O documento descreve a independência do Brasil e da América espanhola. A independência do Brasil ocorreu em 1822 quando D. Pedro proclamou o Brasil independente de Portugal. Muitos países da América espanhola também conquistaram a independência inspirados pelas ideias iluministas, com líderes como San Martín e Bolívar. Após a independência, muitos países da América Latina adotaram formas de governo oligárquicas que mantiveram desigualdades sociais.
3. O grito do Ipiranga
O Grito do Ipiranga (óleo sobre tela). Pedro Américo, 1888.
Proclamação da Independência (óleo sobre tela). François-
René Moreaux, 1844
5. Antecedentes
Após a fuga de D. João para o Brasil, Portugal ficou
empobrecido por causa da guerra contra os franceses. O
governo local ficou nas mãos de sir Sidney Smith.
Além disso, o comércio português foi muito prejudicado pelo
decreto “Abertura dos portos às nações amigas” (1810).
Diante das dificuldades, em 1820, estourou a revolução na
cidade do Porto, que logo se espalhou por todo país. Esta
revolução ficou conhecida como Revolução do Porto.
Vitoriosos, os revoltosos formaram um governo provisório e
exigiram o retorno imediato de D. João VI para Portugal. Com
medo de perder o trono, D. João voltou para Portugal, em 1821.
D. João VI esvaziou os cofres do Banco do Brasil, levando
quase todo o ouro para Portugal.
Manuel Dias de Oliveira. Retrato de D. João e Dona Carlota, uma imagem oficial que
dissimula a perene discórdia entre o casal
6. O processo de independência
No Brasil, D. João VI deixou seu filho, D. Pedro,
como príncipe regente.
Os portugueses, em sua maioria, queriam que o
Brasil voltasse a ser colônia de Portugal.
Para isso, queriam que D. Pedro voltasse para
Portugal e entregasse o governo a uma junta. Mas
D. Pedro preferiu ficar no Brasil. Esta
desobediência ficou conhecida como “Dia do Fico”.
Debret. Aclamação de D. Pedro I no campo de Santana, RJ. Campo de
Santana hoje é um parque localizado na praça da República, sendo local
da sede do antigo senado “Palácio dos Arcos”. Em 1889 seria nesse local
proclamada a República.
7. O processo de independência
D. Pedro proclamou a Independência em 07 de
setembro de 1822, ao receber alguns decretos das
cortes de Portugal, quando estava em viagem a
São Paulo.
Estes decretos anulavam algumas de suas
decisões, tentando fazer com que D. Pedro
obedecesse às cortes portuguesas. D. Pedro
aproveitou a ocasião e declarou a separação entre
Brasil e Portugal.
9. Independência da América
portuguesa:
Após a vitória de Pirajá, os brasileiros entram em Salvador,
emDois de Julho de 1823. Na foto, parte da tela Entrada do
Exército Libertador de Presciliano Silva, 1930. O Convento da
Soledade domina o pano de fundo. Acervo da Prefeitura de
Salvador.
Maria Quitéria, a heroína da Independência do
Brasil, representada por Augustus Earle, o mesmo
desenhista que acompanhou Charles Darwin no
Beagle. Ilustração publicada no livro de Maria
Graham, em 1824. Maria Quitéria usava um saiote
escocês, que ela adotou, inspirada em uma
ilustração que ela viu de um highlander.
10. Os limites da independência
Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil
aceitou pagar indenizações de 2 milhões de
libras esterlinas a Portugal.
Para isso, pediu um empréstimo à Inglaterra,
fato que iniciou a dívida externa do Brasil.
Apesar do processo de independência ter
base nas ideias iluministas de liberdade, a
escravidão foi mantida, atendendo aos
interesses dos grandes proprietários de
terras.
O Brasil continuou com o modelo agrário,
baseado em latifúndios e na produção de
gêneros primários voltada para a exportação.
Ou seja, pouco diferente de quando era
colônia de Portugal.
Ao contrário de outros países da América
Latina, que adotaram o sistema republicano,
o Brasil adotou o governo monárquico,
baseado no poder de um rei.
Mão, escultura de Niemeyer no
Memorial da América Latina,
São Paulo, 1989.
13. Questões – relacione com o número
correspondente os conceitos que
representam ideias contrárias:
1) Independência;
2) Iluminismo;
3) Liberdade;
4) Monarquia
constitucional;
5) Agrário;
6) Democracia;
7) Reino;
8) Liberalismo;
9) Classes sociais;
10) Revolução.
( ) Monarquia
absolutista
( ) Dependência
( ) Mercantilismo
( )Ditadura
( ) Escravidão
( ) Estamentos sociais
( ) Antigo Regime
( ) República
( ) Conservadorismo
( ) Urbano
14. Independência da América
espanhola – aspectos gerais:
Movimentos liderados pelas elites (criollos), inspirados pelo ideário
iluminista, e apoiados pela Inglaterra (liberalismo versus
mercantilismo);
Sofreu influência da independência dos Estados Unidos e Revolução
Francesa > republicanismo;
Antes já haviam movimentos de resistência – Tupac Amaru, no Perú
(1780);
Toussaint L’Overture (1791) e Jean-Jacques Dessalines (1801) –
Haití;
José de San Martín – Argentina (1816), Chile junto a O’Higgins
(1818) e Perú (1821);
Simón Bolívar – Venezuela e Colômbia (1819), Equador (1822) e
Bolívia (1825);
Estendendo-se ao México e América Central, em 1825 a Espanha só
detinha posse de Cuba e Porto Rico, que passariam para controle
norte-americano em 1898.
18. Grã-colômbia (1819), que se
fragmentou em Venezuela,
Colômbia, Equador, Panamá.
Ainda com a participação de
Bolívar.
O Uruguai tornou-se
independente em 1828,
livrando-se... do Brasil!
22. Congresso/Conferência do
Panamá (1826):
Após os movimentos de independência, as oligarquias
dividiram-se em unitaristas (ideal defendido por Bolívar)
e federalistas (ideal defendido por San Martín);
Apesar de San Martín sair de cena política para não
desunir as forças libertárias, Bolívar por outro lado não
conseguiu seu intento de união pois ingleses,
americanos e brasileiros não tinham interesse por um
país latino-americano forte e antiescravista;
A elite criolla, vinculada ao capital estrangeiro através da
exportação de matérias-primas, defenderam mais seus
propósitos que os da maioria: criou-se uma sociedade
dependente de produtos industrializados, autoritária e
com fortes diferenças sociais.
23. Questões – assinale verdadeiro
ou falso:
A) ( ) Não há qualquer relação entre os movimentos de
independência da América espanhola e da América portuguesa.
B) ( ) Podemos afirmar que o iluminismo, assim como o apoio
dado por ingleses às elites locais, contribuíram para que se
consolidasse a independência dos países latino-americanos.
C) ( ) Sem o apoio da potência norteamericana não seria
possível a independência dos países latino-americanos.
D) ( ) Todos os países latino-americanos, logo após sua
independência, seguiram a forma republicana de governo
inspirados nos Estados Unidos da América.
E) ( ) O exclusivo ou monopólio comercial, aliado à
desentendimentos entre elites locais e autoridades
metropolitanas, contribuíram para os movimentos de
independência da América.
24. Questões – assinale verdadeiro
ou falso:
F) ( ) A independência do Brasil foi, sem dúvida, um movimento
política sem qualquer participação popular.
G) ( ) Podemos afirmar que indiretamente Napoleão Bonaparte
contribuiu para a independência do Brasil e América latina.
H) ( ) As obras realizadas pelo governo de D. João VI no Brasil
contribuíram para que ocorresse nossa independência pois
organizou uma estrutura de estado na então maior colônia
portuguesa.
I) ( ) Muitos países, inspirados no ideal de governo de San Martín,
libertador latino-americano, adotaram a monarquia como forma de
governo.
J) ( ) O que diferencia a cultura da América latina ao da América
anglo-saxônica é que a primeira foi colonizada mais por povos
latinos (portugueses e espanhóis) enquanto a segunda mais por
povos anglos-saxões (ingleses).
25. Fontes da internet:
http://www.coladaweb.com/historia/gu
erras/guerras-da-independencia-do-
brasil
http://www.historia-
brasil.com/independencia/independen
cia-brasil.htm
http://www.mundoeducacao.com/histo
ria-america/congresso-panama.htm