O relatório descreve a tendência crescente de organizações de saúde no Brasil e no mundo publicarem relatórios de sustentabilidade segundo as diretrizes GRI. O estudo analisou os relatórios de sustentabilidade GRI de organizações de saúde entre 2009-2012 para mapear o panorama atual no Brasil e identificar desafios.
2. Introdução
A
prá&ca
de
publicar
Relatórios
de
Sustentabilidade
seguindo
as
diretrizes
da
Global
Repor&ng
Ini&a&ve
(GRI)
no
mundo
teve
um
crescimento
exponencial
desde
a
sua
criação.
Neste
período
milhares
de
organizações
têm
iniciado
a
prá&ca
de
comunicar
o
desempenho
sobre
a
sua
gestão,
seguindo
a
tendência
da
transparência,
não
só
apenas
se
limitando
a
demonstrar
o
desempenho
econômico-‐financeiro,
mas
seus
obje&vos,
estratégias
e
resultados
no
trabalho,
responsabilidade
do
produto
e
serviços,
relações
com
a
comunidade,
os
impactos
no
meio
ambiente
e
prá&cas
de
governança
corpora&va.
Dentro
desse
rápido
desenvolvimento,
as
organizações
de
serviços
de
saúde
têm,
cada
vez
mais,
buscado
reportar
o
seu
desempenho
de
sustentabilidade
através
da
metodologia
da
Global
Repor&ng
Ini&a&ve
(GRI),
sendo
o
Brasil
o
país
que
mais
contribui
para
o
aumento
de
relatório
de
sustentabilidade
GRI
nos
serviços
de
saúde
no
mundo.
A
Lanakaná
Princípios
Sustentáveis
tem
o
compromisso
de
alavancar
o
desenvolvimento
dos
relatórios
de
sustentabilidade
no
setor
de
serviços
de
saúde
no
Brasil
e
no
mundo.
Desde
o
começo
das
suas
01
Portanto,
entendemos
que
é
necessário
expor
à
análise
do
estado
atual
das
prá&cas
nesta
área,
como
ela
tem
avançado
e
os
desafios
para
os
próximos
anos.
Ao
mesmo
tempo,
temos
visto
uma
melhoria
gradual
na
quan&dade
e
qualidade
de
informação
nos
serviços
de
saúde
no
Brasil
como
parte
dos
relatórios
anuais,
incorporando
capítulos
ou
seções
específicas
sobre
questões
de
gestão
da
sustentabilidade.
Este
estudo
pretende
mostrar
o
estado
atual
dos
relatórios,
que
começam
a
invadir
o
setor
de
saúde
brasileiro
enriquecendo
ainda
mais
a
discussão
da
Sustentabilidade
na
saúde.
Assim,
podemos
confirmar
através
desta
publicação
que
o
nosso
compromisso
com
a
sociedade
é
compar&lhar
conhecimentos
e
con&nuar
a
contribuir
para
a
geração
da
Sustentabilidade
nas
nossas
áreas
de
atuação.
Não
há
dúvida
de
que
o
desenvolvimento
de
Relatórios
de
Sustentabilidade
aumenta
as
boas
relações
entre
as
pessoas
e
as
organizações
e,
nesse
sen&do,
queremos
agradecer
a
todos
aqueles
que
estão
envolvidos
nestes
processos,
com
o
compromisso
do
a&vidades,
observou
a
necessidade
de
apoiar
estas
organizações
no
desenvolvimento
e
verificação
de
Relatórios
de
Sustentabilidade,
acompanhado
de
uma
referência
confiável
sobre
a
forma
de
desenvolver
o
tema
no
setor.
desenvolvimento
de
uma
sociedade
mais
informada
e
transparente.
Boa
Leitura
Equipe
Lanakaná
3. Objetivo, Escopo e Metodologia do Estudo
Obje&vo
Este
estudo
teve
como
obje&vo
iden&ficar
o
panorama
dos
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
nos
serviços
de
saúde.
Especificamente,
o
estudo
procurou
inves&gar
como
são
feitos
os
Relatórios
de
Sustentabilidade
no
contexto
brasileiro,
como
eles
são
implementados
e
o
seu
processo
de
verificação.
Não
foram
objetos
específicos
do
estudo:
•
Iden8ficar
as
boas
prá8cas;
•
Análise
dos
processos
de
engajamento
dos
Stakeholders
e
definição
da
materialidade.
Escopo
Para
realizar
o
estudo
definimos
como
universo
todos
os
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
de
2009
a
2012
que
constam
na
base
de
dados
da
Global
Repor&ng
Ini&a&ve
(GRI).
Metodologia
Para
a
realização
desta
pesquisa
organizamos
o
estudo
em
4
etapas:
• Estudo
exploratório:
definição
dos
relatórios
de
sustentabilidade
incluídos
no
Database
GRI
até
o
dia
10/05/2013.
• Coleta
de
Informações:
Preparação
de
uma
lista
com
todas
as
organizações
de
serviços
de
saúde
do
Database
GRI.
• Definição
dos
escopos
de
estudo:
Quan&dade
de
Relatórios
de
Sustentabilidade
GRI
no
mundo,
América
La&na
e
Brasil
de
2009
a
2012,
Quan&dade
de
Relatórios
de
Sustentabilidade
por
setor,
Panorama
dos
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
em
serviços
de
saúde
no
Brasil
e
no
Mundo,
níveis
de
Aplicação,
verificação
externa
(Assurance)
e
comparação
do
setor
de
serviços
de
saúde
com
o
de
serviços
financeiros
e
energia.
• Conclusão
02
4. Tendência
Nos
úl&mos
anos
organizações
ao
redor
do
mundo
passaram
a
elaborar
os
seus
relatórios
de
sustentabilidade
seguindo
uma
demanda
global
por
mais
transparência.
A
par&r
destes
relatórios
estas
organizações
podem
apresentar
às
suas
partes
interessadas
obje&vos
estratégicos,
desempenhos
econômicos,
impactos
ambientais,
assim
como
indicadores
sociais
e
de
governança.
Segundo
a
Global
Repor&ng
Ini&a&ve
(GRI),
o
número
de
relatórios
de
sustentabilidade
publicados
seguindo
os
parâmetros
G3
e
G3.1*
cresceu
mais
de
40%
entre
2009
e
2012,
passando
de
1.541
para
2.357.
*
Global
Repor&ng
In&&a&ve
-‐
G3
e
G3.1
são
diretrizes
internacionais
–
para
saber
mais
www.globalrepor&ng.org
03
5.
A
maior
concentração
de
relatórios
de
sustentabilidade
publicados
na
base
de
dados
da
GRI
são
provenientes
de
organizações
da
Europa,
totalizando
985,
seguidos
por
Ásia
434,
América
do
Norte
351,
América
LaIna
321,
Oceania
67
e
África
52,
conforme
base
de
dados
da
GRI,
durante
o
ano
de
2012.
04
6.
No
Brasil,
os
setores
de
energia,
serviços
financeiros
e
serviços
de
saúde
são
os
que
mais
registraram
crescimento
no
número
de
publicações.
05
7. Relatórios de Sustentabilidade GRI – Serviços de Saúde
Os
Serviços
de
Saúde
ao
redor
do
mundo
tem
apresentado
considerável
evolução
na
publicação
de
Relatórios
de
Sustentabilidade
baseados
nas
diretrizes
da
Global
Repor&ng
Ini&a&ve
(GRI).
Em
2009
foram
publicados
no
mundo
10
relatórios
de
serviços
de
saúde,
enquanto
que
em
2012
este
número
chegou
a
38
relatórios
emiIdos,
sendo
16
no
Brasil.
Considerando-‐se
que
apenas
no
Brasil
este
universo
representa
um
conIngente
de
milhares
de
organizações,
ainda
há
um
grande
desafio
para
este
setor.
06
8.
Ao
compararmos
a
quanIdade
de
relatórios
de
sustentabilidade
do
setor
de
serviços
de
saúde
a
outros
setores
da
economia,
tais
como,
serviços
financeiros
e
energia,
observamos
que
o
setor
de
saúde
ainda
tem
um
longo
caminho
a
percorrer.
Desde
2010
a
América
La&na
lidera
o
número
de
relatórios
de
sustentabilidade
no
setor
de
serviços
de
saúde.
Quase
que
metade
dos
relatórios
de
sustentabilidade
mundiais
do
setor
de
serviços
de
saúde
é
elaborado
na
América
LaIna,
sendo
o
Brasil,
o
país
que
mais
emite
relatórios
de
sustentabilidade
neste
con&nente.
07
9. Relatórios de Sustentabilidade GRI– Serviços de Saúde - Cenário Brasileiro
O
aumento
do
número
de
relatórios
de
sustentabilidade
do
Brasil
nos
serviços
de
saúde
começou
a
ficar
mais
evidente
em
2010
com
o
esforço
da
focal
point
da
GRI
no
Brasil
em
promover
junto
a
alguns
players
da
área
de
saúde
o
entendimento
e
a
importância
do
relatório
neste
setor.
A
parIr
de
2011
as
cooperaIvas
médicas
começaram
a
contribuir
mais
para
o
número
de
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
nos
serviços
de
saúde
do
Brasil.
Observamos
três
Ipos
de
grupos
de
organizações
em
serviços
de
saúde
no
Brasil,
que
reportam
a
GRI:
Coopera&vas
Médicas,
Medicina
Diagnós&ca
e
Hospitais.
08
10. Perfil
dos
Relatórios
de
Sustentabilidade
GRI
-‐
Serviços
de
Saúde
-‐
Brasil
O
nível
de
aplicação
dos
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
no
setor
de
serviços
de
saúde
no
Brasil
é
na
sua
grande
maioria
nível
C,
no
entanto
podemos
observar
que
este
nível
tem
se
elevado
gradaIvamente,
conforme
gráfico
:
Outro
dado
interessante
é
a
pouca
práIca
e
interesse
de
verificação
externa
por
uma
terceira
parte
nos
relatórios
de
sustentabilidade
no
setor
de
saúde
no
Brasil,
aproximadamente
cerca
de
10%
tem
verificação
externa,
na
Europa
70%
dos
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
na
saúde
tem
verificação
externa.
A
maior
parte
das
organizações
de
serviços
de
saúde
apenas
reporta
o
seu
relatório
para
o
GRI
CHECKED.
09
11.
Comparando
os
relatórios
de
serviços
de
saúde
aos
relatórios
de
serviços
financeiros,
que
hoje
é
o
setor
que
mais
emite
relatórios
de
sustentabilidade
GRI
no
mundo,
observamos
que
de
modo
geral
os
relatórios
financeiros
são
mais
maduros,
pois
grande
parte
já
reporta
o
nível
A
da
GRI
e
a
verificação
de
uma
terceira
parte
(Assurance)
também
é
uma
praIca
no
setor.
10
12. BMF/BOVESPA
–
Relate
ou
Explique
e
o
Setor
de
Saúde
Com
o
obje&vo
de
facilitar
o
acesso
do
mercado
-‐
especialmente
inves&dores
e
analistas
-‐
a
informações
não
financeiras,
a
BM&FBOVESPA
lançou
em
2011
a
inicia&va
“Relate
ou
Explique
para
Relatório
de
Sustentabilidade
ou
Similar”.
Trata-‐se
de
uma
recomendação
que
tem
por
obje&vo
es&mular
as
empresas
a
informarem,
via
Formulário
de
Referência,
se
publicam
relatório
de
sustentabilidade
ou
documento
similar
ou,
em
caso
nega&vo,
solicitar
explicação
de
por
que
ainda
não
o
fazem.
Os
primeiros
resultados
da
inicia&va
foram
anunciados
na
Rio+20,
Conferência
das
Nações
Unidas
sobre
Desenvolvimento
Sustentável,
realizada
no
Rio
de
Janeiro
em
junho
de
2012.
Em
atualização
extra
dos
dados,
em
outubro
de
2012,
o
número
de
empresas
que
aderiu
à
inicia&va
passou
de
203
para
253,
um
aumento
de
12,64%
em
apenas
5
meses.
Ao
final
de
2012,
58%
das
empresas
listadas
na
Bolsa
aderiram
à
recomendação.
Cada
vez
mais
as
informações
não
financeiras
impactam
na
decisão
de
inves&mento,
reforçando
a
valorização
que
os
inves&dores
têm
dado
à
empresa
que
demonstra
compromisso
com
gestão
de
risco
e
atenção
a
oportunidades
relacionadas
à
agenda
de
sustentabilidade.
O
“Relate
ou
Explique”
é
mais
uma
forma
da
BM&FBOVESPA
dar
visibilidade
às
boas
prá&cas
de
transparência
das
empresas
junto
ao
público
inves&dor.
(Fonte:
Sustentabilidade
BMF/BOVESPA)
11
13. BMF/BOVESPA
–
Relate
ou
Explique
e
o
Setor
de
Saúde
Atualmente
as
empresas
listadas
na
BMF/BOVESPA
do
setor
de
saúde,
estão
distribuídas
da
seguinte
forma:
Empresa
Setor
Segmento
Relatório de
Sustentabilidade ?
Baumer
Bens Industriais
Máq. Equip.Hospitalar
Não
BRAZIL PHARMA
Consumo não cíclico
Medicamentos
Não
DIMED S.A
Consumo não cíclico
Medicamentos
Não
PROFARMA
Consumo não cíclico
Medicamentos
Não
RAIA DROGASIL
Consumo não cíclico
Medicamentos
Não
DIAGNOSTICO DA AMERICA
Consumo não cíclico
Serv.Med.Hospit…análise, diagnostico
Não
GRUPO FLEURY
Consumo não cíclico
Serv.Med.Hospit…análise, diagnostico
SIM
QUALICORP
Consumo não cíclico
Serv.Med.Hospit…análise, diagnostico
Não
TEMPO PARTICIPAÇÕES
Consumo não cíclico
Serv.Med.Hospit…análise, diagnostico
Não
As
empresas
de
saúde
de
capital
aberto
no
Brasil
ainda
não
aderiram
a
iniciaIva
“Relate
ou
Explique”
,
que
esta
sendo
promovida
pela
BMF/
BOVESPA,
incenIva
a
publicação
de
relatório
de
sustentabilidade
e
das
empresas
listadas
na
Bolsa
apenas
uma
publica
regularmente
o
seu
relatório
de
sustentabilidade.
Nos
EUA
60%
das
empresas
de
saúde
de
capital
aberto
publica
seu
relatório
de
sustentabilidade.
12
14. Conclusões
• O setor de serviços de saúde frente a outros setores da economia ainda tem pouca representação a nível global
com relação a prática de elaboração de relatórios de sustentabilidade padrão GRI. Em 2012 tivemos 2357 relatórios
emitidos no mundo, sendo que305 relatórios foram de serviços financeiros, e apenas 39relatórios de serviços de
saúde, lembrando que o número de serviços de saúde a nível mundial é bem maior que o de serviços financeiros.
• A América Latina é o continente que mais emite relatórios de sustentabilidade GRI em serviços de saúde no mundo
desde 2010.Os serviços de saúde do Brasil, Colômbia, México e Argentina são os que reportam o seu desempenho
de sustentabilidade.
• O Brasil é o país que mais emite relatórios de sustentabilidade GRI em serviços de saúde no mundo, desde 2010.
Entretanto o assunto é pouco discutido no setor.
• O nível de aplicação da maioria dos relatórios de sustentabilidade GRI nos serviços de saúde no Brasil é nível C,
isso demonstra o desafio que o setor tem para os próximos anos.
• Questões
mais profundas como, acesso a serviços de saúde, taxa de infecções, eventos adversos, saúde e
segurança do cliente são ainda pouco exploradas. Recentemente pesquisa da SASB (Sustainability Accounting
Standards Board) nos EUA junto as empresas de saúde de capital aberto, mostrou que o principal tema material do
setor de saúde americano é a saúde e segurança do cliente, acesso a serviços de saúde e o impacto da mudança
climática.
13
15. Serviços de saúde do Brasil que já publicaram ou publicam Relatório de Sustentabilidade GRI
Unimed
do
Brasil
Central
Nacional
Unimed
Federação
das
Unimed
do
Estado
de
São
Paulo
Unimed
Amparo
Unimed
Campinas**
Unimed
Circuito
das
águas
Unimed
Blumenau
Grupo
Fleury
Unimed
Cuiába
DASA
Unimed
Rio
Hospital
Sírio
Libanês
Unimed
Vitoria*
Hospital
Albert
Einstein
Unimed
Cascavel*
Hospital
AC
Camargo***
Hospital
Municipal
de
Cubatão
(
OS
Pró
Saúde)
Hospital
Municipal
de
Araucária
(
OS
Pró
Saúde)
Hospital
Municipal
de
Foz
do
Iguaçu***
(
OS
Pró
Saúde)
*Estas
Unimeds
estão
classificadas
no
Database
da
GRI
como
produtos
de
saúde
**Esta
Unimed
esta
classificada
no
Database
da
GRI
como
Turismo
***
Relatórios
que
não
constam
no
Database
da
GRI
14
16. Referências para o Estudo
•
Sustainability
Disclousure
Database
GRI
-‐
hpp://database.globalreporIng.org
•
BM&FBOVESPA
-‐
hpp://www.bmsovespa.com.br
•
Banco
de
dados
–
Lanakaná
Princípios
Sustentáveis
–
Consultoria
em
Sustentabilidade
15
17. Nossos Serviços
Pessoas
Engajadas
•
Painel
e
Pesquisa
com
Stakeholders
•
Mapeamento
e
AIvação
de
Redes
de
Valor
•
Formação
de
MulIplicadores
e
Equipes
para
a
Sustentabilidade
•
Desenvolvimento
de
lideranças
Sustentáveis
•
Cultura
Organizacional
e
Sustentabilidade
Gestão
Transparente
•
Planejamento
Estratégico
de
Sustentabilidade
•
DiagnosIco
de
índices
de
Sustentabilidade
•
Sistema
para
Gestão
e
monitoramento
de
indicadores
e
metas
de
Sustentabilidade
Resultados
Sustentáveis
•
Assessoria,
implantação
e
verificação
de
Relatórios
de
Sustentabilidade
GRI
•
Assessoria
para:
SA8000,
ISO14000,
ISO26000,
Pacto
Global
e
ISE.
16