O documento discute os conceitos centrais do sistema financeiro, incluindo mercados de títulos públicos e privados, mercado de ações, sistema bancário e fundos mútuos. Também aborda a relação entre poupança, investimento e contas nacionais, além de como políticas governamentais podem afetar o mercado de fundos de empréstimos.
2. Apresentar os conceitos e estruturas centrais do sistema
financeiro como um sistema de financiamento com
objetivo central de ligar poupadores e investidores.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar o conceito de crescimento econômico e sua
evidência empírica como fenômeno econômico.
Apresentar o crescimento econômico como
determinado pelo crescimento dos fatores de produção
e da variação da produtividade.
Apresentar a relação entre o crescimento econômico e
as políticas públicas.
3. MERCADOS FINANCEIROS: CARACTERIZAÇÃO E
OBJETIVO CENTRAL
Mercado que permite que a poupança de um indivíduo
torne-se o investimento de outro.
Ou seja, permite que os produtos ou bens que não foram
consumidos por um indivíduos possa ser consumido por
outro por meio da transferência de recursos de um
indivíduo para o outro.
Ou, É o mercado que permite que os recursos escassos de
uma economia migrem de poupadores para “tomadores” de
empréstimos.
Assim, podemos concluir que se refere a transferência
de recursos dentro desta economia, sendo assim
4. MERCADOS FINANCEIROS: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
As instituições que permitem que poupadores e investidores
interajam chamam-se mercados financeiros ou
intermediários financeiros:
Bancos, Mercados de Ações, Fundos Mútuos, etc...
Mercados financeiros são instituições onde poupadores
podem diretamente emprestar recursos para tomadores de
empréstimos.
Mecanismos de vendas de títulos de divida ou ações.
Intermediários financeiros são instituições onde poupadores
indiretamente emprestam recursos para tomadores de
empréstimos.
Sistema bancário e fundos mútuos.
5. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE TÍTULOS
Um título é um certificado de endividamento que
especifica as obrigações do tomador de empréstimo
para com o detentor do título.
Características de um Título:
Prazo: tempo que decorre até o vencimento do título.
Risco de crédito: a possibilidade que o tomador de
empréstimo não pague os juros e/ou o “principal”.
Tratamento tributário: forma pela qual a legislação tributária
cuida dos juros auferidos pelo empréstimo.
Podendo ser emitido por entidades públicas e por
entidades privadas com a finalidade de financiamento.
6. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE TÍTULOS
PÚBLICOS
São instrumentos financeiros de renda fixa (ou pré-definida)
que visam a obtenção de recursos junto à sociedade, com o
objetivo de financiar déficit orçamentário (refinanciamento
de déficit público) e outras operações para fins específicos
definidos por lei. Ou seja, visa financiar via endividamento.
O Tesouro Nacional emite os títulos públicos por meio de:
ofertas públicas competitivas (leilões) com a participação direta de
instituições financeiras;
emissões diretas para finalidades específicas, definidas em leis
(emissões não-competitivas ou sem leilão);
e vendas diretas a pessoas físicas, por meio do Programa Tesouro
Direto.
7. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE TÍTULOS
PÚBLICOS
Algumas categorias de títulos públicos são:
Letras do tesouro nacional, Letras financeiras do tesouro e
Notas do tesouro nacional são custodiadas pela Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia e se destinam ao
refinanciamento do déficit orçamentário.
Certificado financeiro do tesouro é custodiado pela Central
de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos e objetiva
a realização de outras operações financeiras definidas em
lei.
Certificado da Dívida Publica é custodiado pela Central de
Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos e objetiva a
quitação de dívidas junto ao Instituto Nacional de Seguro
Social.
8. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE TÍTULOS DE
ENTIDADES PRIVADAS
São instrumentos financeiros de renda fixa (ou pré-
definida) que visam a obtenção de recursos junto à
sociedade, com o objetivo de financiar as ações desta
entidade por meio de endividamento via títulos. Ou
seja, o proprietário do título é credor da entidade
emissora.
As emissões são realizadas por cada entidade privada
junto à BM&F/BOVESPA.
9. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE TÍTULOS DE
ENTIDADES PRIVADAS
Algumas classes de títulos de entidades privadas:
Notas Promissórias, também conhecidas como commercial
papers, são títulos de curto prazo emitidos pelas empresas
para financiar prioritariamente seu capital de giro.
Debêntures são títulos de médio e longo prazo, que confere
a seu detentor um direito de crédito contra a companhia
emissora, segundo regramentos pré-estabelecidos na
escritura de emissão.
10. MERCADOS FINANCEIROS: MERCADO DE AÇÕES
As ações representam propriedade de uma empresa e
são, portanto, um direito aos lucros futuros gerados.
Ou seja, a venda de uma ação representa a venda de parte
da empresa para um terceiro.
A venda de ações para captar recursos é chamada de
financiamento do lançamento de ações (IPO – Initial
Public Offering).
É importante ressaltar que a revenda destas ações no
mercado não alteram a quantidade de recurso captados
pela entidade que às emitiu.
11. MERCADOS FINANCEIROS: SISTEMA BANCÁRIO
Os bancos são intermediário financeiros que recebem
depósitos de poupadores e emprestam a investidores.
Os bancos remuneram os depósitos e cobram juros,
maiores, dos investidores que são tomadores de
empréstimos.
A diferença entre o juros pago aos depositantes e o juros
cobrado dos investidores é chamado de Spread
Bancário, sendo esta a verdadeira remuneração dos
bancos.
12. MERCADOS FINANCEIROS: SISTEMA BANCÁRIO
Os bancos ajudaram a criar um conjunto de
instrumentos de troca, pessoas passam cheques e usam
cartões de débito e crédito em função dos seus
depósitos.
Um instrumento de troca é algo que pode ser
facilmente utilizado pelas pessoas no comércio,
aumentado a velocidade com que os recurso são
transacionados dentro de uma economia.
13. MERCADOS FINANCEIROS: FUNDOS MÚTUOS
Instituição que vende cotas ao público e emprega os
recursos obtidos com esse venda na aquisição de vários
tipos de ações, títulos ou ambos construindo um
portfólio de ativos.
A principal característica destes fundos é que eles
permitem que pessoas com poucos recursos
diversifiquem as suas aplicações.
Os principais exemplos de fundos mútuos são os fundos
de pensão e as associações de créditos.
14. POUPANÇA, INVESTIMENTO E CONTAS NACIONAIS
Sabendo que:
PIB (Y) = C + I + G + EL
Tomando uma economia fechada (por simplificação)
temos:
Y = C + I + G
Passando “C” e “G” para o lado esquerdo da equação,
temos
Y – C – G = I
onde Y – C – G é o total de renda de uma economia após o
pagamento de todo o consumo e dos gastos do governo.
ou seja, a poupança nacional (S).
15. POUPANÇA, INVESTIMENTO E CONTAS NACIONAIS
Substituindo Y – C – G por “S” (Poupança Nacional)
temos:
S = I
A Poupança Nacional é igual a:
S = Y – C – G, ou ainda, S = (Y – T – C) + (T – G)
onde T = impostos (livre de transferências)
Assim temos os dois componentes da Poupança
nacional (S):
Poupança Privada: (Y – T – C)
Poupança Pública: (T – G)
16. POUPANÇA, INVESTIMENTO E CONTAS NACIONAIS
Poupança Privada
É o que sobre de renda ou recursos dos indivíduos após o
pagamento de impostos e gastos com consumo (Y – T – C).
Poupança Pública
É o que sobre de receita total proveniente de impostos após
o pagamento dos gastos do governo (T – G).
Se T > G então o governo é superavitário, pois arrecada mais
do que gasta. O superávit representa a poupança pública
positiva.
Se G > T então o governo é deficitário, pois ela gasta mais do
que arrecada na forma de impostos.
17. MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS
Fundos emprestáveis referem-se à renda que as pessoas
optaram por guardar e emprestar, ao invés de consumir.
A oferta de fundos para empréstimos vem de indivíduos
com renda excedente e que a querem emprestar.
A demanda por esses fundos vem de indivíduos que
querem tomar empréstimo para fazer investimentos.
18. MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS
A oferta e demanda por fundos depende da taxa de
juros real. O processo pelo qual o mercado passa até
chegar no equilíbrio, determina a taxa de juros real de
uma economia.
A taxa de juros é o preço do empréstimo.
A poupança representa a oferta de fundos, enquanto
investimento representa a demanda.
19. MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS
Q (fundos)
i (Juros)
i1 =5% a.a.
Q1 = R$ 1 bilhão
E1
I1
S1
Oferta de Fundos seria dada pela
Poupança Nacional (S1).
Demanda por Fundos seria dada pelo
Investimento Nacional (I1).
O preço do mercado de fundos seria
a taxa de juros real; ou seja, o
“preço” de emprestar e pegar
emprestado estes fundos.
No ponto de equilíbrio (E1) teríamos
o nível de taxa de juros que permite
que a oferta de fundos seja igual a
demanda por fundos (S1 = I1).
20. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS
Algumas das políticas são:
Impostos e incentivos à poupança.
Impostos e incentivos à investimentos.
Déficits públicos.
Observe como as políticas afetam o equilíbrio, as taxas
de juros e a disponibilidade de fundos no mercado.
21. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: INCENTIVO À POUPANÇA
Impostos sobre os juros obtidos de uma poupança reduz o
ganho futuro da poupança e é um desincentivo à poupar.
Assim, uma redução de impostos alteraria a disposição de
indivíduos em poupar resultando um aumento do desejo de
poupar ao mesmo nível de taxa de juros, com isso teríamos:
Primeiro um deslocamento da oferta de fundos para a direita. O
que geraria um excesso de oferta de fundos.
Com este excesso de oferta teríamos uma redução da taxa de juros
de mercado.
Com a redução da taxa de juros teríamos um aumento da
demanda e uma redução da oferta ao longo das respectivas curvas
de oferta e demanda por fundos, até chegarmos a um novo ponto
de equilíbrio.
22. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: INCENTIVO À POUPANÇA
Efeitos de uma redução de impostos sobre os ganhos da
poupança no mercado de fundos:
Q’1
S2
Q (Fundos)
i (Juros)
Q1
E1
I1
S1
Q2
E2
i1
i2
Início: Situação de equilíbrio (E1).
1º passo: Deslocamento da curva de
oferta para a direita e pra baixo
gerando um excesso de oferta ao
mesmo nível de juros.
2º passo: O excesso de oferta fará
com que os ofertantes diminuam os
juros exigidos.
3º passo: Com isso ocorrerá uma
diminuição de oferta ao longo da
curva de oferta e um aumento de
demanda ao longo da curva de
demanda até que um novo ponto de
equilíbrio seja atingido (E2).
23. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: INCENTIVO À INVESTIMENTOS
Impostos ou custos sobre os recursos obtidos para realizar
um investimento reduz o ganho futuro deste investimento e é
um desincentivo à investir.
Um subsídio ou redução destes impostos para investimentos
iria aumentar o incentivo para tomar dinheiro emprestado
alterando a demanda por fundos:
Primeiro ocorreria um deslocamento da demanda de fundos para
a direita. O que geraria um excesso de demanda de fundos.
Com este excesso de demanda teríamos um aumento da taxa de
juros de mercado.
Com o aumento da taxa de juros teríamos um aumento da oferta e
uma redução da demanda ao longo das respectivas curvas de
oferta e demanda por fundos, até chegarmos a um novo ponto de
equilíbrio.
24. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: INCENTIVO À INVESTIMENTOS
Efeitos de uma redução de impostos sobre a requisição
de recursos para investimento no mercado de fundos:
Q’1
I2
Q (fundos)
i (Juros)
i1
Q1
E1
I1
S1
Q2
i2
E2
Início: Situação de equilíbrio (E1).
1º passo: Deslocamento da curva de
demanda para a direita e pra cima
gerando um excesso de demanda ao
mesmo nível de juros.
2º passo: O excesso de demanda fará
com que os ofertantes aumentem os
juros exigidos.
3º passo: Com isso ocorrerá um
aumento da oferta ao longo da curva
de oferta e uma diminuição da
demanda ao longo da curva de
demanda até que um novo ponto de
equilíbrio seja atingido (E2).
25. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO
O Déficit Orçamentário do Governo é quando o governo
gasta mais do que arrecada com impostos. Ou seja, G >
T.
Dívida Pública é a soma de déficits orçamentários.
Quando o governo toma empréstimos para financiar o
seu déficit, reduz a quantidade de fundos emprestáveis
para indivíduos e firmas investirem.
Ou seja, o governo para a rivalizar com os investidores
na busca por estes recurso para empréstimos.
26. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO
A dívida pública reduz a oferta de fundos emprestáveis
para qualquer nível de taxa de juros, assim:
A curva de oferta de fundos se desloca para a esquerda
reduzindo a quantidade ofertada ao mesmo nível de juros,
gerando um excesso de demanda.
Este excesso de demanda resultará em um aumento da taxa
de juros exigida no mercado.
Com o aumento da taxa de juros teríamos um aumento da
oferta e uma redução da demanda ao longo das respectivas
curvas de oferta e demanda por fundos, até chegarmos a um
novo ponto de equilíbrio.
27. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO
Efeitos de um aumento do déficit orçamentário do
governo sobre o mercado de fundos:
Início: Situação de equilíbrio (E1).
1º passo: Deslocamento da curva de
oferta para a esquerda e pra cima
gerando um excesso de demanda ao
mesmo nível de juros.
2º passo: O excesso de demanda fará
com que os ofertantes aumentem os
juros exigidos.
3º passo: Com isso ocorrerá um
aumento de oferta ao longo da curva
de oferta e uma diminuição da
demanda ao longo da curva de
demanda até que um novo ponto de
equilíbrio seja atingido (E2).
Q’1
S2
Q (Fundos)
i (Juros)
Q1
E1
I1
S1
Q2
E2
i1
i2
28. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO
O Superávit Orçamentário do Governo é quando o
governo gasta menos do que arrecada com impostos.
Ou seja, G < T, o governo apresentaria poupança pública
positiva.
Quando o governo oferta empréstimos devido ao seu
superávit, ele aumenta a quantidade de fundos
emprestáveis para indivíduos e firmas investirem.
Ou seja, o governo amplia a oferta disponível para os
investidores, ao invés de rivalizar na busca por estes
recurso para empréstimos.
29. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO
O superávit público aumenta a oferta de fundos
emprestáveis para qualquer nível de taxa de juros,
assim:
Primeiro temos um deslocamento da oferta de fundos para
a direita. O que geraria um excesso de oferta de fundos.
Com este excesso de oferta teríamos uma redução da taxa
de juros de mercado.
Com a redução da taxa de juros teríamos um aumento da
demanda e uma redução da oferta ao longo das respectivas
curvas de oferta e demanda por fundos, até chegarmos a um
novo ponto de equilíbrio.
30. POLÍTICAS DO GOVERNO QUE AFETAM MERCADOS DE
FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO
Efeitos de um aumento do superávit orçamentário do
governo sobre o mercado de fundos:
Q’1
S2
Q (Fundos)
i (Juros)
Q1
E1
I1
S1
Q2
E2
i1
i2
Início: Situação de equilíbrio (E1).
1º passo: Deslocamento da curva de
oferta para a direita e pra baixo
gerando um excesso de oferta ao
mesmo nível de juros.
2º passo: O excesso de oferta fará
com que os ofertantes diminuam os
juros exigidos.
3º passo: Com isso ocorrerá uma
diminuição de oferta ao longo da
curva de oferta e um aumento de
demanda ao longo da curva de
demanda até que um novo ponto de
equilíbrio seja atingido (E2).
31. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. São Paulo:
Cengage Learning, 2009. 838 pg.
VASCONCELLOS, M. S. Economia, Micro e Macro, Atlas,
2002.
Banco Mundial. 2013. <http://data.worldbank.org/>.
Tesouro Nacional. 2013.
<https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/divida-
publica/conceitos-basicos>.
Bolsa de Mercados e Futuros. 2013.
<http://www.bmfbovespa.com.br/Renda-
Fixa/RendaFixa.aspx?idioma=pt-br>