores
de HIV;
• Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês
de tratamento;
• Falência ao tratamento antiTB .
• Em investigação de populações com maior risco de
albergarem cepa de M.tuberculosis resistente
(profissionais de saúde, população de rua, privados de
liberdade, pacientes internados em hospitais que não
adotam medidas de biossegurança e instituições de
longa permanência) ou com difícil abordagem
subseqüente (indígenas).
By Ismael Costa
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30. • A técnica do escarro induzido,
utilizando nebulizador
ultrassônico e solução salina
hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%),
pode ser usada em pacientes com
forte suspeita de tuberculose
pulmonar e sem adequado
material proveniente da árvore
brônquica, tanto para a
baciloscopia direta como para a
cultura.
By Ismael Costa
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31. Exame radiológico
• Deve ser solicitada para todo o paciente com
suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até
15% dos casos de TB pulmonar não apresentam
alterações radiológicas, principalmente pacientes
imunodeprimidos.
• Em suspeitos radiológicos de tuberculose
pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve-
se afastar a possibilidade de outras doenças,
recomendando-se, ainda, a cultura para
micobactéria.
• O exame radiológico, em pacientes com
baciloscopia positiva, tem como função principal
a exclusão de doença pulmonar associada .
By Ismael Costa
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32. Prova tuberculínica
• A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação
intradérmica de um derivado protéico do M.
tuberculosis para medir a resposta imune celular a
estes antígenos.
• É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o
diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis
(ILTB). Na criança também é muito importante
como método coadjuvante para o diagnóstico da TB
doença.
By Ismael Costa
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33. Tuberculina e Técnica
• No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23, aplicada por via
intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço
esquerdo, na dose de 0,1ml, que contém 2 UT (unidades de
tuberculina), e guarda equivalência biológica com 5 UT de PPD-S,
utilizada em outros países.
• A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura
entre 2ºC e 8ºC e não deve ser exposta à luz solar direta. A técnica
de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela
OMS .
• A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação ,
podendo este prazo ser estendido para 96 horas caso o paciente
falte à leitura na data agendada.
By Ismael Costa
33
34.
35.
36. Interpretação da PT
• O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação
isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais
recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem
variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.
• Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras
micobactérias ou vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados (ou re-
vacinados) após o primeiro ano de vida, quando o BCG produz reações
maiores e mais duradouras. Entretanto, a reação tende a diminuir com o
passar do tempo, e se a PT for realizada 10 anos ou mais após a última
vacinação, o efeito da BCG sobre ela poderá ser mínimo.
• Indicações
• Na investigação de infecção latente no adulto.
• Na investigação de infecção latente e de TB doença em crianças.
• Indivíduos com PT documentada e resultado igual ou superior a 10 mm
não devem ser retestados.
By Ismael Costa
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37. Tratamento
• Período de transmissibilidade após início do tratamento
• A transmissibilidade está presente desde os primeiros
sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de
tratamento efetivo. Durante muitos anos considerou-se que,
após 15 dias de tratamento, o paciente já não transmitia a
doença.
• Na prática, quando o paciente não tem história de tratamento
anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se
considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo
melhora cínica, o paciente pode ser considerado não
infectante.
By Ismael Costa
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38. Regimes de tratamento
• O tratamento será desenvolvido sob regime ambulatorial,
diretamente observado (TDO). A hospitalização é
recomendada em casos especiais e de acordo com as
seguintes prioridades:
• Meningoencefalite tuberculosa.
• Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em
ambulatório.
• Estado geral que não permita tratamento em ambulatório.
• Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não
à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em
unidade hospitalar.
• Casos em situação de vulnerabilidade social, como
ausência de residência fixa ou grupos com maior
possibilidade de abandono, especialmente se for um caso
de retratamento, falência ou multirresistência.
By Ismael Costa
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39. Tratamento
• Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente
com o seu Comitê Técnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB
no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional
de Resistência aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da
resistência primária à isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o
Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois
primeiros meses) do Esquema básico.
• A apresentação farmacológica deste esquema passa a ser em
comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos
(RHZE), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275
mg.
• Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser
administrada em uma única tomada.
By Ismael Costa
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40. Indicações de esquemas
terapêuticos
• Caso novo ou virgens de tratamento (VT) - pacientes que nunca se
submeteram ao tratamento anti-TB, ou o fizeram por até 30 dias.
• Retratamento ou com tratamento anterior (TA) - pessoa já tratada para TB
por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva
após cura (RC) ou retorno após abandono (RA).
• O paciente que retorna ao sistema após abandono deve ter sua doença
confirmada por nova investigação diagnóstica por baciloscopia, devendo
ser solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, antes da
reintrodução do tratamento anti-TB básico.
• Falência - Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento.
São também classificados como caso de falência os casos que, no início do
tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação
até o 4º mês, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação, e
nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de
tratamento.
• By Ismael Costa
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42. Esquemas
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos –
Pacientes Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol
• – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/4RH
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos
– Crianças Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/4RH
By Ismael Costa
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44. • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes
Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/7RH
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças
Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/7RH
By Ismael Costa
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45. Condições especiais
• Gestante
• A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico
precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe
grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem
como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o
risco de transmissão pós-natal.
• Não há contra-indicações à amamentação, desde que a mãe não seja
portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça
uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança.
• Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados acima,
mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos
adversos.
• O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda
linha nesta população.
By Ismael Costa
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47. Controle do tratamento
• Acompanhamento da evolução da doença em adultos
• 1) Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de
TB pulmonar, sendo indispensáveis as dos 2º, 4º e 6º meses,
no Esquema Básico. Em casos de baciloscopia positiva no final
do segundo mês de tratamento, solicitar cultura para
micobactérias com identificação e teste de sensibilidade.
• 2) Acompanhamento clínico mensal visando a identificação de
queixas e sinais clínicos que possam avaliar a evolução da
doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de
manifestações adversas com seu uso.
• 3) Pacientes inicialmente bacilíferos, deverão ter pelo menos
duas baciloscopias negativas para comprovar cura, uma na
fase de acompanhamento e outra ao final do tratamento.
By Ismael Costa
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48. Controle de contatos
• Definições para proceder ao controle de contatos
• Caso índice – Todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com
baciloscopia positiva.
• Contato – É definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente
com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode
se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa
permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do
contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o
ambiente e o tempo de exposição.
• Obs. Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença
após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a
investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma
clínica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB,
mas principalmente o caso índice, interrompendo assim a cadeia de
transmissão.
By Ismael Costa
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49. Tratamento de ILTB
By Ismael Costa
O tratamento da infecção latente com isoniazida reduz em 60
a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve à duração
e à adesão ao tratamento.
O número de doses tomadas tem se revelado mais importante
do que o uso diário do medicamento. Portanto, mesmo que
o indivíduo não use a H todos os dias, é importante
insistir para que complete o número de doses do
tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré-
estabelecido pelo médico. O número mínimo de doses
preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num
período entre 6 e 9 meses).
50. Fármaco utilizado
• Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose
máxima de 300 mg/dia.
• Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da
ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade
de infecção latente e o risco de adoecimento.
51. Resistência aos fármacos anti-TB
By Ismael Costa
• A resistencia aos farmacos antiTB e classificada em:
• Resistencia natural- É aquela que surge no processo de
multiplicacao do bacilo naturalmente.
• Resistencia primaria - E aquela que se verifica em pacientes nunca
tratados paraTB, contaminados por bacilos previamente resistentes.
• Resistencia adquirida ou secundaria - E a que se verifica em
pacientes, com tuberculose inicialmente sensivel, que se torna
resistente apos a exposicao aos medicamentos.
• As principais causas do surgimento da resistencia adquirida sao:
esquemas inadequados; uso irregular do esquema terapeutico
por má adesão ou falta temporaria de medicamentos.
52. Tipos de resistência
By Ismael Costa
• Monorresistencia: resistencia a um farmaco antiTB.
• Polirresistencia: resistencia a dois ou mais farmacos
antituberculose, exceto a associação Rifampicina e Isoniazida.
• Multirresistencia: resistencia a pelo menos Rifampicina e
Isoniazida (MDR).
• Resistencia extensiva: resistencia a Rifampicina e
Isoniazida acrescida a resistencia a uma fluoroquinolona
e a um injetavel de segunda linha (Amicacina, canamicina
ou Capreomicina).
53. by Ismael Costa 53
Acompanhamento do caso
• Alta por cura
• Alta por completar o tratamento
• Alta por abandono de tratamento
• Alta por mudança de diagnóstico
• Alta por óbito
• Alta por falência
• Alta por transferência
54. Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-
COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério
da Saúde para tratar pessoas adultas com
tuberculose pulmonar depende da carga bacilar,
da fase de tratamento da doença, do peso
corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos,
peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema
básico de dois meses (fase intensiva), qual o
protocolo de tratamento recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150
mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol
275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150
55. Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-
COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério
da Saúde para tratar pessoas adultas com
tuberculose pulmonar depende da carga bacilar,
da fase de tratamento da doença, do peso
corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos,
peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema
básico de dois meses (fase intensiva), qual o
protocolo de tratamento recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150
mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol
275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150
56. Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora
de 54 anos de idade, referindo febre vespertina,
fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há
mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação
clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de
tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento
da doença e sobre a necessidade de seu
comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A
usuária informou que iria esforçar-se para
comparecer diariamente e no horário estabelecido,
haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e
com relação ao Tratamento Diretamente Observado
57. Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora
de 54 anos de idade, referindo febre vespertina,
fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há
mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação
clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de
tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento
da doença e sobre a necessidade de seu
comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A
usuária informou que iria esforçar-se para
comparecer diariamente e no horário estabelecido,
haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e
com relação ao Tratamento Diretamente Observado
58. Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo
Ministério da Saúde foram adotadas
algumas mudanças no tratamento da
Tuberculose. Em relação à introdução do
Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada
pelo Ministério da Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à
pirazinamida e a resistência primária à
pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência primária à
59. Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo
Ministério da Saúde foram adotadas
algumas mudanças no tratamento da
Tuberculose. Em relação à introdução do
Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada
pelo Ministério da Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à
pirazinamida e a resistência primária à
pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência
60. Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento
numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de
tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas
baciloscopias diretas do escarro com resultados
positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa
gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia
direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose,
sendo necessária arealização da prova tuberculínia.
B) Convocar para investigação somente os contatos da
paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com
61. Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento
numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de
tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas
baciloscopias diretas do escarro com resultados
positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa
gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia
direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose,
sendo necessária arealização da prova tuberculínia.
B) Convocar para investigação somente os contatos da
paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com
62. Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11.A infecção tuberculosa, sem doença, significa
que os bacilos estão presentes na pessoa e o
sistema imunológico os mantém sob controle.A
infecção tuberculosa é detectada apenas por meio
do seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados
da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
63. Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11.A infecção tuberculosa, sem doença, significa
que os bacilos estão presentes na pessoa e o
sistema imunológico os mantém sob controle.A
infecção tuberculosa é detectada apenas por meio
do seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados
da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
64. ENFERMEIRO/2015
Esteio/RS-MSconcursos
12. Segundo o Ministério da Saúde, o
tratamento diretamente observado (TDO)
é mais do que observar a deglutição dos
medicamentos: é uma estratégia de
construção de vínculo entre o paciente, o
profissional de saúde e o serviço de saúde.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) Somente os casos resistentes ao tratamento
devem ser tratados sob supervisão direta de um
profissional de saúde.
b) A escolha da modalidade do TDO deve ser
65. ENFERMEIRO/2015
Esteio/RS-MSconcursos
12. Segundo o Ministério da Saúde, o
tratamento diretamente observado (TDO)
é mais do que observar a deglutição dos
medicamentos: é uma estratégia de
construção de vínculo entre o paciente, o
profissional de saúde e o serviço de saúde.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) Somente os casos resistentes ao tratamento
devem ser tratados sob supervisão direta de um
profissional de saúde.
b) A escolha da modalidade do TDO deve ser
66. Prefeitura municipal de gaúcha do norte/MT-2015-ACPI
13-Em relação à prevenção, ao diagnóstico e ao
tratamento daTuberculose, analise os itens a
seguir e assinale a alternativa CORRETA:
I – Em adultos com HIV positivo, está indicada para
prevenção a administração da vacina BCG‐ID em
qualquer situação, independente de sintomas ou
contagem de linfócito T CD4+.
II – Os recém–nascidos em contato com pessoas
bacilíferas não deverão ser vacinados ao nascer. No caso
deles, deve‐se administrar isoniazida por três meses.Após
esse período, deve‐se fazer a prova tuberculínica (PT) e,
se o resultado da PT for = ou > 5 mm, deve‐se manter a
quimioprofilaxia por mais três meses.
III – A orientação para a coleta de exame de escarro
67. Prefeitura municipal de gaúcha do norte/MT-2015-ACPI
13-Em relação à prevenção, ao diagnóstico e ao
tratamento daTuberculose, analise os itens a
seguir e assinale a alternativa CORRETA:
I – Em adultos com HIV positivo, está indicada para
prevenção a administração da vacina BCG‐ID em
qualquer situação, independente de sintomas ou
contagem de linfócito T CD4+.
II – Os recém–nascidos em contato com pessoas
bacilíferas não deverão ser vacinados ao nascer. No caso
deles, deve‐se administrar isoniazida por três meses.Após
esse período, deve‐se fazer a prova tuberculínica (PT) e,
se o resultado da PT for = ou > 5 mm, deve‐se manter a
quimioprofilaxia por mais três meses.
III – A orientação para a coleta de exame de escarro
68. 15- (AGUA BRANCA-2011) Um dos problemas de saúde
prioritários no brasil é a tuberculose, doença essa considerada
altamente infectocontagiosa causada pelo bacilo
mycobacterium tuberculosis ou bacilo de koch. Sobre a
tuberculose marque a alternativa correta:
a) A transmissão ocorre de forma indireta por meio de água e
alimentos contaminados;
b) O portador da tuberculose normalmente apresenta tosse
seca, febre, sudorese diurna, astenia e perda de peso;
c) As formas em que se apresentam a tuberculose são apenas a
meníngea, renal e pulmonar;
d) É considerada tuberculose pulmonar positiva aquele
individuo com duas baciloscopia diretas positivas, ou com uma
baciloscopia direta positiva e cultura negativa;
e) Na 1ª fase do tratamento da tuberculose para pacientes
sem tratamento anterior ocorre com a utilização da
rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
69. 15- (AGUA BRANCA-2011) Um dos problemas de saúde
prioritários no brasil é a tuberculose, doença essa considerada
altamente infectocontagiosa causada pelo bacilo
mycobacterium tuberculosis ou bacilo de koch. Sobre a
tuberculose marque a alternativa correta:
a) A transmissão ocorre de forma indireta por meio de água e
alimentos contaminados;
b) O portador da tuberculose normalmente apresenta tosse
seca, febre, sudorese diurna, astenia e perda de peso;
c) As formas em que se apresentam a tuberculose são apenas a
meníngea, renal e pulmonar;
d) É considerada tuberculose pulmonar positiva aquele
individuo com duas baciloscopia diretas positivas, ou com uma
baciloscopia direta positiva e cultura negativa;
e) Na 1ª fase do tratamento da tuberculose para
pacientes sem tratamento anterior ocorre com a
utilização da rifampicina, isoniazida, pirazinamida e
etambutol.
70. 16- (AXIXÁ-2011) As principais mudanças nas
recomendações para tratamento da tuberculose em
adultos e adolescentes para unidades de referência são,
exceto:
a) Introdução do Etambutol como quarto fármaco na fase
intensiva do esquema básico com objetivo de reduzir a
resistência bacilar aos fármacos anti-TB;
b) Introdução de comprimidos formulados com os quatro
fármacos em doses fixas combinadas para a fase intensiva
do tratamento (primeiros dois meses);
c) O esquema até então denominado EM (2RHZE / 7RH)
não existirá mais;
d) Para crianças até 10 anos continuará sendo
preconizado o esquema atual (RH+Z).
71. 16- (AXIXÁ-2011) As principais mudanças nas
recomendações para tratamento da tuberculose em
adultos e adolescentes para unidades de referência são,
exceto:
a) Introdução do Etambutol como quarto fármaco na fase
intensiva do esquema básico com objetivo de reduzir a
resistência bacilar aos fármacos anti-TB;
b) Introdução de comprimidos formulados com os quatro
fármacos em doses fixas combinadas para a fase intensiva
do tratamento (primeiros dois meses);
c) O esquema até então denominado EM (2RHZE
/ 7RH) não existirá mais;
d) Para crianças até 10 anos continuará sendo
preconizado o esquema atual (RH+Z).
73. HANSENÍASE (LEPRA)
Doença infecto-contagiosa, crônica, curável,
causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é
capaz de infectar grande número de pessoas
(alta infectividade), mas poucos adoecem,
(baixa patogenicidade). O poder imunogênico do
bacilo é responsável pelo alto potencial
incapacitante da hanseníase.
O comprometimento dos nervos periféricos é
a característica principal da doença, dando-
lhe um grande potencial para provocar
incapacidades físicas que podem, inclusive,
evoluir para deformidades.
by Ismael Costa73
74. DEFINIÇÃO DE CASO DE
HANSENÍASE
A pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes
sinais cardinais e que necessita de tratamento
poliquimioterápico:
lesão e/ou área da pele com diminuição ou
alteração de sensibilidade;
acometimento de nervo periférico, com ou
sem espessamento associado a alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
baciloscopia positiva de esfregaço
intradérmico.
74 by Ismael Costa
75. AGENTE ETIOLÓGICO
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita
intracelular obrigatório, com afinidade por células
cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se
instala no organismo da pessoa infectada, podendo se
multiplicar.
75 by Ismael Costa
76. MODO DE TRANSMISSÃO
A principal via de eliminação do bacilo, pelo
indivíduo doente de hanseníase, e a mais
provável porta de entrada no organismo
passível de ser infectado são as vias aéreas
superiores, o trato respiratório. No
entanto, para que a transmissão do bacilo
ocorra, é necessário um contato direto
com a pessoa doente não tratada.
A hanseníase apresenta longo período de
incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há
referências a períodos mais curtos, de 7
meses, como também a mais longos, de 10
anos.
76 by Ismael Costa
77. Epidemiologia
Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo,
constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um
pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras
pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são considerados
importantes fontes de transmissão da doença devido à
sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se
espontaneamente.
Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se
multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior,
podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos
Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e
manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
78. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hanseníase indeterminada – forma
inicial, evolui espontaneamente
para a cura na maioria dos casos
ou evolui para as formas polarizadas
em cerca de 25% dos casos, o que pode
ocorrer no prazo de 3 a 5 anos.
Geralmente, encontra-se apenas uma
lesão, de cor mais clara que a pele
normal, com distúrbio da
sensibilidade, ou áreas
circunscritas de pele com aspecto
normal e com distúrbio de
sensibilidade, podendo ser
acompanhadas de alopecia e/ou
anidrose.
By Ismael Costa78
79. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hanseníase tuberculoide – forma mais benigna e
localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou uma única), de limites
bem definidos e pouco elevados, e com ausência de
sensibilidade (dormência).
Ocorre comprometimento simétrico de troncos
nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia
muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser
encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou
trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade
térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.
Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete
crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no
domicílio. A clínica é caracterizada por lesões
papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno
número, principalmente na face.
By Ismael Costa79
80. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hanseníase dimorfa (ou borderline) – forma
intermediária, resultante de uma imunidade também
intermediária, com características clínicas e
laboratoriais que podem se aproximar do polo
tuberculoide ou virchowiano. A variedade de
lesões cutâneas é maior e estas apresentam-
se como placas, nódulos eritemato-
acastanhados, em grande número, com
tendência à simetria. As lesões mais
características dessa forma clínica são
denominadas lesões pré-foveolares ou
foveolares, sobre-elevadas ou não, com áreas
centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com
limites internos nítidos e externos difusos. O
acometimento dos nervos é mais extenso, podendo
ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
By Ismael Costa80
81. Manifestações clínicas
Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) As
lesões cutâneas caracterizam-se por placas
infiltradas e nódulos (hansenomas), de
coloração eritemato-acastanhada ou
ferruginosa, que podem se instalar também na
mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com
madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos
pavilhões auriculares, espessamento e
acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda,
ocorrer acometimento da laringe, com quadro de
rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço,
suprarrenais e testículos), bem como a hanseníase
histoide, com predominância de hansenomas com
aspecto de queloides ou fibromas, com grande número
de bacilos. Ocorre comprometimento de maior
número de troncos nervosos de forma
simétrica.
By Ismael Costa
83. Avaliação dermatológica
Consistem na identificação de lesões de pele por
meio de inspeção de toda a superfície corporal do
paciente e realização de pesquisa de sensibilidade
térmica, dolorosa e tátil nas lesões e/ou áreas
suspeitas para verificar qualquer alteração
84.
85. Classificação operacional para fins de
tratamento quimioterápico.
CASOS COM BAAR + , MESMO COM MENOS DE 5
LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES!
by Ismael Costa85
Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele.
Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não
contagiosa
Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de
pele.
Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
86. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
A avaliação neurológica deve ser realizada no momento
do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento,
na ocorrência de neurites e reações ou quando houver
suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT
e sempre que houver queixas.
Os principais nervos periféricos acometidos na
hanseníase são os que passam:
pela face - trigêmeo e facial, que podem causar
alterações na face, nos olhos e no nariz;
pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem
causar alterações nos braços e mãos;
pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que
podem causar alterações nas pernas e pés.
86 by Ismael Costa
87. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame baciloscópico – a baciloscopia de
pele (esfregaço intradérmico), quando
disponível, deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos
em PB ou MB. A baciloscopia positiva
classifica o caso como MB,
independentemente do número de lesões.
O resultado negativo da baciloscopia não
exclui o diagnóstico da hanseníase.
Exame histopatológico – indicado como
apoio na elucidação diagnóstica e em
pesquisas.
by Ismael Costa87
88. Mitsuda
Teste de Mitsuda - Possui valor
prognóstico e é recomendado para
distinção dos casos neurais que não
apresentam lesão cutânea, para
classificação da doença.
O teste é feito pela aplicação
intradérmica de 0,1 ml de
mitsudina na face anterior do
antebraço direito, formando-se
uma pápula com cerca de 1cm de
diâmetro. Sendo feita a leitura
após 21 e 28 dias.
89. TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO PQT
A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo
conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,
dapsona e clofazimina, com administração
associada.
Para crianças com hanseníase, a dose dos
medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de
acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
intolerância a um dos medicamentos do esquema-
padrão, são indicados esquemas alternativos.
A alta por cura é dada após a administração do
número de doses preconizadas pelo esquema
terapêutico.
89 by Ismael Costa
90. Esquemas
90 by Ismael Costa
Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB)
Até 5 lesões de pele
Mais de 5 lesões de pele, ou com
baciloscopia positiva.
Tratamento Tratamento
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Dapsona* - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100
mg
Dapsona - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100 mg
***
Clofazimina - 1 dose mensal
superviso nada de 300mg, doses
diárias auto-administradas de 50 mg.
Critério de alta Critério de alta
6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses
* Também conhecida como Sulfona
91.
92.
93. ACOMPANHAMENTO DAS
INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA
É importante diferenciar um quadro de estado reacional de
um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa
deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém,
o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT
deve ser reiniciado.
Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
hospitalização.
É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado
venha eventualmente desenvolver novos sinais e
sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o
tratamento PQT inadequado ou incorreto.
by Ismael Costa93
94. ESTADOS REACIONAIS OU
REAÇÕES HANSÊNICAS
Os estados reacionais ou reações hansênicas são
reações do sistema imunológico do doente ao
Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de
episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.
Os estados reacionais ocorrem, principalmente,
durante os primeiros meses do tratamento
quimioterápico da hanseníase, mas também podem
ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a
cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento,
podem induzir ao diagnóstico da doença.
Os estados reacionais são a principal causa de
lesões dos nervos e de incapacidades provocadas
pela hanseníase.
by Ismael Costa94
95. 95 by Ismael Costa
Reações Hansênicas
Tipo 1 (reação reversa)
Tipo 2 (Eritema nodoso
hansênico)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos
(neurites)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos (neurites)
Novas lesões
dermatológicas, alterações
das lesões antigas.
Eritema Nodoso Hansênico
(ENH) que se caracteriza por
apresentar nódulos
vermelhos e dolorosos, febre,
dores articulares e mal estar
generalizado.
96. Complicações
As complicações da hanseníase, muitas vezes,
confundem-se com a evolução do próprio quadro
clínico da doença.
Muitas delas dependem da resposta imune dos
indivíduos acometidos, outras estão
relacionadas à presença do M. leprae nos
tecidos e, por fim, algumas das complicações
decorrem das lesões neurais características da
hanseníase.
By Ismael Costa
97. Referência e contra-referência
Na presença de intercorrências clínicas, reações
adversas ao tratamento, estados reacionais e
dúvida no diagnóstico, o caso deverá ser encaminhado
ao serviço de referência, conforme o sistema de
referência e de contra-referência estabelecido pelo
município.
By Ismael Costa97
98. Critérios de alta por cura
O encerramento da PQT deve acontecer segundo os critérios
de regularidade no tratamento: número de doses e tempo
de tratamento, de acordo com cada esquema
mencionado anteriormente, sempre com avaliação
neurológica simplificada, avaliação do grau de
incapacidade física e orientação para os cuidados após
a alta.
Condutas para pacientes irregulares – os que não
completaram o tratamento preconizado PB (6 doses, em até 9
meses) e MB (12 doses, em até 18 meses) deverão ser
avaliados quanto à necessidade de reinício ou
possibilidade de aproveitamento de doses anteriores,
visando à finalização do tratamento dentro do prazo
preconizado.
By Ismael Costa
99. MB
Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento
em pacientes MB – para o doente MB sem melhora clínica
ao final das 12 doses de PQT, a indicação de um segundo
ciclo de 12 doses de tratamento deverá se basear na
associação de sinais de atividade da doença, mediante
exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e,
se indicada, histopatologia) em unidades de referência.
Casos MB que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou
extensas áreas de infiltração cutânea podem ter um risco
maior de desenvolver reações e dano neural após completar
as 12 doses.
By Ismael Costa
100. MB
Esses casos poderão apresentar uma regressão mais lenta
das lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a
melhorar após a conclusão do tratamento com 12
doses; é possível, no entanto, que alguns deles não
demonstrem qualquer melhora e, se isso acontecer, deverão
ser avaliados em serviço de referência (municipal, regional,
estadual ou nacional) quanto à necessidade de 12 doses
adicionais de PQT/MB.
By Ismael Costa
101. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória
em todo o Território Nacional.
Considera-se como contato intradomiciliar toda
e qualquer pessoa que resida ou tenha residido
com o doente, nos últimos cinco anos.
by Ismael Costa101
102. Investigação de contato
A investigação consiste no exame
dermatoneurológico de todos os contatos
intradomiciliares dos casos detectados.
Deve-se ter especial atenção na investigação dos
contatos de menores de 15 anos, já que esta
situação de adoecimento mostra que há transmissão
recente e ativa que deve ser controlada.
Após a avaliação, se o contato for considerado indene
(não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG.
by Ismael Costa102
103. by Ismael Costa103
Profilaxia com BCG
Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG
1 cicatriz 1 dose de BCG
2 cicatrizes Nenhuma dose de BCG
Criança menor de 1 ano
vacinada Nenhuma dose de BCG
Quem tomou a vacina há
menos de 6 meses Nenhuma dose de BCG
104. Enfermeiro-2009
Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
1-No Programa de Controle da Hanseníase do
Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer
atenção individualizada ao paciente, para
(A) identificar as formas de interação do paciente com os
outros seres vivos.
(B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
(C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de
enfermagem.
(D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
(E) realizar o agendamento da clientela.
105. Enfermeiro-2009
Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
1-No Programa de Controle da Hanseníase do
Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer
atenção individualizada ao paciente, para
(A) identificar as formas de interação do paciente com os
outros seres vivos.
(B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
(C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na
consulta de enfermagem.
(D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
(E) realizar o agendamento da clientela.
106. Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa
CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as
manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana.
Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou
nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos
bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e
externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios
reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas
esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou
múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade.
Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com
preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há
comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações
107. Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa
CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as
manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana.
Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou
nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos
bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e
externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios
reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas
esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou
múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade.
Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com
preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há
comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações
108. Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura,
no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente
pode trazer graves consequências para os portadores e
seus familiares, pelas lesões que os incapacitam
fisicamente. Portanto, é necessário uma série de
atividades essenciais na estratégia de controle da doença.
Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata
o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela
doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar
precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos
medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter
a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta
no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas
109. Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura,
no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente
pode trazer graves consequências para os portadores e
seus familiares, pelas lesões que os incapacitam
fisicamente. Portanto, é necessário uma série de
atividades essenciais na estratégia de controle da doença.
Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata
o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela
doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar
precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos
medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter
a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta
no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas
110. Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa
incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e
os nervos periféricos, mas também manifesta-se
como uma doença sistêmica comprometendo
articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o
Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido
resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida através do
111. Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa
incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e
os nervos periféricos, mas também manifesta-se
como uma doença sistêmica comprometendo
articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o
Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido
resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida
112. Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase
multibacilar, na unidade básica de saúde, o
enfermeiro constatou que o paciente que
havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema
nodos hansênico (ENH). Esse tipo de
reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas
(manchas ou placas).
113. Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase
multibacilar, na unidade básica de saúde, o
enfermeiro constatou que o paciente que
havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema
nodos hansênico (ENH). Esse tipo de
reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas
(manchas ou placas).
114. Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-
contagiosa que afeta a pele e nervos
periféricos. Na questão a seguir, assinale o
nervo que pode estar afetado quando o
portador de hanseníase apresenta úlceras
na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C) Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
115. Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-
contagiosa que afeta a pele e nervos
periféricos. Na questão a seguir, assinale o
nervo que pode estar afetado quando o
portador de hanseníase apresenta úlceras
na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C)Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
116. 14- (AGUA BRANCA-2011) A hanseníase é considerada
uma doença crônico degenerativa granulomatosa que tem
como agente etiológico o mycobacterium leprae.
Apresenta-se como doença endêmica no brasil e aparece
com maior freqüência em países tropicais e subtropicais. a
principal fonte de infecção da hanseníase é o homem. a
prova imunobiológica que avalia o grau de resistência do
organismo a infecção do mycobacterium leprae é
conhecido como:
a) ELISA;
b) Mantoux;
c) Mitsuda;
d) PPD;
e)VDRL.
117. 14- (AGUA BRANCA-2011) A hanseníase é considerada
uma doença crônico degenerativa granulomatosa que tem
como agente etiológico o mycobacterium leprae.
Apresenta-se como doença endêmica no brasil e aparece
com maior freqüência em países tropicais e subtropicais. a
principal fonte de infecção da hanseníase é o homem. a
prova imunobiológica que avalia o grau de resistência do
organismo a infecção do mycobacterium leprae é
conhecido como:
a) ELISA;
b) Mantoux;
c) Mitsuda;
d) PPD;
e)VDRL.
118. 17- (AXIXÁ-2011) A hanseníase é uma doença infecciosa,
crônica, de grande importância para a saúde pública
devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante,
atingindo principalmente a faixa etária economicamente
ativa. É uma droga no tratamento da hanseníase:
a) Estreptomicina.
b) Clofazimina.
c) Isoniazida.
d) Etionamida.
119. 17- (AXIXÁ-2011) A hanseníase é uma doença infecciosa,
crônica, de grande importância para a saúde pública
devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante,
atingindo principalmente a faixa etária economicamente
ativa. É uma droga no tratamento da hanseníase:
a) Estreptomicina.
b) Clofazimina.
c) Isoniazida.
d) Etionamida.
120. 18- (CISVIR-2011) A hanseníase é uma doença causada
pelo agente etiológico Micobacterium leprae. O bacilo
causador, possui alta infectividade, baixa patogenicidade,
baixa letalidade e baixa mortalidade. O período de
incubação do bacilo no organismo humano compreende:
a) Dois a sete anos em média.
b) 15 dias a dois anos em média.
c) Dois anos a dez anos em média.
d) Sete a dez anos em média.
121. 18- (CISVIR-2011) A hanseníase é uma doença causada
pelo agente etiológico Micobacterium leprae. O bacilo
causador, possui alta infectividade, baixa patogenicidade,
baixa letalidade e baixa mortalidade. O período de
incubação do bacilo no organismo humano compreende:
a) Dois a sete anos em média.
b) 15 dias a dois anos em média.
c) Dois anos a dez anos em média.
d) Sete a dez anos em média.
122. 19- (GALINHOS-2011) A hanseníase ainda é uma doença de grande
destaque para a saúde pública brasileira e deve ser priorizada por todos os
profissionais de saúde visando o seu controle. De acordo com o ministério
da saúde, em relação á hanseníase assinale a alternativa correta:
a) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam dez lesões com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
paucibacilar
b) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam duas lesões com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
multibacilar
c) Pacientes com baciloscopia positiva e que apresentam uma lesão com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
paucibacilar
d) Pacientes com baciloscopia negativa que apresentam menos de dez
lesões de pele com alteração de sensibilidade não devem ser tratados para
hanseníase
e) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam seis lesões com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
multibacilar
123. 19- (GALINHOS-2011) A hanseníase ainda é uma doença de grande
destaque para a saúde pública brasileira e deve ser priorizada por todos os
profissionais de saúde visando o seu controle. De acordo com o ministério
da saúde, em relação á hanseníase assinale a alternativa correta:
a) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam dez lesões com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
paucibacilar
b) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam duas lesões com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
multibacilar
c) Pacientes com baciloscopia positiva e que apresentam uma lesão com
alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados com o esquema
paucibacilar
d) Pacientes com baciloscopia negativa que apresentam menos de dez
lesões de pele com alteração de sensibilidade não devem ser tratados para
hanseníase
e) Pacientes com baciloscopia negativa e que apresentam seis
lesões com alteração de sensibilidade na pele devem ser tratados
com o esquema multibacilar
124. 20- (EBSERH 2014) Diagnosticar e tratar correta e
prontamente os casos de Tuberculose Pulmonar são as
principais medidas para o controle da doença. A pesquisa
bacteriológica é de importância fundamental em adultos,
tanto para o diagnóstico quanto para o controle de
tratamento, sendo o método mais utilizado
a) O raio X de tórax.
b) A ressonância magnética.
c) A prova tuberculínica.
d) A baciloscopia direta do escarro.
e) A imunofluorescência.
125. 20- (EBSERH 2014) Diagnosticar e tratar correta e
prontamente os casos de Tuberculose Pulmonar são as
principais medidas para o controle da doença. A pesquisa
bacteriológica é de importância fundamental em adultos,
tanto para o diagnóstico quanto para o controle de
tratamento, sendo o método mais utilizado
a) O raio X de tórax.
b) A ressonância magnética.
c) A prova tuberculínica.
d) A baciloscopia direta do escarro.
e) A imunofluorescência.
126. 21- (EBSERH 2014) Após o início do tratamento correto
paraTuberculose, quando o paciente não tem história de
tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de
resistência e havendo melhora clínica, pode-se considerar
que após quantos dias de tratamento o paciente pode ser
considerado não infectante?
a) 04 dias.
b) 06 dias.
c) 07 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.
127. 21- (EBSERH 2014) Após o início do tratamento correto
paraTuberculose, quando o paciente não tem história de
tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de
resistência e havendo melhora clínica, pode-se considerar
que após quantos dias de tratamento o paciente pode ser
considerado não infectante?
a) 04 dias.
b) 06 dias.
c) 07 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.
128. Atenção Integral às Pessoas com
Infecções Sexualmente Transmissíveis
By Ismael Costa
129. Introdução
By Ismael Costa
No ano de 2015, o ministério da saúde adotou a
nomenclatura infecções sexualmente transmissíveis
(IST´s) em substituição ao antigo termo doenças sexualmente
transmissíveis (DST´s). Desta forma busca-se alertar a
população sobre a possibilidade de ter e transmitir uma
infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
O documento “Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas de
atenção integral á pessoas portadoras de IST” recomenda a o
manejo integral das IST, combinando, quando disponível, a
triagem e tratamento das IST assintomáticas e o uso
de fluxogramas nas IST sintomáticas , utilizando
laboratório complementar.
130. Introdução
By Ismael Costa
A oferta de diagnóstico e tratamento para IST assintomáticas
é a estratégia para triagem e tratamento das seguintes IST
assintomáticas: sífilis latente recente e tardia, infecções
por N. gonorrhoeae e C. trachomatis em mulheres,
HIV e hepatites virais B e C.
O manejo de IST com uso de fluxograma abrange a
detecção e o tratamento das IST que se apresentam
sob a forma de úlceras genitais, corrimento uretral,
corrimento vaginal, DIP e verrugas anogenitais”.
(BRASIL, 2015 p.32)
131. Vigilância epidemiológica
As IST´s de notificação compulsória são de sífilis adquirida,
sífilis em gestante, sífilis congênita, hepatites virais B e
C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em
gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta
ao risco de transmissão vertical do HIV.
A síndrome do corrimento uretral masculino é de
notificação compulsória, a ser monitorada por meio
da estratégia de vigilância em unidades-sentinela. As
demais IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas
na lista de notificação dos estados/municípios.
132. Abordagem às pessoas com IST´s
Além do tratamento das doenças e infecções sexualmente
transmissíveis a abordagem integral inclui: a anamnese, a
identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame
físico.
Sempre que disponíveis, devem ser realizados exames para triagem
de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C, precedidos de
uma abordagem profissional adequada.
As amostras para os exames laboratoriais indicados devem ser
colhidas no momento da primeira consulta; caso os
resultados não estejam disponíveis imediatamente, a
conduta terapêutica não deve ser postergada até a entrega destes. A
consulta clínica se completa com a prescrição e orientação
para tratamento, além do estabelecimento de estratégia
para seguimento e atenção às parcerias sexuais.
133. Abordagem aos parceiros
Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de
comunicação, aqueles (as) com as quais a pessoa infectada
tenha se relacionado sexualmente, conforme a descrição
abaixo:
Tricomoníase: parceria atual
Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos
dois meses
DIP: nos últimos dois meses
Úlceras: nos últimos três meses
Sífilis secundária: nos últimos seis meses
Sífilis latente: no último ano
134. Uso de fluxogramas nas IST sintomáticas
As principais manifestações clínicas das IST são:
corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras
genitais, DIP e verrugas anogenitais. O uso dos
fluxogramas faz parte da abordagem sindrômica.
137. Corrimento vaginal
By Ismael Costa
O corrimento vaginal é uma síndrome comum, que ocorre
principalmente na idade reprodutiva, podendo ser acompanhado de
prurido, irritação local e/ou alteração de odor.
É importante avaliar a percepção da mulher quanto à existência de
corrimento vaginal fisiológico.
O termo Infecções do Trato Reprodutivo (ITR) é utilizado para
descrever:
Infecções endógenas (candidíase vulvovaginal e agentes da
vaginose bacteriana);
Infecções iatrogênicas (infecções pós-aborto, pós-parto);
Infecções sexualmente transmissíveis (tricomoníase).
Todos os casos de corrimento vaginal são considerados como ITR. Entre
elas, somente a tricomoníase é considerada uma IST.
138. Causas não-infecciosas
By Ismael Costa
As causas não infecciosas do corrimento vaginal
incluem:
material mucoide fisiológico, vaginite
inflamatória descamativa, vaginite atrófica
(mulheres na pós-menopausa), presença de
corpo estranho, entre outros.
Outras patologias podem causar prurido
vulvovaginal sem corrimento, como dermatites
alérgicas ou irritativas (sabonetes, perfumes,
látex) ou doenças da pele (líquen simples
crônico, psoríase).
139. Cervicite (Clamídia ou gonococo)
By Ismael Costa
Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode-
se estender ao endométrio e às trompas, causando doença
inflamatória pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a
gravidez ectópica e a dor pélvica crônica, as principais
sequelas.
Alguns sintomas genitais leves, como corrimento vaginal,
dispareunia ou disúria, podem ocorrer na presença de
cervicite mucopurulenta. O colo uterino pode ficar
edemaciado, sangrando facilmente ao toque da
espátula. Pode ser verificada a presença de mucopus
no orifício externo do colo.
140. Vulvovaginites
By Ismael Costa
Considera-se como vulvovaginite toda manifestação
inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior,
ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo
uterino (ectocérvice). As vulvovaginites se manifestam por
meio de corrimento vaginal, associado a um ou mais dos
seguintes sintomas inespecíficos:
prurido vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e
sensação de desconforto pélvico. Entretanto, muitas
infecções genitais podem ser completamente
assintomáticas.
141. Vaginose bacteriana
By Ismael Costa
A vaginose bacteriana é caracterizada por um
desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao
aumento exagerado de bactérias, em especial as
anaeróbias .
Não se trata de infecção de transmissão sexual;
apenas pode ser desencadeada pela relação
sexual em mulheres predispostas, ao terem
contato com sêmen de pH elevado.
142. Vaginose bacteriana
By Ismael Costa
Suas características clínicas incluem:
– corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado após o
coito e durante o período menstrual;
– corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto
fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso; – dor às
relações sexuais (pouco frequente).
Embora o corrimento seja o sintoma mais frequente, quase a
metade das mulheres com vaginose bacteriana são
completamente assintomáticas
143. Candidíase
By Ismael Costa
Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
– gravidez;
– diabetes mellitus (descompensado);
– obesidade;
– uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
– uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
– hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a
ventilação e aumentam a umidade e o calor local);
– contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo:
talco, perfume, desodorantes);
– alterações na resposta imunológica (imunodeficiência),
inclusive a infecção pelo HIV.
144. Candidíase
By Ismael Costa
Sinais e sintomas :
– prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); .
– ardor ou dor à micção;
– corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto
caseoso (“leite coalhado”);
– hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
– dispareunia;
– fissuras e maceração da pele; e
– vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco
acinzentadas, aderidas à mucosa.
145. Tricomoníase
By Ismael Costa
Suas características clínicas são:
– corrimento abundante,
amarelado ou amarelo esverdeado,
bolhoso;
– prurido e/ou irritação vulvar;
– dor pélvica (ocasionalmente);
– sintomas urinários (disúria, polaciúria);
– hiperemia da mucosa, com placas
avermelhadas (colpite difusa e/ou focal,
com aspecto de framboesa);
– teste de Schiller aspecto
“tigroide” .
146. Diagnóstico
By Ismael Costa
pH vaginal : pH > 4,5: vaginose bacteriana ou tricomoníase,
pH < 4,5: candidíase vulvovaginal
Teste de Wiff - (teste das aminas ou “do cheiro”) - Se houver
a eliminação de “odor de peixe”, o teste é considerado
positivo e sugestivo de vaginose bacteriana.
Exame à fresco - observando-se a presença de leucócitos,
células parabasais, Trichomonas sp. móveis, leveduras e/ou
pseudo-hifas. Os leucócitos estão presentes em
secreções vaginais de mulheres com candidíase
vulvovaginal e tricomoníase.
147. Diagnóstico
By Ismael Costa
Bacterioscopia por
coloração de Gram: a
presença de clue cells, células
epiteliais escamosas de
aspecto granular pontilhado e
bordas indefinidas cobertas
por pequenos e numerosos
cocobacilos, é típica de
vaginose bacteriana.
148. Corrimento uretral
As uretrites são IST caracterizadas por inflamação da
uretra acompanhada de corrimento.
Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos
por relação sexual vaginal, anal e oral. O corrimento uretral
pode ter aspecto que varia de mucoide a purulento, com
volume variável, estando associado a dor uretral
(independentemente da micção), disúria, estrangúria
(micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema
de meato uretral.
149. Etiologia do corrimento uretral
Os agentes etiológicos mais importantes do corrimento
uretral são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis.
Outros agentes, como T. vaginalis, U. urealyticum,
enterobactérias (nas relações anais insertivas), M. genitalium,
vírus do herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus),
adenovírus e Candida spp. são menos frequentes.
Causas traumáticas (produtos e objetos utilizados na prática
sexual) devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de
corrimento uretral.
150. Uretrites
Uretrite gonocócica
É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado
pela Neisseria gonorrhoeae. O período de incubação é curto, de 2 a
5 dias.
O sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na
fossa navicular que vai se estendendo para toda a uretra.
Após um a três dias o doente já se queixa de ardência miccional
(disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucóide que, com o
tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante e purulento.
Em alguns pacientes pode haver febre e outras manifestações de
infecção aguda sistêmica.
151. Uretrites gonocócicas
Se não houver tratamento, ou se esse for tardio
ou inadequado, o processo se propaga ao restante da
uretra, com o aparecimento de polaciúria e
sensação de peso no períneo; raramente há
hematúria no final da micção.
Dentre as complicações da uretrite gonocócica
no homem destacam-se: balanopostite, prostatite,
epididimite, estenose uretral (rara), artrite,
meningite, faringite, pielonefrite, miocardite,
pericardite, septicemia.
152. Uretrite não gonocócica
São denominadas uretrites não gonocócicas (UNG) as
uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela
coloração de Gram e/ou cultura são negativas para o
gonococo. Vários agentes têm sido responsabilizados por
essas infecções: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma
urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis,
dentre outros.
A C. trachomatis é o agente mais comum de UNG.
A UNG caracteriza-se, habitualmente, pela presença de
corrimentos mucóides, discretos, com disúria leve e
intermitente
153. Úlcera genital
Os agentes etiológicos infecciosos mais comuns nas úlceras
genitais são:
T. pallidum (sífilis primária e secundária);
HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital,
respectivamente);
H. ducreyi (cancroide);
C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV);
K. granulomatis (donovanose).
154. Sífilis primária
A sífilis primária, também conhecida como
“cancro duro”, ocorre após o contato
sexual com o indivíduo infectado. A
primeira manifestação é caracterizada por
uma úlcera, geralmente única, que ocorre no
local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros
locais do tegumento), indolor, com base
endurecida e fundo limpo, rica em
treponemas. Esse estágio pode durar
entre duas e seis semanas,
desaparecendo espontaneamente,
independentemente de tratamento.
155. Sífilis secundária
A sífilis secundária surge em média entre seis semanas e
seis meses após a infecção. Podem ocorrer erupções
cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas,
principalmente no tronco; eritemata palmo-plantares;
placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas;
lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata);
alopécia em clareira e madarose.
A sintomatologia pode desaparecer espontaneamente em
poucas semanas. Mais raramente, observa-se
comprometimento hepático, quadros meníngeos e/ou até
oculares, em geral uveítes.
156. Herpes genital
A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio
de seis dias. Em geral, é uma manifestação mais severa
caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-
papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que
rapidamente evoluem para vesículas sobre base
eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na
região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente
citrino, raramente turvo.
O quadro clínico das recorrências é menos intenso que o
observado na primoinfecção e pode ser precedido de sintomas
prodrômicos característicos, como prurido leve ou sensação
de “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas,
quadris e região anogenital.
157. Cancro mole
O cancroide é uma afecção de transmissão
exclusivamente sexual, provocada pelo H.
ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais.
Caracteriza-se por lesões múltiplas
(podendo, no entanto, haver uma
única lesão) e habitualmente
dolorosas, mais frequentes no sexo
masculino.
Denomina-se também cancro mole, cancro
venéreo ou cancro de Ducrey. O período
de incubação é geralmente de três a cinco
dias, podendo se estender por até duas
semanas. O risco de infecção em uma
relação sexual é de 80%.
158. LGV
O LGV é causado por C. trachomatis,
sorotipos L1, L2 e L3. A manifestação
clínica mais comum do LGV é a
linfadenopatia inguinal e/ou
femoral (também conhecido
como bubão inguinal), já que esses
sorotipos são altamente invasivos aos
tecidos linfáticos. Os últimos surtos
entre HSH estão relacionados ao
HIV.
159. Donovanose
É uma IST crônica progressiva,
causada pela bactéria K. granulomatis.
Acomete preferencialmente pele e
mucosas das regiões genitais,
perianais e inguinais. É pouco
frequente, ocorrendo na maioria das
vezes em climas tropicais e
subtropicais. A donovanose (granuloma
inguinal) está frequentemente associada
à transmissão sexual, embora os
mecanismos de transmissão não sejam
bem conhecidos, com
transmissibilidade baixa.
160. DIP
By Ismael Costa
A DIP é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de
microrganismos do trato genital inferior, espontânea
ou devida a manipulação .
Constitui uma das mais importantes complicações das IST e
um sério problema de saúde pública, sendo comum em
mulheres jovens com atividade sexual desprotegida.
Está associada a seqüelas importantes em longo prazo,
causando morbidades reprodutivas que incluem infertilidade
por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica
crônica (em 18% dos casos).
161. Etiologia da DIP
By Ismael Costa
Entre os microrganismos sexualmente transmissíveis, merecem
destaque C. trachomatis e N. gonorrhoeae.
No entanto, bactérias facultativas anaeróbias (ex.: G.
vaginalis, H. influenza, S. agalactiae, entre outros), que
compõem a flora vaginal, também têm sido associadas à DIP.
Além disso, CMV, M. genitalium, M. hominis e U.
urealyticum podem ser associados com alguns casos de DIP.
Todas as mulheres que têm DIP aguda devem ser rastreadas
para N. gonorrhoeae e C. trachomatis e testadas para
HIV, sífilis e hepatites virais.
162. Verrugas anogenitais
O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande
variedade de lesões proliferativas na região anogenital.
Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco
oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de risco
indeterminado.
A maioria das infecções são assintomáticas ou não
aparentes. Outras podem apresentar-se sob a forma de
lesões exofíticas, os chamados condilomas acuminados,
verrugas genitais ou cristas de galo.
Podem também assumir uma forma subclínica, visível
apenas sob técnicas de magnificação (lentes) e após
aplicação de reagentes, como o ácido acético.
163. Transmissão do HPV
Ocorre, preferencialmente,
por via sexual. A
transmissão vertical do
HPV é corroborada pela
ocorrência de
papilomatose recorrente
de laringe juvenil, em
crianças com menos de dois
anos de idade, e por relatos de
casos de RN com condiloma
genital ao nascimento. A
transmissão por fômites é
rara.
164. Sífilis
By Ismael Costa
A sífilis é uma infecção bacteriana de
caráter sistêmico, curável. É causada pelo T.
pallidum, uma bactéria Gram-negativa
do grupo das espiroquetas.
Em gestantes não tratadas ou tratadas
inadequadamente, a sífilis pode ser
transmitida para o feto (transmissão
vertical), mais frequentemente
intraútero (com taxa de transmissão
de até 80%), apesar de também poder
ocorrer na passagem do feto pelo
canal do parto.
165. Manifestações clínicas
By Ismael Costa
Existem duas classificações para as formas clínicas da
sífilis adquirida, a saber, pelo tempo de infecção e por
suas manifestações clínicas, conforme a descrição:
a. Segundo o tempo de infecção:
Sífilis adquirida recente (menos de um ano de
evolução);
Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução).
166. Manifestações clínicas
By Ismael Costa
b. Segundo as manifestações clínicas da sífilis
adquirida:
Sífilis primária: A primeira manifestação é caracterizada por
uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis,
vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do
tegumento). É denominada “cancro duro” e é
geralmente única, indolor, com base endurecida e
fundo limpo, sendo rica em treponemas. Geralmente é
acompanhada de linfadenopatia inguinal.
167. Manifestações clínicas
By Ismael Costa
Sífilis secundária: As lesões secundárias são ricas em
treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de
máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco;
lesões eritemato-escamosas palmo-plantares (essa localização
sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no estágio
secundário); placas eritematosas branco-acinzentadas nas
mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); alopecia em
clareira e madarose (perda da sobrancelha, em especial do
terço distal), febre, mal-estar, cefaleia, adinamia e linfadenopatia
generalizada.
169. Manifestações clínicas
By Ismael Costa
Sífilis latente: período em que não se observa sinal ou sintoma
clínico de sífilis, verificando-se, porém, reatividade nos testes
imunológicos que detectam anticorpos.
Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções
não tratadas, após um longo período de latência, podendo surgir
entre dois a 40 anos depois do início da infecção. A sífilis
terciária é considerada rara, devido ao fato de que a maioria da
população recebe indiretamente, ao longo da vida, antibióticos com
ação sobre o T. pallidum e que levam à cura da infecção.
Quando presente, a sífilis nesse estágio manifesta-se na
forma de inflamação e destruição tecidual.
É comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular.
Além disso, verifica-se a formação de gomas
171. Diagnóstico
Exames diretos: a pesquisa direta de
T. pallidum na sífilis recente primária e
secundária pode ser feita pela
microscopia de campo escuro
(sensibilidade de 74% a 86%). Quando
isso não é possível, a pesquisa do
treponema pode ser realizada por
imunofluorescência direta, exame de
material corado e biópsias.
Testes imunológicos: na prática são
os mais utilizados. Dividem-se em
treponêmicos e não treponêmicos.
172. Testes sorológicos
›› Testes treponêmicos: São testes
que detectam anticorpos específicos
produzidos contra os antígenos do T.
pallidum. São os primeiros a se
tornarem reagentes, sendo
importantes para a confirmação
do diagnóstico. Na maioria das
vezes, permanecem positivos
mesmo após o tratamento pelo
resto da vida do paciente; por isso,
não são indicados para o
monitoramento da resposta ao
tratamento.
173. Testes sorológicos
Testes não treponêmicos:
São que detectam anticorpos não específicos anticardiolipina
para os antígenos do T. pallidum, e podem ser qualitativos ou
quantitativos. Tornam-se reagentes cerca de uma a três
semanas após o aparecimento do cancro duro. O teste
qualitativo indica a presença ou ausência de anticorpo na
amostra. O teste quantitativo permite a titulação de
anticorpos.
O resultado deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:64, entre
outros), sendo importante para o diagnóstico e
monitoramento da resposta ao tratamento,
porquanto a queda do título é indicação de sucesso
terapêutico.
176. Descrição
As hepatites virais são doenças
provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário
pelo fígado, que apresentam
características epidemiológicas, clínicas e
laboratoriais distintas.
A distribuição das hepatites virais é
universal, sendo que a magnitude
varia de região para região, de
acordo com os diferentes agentes
etiológicos. No Brasil, esta variação
também ocorre.
177. Modo de Transmissão
Transmissão fecal-oral (HAV e HEV)
tem seu mecanismo de transmissão ligado a
condições de saneamento básico, higiene
pessoal, qualidade da água e dos
alimentos.
O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV)
possui diversos mecanismos de transmissão,
como o parenteral, sexual,
compartilhamento de objetos contaminados
(agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas
de dente, alicates de manicure), utensílios para
colocação de piercing e confecção de tatuagens
e outros instrumentos usados para uso de
drogas injetáveis e inaláveis.
178. Agentes etiológicos
Dentre esses, o vírus da hepatite B (VHB) é o único de
genoma DNA e pertence à família Hepadnaviridae. Os demais
possuem genoma RNA e estão em diferentes famílias, a saber:
Picornaviridae – vírus da hepatite A (VHA), Flaviviridae – vírus
da hepatite C (VHC), Deltaviridae – vírus da hepatite D (VHD)
e Hepeviridae – vírus da hepatite E (VHE).
180. Tratamento
Hepatite aguda- Não existe tratamento
específico para as formas agudas. Se
necessário, apenas tratamento sintomático para
náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral,
recomenda-se repouso relativo até a
normalização das aminotransferases. Dieta
pobre em gordura e rica em carboidratos é de
uso popular, porém seu maior beneficio é ser
mais agradável ao paladar do paciente anorético.
A única restrição está relacionada à
ingestão de álcool, que deve ser suspensa por,
no mínimo, 6 meses.
181. Tratamento
Hepatite crônica
Uma parcela dos casos de hepatite
crônica necessitará de tratamento,
cuja indicação baseia-se no grau de
acometimento hepático observado por
exame anatomopatológico do tecido
hepático obtido por biópsia.
Pacientes com aminotransferases
normais merecem ser avaliados com
exames de biologia molecular, pois
pode haver lesão hepática, mesmo sem
alteração daquelas enzimas.
182. Aspectos epidemiológicos
No Brasil e no mundo, o comportamento das hepatites virais tem
apresentado grandes mudanças nos últimos anos. A melhoria
das condições de higiene e de saneamento básico das populações,
a vacinação contra a hepatite B e as novas técnicas moleculares
de diagnóstico do vírus da hepatite C constituem fatores
importantes que se vinculam às transformações no perfil dessas
doenças.
A heterogeneidade socioeconômica, a distribuição irregular dos
serviços de saúde, a incorporação desigual de tecnologia avançada
para diagnóstico e tratamento de enfermidades, são elementos
importantes que devem ser considerados na avaliação do
processo endemo-epidêmico das hepatites virais no Brasil.
184. 24- (EBSERH 2014) Embora as Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) sejam causadas por muitos micro-
organismos diferentes, estes apenas determinam um
número limitado de síndromes. Dentre as alternativas
citadas a seguir, assinale aquela que apresenta uma doença
que causa Úlcera genital.
a) Sífilis.
b)Tricomoníase.
c)Vaginose bacteriana.
d) Ureoplasma.
e) Infecção por clamídia
185. 24- (EBSERH 2014) Embora as Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) sejam causadas por muitos micro-
organismos diferentes, estes apenas determinam um
número limitado de síndromes. Dentre as alternativas
citadas a seguir, assinale aquela que apresenta uma doença
que causa Úlcera genital.
a) Sífilis.
b)Tricomoníase.
c)Vaginose bacteriana.
d) Ureoplasma.
e) Infecção por clamídia
186. 26- (EBSERH 2015) Assinale a alternativa que indica a
infecção genital causada
por bactéria denominada Haemophilus ducreyi.
a) Linfogranuloma venéreo.
b) Donovanose.
c) Cancro mole.
d) Cancro duro.
e) Tricomoníase genital.
187. 26- (EBSERH 2015) Assinale a alternativa que indica a
infecção genital causada
por bactéria denominada Haemophilus ducreyi.
a) Linfogranuloma venéreo.
b) Donovanose.
c) Cancro mole.
d) Cancro duro.
e) Tricomoníase genital.
188. Enfermeiro/2015
Tapiratiba/SP – IBC-modificada
Quanto às formas de contágio, as hepatites virais podem ser
classificadas em dois grupos: fecal-oral e sanguínea. Assinale a
alternativa correta:
a) fecal-oral (vírus A e C): a contaminação depende de condições de saneamento
básico e água, além de higiene pessoal e dos alimentos.
b) sanguínea (vírus B, C e D):, a transmissão pode ocorrer pelo sexo
desprotegido; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de
unha ou outros objetos que furam ou cortam; ou de mãe para filho durante a
gravidez e o parto .
c) fecal-oral (vírus A e B): a contaminação depende de condições de saneamento
básico e água, além de higiene pessoal e dos alimentos.
d) sanguínea (vírus A, C e D):, a transmissão pode ocorrer pelo sexo
desprotegido; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de
unha ou outros objetos que furam ou cortam; ou de mãe para filho durante a
gravidez, o parto e a amamentação.
189. Enfermeiro/2015
Tapiratiba/SP – IBC-modificada
Quanto às formas de contágio, as hepatites virais podem ser
classificadas em dois grupos: fecal-oral e sanguínea. Assinale a
alternativa correta:
a) fecal-oral (vírus A e C): a contaminação depende de condições de saneamento
básico e água, além de higiene pessoal e dos alimentos.
b) sanguínea (vírus B, C e D):, a transmissão pode ocorrer pelo sexo
desprotegido; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear,
alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; ou de mãe
para filho durante a gravidez e o parto .
c) fecal-oral (vírus A e B): a contaminação depende de condições de saneamento
básico e água, além de higiene pessoal e dos alimentos.
d) sanguínea (vírus A, C e D):, a transmissão pode ocorrer pelo sexo
desprotegido; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de
unha ou outros objetos que furam ou cortam; ou de mãe para filho durante a
gravidez, o parto e a amamentação.
190. São Gonçalo/2011
As hepatites virais constituem-se em um grave problema de Saúde Pública no
mundo e no Brasil. Sobre suas formas de transmissão e manifestações clínicas,
podemos afirmar que:
A) na hepatite C, a transmissão parenteral é rara, mas pode ocorrer se o doador
estiver na fase de viremia do período de incubação; a transmissão vertical
também é rara quando comparada à hepatite B.
B) a hepatite A é transmitida pela ingestão de alimentos, leite ou água
contaminados e pela via parenteral, e o tratamento é feito com Interferon alfa-
2b.
C) na hepatite tipo B, a transmissão se dá pelo contato com sangue, secreções e
fezes humanas contaminadas, sendo que os sinais e sintomas só aparecem um
ano após a contaminação.
D) a via de contágio do vírus da hepatite D é a fecal-oral, por contato inter-
humano ou através de água e alimentos contaminados; as crianças expostas ao
HDV, apresentam formas subclínicas ou anictéricas.
E) são manifestações frequentes nas hepatites virais: fadiga, anorexia, náuseas e
mal-estar; porém, nos pacientes sintomáticos, o período de doença aguda se
caracteriza pela presença de colúria, hipocolia fecal e icterícia.
191. São Gonçalo/2011
As hepatites virais constituem-se em um grave problema de Saúde Pública no
mundo e no Brasil. Sobre suas formas de transmissão e manifestações clínicas,
podemos afirmar que:
A) na hepatite C, a transmissão parenteral é rara, mas pode ocorrer se o doador
estiver na fase de viremia do período de incubação; a transmissão vertical
também é rara quando comparada à hepatite B.
B) a hepatite A é transmitida pela ingestão de alimentos, leite ou água
contaminados e pela via parenteral, e o tratamento é feito com Interferon alfa-
2b.
C) na hepatite tipo B, a transmissão se dá pelo contato com sangue, secreções e
fezes humanas contaminadas, sendo que os sinais e sintomas só aparecem um
ano após a contaminação.
D) a via de contágio do vírus da hepatite D é a fecal-oral, por contato inter-
humano ou através de água e alimentos contaminados; as crianças expostas ao
HDV, apresentam formas subclínicas ou anictéricas.
E) são manifestações frequentes nas hepatites virais: fadiga, anorexia,
náuseas e mal-estar; porém, nos pacientes sintomáticos, o período de
doença aguda se caracteriza pela presença de colúria, hipocolia fecal e
icterícia.
193. AIDS
Os indivíduos infectados pelo HIV, sem tratamento,
evoluem para uma grave disfunção do sistema
imunológico, à medida que vão sendo destruídos os
linfócitosT CD4+, uma das principais células alvo do vírus.
A história natural dessa infecção vem sendo alterada,
consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), iniciada
no Brasil em 1996, resultando em aumento da sobrevida
dos pacientes, mediante reconstituição das funções do
sistema imunológico e redução de doenças secundárias.
194. Agente etiológico
É um vírus RNA. Retrovírus
denominado Vírus da
Imunodeficiência Humana
(HIV), com 2 tipos conhecidos:
o HIV-1 e o HIV-2.
Bastante lábeis no meio externo,
estes vírus são inativados por
uma variedade de agentes
físicos (calor) e químicos
(hipoclorito de sódio,
glutaraldeído).
195. Modo de transmissão
O HIV pode ser transmitido por via
sexual (esperma e secreção
vaginal), pelo sangue (via
parenteral e de mãe para filho) e
pelo leite materno.
Desde o momento de aquisição da
infecção, o portador do HIV é
transmissor.
A transmissão vertical (de mãe para
filho) pode ocorrer durante a gestação,
o parto e a amamentação.