Nietzsche criticou a filosofia socrática por sufocar os instintos humanos em favor da razão. Ele propôs uma visão baseada nos espíritos apolíneo e dionisíaco, que se equilibravam antes de Sócrates. Nietzsche também rejeitou a "moral dos escravos" pregada pelo cristianismo e idealizou o Super-Homem, capaz de impor seus próprios significados ao mundo.
1. “(...)eu não sou um homem, sou
dinamite...eu contradigo como
jamais se havia contradito.”
Friedrich Nietzsche
(1844-1900)
01-09
2. Um crítico irônico, polêmico e
irreverente
• Para Nietzsche, a filosofia de
Sócrates (a quem ele chama de “o
homem de uma visão só”) instaura
o predomínio da razão, reprimindo
e sufocando os instintos humanos.
(MARCONDES, 2001)
02-09
3. O autor adota a simbologia dos antigos
deuses gregos Apolo e Dionísio
• Nietzsche desenvolve a idéia de que,
antes da filosofia socrática, o “espírito apolíneo” e o
“espírito dionisíaco” se contrabalançavam,
completando-se mútua e dialeticamente.
• O APOLÍNEO - derivado de Apolo (severo deus
da racionalidade, da ordem e da medida).
• O DIONISÍACO - vindo de Dionísio (deus da
embriaguez, da paixão, da alegria, do instinto de
afirmação da vida).
03-09
4. “Apolo (...) aquela calma cheia de sabedoria do
deus escultor. O seu olho, assim como a sua
origem, deve ser solar; mesmo quando está
com raiva ou mau humor, adeja sobre ele a
aura da aparência esplêndida...” (UBALDO NICOLA, 2005)
• “Dionísio é a imagem da vida, da saúde e da
juventude. É instinto, paixão e embriaguez
criativa:descreve a condição do homem ainda
perfeitamente integrado à natureza.” (Opus cit.)
04-09
5. Nietzsche, em sua obra “O crepúsculo
dos ídolos”, afirma que a filosofia
socrática passou a buscar a
racionalidade a qualquer custo e,
conseqüentemente, produziu uma
vida fria, decadente e, por isso,
“Sócrates deu a si mesmo o copo de
veneno.”
• Para o autor, o preço por sufocar a força
dionisíaca é a decadência moral; a hipocrisia.
05-09
6. A moral dos senhores e a dos
escravos
• Nietzsche foi admirador da ética da
aristocracia da antiga Grécia (do ideal de
juventude, orgulho da própria força,
sexualidade, desejo de domínio expresso sem
falsos pudores).
• Rejeitou o que chamou de “moral dos
escravos” (incluindo as éticas filosóficas e os
valores professados pelo cristianismo).
06-09
7. “(...) os inseguros de si mesmo (...).
O olhar dos escravos não é favorável às virtudes
dos poderosos, (...) tem uma sutil desconfiança
de todo bem que é venerado no mundo dos
potentes” (apud Nícola, 2005)
• Para Nietzsche, os oprimidos e prisioneiros
exaltaram valores como compaixão, perdão e
cordialidade, com o objetivo de amolecer a firmeza
dos seus senhores, buscando a substituição dos
valores dionisíacos por uma racionalidade apolínea
castrante da autenticidade humana.
07-09
8. O Super-Homem de Nietzsche
• É aquele que, “longe de querer entender o
significado do mundo, consegue impor ao
mundo os seus significados”. (Nícola, 416, 2005)
• É a medida de todas as coisas, a exemplo do
homem de Protágoras.
• Está além da racionalidade, despreza todo
valor ético, reconhece os enganos inerentes
às filosofias, aceita a morte de Deus, tem
espírito dionisíaco.
08-09
9. NIILISMO
Duas acepções do termo
• Niilismo (o “nada”) passivo – é a nulificação do
humano que, segundo o autor, é produzida pela
filosofia e pelas religiões;
• Niilismo ativo – é a capacidade do Super-Homem de
aceitar como essência da vida a dimensão do nada,
da falta de sentido; o Super-Homem Nietzscheano é
idealizado como aquele que não teme o caos e não
teme o vazio de sentido.
09-09
10. NIILISMO
Duas acepções do termo
• Niilismo (o “nada”) passivo – é a nulificação do
humano que, segundo o autor, é produzida pela
filosofia e pelas religiões;
• Niilismo ativo – é a capacidade do Super-Homem de
aceitar como essência da vida a dimensão do nada,
da falta de sentido; o Super-Homem Nietzscheano é
idealizado como aquele que não teme o caos e não
teme o vazio de sentido.
09-09