O presente estudo foi realizado pela equipe de InsightZ da F.biz com a finalidade de contribuir para a estruturação do novo site do Instituto Maria da Penha:
http://www.institutomariadapenha.org.br/
A coleta de dados considera apenas informações abertas e que não caracterizam vítimas. Além disso, foram utilizados estudos, acadêmicos ou não, publicados gratuitamente.
Agradecemos a oportunidade e o respaldo dados pelo Instituto e também pela F.biz para a execução desse trabalho.
Caroline Ferraz
Kelvin Alves
Lais Mendonça
2. O presente estudo foi realizado pela equipe de
InsightZ da F.biz com a finalidade de contribuir para a
estruturação do novo site do Instituto Maria da Penha:
http://www.institutomariadapenha.org.br/
A coleta de dados considera apenas informações
abertas e que não caracterizam vítimas. Além disso,
foram utilizados estudos, acadêmicos ou não,
publicados gratuitamente.
Agradecemos a oportunidade e o respaldo dados
pelo Instituto e também pela F.biz para a execução
desse trabalho.
Caroline Ferraz
Kelvin Alves
Lais Mendonça
SOBRE O ESTUDO
3. Índice
Pedido do IMP
Debriefing
Perfis
A quem o conteúdo do site
poderia ser útil?
Contexto
Entendimento sobre o ciclo da
violência.
Nossa sugestão
O que podemos fazer para
atender essas pessoas?
1
4
2
5
Análise de Rede
O que é falado sobre violência
doméstica na rede?
3
4. Tornar o Instituto Maria
da Penha referência em
informações sobre
violência doméstica por
meio de um site novo.
nosso
desafio
5. O QUE FIZEMOS
CENÁRIO IMP CENÁRIO ATUAL PÚBLICO
PESQUISAS JÁ
EXISTENTES
ANÁLISE DE
COBERTURA
JORNALÍSTICA
PUBLICAÇÕES
EM FÓRUNS E
REDES SOCIAIS
QUESTIONÁRIO
F.BIZ
SITE IMP
O QUE FALAM
SOBRE O
INSTITUTO
Investigação com foco em pesquisas e análises.
6. A LEI MARIA DA PENHA
JÁ FAZ PARTE DA VIDA
DA MULHER BRASILEIRA
Em 2017, todas as mulheres entrevistadas
afirmaram ter ouvido falar sobre a lei.
O Instituto, porém, ainda não
tem o mesmo impacto:
MIL ACESSOS
O site mensalmente
recebe pouco mais de
Fonte: DataSenado - Pesquisa "Violência doméstica e familiar contra a mulher”, 2017 | Advanced Web Statistics
D E S A F I O
8. a realidade da
violência doméstica
Para além do diagnóstico do
site, fomos entender
e como ela se manifesta no meio digital
9. "EM BRIGA DE MARIDO E MULHER
NÃO SE METE A COLHER"
C O N T E X T O
Uma máxima cultural que leva a omissão das
pessoas em casos de violência doméstica.
Fonte: Vídeo Canal BaroneTV, 2017
10. 1
Isso faz com
que a jornada
da vítima seja
marcada por
FA LTA D E
I N F O R M A Ç Ã O
2 FA LTA D E
S U P O R T E
11. CAMINHANDO
ÀS CEGAS
Mesmo com conteúdos disponíveis e com
entendimento da Lei Maria da Penha, as
mulheres ainda sofrem com a falta de
conhecimento das especificidades da
violência.
F A LTA D E I N F O R M A Ç Ã O
Fonte: DataSenado - Pesquisa "Violência doméstica e familiar contra a mulher”, 2017
1
77%
das mulheres conhecem
pouco sobre a Lei Maria
da Penha
18%
tem conhecimento
profundo sobre a Lei
VS.
"Quando eu fui agredida eu sabia que
existia a Lei Maria da Penha, mas não
tinha nenhuma noção de por onde eu
deveria começar. Continuei em silêncio.”
12. CONTEÚDOS
SEM EMPATIA
Os canais tradicionais de informação (grandes
portais de notícias e a TV, por exemplo)
abordam a violência de forma fria; utilizando
apenas números e/ou transcrições de boletins
de ocorrência.
N O D I G I TA L
Fonte: Prints dos portais CenárioMT, Tribuna do Norte, e G1
1
13. UMA JORNADA
SOLITÁRIA
Por vergonha ou medo, muitas mulheres
deixam de compartilhar seu sofrimento e não
percebem que existem muitas outras na
mesma situação.
F A LTA D E S U P O R T E
"Toda a violência foi me deixando triste e
angustiada. Eu não conseguia mais sorrir,
fui me isolando dentro de mim mesma."
"Antes de sofrer abuso eu não sabia que
tantas mulheres próximas à mim também
já passaram por isso, infelizmente ainda é
um assunto velado."
“A gente tem vergonha de dizer que foi
agredida. Estava em depressão porque
não queria ver ninguém. É como se
estivesse num lugar cheio de gente,
mas me sinto só."
Fonte: PUC PR - Percepção sobre a violência doméstica na perspectiva de mulheres vitimadas, 2017
2
14. Mesmo com o maior volume de conversas
sobre o tema no universo digital, ainda há
uma barreira das vítimas em dividir seu
caso e pedir ajuda.
N O D I G I TA L
Fonte: Pesquisa Avon - A voz das redes, 2017 | Pesquisa F.biz 2018
2
3%
das conversas no
espaço digital
são de vítimas
65%
das pessoas
desconhecem
grupos de apoio
seguros na internet
VOZES
ABAFADAS
15. A N Á L I S E D E R E D E
Isso ficou ainda mais
claro quando analisamos
depoimentos de mulheres
na internet.
Grande parte dos mais de dois mil
depoimentos coletados foram postados
em sites não especializados.
16. Os textos publicados nesses
fóruns deram origem a uma
análise que considera termos
utilizados, frequência de uso e
universo das conversas.
A N Á L I S E D E R E D E
Tamanho dos termos:
maior frequência de uso
Proximidade de termos:
aparecem juntos com maior frequência
Centralidade dos termos:
maior relevância na rede
17. CONSELHO
Relatos de histórias familiares que terminam
em um conselho para as vítimas.
TRAIÇÃO
Mulheres que estão passando pelo ciclo de
violência e descobrem a traição do cônjuge.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Xingamentos e comentários do cônjuge sobre
a mulher.
INFERNO
O ambiente doméstico é descrito como infernal, no qual estão presentes a
bebidas alcoólicas e os xingamentos. A mulher se reage com choro.
PACIÊNCIA
Relatos sobre os sentimentos atrelados a relação
(indiferença, frieza) e sobre desejo de superação
(luta, paciência).
RELIGIÃO
Igreja como local de apoio ou
como justificativa para o perdão.
DENÚNCIA
Aconselhamento sobre a Lei Maria da
Penha, boletim de ocorrência e delegacias. SEPARAÇÃO
Desafios e aflições relacionados ao divórcio.
CENTRO DA IMAGEM
Os termos mais centrais foram mais
recorrentes nos comentários analisados.
Ali é possível notar que:
- “Medo” e “desculpa” estão
relacionados
- Diversas mulheres relatam agressões
durante a gravidez
- Os filhos são uma preocupação
constante no processo de buscar ajuda
- “Aconteceu comigo” faz parte do
processo de aconselhamento
18. DESCULPA O DESABAFO
Muitas mensagens começam com um pedido
de desculpas em tom de incerteza sobre
postar o conteúdo naquele espaço e também
demonstra uma preocupação em “incomodar”
as outras leitoras.
19. MEDO E DESCULPAR
Nos relatos analisados é possível notar uma
proximidade entre o sofrimento e o medo com
o arrependimento e as desculpas.
20. AJUDA
A Lei Maria da Penha e as delegacias são
citadas em conselhos sobre denúncias
demonstrando que existe conhecimento sobre
como agir. Nesse mesmo contexto aparecem
as palavras “desamparada” e “encaminhada”.
21. Qual o papel do IMP
nesse contexto?
S O L U Ç Õ E S
24. Vítima
Quem
são
No
digital
Mulheres que passaram por
situações de violência:
• Dentre as vítimas de alta renda 52%
sofrem violência doméstica e o índice
é de 43% entre as de baixa renda.
• Dentre as vítimas de violência doméstica
52% são brancas e 42% são negras.
• A maioria das vítimas está em idade
reprodutiva, mas o problema
também afeta meninas e idosas;
Buscam informações, suporte e
espaços seguros para desabafar.
• Só 3% da conversa sobre
violência doméstica parte da
vítima no meio digital;
• 86% das mulheres usaram
perfis falsos para denunciar.
Fonte:A vitimização de mulheres no Brasil, 2017 | Pesquisa Avon - A voz das redes, 2017
25. Quem
são
No
digital
Os agressores, em geral, são
homens do convívio próximo da
mulher:
• Para a faixa etária de mulheres de 35 a
44 anos destacam-se os agressores
conhecidos (77%), enquanto os
desconhecidos apresentam maior
representação (42%) entre as
mulheres mais jovens.
• 61% dos agressores são conhecidos
das vítimas;
No debate digital, para além de
agressores, a presença masculina é
majoritariamente negativa:
• 61% dos homens são
agressivos e desqualificadores;
• 53% são haters da classe A e B.
Agressor
Há homens que também buscam a
redenção e a melhora online.
• 10% pacificadores.
Fonte:A vitimização de mulheres no Brasil, 2017 | Pesquisa Avon - A voz das redes, 2017
26. Comunidade
Quem
são
No
digital
Pessoas conhecidas ou não que
presenciem a violência, podendo
ser amigos, vizinhos ou filhos:
• 2 em cada 3 brasileiros viu uma
mulher sendo vítima de algum
tipo de violência.
Buscam informações para saber
como agir, aconselham vítimas e
discutem o problema em geral.
Do teor de conversas:
• 55% é gradativo;
• 17% é político;
• 12% é opinativo;
• 11% é conceitual;
• 5% é preventivo.
Fonte:A vitimização de mulheres no Brasil, 2017 | Pesquisa Avon - A voz das redes, 2017
29. Os dados apresentados nessa pesquisa
foram coletados manualmente,
restringindo-se a informações abertas,
que não caracterizavam nenhuma das
vítimas.
Todos os estudos e trabalhos
acadêmicos foram creditados no rodapé.
O tratamento e visualização dos dados
foi feito com softwares livres.
A n e x o
COLETA E TRATAMENTO
DE DADOS
Ferramentas utilizadas:
Gephi _ Visualização de dados
R _ Tratamento de dados
Web Scrapper _ Raspagem de dados