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Saúde Pública II – Tuberculose
,Hanseníase e Meningites
Intensivo UNIRIO
ISMAC@GLOBO.COM
WWW.BLOGPROFISMAEL.BLOGSPOT.COM
Prof. Ismael Costa
Tuberculose
Epidemiologia
• O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS, que representam 80%
da carga mundial de TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos,
correspondendo a um coeficiente de incidência de 38/100.000 hab.
Destes 41117 casos novos foram bacilíferos (casos com baciloscopia de
escarro positiva), apresentando um coeficiente de incidência de
41/100.000 hab.
• Estes indicadores colocam o Brasil na 19ª posição em relação ao número
de casos e na 104º posição em relação ao coeficiente de incidência.
• A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5564 municípios
do país, correspondendo a 70% da totalidade dos casos. O estado de São
Paulo detecta o maior número absoluto de casos e o estado do Rio de
Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência (SINAN).
• Em 2008 a TB foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª
causa de morte dos pacientes com AIDS (SIM).
By Ismael Costa
5
Modo de transmissão
• A tuberculose é transmitida
de pessoa a pessoa,
principalmente através do ar.
A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de
um doente de tuberculose
pulmonar bacilífera lança no
ar gotículas, de tamanhos
variados, contendo no seu
interior o bacilo. By Ismael Costa
6
Período de incubação
• Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem,
em média, 4 a 12 semanas para a detecção das
lesões primárias. A maioria dos novos casos de
doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses
após a infecção inicial.
• A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado,
e de que essa infecção evolua para a doença,
depende de múltiplas causas, destacando-se,
dentre estas, as condições socioeconômicas e
algumas condições médicas (diabetes mellitus,
silicose, uso prolongado de corticosteróide ou
outros imunossupressores, neoplasias, uso de
drogas e infecção pelo HIV).
By Ismael Costa
7
Período de transmissibilidade
• A transmissão é plena enquanto o doente com a
forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera
eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.
• Com o esquema terapêutico recomendado, a
transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis
insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.
• As crianças com tuberculose pulmonar geralmente
não são infectantes.
By Ismael Costa
8
DEFINIÇÃO DE CASO
by Ismael Costa9
Suspeito
• Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de
tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas,
febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame
radiológico.
• Paciente com imagem compatível com tuberculose.
Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose
pulmonar bacilífera:
duas baciloscopias positivas ou
uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou
uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva
de tuberculose.
by Ismael Costa10
Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente
com duas baciloscopias negativas, com imagem
radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames
complementares que permitam ao médico efetuar um diagnóstico
de tuberculose.
Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências
clínicas e achados laboratoriais, inclusive
histopatológicos, compatíveis com tuberculose
extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma
cultura positiva para M.tuberculosis, de material
proveniente de uma localização extrapulmonar.
“Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu
à quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por
menos de 30 dias.
Detecção de casos
• A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente a totalidade dos casos. A infecção
ocorre a partir da inalação de núcleos secos de
gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala
ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias
respiratórias (pulmonar ou laríngea).
• Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja
baciloscopia de escarro é positiva, são a principal
fonte de infecção.
• Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia
negativa, mesmo que tenham resultado positivo à
cultura, são muito menos eficientes como fontes de
transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas
exclusivamente extrapulmonares não transmitem
a doença. By Ismael Costa
11
By Ismael Costa
12
TDO
 O TDO é um elemento chave da estratégia
DOTS que visa o fortalecimento da adesão do
paciente ao tratamento e a prevenção do
aparecimento de cepas resistentes aos
medicamentos, reduzindo os casos de
abandono e aumentando a probabilidade
de cura.
TDO - definição
 O tratamento diretamente
observado constitui uma
mudança na forma de
administrar os medicamentos,
sem mudanças no esquema
terapêutico: o profissional
treinado passa a observar a
tomada da medicação do
paciente desde o início do
tratamento até a sua cura.
Estratégia Operacional
• Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos)
deve realizar o tratamento diretamente observado.
• Para a implementação do tratamento diretamente
observado, devem-se considerar as seguintes
modalidades de supervisão:
• Domiciliar: observação realizada na residência do
paciente ou em local por ele solicitado.
• Na Unidade de Saúde – observação em unidades de
ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou
Hospitais.
• Prisional: observação no sistema prisional.
• Compartilhada: quando o doente recebe a consulta
médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em
outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao
seu domicílio ou trabalho.
By Ismael Costa
14
TDO - observações
 O TDO consiste na observação diária da ingestão dos
medicamentos antituberculose por um profissional
capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3
observações semanais do início ao fim (24 ingestões
observadas na fase intensiva e 48 na fase de
manutenção).
 Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a
observação seja realizada por uma pessoa da família, de
equipamentos da assistência social ou da comunidade,
capacitados por profissional da equipe de saúde.
 Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu
responsável semanalmente para monitorar o
tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são
menores as taxas de cura e maior o abandono quando um
familiar faz a observação.
Diagnóstico
• A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode
acometer uma série de órgãos e/ou sistemas.
• A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais
freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública,
pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da
doença.
• A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal
estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a
detecção precoce das formas pulmonares.
By Ismael Costa
16
By Ismael Costa
• TB pulmonar:
• Pode se apresentar sob a forma primária, pós-
primária (ou secundária) ou miliar. Os
sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse
persistente, produtiva ou não (com muco e
eventualmente sangue), febre vespertina,
sudorese noturna e emagrecimento.
By Ismael Costa
18
• TB pulmonar primária - É mais comum em crianças
e clinicamente apresenta-se, na maior parte das
vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta
irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna,
inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo.
By Ismael Costa
19
• TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer
idade, mas é mais comum no adolescente e adulto
jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou
produtiva.
• A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou
sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não
costuma ultrapassar os 38,5º C.
• A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame
físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e
emagrecimento, embora indivíduos com bom estado
geral e sem perda do apetite também possam ter TB
pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar
diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou
mesmo ser normal.
By Ismael Costa
20
• TB miliar – A denominação é vinculada ao
aspecto radiológico pulmonar. É uma forma
grave de doença e ocorre em 1% dos casos de
TB em pacientes HIV soronegativos, e em até
10% dos casos em pacientes HIV
soropositivos, em fase avançada de
imunossupressão.
• A apresentação clínica clássica é a aguda, mais
comum em crianças e adultos jovens. Os
sintomas são febre, astenia e emagrecimento,
que em associação com tosse ocorrem em
80% dos casos. O exame físico mostra
hepatomegalia (35% dos casos), alterações do
sistema nervoso central (30% dos casos) e
alterações cutâneas do tipo eritemato-
máculo-papulo-vesiculosas.
By Ismael Costa
21
• TB extrapulmonar
• As apresentações extrapulmonares da TB têm
seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos
e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência
aumenta entre pacientes com aids,
especialmente entre aqueles com
imunocomprometimento grave. As principais
formas diagnosticadas em nosso meio são
listadas a seguir.
• Tuberculose pleural - É a mais comum forma de
TB extrapulmonar em indivíduos HIV
soronegativos. Ocorre mais em jovens. Cursa
com dor torácica do tipo pleurítica. A tríade
astenia, emagrecimento e anorexia ocorre em
70% dos pacientes, e febre com tosse seca em
60%.
By Ismael Costa
22
• Empiema pleural tuberculoso - É
conseqüência da ruptura de uma cavidade
tuberculosa para o espaço pleural e, por isso,
além de líquido no espaço pleural, muitas
vezes ocorre também pneumotórax
secundário à fístula broncopleural pela
cavidade tuberculosa aberta para o espaço
pleural.
• Tuberculose ganglionar periférica - É a forma
mais frequente de TB extrapulmonar em
pacientes HIV soropositivos e crianças, sendo
mais comum abaixo dos 40 anos. Cursa com
aumento subagudo, indolor e assimétrico das
cadeias ganglionares cervical anterior e
posterior, além da supraclavicular.
By Ismael Costa
23
• TB meningoencefálica - É responsável por 3%
dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos,
e em até 10% dos casos em pacientes HIV
soropositivos. A meningite basal exsudativa é a
apresentação clínica mais comum e é mais
freqüente em crianças abaixo dos seis anos de
idade. Clinicamente, pode ser subaguda ou
crônica (sinais e sintomas com duração superior
a 4 semanas).
• Tuberculose pericárdica - Tem apresentação
clínica subaguda e geralmente não se associa à
TB pulmonar, embora possa ocorrer
simultaneamente à TB pleural. Os principais
sintomas são dor torácica, tosse seca e dispnéia.
Muitas vezes, a dor não se manifesta como a dor
pericárdica clássica.
By Ismael Costa
24
• Tuberculose óssea - É mais comum em
crianças (10 a 20% das lesões
extrapulmonares na infância), ou em pessoas
entre as 4ª e 5ª décadas. Atinge mais a
coluna vertebral e as articulações
coxofemoral e do joelho, embora possa
ocorrer em outros locais.
• A TB de coluna (mal de Pott) é responsável
por cerca de 1% de todos os casos de TB e
por até 50% de todos os casos de TB óssea.
O quadro clínico é a tríade dor lombar, dor à
palpação e sudorese noturna, e afeta mais
comumente a coluna torácica baixa e a
lombar.
By Ismael Costa
25
Exame bacteriológico
• Exame microscópico direto - baciloscopia direta
• Por ser um método simples e seguro, deve ser
realizado por todo laboratório público de saúde e
pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados.
A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR)
pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais
utilizada em nosso meio.
• A baciloscopia do escarro, desde que executada
corretamente em todas as suas fases, permite
detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose
pulmonar, o que é importante do ponto de vista
epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os
responsáveis pela manutenção da cadeia de
transmissão
By Ismael Costa
26
• A baciloscopia direta deve ser solicitada aos
pacientes que apresentem:
• Critérios de definição de sintomático respiratório
(exame de escarro);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse (exame de
escarro);
• Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em
materiais biológicos diversos).
By Ismael Costa
28
• A baciloscopia de escarro deve ser realizada em,
no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da
primeira consulta, e outra, independentemente
do resultado da primeira, na manhã do dia
seguinte, preferencialmente ao despertar.
• Nos casos em que há indícios clínicos e
radiológicos de suspeita de TB e as duas
amostras de diagnóstico apresentem resultado
negativo, podem ser solicitadas amostras
adicionais.
By Ismael Costa
29
By Ismael Costa
Recipiente – O material deve ser coletado em
potes plásticos com as seguintes características:
descartáveis, com boca larga (50mm de
diâmetro), transparente, com tampa de rosca,
altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A
identificação (nome do paciente e data da coleta)
deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa,
utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou
caneta com tinta indelével.
Cultura
• A cultura para micobactéria é indicada nos
seguintes casos:
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com
baciloscopia repetidamente negativa;
• Suspeitos de TB com amostras paucibacilares
(poucos bacilos);
• Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção
da amostra (por exemplo crianças);
• Suspeitos de TB extrapulmonar;
• Casos suspeitos de infecções causadas por
Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes
casos o teste de sensibilidade pode ser feito
com MIC).
By Ismael Costa
32
Cultura + teste de sensibilidade
• Contatos de casos de tuberculose resistente;
• Pacientes com antecedentes de tratamento prévio
independentemente do tempo decorrido;
• Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores
de HIV;
• Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês
de tratamento;
• Falência ao tratamento antiTB .
• Em investigação de populações com maior risco de
albergarem cepa de M.tuberculosis resistente
(profissionais de saúde, população de rua, privados de
liberdade, pacientes internados em hospitais que não
adotam medidas de biossegurança e instituições de
longa permanência) ou com difícil abordagem
subseqüente (indígenas).
By Ismael Costa
33
• A técnica do escarro induzido,
utilizando nebulizador
ultrassônico e solução salina
hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%),
pode ser usada em pacientes com
forte suspeita de tuberculose
pulmonar e sem adequado
material proveniente da árvore
brônquica, tanto para a
baciloscopia direta como para a
cultura.
By Ismael Costa
34
Exame radiológico
• Deve ser solicitada para todo o paciente com
suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até
15% dos casos de TB pulmonar não apresentam
alterações radiológicas, principalmente pacientes
imunodeprimidos.
• Em suspeitos radiológicos de tuberculose
pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve-
se afastar a possibilidade de outras doenças,
recomendando-se, ainda, a cultura para
micobactéria.
• O exame radiológico, em pacientes com
baciloscopia positiva, tem como função principal
a exclusão de doença pulmonar associada .
By Ismael Costa
35
Prova tuberculínica
• A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação
intradérmica de um derivado protéico do M.
tuberculosis para medir a resposta imune celular a
estes antígenos.
• É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o
diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis
(ILTB). Na criança também é muito importante
como método coadjuvante para o diagnóstico da TB
doença.
By Ismael Costa
36
Tuberculina e Técnica
• No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23, aplicada por via
intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço
esquerdo, na dose de 0,1ml, que contém 2 UT (unidades de
tuberculina), e guarda equivalência biológica com 5 UT de PPD-S,
utilizada em outros países.
• A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura
entre 2ºC e 8ºC e não deve ser exposta à luz solar direta. A técnica
de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela
OMS .
• A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação ,
podendo este prazo ser estendido para 96 horas caso o paciente
falte à leitura na data agendada.
By Ismael Costa
37
Interpretação da PT
• O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação
isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais
recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem
variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.
• Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras
micobactérias ou vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados (ou re-
vacinados) após o primeiro ano de vida, quando o BCG produz reações
maiores e mais duradouras. Entretanto, a reação tende a diminuir com o
passar do tempo, e se a PT for realizada 10 anos ou mais após a última
vacinação, o efeito da BCG sobre ela poderá ser mínimo.
• Indicações
• Na investigação de infecção latente no adulto.
• Na investigação de infecção latente e de TB doença em crianças.
• Indivíduos com PT documentada e resultado igual ou superior a 10 mm
não devem ser retestados.
By Ismael Costa
40
Diagnóstico da TB na criança
• A TB na criança (menores de 10 anos) apresenta
especificidades que devem ser consideradas durante
sua investigação diagnóstica. A forma pulmonar
difere do adulto, pois costuma ser abacilífera, isto é,
negativa ao exame bacteriológico, pelo reduzido
número de bacilos nas lesões. Além disso, crianças,
em geral, não são capazes de expectorar.
By Ismael Costa
41
• TB Pulmonar na criança
• As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado
clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre,
habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e
frequentemente vespertina.
• São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese
noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes,
a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico
de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos
para germes comuns. Há predomínio da localização
pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as
formas extra pulmonares
•
By Ismael Costa
42
TB na criança
By Ismael Costa
• O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o
sistema de escore validado em nosso meio está resumido no
Quadro 1. Pelo sistema de pontuação .
• 40 pontos - permite iniciar o tratamento do paciente.
• 30 pontos - pode ser considerado como indicativo de
tuberculose e orienta o inicio de tratamento da criança a
critério clínico.
• < 30 pontos - a criança deverá continuar a ser investigada.
Deverá ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças
pulmonares e podem ser empregados métodos complementares
de diagnóstico nesse sentido, como lavado gástrico, broncoscopia,
escarro induzido, punções e métodos rápidos.
By Ismael Costa
PT em crianças
• Obs: A prova tuberculínica pode ser interpretada como
sugestiva de infecção por M. tuberculosis quando IGUAL OU
superior a 5 mm em crianças não vacinadas com BCG,
CRIANÇAS vacinadas há mais de 2 anos OU COM QUALQUER
CONDIÇÃO IMUNODEPRESSORA.
• Em crianças vacinadas há menos de 2 anos consideramos
sugestivo de infecção PT IGUAL OU superior a 10 mm.
By Ismael Costa
45
Obs2: O lavado gástrico somente é indicado quando for
possível a realização de cultura para M.
tuberculosis. O exame de escarro (baciloscopia e
cultura), em geral, somente é possível a partir dos 5 ou
6 anos de idade.
By Ismael Costa
46
Tratamento
• Período de transmissibilidade após início do tratamento
• A transmissibilidade está presente desde os primeiros
sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de
tratamento efetivo. Durante muitos anos considerou-se que,
após 15 dias de tratamento, o paciente já não transmitia a
doença.
• Na prática, quando o paciente não tem história de tratamento
anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se
considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo
melhora cínica, o paciente pode ser considerado não
infectante.
By Ismael Costa
47
Regimes de tratamento
• O tratamento será desenvolvido sob regime ambulatorial,
diretamente observado (TDO). A hospitalização é
recomendada em casos especiais e de acordo com as
seguintes prioridades:
• Meningoencefalite tuberculosa.
• Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em
ambulatório.
• Estado geral que não permita tratamento em ambulatório.
• Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não
à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em
unidade hospitalar.
• Casos em situação de vulnerabilidade social, como
ausência de residência fixa ou grupos com maior
possibilidade de abandono, especialmente se for um caso
de retratamento, falência ou multirresistência.
By Ismael Costa
48
Tratamento
• Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente
com o seu Comitê Técnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB
no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional
de Resistência aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da
resistência primária à isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o
Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois
primeiros meses) do Esquema básico.
• A apresentação farmacológica deste esquema passa a ser em
comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos
(RHZE), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275
mg.
• Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser
administrada em uma única tomada.
By Ismael Costa
49
Indicações de esquemas
terapêuticos
• Caso novo ou virgens de tratamento (VT) - pacientes que nunca se
submeteram ao tratamento anti-TB, ou o fizeram por até 30 dias.
• Retratamento ou com tratamento anterior (TA) - pessoa já tratada para TB
por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva
após cura (RC) ou retorno após abandono (RA).
• O paciente que retorna ao sistema após abandono deve ter sua doença
confirmada por nova investigação diagnóstica por baciloscopia, devendo
ser solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, antes da
reintrodução do tratamento anti-TB básico.
• Falência - Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento.
São também classificados como caso de falência os casos que, no início do
tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação
até o 4º mês, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação, e
nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de
tratamento.
• By Ismael Costa
50
By Ismael Costa 51
Esquemas
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos –
Pacientes Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol
• – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/4RH
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos
– Crianças Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/4RH
By Ismael Costa
52
By Ismael Costa
Observações
• a) Os medicamentos deverão ser administrados
preferencialmente em jejum (1h antes ou duas horas
após o café da manhã), em uma única tomada ou, em
caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição.
• b) O tratamento das formas extrapulmonares (exceto a
meningoencefálica) terá a duração de seis meses assim
como o tratamento dos pacientes co-infectados com
HIV, independentemente da fase de evolução da
infecção viral.
By Ismael Costa
54
• Em casos individualizados cuja evolução clínica inicial não tenha sido
satisfatória, com o parecer emitido pela referência, o tratamento poderá ser
prolongado, na sua segunda fase, como nos casos a seguir:
• Aparecimento de poucos bacilos no exame direto do escarro do quinto ou
sexto meses, isoladamente, o que pode não significar falência do esquema,
em especial se acompanhado de melhora clínico-radiológica. Neste caso, o
paciente será seguido com exames bacteriológicos. O tratamento, se preciso,
será prolongado por mais três meses, período em que o caso deve ser
redefinido ou concluído.
• Pacientes com escarro negativo e evolução clínico-radiológica insatisfatória –
o prolongamento do tratamento por mais três meses pode ser uma opção
para evitar mudanças precipitadas para esquemas mais longos e de menor
eficácia. Deve-se consultar uma unidade de referência antes de se decidir por
este prolongamento.
By Ismael Costa
55
• Paciente com formas cavitárias que permaneçam com baciloscopia
positiva ao final do segundo mês de tratamento poderão ter a
segunda fase do seu tratamento prolongada para 9 meses
(observando que a solicitação de cultura e teste de sensibilidade é
mandatória nesses casos).
• Monorresistência à R ou H: A manutenção do Esquema Básico com
prorrogação da segunda fase do tratamento para 7 meses poderá ser
considerada quando a monorresistência for identificada na fase de
manutenção do tratamento. Para tanto, deve ser realizada criteriosa
avaliação da evolução clínica, bacteriológica, radiológica, adesão e
história de tratamento anterior para tuberculose em unidade de
referência terciária ou orientada por ela.
By Ismael Costa
56
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes
Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/7RH
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças
Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/7RH
By Ismael Costa
57
Reações adversas
• As reações adversas podem ser divididas em dois grandes
grupos:
• (1) reações adversas menores, em que normalmente não é
necessária a suspensão do medicamento anti-TB;
• (2) reações adversas maiores, que normalmente causam a
suspensão do tratamento.
• A maioria dos pacientes completa o tratamento sem qualquer
reação adversa relevante. Nesses casos, não há a necessidade
de interrupção ou substituição do Esquema Básico.
By Ismael Costa
58
Reações adversas maiores
• Reações adversas “maiores” que determinaram alteração
definitiva no esquema terapêutico variam de 3% a 8%. Os
fatores de risco mais referidos para o desenvolvimento de tais
efeitos são:
• Idade (a partir da quarta década)
• Dependência química ao álcool (ingestão diária de álcool > 80
g)
• Desnutrição (perda de mais de 15% do peso corporal)
• História de doença hepática prévia.
• Co-infecção pelo vírus HIV, em fase avançada de
imunosupressão
By Ismael Costa
59
• As reações adversas mais freqüentes ao esquema 1 com RHZ,
utilizado por muitos anos no Brasil, são:
• mudança da coloração da urina (ocorre universalmente),
intolerância gástrica (40%), alterações cutâneas (20%),
icterícia (15%) e dores articulares (4%).
• Deve ser ressaltado que quando a reação adversa
corresponde a uma reação de hipersensibilidade grave como
por exemplo plaquetopenia, anemia hemolítica,
insuficiência renal etc, o medicamento suspeito não pode ser
reiniciado após a suspensão, pois na re-introdução a reação
adversa é ainda mais grave.
By Ismael Costa
60
By Ismael Costa
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Condições especiais
• Gestante
• A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico
precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe
grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem
como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o
risco de transmissão pós-natal.
• Não há contra-indicações à amamentação, desde que a mãe não seja
portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça
uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança.
• Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados acima,
mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos
adversos.
• O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda
linha nesta população.
By Ismael Costa
64
By Ismael Costa 65
Controle do tratamento
• Acompanhamento da evolução da doença em adultos
• 1) Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de
TB pulmonar, sendo indispensáveis as dos 2º, 4º e 6º meses,
no Esquema Básico. Em casos de baciloscopia positiva no final
do segundo mês de tratamento, solicitar cultura para
micobactérias com identificação e teste de sensibilidade.
• 2) Acompanhamento clínico mensal visando a identificação de
queixas e sinais clínicos que possam avaliar a evolução da
doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de
manifestações adversas com seu uso.
• 3) Pacientes inicialmente bacilíferos, deverão ter pelo menos
duas baciloscopias negativas para comprovar cura, uma na
fase de acompanhamento e outra ao final do tratamento.
By Ismael Costa
66
Controle de contatos
• Definições para proceder ao controle de contatos
• Caso índice – Todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com
baciloscopia positiva.
• Contato – É definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente
com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode
se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa
permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do
contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o
ambiente e o tempo de exposição.
• Obs. Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença
após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a
investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma
clínica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB,
mas principalmente o caso índice, interrompendo assim a cadeia de
transmissão.
By Ismael Costa
67
Tratamento de ILTB
By Ismael Costa
 O tratamento da infecção latente com isoniazida reduz em 60
a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve à duração
e à adesão ao tratamento.
 O número de doses tomadas tem se revelado mais importante
do que o uso diário do medicamento. Portanto, mesmo que
o indivíduo não use a H todos os dias, é importante
insistir para que complete o número de doses do
tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré-
estabelecido pelo médico. O número mínimo de doses
preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num
período entre 6 e 9 meses).
Fármaco utilizado
• Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose
máxima de 300 mg/dia.
• Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da
ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade
de infecção latente e o risco de adoecimento.
Recém-nascido
By Ismael Costa
Crianças
By Ismael Costa
Além do resultado do PT, a indicação do uso da H para
tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a
probabilidade de ILTB e o risco de adoecimento . Os grupos
com indicação de tratamento são:
1- Crianças contatos de casos bacilíferos:
• PT igual ou superior a 5 mm - em crianças não vacinadas com
BCG, crianças vacinadas há mais de 2 anos ou qualquer
condição imunossupressora;
• PT igual ou superior a 10 mm em crianças vacinadas com
BCG há menos de 2 anos;
• Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo
prioritário para tratamento de ILTB.
adultos
By Ismael Costa
Em adultos e adolescentes:
Em adultos e adolescentes (> 10 anos) com ILTB, a relação
risco-benefício do tratamento com H deve ser avaliada.A
idade é um dos fatores de risco para hepatoxicidade pela
isoniazida. Pelo risco de hepatoxicidade e reduzido risco
acumulado de adoecimento,recomenda-se o tratamento
conforme o quadro 20.
By Ismael Costa 73
Alto Risco
AIDS*
HIV*
Transplantados em terapia imunossupressora
Silicose
Insuficiência Renal em Diálise
Neoplasia de Cabeça e Pescoço
Contatos
Infecção Latente Adquirida Recentemente (há menos de 2 anos)
Uso de Inibidores do TNF-α
Indígenas
Risco Moderado
Uso de Corticosteróides (>15mg prednisona por >1 mês)
Diabetes Mellitus
Crianças que adquiram Infecção Latente Até os 4 anos
Risco Leve
Baixo peso (<85% do Peso Ideal)
Tabagistas (1 maço/dia)
Calcificação Isolada (sem fibrose) na radiografia
Referência (risco muito baixo)
Indivíduo com ILTB sem fatores de risco e radiografia de tórax normal
Situações especiais
• Grávidas - Em grávidas, recomenda-se postergar o tratamento da ILTB para
após o parto.
• Em gestante com infecção pelo HIV, recomenda-se tratar a ILTB após o 3º
mês de gestação.
• HIV / aids - Tratar ILTB nos seguintes casos:
• Radiografia de tórax normal e PT ≥ 5 mm
• Contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes bacilíferos
independentemente da PT
• PT < 5 mm com registro documental de ter tido PT ≥ 5 mm e não submetido
a tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião
• Radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB, sem
tratamento anterior para TB (afastada possibilidade de TB ativa através de
exames de escarro,radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax),
independentemente do resultado da PT.
By Ismael Costa
75
Medidas para reduzir a
transmissão da TB
• A TB pulmonar e laríngea são classificadas como doenças de
transmissão aérea e requerem medidas administrativas e
ambientais que diminuam o risco de transmissão da doença.
• Todo ambiente onde circulam pacientes que produzam
aerossóis contendo M. tuberculosis oferece algum risco de
transmissão. Destacam-se como foco das medidas de
controle o domicílio do paciente, seu local de trabalho e as
unidades de saúde onde é atendido (em nível ambulatorial,
emergencial e hospitalar) e instituições de longa
permanência como prisões, albergues, ou casas de apoio.
By Ismael Costa
76
• Para diminuir o risco de transmissão da TB é preciso ter em conta alguns
pressupostos:
• A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de
aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose
ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções;
• Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no ambiente
e, quanto menor a ventilação do mesmo ambiente, maior será a
probabilidade de infectar os circunstantes;
• Com o início do tratamento adequado e uso correto de medicamentos anti-TB
em pacientes infectados com cepas sensíveis, a transmissibilidade diminui
rapidamente em duas a três semanas - portanto, a prioridade na instituição
das ações preventivas deve ser dada para os pacientes com maior risco de
transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados (sintomático
respiratório) ou nos primeiros dias de tratamento;
• Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoas com maior risco de
adoecer são aquelas com a imunidade comprometida.
By Ismael Costa
77
• Medidas de controle em instituições de saúde
• A magnitude do risco de transmissão da tuberculose difere de
uma instituição para outra e, numa mesma instituição, de
um ambiente para outro.
• As medidas de controle de transmissão dividem-se em três
categorias: administrativas, também chamadas gerenciais;
de controle ambiental (ou de engenharia) e proteção
respiratória.
By Ismael Costa
78
• Medidas administrativas:
• É consenso que as medidas
administrativas isoladamente são as
mais efetivas na prevenção da
transmissão da TB. Analisando-se o
percurso do bacilífero e o seu tempo de
permanência nos diferentes locais da
unidade deve-se propor mudanças na
organização do serviço, treinamento
dos profissionais e reorganização do
atendimento.
By Ismael Costa
79
• As medidas administrativas visam:
• Desenvolver e implementar políticas
escritas e protocolos para assegurar a
rápida identificação, isolamento
respiratório, diagnóstico e tratamento de
indivíduos com provável TB pulmonar.
• Educação permanente dos profissionais de
saúde para diminuir o retardo no
diagnóstico de TB pulmonar e promover o
adequado tratamento antiTB.
By Ismael Costa
80
• Medidas de controle ambiental
• Escolher ambiente de permanência de possíveis sintomáticos
respiratórios o mais ventilado possível.
• Posicionar exaustores ou ventiladores de forma que o ar dos
ambientes potencialmente contaminados se dirija ao exterior e
não aos demais cômodos da instituição.
• Em unidades hospitalares e de emergência é considerada de
elevada prioridade a definição de locais de isolamento respiratório
em número suficiente para atender a demanda da unidade.
• Estes locais devem dispor de renovação do ar de pelo menos seis
vezes por hora e pressão negativa em relação aos ambientes
contíguos.
• Uma alternativa é a utilização de filtros de alta eficiência para ar
particulado (filtros HEPA- High Efficiency Particulate Air), que
eliminam os bacilos suspensos no ar, permitindo que o ar seja
descarregado em ambientes onde circulem pessoas.
By Ismael Costa
81
• Medidas de proteção individual
• O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes com TB
deve ser feito de forma criteriosa.
• O uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União Européia ou N95,
padrão dos EUA é recomendado para profissionais de saúde ou visitantes
(acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de transmissão
(quartos de isolamento respiratório, ambulatório para atendimento
referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB com suspeita de ou
resistência comprovada aos fármacos antiTB).
• O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com TB
pulmonar ou SR em situação de potencial risco de transmissão como por
exemplo: falta de estrutura de ventilação adequada em salas de espera e
emergências enquanto aguarda definição do caso (atendimento, resultado
de exames, internação em isolamento) ou no deslocamento de pacientes do
isolamento para exames ou procedimentos (neste caso o paciente deve ter
seu atendimento no outro setor priorizado).
By Ismael Costa
82
By Ismael Costa
• Controle de infecção na AB
• Não há necessidade de ambientes especiais para atendimento do
paciente de TB diagnosticados nestas unidades.
• Atendimento em horários diferenciados e com o oferecimento de
máscara cirúrgica após identificação do SR ou do paciente com TB
pulmonar, são medidas administrativas que diminuirão ainda mais o risco
de contaminação na unidade de saúde.
• Lembrar que paciente com boa evolução clínica e baciloscopias de
controle negativas já não contaminam em geral após 2 a 3 semanas, e que
as medidas de biossegurança são prioritárias antes do diagnóstico
(qualquer SR – portanto mesmo em unidades que não tratam TB, o risco já
está instituído e deve ser conduzido com medidas administrativas).
• O TDO, em acordo com o paciente, deverá ser realizado
preferencialmente no domicílio nas primeiras semanas de tratamento.
By Ismael Costa
84
Resistência aos fármacos anti-TB
By Ismael Costa
• A resistencia aos farmacos antiTB e classificada em:
• Resistencia natural- É aquela que surge no processo de
multiplicacao do bacilo naturalmente.
• Resistencia primaria - E aquela que se verifica em pacientes nunca
tratados paraTB, contaminados por bacilos previamente resistentes.
• Resistencia adquirida ou secundaria - E a que se verifica em
pacientes, com tuberculose inicialmente sensivel, que se torna
resistente apos a exposicao aos medicamentos.
• As principais causas do surgimento da resistencia adquirida sao:
esquemas inadequados; uso irregular do esquema terapeutico
por má adesão ou falta temporaria de medicamentos.
Tipos de resistência
By Ismael Costa
• Monorresistencia: resistencia a um farmaco antiTB.
• Polirresistencia: resistencia a dois ou mais farmacos
antituberculose, exceto a associação Rifampicina e Isoniazida.
• Multirresistencia: resistencia a pelo menos Rifampicina e
Isoniazida (MDR).
• Resistencia extensiva: resistencia a Rifampicina e
Isoniazida acrescida a resistencia a uma fluoroquinolona
e a um injetavel de segunda linha (Amicacina, canamicina
ou Capreomicina).
by Ismael Costa 87
Acompanhamento do caso
• Alta por cura
• Alta por completar o tratamento
• Alta por abandono de tratamento
• Alta por mudança de diagnóstico
• Alta por óbito
• Alta por falência
• Alta por transferência
HANSENÍASE
By Ismael Costa88
HANSENÍASE (LEPRA)
 Doença infecto-contagiosa, crônica, curável,
causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é
capaz de infectar grande número de pessoas
(alta infectividade), mas poucos adoecem,
(baixa patogenicidade). O poder imunogênico do
bacilo é responsável pelo alto potencial
incapacitante da hanseníase.
 O comprometimento dos nervos periféricos é
a característica principal da doença, dando-
lhe um grande potencial para provocar
incapacidades físicas que podem, inclusive,
evoluir para deformidades.
by Ismael Costa89
DEFINIÇÃO DE CASO DE
HANSENÍASE
 A pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes
sinais cardinais e que necessita de tratamento
poliquimioterápico:
 lesão e/ou área da pele com diminuição ou
alteração de sensibilidade;
 acometimento de nervo periférico, com ou
sem espessamento associado a alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
 baciloscopia positiva de esfregaço
intradérmico.
90 by Ismael Costa
AGENTE ETIOLÓGICO
 A hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita
intracelular obrigatório, com afinidade por células
cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se
instala no organismo da pessoa infectada, podendo se
multiplicar.
91 by Ismael Costa
MODO DE TRANSMISSÃO
 A principal via de eliminação do bacilo, pelo
indivíduo doente de hanseníase, e a mais
provável porta de entrada no organismo
passível de ser infectado são as vias aéreas
superiores, o trato respiratório. No
entanto, para que a transmissão do bacilo
ocorra, é necessário um contato direto
com a pessoa doente não tratada.
 A hanseníase apresenta longo período de
incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há
referências a períodos mais curtos, de 7
meses, como também a mais longos, de 10
anos.
92 by Ismael Costa
Epidemiologia
 Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo,
constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um
pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras
pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são considerados
importantes fontes de transmissão da doença devido à
sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se
espontaneamente.
 Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se
multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior,
podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos
Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e
manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase indeterminada – forma
inicial, evolui espontaneamente
para a cura na maioria dos casos
ou evolui para as formas polarizadas
em cerca de 25% dos casos, o que pode
ocorrer no prazo de 3 a 5 anos.
Geralmente, encontra-se apenas uma
lesão, de cor mais clara que a pele
normal, com distúrbio da
sensibilidade, ou áreas
circunscritas de pele com aspecto
normal e com distúrbio de
sensibilidade, podendo ser
acompanhadas de alopecia e/ou
anidrose.
By Ismael Costa94
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase tuberculoide – forma mais benigna e
localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou uma única), de limites
bem definidos e pouco elevados, e com ausência de
sensibilidade (dormência).
 Ocorre comprometimento simétrico de troncos
nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia
muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser
encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou
trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade
térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.
Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete
crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no
domicílio. A clínica é caracterizada por lesões
papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno
número, principalmente na face.
By Ismael Costa95
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase dimorfa (ou borderline) – forma
intermediária, resultante de uma imunidade também
intermediária, com características clínicas e
laboratoriais que podem se aproximar do polo
tuberculoide ou virchowiano. A variedade de
lesões cutâneas é maior e estas apresentam-
se como placas, nódulos eritemato-
acastanhados, em grande número, com
tendência à simetria. As lesões mais
características dessa forma clínica são
denominadas lesões pré-foveolares ou
foveolares, sobre-elevadas ou não, com áreas
centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com
limites internos nítidos e externos difusos. O
acometimento dos nervos é mais extenso, podendo
ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
By Ismael Costa96
Manifestações clínicas
 Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) As
lesões cutâneas caracterizam-se por placas
infiltradas e nódulos (hansenomas), de
coloração eritemato-acastanhada ou
ferruginosa, que podem se instalar também na
mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com
madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos
pavilhões auriculares, espessamento e
acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda,
ocorrer acometimento da laringe, com quadro de
rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço,
suprarrenais e testículos), bem como a hanseníase
histoide, com predominância de hansenomas com
aspecto de queloides ou fibromas, com grande número
de bacilos. Ocorre comprometimento de maior
número de troncos nervosos de forma
simétrica.
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Diagnóstico Diferencial
 As principais doenças dermatológicas são:
 Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante)
 PitiríaseVersicolor (“pano branco”)
 Vitiligo
 Dermatofitoses (Tinea corporis):
 • Doenças neurológicas: as principais são a:
 síndrome do túnel do carpo; meralgia parestésica;
 neuropatia alcoólica,
 neuropatia diabética ,
 lesões por esforços repetitivos (LER/DORT).
by Ismael Costa99
Avaliação dermatológica
 Consistem na identificação de lesões de pele por
meio de inspeção de toda a superfície corporal do
paciente e realização de pesquisa de sensibilidade
térmica, dolorosa e tátil nas lesões e/ou áreas
suspeitas para verificar qualquer alteração
Classificação operacional para fins de
tratamento quimioterápico.
 CASOS COM BAAR + , MESMO COM MENOS DE 5
LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES!
by Ismael Costa102
Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele.
Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não
contagiosa
Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de
pele.
Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
 A avaliação neurológica deve ser realizada no momento
do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento,
na ocorrência de neurites e reações ou quando houver
suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT
e sempre que houver queixas.
 Os principais nervos periféricos acometidos na
hanseníase são os que passam:
 pela face - trigêmeo e facial, que podem causar
alterações na face, nos olhos e no nariz;
 pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem
causar alterações nos braços e mãos;
 pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que
podem causar alterações nas pernas e pés.
103 by Ismael Costa
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Exame baciloscópico – a baciloscopia de
pele (esfregaço intradérmico), quando
disponível, deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos
em PB ou MB. A baciloscopia positiva
classifica o caso como MB,
independentemente do número de lesões.
O resultado negativo da baciloscopia não
exclui o diagnóstico da hanseníase.
 Exame histopatológico – indicado como
apoio na elucidação diagnóstica e em
pesquisas.
by Ismael Costa104
Mitsuda
 Teste de Mitsuda - Possui valor
prognóstico e é recomendado para
distinção dos casos neurais que não
apresentam lesão cutânea, para
classificação da doença.
 O teste é feito pela aplicação
intradérmica de 0,1 ml de
mitsudina na face anterior do
antebraço direito, formando-se
uma pápula com cerca de 1cm de
diâmetro. Sendo feita a leitura
após 21 e 28 dias.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
 Hanseníase e gravidez
 As alterações hormonais da gravidez causam diminuição
da imunidade celular, fundamental na defesa contra o
Mycobacterium leprae. Portanto, é comum que os
primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada,
apareçam durante a gravidez e puerpério, quando também
podem ocorrer os estados reacionais e os episódios de
recidivas.
 A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam a
administração dos esquemas de tratamento poliquimioterápico
da hanseníase que são seguros tanto para a mãe como
para a criança.
 Hanseníase e tuberculose
 Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por isso
recomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma,
antes e durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas
de Mycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na
vigência de tuberculose e hanseníase, a rifampicina deve ser
administrada na dose requerida para tratar tuberculose, ou seja,
600 mg/dia.
 Hanseníase e aids
 A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase
(600 mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado no
tratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT
padrão não deve ser alterado nesses doentes.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO PQT
 A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo
conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,
dapsona e clofazimina, com administração
associada.
 Para crianças com hanseníase, a dose dos
medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de
acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
intolerância a um dos medicamentos do esquema-
padrão, são indicados esquemas alternativos.
 A alta por cura é dada após a administração do
número de doses preconizadas pelo esquema
terapêutico.
108 by Ismael Costa
Esquemas
109 by Ismael Costa
Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB)
Até 5 lesões de pele
Mais de 5 lesões de pele, ou com
baciloscopia positiva.
Tratamento Tratamento
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Dapsona* - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100
mg
Dapsona - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100 mg
***
Clofazimina - 1 dose mensal
superviso nada de 300mg, doses
diárias auto-administradas de 50 mg.
Critério de alta Critério de alta
6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses
* Também conhecida como Sulfona
By Ismael Costa
medicamentos Cutâneos Hepáticos Outros
Rifampicina
rubor de face e pescoço,
prurido e rash cutâneo
generalizado
São descritos dois tipos
de icterícias: a leve ou
transitória e a grave,
com danos hepáticos
importantes.
diminuição do apetite e
náuseas.
Ocasionalmente, podem
ocorrer vômitos,
diarréias e dor
abdominal leve; urina e
conjuntivas
avermelhadas ou
alaranjadas
Dapsona
síndrome de Stevens-Johnson,
dermatite esfoliativa ou
eritrodermia;
icterícias, náuseas e
vômitos
hemolíticos: tremores,
febre, náuseas, cefaléia,
às vezes choque
Clofazimina
ressecamento da pele, que
pode evoluir para ictiose,
alteração na coloração da pele e
suor.
****
gastrointestinais:
diminuição da peristalse
e dor abdominal,
efeitos
Efeitos colaterais - outros
 efeitos colaterais da talidomida:
 - teratogenicidade;
 - sonolência, edema unilateral de membros inferiores, constipação
intestinal, secura de mucosas e, mais raramente, linfopenia;
 - neuropatia periférica, não é comum entre nós, podem ocorrer em
doses acumuladas acima de 40 g, sendo mais freqüente em pacientes
acima de 65 anos de idade.
 efeitos colaterais dos corticosteróides:
 - hipertensão arterial;
 - disseminação de infestação por Strongiloides stercoralis;
 - disseminação de tuberculose pulmonar;
 - distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de potássio,
aumento das taxas de glicose no sangue, alteração no metabolismo
do cálcio, levando à osteoporose e à síndrome de Cushing;
 - gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica;
 - outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne cortisônica e
psicoses.
by Ismael Costa114
By Ismael Costa
ACOMPANHAMENTO DAS
INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA
 É importante diferenciar um quadro de estado reacional de
um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa
deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém,
o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT
deve ser reiniciado.
 Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
hospitalização.
 É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado
venha eventualmente desenvolver novos sinais e
sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o
tratamento PQT inadequado ou incorreto.
by Ismael Costa116
ESTADOS REACIONAIS OU
REAÇÕES HANSÊNICAS
 Os estados reacionais ou reações hansênicas são
reações do sistema imunológico do doente ao
Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de
episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.
 Os estados reacionais ocorrem, principalmente,
durante os primeiros meses do tratamento
quimioterápico da hanseníase, mas também podem
ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a
cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento,
podem induzir ao diagnóstico da doença.
 Os estados reacionais são a principal causa de
lesões dos nervos e de incapacidades provocadas
pela hanseníase.
by Ismael Costa117
118 by Ismael Costa
Reações Hansênicas
Tipo 1 (reação reversa)
Tipo 2 (Eritema nodoso
hansênico)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos
(neurites)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos (neurites)
Novas lesões
dermatológicas, alterações
das lesões antigas.
Eritema Nodoso Hansênico
(ENH) que se caracteriza por
apresentar nódulos
vermelhos e dolorosos, febre,
dores articulares e mal estar
generalizado.
Complicações
 Complicações diretas - Decorrentes da
presença do bacilo na pele e outros
tecidos, principalmente em quantidades
maciças, como é o caso dos pacientes MB.
 Rinite hansênica
 Ulceração da mucosa septal
 Na mucosa oral, os principais sinais podem
ser observados na gengiva na porção
anterior da maxila, palato duro e mole, úvula
e língua. Clinicamente, as lesões se
apresentam, geralmente assintomáticas,
como nódulos que necrosam e
ulceram.
By Ismael Costa
Complicações diretas
 Na área ocular: a triquíase ,madarose
ciliar e supraciliar.
 As alterações da íris podem ser descritas
como atrofias irianas do estroma, do
epitélio pigmentário ou totais, nódulos
inespecíficos e nódulos específicos (pérolas
irianas), irites agudas, irites crônicas,
sinéquias anteriores e sinéquias
posteriores.
 Por fim, os frequentes infiltrados
inflamatórios de pálpebras e pele da
região frontal permitem o surgimento
de rugas precoces e pele redundante
palpebral, resultando em blefarocalase.
By Ismael Costa
Complicações neurais
 A lesão do nervo radial, menos acometido entre eles, conduz à
perda da extensão de dedos e punho, causando deformidade em
“mão caída”.
 No membro inferior, a lesão do tronco tibial posterior leva à
garra dos artelhos e important perda de sensibilidade da região
plantar, com graves consequências secundárias (úlceras plantares).
 A lesão do nervo fibular comum pode provocar a paralisia
da musculatura dorsiflexora e eversora do pé (“pé caído”).
 Na face, a lesão do ramo zigomático do nervo facial causa
paralisia da musculatura orbicular, com consequente
impossibilidade de oclusão das pálpebras, levando ao lagoftalmo.
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Complicações reacionais
 As reações também levam a algumas complicações específicas,
como é o caso da orquite aguda dolorosa, podendo
ocasionar atrofia testicular e o surgimento posterior
de ginecomastia.
 Da mesma forma, amiloidose pode ser uma complicação
em casos virchowianos, com frequentes reações do tipo 2.
 No aparelho ocular, os estados reacionais podem levar a
complicações específicas como as esclerites, uveítes, irites
e iridocilites. As medidas de prevenção ocular são
fundamentais para evitar lesões irreversíveis no globo ocular,
inclusive a cegueira.
By Ismael Costa
Referência e contra-referência
 Na presença de intercorrências clínicas, reações
adversas ao tratamento, estados reacionais e
dúvida no diagnóstico, o caso deverá ser encaminhado
ao serviço de referência, conforme o sistema de
referência e de contra-referência estabelecido pelo
município.
By Ismael Costa124
Critérios de alta por cura
 O encerramento da PQT deve acontecer segundo os critérios
de regularidade no tratamento: número de doses e tempo
de tratamento, de acordo com cada esquema
mencionado anteriormente, sempre com avaliação
neurológica simplificada, avaliação do grau de
incapacidade física e orientação para os cuidados após
a alta.
 Condutas para pacientes irregulares – os que não
completaram o tratamento preconizado PB (6 doses, em até 9
meses) e MB (12 doses, em até 18 meses) deverão ser
avaliados quanto à necessidade de reinício ou
possibilidade de aproveitamento de doses anteriores,
visando à finalização do tratamento dentro do prazo
preconizado.
By Ismael Costa
MB
 Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento
em pacientes MB – para o doente MB sem melhora clínica
ao final das 12 doses de PQT, a indicação de um segundo
ciclo de 12 doses de tratamento deverá se basear na
associação de sinais de atividade da doença, mediante
exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e,
se indicada, histopatologia) em unidades de referência.
 Casos MB que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou
extensas áreas de infiltração cutânea podem ter um risco
maior de desenvolver reações e dano neural após completar
as 12 doses.
By Ismael Costa
MB
 Esses casos poderão apresentar uma regressão mais lenta
das lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a
melhorar após a conclusão do tratamento com 12
doses; é possível, no entanto, que alguns deles não
demonstrem qualquer melhora e, se isso acontecer, deverão
ser avaliados em serviço de referência (municipal, regional,
estadual ou nacional) quanto à necessidade de 12 doses
adicionais de PQT/MB.
By Ismael Costa
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória
em todo oTerritório Nacional.
 Considera-se como contato intradomiciliar toda
e qualquer pessoa que resida ou tenha residido
com o doente, nos últimos cinco anos.
by Ismael Costa128
Investigação de contato
 A investigação consiste no exame
dermatoneurológico de todos os contatos
intradomiciliares dos casos detectados.
 Deve-se ter especial atenção na investigação dos
contatos de menores de 15 anos, já que esta
situação de adoecimento mostra que há transmissão
recente e ativa que deve ser controlada.
 Após a avaliação, se o contato for considerado indene
(não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG.
by Ismael Costa129
by Ismael Costa130
Profilaxia com BCG
Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG
1 cicatriz 1 dose de BCG
2 cicatrizes Nenhuma dose de BCG
Criança menor de 1 ano
vacinada Nenhuma dose de BCG
Quem tomou a vacina há
menos de 6 meses Nenhuma dose de BCG
Meningites e Doença
Meningocócica
Meningite e Doença Meningocócica
O termo meningite expressa a ocorrência de
um processo inflamatório das meninges,
membranas que envolvem o cérebro.
Agente etiológico
A meningite pode ser causada por diversos
agentes infecciosos, como bactérias, vírus e
fungos, dentre outros, e agentes não-
infecciosos (ex: traumatismo). As meningites
de origem infecciosa, principalmente as
causadas por bactérias e vírus, são as
mais importantes do ponto de vista da
saúde pública, pela magnitude de sua
ocorrência e potencial de produzir
surtos.
Meningites bacterianas
Neisseria meningitidis (meningococo): Bactéria
gram-negativa em forma de coco. Possui diversos
sorogrupos, de acordo com o antígeno
polissacarídeo da cápsula.
Mycobacterium tuberculosis
Haemophilus influenzae: Bactéria gram-negativa
que pode ser classificada, atualmente, em 6 sorotipos
(a, b, c, d, e, f). O Haemophilus influenzae, desprovido
de cápsula, se encontra nas vias respiratórias de
forma saprófita, podendo causar infecções
assintomáticas ou doenças não-invasivas tais
como bronquite, sinusites e otites, tanto em
crianças como em adultos.
Streptococcus pneumoniae
Meningites virais
São representadas principalmente pelos
enterovírus. Neste grupo estão
incluídas as três cepas dos poliovírus,
28 cepas de echovírus, 23 cepas do
vírus coxsackie A, 6 do vírus
coxsackie B e 5 outros enterovírus.
By Ismael Costa
Doença meningocócica
 A doença meningocócica é uma
infecção bacteriana aguda.
 Quando se apresenta na forma de
doença invasiva, caracteriza-se por
uma ou mais síndromes clínicas,
sendo a meningite
meningocócica a mais
frequente delas e a
meningococcemia a forma mais
grave.
Agente etiológico
By Ismael Costa
 A Neisseria meningitidis (meningococo)
é um diplococo gram-negativo,
aeróbio, imóvel, pertencente à família
Neisseriaceae.
 Os sorogrupos A, B, C, Y, W e X são os
principais responsáveis pela ocorrência da
doença invasiva e, portanto, de epidemias.
Os meningococos são também classificados
em sorotipos e sorossubtipos, de acordo
com a composição antigênica das proteínas
de membrana externa PorB e PorA,
respectivamente.
Reservatório
By Ismael Costa
 O homem, sendo a nasofaringe o local de colonização
do microrganismo.
 A colonização assintomática da nasofaringe pela N.
meningitidis caracteriza o estado de portador que
ocorre frequentemente, chegando a ser maior que
10% em determinadas faixas etárias nos períodos
endêmicos, podendo o indivíduo albergar o meningococo
por período prolongado.
 As taxas de incidência de portadores são maiores entre
adolescentes e adultos jovens e em camadas
socioeconômicas menos privilegiadas.
Doença meingocócica
By Ismael Costa
 Modo de transmissão
 Contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções
respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou
doentes. A transmissão por fômites não é importante.
 Período de incubação
 Em média, de 3 a 4 dias, podendo variar de 2 a 10 dias.
 Período de transmissibilidade
 Persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em
geral, a bactéria é eliminada da nasofaringe após 24
horas de antibioticoterapia adequada.
Suscetibilidade
By Ismael Costa
 A suscetibilidade é geral, entretanto, o grupo etário de
maior risco são as crianças menores de 5 anos,
principalmente as menores de 1 ano.
 Inúmeros fatores de risco têm sido associados, tais como:
infecções respiratórias virais recentes (especialmente
influenza), aglomeração no domicílio, residir em
quartéis, dormir em acampamento militar ou em
alojamentos de estudantes, tabagismo (passivo ou
ativo), condições socioeconômicas menos privilegiadas
e contato íntimo com portadores.
 O risco de desenvolver doença invasiva entre contatos
domiciliares de um doente é cerca de 500 a 800 vezes
maior que na população geral.
Manifestações clínicas
By Ismael Costa
 A infecção invasiva pela N. meningitidis pode apresentar um amplo
espectro clínico, que varia desde febre transitória e bacteremia
oculta até formas fulminantes, com a morte do paciente
em poucas horas após o início dos sintomas.
 A meningite e a meningococcemia são as formas clínicas
mais frequentemente observadas, podendo ocorrer
isoladamente ou associadas. A denominação doença
meningocócica torna-se apropriada nesse contexto, sendo
adotada internacionalmente.
 A meningite meningocócica é a forma mais frequente de
doença meningocócica invasiva e associa-se, em cerca de
60% dos casos, à presença de lesões cutâneas petequiais
bastante características.
Manifestações clínicas
By Ismael Costa
 Em lactentes com meningite, a pesquisa de sinais
meníngeos é extremamente difícil e a rigidez de nuca nem
sempre está presente. Nestas circunstâncias, deve-se realizar o
exame cuidadoso da fontanela bregmática:
 abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela,
aliados a febre, irritabilidade, gemência, inapetência e
vômitos.
 Obs (lactentes jovens):
 no recém-nascido, a febre nem sempre está presente;
 observa-se, muitas vezes, hipotermia, recusa alimentar,
cianose, convulsões, apatia e irritabilidade que se alternam,
respiração irregular e icterícia.
Complicações
By Ismael Costa
 As convulsões estão presentes em 20% das crianças com
meningite meningocócica. Sua ocorrência, assim como a
presença de sinais neurológicos focais, é menos frequente que
nas meningites por pneumococo ou por Haemophilus
influenzae sorotipo B.
 Nos casos de meningococcemia, o coma pode sobrevir em
algumas horas. Associa-se a elevadas taxas de letalidade,
geralmente acima de 40%, sendo a grande maioria dos óbitos
nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.
Tratamento
By Ismael Costa
 A antibioticoterapia deve ser
instituída o mais
precocemente possível, de
preferência, logo após a
punção lombar e a coleta de
sangue para hemocultura. O
uso de antibiótico deve ser
associado a outros tipos de
tratamento de suporte, como
reposição de líquidos e cuidadosa
assistência.
Características epidemiológicas
By Ismael Costa
 No Brasil, a doença meningocócica é endêmica, com ocorrência de
surtos esporádicos. O meningococo é a principal causa de meningite
bacteriana no país.
 Os maiores coeficientes de incidência da doença são observados em lactentes,
no primeiro ano de vida.
 Nos surtos e epidemias, observam-se mudanças nas faixas etárias afetadas, com
aumento de casos entre adolescentes e adultos jovens.
 A letalidade da doença no Brasil situa-se em torno de 20% nos
últimos anos. Na forma mais grave, a meningococcemia, a letalidade
chega a quase 50%.
 Desde a década de 1990, os sorogrupos circulantes mais frequentes no
Brasil foram o C e o B. Após um período de predomínio do sorogrupo B,
observa-se, a partir de 2005, um aumento no número e na proporção de
casos atribuídos ao sorogrupo C em diferentes regiões do país.
Definição de caso
By Ismael Costa
 Suspeito
 Crianças acima de 1 ano de idade e adultos com febre, cefaleia,
vômitos, rigidez da nuca e outros sinais de irritação meníngea
(Kernig e Brudzinski), convulsões e/ou manchas vermelhas no
corpo.
 Nos casos de meningococcemia, atentar para eritema/exantema, além
de sinais e sintomas inespecíficos (sugestivos de septicemia), como
hipotensão, diarreia, dor abdominal, dor em membros inferiores, mialgia,
rebaixamento do sensório, entre outros.
 Em crianças abaixo de 1 ano de idade, os sintomas clássicos acima
referidos podem não ser tão evidentes. É importante considerar, para a
suspeita diagnóstica, sinais de irritabilidade, como choro persistente,
e verificar a existência de abaulamento de fontanela.
Sinais de irritação meníngea
Sinal de Kernig – resposta em flexão da articulação do joelho,
quando a coxa é colocada em certo grau de flexão,
relativamente ao tronco.
Sinal de Brudzinski – flexão involuntária da perna sobre a coxa e
desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do
paciente. Crianças de até nove meses poderão não apresentar os
sinais clássicos de irritação meníngea.
SINAL DE KERNIG
SINAL DE BRUDZINSKY
Definição de caso
By Ismael Costa
 Confirmado - Todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito e
cujo diagnóstico seja confirmado por meio dos exames laboratoriais
específicos: cultura, e/ou PCR, e/ou CIE, e/ ou Látex.
 Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito e que
apresente história de vínculo epidemiológico com caso confirmado
laboratorialmente para N. Meningitidis por um dos exames
laboratoriais específicos, mas que não tenha realizado nenhum deles.,
 Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito com
bacterioscopia da amostra clínica com presença de diplococo
Gram-negativo.
 Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito com clínica
sugestiva de doença meningocócica com presença de petéquias
(meningococcemia).
Quimioprofilaxia
By Ismael Costa
 A quimioprofilaxia, embora não assegure efeito protetor absoluto e
prolongado, tem sido adotada como uma medida eficaz na prevenção de
casos secundários. Os casos secundários são raros, e geralmente
ocorrem nas primeiras 48 horas a partir do primeiro caso.
 Está indicada para os contatos próximos de casos suspeitos de
doença meningocócica.
 Contatos próximos são os moradores do mesmo domicílio, indivíduos
que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis,
entre outros), comunicantes de creches e escolas, e pessoas
diretamente expostas às secreções do paciente.
 A quimioprofilaxia também está indicada para o paciente no momento
da alta ou na internação no mesmo esquema preconizado para os
contatos próximos, exceto se o tratamento da doença foi realizado com
ceftriaxona.
Quimioprofilaxia
By Ismael Costa
 Não há recomendação para
os profissionais da área de
saúde que atenderam o caso
de doença meningocócica,
exceto para aqueles que
realizaram procedimentos
invasivos (intubação orotraqueal,
passagem de cateter nasogástrico)
sem utilização de
equipamento de proteção
individual adequado (EPI).
Quimioprofilaxia
 O antibiótico de escolha para a
quimioprofilaxia é a rifampicina, que
deve ser administrada em dose
adequada e simultaneamente a todos
os contatos próximos,
preferencialmente até 48 horas da
exposição à fonte de infecção (doente),
considerando o prazo de transmissibilidade e
o período de incubação da doença.
Alternativamente, outros antibióticos podem
ser utilizados para a quimioprofilaxia
By Ismael Costa
Bloqueio vacinal
 A vacinação de bloqueio está indicada nas situações
em que haja a caracterização de um surto de
doença meningocócica para o qual seja
conhecido o sorogrupo responsável por meio de
confirmação laboratorial específica (cultura e/ou
PCR) e haja vacina eficaz disponível.
 A vacinação somente será utilizada a partir de
decisão conjunta das três esferas de gestão.
By Ismael Costa
questões
Enfermeiro-2009
Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da
Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao
paciente, para
(A) identificar as formas de interação do paciente com os outros
seres vivos.
(B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
(C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de
enfermagem.
(D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
(E) realizar o agendamento da clientela.
Enfermeiro-2009
Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da
Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao
paciente, para
(A) identificar as formas de interação do paciente com os outros
seres vivos.
(B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
(C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de
enfermagem.
(D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
(E) realizar o agendamento da clientela.
Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide
e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco
ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma
lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos
e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele
(manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de
sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação
das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não
ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades.
c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com
bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e
tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer
cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma
assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença.
d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS),
baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que
apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que
apresentam mais de cinco lesões de pele.
Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide
e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco
ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma
lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos
e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele
(manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de
sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação
das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não
ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades.
c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com
bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e
tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer
cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma
assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença.
d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT),
proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da
Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB):
pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares
(MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando
diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os
portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto,
é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da
doença. Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais
neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como
manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e
de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados.
IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao
tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde,
pelo tratamento e cura da doença.
V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a I está correta.
b) Somente I, II e V estão corretas.
c) Somente I, II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e V estão corretas.
e) Somente I, II, III e V estão corretas.
Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando
diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os
portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto,
é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da
doença. Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais
neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como
manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e
de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados.
IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao
tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde,
pelo tratamento e cura da doença.
V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a I está correta.
b) Somente I, II e V estão corretas.
c) Somente I, II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e V estão corretas.
e) Somente I, II, III e V estão corretas.
Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos
periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica
comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae,
um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com
bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou
por contato sexual.
(D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais
provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe).
(E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia
(sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que
evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos
periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica
comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae,
um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com
bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma
hereditária ou por contato sexual.
(D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais
provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe).
(E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia
(sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que
evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na
unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o
paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico
(ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou
placas).
(C) Glomerulonefrite.
(D) Mãos e pés reacionais.
Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na
unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o
paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico
(ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou
placas).
(C) Glomerulonefrite.
(D) Mãos e pés reacionais.
Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a
pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo
que pode estar afetado quando o portador de hanseníase
apresenta úlceras na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C) Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a
pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo
que pode estar afetado quando o portador de hanseníase
apresenta úlceras na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C) Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar
pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da
fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma
pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico
de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento
recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250
mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições.
e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg
+ pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar
pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da
fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma
pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico
de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento
recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg
+ pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250
mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições.
e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg
+ pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade,
referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca
há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica,
foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a
necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria
esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista
suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento
Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que
(A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum,
para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia.
(B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a
recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO).
(C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo
com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde.
(D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no
domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos
medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a
tomada da dose diária da medicação.
Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade,
referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca
há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica,
foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a
necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria
esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista
suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento
Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que
(A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum,
para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia.
(B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a
recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO).
(C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de
acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de
Saúde.
(D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no
domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos
medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a
tomada da dose diária da medicação.
Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram
adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose.
Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da
Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a
resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à rifampicina
C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida
D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida
E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram
adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose.
Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da
Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a
resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à rifampicina
C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida
D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida
E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica
de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do
escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro
não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da
prova tuberculínia.
B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas,
parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios.
C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois
trata-se uma paciente não bacilífera.
D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além
de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças
sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B.
E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à
interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de
intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica
de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do
escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro
não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da
prova tuberculínia.
B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas,
parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios.
C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois
trata-se uma paciente não bacilífera.
D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste
além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras
doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B.
E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à
interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de
intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos
estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob
controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do
seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos
estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob
controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do
seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
ENFERMEIRO/2015
Esteio/RS-MSconcursos
12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente
observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos
medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo
entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados
sob supervisão direta de um profissional de saúde.
b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico.
c) A frequência ideal de supervisão é semanal.
d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de
manutenção devem ser observadas.
e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família
ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.
ENFERMEIRO/2015
Esteio/RS-MSconcursos
12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente
observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos
medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo
entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados
sob supervisão direta de um profissional de saúde.
b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico.
c) A frequência ideal de supervisão é semanal.
d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de
manutenção devem ser observadas.
e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família
ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.
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Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO

  • 1. Saúde Pública II – Tuberculose ,Hanseníase e Meningites Intensivo UNIRIO
  • 3.
  • 5. Epidemiologia • O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS, que representam 80% da carga mundial de TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos, correspondendo a um coeficiente de incidência de 38/100.000 hab. Destes 41117 casos novos foram bacilíferos (casos com baciloscopia de escarro positiva), apresentando um coeficiente de incidência de 41/100.000 hab. • Estes indicadores colocam o Brasil na 19ª posição em relação ao número de casos e na 104º posição em relação ao coeficiente de incidência. • A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5564 municípios do país, correspondendo a 70% da totalidade dos casos. O estado de São Paulo detecta o maior número absoluto de casos e o estado do Rio de Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência (SINAN). • Em 2008 a TB foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª causa de morte dos pacientes com AIDS (SIM). By Ismael Costa 5
  • 6. Modo de transmissão • A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. By Ismael Costa 6
  • 7. Período de incubação • Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. • A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas causas, destacando-se, dentre estas, as condições socioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ou outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas e infecção pelo HIV). By Ismael Costa 7
  • 8. Período de transmissibilidade • A transmissão é plena enquanto o doente com a forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento. • Com o esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas. • As crianças com tuberculose pulmonar geralmente não são infectantes. By Ismael Costa 8
  • 9. DEFINIÇÃO DE CASO by Ismael Costa9 Suspeito • Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame radiológico. • Paciente com imagem compatível com tuberculose. Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose pulmonar bacilífera: duas baciloscopias positivas ou uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.
  • 10. by Ismael Costa10 Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente com duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames complementares que permitam ao médico efetuar um diagnóstico de tuberculose. Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências clínicas e achados laboratoriais, inclusive histopatológicos, compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para M.tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar. “Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu à quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias.
  • 11. Detecção de casos • A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). • Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de infecção. • Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo à cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença. By Ismael Costa 11
  • 12. By Ismael Costa 12 TDO  O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS que visa o fortalecimento da adesão do paciente ao tratamento e a prevenção do aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo os casos de abandono e aumentando a probabilidade de cura.
  • 13. TDO - definição  O tratamento diretamente observado constitui uma mudança na forma de administrar os medicamentos, sem mudanças no esquema terapêutico: o profissional treinado passa a observar a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura.
  • 14. Estratégia Operacional • Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos) deve realizar o tratamento diretamente observado. • Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se considerar as seguintes modalidades de supervisão: • Domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local por ele solicitado. • Na Unidade de Saúde – observação em unidades de ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou Hospitais. • Prisional: observação no sistema prisional. • Compartilhada: quando o doente recebe a consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao seu domicílio ou trabalho. By Ismael Costa 14
  • 15. TDO - observações  O TDO consiste na observação diária da ingestão dos medicamentos antituberculose por um profissional capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3 observações semanais do início ao fim (24 ingestões observadas na fase intensiva e 48 na fase de manutenção).  Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a observação seja realizada por uma pessoa da família, de equipamentos da assistência social ou da comunidade, capacitados por profissional da equipe de saúde.  Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu responsável semanalmente para monitorar o tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são menores as taxas de cura e maior o abandono quando um familiar faz a observação.
  • 16. Diagnóstico • A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. • A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. • A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares. By Ismael Costa 16
  • 18. • TB pulmonar: • Pode se apresentar sob a forma primária, pós- primária (ou secundária) ou miliar. Os sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse persistente, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. By Ismael Costa 18
  • 19. • TB pulmonar primária - É mais comum em crianças e clinicamente apresenta-se, na maior parte das vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna, inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo. By Ismael Costa 19
  • 20. • TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum no adolescente e adulto jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou produtiva. • A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não costuma ultrapassar os 38,5º C. • A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e emagrecimento, embora indivíduos com bom estado geral e sem perda do apetite também possam ter TB pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal. By Ismael Costa 20
  • 21. • TB miliar – A denominação é vinculada ao aspecto radiológico pulmonar. É uma forma grave de doença e ocorre em 1% dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos casos em pacientes HIV soropositivos, em fase avançada de imunossupressão. • A apresentação clínica clássica é a aguda, mais comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas são febre, astenia e emagrecimento, que em associação com tosse ocorrem em 80% dos casos. O exame físico mostra hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato- máculo-papulo-vesiculosas. By Ismael Costa 21
  • 22. • TB extrapulmonar • As apresentações extrapulmonares da TB têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes com aids, especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave. As principais formas diagnosticadas em nosso meio são listadas a seguir. • Tuberculose pleural - É a mais comum forma de TB extrapulmonar em indivíduos HIV soronegativos. Ocorre mais em jovens. Cursa com dor torácica do tipo pleurítica. A tríade astenia, emagrecimento e anorexia ocorre em 70% dos pacientes, e febre com tosse seca em 60%. By Ismael Costa 22
  • 23. • Empiema pleural tuberculoso - É conseqüência da ruptura de uma cavidade tuberculosa para o espaço pleural e, por isso, além de líquido no espaço pleural, muitas vezes ocorre também pneumotórax secundário à fístula broncopleural pela cavidade tuberculosa aberta para o espaço pleural. • Tuberculose ganglionar periférica - É a forma mais frequente de TB extrapulmonar em pacientes HIV soropositivos e crianças, sendo mais comum abaixo dos 40 anos. Cursa com aumento subagudo, indolor e assimétrico das cadeias ganglionares cervical anterior e posterior, além da supraclavicular. By Ismael Costa 23
  • 24. • TB meningoencefálica - É responsável por 3% dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos casos em pacientes HIV soropositivos. A meningite basal exsudativa é a apresentação clínica mais comum e é mais freqüente em crianças abaixo dos seis anos de idade. Clinicamente, pode ser subaguda ou crônica (sinais e sintomas com duração superior a 4 semanas). • Tuberculose pericárdica - Tem apresentação clínica subaguda e geralmente não se associa à TB pulmonar, embora possa ocorrer simultaneamente à TB pleural. Os principais sintomas são dor torácica, tosse seca e dispnéia. Muitas vezes, a dor não se manifesta como a dor pericárdica clássica. By Ismael Costa 24
  • 25. • Tuberculose óssea - É mais comum em crianças (10 a 20% das lesões extrapulmonares na infância), ou em pessoas entre as 4ª e 5ª décadas. Atinge mais a coluna vertebral e as articulações coxofemoral e do joelho, embora possa ocorrer em outros locais. • A TB de coluna (mal de Pott) é responsável por cerca de 1% de todos os casos de TB e por até 50% de todos os casos de TB óssea. O quadro clínico é a tríade dor lombar, dor à palpação e sudorese noturna, e afeta mais comumente a coluna torácica baixa e a lombar. By Ismael Costa 25
  • 26. Exame bacteriológico • Exame microscópico direto - baciloscopia direta • Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todo laboratório público de saúde e pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados. A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais utilizada em nosso meio. • A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão By Ismael Costa 26
  • 27.
  • 28. • A baciloscopia direta deve ser solicitada aos pacientes que apresentem: • Critérios de definição de sintomático respiratório (exame de escarro); • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse (exame de escarro); • Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em materiais biológicos diversos). By Ismael Costa 28
  • 29. • A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da primeira consulta, e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. • Nos casos em que há indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais. By Ismael Costa 29
  • 30.
  • 31. By Ismael Costa Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características: descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A identificação (nome do paciente e data da coleta) deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta indelével.
  • 32. Cultura • A cultura para micobactéria é indicada nos seguintes casos: • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com baciloscopia repetidamente negativa; • Suspeitos de TB com amostras paucibacilares (poucos bacilos); • Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da amostra (por exemplo crianças); • Suspeitos de TB extrapulmonar; • Casos suspeitos de infecções causadas por Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes casos o teste de sensibilidade pode ser feito com MIC). By Ismael Costa 32
  • 33. Cultura + teste de sensibilidade • Contatos de casos de tuberculose resistente; • Pacientes com antecedentes de tratamento prévio independentemente do tempo decorrido; • Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores de HIV; • Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês de tratamento; • Falência ao tratamento antiTB . • Em investigação de populações com maior risco de albergarem cepa de M.tuberculosis resistente (profissionais de saúde, população de rua, privados de liberdade, pacientes internados em hospitais que não adotam medidas de biossegurança e instituições de longa permanência) ou com difícil abordagem subseqüente (indígenas). By Ismael Costa 33
  • 34. • A técnica do escarro induzido, utilizando nebulizador ultrassônico e solução salina hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%), pode ser usada em pacientes com forte suspeita de tuberculose pulmonar e sem adequado material proveniente da árvore brônquica, tanto para a baciloscopia direta como para a cultura. By Ismael Costa 34
  • 35. Exame radiológico • Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até 15% dos casos de TB pulmonar não apresentam alterações radiológicas, principalmente pacientes imunodeprimidos. • Em suspeitos radiológicos de tuberculose pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve- se afastar a possibilidade de outras doenças, recomendando-se, ainda, a cultura para micobactéria. • O exame radiológico, em pacientes com baciloscopia positiva, tem como função principal a exclusão de doença pulmonar associada . By Ismael Costa 35
  • 36. Prova tuberculínica • A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. • É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença. By Ismael Costa 36
  • 37. Tuberculina e Técnica • No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23, aplicada por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml, que contém 2 UT (unidades de tuberculina), e guarda equivalência biológica com 5 UT de PPD-S, utilizada em outros países. • A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura entre 2ºC e 8ºC e não deve ser exposta à luz solar direta. A técnica de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela OMS . • A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação , podendo este prazo ser estendido para 96 horas caso o paciente falte à leitura na data agendada. By Ismael Costa 37
  • 38.
  • 39.
  • 40. Interpretação da PT • O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população e o risco de adoecimento. • Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras micobactérias ou vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados (ou re- vacinados) após o primeiro ano de vida, quando o BCG produz reações maiores e mais duradouras. Entretanto, a reação tende a diminuir com o passar do tempo, e se a PT for realizada 10 anos ou mais após a última vacinação, o efeito da BCG sobre ela poderá ser mínimo. • Indicações • Na investigação de infecção latente no adulto. • Na investigação de infecção latente e de TB doença em crianças. • Indivíduos com PT documentada e resultado igual ou superior a 10 mm não devem ser retestados. By Ismael Costa 40
  • 41. Diagnóstico da TB na criança • A TB na criança (menores de 10 anos) apresenta especificidades que devem ser consideradas durante sua investigação diagnóstica. A forma pulmonar difere do adulto, pois costuma ser abacilífera, isto é, negativa ao exame bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos nas lesões. Além disso, crianças, em geral, não são capazes de expectorar. By Ismael Costa 41
  • 42. • TB Pulmonar na criança • As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. • São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extra pulmonares • By Ismael Costa 42
  • 43. TB na criança By Ismael Costa • O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio está resumido no Quadro 1. Pelo sistema de pontuação . • 40 pontos - permite iniciar o tratamento do paciente. • 30 pontos - pode ser considerado como indicativo de tuberculose e orienta o inicio de tratamento da criança a critério clínico. • < 30 pontos - a criança deverá continuar a ser investigada. Deverá ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças pulmonares e podem ser empregados métodos complementares de diagnóstico nesse sentido, como lavado gástrico, broncoscopia, escarro induzido, punções e métodos rápidos.
  • 45. PT em crianças • Obs: A prova tuberculínica pode ser interpretada como sugestiva de infecção por M. tuberculosis quando IGUAL OU superior a 5 mm em crianças não vacinadas com BCG, CRIANÇAS vacinadas há mais de 2 anos OU COM QUALQUER CONDIÇÃO IMUNODEPRESSORA. • Em crianças vacinadas há menos de 2 anos consideramos sugestivo de infecção PT IGUAL OU superior a 10 mm. By Ismael Costa 45
  • 46. Obs2: O lavado gástrico somente é indicado quando for possível a realização de cultura para M. tuberculosis. O exame de escarro (baciloscopia e cultura), em geral, somente é possível a partir dos 5 ou 6 anos de idade. By Ismael Costa 46
  • 47. Tratamento • Período de transmissibilidade após início do tratamento • A transmissibilidade está presente desde os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de tratamento efetivo. Durante muitos anos considerou-se que, após 15 dias de tratamento, o paciente já não transmitia a doença. • Na prática, quando o paciente não tem história de tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo melhora cínica, o paciente pode ser considerado não infectante. By Ismael Costa 47
  • 48. Regimes de tratamento • O tratamento será desenvolvido sob regime ambulatorial, diretamente observado (TDO). A hospitalização é recomendada em casos especiais e de acordo com as seguintes prioridades: • Meningoencefalite tuberculosa. • Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em ambulatório. • Estado geral que não permita tratamento em ambulatório. • Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em unidade hospitalar. • Casos em situação de vulnerabilidade social, como ausência de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se for um caso de retratamento, falência ou multirresistência. By Ismael Costa 48
  • 49. Tratamento • Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu Comitê Técnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da resistência primária à isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do Esquema básico. • A apresentação farmacológica deste esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (RHZE), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275 mg. • Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada. By Ismael Costa 49
  • 50. Indicações de esquemas terapêuticos • Caso novo ou virgens de tratamento (VT) - pacientes que nunca se submeteram ao tratamento anti-TB, ou o fizeram por até 30 dias. • Retratamento ou com tratamento anterior (TA) - pessoa já tratada para TB por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva após cura (RC) ou retorno após abandono (RA). • O paciente que retorna ao sistema após abandono deve ter sua doença confirmada por nova investigação diagnóstica por baciloscopia, devendo ser solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, antes da reintrodução do tratamento anti-TB básico. • Falência - Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento. São também classificados como caso de falência os casos que, no início do tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação até o 4º mês, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação, e nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de tratamento. • By Ismael Costa 50
  • 52. Esquemas • Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos – Pacientes Adolescentes e Adultos. • – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol • – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZE/4RH • Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos – Crianças Menores de 10 anos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida. • – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZ/4RH By Ismael Costa 52
  • 54. Observações • a) Os medicamentos deverão ser administrados preferencialmente em jejum (1h antes ou duas horas após o café da manhã), em uma única tomada ou, em caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição. • b) O tratamento das formas extrapulmonares (exceto a meningoencefálica) terá a duração de seis meses assim como o tratamento dos pacientes co-infectados com HIV, independentemente da fase de evolução da infecção viral. By Ismael Costa 54
  • 55. • Em casos individualizados cuja evolução clínica inicial não tenha sido satisfatória, com o parecer emitido pela referência, o tratamento poderá ser prolongado, na sua segunda fase, como nos casos a seguir: • Aparecimento de poucos bacilos no exame direto do escarro do quinto ou sexto meses, isoladamente, o que pode não significar falência do esquema, em especial se acompanhado de melhora clínico-radiológica. Neste caso, o paciente será seguido com exames bacteriológicos. O tratamento, se preciso, será prolongado por mais três meses, período em que o caso deve ser redefinido ou concluído. • Pacientes com escarro negativo e evolução clínico-radiológica insatisfatória – o prolongamento do tratamento por mais três meses pode ser uma opção para evitar mudanças precipitadas para esquemas mais longos e de menor eficácia. Deve-se consultar uma unidade de referência antes de se decidir por este prolongamento. By Ismael Costa 55
  • 56. • Paciente com formas cavitárias que permaneçam com baciloscopia positiva ao final do segundo mês de tratamento poderão ter a segunda fase do seu tratamento prolongada para 9 meses (observando que a solicitação de cultura e teste de sensibilidade é mandatória nesses casos). • Monorresistência à R ou H: A manutenção do Esquema Básico com prorrogação da segunda fase do tratamento para 7 meses poderá ser considerada quando a monorresistência for identificada na fase de manutenção do tratamento. Para tanto, deve ser realizada criteriosa avaliação da evolução clínica, bacteriológica, radiológica, adesão e história de tratamento anterior para tuberculose em unidade de referência terciária ou orientada por ela. By Ismael Costa 56
  • 57. • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes Adolescentes e Adultos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol. • – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZE/7RH • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças Menores de 10 anos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida. • – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZ/7RH By Ismael Costa 57
  • 58. Reações adversas • As reações adversas podem ser divididas em dois grandes grupos: • (1) reações adversas menores, em que normalmente não é necessária a suspensão do medicamento anti-TB; • (2) reações adversas maiores, que normalmente causam a suspensão do tratamento. • A maioria dos pacientes completa o tratamento sem qualquer reação adversa relevante. Nesses casos, não há a necessidade de interrupção ou substituição do Esquema Básico. By Ismael Costa 58
  • 59. Reações adversas maiores • Reações adversas “maiores” que determinaram alteração definitiva no esquema terapêutico variam de 3% a 8%. Os fatores de risco mais referidos para o desenvolvimento de tais efeitos são: • Idade (a partir da quarta década) • Dependência química ao álcool (ingestão diária de álcool > 80 g) • Desnutrição (perda de mais de 15% do peso corporal) • História de doença hepática prévia. • Co-infecção pelo vírus HIV, em fase avançada de imunosupressão By Ismael Costa 59
  • 60. • As reações adversas mais freqüentes ao esquema 1 com RHZ, utilizado por muitos anos no Brasil, são: • mudança da coloração da urina (ocorre universalmente), intolerância gástrica (40%), alterações cutâneas (20%), icterícia (15%) e dores articulares (4%). • Deve ser ressaltado que quando a reação adversa corresponde a uma reação de hipersensibilidade grave como por exemplo plaquetopenia, anemia hemolítica, insuficiência renal etc, o medicamento suspeito não pode ser reiniciado após a suspensão, pois na re-introdução a reação adversa é ainda mais grave. By Ismael Costa 60
  • 64. Condições especiais • Gestante • A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o risco de transmissão pós-natal. • Não há contra-indicações à amamentação, desde que a mãe não seja portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança. • Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados acima, mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos adversos. • O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda linha nesta população. By Ismael Costa 64
  • 66. Controle do tratamento • Acompanhamento da evolução da doença em adultos • 1) Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de TB pulmonar, sendo indispensáveis as dos 2º, 4º e 6º meses, no Esquema Básico. Em casos de baciloscopia positiva no final do segundo mês de tratamento, solicitar cultura para micobactérias com identificação e teste de sensibilidade. • 2) Acompanhamento clínico mensal visando a identificação de queixas e sinais clínicos que possam avaliar a evolução da doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de manifestações adversas com seu uso. • 3) Pacientes inicialmente bacilíferos, deverão ter pelo menos duas baciloscopias negativas para comprovar cura, uma na fase de acompanhamento e outra ao final do tratamento. By Ismael Costa 66
  • 67. Controle de contatos • Definições para proceder ao controle de contatos • Caso índice – Todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia positiva. • Contato – É definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o ambiente e o tempo de exposição. • Obs. Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma clínica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB, mas principalmente o caso índice, interrompendo assim a cadeia de transmissão. By Ismael Costa 67
  • 68. Tratamento de ILTB By Ismael Costa  O tratamento da infecção latente com isoniazida reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve à duração e à adesão ao tratamento.  O número de doses tomadas tem se revelado mais importante do que o uso diário do medicamento. Portanto, mesmo que o indivíduo não use a H todos os dias, é importante insistir para que complete o número de doses do tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré- estabelecido pelo médico. O número mínimo de doses preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses).
  • 69. Fármaco utilizado • Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose máxima de 300 mg/dia. • Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento.
  • 71. Crianças By Ismael Costa Além do resultado do PT, a indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de ILTB e o risco de adoecimento . Os grupos com indicação de tratamento são: 1- Crianças contatos de casos bacilíferos: • PT igual ou superior a 5 mm - em crianças não vacinadas com BCG, crianças vacinadas há mais de 2 anos ou qualquer condição imunossupressora; • PT igual ou superior a 10 mm em crianças vacinadas com BCG há menos de 2 anos; • Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo prioritário para tratamento de ILTB.
  • 72. adultos By Ismael Costa Em adultos e adolescentes: Em adultos e adolescentes (> 10 anos) com ILTB, a relação risco-benefício do tratamento com H deve ser avaliada.A idade é um dos fatores de risco para hepatoxicidade pela isoniazida. Pelo risco de hepatoxicidade e reduzido risco acumulado de adoecimento,recomenda-se o tratamento conforme o quadro 20.
  • 74. Alto Risco AIDS* HIV* Transplantados em terapia imunossupressora Silicose Insuficiência Renal em Diálise Neoplasia de Cabeça e Pescoço Contatos Infecção Latente Adquirida Recentemente (há menos de 2 anos) Uso de Inibidores do TNF-α Indígenas Risco Moderado Uso de Corticosteróides (>15mg prednisona por >1 mês) Diabetes Mellitus Crianças que adquiram Infecção Latente Até os 4 anos Risco Leve Baixo peso (<85% do Peso Ideal) Tabagistas (1 maço/dia) Calcificação Isolada (sem fibrose) na radiografia Referência (risco muito baixo) Indivíduo com ILTB sem fatores de risco e radiografia de tórax normal
  • 75. Situações especiais • Grávidas - Em grávidas, recomenda-se postergar o tratamento da ILTB para após o parto. • Em gestante com infecção pelo HIV, recomenda-se tratar a ILTB após o 3º mês de gestação. • HIV / aids - Tratar ILTB nos seguintes casos: • Radiografia de tórax normal e PT ≥ 5 mm • Contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes bacilíferos independentemente da PT • PT < 5 mm com registro documental de ter tido PT ≥ 5 mm e não submetido a tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião • Radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB, sem tratamento anterior para TB (afastada possibilidade de TB ativa através de exames de escarro,radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax), independentemente do resultado da PT. By Ismael Costa 75
  • 76. Medidas para reduzir a transmissão da TB • A TB pulmonar e laríngea são classificadas como doenças de transmissão aérea e requerem medidas administrativas e ambientais que diminuam o risco de transmissão da doença. • Todo ambiente onde circulam pacientes que produzam aerossóis contendo M. tuberculosis oferece algum risco de transmissão. Destacam-se como foco das medidas de controle o domicílio do paciente, seu local de trabalho e as unidades de saúde onde é atendido (em nível ambulatorial, emergencial e hospitalar) e instituições de longa permanência como prisões, albergues, ou casas de apoio. By Ismael Costa 76
  • 77. • Para diminuir o risco de transmissão da TB é preciso ter em conta alguns pressupostos: • A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções; • Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no ambiente e, quanto menor a ventilação do mesmo ambiente, maior será a probabilidade de infectar os circunstantes; • Com o início do tratamento adequado e uso correto de medicamentos anti-TB em pacientes infectados com cepas sensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas - portanto, a prioridade na instituição das ações preventivas deve ser dada para os pacientes com maior risco de transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados (sintomático respiratório) ou nos primeiros dias de tratamento; • Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoas com maior risco de adoecer são aquelas com a imunidade comprometida. By Ismael Costa 77
  • 78. • Medidas de controle em instituições de saúde • A magnitude do risco de transmissão da tuberculose difere de uma instituição para outra e, numa mesma instituição, de um ambiente para outro. • As medidas de controle de transmissão dividem-se em três categorias: administrativas, também chamadas gerenciais; de controle ambiental (ou de engenharia) e proteção respiratória. By Ismael Costa 78
  • 79. • Medidas administrativas: • É consenso que as medidas administrativas isoladamente são as mais efetivas na prevenção da transmissão da TB. Analisando-se o percurso do bacilífero e o seu tempo de permanência nos diferentes locais da unidade deve-se propor mudanças na organização do serviço, treinamento dos profissionais e reorganização do atendimento. By Ismael Costa 79
  • 80. • As medidas administrativas visam: • Desenvolver e implementar políticas escritas e protocolos para assegurar a rápida identificação, isolamento respiratório, diagnóstico e tratamento de indivíduos com provável TB pulmonar. • Educação permanente dos profissionais de saúde para diminuir o retardo no diagnóstico de TB pulmonar e promover o adequado tratamento antiTB. By Ismael Costa 80
  • 81. • Medidas de controle ambiental • Escolher ambiente de permanência de possíveis sintomáticos respiratórios o mais ventilado possível. • Posicionar exaustores ou ventiladores de forma que o ar dos ambientes potencialmente contaminados se dirija ao exterior e não aos demais cômodos da instituição. • Em unidades hospitalares e de emergência é considerada de elevada prioridade a definição de locais de isolamento respiratório em número suficiente para atender a demanda da unidade. • Estes locais devem dispor de renovação do ar de pelo menos seis vezes por hora e pressão negativa em relação aos ambientes contíguos. • Uma alternativa é a utilização de filtros de alta eficiência para ar particulado (filtros HEPA- High Efficiency Particulate Air), que eliminam os bacilos suspensos no ar, permitindo que o ar seja descarregado em ambientes onde circulem pessoas. By Ismael Costa 81
  • 82. • Medidas de proteção individual • O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes com TB deve ser feito de forma criteriosa. • O uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União Européia ou N95, padrão dos EUA é recomendado para profissionais de saúde ou visitantes (acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de transmissão (quartos de isolamento respiratório, ambulatório para atendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB com suspeita de ou resistência comprovada aos fármacos antiTB). • O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com TB pulmonar ou SR em situação de potencial risco de transmissão como por exemplo: falta de estrutura de ventilação adequada em salas de espera e emergências enquanto aguarda definição do caso (atendimento, resultado de exames, internação em isolamento) ou no deslocamento de pacientes do isolamento para exames ou procedimentos (neste caso o paciente deve ter seu atendimento no outro setor priorizado). By Ismael Costa 82
  • 84. • Controle de infecção na AB • Não há necessidade de ambientes especiais para atendimento do paciente de TB diagnosticados nestas unidades. • Atendimento em horários diferenciados e com o oferecimento de máscara cirúrgica após identificação do SR ou do paciente com TB pulmonar, são medidas administrativas que diminuirão ainda mais o risco de contaminação na unidade de saúde. • Lembrar que paciente com boa evolução clínica e baciloscopias de controle negativas já não contaminam em geral após 2 a 3 semanas, e que as medidas de biossegurança são prioritárias antes do diagnóstico (qualquer SR – portanto mesmo em unidades que não tratam TB, o risco já está instituído e deve ser conduzido com medidas administrativas). • O TDO, em acordo com o paciente, deverá ser realizado preferencialmente no domicílio nas primeiras semanas de tratamento. By Ismael Costa 84
  • 85. Resistência aos fármacos anti-TB By Ismael Costa • A resistencia aos farmacos antiTB e classificada em: • Resistencia natural- É aquela que surge no processo de multiplicacao do bacilo naturalmente. • Resistencia primaria - E aquela que se verifica em pacientes nunca tratados paraTB, contaminados por bacilos previamente resistentes. • Resistencia adquirida ou secundaria - E a que se verifica em pacientes, com tuberculose inicialmente sensivel, que se torna resistente apos a exposicao aos medicamentos. • As principais causas do surgimento da resistencia adquirida sao: esquemas inadequados; uso irregular do esquema terapeutico por má adesão ou falta temporaria de medicamentos.
  • 86. Tipos de resistência By Ismael Costa • Monorresistencia: resistencia a um farmaco antiTB. • Polirresistencia: resistencia a dois ou mais farmacos antituberculose, exceto a associação Rifampicina e Isoniazida. • Multirresistencia: resistencia a pelo menos Rifampicina e Isoniazida (MDR). • Resistencia extensiva: resistencia a Rifampicina e Isoniazida acrescida a resistencia a uma fluoroquinolona e a um injetavel de segunda linha (Amicacina, canamicina ou Capreomicina).
  • 87. by Ismael Costa 87 Acompanhamento do caso • Alta por cura • Alta por completar o tratamento • Alta por abandono de tratamento • Alta por mudança de diagnóstico • Alta por óbito • Alta por falência • Alta por transferência
  • 89. HANSENÍASE (LEPRA)  Doença infecto-contagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem, (baixa patogenicidade). O poder imunogênico do bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da hanseníase.  O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando- lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. by Ismael Costa89
  • 90. DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE  A pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento poliquimioterápico:  lesão e/ou área da pele com diminuição ou alteração de sensibilidade;  acometimento de nervo periférico, com ou sem espessamento associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e  baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico. 90 by Ismael Costa
  • 91. AGENTE ETIOLÓGICO  A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. 91 by Ismael Costa
  • 92. MODO DE TRANSMISSÃO  A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas superiores, o trato respiratório. No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário um contato direto com a pessoa doente não tratada.  A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos. 92 by Ismael Costa
  • 93. Epidemiologia  Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são considerados importantes fontes de transmissão da doença devido à sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se espontaneamente.  Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
  • 94. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase indeterminada – forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou evolui para as formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o que pode ocorrer no prazo de 3 a 5 anos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose. By Ismael Costa94
  • 95. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase tuberculoide – forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou uma única), de limites bem definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade (dormência).  Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia. Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no domicílio. A clínica é caracterizada por lesões papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, principalmente na face. By Ismael Costa95
  • 96. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase dimorfa (ou borderline) – forma intermediária, resultante de uma imunidade também intermediária, com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano. A variedade de lesões cutâneas é maior e estas apresentam- se como placas, nódulos eritemato- acastanhados, em grande número, com tendência à simetria. As lesões mais características dessa forma clínica são denominadas lesões pré-foveolares ou foveolares, sobre-elevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos. O acometimento dos nervos é mais extenso, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico. By Ismael Costa96
  • 97. Manifestações clínicas  Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) As lesões cutâneas caracterizam-se por placas infiltradas e nódulos (hansenomas), de coloração eritemato-acastanhada ou ferruginosa, que podem se instalar também na mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento e acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda, ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e testículos), bem como a hanseníase histoide, com predominância de hansenomas com aspecto de queloides ou fibromas, com grande número de bacilos. Ocorre comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica. By Ismael Costa
  • 99. Diagnóstico Diferencial  As principais doenças dermatológicas são:  Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante)  PitiríaseVersicolor (“pano branco”)  Vitiligo  Dermatofitoses (Tinea corporis):  • Doenças neurológicas: as principais são a:  síndrome do túnel do carpo; meralgia parestésica;  neuropatia alcoólica,  neuropatia diabética ,  lesões por esforços repetitivos (LER/DORT). by Ismael Costa99
  • 100. Avaliação dermatológica  Consistem na identificação de lesões de pele por meio de inspeção de toda a superfície corporal do paciente e realização de pesquisa de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil nas lesões e/ou áreas suspeitas para verificar qualquer alteração
  • 101.
  • 102. Classificação operacional para fins de tratamento quimioterápico.  CASOS COM BAAR + , MESMO COM MENOS DE 5 LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES! by Ismael Costa102 Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele. Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não contagiosa Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de pele. Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
  • 103. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA  A avaliação neurológica deve ser realizada no momento do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento, na ocorrência de neurites e reações ou quando houver suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT e sempre que houver queixas.  Os principais nervos periféricos acometidos na hanseníase são os que passam:  pela face - trigêmeo e facial, que podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz;  pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem causar alterações nos braços e mãos;  pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que podem causar alterações nas pernas e pés. 103 by Ismael Costa
  • 104. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  Exame baciloscópico – a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico da hanseníase.  Exame histopatológico – indicado como apoio na elucidação diagnóstica e em pesquisas. by Ismael Costa104
  • 105. Mitsuda  Teste de Mitsuda - Possui valor prognóstico e é recomendado para distinção dos casos neurais que não apresentam lesão cutânea, para classificação da doença.  O teste é feito pela aplicação intradérmica de 0,1 ml de mitsudina na face anterior do antebraço direito, formando-se uma pápula com cerca de 1cm de diâmetro. Sendo feita a leitura após 21 e 28 dias.
  • 106. SITUAÇÕES ESPECIAIS  Hanseníase e gravidez  As alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular, fundamental na defesa contra o Mycobacterium leprae. Portanto, é comum que os primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada, apareçam durante a gravidez e puerpério, quando também podem ocorrer os estados reacionais e os episódios de recidivas.  A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam a administração dos esquemas de tratamento poliquimioterápico da hanseníase que são seguros tanto para a mãe como para a criança.
  • 107.  Hanseníase e tuberculose  Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por isso recomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma, antes e durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas de Mycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na vigência de tuberculose e hanseníase, a rifampicina deve ser administrada na dose requerida para tratar tuberculose, ou seja, 600 mg/dia.  Hanseníase e aids  A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase (600 mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado no tratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT padrão não deve ser alterado nesses doentes. SITUAÇÕES ESPECIAIS
  • 108. TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT  A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada.  Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do esquema- padrão, são indicados esquemas alternativos.  A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico. 108 by Ismael Costa
  • 109. Esquemas 109 by Ismael Costa Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB) Até 5 lesões de pele Mais de 5 lesões de pele, ou com baciloscopia positiva. Tratamento Tratamento Rifampicina mensal supervisionada (600mg) Rifampicina mensal supervisionada (600mg) Dapsona* - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg Dapsona - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg *** Clofazimina - 1 dose mensal superviso nada de 300mg, doses diárias auto-administradas de 50 mg. Critério de alta Critério de alta 6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses * Também conhecida como Sulfona
  • 110.
  • 111.
  • 112. By Ismael Costa medicamentos Cutâneos Hepáticos Outros Rifampicina rubor de face e pescoço, prurido e rash cutâneo generalizado São descritos dois tipos de icterícias: a leve ou transitória e a grave, com danos hepáticos importantes. diminuição do apetite e náuseas. Ocasionalmente, podem ocorrer vômitos, diarréias e dor abdominal leve; urina e conjuntivas avermelhadas ou alaranjadas Dapsona síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa ou eritrodermia; icterícias, náuseas e vômitos hemolíticos: tremores, febre, náuseas, cefaléia, às vezes choque Clofazimina ressecamento da pele, que pode evoluir para ictiose, alteração na coloração da pele e suor. **** gastrointestinais: diminuição da peristalse e dor abdominal, efeitos
  • 113.
  • 114. Efeitos colaterais - outros  efeitos colaterais da talidomida:  - teratogenicidade;  - sonolência, edema unilateral de membros inferiores, constipação intestinal, secura de mucosas e, mais raramente, linfopenia;  - neuropatia periférica, não é comum entre nós, podem ocorrer em doses acumuladas acima de 40 g, sendo mais freqüente em pacientes acima de 65 anos de idade.  efeitos colaterais dos corticosteróides:  - hipertensão arterial;  - disseminação de infestação por Strongiloides stercoralis;  - disseminação de tuberculose pulmonar;  - distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de potássio, aumento das taxas de glicose no sangue, alteração no metabolismo do cálcio, levando à osteoporose e à síndrome de Cushing;  - gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica;  - outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne cortisônica e psicoses. by Ismael Costa114
  • 116. ACOMPANHAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA  É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado.  Somente os casos graves, assim como os que apresentarem reações reversas graves, deverão ser encaminhados para hospitalização.  É considerado um caso de recidiva, aquele que completar com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venha eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQT inadequado ou incorreto. by Ismael Costa116
  • 117. ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES HANSÊNICAS  Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.  Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante os primeiros meses do tratamento quimioterápico da hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento, podem induzir ao diagnóstico da doença.  Os estados reacionais são a principal causa de lesões dos nervos e de incapacidades provocadas pela hanseníase. by Ismael Costa117
  • 118. 118 by Ismael Costa Reações Hansênicas Tipo 1 (reação reversa) Tipo 2 (Eritema nodoso hansênico) Dor e Espessamento de nervos periféricos (neurites) Dor e Espessamento de nervos periféricos (neurites) Novas lesões dermatológicas, alterações das lesões antigas. Eritema Nodoso Hansênico (ENH) que se caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e dolorosos, febre, dores articulares e mal estar generalizado.
  • 119. Complicações  Complicações diretas - Decorrentes da presença do bacilo na pele e outros tecidos, principalmente em quantidades maciças, como é o caso dos pacientes MB.  Rinite hansênica  Ulceração da mucosa septal  Na mucosa oral, os principais sinais podem ser observados na gengiva na porção anterior da maxila, palato duro e mole, úvula e língua. Clinicamente, as lesões se apresentam, geralmente assintomáticas, como nódulos que necrosam e ulceram. By Ismael Costa
  • 120. Complicações diretas  Na área ocular: a triquíase ,madarose ciliar e supraciliar.  As alterações da íris podem ser descritas como atrofias irianas do estroma, do epitélio pigmentário ou totais, nódulos inespecíficos e nódulos específicos (pérolas irianas), irites agudas, irites crônicas, sinéquias anteriores e sinéquias posteriores.  Por fim, os frequentes infiltrados inflamatórios de pálpebras e pele da região frontal permitem o surgimento de rugas precoces e pele redundante palpebral, resultando em blefarocalase. By Ismael Costa
  • 121. Complicações neurais  A lesão do nervo radial, menos acometido entre eles, conduz à perda da extensão de dedos e punho, causando deformidade em “mão caída”.  No membro inferior, a lesão do tronco tibial posterior leva à garra dos artelhos e important perda de sensibilidade da região plantar, com graves consequências secundárias (úlceras plantares).  A lesão do nervo fibular comum pode provocar a paralisia da musculatura dorsiflexora e eversora do pé (“pé caído”).  Na face, a lesão do ramo zigomático do nervo facial causa paralisia da musculatura orbicular, com consequente impossibilidade de oclusão das pálpebras, levando ao lagoftalmo. By Ismael Costa
  • 123. Complicações reacionais  As reações também levam a algumas complicações específicas, como é o caso da orquite aguda dolorosa, podendo ocasionar atrofia testicular e o surgimento posterior de ginecomastia.  Da mesma forma, amiloidose pode ser uma complicação em casos virchowianos, com frequentes reações do tipo 2.  No aparelho ocular, os estados reacionais podem levar a complicações específicas como as esclerites, uveítes, irites e iridocilites. As medidas de prevenção ocular são fundamentais para evitar lesões irreversíveis no globo ocular, inclusive a cegueira. By Ismael Costa
  • 124. Referência e contra-referência  Na presença de intercorrências clínicas, reações adversas ao tratamento, estados reacionais e dúvida no diagnóstico, o caso deverá ser encaminhado ao serviço de referência, conforme o sistema de referência e de contra-referência estabelecido pelo município. By Ismael Costa124
  • 125. Critérios de alta por cura  O encerramento da PQT deve acontecer segundo os critérios de regularidade no tratamento: número de doses e tempo de tratamento, de acordo com cada esquema mencionado anteriormente, sempre com avaliação neurológica simplificada, avaliação do grau de incapacidade física e orientação para os cuidados após a alta.  Condutas para pacientes irregulares – os que não completaram o tratamento preconizado PB (6 doses, em até 9 meses) e MB (12 doses, em até 18 meses) deverão ser avaliados quanto à necessidade de reinício ou possibilidade de aproveitamento de doses anteriores, visando à finalização do tratamento dentro do prazo preconizado. By Ismael Costa
  • 126. MB  Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento em pacientes MB – para o doente MB sem melhora clínica ao final das 12 doses de PQT, a indicação de um segundo ciclo de 12 doses de tratamento deverá se basear na associação de sinais de atividade da doença, mediante exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e, se indicada, histopatologia) em unidades de referência.  Casos MB que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou extensas áreas de infiltração cutânea podem ter um risco maior de desenvolver reações e dano neural após completar as 12 doses. By Ismael Costa
  • 127. MB  Esses casos poderão apresentar uma regressão mais lenta das lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a melhorar após a conclusão do tratamento com 12 doses; é possível, no entanto, que alguns deles não demonstrem qualquer melhora e, se isso acontecer, deverão ser avaliados em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional) quanto à necessidade de 12 doses adicionais de PQT/MB. By Ismael Costa
  • 128. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA  Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em todo oTerritório Nacional.  Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos. by Ismael Costa128
  • 129. Investigação de contato  A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares dos casos detectados.  Deve-se ter especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada.  Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG. by Ismael Costa129
  • 130. by Ismael Costa130 Profilaxia com BCG Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG 1 cicatriz 1 dose de BCG 2 cicatrizes Nenhuma dose de BCG Criança menor de 1 ano vacinada Nenhuma dose de BCG Quem tomou a vacina há menos de 6 meses Nenhuma dose de BCG
  • 132. Meningite e Doença Meningocócica O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Agente etiológico A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não- infecciosos (ex: traumatismo). As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.
  • 133. Meningites bacterianas Neisseria meningitidis (meningococo): Bactéria gram-negativa em forma de coco. Possui diversos sorogrupos, de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Mycobacterium tuberculosis Haemophilus influenzae: Bactéria gram-negativa que pode ser classificada, atualmente, em 6 sorotipos (a, b, c, d, e, f). O Haemophilus influenzae, desprovido de cápsula, se encontra nas vias respiratórias de forma saprófita, podendo causar infecções assintomáticas ou doenças não-invasivas tais como bronquite, sinusites e otites, tanto em crianças como em adultos. Streptococcus pneumoniae
  • 134. Meningites virais São representadas principalmente pelos enterovírus. Neste grupo estão incluídas as três cepas dos poliovírus, 28 cepas de echovírus, 23 cepas do vírus coxsackie A, 6 do vírus coxsackie B e 5 outros enterovírus.
  • 136. Doença meningocócica  A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda.  Quando se apresenta na forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave.
  • 137. Agente etiológico By Ismael Costa  A Neisseria meningitidis (meningococo) é um diplococo gram-negativo, aeróbio, imóvel, pertencente à família Neisseriaceae.  Os sorogrupos A, B, C, Y, W e X são os principais responsáveis pela ocorrência da doença invasiva e, portanto, de epidemias. Os meningococos são também classificados em sorotipos e sorossubtipos, de acordo com a composição antigênica das proteínas de membrana externa PorB e PorA, respectivamente.
  • 138. Reservatório By Ismael Costa  O homem, sendo a nasofaringe o local de colonização do microrganismo.  A colonização assintomática da nasofaringe pela N. meningitidis caracteriza o estado de portador que ocorre frequentemente, chegando a ser maior que 10% em determinadas faixas etárias nos períodos endêmicos, podendo o indivíduo albergar o meningococo por período prolongado.  As taxas de incidência de portadores são maiores entre adolescentes e adultos jovens e em camadas socioeconômicas menos privilegiadas.
  • 139. Doença meingocócica By Ismael Costa  Modo de transmissão  Contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes. A transmissão por fômites não é importante.  Período de incubação  Em média, de 3 a 4 dias, podendo variar de 2 a 10 dias.  Período de transmissibilidade  Persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em geral, a bactéria é eliminada da nasofaringe após 24 horas de antibioticoterapia adequada.
  • 140. Suscetibilidade By Ismael Costa  A suscetibilidade é geral, entretanto, o grupo etário de maior risco são as crianças menores de 5 anos, principalmente as menores de 1 ano.  Inúmeros fatores de risco têm sido associados, tais como: infecções respiratórias virais recentes (especialmente influenza), aglomeração no domicílio, residir em quartéis, dormir em acampamento militar ou em alojamentos de estudantes, tabagismo (passivo ou ativo), condições socioeconômicas menos privilegiadas e contato íntimo com portadores.  O risco de desenvolver doença invasiva entre contatos domiciliares de um doente é cerca de 500 a 800 vezes maior que na população geral.
  • 141. Manifestações clínicas By Ismael Costa  A infecção invasiva pela N. meningitidis pode apresentar um amplo espectro clínico, que varia desde febre transitória e bacteremia oculta até formas fulminantes, com a morte do paciente em poucas horas após o início dos sintomas.  A meningite e a meningococcemia são as formas clínicas mais frequentemente observadas, podendo ocorrer isoladamente ou associadas. A denominação doença meningocócica torna-se apropriada nesse contexto, sendo adotada internacionalmente.  A meningite meningocócica é a forma mais frequente de doença meningocócica invasiva e associa-se, em cerca de 60% dos casos, à presença de lesões cutâneas petequiais bastante características.
  • 142. Manifestações clínicas By Ismael Costa  Em lactentes com meningite, a pesquisa de sinais meníngeos é extremamente difícil e a rigidez de nuca nem sempre está presente. Nestas circunstâncias, deve-se realizar o exame cuidadoso da fontanela bregmática:  abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela, aliados a febre, irritabilidade, gemência, inapetência e vômitos.  Obs (lactentes jovens):  no recém-nascido, a febre nem sempre está presente;  observa-se, muitas vezes, hipotermia, recusa alimentar, cianose, convulsões, apatia e irritabilidade que se alternam, respiração irregular e icterícia.
  • 143. Complicações By Ismael Costa  As convulsões estão presentes em 20% das crianças com meningite meningocócica. Sua ocorrência, assim como a presença de sinais neurológicos focais, é menos frequente que nas meningites por pneumococo ou por Haemophilus influenzae sorotipo B.  Nos casos de meningococcemia, o coma pode sobrevir em algumas horas. Associa-se a elevadas taxas de letalidade, geralmente acima de 40%, sendo a grande maioria dos óbitos nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.
  • 144. Tratamento By Ismael Costa  A antibioticoterapia deve ser instituída o mais precocemente possível, de preferência, logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.
  • 145. Características epidemiológicas By Ismael Costa  No Brasil, a doença meningocócica é endêmica, com ocorrência de surtos esporádicos. O meningococo é a principal causa de meningite bacteriana no país.  Os maiores coeficientes de incidência da doença são observados em lactentes, no primeiro ano de vida.  Nos surtos e epidemias, observam-se mudanças nas faixas etárias afetadas, com aumento de casos entre adolescentes e adultos jovens.  A letalidade da doença no Brasil situa-se em torno de 20% nos últimos anos. Na forma mais grave, a meningococcemia, a letalidade chega a quase 50%.  Desde a década de 1990, os sorogrupos circulantes mais frequentes no Brasil foram o C e o B. Após um período de predomínio do sorogrupo B, observa-se, a partir de 2005, um aumento no número e na proporção de casos atribuídos ao sorogrupo C em diferentes regiões do país.
  • 146. Definição de caso By Ismael Costa  Suspeito  Crianças acima de 1 ano de idade e adultos com febre, cefaleia, vômitos, rigidez da nuca e outros sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski), convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo.  Nos casos de meningococcemia, atentar para eritema/exantema, além de sinais e sintomas inespecíficos (sugestivos de septicemia), como hipotensão, diarreia, dor abdominal, dor em membros inferiores, mialgia, rebaixamento do sensório, entre outros.  Em crianças abaixo de 1 ano de idade, os sintomas clássicos acima referidos podem não ser tão evidentes. É importante considerar, para a suspeita diagnóstica, sinais de irritabilidade, como choro persistente, e verificar a existência de abaulamento de fontanela.
  • 147. Sinais de irritação meníngea Sinal de Kernig – resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. Sinal de Brudzinski – flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente. Crianças de até nove meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea.
  • 150. Definição de caso By Ismael Costa  Confirmado - Todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito e cujo diagnóstico seja confirmado por meio dos exames laboratoriais específicos: cultura, e/ou PCR, e/ou CIE, e/ ou Látex.  Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito e que apresente história de vínculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente para N. Meningitidis por um dos exames laboratoriais específicos, mas que não tenha realizado nenhum deles.,  Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito com bacterioscopia da amostra clínica com presença de diplococo Gram-negativo.  Ou todo paciente que cumpra os critérios de caso suspeito com clínica sugestiva de doença meningocócica com presença de petéquias (meningococcemia).
  • 151. Quimioprofilaxia By Ismael Costa  A quimioprofilaxia, embora não assegure efeito protetor absoluto e prolongado, tem sido adotada como uma medida eficaz na prevenção de casos secundários. Os casos secundários são raros, e geralmente ocorrem nas primeiras 48 horas a partir do primeiro caso.  Está indicada para os contatos próximos de casos suspeitos de doença meningocócica.  Contatos próximos são os moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), comunicantes de creches e escolas, e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente.  A quimioprofilaxia também está indicada para o paciente no momento da alta ou na internação no mesmo esquema preconizado para os contatos próximos, exceto se o tratamento da doença foi realizado com ceftriaxona.
  • 152. Quimioprofilaxia By Ismael Costa  Não há recomendação para os profissionais da área de saúde que atenderam o caso de doença meningocócica, exceto para aqueles que realizaram procedimentos invasivos (intubação orotraqueal, passagem de cateter nasogástrico) sem utilização de equipamento de proteção individual adequado (EPI).
  • 153. Quimioprofilaxia  O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a rifampicina, que deve ser administrada em dose adequada e simultaneamente a todos os contatos próximos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção (doente), considerando o prazo de transmissibilidade e o período de incubação da doença. Alternativamente, outros antibióticos podem ser utilizados para a quimioprofilaxia
  • 155. Bloqueio vacinal  A vacinação de bloqueio está indicada nas situações em que haja a caracterização de um surto de doença meningocócica para o qual seja conhecido o sorogrupo responsável por meio de confirmação laboratorial específica (cultura e/ou PCR) e haja vacina eficaz disponível.  A vacinação somente será utilizada a partir de decisão conjunta das três esferas de gestão.
  • 158. Enfermeiro-2009 Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO 1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao paciente, para (A) identificar as formas de interação do paciente com os outros seres vivos. (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades. (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de enfermagem. (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem. (E) realizar o agendamento da clientela.
  • 159. Enfermeiro-2009 Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO 1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao paciente, para (A) identificar as formas de interação do paciente com os outros seres vivos. (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades. (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de enfermagem. (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem. (E) realizar o agendamento da clientela.
  • 160. Enfermeiro –2013 ILS/Bauru/SP – IBFC 2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA: a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver incapacidades e deformidades f ísicas. b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
  • 161. Enfermeiro –2013 ILS/Bauru/SP – IBFC 2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA: a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver incapacidades e deformidades f ísicas. b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
  • 162. Enfermeiro-2015 Esteio/RS-MSconcursos 3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto, é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da doença. Analise as afirmativas a seguir: I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto. III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados. IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde, pelo tratamento e cura da doença. V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. Assinale a alternativa correta. a) Somente a I está correta. b) Somente I, II e V estão corretas. c) Somente I, II, III e IV estão corretas. d) Somente I e V estão corretas. e) Somente I, II, III e V estão corretas.
  • 163. Enfermeiro-2015 Esteio/RS-MSconcursos 3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto, é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da doença. Analise as afirmativas a seguir: I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto. III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados. IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde, pelo tratamento e cura da doença. V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. Assinale a alternativa correta. a) Somente a I está correta. b) Somente I, II e V estão corretas. c) Somente I, II, III e IV estão corretas. d) Somente I e V estão corretas. e) Somente I, II, III e V estão corretas.
  • 164. Botucatu 2012. 4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta. (A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. (B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. (C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou por contato sexual. (D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe). (E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia (sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
  • 165. Botucatu 2012. 4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta. (A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. (B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. (C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou por contato sexual. (D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe). (E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia (sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
  • 166. Enfermeiro-2015 Inhuma/PI- IMA 5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico (ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e sintomas, exceto: (A) Dores articulares e mal estar generalizado. (B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas). (C) Glomerulonefrite. (D) Mãos e pés reacionais.
  • 167. Enfermeiro-2015 Inhuma/PI- IMA 5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico (ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e sintomas, exceto: (A) Dores articulares e mal estar generalizado. (B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas). (C) Glomerulonefrite. (D) Mãos e pés reacionais.
  • 168. Enfermeiro –2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS 6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo que pode estar afetado quando o portador de hanseníase apresenta úlceras na região plantar: A) Fibular comum B) Radial C) Tibial posterior D) Ulnar E) Mediano
  • 169. Enfermeiro –2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS 6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo que pode estar afetado quando o portador de hanseníase apresenta úlceras na região plantar: A) Fibular comum B) Radial C) Tibial posterior D) Ulnar E) Mediano
  • 170. Enfermeiro-2014 Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV 7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento recomendado? a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum. b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250 mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições. e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg + pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
  • 171. Enfermeiro-2014 Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV 7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento recomendado? a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum. b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250 mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições. e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg + pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
  • 172. Enfermeiro-2015 São domingos do Araguaia/PA - FADESP 8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade, referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que (A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum, para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia. (B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO). (C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde. (D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a tomada da dose diária da medicação.
  • 173. Enfermeiro-2015 São domingos do Araguaia/PA - FADESP 8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade, referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que (A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum, para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia. (B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO). (C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde. (D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a tomada da dose diária da medicação.
  • 174. Enfermeiro-2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS 9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose. Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da Saúde? A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à rifampicina C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
  • 175. Enfermeiro-2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS 9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose. Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da Saúde? A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à rifampicina C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
  • 176. Enfermeiro 2013 Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4 10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é: A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da prova tuberculínia. B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios. C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois trata-se uma paciente não bacilífera. D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B. E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
  • 177. Enfermeiro 2013 Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4 10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é: A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da prova tuberculínia. B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios. C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois trata-se uma paciente não bacilífera. D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B. E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
  • 178. Enfermeiro-2012 FUNASA/DF-Dom Cintra 11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do seguinte procedimento: A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina B) baciloscopia direta das secreções nasais C) hemograma completo D) prova tuberculínica E) radiografia do tórax
  • 179. Enfermeiro-2012 FUNASA/DF-Dom Cintra 11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do seguinte procedimento: A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina B) baciloscopia direta das secreções nasais C) hemograma completo D) prova tuberculínica E) radiografia do tórax
  • 180. ENFERMEIRO/2015 Esteio/RS-MSconcursos 12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde. Sobre isso, assinale a alternativa correta. a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados sob supervisão direta de um profissional de saúde. b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico. c) A frequência ideal de supervisão é semanal. d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de manutenção devem ser observadas. e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.
  • 181. ENFERMEIRO/2015 Esteio/RS-MSconcursos 12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde. Sobre isso, assinale a alternativa correta. a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados sob supervisão direta de um profissional de saúde. b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico. c) A frequência ideal de supervisão é semanal. d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de manutenção devem ser observadas. e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.