O documento discute a fisiopatologia do fígado, órgão central no metabolismo do corpo que desempenha funções vitais como digestão, armazenamento de nutrientes e produção de proteínas. O texto descreve as principais funções do fígado no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, e discute sintomas comuns de doenças hepáticas como icterícia, fadiga e dor abdominal. O álcool pode lesar o fígado causando acúmulo de gordura, inflamação
2. FÍGADO
O fígado é um órgão central na fisiologia do corpo humano, realizando
numerosas funções vitais, muitas das quais ainda não totalmente
compreendidas. Está sujeito a uma grande variedade de agentes agressores e,
portanto, perante uma lesão hepática é necessário da parte do médico um
profundo conhecimento da fisiologia hepática para melhor orientar o estudo do
doente.
O fígado é o maior órgão vital do corpo humano representando 2,5 a
4,5% da massa corporal total com um peso médio de 1500g.
Metaboliza uma enorme variedade de compostos
Exógeno Endógenos
3. FÍGADO
Desempenha papel central no metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos.
Outras funções incluem:
Ajuda á digestão do alimento.
Produz proteínas que evitam a formação de coágulos no seu sangue.
Armazena o alimento e usa para produzir energia (glicógeno).
Produz proteínas que o corpo necessita.
Ajuda a usar e armazenar vitaminas.
Maiorias das proteínas plasmáticas são sintetizadas no fígado a albumina fatores da
Coagulação e fibrinogênio.
4. METABOLISMO DOS
CARBOIDRATOS
Converte frutose e galactose em glicose
O fígado providencia energia aos outros tecidos.
Quebra glicogênio e libera glicose.
Quebra glicose para energia.
5. METABOLISMO DE LIPÍDEOS
Produz e degrada TG, fosfolipídios e colesterol, tornando o
fígado como principal órgão responsável pela homeostasia do
colesterol.
Quebra ácidos graxos para energia
Sintetiza sais biliares para digestão de gordura
Sintetiza corpos cetônicos
6. METABOLISMO DE PROTEÍNAS
A síntese protéica é realizada predominantemente no fígado. Cerca de
50g/dia são produzidas: albumina ,fibrinogênio, transferrina, lipoproteínas, alfa
e beta-globulinas.
Quando as proteínas são degradadas libertam aminoácidos que, não
podendo ser armazenados, ou são utilizados de forma imediata ou
catabolizados formando amónia (NH3).
Esta substância não é metabolizada pela maioria dos tecidos e é
extremamente tóxica. A sua degradação ocorre principalmente no fígado
através da sua conversão em ureia.
7. AS HEPATOPATIAS
As hepatopatias (doenças do fígado) podem manifestar-se
de modos muito diferentes. São vários os sintomas e sinais
típicos de doença hepática, os quais incluem icterícia, fadiga,
náuseas, vómitos, mal estar geral, anorexia, prurido, dor no
hipocôndrio direito, hepatomegalia, distensão abdominal,
hemorragia intestinal, entre outros.
Muitos destes sintomas são característicos mas
inespecíficos e, portanto, quanto maior o número de sintomas
presentes maior a probabilidade de doença hepática.
8. ICTERÍCIAS
A icterícia é provavelmente dos sintomas mais específicos de doença
hepática apesar de poder surgir no contexto de doença não hepática
Este sinal clínico aparece por aumento da bilirrubina plasmática e quando é
consequência de doença hepática muitas vezes associa-se a colúria (urina
escura) por aparecimento de bilirrubina conjugada na urina.
Se a causa da doença hepática for uma obstrução das
vias biliares a icterícia pode-se associar ainda a acolia
(fezes de cor esbranquiçada por diminuição da
quantidade de bilirrubina e consequentemente de menos
estercobilinas nas fezes).
9. SINTOMAS
Na icterícia, a pele e as escleras tornam-se amarelas. Freqüentemente, a
urina é escura, pois a bilirrubina é excretada pelos rins. O surgimento de outros
sintomas depende da causa da icterícia. Por exemplo, a hepatite (inflamação
do fígado) pode causar perda do apetite, náusea, vômito e febre..
Quando o problema é uma doença do próprio fígado (p.ex., uma hepatite
viral), a icterícia normalmente desaparecerá
quando a condição do fígado melhorar.
10. HEPATOMEGALIA
Hepatomegalia (aumento do fígado) indica a existência de uma hepatopatia
(doença do fígado). No entanto, muitos indivíduos com hepatopatia
apresentam um fígado de tamanho normal ou mesmo menor do que o normal.
Normalmente, a hepatomegalia é assintomática (não produz sintomas).
Entretanto, quando o aumento de volume é acentuado, ele pode causar
desconforto abdominal ou uma sensação de plenitude.
13. AÇÃO DO ÁLCOOL NO FÍGADO
A OMS afirma que o alcoolismo é considerado uma doença,
mas a maior dificuldade das pessoas é entender como isso funciona.
A verdade é que algumas pessoas nascem com o organismo
predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem o álcool.
Aproximadamente 10 em cada 100 pessoas nascem com essa
predisposição, mas só desenvolverão esta doença se entrarem em
contato com o álcool.
14. AÇÃO DO ÁLCOOL NO FÍGADO
O álcool pode causar três tipos de lesão hepática:
• O acúmulo de gordura (fígado gorduroso)
• A inflamação (hepatite alcoólica)
• Formação de cicatrizes (cirrose)
Fornece calorias sem nutrientes essenciais
Diminui o apetite
Causa má absorção dos nutrientes devido aos
seus efeitos tóxicos sobre o intestino e o pâncreas
Inibe o ADH
16. EFEITOS PÓS ÁLCOOL
(RESSACA)
Intoxicação causada pela ingestão excesiva de
álcool de acetaldeído.
Mulheres são mais vulneráveis
Principais sintomas:
Dor de cabeça;
Acidez gástrica;
Enjôos e náusea;
Boca seca;
17. Para as próximas...
Sempre se alimentar antes da ingestão de bebidas alcoólicas;
Beber copos d’ água entre as bebidas alcoólicas;
Se beber, não dirija!