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VISITA
DOMICILIAR
Fabiana prado dos Santos Nogueira
Especialista e Medicina de Família e Comunidade – AMMFC - AMB
Especialista em Saúde da Família – UFTM
Docente Graduação Internato – UNIUBE e UFTM
Supervisora e Preceptora de Residência em MFC – UNIUBE
Médica de Família e Comunidade – PMU - SMS
CONCEITOS
Atendimento
Domiciliar
É o cuidado prestado no
domicílio, para pessoas com
problemas agudos, e que em
função disto estejam
temporariamente
impossibilitadas de comparecer
à Unidade Básica de Saúde
(UBS).
Acompanhamento
Domiciliar

•
•
•
•
•

Pessoas que necessitem contatos
freqüentes e programáveis com os
profissionais da Equipe:
portador de doença crônica c/
dependência física
fase terminal
idosos com dificuldade de locomoção ou
sozinhos
egressos do hospital, que necessitem
acompanhamento por condição
incapacitante
problemas de saúde, incluindo doença
Inter nação Domiciliar
Pacientes com problemas agudos ou
egressos de hospitalização, que
exijam uma atenção mais intensa,
mas que possam ser mantidos em
casa, desde que disponham de
equipamentos, medicamentos e
acompanhamento diário pela equipe
da UBS e a família assuma parcela
dos cuidados.
Vigilância Domiciliar
Decorrente do comparecimento de um integrante da
equipe até o domicilio para realizar ações de
promoção, prevenção, educação e busca ativa da
população de sua área de responsabilidade,
geralmente vinculadas à vigilância da saúde que a
Unidade desenvolve:
• Ações preventivas: visitas a puérperas, busca de
recém-nascidos,
• Busca ativa dos Programas de Prioridades,
abordagem familiar para diagnóstico e tratamento,
• Acompanhamento de Egressos Hospitalares: a
assistência domiciliar pode ser importante
instrumento para prevenção de reinternações, bem
como para abordagem de problemas recorrentes de
saúde.
OBJETIVOS
• Geral: vigilância, assistência e
promoção da saúde no domicílio,
dentro dos princípios do SUS, numa
área adscrita.
• Específicos: a partir de sua
necessidade, estando em consonância
com a finalidade para a qual
atividade foi proposta.
VISITA FIM X
MEIO

VISITA

Duas formas de visita:
• A visita domiciliar fim: com objetivos
específicos de atuação,
• A visita domiciliar meio: na qual realiza-se a
busca ativa, promoção e prevenção da saúde.
COMPLEXIDADE
• Não é específico;
• A demanda pode ser gerada pelo sistema
de saúde;
• Cuidados assistenciais e sociais;
• Articulação entre os níveis de atenção;
• Integração com outros recursos da
assistência;
• Participação do cuidador.
RESPONSÁVEL PELA
REALIZAÇÃO
• ACS
• Profissional da equipe de saúde
lotado na Unidade: médico, dentista,
auxiliar ou técnico de cirurgião
dentista, enfermeiro, auxiliar ou
técnico de enfermagem,
nutricionista, farmacêutico,
psicólogo, assistente social, outro.
CRITÉRIOS DE
INCLUSÃO
Idosos;

•
• Dificuldade de locomoção à Unidade
(acidentado, distúrbios psicológicos, questões
sociais ou ambientais);
• Pacientes egressos de internação hospitalar,
com necessidades de cuidados domiciliares;
• Portador de doença crônica, com deficiência
física;
• Consentimento da família;
• Paciente terminal;
• Morar na área adscrita.
CUIDADOR
• Pessoa com ou sem vínculo familiar,
capacitada para ajudar o paciente em
suas necessidades e atividades
cotidianas.
• Merece um enfoque na atenção.
• Geralmente abdica da sua vida para a
realização do cuidado.
• Importante entender suas dificuldades.
CRITÉRIOS DE
EXCLUSÃO
• Não aceitação da família;
• Se a dificuldade de locomoção for
sanada;
• Mudança;
• Óbito.
DESAFIOS
• Realizar a assistência integral à saúde do
indivíduo, que beneficie também a família e a
comunidade;
• Resgatar e potencializar esta modalidade de
assistência;
• Transformar o modelo médico e hospitalocentrado em usuário centrado;
• Implementar a educação permanente em saúde
numa abordagem mais cuidadora e humanizada;
• Incorporar instituições de ensino num processo
de trabalho focado na realidade;
• Trabalhar pelo máximo de contato
multiprofissional: diversos saberes;
DIFICULDADES
• Perfil profissional adequado;
• Não há remuneração diferenciada;
• Difícil acesso aos domicílios e condições
climáticas por vezes desfavoráveis;
• Violência urbana;
• Cultura hospitalocêntrica;
• Sentimento de impotência das equipes
frente à miséria vivenciada.
PLANEJAMENTO
• Ter claro o objetivo da visita;
• Fazer ‘anamnese’ com o solicitante sobre o motivo da
solicitação;
• Avaliar o prontuário previamente;
• Fazer uma análise crítica(devo optar pela visita domiciliar?,
quais os motivos que justificam a visita domiciliar?, que
profissional vai?, qual a duração da visita?, qual deve ser a
freqüência das visitas? );
• Avaliar o grau de urgência;
• Anotar endereço pontos de referência;
• Levar material e medicações apropriados;
• Levar formulários próprios para o registro do atendimento.
OS ACADÊMICOS EM ESTÁGIO NA EQUIPE DEVM SER
PREPARADOS PARA A VISITA DOMICILIAR

• Múltiplos e complexos determinantes do processo
saúde-doença e muitas situações temidas e emoções
raramente abordadas nos cursos médicos podem ser
vivenciadas e elaboradas em poucas horas: violência,
miséria, carência, desapontamento, desinteresse,
impotência, fracasso, rejeição e desconfiança.
• Prepará-los para uma perspectiva interdisciplinar e
intersetorial, para que tenha uma visão ampliada do
paciente inserido na sua família e contexto
sociocultural.
Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para visitas domiciliares - Ana
Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins;
Maria Cristina Pereira Lima
ALGUMAS TENTATIVAS DE
SISTEMATIZAR A VISITA
DOMICILIAR
ESCALA DE COELHO
• Escala de risco familiar baseada na ficha
A do SIAB que utiliza sentinelas de risco
avaliadas na primeira VD pelo ACS.
• Instrumento simples de análise do risco
familiar, não necessitando a criação de
nenhuma nova ficha ou escala
burocrática.
• A relação morador/cômodo é importante
indicador na avaliação do risco
DADOS DA FICHA A

ESCORE

ACAMADO

3

DEFICIÊNCIA FÍSICA

3

DEFICIÊNCIA MENTAL

3

SANEAMENTO RUIM

3

DESNUTRIÇÃO (GRAVE)

3

DROGRADIÇÃO

2

DESEMPREGO

2

ANALFABETISMO

1

MENOR DE 6 MESES

1

MAIOR DE 70 ANOS

1

HAS

1

DIABETES MELLITUS

1

RELAÇÃO

> QUE 1

3

MORADOR/

igual a 1

2

CÔMODO

< que 1

0
INTERPRETAÇÃO DA
ESCALA DE COELHO
• ESCORE 5 OU 6: R1
• ESCORE 7 OU 8: R2
• MAIOR QUE 9: R3
• R1 – risco MENOR
• R2 – risco MÉDIO
• R3 – risco MÁXIMO
ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR
•

•
•
•
•
•
•
•
•
•

Paciente alvo: sexo, idade, estado civil, escolaridade, emprego, situação de saúde (patologias)
tratamentos, historia pregressa. Queixas do momento. Exame físico. Tratamento atual. Impressão do
paciente sobre a sua situação de saúde, expectativas.
Cuidador: se há, quem é, qual o vinculo com o paciente-alvo, qual o conhecimento sobre a doença do
paciente e suas expectativas. Saúde do cuidador.
Estrutura familiar: esboçar um genograma com quem reside no domicilio, sexo, idade, escolaridade e
situação de saúde e de vida.
Necessidades de cuidado e tratamento: verificar quais medicamentos compra, quais recebe da unidade,
se há outra necessidade(material de curativo, fralda, etc)
Medicamentos: como são as condições de estoque, quem administra, dificuldade de leitura, como fica
escrito horários, etc.
Alimentação: quem prepara e administra. A que horas o paciente come, relação com horários de
medicação.
Ferramentas sociais envolvidas: há alguma ajuda ao paciente do tipo religiosa, política ou outras.
Domicilio: como é o quarto do paciente, como é o banheiro, quem o ajuda a se deitar e ir ao banheiro.
Estado de conservação, como é feita a limpeza, necessidade e uso de cama e cadeiras especiais.
Fontes de prazer do paciente: como são as atividades diárias do paciente, o que ele fica fazendo o dia
todo. Do que o paciente gosta? Restrições que a doença trouxe.
Metas: ao final traçar uma lista das necessidades do paciente em ordem de prioridade e prazos, tentar
esboçar um plano de cuidados.
Frente da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
Verso da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
Escala de Avaliação Individual –
ABCDE
Knupp – RMMFC do HMOB

Esta escala tem uma abordagem individual, não
familiar, para a definição de prioridades na
visita domiciliar. Avaliação de 5 itens:
•
•
•
•
•

A = autonomia
B = base/risco social
C = cuidador
D = doença x restrição de locomoção
E = especialidades, interconsultas
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA FAMÍLIAS – Plano Dir etor
MG

FATORES SÓCIO-ECONÔMICO

CONDIÇÕES OU PATOLOGIAS
PRIORITÁRIAS

• Nenhum dos fatores de risco –
0

• Nenhum dos fatores de risco –
0

• Presença de um dos fatores de
risco – 1

• Presença de um dos fatores de
risco – 1

• Presença de dois fatores de
risco – 2

• Presença de dois fatores de
risco – 2

• Presença de três ou mais
fatores de risco - 3

• Presença de três ou mais
fatores de risco - 3
INTERPRETAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL

GRAU DE RISCO

0

SEM RISCO

1

RISCO BAIXO

2–3

RISCO MÉDIO

Maior ou igual a 4

RISCO ALTO
A excelência do
atendimento
• Não transformar a visita domiciliar em um trabalho de
caridade.
• O profissional deve ter objetivos claros ao adentrar a
casa do paciente.
• O atendimento médico deve ser de excelência: avaliação
do estado mental, avaliação clínica completa, ter em
mente planos terapêuticos, propedêuticos,
medicamentosos, e um plano de ação interdisciplinar
eficaz, não permitindo que as dificuldades inerentes ao
atendimento em domicílio prejudique a qualidade da
atenção.
• Os profissionais devem ter espontaneidade.
• Atrair os problemas progressivamente.
A visita domiciliar enquanto
fer r amenta da equipe cumpr e o
seu papel na saúde:

• Responde aos 4 princípios básicos da
Atenção Primária e aos 3 princípios
doutrinários do SUS:
• Princípios da APS: Acessibilidade,

•

Longitudinalidade, Integralidade,
Coordenação
Princípios Doutrinários do SUS: Universalidade,
Eqüidade na assistência, Integralidade da
assistência.
CONCLUSÕES
• PRIVILÉGIO: Oportunidade de observar e analisar o
sujeito por inteiro, dentro de sua realidade, suas
nuances e particularidades, possibilitando intervenções
mais efetivas.
• A visita domiciliar tem um potencial transformador
muito grande.
• Humaniza o profissional.
• Dá bastante satisfação pessoal.
• Responsabilidade: Fazer pontes adequadas e eficazes
entre todas as esferas da assistência, para garantir a
continuidade do cuidado. A casa está na esfera central
de todas as ações, está no centro de todos os níveis.
OBRIGADA
•

•

•
•

•
•

•
•

BIBLIOGRAFIA

SAVASSI, LCM; DIAS, MF. Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da
Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006. Disponível em
http://www.smmfc.org.br/gesf/gesf_vd.htm [acesso em 29/01/2009]
SAVASSI, LCM; DIAS, MF; DIAS, MB; SÁ, MMG, SÁ, MJ. Relatoria do GESF:
Módulo Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da Família.
AMMFC: Belo Horizonte, 2006 (Relatório, 20p). Disponível em
http://www.smmfc.org.br/gesf/relatoriavd.pdf [acesso em 29/01/2009]
www.geocities.com/lsavassi/visita.pdf
Mendes, AO; Oliveira, FA. Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da
Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional. Rev Bras Med
Fam e Com. Rio de Janeiro, v.2, n° 8, jan / mar 2007/ pág 253 a 260
Plano Diretor – MG . Oficina 2 e 3
Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para
visitas domiciliares - Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina
Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins; Maria Cristina Pereira
Lima
www.saude.gov.br/dab
www.geocities.com/lsavassi

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Visita domiciliar: conceitos, objetivos e desafios

  • 1. VISITA DOMICILIAR Fabiana prado dos Santos Nogueira Especialista e Medicina de Família e Comunidade – AMMFC - AMB Especialista em Saúde da Família – UFTM Docente Graduação Internato – UNIUBE e UFTM Supervisora e Preceptora de Residência em MFC – UNIUBE Médica de Família e Comunidade – PMU - SMS
  • 3. Atendimento Domiciliar É o cuidado prestado no domicílio, para pessoas com problemas agudos, e que em função disto estejam temporariamente impossibilitadas de comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS).
  • 4. Acompanhamento Domiciliar • • • • • Pessoas que necessitem contatos freqüentes e programáveis com os profissionais da Equipe: portador de doença crônica c/ dependência física fase terminal idosos com dificuldade de locomoção ou sozinhos egressos do hospital, que necessitem acompanhamento por condição incapacitante problemas de saúde, incluindo doença
  • 5. Inter nação Domiciliar Pacientes com problemas agudos ou egressos de hospitalização, que exijam uma atenção mais intensa, mas que possam ser mantidos em casa, desde que disponham de equipamentos, medicamentos e acompanhamento diário pela equipe da UBS e a família assuma parcela dos cuidados.
  • 6. Vigilância Domiciliar Decorrente do comparecimento de um integrante da equipe até o domicilio para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade, geralmente vinculadas à vigilância da saúde que a Unidade desenvolve: • Ações preventivas: visitas a puérperas, busca de recém-nascidos, • Busca ativa dos Programas de Prioridades, abordagem familiar para diagnóstico e tratamento, • Acompanhamento de Egressos Hospitalares: a assistência domiciliar pode ser importante instrumento para prevenção de reinternações, bem como para abordagem de problemas recorrentes de saúde.
  • 7. OBJETIVOS • Geral: vigilância, assistência e promoção da saúde no domicílio, dentro dos princípios do SUS, numa área adscrita. • Específicos: a partir de sua necessidade, estando em consonância com a finalidade para a qual atividade foi proposta.
  • 8. VISITA FIM X MEIO VISITA Duas formas de visita: • A visita domiciliar fim: com objetivos específicos de atuação, • A visita domiciliar meio: na qual realiza-se a busca ativa, promoção e prevenção da saúde.
  • 9. COMPLEXIDADE • Não é específico; • A demanda pode ser gerada pelo sistema de saúde; • Cuidados assistenciais e sociais; • Articulação entre os níveis de atenção; • Integração com outros recursos da assistência; • Participação do cuidador.
  • 10. RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO • ACS • Profissional da equipe de saúde lotado na Unidade: médico, dentista, auxiliar ou técnico de cirurgião dentista, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem, nutricionista, farmacêutico, psicólogo, assistente social, outro.
  • 11. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Idosos; • • Dificuldade de locomoção à Unidade (acidentado, distúrbios psicológicos, questões sociais ou ambientais); • Pacientes egressos de internação hospitalar, com necessidades de cuidados domiciliares; • Portador de doença crônica, com deficiência física; • Consentimento da família; • Paciente terminal; • Morar na área adscrita.
  • 12. CUIDADOR • Pessoa com ou sem vínculo familiar, capacitada para ajudar o paciente em suas necessidades e atividades cotidianas. • Merece um enfoque na atenção. • Geralmente abdica da sua vida para a realização do cuidado. • Importante entender suas dificuldades.
  • 13. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO • Não aceitação da família; • Se a dificuldade de locomoção for sanada; • Mudança; • Óbito.
  • 14. DESAFIOS • Realizar a assistência integral à saúde do indivíduo, que beneficie também a família e a comunidade; • Resgatar e potencializar esta modalidade de assistência; • Transformar o modelo médico e hospitalocentrado em usuário centrado; • Implementar a educação permanente em saúde numa abordagem mais cuidadora e humanizada; • Incorporar instituições de ensino num processo de trabalho focado na realidade; • Trabalhar pelo máximo de contato multiprofissional: diversos saberes;
  • 15. DIFICULDADES • Perfil profissional adequado; • Não há remuneração diferenciada; • Difícil acesso aos domicílios e condições climáticas por vezes desfavoráveis; • Violência urbana; • Cultura hospitalocêntrica; • Sentimento de impotência das equipes frente à miséria vivenciada.
  • 16. PLANEJAMENTO • Ter claro o objetivo da visita; • Fazer ‘anamnese’ com o solicitante sobre o motivo da solicitação; • Avaliar o prontuário previamente; • Fazer uma análise crítica(devo optar pela visita domiciliar?, quais os motivos que justificam a visita domiciliar?, que profissional vai?, qual a duração da visita?, qual deve ser a freqüência das visitas? ); • Avaliar o grau de urgência; • Anotar endereço pontos de referência; • Levar material e medicações apropriados; • Levar formulários próprios para o registro do atendimento.
  • 17. OS ACADÊMICOS EM ESTÁGIO NA EQUIPE DEVM SER PREPARADOS PARA A VISITA DOMICILIAR • Múltiplos e complexos determinantes do processo saúde-doença e muitas situações temidas e emoções raramente abordadas nos cursos médicos podem ser vivenciadas e elaboradas em poucas horas: violência, miséria, carência, desapontamento, desinteresse, impotência, fracasso, rejeição e desconfiança. • Prepará-los para uma perspectiva interdisciplinar e intersetorial, para que tenha uma visão ampliada do paciente inserido na sua família e contexto sociocultural. Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para visitas domiciliares - Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins; Maria Cristina Pereira Lima
  • 18. ALGUMAS TENTATIVAS DE SISTEMATIZAR A VISITA DOMICILIAR
  • 19. ESCALA DE COELHO • Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS. • Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática. • A relação morador/cômodo é importante indicador na avaliação do risco
  • 20. DADOS DA FICHA A ESCORE ACAMADO 3 DEFICIÊNCIA FÍSICA 3 DEFICIÊNCIA MENTAL 3 SANEAMENTO RUIM 3 DESNUTRIÇÃO (GRAVE) 3 DROGRADIÇÃO 2 DESEMPREGO 2 ANALFABETISMO 1 MENOR DE 6 MESES 1 MAIOR DE 70 ANOS 1 HAS 1 DIABETES MELLITUS 1 RELAÇÃO > QUE 1 3 MORADOR/ igual a 1 2 CÔMODO < que 1 0
  • 21. INTERPRETAÇÃO DA ESCALA DE COELHO • ESCORE 5 OU 6: R1 • ESCORE 7 OU 8: R2 • MAIOR QUE 9: R3 • R1 – risco MENOR • R2 – risco MÉDIO • R3 – risco MÁXIMO
  • 22. ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR • • • • • • • • • • Paciente alvo: sexo, idade, estado civil, escolaridade, emprego, situação de saúde (patologias) tratamentos, historia pregressa. Queixas do momento. Exame físico. Tratamento atual. Impressão do paciente sobre a sua situação de saúde, expectativas. Cuidador: se há, quem é, qual o vinculo com o paciente-alvo, qual o conhecimento sobre a doença do paciente e suas expectativas. Saúde do cuidador. Estrutura familiar: esboçar um genograma com quem reside no domicilio, sexo, idade, escolaridade e situação de saúde e de vida. Necessidades de cuidado e tratamento: verificar quais medicamentos compra, quais recebe da unidade, se há outra necessidade(material de curativo, fralda, etc) Medicamentos: como são as condições de estoque, quem administra, dificuldade de leitura, como fica escrito horários, etc. Alimentação: quem prepara e administra. A que horas o paciente come, relação com horários de medicação. Ferramentas sociais envolvidas: há alguma ajuda ao paciente do tipo religiosa, política ou outras. Domicilio: como é o quarto do paciente, como é o banheiro, quem o ajuda a se deitar e ir ao banheiro. Estado de conservação, como é feita a limpeza, necessidade e uso de cama e cadeiras especiais. Fontes de prazer do paciente: como são as atividades diárias do paciente, o que ele fica fazendo o dia todo. Do que o paciente gosta? Restrições que a doença trouxe. Metas: ao final traçar uma lista das necessidades do paciente em ordem de prioridade e prazos, tentar esboçar um plano de cuidados.
  • 23. Frente da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
  • 24. Verso da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
  • 25. Escala de Avaliação Individual – ABCDE Knupp – RMMFC do HMOB Esta escala tem uma abordagem individual, não familiar, para a definição de prioridades na visita domiciliar. Avaliação de 5 itens: • • • • • A = autonomia B = base/risco social C = cuidador D = doença x restrição de locomoção E = especialidades, interconsultas
  • 26.
  • 27. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA FAMÍLIAS – Plano Dir etor MG FATORES SÓCIO-ECONÔMICO CONDIÇÕES OU PATOLOGIAS PRIORITÁRIAS • Nenhum dos fatores de risco – 0 • Nenhum dos fatores de risco – 0 • Presença de um dos fatores de risco – 1 • Presença de um dos fatores de risco – 1 • Presença de dois fatores de risco – 2 • Presença de dois fatores de risco – 2 • Presença de três ou mais fatores de risco - 3 • Presença de três ou mais fatores de risco - 3
  • 28.
  • 29. INTERPRETAÇÃO PONTUAÇÃO TOTAL GRAU DE RISCO 0 SEM RISCO 1 RISCO BAIXO 2–3 RISCO MÉDIO Maior ou igual a 4 RISCO ALTO
  • 30. A excelência do atendimento • Não transformar a visita domiciliar em um trabalho de caridade. • O profissional deve ter objetivos claros ao adentrar a casa do paciente. • O atendimento médico deve ser de excelência: avaliação do estado mental, avaliação clínica completa, ter em mente planos terapêuticos, propedêuticos, medicamentosos, e um plano de ação interdisciplinar eficaz, não permitindo que as dificuldades inerentes ao atendimento em domicílio prejudique a qualidade da atenção. • Os profissionais devem ter espontaneidade. • Atrair os problemas progressivamente.
  • 31. A visita domiciliar enquanto fer r amenta da equipe cumpr e o seu papel na saúde: • Responde aos 4 princípios básicos da Atenção Primária e aos 3 princípios doutrinários do SUS: • Princípios da APS: Acessibilidade, • Longitudinalidade, Integralidade, Coordenação Princípios Doutrinários do SUS: Universalidade, Eqüidade na assistência, Integralidade da assistência.
  • 32. CONCLUSÕES • PRIVILÉGIO: Oportunidade de observar e analisar o sujeito por inteiro, dentro de sua realidade, suas nuances e particularidades, possibilitando intervenções mais efetivas. • A visita domiciliar tem um potencial transformador muito grande. • Humaniza o profissional. • Dá bastante satisfação pessoal. • Responsabilidade: Fazer pontes adequadas e eficazes entre todas as esferas da assistência, para garantir a continuidade do cuidado. A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro de todos os níveis.
  • 34. • • • • • • • • BIBLIOGRAFIA SAVASSI, LCM; DIAS, MF. Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006. Disponível em http://www.smmfc.org.br/gesf/gesf_vd.htm [acesso em 29/01/2009] SAVASSI, LCM; DIAS, MF; DIAS, MB; SÁ, MMG, SÁ, MJ. Relatoria do GESF: Módulo Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006 (Relatório, 20p). Disponível em http://www.smmfc.org.br/gesf/relatoriavd.pdf [acesso em 29/01/2009] www.geocities.com/lsavassi/visita.pdf Mendes, AO; Oliveira, FA. Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional. Rev Bras Med Fam e Com. Rio de Janeiro, v.2, n° 8, jan / mar 2007/ pág 253 a 260 Plano Diretor – MG . Oficina 2 e 3 Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para visitas domiciliares - Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins; Maria Cristina Pereira Lima www.saude.gov.br/dab www.geocities.com/lsavassi