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“Novos” jornalistas digitais
Leonardo Foletto
especialização em jornalismo digital
narrativas hipertextuais (PUCRS, 2016)
Contexto 1
“Quem” vai narrar?
Pesquisa para uma dissertação de mestrado (DEAK, 2011-
2012) sobre alguns profissionais envolvidos em atividades
jornalísticas tidas como emergentes;
Propõe categorias para delimitar novas ocupações
jornalísticas dentro do ciberjornalismo
Fonte: DEAK, Andre. FOLETTO, Leonardo. Processos emergentes do jornalismo na internet brasileira:
“novos jornalistas” na era da informação digital. Rev. Estudos de Comunicação (PUCPR). Curitiba, v. 14,
n. 33, p. 13-28 jan./abr. 2013. Disponível em: http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/comunicacao?
dd1=7650&dd99=view&dd98=pb
Contexto 2
Muito se fala de que as organizações jornalísticas precisam
se transformar para se “adaptar aos novos tempos”, mas
seus profissionais também.
“No se pueden gestionar medios del siglo XXI con rutinas profesionales del XX. Y
hoy día muchos periodistas perpetúan procesos de trabajo y mentalidades
profesionales ancladas en un tiempo pasado. Sorprende que tantos periodistas, a
pesar de estar acostumbrados por su trabajo a en frentarse con lo más novedoso,
sean al mismo tiempo tan refractarios a renovar sus propios modos de trabajar.”
(SALAVERRÍA, 2012, p.14).
“Novo” jornalismo
Introduz mudanças com técnicas de literatura.
1) Construção cena a cena
2) Diálogo.Envolve o leitor e estabelece de forma rápida o
personagem na nossa mente.
3) Uso da terceira pessoa (e trocar pontos de vista). Não o
testemunho “eu estava lá”, mas entrar na cabeça do
personagem.
4) “Status de vida”. Descrição detalhada dos objetos
fonte: WOLFE, Tom. Radical Chique e o novo jornalismo.
“Novo” jornalismo hoje?
Se a habilidade de tirar fotos num celular, escrever em 140
caracteres, filmar e editar vídeos é algo que uma criança de
hoje já praticamente faz, é difícil imaginar que esta habilidade
não será um pré-requisito quando essas crianças estiverem
chefiando uma redação (GALLO, 2008).
Muitos podem continuar sendo bons em uma mídia só, mas outros querem usar
ferramentas de outros campos, fundir as mídias, experimentar a interatividade, o
hipertexto e o poder das redes e da colaboração
entrevistas
Jamie King (Vodo.net), Fred di Giacomo e Luiz Iria (Abril, Superinteressante),
Yoani Sanchez (Generacion Y), Eugênio Bucci (USP, ESPM), Maria Arce (Clarín),
Manuel Carlos Chaparro (USP), Daniela Ramos (Cásper Líbero), Pollyana Ferrari
(PUC-SP), Zach Wise (The New York Times), Alberto Cairo (Revista Época),
Julliana de Melo (JC Online), Nina Simões (University of the Arts London).
Ana Brambilla (ex-Terra), Daniela Silva (Esfera.org/Open Knowledge Foundation),
Daniel Jelin (Veja.com), Denis Russo Burgierman (Editora Abril), Fred di Giacomo
(Editora Abril), Gustavo Belarmino (JC Online), Marcelo Soares (Folha de S.
Paulo), Paulo Fehlauer (Garapa.org), e Pedro Valente (Yahoo!).
jornalista-programador
jornalista-programador
Entrevistados concordaram: não é “necessário” saber programar, mas os que
compreendem a linguagem de código podem ter nas mãos um grande diferencial
para o mercado de trabalho.
“Eu tenho que conversar com designers e programadores o dia todo, e preciso
transmitir o que o usuário quer. Tudo o que aprendi de linguagem técnica é
importante para essas conversas. Não sei se eu seria um bom programador, acho
que seria pior que eles, mas esse conhecimento, saber qual coisa é mais ou
menos complexa, isso me permite conversar com eles com algum respeito. O fato
de eu ter ido atrás e aprendido a programar me ajudou muito” (PEDRO
VALENTE).
Jornalista-programador: habilidades
Usuários avançados da Web (hard users), também são capazes de encontrar e
utilizar softwares de conversão (de vídeo, de áudio), e realizar operações técnicas
diversas, como montar redes wi-fi, configurar roteadores, instalar placas de
captura de vídeo e de áudio em notebooks.
a capacidade de resolver problemas que surgem no ambiente dos sistemas
digitais. facilidade para lidar com códigos e programas de computador, o bom
conhecimento de matemática e a proficiência no uso de tecnologias e da internet.
Especialista em banco de dados
Especialista em banco de dados
Há algumas décadas, jornalistas que se especializavam em bancos de dados
precisavam ter habilidades de informática muito além do que seria razoável para
alguém que não é da área da computação ou não é programador. Agora, muitos
dados brutos circulam na rede, e existe uma série de aplicativos, softwares e
ferramentas que permitem gerar visualizações e camadas de interfaces simples
para leitura e cruzamento desses dados.
“Cada vez surgem mais possibilidades de trabalhar com informação. E essas
possibilidades podem ser utilizadas para a informação jornalística. Fácil? Fácil
não, dá trabalho. Mas elas podem ser apropriadas pelo jornalismo”. (MARCELO
SOARES)
Especialista em banco de dados: habilidades
Facilidade para organizar dados, capacidade e conhecimento para buscas na
chamada Web Profunda, conhecimentos de RAC (Reportagem com Auxílio do
Computador), matemática, algumas disciplinas de Biblioteconomia e de Ciências
da Computação, especialmente ligadas ao funcionamento e criação de scripts
para coletar dados de forma automática. Áreas da biblioteconomia como
classificação por palavras-chave (tagsonomia) e classificação semântica
(folksonomia) são importantes também.
Gestor de mídia social
Gestor/editor de mídias sociais
A mais comum entre as “novas” ocupações no jornalismo. Social Media
“Depois de tentar separar editor de redes sociais, como sendo de relacionamento,
e mídias sociais, em que a produção de conteúdo era maior e mais importante
que o relacionamento (como no caso do Flickr), resolvi usar como sinônimo” (ANA
BRAMBILLA).
Habilidades: compreensão e uso frequente de redes sociais (hard-user),
facilidade para comunicação online, capacidade de pesquisa na internet,
capacidade de mediação entre a produção do público e as diretrizes editoriais,
organização, e, num sentido amplo, edição. Não ser resistente à experimentar
plataformas, linguagens, ferramentas; não ter medo do público, ou resistência a
comentários do público; similaridades com o trabalho de Ouvidoria; paciência,
curiosidade, mas atenção para checar tudo.
jornalista multimídia
jornalista multimídia
“Nas reportagens em que desempenhei papel de repórter, coube a outra pessoa
fechar, e a mim mesmo cuidar da articulação com a arte/foto/vídeo e,
eventualmente, a própria confecção da arte/foto/vídeo. Já nas reportagens em
que desempenhei papel de editor, coube a mim editar e cuidar da articulação com
a arte/foto/vídeo e ponto. Mas é uma impressão”. (DANIEL JELIN)
“Vou da concepção à realização do projeto, trabalhando em praticamente todas
as etapas: concepção, redação, fotografia, edição, video, web, distribuição. Se,
em determinado projeto, não realizo alguma etapa com as próprias mãos,
trabalho na orientação dessa execução”. (PAULO FEHLAUER)
jornalista multimídia: habilidades
Conhecer os processos digitais de produção e edição de foto, áudio e vídeo,
incluindo seus softwares; capacidade para criar narrativas multimídia interativas
não-lineares ou lineares e noções de programação em linguagem HTML para
desenvolver as plataformas na rede onde estas reportagens estarão publicadas.
Saber também de criação de um roteiro e experimentação narrativa,
características que até cerca de uma década de meia atrás estava estritamente
ligada ao cinema de ficção e documental do que ao jornalismo na internet.
Produtor web
Produtor web
Cultural/cinema/televisão: “aquele que permite a realização do evento, seja ele
qual for (um show, espetáculo, filme, apresentação ou mesmo um fórum de
debates).
No jornalismo na internet, a figura do produtor aparece em jornalistas que não
necessariamente sabem executar todas as tarefas de uma reportagem multimídia
interativa, mas conseguem organizar profissionais capazes de construir essa
narrativa.
“O que eu faço é definir as prioridades do produto e ajudar a equipe a realizá-las,
uma por vez. (...) Eu faço o lead das tarefas, o que vai ser feito primeiro” (PEDRO
VALENTE).
Produtor web: habilidades
Noções de arquitetura da informação, design, programação, jornalismo
multimídia, gestão de pessoas e de processos, além de noções específicas de
administração, escritura e realização de projetos (editais), direito (autoral,
especialmente), criatividade, ética e capacidade para gerir projetos.
Jornalista empreendedor
Passo adiante do produtor web. Na produção cultural há a figura do produtor-
executivo: aquele que realiza o orçamento do projeto, cria cronogramas de
execução, imagina e busca fontes de recursos para a concretização dos objetivos
previstos no projeto. Tem, em muitos casos, uma visão mais ampla, que inclui o
mercado e a articulação de parceiros.
A simplicidade de criar um veículo jornalístico online, a um custo quase zero,
alguns jornalistas viram na web a oportunidade para testar novos caminhos em
vez de tentar construir carreiras dentro das empresas jornalísticas tradicionais.
Jornalista empreededor
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Como se ensina alguém a empreender?
gracias!
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"Novos" jornalistas digitais

  • 1. “Novos” jornalistas digitais Leonardo Foletto especialização em jornalismo digital narrativas hipertextuais (PUCRS, 2016)
  • 2. Contexto 1 “Quem” vai narrar? Pesquisa para uma dissertação de mestrado (DEAK, 2011- 2012) sobre alguns profissionais envolvidos em atividades jornalísticas tidas como emergentes; Propõe categorias para delimitar novas ocupações jornalísticas dentro do ciberjornalismo Fonte: DEAK, Andre. FOLETTO, Leonardo. Processos emergentes do jornalismo na internet brasileira: “novos jornalistas” na era da informação digital. Rev. Estudos de Comunicação (PUCPR). Curitiba, v. 14, n. 33, p. 13-28 jan./abr. 2013. Disponível em: http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/comunicacao? dd1=7650&dd99=view&dd98=pb
  • 3. Contexto 2 Muito se fala de que as organizações jornalísticas precisam se transformar para se “adaptar aos novos tempos”, mas seus profissionais também. “No se pueden gestionar medios del siglo XXI con rutinas profesionales del XX. Y hoy día muchos periodistas perpetúan procesos de trabajo y mentalidades profesionales ancladas en un tiempo pasado. Sorprende que tantos periodistas, a pesar de estar acostumbrados por su trabajo a en frentarse con lo más novedoso, sean al mismo tiempo tan refractarios a renovar sus propios modos de trabajar.” (SALAVERRÍA, 2012, p.14).
  • 4. “Novo” jornalismo Introduz mudanças com técnicas de literatura. 1) Construção cena a cena 2) Diálogo.Envolve o leitor e estabelece de forma rápida o personagem na nossa mente. 3) Uso da terceira pessoa (e trocar pontos de vista). Não o testemunho “eu estava lá”, mas entrar na cabeça do personagem. 4) “Status de vida”. Descrição detalhada dos objetos fonte: WOLFE, Tom. Radical Chique e o novo jornalismo.
  • 6. Se a habilidade de tirar fotos num celular, escrever em 140 caracteres, filmar e editar vídeos é algo que uma criança de hoje já praticamente faz, é difícil imaginar que esta habilidade não será um pré-requisito quando essas crianças estiverem chefiando uma redação (GALLO, 2008). Muitos podem continuar sendo bons em uma mídia só, mas outros querem usar ferramentas de outros campos, fundir as mídias, experimentar a interatividade, o hipertexto e o poder das redes e da colaboração
  • 7. entrevistas Jamie King (Vodo.net), Fred di Giacomo e Luiz Iria (Abril, Superinteressante), Yoani Sanchez (Generacion Y), Eugênio Bucci (USP, ESPM), Maria Arce (Clarín), Manuel Carlos Chaparro (USP), Daniela Ramos (Cásper Líbero), Pollyana Ferrari (PUC-SP), Zach Wise (The New York Times), Alberto Cairo (Revista Época), Julliana de Melo (JC Online), Nina Simões (University of the Arts London). Ana Brambilla (ex-Terra), Daniela Silva (Esfera.org/Open Knowledge Foundation), Daniel Jelin (Veja.com), Denis Russo Burgierman (Editora Abril), Fred di Giacomo (Editora Abril), Gustavo Belarmino (JC Online), Marcelo Soares (Folha de S. Paulo), Paulo Fehlauer (Garapa.org), e Pedro Valente (Yahoo!).
  • 9. jornalista-programador Entrevistados concordaram: não é “necessário” saber programar, mas os que compreendem a linguagem de código podem ter nas mãos um grande diferencial para o mercado de trabalho. “Eu tenho que conversar com designers e programadores o dia todo, e preciso transmitir o que o usuário quer. Tudo o que aprendi de linguagem técnica é importante para essas conversas. Não sei se eu seria um bom programador, acho que seria pior que eles, mas esse conhecimento, saber qual coisa é mais ou menos complexa, isso me permite conversar com eles com algum respeito. O fato de eu ter ido atrás e aprendido a programar me ajudou muito” (PEDRO VALENTE).
  • 10. Jornalista-programador: habilidades Usuários avançados da Web (hard users), também são capazes de encontrar e utilizar softwares de conversão (de vídeo, de áudio), e realizar operações técnicas diversas, como montar redes wi-fi, configurar roteadores, instalar placas de captura de vídeo e de áudio em notebooks. a capacidade de resolver problemas que surgem no ambiente dos sistemas digitais. facilidade para lidar com códigos e programas de computador, o bom conhecimento de matemática e a proficiência no uso de tecnologias e da internet.
  • 12. Especialista em banco de dados Há algumas décadas, jornalistas que se especializavam em bancos de dados precisavam ter habilidades de informática muito além do que seria razoável para alguém que não é da área da computação ou não é programador. Agora, muitos dados brutos circulam na rede, e existe uma série de aplicativos, softwares e ferramentas que permitem gerar visualizações e camadas de interfaces simples para leitura e cruzamento desses dados. “Cada vez surgem mais possibilidades de trabalhar com informação. E essas possibilidades podem ser utilizadas para a informação jornalística. Fácil? Fácil não, dá trabalho. Mas elas podem ser apropriadas pelo jornalismo”. (MARCELO SOARES)
  • 13. Especialista em banco de dados: habilidades Facilidade para organizar dados, capacidade e conhecimento para buscas na chamada Web Profunda, conhecimentos de RAC (Reportagem com Auxílio do Computador), matemática, algumas disciplinas de Biblioteconomia e de Ciências da Computação, especialmente ligadas ao funcionamento e criação de scripts para coletar dados de forma automática. Áreas da biblioteconomia como classificação por palavras-chave (tagsonomia) e classificação semântica (folksonomia) são importantes também.
  • 15. Gestor/editor de mídias sociais A mais comum entre as “novas” ocupações no jornalismo. Social Media “Depois de tentar separar editor de redes sociais, como sendo de relacionamento, e mídias sociais, em que a produção de conteúdo era maior e mais importante que o relacionamento (como no caso do Flickr), resolvi usar como sinônimo” (ANA BRAMBILLA). Habilidades: compreensão e uso frequente de redes sociais (hard-user), facilidade para comunicação online, capacidade de pesquisa na internet, capacidade de mediação entre a produção do público e as diretrizes editoriais, organização, e, num sentido amplo, edição. Não ser resistente à experimentar plataformas, linguagens, ferramentas; não ter medo do público, ou resistência a comentários do público; similaridades com o trabalho de Ouvidoria; paciência, curiosidade, mas atenção para checar tudo.
  • 17. jornalista multimídia “Nas reportagens em que desempenhei papel de repórter, coube a outra pessoa fechar, e a mim mesmo cuidar da articulação com a arte/foto/vídeo e, eventualmente, a própria confecção da arte/foto/vídeo. Já nas reportagens em que desempenhei papel de editor, coube a mim editar e cuidar da articulação com a arte/foto/vídeo e ponto. Mas é uma impressão”. (DANIEL JELIN) “Vou da concepção à realização do projeto, trabalhando em praticamente todas as etapas: concepção, redação, fotografia, edição, video, web, distribuição. Se, em determinado projeto, não realizo alguma etapa com as próprias mãos, trabalho na orientação dessa execução”. (PAULO FEHLAUER)
  • 18. jornalista multimídia: habilidades Conhecer os processos digitais de produção e edição de foto, áudio e vídeo, incluindo seus softwares; capacidade para criar narrativas multimídia interativas não-lineares ou lineares e noções de programação em linguagem HTML para desenvolver as plataformas na rede onde estas reportagens estarão publicadas. Saber também de criação de um roteiro e experimentação narrativa, características que até cerca de uma década de meia atrás estava estritamente ligada ao cinema de ficção e documental do que ao jornalismo na internet.
  • 20. Produtor web Cultural/cinema/televisão: “aquele que permite a realização do evento, seja ele qual for (um show, espetáculo, filme, apresentação ou mesmo um fórum de debates). No jornalismo na internet, a figura do produtor aparece em jornalistas que não necessariamente sabem executar todas as tarefas de uma reportagem multimídia interativa, mas conseguem organizar profissionais capazes de construir essa narrativa. “O que eu faço é definir as prioridades do produto e ajudar a equipe a realizá-las, uma por vez. (...) Eu faço o lead das tarefas, o que vai ser feito primeiro” (PEDRO VALENTE).
  • 21. Produtor web: habilidades Noções de arquitetura da informação, design, programação, jornalismo multimídia, gestão de pessoas e de processos, além de noções específicas de administração, escritura e realização de projetos (editais), direito (autoral, especialmente), criatividade, ética e capacidade para gerir projetos.
  • 22. Jornalista empreendedor Passo adiante do produtor web. Na produção cultural há a figura do produtor- executivo: aquele que realiza o orçamento do projeto, cria cronogramas de execução, imagina e busca fontes de recursos para a concretização dos objetivos previstos no projeto. Tem, em muitos casos, uma visão mais ampla, que inclui o mercado e a articulação de parceiros. A simplicidade de criar um veículo jornalístico online, a um custo quase zero, alguns jornalistas viram na web a oportunidade para testar novos caminhos em vez de tentar construir carreiras dentro das empresas jornalísticas tradicionais.
  • 23.
  • 25. Jornalista empreededor: habilidades Como se ensina alguém a empreender?