Este documento discute os processos de produção audiovisual, incluindo planos de câmera, enquadramentos, movimentos de câmera, iluminação e posicionamento do entrevistador e entrevistado. Também analisa o filme Kill Bill Vol 1 de Quentin Tarantino, comparando-o com um filme de 1908, e discute conceitos como plano, composição, câmera subjetiva e plano sequência.
2. Processos de produção:
- Produção
Planos de câmera, enquadramentos e movimentos de câmera
Produção:
gravação
de
externa/estúdio,
importância
da
iluminação,
o
uso
do
microfone,
posicionamento
do
entrevistador
e
entrevistado;
Conteúdo
4. O PLANO
• O Assassinato do Duque de Guise - André
Calmettes e Charles Le Bargt (1908) é o
primeiro filme com partitura musical.
• Kill Bill Vol 1 - Quentin Tarantino (2003).
• A principal diferença óptica entre os dois
filmes é que o duque é morto por golpes de
adaga, sob um único ângulo.
• Aquele do espectador da orquestra, porque
para o habitual do “filme de arte” que
pertence O Assassinato e para os seus
diretores, membros da Comédie-Française,
é o único ponto de vista possível.
• Enquanto que a heroína de Kill Bill golpeia
os yakuzas sob todos os ângulos possíveis.
5. O PLANO
• Quando vamos assistimos um filme, vemos
uma obra coesa e temos a impressão de
vê-la em sua globalidade, em sua síntese.
• O domínio dos elementos essenciais da
linguagem cinematográfica – plano,
movimento de câmara e montagem – é
seguramente um dos critérios que permite
identificar e distinguir as capacidades
artísticas de um realizador.
6. O PLANO
• A montagem constrói as cenas a
partir de planos separados, no qual
cada plano concentra a atenção do
espectador apenas para os
elementos relevantes para a ação.
• É necessário compreender que a
montagem significa a direção
deliberada e compulsória dos
pensamentos e associações do
espectador.
Vsevolod Pudovkin
(1893-1953)
Sergei Eisenstein
(1898-1948)
7. O PLANO
• Planificar é um passo possível
para criar uma imagem
especificamente cinematográfica –
seja na mente, seja no papel, seja
na câmara, seja na película, seja
na tela.
• A obra cinematográfica, já no seu
processo de criação, é constituída
por partes segmentadas.
8. O PLANO
Vsevolod Pudovkin
(1893-1953)
Sergei Eisenstein
(1898-1948)
• O Cinema possui a capacidade de
dirigir a atenção do espectador para
os diferentes elementos que se
sucedem no desenvolvimento de
uma ação segundo os diferentes
tipos de planos (plano médio, plano
americano, plano geral, primeiro
plano, plano de conjunto).
9. O PLANO
• Unidade mínima do discurso fílmico?
• Unidade de montagem?
• Imagem autónoma?
• Mesmo correndo o risco de não ser absolutamente
exato vamos trabalhar com a definição mais comum.
• Plano é a unidade mínima da linguagem
cinematográfica.
• Um segmento ininterrupto de tempo e espaço fílmico,
ou seja, uma imagem contínua entre dois cortes ou
duas transições. Para evitar confusões vamos adotar:
• Plano por take, referindo à quantidade de ação filmada
entre o momento que o diretor dá a ordem, “ação” e o
“corta”.
10. O PLANO
• Unidade mínima do discurso fílmico?
• Unidade de montagem?
• Imagem autónoma?
• Mesmo correndo o risco de não ser absolutamente
exato vamos trabalhar com a definição mais comum.
• Plano é a unidade mínima da linguagem
cinematográfica.
• Um segmento ininterrupto de tempo e espaço fílmico,
ou seja, uma imagem contínua entre dois cortes ou
duas transições. Para evitar confusões vamos adotar:
• Plano por take, referindo à quantidade de ação filmada
entre o momento que o diretor dá a ordem, “ação” e o
“corta”.
12. ENQUADRAMENTO
• Enquadrar é a ação de selecionar
determinada parte do cenário para figurar
na tela, escolhendo os ângulos e a
amplitude do plano.
• Ao olharmos através da lente de uma
câmera, o cenário, além de ficar limitado a
um campo visual retangular, pode se
distanciar ou se aproximar, de acordo com o
foco de interesse.
• É possível compor as imagens, destacando
na cena os pontos a serem valorizados e
transmitidos ao público.
13. ENQUADRAMENTO
• Enquadrar é a ação de selecionar
determinada parte do cenário para figurar
na tela, escolhendo os ângulos e a
amplitude do plano.
• Ao olharmos através da lente de uma
câmera, o cenário, além de ficar limitado a
um campo visual retangular, pode se
distanciar ou se aproximar, de acordo com o
foco de interesse.
• É possível compor as imagens, destacando
na cena os pontos a serem valorizados e
transmitidos ao público.
14.
15. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
!
• Grande Plano Geral (GPG). Plano
bastante aberto.
• Situar o expectador em que cidade ou lugar
acontece a cena se desenvolve.
• Pode ser entendido como o plano mais
amplo possível.
16. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
Plano Geral (PG)
• Tem uma função descritiva.
• Mostra para o espectador o lugar onde
acontece a cena.
• Insere o sujeito em seu ambiente,
eventualmente dando uma ideia das
relações entre eles.
17. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
• Plano Aberto (PA )
O personagem é enquadrado da cabeça aos
pés, deixando pequeno espaço acima da cabeça
e abaixo dos pés.
• Plano Americano (PA)
• O cinema americano propagou o estilo em
seus filmes de faroeste.
• Para frisar a arma na cintura e também a
expressão facial do personagem.
• Mostra aproximadamente 2/3 do personagem.
• Do joelho a cabeça. Ajuda o reconhecimento
do personagem.
18. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
Plano Médio (PM)
• O Personagem é enquadrado da
cintura para cima.
• Usado frequentemente para
destacar o movimento das mãos
do personagem.
• Não há elementos para desviar a
atenção do diálogo dos
personagens.
• Tem função narrativa.
19. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
Primeiro Plano (PP)
• Enquadra um ator na altura
do peito para cima.
• O espectador vê seus ombros
e rosto.
• O foco é a expressão do ator.
20. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
• CLOSE (CL)
• Primeiríssimo Plano. Mostra o rosto inteiro do
personagem, do ombro para cima, definindo a carga
dramática do ator.
• PLANO DETALHE ( Cult Up)
Mostra parte do corpo como detalhes da boca,
mãos, etc.
Usado também para mostrar objetos.
21. PLANOS: enquanto à distância
entre a câmera e o objeto
• Plano Conjunto
Enquadra três ou mais
atores com a mesma
carga dramática.
• começa a definir melhor
os elementos a serem
captados pela objetiva
da câmera, não importa
se pessoas ou objetos.
22. PLANOS: em relação a angulação
• Conotações culturais estão ligados a essa regulação.
• Quando o ângulo entre o plano do chão e o eixo da objetiva se aproxima
de 90º, fala-se de “câmera alta total” ou de “câmera baixa total”.
Taxi drive [ Martin Scorsese – 1976]
• O ângulo abrange ao mesmo tempo a câmera de
vigilância e a sensação que tem o protagonista de estar
investido de uma tarefa para além dele: limpar a cidade
de seus malfeitores.
Os irmãos cara de pau [ John Landis – 1980]
• Câmera baixa
Bom dia – Yasujiro Ozu – 1959]
• A câmera está na altura do olhar dos personagens.
Tokyo-Ga [ Wim Wenders - 1985]
• Yuuharu Atsuta demonstra da maneira de filmar interior por Ozu.
23. PLANOS: em relação a angulação
• Conotações culturais estão ligados a essa regulação.
• Quando o ângulo entre o plano do chão e o eixo da objetiva se aproxima
de 90º, fala-se de “câmera alta total” ou de “câmera baixa total”.
Taxi drive [ Martin Scorsese – 1976]
• O ângulo abrange ao mesmo tempo a câmera de
vigilância e a sensação que tem o protagonista de estar
investido de uma tarefa para além dele: limpar a cidade
de seus malfeitores.
Os irmãos cara de pau [ John Landis – 1980]
• Câmera baixa
Bom dia – Yasujiro Ozu – 1959]
• A câmera está na altura do olhar dos personagens.
Tokyo-Ga [ Wim Wenders - 1985]
• Yuuharu Atsuta demonstra da maneira de filmar interior por Ozu.
24. PLANOS: em relação a angulação
• Plongê (do francês plongée,
"mergulhado") : a câmara está
posicionada acima do seu objeto, que
é visto, portanto, em ângulo superior.
• Mais poder ao espectador.
• Contra-plongê : a câmara
colocada abaixo do objeto faz
com que o espectador veja a
cena de baixo para cima.
• Poder ao personagem.
25.
26. PLANOS: em relação a angulação
• Zenital (ou plongê absoluto): a
câmara é colocada no alto do
cenário, apontando diretamente
para baixo. Seu nome provém da
palavra Zênite ( Ponto centro do
céu quando olhamos diretamente
para ele).
• Contra-zenital (contra-plongê
absoluto): a câmara aponta
diretamente para cima.
27. Plano
e
contraplano
• Imagine dois atores, um
de frente para o outro
conversando. A câmera
por trás de um deles
mostra apenas parte do
ombro e da cabeça do
ator que está de costas
e o rosto e expressões
do ator que está
falando.
! !
Perdidos na noite [ Jonh Schlesinger – 1969 ]
28.
29. COMPOSIÇÃO
• Pode ser feito respeitando-
se a regra dos três terços
[ regra clássica derivada da
pintura].
• Cinema não é pintura. Os
personagem se movem.
• O personagem fica situado
ao longo dos dois eixos
que dividem o quadro em
três, horizontal,
verticalmente ou ambos ao
mesmo tempo.
30. COMPOSIÇÃO
• Pode ser feito respeitando-
se a regra dos três terços
[ regra clássica derivada da
pintura].
• Cinema não é pintura. Os
personagem se movem.
• O personagem fica situado
ao longo dos dois eixos
que dividem o quadro em
três, horizontal,
verticalmente ou ambos ao
mesmo tempo.
31. COMPOSIÇÃO
• 1900- Bernardo Bertolucci
( 1976).
• Enquadramento hiperclássico,
obedecendo, ao mesmo tempo,
horizontalmente e verticalmente a
regra dos três terços.
• 1900- Bernardo Bertolucci
( 1976).
• Duas figuras deslocadas à
esquerda compensam o
protagonista não enquadrado na
linha do terceiro terço ( se
contarmos da esquerda para a
direita), mas na do quinto.
34. CÂMERA
SUBJETIVA
• É quando o espectador ou ator tem o ponto de vista da
câmera, ou se move no lugar dela.
• Muito utilizado em cenas de deslocamento do ator, em
que a câmera na mão do operador assume o ponto de
vista do ator em movimento.
38. MOVIMENTOS
DE
CAMERA
• Plano fixo: é aquele em que a
câmara permanece fixa, sobre o
tripé ainda que haja movimento
interno no plano, de personagens,
objetos, veículos e etc.
• Panorâmica: é o plano em que a
câmera, sem se deslocar, gira
sobre o próprio eixo, horizontal ou
verticalmente.
39. MOVIMENTOS
DE
CAMERA
• Zoom: o espectador se sente parado
com o objeto crescendo na visão dele.
• Não é apropriado chamar de
movimento. Trata de uma variação da
distância focal.
• Travelling: como a câmera se move, o
espectador se sente andando até
chegar mais próximo do personagem
ou objeto.
• Tem por objetivo o deslocamento do
corpo inteiro no modo retilíneo.
• Todos os recursos são para criar
sentido no que o espectador está
vendo.!
!
41. PRODUÇÃO
• A hora de produzir é onde tudo acontece.
• Depois de definidas as pautas, os
produtores passam a fazer os contatos com
os convidados, entrevistados ou se
precisarem fazer matérias externas,
agendam com antecedência para que nada
saia errado.
• No caso de novelas, séries são construídos
os cenários, decidido os figurinos para cada
personagem, locações, etc.
42. RELEMBRANDO
Objetivos da Pré-Produção:
• Criar o argumento e elaborar o roteiro do
vídeo;
• Providenciar o que determina o roteiro do
vídeo;
• Conhecer o espaço para gravar as imagens
do vídeo;
• Definir as funções da equipe;
• Listar o que será usado na produção;
• Montar cenários e/ou conhecer locações;
• Fazer o orçamento do vídeo (todos os
custos devem entrar no orçamento).
43. PRODUÇÃO
• A hora de produzir é onde tudo acontece.
• Depois de definidas as pautas, os
produtores passam a fazer os contatos com
os convidados, entrevistados ou se
precisarem fazer matérias externas,
agendam com antecedência para que nada
saia errado.
• No caso de novelas, séries são construídos
os cenários, decidido os figurinos para cada
personagem, locações, etc.
44. PRODUÇÃO
• Adequação entre criatividade e
investimento;
• Coleta de cenas do vídeo (no mínimo
2 takes de cada cena);
• Uma pessoa da equipe anota quais
cenas / takes ficaram melhores;
• Nas gravações, evitar ruídos (vento,
conversas paralelas,...);
• A gravação das cenas não precisa
seguir a sequências cronológica do
roteiro.
45. PRODUÇÃO
• É quando se estabelece a ação da realização do
vídeo.
• Cabe ao produtor marcar e conciliar horários dos
ensaios, gravações, entrada da equipe, hora do
almoço, descanso.
• Levantamento e definição de locais, providenciar o
transporte dos participantes e equipe.
• Autorizações de uso de imagens e locação.
• Providenciar a mídia, anotar o conteúdo das mídias.
• Encaminhar o material de edição (relatório de
gravação, roteiro, decupagem) para o editor, e todos
os encargos de preparação e finalização da
produção.
46. PRODUÇÃO
• É quando se estabelece a ação da realização do
vídeo.
• Cabe ao produtor marcar e conciliar horários dos
ensaios, gravações, entrada da equipe, hora do
almoço, descanso.
• Levantamento e definição de locais, providenciar o
transporte dos participantes e equipe.
• Autorizações de uso de imagens e locação.
• Providenciar a mídia, anotar o conteúdo das mídias.
• Encaminhar o material de edição (relatório de
gravação, roteiro, decupagem) para o editor, e todos
os encargos de preparação e finalização da
produção.
47. PRODUÇÃO
Durante a gravação
• Controle da mídia utilizada e do material
gravado. Mantém-se anotações de tudo
o que foi realizado;
• Encaminhamento de todo o material
necessário para a edição (relatório,
roteiro, número de de fitas);
• Anote o número da da fita e duração do
programa pronto, ou seja, do programa
editado
48. PRODUÇÃO
documentos
• Controle da mídia utilizada e do material
gravado. Mantém-se anotações de tudo
o que foi realizado;
• Encaminhamento de todo o material
necessário para a edição (relatório,
roteiro, número de de fitas);
• Anote o número da da fita e duração do
programa pronto, ou seja, do programa
editado
49. PÓS-PRODUÇÃO
Pós-Produção é a fase da montagem do
quebra-cabeça. Para programas de
auditório e/ou revista eletrônica, novela,
série, é a fase de juntar tudo que foi
gravado na fase da produção e ordenar
numa ordem cronológica na ilha de edição.
Para os telejornais, a pós-produção é
aplicada na finalização das matérias
gravadas na rua para serem exibidas
durante o jornal da emissora.
Ilha de edição linear e ilha não linear
Time Code
Ao gravar em vídeo, um sinal de código de
50. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Livros:
RODRIGUES, Chris. O cinema e a Produção. Rio de janeiro:
Lamparina, 2007.
Internet:
Site TUDO SOBRE TV:
http://www.tudosobretv.com.br/produ/
Site sobre Produção de Televisão:
http: //www. cybercollege. com/port/tvp_ind. Htm
Site de Dani Castro, texto sobre apresentação de projeto para
televisão:
http: //danicastro. wordpress. com/tag/producao-e-direcao-
para-tv-e-video/