O documento fornece informações sobre o papel e as responsabilidades de coroinhas e acólitos na Igreja Católica. Explica que eles servem o altar e o presidente durante as celebrações litúrgicas, auxiliando em missas e sacramentos. Também descreve os objetos e estrutura da igreja, incluindo o presbitério, altar, sacrário e livros litúrgicos, e destaca São Tarcísio como o padroeiro dos coroinhas e acólitos.
Apostila Oficial - Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários
1. Diocese de São Miguel Paulista Comunidade Paroquial “Bom Pastor”
“Pastoral de Coroinhas e Acólitos”
O Senhor me chamou... Coroinha sou! 1
Introdução
È na certeza de que Cristo nos ama que devemos ouvir seu chamado, colocando-nos à sua
disposição através do serviço.
Esta apostila tem como finalidade apresentar aos membros da pastoral de coroinhas e acólitos, a
base teórica para o serviço a Jesus através do ministério de coroinha e acólito.
Encontraremos aqui algumas explicações sobre a liturgia e aprofundaremos nosso entendimento
durante nossos encontros.
O que é ser coroinha?
O coroinha e/ou acólito é instruído para servir o altar e ao presidente das celebrações litúrgicas da
Igreja, ou seja, ele presta serviço a Igreja nas Missas. Entretanto a ajuda do coroinha ou acólito
não se restringe apenas a celebração eucarística, mas também é convidado a participar auxiliando
o Padre, Diácono ou ministro nas cerimônias de sacramentos (Batismo, casamento, unção dos
enfermos e etc.).
De fato, nem sempre foi assim antes de 1965 (Concílio do Vaticano II) o coroinha como o próprio
nome indica, era aquele que fazia parte do coral e só auxiliava o Padre no momento do ofertório,
aonde indo para o presbitério, levava as alfaias para o altar e tocava o sino. Ainda por volta do
século XIX, o coroinha já estava no presbitério, ele respondia em latim as orações que o padre
rezava nesta língua, que era utilizada antigamente pela igreja. Aos poucos o coroinha passou a ter
maiores atribuições como a de levar a cruz, o missal e etc. Hoje o coroinha ou acólito auxilia o
presidente das celebrações durante todo o rito litúrgico.
São Tarcísio: Padroeiro dos Coroinhas e Acólitos
São Tarcísio assume esse posto por já na sua infância servir a Cristo na Eucaristia, o que fez dele
um Mártir (Os mártires são Santos que tiveram como causa da morte a perseguição contra os que
servem a Cristo e a sua Igreja), pois vivia em tempos difíceis e exerciam a função de levar a
comunhão as doentes e presos. Tudo isso era feito sem que os perseguidores soubessem. Levava
uma vida comum, mas, cumprindo seu compromisso não deixava de levar a Santa Comunhão a
quem necessitava.
Um dia, ao levar a Comunhão aos prisioneiros foi pego por alguns meninos pagãos que o
apedrejaram até ficar quase morto. Mesmo estando muito ferido, São Tarcísio antes de morrer
conseguiu, ainda, levar a comunhão a aqueles prisioneiros que o esperavam. A Igreja celebra a
festa de São Tarcísio no dia 15 de Agosto dia da Assunção de Nossa Senhora e também “dia do
Coroinha e acólito”.
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O Senhor me chamou... Coroinha sou! 2
As responsabilidades do Coroinha e Acólito
O Coroinha e Acólito, sobretudo tem que estar à serviço da Comunidade que pertence, ou seja
atender não somente ao Padre, mas a toda a Comunidade, sempre com respeito e dedicação,
como o fez São Tarcísio.
No entanto o amor é imprescindível para que uma pessoa exerça seu Ministério de coroinha e
acólito, portanto deve fazê-lo de modo espontâneo e não porque alguém mandou.
De regra devemos observar algumas obrigações gerais e específicas do coroinha:
Serviço – Estar atento as necessidades das pessoas e da comunidade, por exemplo,
juntamente com a equipe da Liturgia, observar se toda a igreja tem folhas de cântico,
inclusive aqueles que tem função na Missa, se a assembléia está bem acomodada em
seus lugares, ajudar os ministros a preparar o espaço da celebração (credencia, Altar
e etc...) De fato as outras funções devem partir espontaneamente de acordo com o
momento, entretanto esta deve ser feita discretamente, com respeito e
responsabilidade.
Testemunho – O coroinha e o acólito representam muito para a comunidade, portanto,
devem apresentar um bom comportamento evitar conversas desnecessárias e
principalmente conflitos. Com isso estará, através de seu testemunho, incentivando
assim outras pessoas participar da Igreja.
Oração – A oração é importantíssima, pois fortalece o espírito e dá coragem para
enfrentar as situações, por isso o coroinha e acólito devem viver uma vida de oração,
ou seja, rezar muito e respeitar as coisas sagradas de Deus, por exemplo, ao entrar na
Igreja faça sempre uma oração e ao passar em frente ao sacrário faça sempre uma
genuflexão (ato de dobrar o joelho). Quando estiver na sacristia, fale baixo, não corra
e não converse coisas desnecessárias. E evite roupas que não condizem com o
ambiente (Roupas curtas e decotadas, bermudas ou shorts, boné ou touca, brincos e
pulseiras grandes ou chamativos, salto muito alto, e se possível evitar calçados que
mostrem o pé, é preferível o uso de sapatos e sociais se possível). Com isso você
estará demonstrando respeito, amor e fé perante a presença de Cristo Eucarístico.
Responsabilidade – A pontualidade mostra o quanto você é responsável, portanto
não falte nas reuniões a que tenha que participar, não chegue atrasado, principalmente
nas Missas em que estiver escalado para servir, caso seja impossível sua presença
procure avisar com antecedência ao coordenador. O Coroinha e acólito devem manter
suas túnicas sempre limpas e bem passadas, evitando emprestá-las a outras pessoas.
Observando estas exigências você não encontrará dificuldades para exercer suas funções como
coroinha e acólito.
Responsabilidade dos pais – Os pais devem incentivar sempre seus filhos, não os deixando
desanimar na caminhada.
Este incentivo deve ser caracterizado pela ação, ou seja, os pais devem participar da Santa Missa
todos os domingos, e se possível participar de alguma pastoral da comunidade, assim os filhos
poderão ver nos pais a motivação de participar e estar a serviço de Jesus Cristo em sua Igreja.
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Estrutura da Igreja
O templo é sinal da Presença e ação salvadora do Pai; è imagem do Corpo Místico de Cristo. A
Igreja é disposta de tal forma para expressar a imagem da assembléia reunida, e permitir que
todos possam exercer suas funções corretamente, para que isso aconteça de fato, tenham o
devido destaque o presbitério, o altar a cátedra, a estante da Palavra, o sacrário e a cruz.
Presbitério – Lugar destacado para o presidente da celebração, leitores e ministros, e coroinhas.
O presbitério deve ser visto por toda a assembléia e também deve ser amplo para que os ritos
sagrados aconteçam comodamente. Nele fica o Altar, a credencia, a estante da palavra, a cruz
processional, a cátedra (cadeira do Padre) e os acentos dos ministros, leitores e coroinhas.
Atar – Mesa do sacrifício, aonde acontece a consagração. Normalmente este deve ser fixo e
dedicado somente para ser Altar, construindo no centro do presbitério, a fim de ser facilmente
circundado e nele se possa celebrar de frente para a assembléia. È o lugar mais importante da
igreja. Coloca-se sobre o altar somente uma toalha, que combine por seu formato, tamanho e
decoração. Sobre ou perto devem pelo menos um castiçal e uma cruz, de modo a formarem um
conjunto harmonioso e que não empeça os fieis de verem aquilo que se realiza ou se coloca sobre
o Altar
Credencia - Mesa destinada para colocar as alfaias que serão usadas durante a Missa, deve ficar
ao lado do Altar.
Ambão – Também conhecido como “Estante da Palavra” É do Ambão que são lidas as Leituras, o
Salmo e o Evangelho. De ficar exposto de forma que todos os leitores possam ser vistos e ouvidos
facilmente pelos fiéis. Não deve ser confundida com a mesa do animador ou comentarista.
Nave da igreja – Lugar onde fica a assembléia. Devem haver bancos ou cadeiras para que os fiéis
possam se acomodar e participar bem da Celebração Eucarística.
Sacrário - Chama-se também Tabernáculo. É uma pequena urna onde são guardadas as
partículas consagradas e o Santíssimo Sacramento. Recomenda-se que fique num lugar
apropriado, com dignidade, geralmente numa capela lateral.
Batistério – lugar reservado para a celebração do batismo. Em substituição ao verdadeiro
batistério, usa-se a pia batismal.
Sacristia – sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos
destinados às celebrações; é também o lugar onde os ministros se paramentam.
Flores - as flores são usadas na ornamentação da Igreja, estão no Presbitério, em
frente as imagens e também no sacrário. Decoram o ambiente e lembram a beleza da
vida e nos remetem a Jesus Cristo (“Lírio do Vale” e “Rosa de Sharon”), seu uso é
praticamente extinto no Advento e na Quaresma podendo ser usado dependendo da
celebração do dia.
Alfaias
Alfaias são o conjunto de objetos litúrgicos usados nas Celebrações, deve-se considerar também a
Arte Sacra, que se entende, por sua vez, a tudo o que diz respeito ao culto e uso sagrado. “Com
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especial zelo a Igreja cuidou para que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro
do culto admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o
progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos” (SC 122c). Aqui, pode se ver como a
reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas. Templo,
sacrário, Altar imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem, pois,
manifestar a dignidade do culto, que como expressão viva da fé, identifica-se com a presença de
Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo adora “Em espírito e em
Verdade” (Cf. Jô 4,23-24).
Livros Litúrgicos
Missal - Livro usado pelo sacerdote na celebração eucarística.
Lecionário - Livro que contém as leituras para a celebração. São três:
I - Lecionário dominical - Contém as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas
.
II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo
responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois
anos.
III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também
constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias.
Evangeliário - É o livro que contém o texto do evangelho para as celebrações dominicais e para
as grandes solenidades.
Objetos litúrgicos
Sineta - Objeto contendo pequenos sinos de uso manual destinado a anunciar o transporte da
Hóstia consagrada e, durante a Missa, alertar aos cristãos a se ajoelharem no momento da
consagração e durante a elevação da Hóstia e Cálice consagrados.
Corporal - Tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice com o vinho e a patena
com o pão e a ambula.
Manustérgio - Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do Lavabo. Em tamanho
menor, é usada pelos ministros da Eucaristia, para enxugarem os dedos.
Pala - Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice.
Sanguíneo - Chamado também purificatório. É um tecido retangular, com o qual o sacerdote,
depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.
Véu de Âmbula - Pequeno tecido, branco, que cobre a âmbula, quando esta contém partículas
consagradas. É recomendado o seu uso, dado o seu forte simbolismo. O véu vela (esconde) algo
precioso, ao mesmo tempo que revela (mostra) possuir e trazer tal tesouro
Âmbula, Cibório ou Píxide - É um recipiente para a conservação e distribuição das hóstias aos
fiéis.
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Cálice - Recipiente onde se consagra o vinho durante a missa.
Caldeirinha - pequena vasilha, onde se coloca água benta para a aspersão.
Aspersório - é um pequeno instrumento com o qual se joga água benta sobre o povo ou sobre
objetos.
Castiçal - Utensílio que se usa para suporte de uma vela.
Candelabro - Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais corresponde um
foco de luz.
Patena - Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a celebração da missa.
Bacia e Jarra - Em tamanho pequeno, contendo a jarra a água, para o rito do "Lavabo", na
preparação e apresentações dos dons.
Círio Pascal - Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascal do Sábado Santo e que
permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações
do Batismo.
Cruz - Não só a cruz processional, isto é, a que guia a procissão de entrada, mas também uma
cruz menor, que pode ficar sobre o altar.
Velas - As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam no altar, geralmente em número
de duas, em dois castiçais.
Ostensório - Objeto que serve para expor a hóstia consagrada, para adoração dos fiéis e para dar
a bênção eucarística.
Custódia - Parte central do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada para exposição do
Santíssimo. É parte fixa do Ostensório.
Luneta - Peça circular do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada, para a exposição do
Santíssimo. É peça móvel.
Galhetas - São dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a celebração da missa
Hóstia - Pão não fermentado (ázimo), usado na celebração eucarística. Aqui se entende a hóstia
maior. É comum a forma circular.
Partícula - O mesmo que hóstia, porém em tamanho pequeno e destinada geralmente `à
comunhão dos fiéis.
Reserva Eucarística - Nome que se dá às partículas consagradas, guardadas no sacrário e
destinadas sobretudo aos doentes e à adoração dos fiéis, em visita ao Santíssimo. Devem ser
consumidas na missa seguinte.
Incenso - É uma resina aromática, extraída de várias plantas, usada sobre brasas, nas
celebrações solenes (Ver também a referência do nº 66).
Naveta - Pequeno vaso onde se transporta o incenso nas celebrações litúrgicas.
Teca - Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os doentes. Usa-se
também, em tamanho maior, na celebração eucarística, para conter as partículas.
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Turíbulo - Vaso utilizado nas incensações durante a celebração. Nele se colocam brasas e o
incenso.
Outros Símbolos
IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos
homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias.
Alfa e Ômega – ( α Ω )Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a
Cristo, princípio e fim de todas as coisas.
Triângulo Δ - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima
Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo
.
INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem dizer:
Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo
19,19).
XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as
iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos.
Vestes Litúrgicas
São elas:
Alva ou Túnica - veste longa, de cor branca ou neutra, comum aos ministros de qualquer grau.
Âmito - Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de outras vestes litúrgicas (pouco
usado).
Casula - Veste própria do sacerdote que preside a celebração. Espécie de manto que se veste
sobre a alva e a estola. Acompanha a cor litúrgica do dia.
Estola - Veste litúrgica dos ministros ordenados. O bispo e o presbítero a colocam sobre os
ombros de modo que caia pela frente em forma de duas tiras, acompanhando o comprimento da
alva ou túnica. Os diáconos também a usam, porém a tiracolo, sobre o ombro esquerdo,
pendendo-a do lado direito.
Capa pluvial - Capa longa, que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo ou ao conduzi-lo
nas procissões. Usa-se também no rito de aspersão da assembléia.
Cíngulo - Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura.
Véu Umeral - Chama-se também véu de ombros. Manto retangular usado pelo sacerdote sobre os
ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o Santíssimo
Sacramento.
Dalmática - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.
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Cores Litúrgicas
Dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas:
Branco - Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília
Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos
santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão), nas festas e memória
da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, na festa de Todos os Santos, São João
Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e Conversão de São Paulo. É a cor
predominante da ressurreição.
Vermelho - Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo
de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira santa, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos
Apóstolos, dos Santos mártires e dos Evangelistas.
Verde - É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do
Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa).
Roxo - Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também
usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se
usar o violeta, em vez do roxo, para distinguí-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz
expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma).
Preto - É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações
pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição.
Rosa - Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado
"Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos domingos da alegria.
Posições Corporais
Na liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Assim, os gestos corporais são também
vivamente litúrgicos. Assim, temos:
Estar em pé: é a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem está pronto para obedecer,
pronto para partir. Demonstra prontidão para por em prática os ensinamentos de Jesus.
Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta
posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a leitura do Evangelho), na hora da
homilia e quando a pessoa está concentrada, meditando.
Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda, confiante.
Fazer genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa adoração, pelo que é
reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário. Não fazem
genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos que se usam nas
celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos evangelhos.
Prostrar-se: significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de indignidade,
humildade, e também de súplica. Gesto previsto na Sexta-feira santa, no início da celebração
da Paixão. Também os que vão ser ordenados diáconos e presbíteros se prostram.
Inclinar o corpo: é uma atitude intermediária entre estar de pé e ajoelhar-se. Sinal de
reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se inclinação diante da
cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênção; quando, durante o ato litúrgico, há
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necessidade de passar diante do tabernáculo; antes e depois da incensação, e todas as vezes
em que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.
Erguer as mãos: é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. Geralmente se usa
durante a recitação do Pai-nosso e nos cantos de louvor.
Bater no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na
oração Confesso a Deus todo poderoso...
Silêncio: atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito, atenção, meditação,
desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na celebração eucarística, se prevê um
instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração inicial, após uma leitura ou
após a homilia. Depois da comunhão, todos são convidados a observar o silêncio sagrado.
Símbolos Litúrgicos Ligados a Natureza
Água - A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos
para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o
pecado).
Fogo - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da
Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da
ação do Espírito Santo.
Luz - A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como
a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz.
Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a
um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo
mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz e, pois, a expressão mais viva da
ressurreição.
Pão e Vinho - Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais do
sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem
o seu próprio sacrifício redentor.
Incenso - Como se falou antes, com sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza,
pois, a oração dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica.
Óleo - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados
liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três
sacramentos, trata-se do gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo -
além de ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de ungir.
Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de purificação, como nos
ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do "asperges", este em sentido duplo: na missa,
como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo.
A esses gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos rituais". A unção com
o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e
sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro
Ungido de Deus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.
Cinzas - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são
para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza
mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal.
Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do
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ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das
cinzas.
ESQUEMA RITUAL DA SANTA MISSA
Ritos Iniciais
(Formar a comunidade)
Liturgia da Palavra
(Deus nos fala)
Liturgia Eucarística
(Banquete Eucarístico)
Ofertório
Oração
Eucarística
Prefácio Santo
Epíclese
Primeira leitura Narrativa da Instituição
Comentário Inicial Salmo Amamnese
Canto de Entrada Segunda Leitura Oblação
Saudação e Acolhida Evangelho Epíclese de Comunhão
Ato Penitencial Homilia Intercessões
Hino de Louvor (Glória) Profissão de Fé (Creio) Doxologia
Oração Coleta Oração dos Fiéis Final
Rito da Comunhão
Pai Nosso
Rito da Paz
Cordeiro
Comunhão
Oração pós Comunhão
Missa com
Bispo
Cerimoniário
Naveteiro Turiferário
Ceriferário Cruciferário Ceriferário
Leitor 1 Leitor 2 Leitor 3
Ministro Librífero Ministro
Ministro Ministro
Padre Bispo Seminarista
Bacurífero Mitrífero
Missa Solene
Cerimoniário
Naveteiro Turiferário
Ceriferário Cruciferário Ceriferário
Leitor 1 Leitor 2 Leitor 3
Ministro Ministro
Ministro Ministro
Diácono
Padre
Librífero
MODELOS DE PROCISSÃO