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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA – UFMT
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS
MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM
CUIABÁ-MT

LUCIMAR BORGES GONÇALVES

CUIABÁ, MT
2009
LUCIMAR BORGES GONÇALVES

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS
MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM
CUIABÁ-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Educação Física – UFMT, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Licenciado em Educação Física.
Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira
dos Santos

CUIABÁ, MT
2009
LUCIMAR BORGES GONÇALVES

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS
MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM
CUIABÁ-MT

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do grau de Licenciado
em Educação Física, e aprovado em sua forma final pelo professor da Disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso da Faculdade de Educação Física – UFMT.

__________________________________________________________
Professor Ms. Edmur Carmona

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________________________
Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira dos Santos – UFMT
__________________________________________________________
Membro: Prof. Ms. Dorival Garcia Coelho – UFMT

__________________________________________________________
Membro: Prof. Esp. Roberto Jaime dos Santos – UFMT

CUIABÁ, 30 de Junho de 2009.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Sebastião e
Luzia, meus irmãos Luciana e Leomar, meu
sobrinho/afilhado João Vitor e a minha namorada
Maria Alves.
A todos aqueles que acreditaram em mim e
contribuiram para a realização deste trabalho.
A todos, muito obrigado.
Resumo
GONÇALVES, Lucimar Borges. Ginástica Laboral e os Níveis de Estresse de Policiais
Militares de uma Base Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. 2008. 40f. Curso de
Educação Física. Faculdade de Educação Física - UFMT, Cuiabá-MT, 2009.

O presente estudo, qualitativo descritivo, verificou as implicações da Ginástica Laboral (GL) nos
sintomas de estresse, nos aspectos físicos e psicológicos, de policiais militares de uma Base
Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. A amostra foi composta por 20 policiais militares, 18 do
gênero masculino e 02 do gênero feminino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade foi
de 33 anos e devio padrão de (± 5,75), de uma população de 50 policiais lotados na referida base.
Foram desenvolvidas 50 sessões de GL, preparatória e de relaxamento, com duração de 15 minutos
cada, durante um mês. O número máximo de participação foi de até 8 sessões, em função da
indisponibilidade de tempo dos policiais. Para coleta de dados utilizou-se de um questionário
diagnóstico (SANTOS, 2006) e do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp - ISSL (2000), pré e
pós-teste. Após a análise dos dados, verificou-se que no pré-teste, 25% dos policiais encontravamse na fase “exaustão”, 15% na fase “resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste
observou-se que nenhum policial estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”,
“resistência” e “alerta” e 85% sem sintomas de estresse. Com relação ao número de sintomas físicos
e/ou psicológicos, no pré-teste, três policial apresentaram seis, oito e dez sintomas da fase de alerta,
já no pós-teste apenas um policial manifestou oito sintomas da fase de alerta. Na fase de resistência
(somente sintomas físicos), três policiais apresentaram cinco sintomas, dois policiais apresentaram
seis sintomas no pré-teste e um policial apresentou cinco sintomas no pós-teste. Na fase de quaseexaustão (somente sintomas psicológicos), três policiais apresentaram três sintomas e um policial
apresentou quatro sintomas no pré-teste, já no pós-teste somente um policial manifestou três
sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), um policial apresentou 10
sintomas, um policial apresentou nove sintomas e três policiais apresentaram oito sintomas, no préteste, no entanto nenhum policial apresentou mais de seis sintomas no pós-teste. Com base nos
resultados, verificou-se que os policiais apresentaram diferenças consideráveis, entre o início e o
término das sessões de GL, evidenciadas com aumento no número de policiais que não aprentavam
sintomas de estresse e com redução do número de sintomas físicos e psicológicos. Assim, concluise que a GL influenciou na redução dos sintomas de estresse dos policiais militares.
Palavras-chave: Ginástica Laboral. Estresse. Polícias Militares.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 2
2.1. Polícia Militar ................................................................................................................ 2
2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras ................................................................... 2
2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso ............................................................. 3
2.1.3. Polícias Militares e suas Competências Legais e Constitucionais ........................... 4
2.2. O que é Estresse? ........................................................................................................... 5
2.2.1. Fases e Mecanismos de Resposta ao Estresse .......................................................... 6
2.2.2. Nível Ideal de Estresse ............................................................................................. 8
2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial .............................................................................. 8
2.3. Ginástica Laboral ........................................................................................................... 9
2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral ............................................................................. 10
2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral .............................................................................. 10
2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral .................................................................................... 11
2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral ............................................................................ 12
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 15
3.1. Objetivo Geral .............................................................................................................. 15
3.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 15
4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 16
4.1. Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 16
4.2. População e Amostra ................................................................................................... 16
4.3. Materiais....................................................................................................................... 16
4.4. Coleta de Dados ........................................................................................................... 16
4.5. Procedimentos .............................................................................................................. 17
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 19
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 24
ANEXOS
1

1. INTRODUÇÃO
Diversas pesquisas demonstram que as profissões mais desgastantes e estressantes são
aquelas que lidam diretamente com pessoas. A profissão de policial militar por lidar a todo o
momento com pessoas, tentando resolver tudo quanto é tipo de problema, acaba por proporcionar a
este profissional um desgaste físico e/ou psicológico, tensão e tantos outros males. Este profissional
apresenta um índice muito elevado de estresse, acarretando problemas familiares, gastos com a
saúde, faltas ao trabalho e até a morte. Tendo como ponto de partida os altos índices de estresse,
problemas psicológicos e desgaste físico por parte do profissional da segurança pública, buscou-se
fazer um trabalho com este grupo de profissionais, para verificar quais os níveis de estresse
apresentados, quantidade de sintomas e se ocorreria alguma alteração nesse quadro após serem
submetidos a sessões de Ginástica Laboral (GL).
Um grupo composto por 20 policiais militares, lotados numa base comunitária de
segurança de Cuiabá-MT, participou desse trabalho no período de um mês, com participação em
sessões de GL, respondendo a um questionário diagnóstico e preenchendo ao Inventário de
Sintomas de Stress de Lipp (ISSL, 2000) ao início e ao final do trabalho.
Está detalhado no trabalho, informações importantes a respeito do estresse, do policial
militar e da GL.
2

2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Polícia Militar
A Polícia se faz presente em todos os países, com funções de prevenção e repressão ao
crime e manutenção da ordem pública, através do uso legítimo da força se necessário, fazendo
respeitar e cumprir as leis.
O termo provém do vocábulo grego “politeia”, donde derivou para o latim “politia”, ambos
com o mesmo significado: governo de uma cidade, administração, forma de governo.
Portanto, polícia é a denominação das corporações governamentais incumbidas da
aplicação de determinadas leis destinadas a garantir a segurança de uma coletividade, a
ordem pública e a prevenção e elucidação de crimes (LEITE, 2009, p. 1).

A polícia é a organização destinada a prevenir e reprimir delitos com garantia da ordem
pública, liberdade e segurança individual, caracterizando-se pela manifestação mais perfeita do
poder público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar a própria estabilidade e proteger a ordem
social (DE PAULA apud BATISTA, 2009, p. 1).
A polícia, em seu ideal de bem servir, deve ser tranquila na sua atuação, comedida nas
suas ações, presente em todo lugar e sempre protetora, velando pelo progresso da sociedade, dos
bons costumes, do bem estar do povo e pela tranquilidade geral (NETO, 2001, p. 5).
Segundo Honoré de Balzac, romancista francês do Séc. XIX, (apud Batista, 2009, p. 1): "os
governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna". Não existindo nem sociedade nem Estado
dissociados de polícia, pois, pelas suas próprias origens, ela emana da organização social, sendo essencial
à sua manutenção.
2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras
No início do Século XIX (1808), o Rei D. João VI e a Família Real Portuguesa,
juntamente com sua corte, mudam-se para o Brasil, fugindo das conquistas Napoleônicas ao
território europeu, instalando-se no Rio de Janeiro.
3
Antes da chegada da Família Real, a segurança pública no Rio de Janeiro era realizada
pelos “quadrilheiros”, grupo formado por “bons homens do Reino”, responsáveis pelo policiamento
das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio. Com a chegada da Família Real este efetivo mostrou-se
ineficiente para fazer a proteção da corte, criou-se então em 1809 a Divisão Militar da Guarda Real
da Polícia da Corte, que era formada por 218 guardas com armas e trajes idênticos aos da Guarda
Real Portuguesa (LARANJEIRA, 2009, p. 1).
A Guarda Real de Polícia, como ficou primeiramente conhecida a Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro, foi a primeira instituição policial criada no Brasil, dando origem as
demais corporações provinciais.
Mas mesmo antes da vinda da família real ao Brasil, havia o que os historiadores
consideram a mais antiga força militar de patrulhamento.
Ela surgiu em Minas Gerais em 1775, originalmente como Regimento Regular de Cavalaria
de Minas, criado na antiga Vila Velha (atual Ouro Preto). “A então “PM” de Minas Gerais,
paga pelos cofres públicos, era responsável pela manutenção da ordem pública, na época,
ameaçada pela descoberta de riquezas no Estado, especialmente o ouro” (SOUZA, 2009, p.
1).

Na primeira metade do século XVIII a região oeste da colônia Portuguesa (Brasil),
passa a ser explorada por expedições oficiais (Entradas) e particulares (Bandeiras) com o intuito de
expandir o território e acumular riquezas para a metrópole portuguesa. Com a descoberta do ouro na
região de Mato Grosso, houve um grande aumento do contingente populacional, criação da
Capitania de Mato Grosso e das Forças de Segurança para a defesa do território e manutenção da
ordem, conforme veremos no próximo item.
2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso
Com a recém criada Capitania de Mato Grosso em 1748, desmembrada de São Paulo,
Dom Antônio Rolim de Moura, 1º Governador, fundou Vila Bela da Santíssima Trindade em 1753,
capital da província e organizou a segurança pública com o nome de Companhia de Ordenanças,
contendo 80 (oitenta) homens. Dezesseis anos mais tarde (1769), é transformada em “Força
Pública”, com o efetivo de 620 (seiscentos e vinte) homens, dos quais mais da metade da
Companhia de Ordenanças. A partir daí a segurança pública de então passou por várias situações no
decorrer de 82 (oitenta e dois) anos, dos quais 70 (setenta) anos foram de Brasil - Colônia. Suas
atividades limitavam-se, basicamente, à Vila Bela e Cuiabá (MONTEIRO, 1985, p. 11-2).
O período provincial, após a proclamação da independência, é marcado pela criação da
Polícia Militar de Mato Grosso, por meio do decreto Lei nº 30, de 05 de setembro de 1.835, com a
denominação de Homens do Mato. Nesta fase, a função da polícia era basicamente caçar escravos
4
fugidos, daí o nome homens do mato, e atendendo aos interesses políticos do governo da época.
Foram adotadas várias denominações no período provincial, tais como: Corpo Municipal
Permanente, Guarda Provisória de Segurança, Companhia de Pedestres e Secção de Companhia de
Força Policial. Durante a Guerra do Paraguai passou a denominar-se Voluntários da Pátria e Pósguerra Companhia de Polícia. Já no período republicano, a Polícia Militar de Mato Grosso também
recebeu as seguintes denominações: Força Pública, Corpo de Polícia, Corpo Militar e Força Policial
(MONTEIRO, 1985, p. 14-32).
A partir da Constituição Federal de 1946, as Corporações dos Estados (as antigas
guardas) passaram a ser denominadas Polícias Militares, com exceção do Estado do Rio Grande do
Sul que preferiu manter, em sua força policial, o nome de Brigada Militar, situação que perdura até
hoje (SOUZA, 2009, p. 1).
A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso completará em 05 de setembro de 2009,
174 anos de existência, cujo papel é de extrema importância à sociedade matogrossense, teve
participação decisiva durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870) e contribuiu com a defesa do
território matogrossense, formando o Brasil com o Uruguai e Argentina a chamada Tríplice Aliança
contra os paraguaios.
Na época, como o país não dispunha de um contingente militar suficiente para combater
os cerca de 80 mil soldados paraguaios, o governo imperial se viu forçado, então, a criar os
chamados Corpos de Voluntários da Pátria (PEREIRA, 2002, p. 54).
2.1.3. Polícias Militares e suas competências legais e constitucionais
Conforme a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, a segurança pública é
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Cabendo à Polícia Militar o policiamento
ostensivo, preventivo e preservação da ordem pública nos Estados brasileiros e no Distrito Federal.
As Polícias Militares estão subordinadas aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios (art. 144 § 6º da Constituição Federal de 1988) e são, para fins de
organização, forças auxiliares e reserva do Exercito Brasileiro e integram o Sistema de Segurança
Pública e Defesa Social Brasileiro. Seus integrantes são denominados militares estaduais (artigo 42
do artigo 42 da Constituição da República Federativa do Brasil), assim como os membros dos
Corpos de Bombeiros Militares.
O policial militar é segundo diversas literaturas, um dos profissionais com maiores
níveis de estresse, tendo que cumprir muitas vezes dupla jornada de trabalho para complementar a
renda familiar, enfrentar más condições de trabalho, atuar em situações de risco extremo e com a
5
necessidade de tomar decisões rápidas. Desse modo, fez-se necessário entender o que vem a ser
estresse.
2.2. O que é Estresse?
Segundo (Reis, 2007, p. 1), a palavra stress é de origem inglesa, adaptada pela
Academia de Ciências de Lisboa, quer dizer “tensão” ou “pressão”. A sua origem esteve nas
expressões latinas "stringere" que significava "esticar" ou "deformar" e "strictus", que significava
"esticado"," tenso", "restrito", "estreito", "apertado".
Segundo Selye (apud Benke e Carvalho, 2008, p.3),
a palavra estresse vem do inglês stress. Este termo foi usado inicialmente na física para
traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou
tensão e transpôs este termo para a medicina e biologia, significando esforço de adaptação
do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu
equilíbrio interno, definindo-a como Síndrome Geral de Adaptação (SGA).

Lipp (2004, p. 17) define o estresse como uma reação do organismo, com componentes
físicos e/ou psicológicos, diante de situações que de um modo ou de outro, irritem, amedrontem,
excitem ou confundam, ou mesmo diante de uma situação feliz. Trata-se de uma tentativa de vencer
um desafio, de sobreviver a uma ameaça ou de lidar com uma adaptação necessária do momento,
mesmo que seja algo extremamente desejado e esperado.
Segundo Lipp, (apud Benke e Carvalho, 2008, p.5), o estresse pode ter origem em
fontes externas e internas:
As fontes internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de
personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o acontecimento em si
que se torna estressante, mas a maneira como é interpretado pela pessoa. Os estressores
externos podem estar relacionados com as exigências do dia-a-dia do indivíduo como os
problemas de trabalho, familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma
posição na empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou
dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das grandes cidades,
entre outros. Muito freqüentemente, o estresse ocorre em função dos diversos tipos de
cargos, de ocupação que a pessoa exerce.

A reação do estresse pode ocorrer em face de estressores inerentemente negativos, como
no caso de dor, fome, frio ou calor excessivo, ou em decorrência da interpretação que se dá do
evento desafiador. Desse modo, o mesmo evento pode desencadear ou não uma reação de estresse
em pessoas diferentes, dependendo da interpretação que cada um dá ao evento (LIPP, 2004, p. 17).
Segundo Reis (2007, p. 1), O estresse é um tipo particular de relação entre pessoa e o
seu meio, marcada pela percepção de exigências que cobrem ou excedem os seus recursos de
“coping” (capacidade de adaptação) e que podem por em perigo o bem-estar do indivíduo. O stress
6
decorrerá então da discrepância entre o que o indivíduo sente que lhe é exigido e a percepção dos
recursos que o indivíduo tem para lidar com a situação, o que é sinalizado pelo organismo, de forma
global, a vários níveis: fisiológico (imunológico, hormonal, neural), psicológico (emocional,
cognitivo e comportamental) e social (família, trabalho, comunidade).
Segundo Neman (apud Leite, Rogatto e Valim-Rogatto, 2008, p. 5),
quando os indivíduos são levados a situações extremamente estressantes, várias alterações
fisiológicas podem ocorrer, tais como, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial,
e elevação dos hormônios de estresse e da atividade do sistema nervoso, o que pode ser bom
até certo ponto, devido ao organismo se adaptar e ficar mais resistente aos estímulos
estressores negativos que poderão surgir futuramente. Contudo, caso eles comecem a afetar
sua condição mental e física, estes passam a ser prejudiciais.

O estresse é assim um fenômeno biológico, psicológico e social que afeta
inevitavelmente todas as pessoas. Quando é resolvido de forma adequada, as pessoas superam uma
dificuldade, aumentando as suas capacidades, constituindo assim um fator de desenvolvimento. Se
não for solucionado de forma adequada, a dificuldade permanecerá, o que causa sofrimento ao
indivíduo podendo então provocar doenças (REIS, 2007, 1).
O estresse é, portanto, um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois
faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de
dificuldade. Por outro lado, o estresse exagerado pode ter conseqüências mais danosas, como por
exemplo, o cansaço, irritabilidade, falta de concentração, depressão, pessimismo, queda da
resistência imunológica, entre outros (JORGE, 2004, p. 60).
2. 2.1. Fases e mecanismos de resposta ao Estresse
O modelo trifásico de estresse proposto por Selye, contendo as fases de alerta,
resistência e exaustão foi utilizado por muitos anos em diversos trabalhos, no entanto percebeu-se
que a fase de resistência carecia de reflexão, uma vez que a verdadeira resistência implica
justamente a eliminação da maioria dos sintomas; além disso, se considerar que no geral as pessoas
não entram na fase de exaustão subitamente há que se prever que antes da exaustão existia um
período de transição, em que a pessoa não mais esteja sendo capaz de resistir, mas ainda não tenha
atingido a exaustão completa. Seria uma fase em que as defesas estão se quebrando, em que a
resistência não é mais totalmente eficaz, mas ainda está presente. Evidência a favor dessa
postulação veio no decorrer da padronização do ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp,
2000), quando uma quarta fase do estresse foi identificada tanto clínica como estatisticamente. A
essa nova fase foi dado o nome de quase-exaustão pelo fato de ela se encontrar entre a fase de
resistência e a de exaustão.
Segundo Lipp (2004, p. 20-1), o modelo quadrifásico representa uma extensão do
7
modelo trifásico, postulando que o estresse se desenvolve do seguinte modo:
a) Fase de alerta: Corresponde a uma necessidade da pessoa em utilizar mais força frente ao perigo,
assim um mecanismo de luta ou fuga é ativado e começa uma produção de noradrenalina pelo
sistema nervoso simpático. A medula das glândulas supra-renais produz mais adrenalina, o córtex
das supra-renais descarrega secreção hormonal no sangue que se torna mais concentrado. Tal
alteração fisiológica culmina com um aumento de motivação, de energia e melhora da
produtividade desde que este processo não seja excessivo.
b) Fase de resistência: Caracterizada por um aumento da capacidade de resistência fora do normal.
Na fase anterior a homeostase do organismo foi quebrada e perdurou sem seu restabelecimento,
aqui o organismo busca se restabelecer, o que gera um consumo de energia e consequentemente
problemas com a memória e sensação de desgaste generalizado, dentre outras consequências.
c) Fase de quase-exaustão: As defesas do organismo começam a ceder e este não mais consegue
resistir às tensões e restabelecer a homeostase. Como sinal de que a resistência não está tão eficaz
algumas doenças começam a surgir.
d) Fase de exaustão: Quebra total da resistência, com o aparecimento de alguns sintomas
semelhantes à fase de alerta, mas com intensidade muito maior. Exaustão psicológica em forma de
depressão e exaustão física e aparecimento de algumas doenças, podendo ocorre até a morte.

Segundo Campos (2004, p. 1), qualquer problema, real ou imaginário, provoca
estímulos no córtex (parte mais externa do cérebro), que envia mensagens ao hipotálamo (principal
gatilho para a resposta ao estresse). O hipotálamo então estimula uma parte do sistema nervoso
chamado de autônomo, que secreta dois neurotransmissores (noradrenalina e acetilcolina), ativando
as glândulas supra-renais, produzindo os hormônios típicos do estresse, ou seja, o cortisol, a
adrenalina e a noradrenalina, provocando uma série de mudanças no organismo, tais como:
Aumento da sudorese, desvio do sangue do sistema digestivo e extremidades para os músculos,
diminui a resposta imunológica do organismo, dilatação das pupilas para potencializar a visão,
aumento da pressão arterial, aceleração da frequência cardíaca, queda de temperatura nas mãos e
pés. Quando o estímulo para o estresse acaba, o córtex pára de emitir impulsos e o organismo volta
ao seu funcionamento normal em cerca de três minutos. Se o estímulo não for interrompido ou se
repetir com frequência, a pessoa pode entrar em um estado de estresse crônico.
8
2.2.2. Nível ideal de estresse
O estresse fora do controle pode desestabilizar a vida afetiva, tirar a alegria do convívio
familiar e abalar as amizades. Pode tornar a vida profissional desagradável e até insuportável, e não
sendo controlado, poderá tornar o dia a dia muito difícil, desagradável e penoso, encurtando a vida
da pessoa (LENSON, 2006, p. 8).
Saber lidar com o estresse é uma condição essencial para a sobrevivência humana, pois
se ele for bem compreendido e controlado pode até certo ponto ser positivo, preparando o
organismo para lidar com situações difíceis da vida (Rossi apud Cipriano, 2004, p.162).
Segundo Lipp (2004, p. 23), o nível ideal de estresse corresponde ao ponto anterior ao
máximo de estresse e de produtividade de que o ser humano é capaz. Portanto, é na fase de
resistência que uma pessoa mobiliza suas energias de reserva e por isso, frequentemente, chega ao
pico de sua produtividade, a um estágio de desempenho máximo de que é capaz. O ponto de maior
resistência do organismo coincide com aquele de maior produtividade e também o ponto
imediatamente anterior à quebra do organismo.
Conforme Hueb (2009, p. 1) para se ter uma vida saudável, feliz e produtiva torna-se
necessário: manter um programa regular de alimentação saudável, exercitar-se regularmente,
equilibrar trabalho e lazer, sorrir bastante, falar dos problemas com alguém, administrar o tempo,
encarar as mudanças como desafios, oportunidades ou benefícios, treinar para eventos estressantes,
modificar o seu meio ambiente para diminuir ou controlar a exposição aos fatores estressantes.
2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial
A profissão de policial militar é uma atividade de alto risco, uma vez que esses
profissionais lidam, no seu cotidiano, com a violência, a brutalidade e a morte. A literatura aponta
que os policiais estão entre os profissionais que mais sofrem de estresse, pois estão constantemente
expostos ao perigo e à agressão, devendo freqüentemente intervir em situações de problemas
humanos de muito conflito e tensão.
Os acontecimentos de estresse ocorrem com maior freqüência em algumas atividades
profissionais por suas características e exposição aos riscos. Estudos demonstram que policiais,
bombeiros, petroleiros, aeroviários e bancários estão entre algumas das categorias com maior
incidência de eventos (LEAL, 2005, p. 157).
Uma das profissões mais susceptíveis ao estresse é a do Policial. Pesquisas brasileiras
demonstram que mais do que 50% de Policiais Militares, de batalhões operacionais, apresentam
sintomas psicossomáticos de estresse e necessitam de acompanhamento médico e ou psicológico.
O estresse acumulado no serviço policial, além de distúrbios emocionais, pode originar problemas
9
significativos de saúde como os cardiovasculares, gastrointestinais, alcoolismo e tabagismo etc
(ARZABE e SOCCI, 2005, p.235).
Uma pesquisa realizada entre os anos de 2004 e 2005, utilizando do Inventário de
Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), aplicado em 264 policiais militares da cidade de
Natal-RN, mostrou que 47,4% dos policiais apresentavam sintomatologia de estresse, sendo que
3,4% encontravam-se na fase de alerta, 39,8% na fase de resistência, 3,8% na fase de quaseexaustão e 0,4% na fase de exaustão. Sintomas psicológicos foram registrados em 76,0% dos
policiais com estresse, e sintomas físicos, em 24,0%. Havendo uma incidência maior entre as
mulheres (COSTA et al., 2007, p. 219).
Pesquisa realizada no município de União da Vitória-PR no ano de 2005 comparou o
nível de estresse de 20 policiais militares do sexo masculino, divididos em dois grupos, sendo um
grupo de sedentários e outro de praticantes de atividade física. Concluiu-se que o nível de estresse
apresentado pelos dois grupos é considerado elevado, pois os sedentários apresentaram uma média
de 38,8 pontos, enquanto os ativos apresentaram uma média de 33,5 pontos, sendo que na escala a
pontuação acima de 25 é considerado como nível elevado de estresse (PORTELA E FILHO, 2007,
p. 6).
2.3. Ginástica Laboral
No ano de 1901, na fábrica de tecidos Bangu, sediada no Rio de Janeiro, os funcionários
dessa indústria têxtil se reuniam em torno de um campo de futebol para praticar atividades físicas
(LIMA, 2005, p.3).
Na Polônia, em 1925, com a publicação de um pequeno livro, denominado de Ginástica
de Pausa surge a primeira manifestação de Ginástica Laboral. Era destinada a operários e alguns
anos depois surgiu na Holanda e Rússia. Em 1928, a Ginástica Laboral surge no Japão, sendo uma
atividade diária de descontração e cultivo da saúde, para trabalhadores do correio. Ainda no Japão
na década de 60 ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória.
Surgiu também na Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica programas semelhantes (LIMA, 2005, p.
3-4).
No Brasil, em 1973, a FEEVALE (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior
em Novo Hamburgo-RS), juntamente com a sua Faculdade de Educação Física elaboraram o
projeto “Educação Física Compensatória e Recreação”. Em 1978, ela e o SESI elaboraram e
implantaram o projeto “Ginástica Laboral Compensatória e Recreação” (NASCIMENTO E
MORAES apud SILVA e BRAGA, 2006, p. 41).
10
2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral
Ginástica Laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados pelos
funcionários no ambiente de trabalho, com a finalidade de prepará-los para as atividades diárias.
Baseia-se em técnicas de alongamento, distribuídas pelas várias partes do corpo, dos membros,
passando pelo tronco, à cabeça, técnicas de relaxamento, massagem e atividades recreativas.
Ginástica Laboral é descrita como a prática de exercícios físicos realizados coletivamente
durante a jornada de trabalho, prescritos de acordo com a função exercida pelo trabalhador,
visando compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são
requeridas, relaxando-as e tonificando-as. Essa prática tem como finalidade prevenir
doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência
corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo (LIMA et al.,
apud LIMA, 2005, p.7).

Para Polito e Bergamaschi (apud Poletto, 2002, p. 51), a Ginástica Laboral constitui-se
de séries de exercícios diários, realizados no local de trabalho, durante a jornada, que visa atuar na
prevenção das lesões ocasionadas pelo trabalho, normalizar as funções corporais e proporcionar aos
funcionários um momento de descontração e sociabilização.
A Ginástica Laboral é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas
como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim a partir da
diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento
da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente (LIMA, 2005, p.7-8).
Segundo Militão (apud Santos e Farias, 2008, p.6), a GL deve ir além dos exercícios
específicos realizados no local de trabalho deve ser motivante, informante e inovadores.
Certamente, o indicado é que seja proposto pelas empresas palestras educativas, com a proposta de
esclarecer aos funcionários em que constitui o programa, seus benefícios, objetivos e a razão pela
da implantação do programa mencionado.
O corpo humano foi feito para o movimento, não dura muito com o sedentarismo,
precisa de um equilíbrio entre o repouso, uma boa alimentação e movimento para aumentar as
chances de sobrevivência.

2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral
Tem como objetivo minimizar os efeitos negativos oriundos do sedentarismo na vida e
na saúde do trabalhador, prevenindo doenças ocupacionais, promovendo o máximo de bem-estar e
o convívio social dos trabalhadores, servindo como ferramenta para a promoção do melhor
convívio diário (LIMA apud SANTOS e FARIAS, 2008, p.6).
Segundo Sharkey (apud Santos e Farias, 2008, p. 5):
11
A Ginástica Laboral consiste na realização de exercícios para a promoção de aquecimento
músculoesquelético (preparando o organismo para o trabalho físico e melhorando o nível
de concentração, elevando a temperatura corporal e o aporte de sanguíneo para os tecidos),
alongamentos (prepara os músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares, para
maiores amplitudes dos movimentos), resistência muscular localizada (favorecendo a
normalização do tônus muscular decorrente do esforço repetitivo nas tarefas laborais e
atividades diárias, fornecendo a manutenção do equilíbrio muscular e a prevenção das
doenças osteomusculares) e relaxamento (a finalidade é compensar e relaxar todo e
qualquer esforço repetitivo nos músculos, articulações, tendões e ligamentos, transcorridos
no período de trabalho).

Para Polito e Bergamaschi (apud Longen, 2003, p. 62) os benefícios da Ginástica
Laboral são:
Promover a saúde, corrigir os vícios posturais, diminuir o absenteísmo e a procura
ambulatorial, melhorar a condição física geral, aumentar o ânimo e disposição para o
trabalho, promover o auto-condicionamento orgânico, promover a consciência corporal,
melhorar o relacionamento interpessoal, prevenir a fadiga muscular; prevenir LER/DORT.

Seu objetivo é proporcionar ao funcionário uma melhor utilização de sua capacidade
funcional através de exercícios de alongamento, de prevenção de lesões ocupacionais e dinâmicas
de recreação. O programa de atividades deve ser desenvolvido após uma avaliação criteriosa do
ambiente de trabalho e de cada funcionário em particular, respeitando a realidade da empresa e as
condições disponíveis (POLITO e BERGAMASCHI, 2004: p.1-2).
A Ginástica Laboral busca criar um espaço, no qual os trabalhadores, por livre e
espontânea vontade, exercem várias atividades e exercícios físicos, que são muito mais do que um
condicionamento mecanicista, repetitivo e autômato. A GL deve ser muito bem planejada e variada,
já que é uma pausa ativa no trabalho e serve para quebrar o ritmo da tarefa que o trabalhador
desempenha, funcionando como uma ruptura da monotonia (MENDES e LEITE apud DIAS et al.,
2006, p. 328).
2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral
Segundo Lima (2005, p. 13-8), a Ginástica Laboral pode ser classificada em ginástica
preparatória, compensatória e relaxamento.
a) Ginástica Laboral Preparatória: realizada antes do início da jornada de trabalho ou nas primeiras
horas, com duração aproximada de 5 a 15 minutos, com o objeto principal de preparar os
12
funcionários para sua tarefa, aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados em seus
trabalhos laborais, despertando-os para uma maior disposição ao iniciá-las (LIMA, 2005, p. 13-4).
Conforme Couto (apud Martins, 2005, p. 47-8), a Ginástica Laboral Preparatória pode
ser utilizada como prevenção da fadiga por tensão cognitiva, tendo em vista que pode proporcionar
um número maior de estímulos cerebrais, tornando o indivíduo mais desperto e, assim, mais apto a
ter respostas adequadas ou corretas.
Segundo Couto et al. (Lima, 2005, p. 15), a Ginástica de Aquecimento aumenta a
temperatura dos músculos e tendões, facilitando o deslocamento dos filamentos contráteis.
b) Ginástica Laboral Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho, com duração
aproximada de 10 minutos. O objetivo dessa ginástica é compensar os músculos que foram
trabalhados em excesso, durante a atividade diária, além de interromper a monotonia operacional
(LIMA, 2005, p. 17).
Grandjean (apud Martins, 2005, p. 13) ressalta que a pausa é fundamental para que haja
a manutenção do ritmo produtivo do trabalhador.
c) Ginástica Laboral de Relaxamento: realizada no final do expediente, com duração aproximada de
10 minutos. Ela é baseada em exercícios de alongamentos relaxantes para oxigenar as musculaturas
envolvidas no trabalho diário (LIMA, 2005, p. 18).
É interessante incluir o relaxamento com atividade para aliviar as tensões, utilizando
muitas vezes, a música como recurso (CAÑETE apud LIMA, 2007).
2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral
Para, os benefícios proporcionados pela Ginástica Laboral são inúmeros. Assim, os
autores destacam a promoção da saúde, correção dos vícios posturais, diminuição do absenteísmo,
melhora da condição física geral, aumento do ânimo e disposição para o trabalho, e promoção do
auto-condicionamento orgânico (POLITO e BERGAMASCHI apud SANTOS et al., 2007, p.2).
Por sua vez, Oliveira (apud Santos et al., 2007, p.2) destaca que a Ginástica Laboral
contribui ainda para a promoção da consciência corporal, preparação biopsicossocial dos
participantes, melhoria do relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho e,
conseqüentemente, aumento da produtividade no trabalho, com qualidade.
Vários são os estudos que apontam os benefícios da ginástica laboral onde temos, alguns
destes benefícios citados, tais como: melhor condicionamento respiratório, promoção da
consciência corporal, prevenção das doenças do trabalho, correção das más posturas da coluna,
promoção da saúde total (física, social, emocional, psíquica, profissional e espiritual), evitar
ausências no trabalho (absenteísmo) e contratação de substitutos, fortalecimento das interações
interpessoais, melhoria da qualidade do serviço ou produto, aumento da produtividade, prevenção
do cansaço físico e mental (DIASCANIO apud SILVA e BRAGA, 2006: p.14).
Segundo Santos e Farias (2008, p.1-2):
13
Um dos maiores benefícios que o local de trabalho e a ginástica laboral pode oferecer ao
funcionário é o incentivo para aumentar ou iniciar o nível de atividade física, que resultará
lucro para empresa, bem-estar ao funcionário, com redução do sedentarismo e como
resposta, promoção à saúde do funcionário.

Segundo Polito e Bergamaschi (apud Santana 2007, p.4) e Esqueisaro (apud Lima,
2007, p. 5-6) a Ginástica Laboral pode gerar benefícios fisiológicos, psicológicos, sociais e
empresariais:
Fisiológicos:


Diminuição da fadiga muscular;



Prevenção de lesões musculotendinosas e ligamentos;



Melhora da força e resistência muscular;



Melhora da coordenação motora;



Correção dos Vícios posturais;



Diminuição de patologias e casos de LER/DORT;



Ganho da amplitude articular e da flexibilidade;



Promove a adequação do organismo para o trabalho;



Diminui o risco de acidentes no trabalho;



Não leva os participantes ao cansaço, por ser de curta duração (10 a 15 minutos).
Psicológicos:



Melhora a capacidade de atenção e concentração no trabalho;



Aumento de satisfação do empregado no ambiente de trabalho;



Favorece a mudança da rotina;



Desenvolve a consciência corporal;



Combate tensões emocionais.
Sociais:



Estimulação da criatividade e da liderança;



Promoção da cooperação e comunicação, melhorando as relações humanas;



Aumento da capacidade de encontrar soluções rápidas e efetivas.
Empresariais:



Diminuição do Absenteísmo ao trabalho;



Aumento da produção e lucros às empresas;



Melhoria da imagem da instituição junto aos funcionários e a sociedade.
14


Diminui o número de queixas, afastamentos médicos, acidentes e lesões.



Reduz os gastos com afastamentos e substituições de pessoal.
Sendo assim a prática regular de exercício físico contribui no combate e prevenção das

doenças ocupacionais, do sedentarismo, estresse, depressão, ansiedade entre outras. Favorece a
sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho, reduz a sensação de fadiga ao final
da mesma e contribui para a promoção da saúde e da qualidade de vida ao trabalhador.
15

3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral

Verificar as implicações de um programa de Ginástica Laboral nos níveis de estresse de
policiais militares.

3.2. Objetivos Específicos

Levantar quais as fases de estresse em que se encontravam os policiais militares no pré
e pós-teste.
Avaliar quais os efeitos que a Ginástica Laboral proporcionaram aos policiais militares
após a prática.
Identificar os efeitos físicos e psicológicos nos níveis de estresse após a prática da
Ginástica Laboral.
16

4. METODOLOGIA
4.1. Tipo de Pesquisa
Esta é uma pesquisa qualitativa descritiva. Segundo Gil (2002, p. 42) a pesquisa
descritiva tem como objetivo primordial as descrição das características de determinada população
ou fenômeno e utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a
observação sistemática.

4.2. População e Amostra
Participaram deste trabalho 20 policiais militares, todos praças (soldados, cabos e
sargentos), de um total de 50 policiais militares desse local de trabalho, 02 do gênero feminino e 18
do gênero masculino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade de 33 anos, desvio padrão
de (±5,75). Realizavam os serviços de patrulhamento motorizado, guarda do quartel e
administrativo. Lotados na Base Comunitária de Segurança do Bairro Pedra 90, pertencente ao 9º
Batalhão de Polícia Militar, no município de Cuiabá-MT.

4.3. Materiais
Utilizou-se folhas de papel e caneta; copos descartáveis; barbante; bexigas; um aparelho
celular marca foston, modelo FS-868b na função reprodutor de áudio Mp3 com musicas para
relaxamento e uma sala, da própria base comunitária, contendo cadeiras.

4. 4. Coleta de Dados
Inicialmente foi aplicado um questionário adaptado de SANTOS (2006), para identificar
sintomas de cansaço, dores e estresse. Posterior, como parâmetro de avaliação, antes e após as
sessões de GL foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL),
padronizado em 2000 e utilizado em diversos trabalhos. Os instrumentos utilizados estão em
ANEXO C e D.
17
4.5. Procedimentos
Após o consentimento do comandante da Base Comunitária de Segurança para a
realização do trabalho (ANEXO A), os policiais militares foram informados e 20 deles assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), preencheram um Questionário de
Avaliação Diagnóstica Inicial (ANEXO C) e responderam o Inventário de Sintomas de Stress para
Adultos de LIPP de Lipp (ISSL) antes e após as sessões de GL preparatória e de relaxamento,
iniciado no dia 08 de setembro e encerrando em 04 de outubro de 2008, com duração de 26 dias.
O ISSL foi validado em 1994 por Lipp e Guevara e padronizado por Lipp em 2000.
Pode ser administrado em cerca de 10 minutos e tem sido utilizado em dezenas de trabalhos clínicos
e de pesquisas na área do estresse. O ISSL permite um diagnostico preciso quanto a se a pessoa tem
estresse, em qual fase se encontra, tipificação da forma como o estresse se manifesta, se por meio de
sintomologia na área física ou psicológica. O inventário é composto por três quadros que se referem
às quatro fases do estresse. O quadro I, utilizado para avaliar a fase I (alerta), composto de 12
sintomas físicos e 3 psicológicos, assinalados com F1 ou P1 os sintomas físicos ou psicológicos que
tenha experimentado nas ultimas 24 horas. O quadro II, utilizado para avaliar as fases II e III
(resistência e Quase-exaustão), composto por 10 sintomas físicos e 5 psicológicos, assinalados com
F2 ou P2 os sintomas experimentados na ultima semana, sendo a fase III (quase-exaustão)
diagnosticada com base em uma freqüência maior de sintomas listados. O quadro III, utilizado para
avaliar a fase IV (exaustão), composto por 12 sintomas físicos e 11 sintomas psicológicos,
assinalados com F3 ou P3 os sintomas experimentados no ultimo mês. Alguns sintomas que
aparecem no quadro I voltam a aparecer no quadro II, mas com intensidade diferente. A razão dessa
gradação é que a fase de exaustão, coberta no quadro III, em geral mostra a volta de alguns
sintomas da fase I, com o maior grau de comprometimento, dada a queda da resistência. No total, o
ISSL inclui 37 itens de natureza somática e de 19 psicológicas.
O ISSL é

baseado no modelo quadrifásico e revela os pontos mais vulneráveis onde o estresse

manifesta-se no avaliado;
Divide-se em três quadros:
a)

Quadro I: Nele identificam-se os sintomas experimentados nas últimas vinte e quatro
horas. Corresponde a fase de alerta do estresse;

b)

Quadro II: Nele identificam-se os sintomas experimentados na última semana.
Porcentagens superior a 50% (nos sintomas físicos), demonstram que a pessoa se
encontra na fase de resistência, assim como, porcentagens superiores a 50 (nos sintomas
psicológicos), demonstram a fase de quase-exaustão;

c)

Quadro III: Nele identificam-se os sintomas experimentados no último mês.
Corresponde a fase de exaustão.
18

A tabela a seguir indica e demonstra como os resultados são analisados:

Tabela 1 – Porcentagem de sintomas de stress que indica a fase que se encontra
Quadro do I.S.S.L

Quadro 1

Quadro 2

Quadro 3

% de Sintomas*

> 40%

≥50%

> 50%

> 35%

Fases

Alerta

Resistência

Quase-exaustão

Exaustão

(*) % inferiores a estas em cada fase, não caracteriza estresse.
19

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capitulo os dados serão apresentados e discutidos concomitantemente em forma
de gráficos e tabelas.
Conforme dados do questionário diagnóstico (SANTOS, 2006) os participantes, antes
do início do programa de Ginástica Laboral (GL), apresentavam os sintomas relacionados no
Quadro 1.

Porcentagem Sintomas apresentados
80% (n=16)

Sentiam-se cansados ou muito cansados após um dia de trabalho;

70% (n=14)

Consideram o trabalho estressante;

30% (n=06)

Sentiam dores durante o trabalho;

55% (n=11)

Sentiam dores nas costas;

40% (n=08)

Sentiam dores na cabeça;

55% (n=11)

A intensidade das dores era media;

40% (n=08)

Após um dia de trabalho, tinham dificuldade p/ dormir quase
todos os dias ou todos os dias;

80% (n=16)

Ao acordar sentiam-se cansados quase todos os dias;

60% (n=12)

Sentiam-se motivados ao iniciar sua jornada de trabalho;

70% (n=14)

Sentiam-se felizes com o trabalho quase todos os dias ou todos os
dias;

90% (n=18)

Raramente sentiam-se tristes e/ou deprimidos;

70% (n=14)

Raramente sentiam-se irritados.

Quadro 1: Sintomas de cansaço, dores e estresse dos participantes antes da intervenção.
O resultado do questionário diagnóstico serviu como base para identificar sintomas
20
como dores, cansaço e estresse apresentados pelos policiais, e que puderam denotar a necessidade
de uma avaliação mais específica e uma intervenção cujo intuito foi minimizar os níveis
encontrados. Assim, aplicou-se o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) para aprofundar
os estudos nos sintomas de estresse. Para tanto, elegeu-se a GL que atenderia as condições e
necessidades dos participantes.
Considerando que os policiais militares estudados não possuíam regularidade quanto
aos horários e locais de trabalho, as sessões de GL ocorreram em praticamente todos os dias, a fim
de contemplar ao máximo os participantes. Esses dados são apresentados no gráfico abaixo.

Conforme o gráfico 1, o número de sessões realizadas pelos participantes variou entre 2
e 8 sessões, com média de participação de 5 sessões. Já que a atividade era desenvolvida no horário
e local de trabalho, esses dados evidenciaram a dificuldade dos profissionais da área de segurança
em manterem uma sistemática de participação em atividades físicas, visto que as trocas de serviço
eram realizadas, muitas vezes, fora da base comunitária de segurança. O fato do pesquisador ser
policial militar da mesma unidade e ter que realizar suas atividades diárias como todos os demais
policiais, contribuiu diretamente no número total de sessões desenvolvidas, pois algumas sessões
não foram realizadas decorrentes da ausência do pesquisador.
De acordo com os dados coletados com o inventário de estresse aplicado verificou-se
que, no pré-teste, 25% dos participantes encontravam-se na fase “exaustão”, 15% na fase
“resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste observou-se que nenhum participante
estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”, “resistência” e “alerta” e 85% sem
sintomas de estresse. Conforme quadros (ANEXO E) que informam o número e a fonte de sintomas
físicos e psicológicos que caracterizam a fase na qual se encontra o pesquisado, visualiza-se que os
participantes de número 15, 16,18 e 20, que estavam na fase de exaustão passam não apresentar
sintomas de estresse; já o participante 19 passou para a fase de resistência. Os policiais de número
21
12 e 13 que encontravam-se na fase de resistência, no pós-teste, também mudaram para a fase “sem
sintoma de estresse”. Essas foram as principais mudanças positivas. Os participantes de número 6 e
14 sofreram mudança negativa, na medida em que mudaram da fase “sem sintoma de estresse” para
a fase de “quase-exaustão” e alerta respectivamente. Infere-se que o fato do participante 6 estar em
fase final de aposentadoria, bem como a distância entre sua residência e o local de trabalho tenham
contribuído para um resultado extremo. Estes dados podem ser melhores visualizados no gráfico a
seguir.

Figura 1: Gráfico das fases de sintomas de estresse pré e pós-teste.
Conforme protocolo do ISSL, que classifica o estresse em 4 fases (alerta ou fase I,
resistência ou fase II, quase-exaustão ou fase III e exaustão ou fase IV), da fase de alerta o sujeito
deve apresentar 6 ou mais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos; da resistência 5 ou mais,
somente sintomas físicos; da quase-exaustão 3 ou mais, somente psicológicos e da exaustão 8 ou
mais sintomas físicos e/ou psicológicos. Observa-se que 1 participante manifestou 8 sintomas da
fase de alerta, no pós-teste. Na fase de resistência (somente sintomas físicos), 3 participantes
apresentaram 5 sintomas e 2 participantes com 6 sintomas, no pré-teste e 1 participante com 5
sintomas, no pós-teste. Na fase de quase-exaustão (somente sintomas psicológicos), 3 participantes
apresentaram 3 sintomas e 1 apresentou 4 sintomas no pré-teste. Já no pós-teste somente 1
participante manifestou 3 sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), 1
policial apresentou 10 sintomas, 1 apresentou 9 sintomas e outros 3 apresentaram 8 sintomas, no
pré-teste. Estas informações podem ser visualizadas na Figura 2, logo abaixo, assim como em
Anexo E.
22

Figura 2: Gráfico do número de sintomas nas fases II, III e IV, do pré e pós-teste.

De acordo com os resultados houve melhora observada na mudança de fase e no
número de sintomas apresentados pelos policiais do pré para o pós-teste, já que a saída da fase de
exaustão caracteriza-se pela melhora nos aspectos físicos e psicológicos, maior capacidade de
resistência e melhor recuperação de algumas enfermidades.
23

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se perceber que as sessões de Ginástica Laboral (GL), foram de grande valia em
relação à diminuição dos sintomas de estresse apresentados pelos policiais militares lotados na Base
Comunitária de Segurança do Pedra 90, pertencente ao 9ºBPM Cuiabá-MT. Uma sugestão para
novos estudos seria em relação à duração do experimento, um período mais longo poderia trazer
melhores resultados. Observou-se também, que nos sintomas apresentados pelos participantes deste
estudo, havia relação direta com o trabalho desenvolvido, estressante e desgastante. Apesar disto,
através da GL, estes sintomas foram reduzidos consideravelmente. Conclui-se, apartir deste estudo,
que a GL foi eficaz na redução dos sintomas físicos e psicológicos, inclusive nos níveis de estresse
da população alvo, verificando que esta também pode ser utilizada como uma técnica preventiva
contra os agentes estressores.
24

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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20/out/08.

em
em

SANTANA, Ivanete Ferreira. "Ginástica Laboral: Influência nos Níveis de Estresse em
Profissionais de um Pronto Atendimento".2007. 19 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em
Educação Física) – Turma Especial de Primavera do Leste, Universidade Federal de Mato Grosso,
Primavera do Leste, 2007.
SANTOS, Andréia Fuentes dos. et al. Benefícios da Ginástica Laboral na Prevenção dos
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama,
v. 11, n. 2, p. 99-113, maio/ago. 2007.
SANTOS, Cíntia Jeline Leastro dos Santos; FARIAS, Rosyele. Ginástica Laboral: Sedentarismo
x
Atividade
Física.
11p.Disponível
em
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/laboral_cintia.htm.Aces
so em 20/02/2008.
SANTOS, Marcela Ariete dos. A percepção dos benefícios da ginástica laboral em operadores
de caixa de supermercado. Trabalho de Conclusão (Graduação em Educação Física), UNIVAG,
Várzea Grande, 2006.
SILVA, Flancilene de Jesus Lima ; BRAGA, Lidiane Fonseca. "A Ginástica Laboral na Busca do
Bem-estar Físico dos Funcionários da Delegacia da Receita Federal em Belém do Pará:
Proposta de uma cartilha explicativa".2006. 93 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em
Fisioterapia) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade da Amazônia, Belém, 2006.
SOCCI, Vera. ; ARZABE, Ana Cristina Gomes Teixeira. Fatores de Estresse em Policiais
Militares. In: Anais. II Congresso Brasileiro de Stress: Teoria e Pesquisa e V Congresso da ABQV.
São Paulo/SP. 21 a 24 de setembro de 2005, p. 235-237.
SOUZA, Fátima. Como funciona a Polícia Militar, 2009.
http://pessoas.hsw.uol.com.br/policia-militar1.htm. Acesso em 28/maio/2009.

Disponível

em

PEREIRA, Carlos Eduardo Milagres. “Canções de Guerra”. Um Signo Bélico na Formação do
Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro.2002. 67 f. Monografia (Especialização em Políticas
27
de Justiças Criminais e Segurança Pública) – Núcleo Fluminense de Ensino e Pesquisa,
Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2002.
28

ANEXO A
SOLICITAÇÃO PARA COLETA DE DADOS
Cuiabá, 03 de Setembro de 2008.

Ilmo Senhor,
Capitão PM Arlindo Marques de Souza Filho
Gerente da Base Comunitária de Segurança do Pedra 90

Prezado Senhor,

Vimos por meio deste solicitar a V. Sª. Autorização para que o acadêmico LUCIMAR BORGES
GONÇALVES, matrícula nº 200511504031, do Curso de Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal de Mato Grosso, venha realizar, pesquisa de campo referente a sua
Monografia para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, no período de Setembro
a Outubro de 2008.
Agradecemos a colaboração e colocamo-nos a disposição para eventuais esclarecimentos.

Atenciosamente,

____________________________________________________
Professora Orientadora
29

ANEXO B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu,_________________________________________________________,
policial militar lotado na Base Comunitária do Pedra 90, município de Cuiabá-MT,
comprometo-me a participar do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC a ser
desenvolvido pelo acadêmico Lucimar Borges Gonçalves, do Curso de Educação
Física da Universidade Federal de Mato Grosso, com o título: “OS EFEITOS DA
GINÁSTICA LABORAL NOS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS
MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE CUIABÁ-MT.” Ciente da
seriedade do trabalho a ser realizado, declaro que participarei como voluntário,
podendo retirar-me do trabalho a qualquer momento, que os dados coletados poderão
ser divulgados e publicados, resguardando minha privacidade.

Cuiabá-MT, ____ de _________________ de 2008.

_____________________________________________
Assinatura do participante

_____________________________________________
Lucimar Borges Gonçalves
Acadêmico do Curso de Educação Física – UFMT
30

ANEXO C
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Data: ____/____/______
Nome:_________________________________________________________________
Data de Nascimento:____/____/_______.

Sexo: Masculino ( )

Feminino ( )

1) Como você se sente após um dia de trabalho?
(
(
(
(
(

) Muito cansado
) Cansado
) Razoavelmente cansado
) Pouco cansado
) Nada cansado

2) Considera seu trabalho estressante?
( ) Não
( ) Mais ou Menos
( ) Sim
3) Você sente dores durante o trabalho?
A)
( ) Não
( ) As vezes
( ) Sim.
B) Onde:
(
(
(
(
(

) Cabeça
) Ombros
) Pescoço
) Punhos
) Mãos

(
(
(
(

) Braços
) Costas
) Pernas
) Outras partes do corpo:_______________

C) Com qual intensidade?
( ) Pouca
( ) Média
( ) Muita
4) Após um dia de trabalho, tem dificuldades para dormir?
31
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

5) Ao acordar você se sente cansado?
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

6) Sente-se disposto (motivado) ao iniciar sua jornada de trabalho?
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

7) Sente-se feliz com o seu trabalho?
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

8) Sente-se triste e/ou deprimido?
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

9) Sente-se irritado?
(
(
(
(

) Todos os dias
) Quase todos os dias
) Raramente
) Nunca

Fonte: SANTOS, Marcela Ariete dos. A percepção dos benefícios da ginástica laboral em
operadores de caixa de supermercado. Monografia em Licenciatura Plena em Educação Física pela
UNIVAG, Várzea Grande, 2006.
32

ANEXO D
INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE STRESS DE LIPP (ISSL), 2000.
Data:____/____/________.
Nome:___________________________________________________________
Quadro I - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas
Sintomas Físicos
( ) tensão muscular
( ) insônia (dificuldade de dormir)
( ) boca seca
( ) mãos ou pés frios
( ) hiperventilação (respirar ofegante, rápido)
( ) mudança de apetite
( ) aumento de sudorese (muito suor, suadeira)
( ) taquicardia (batedeira no peito)
( ) aperto na mandíbula / ranger de dentes
( ) diarréia passageira
( ) nó no estômago
( ) hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta)
Sintomas Psicológicos
( ) aumento súbito de motivação
( ) vontade súbita de iniciar novos projetos
( ) entusiasmo súbito
Quadro II - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado na última semana
Sintomas Físicos
( ) sensação de desgaste físico constante
( ) problemas com a memória
( ) cansaço constante
( ) gastrite, úlcera ou indisposição estomacal muito prolongada
( ) mudança de apetite
( ) formigamento das extremidades
( ) mal-estar generalizado, sem causa específica
( ) aparecimento de problemas dermatológicos
( ) tontura ou sensação de estar flutuando
( ) hipertensão arterial
Sintomas Psicógicos
( ) dúvida quanto a si próprio
( ) irritabilidade excessiva
( ) pensar constantemente em um só assunto
( ) sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso)
( ) diminuição da libido (sem vontade de sexo)
33
Quadro III - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado no último mês
Sintomas Físicos
( ) excesso de gases
( ) insônia
( ) mudança extrema de apetite
( ) tontura freqüente
( ) úlcera, colite ou outro problema digestivo sério
( ) diarréia freqüente
( ) tiques
( ) hipertensão arterial continuada
( ) problemas dermatológicos prolongados
( ) dificuldades sexuais
( ) náusea
( ) enfarte
Sintomas psicológicos
( ) perda do senso de humor
( ) angústia, ou ansiedade, ou medo diariamente
( ) vontade de fugir de tudo
( ) sensação de incompetência em todas as áreas
( ) hipersensibilidade emotiva
( ) cansaço constante e excessivo
( ) impossibilidade de trabalhar
( ) irritabilidade freqüente sem causa aparente
( ) apatia, ou depressão ou raiva prolongada
( ) pensar e falar constantemente em um só assunto
( ) pesadelos freqüentes
34

ANEXO E
Tabulação do Inventário de Sintomas de Stress (ISSL) - (LIPP, 2000).
Número de participantes: (20) Vinte
Nº de sintomas apresentados no Pré-Teste
Participantes
№ de sintomas no Quadro I

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

F: Físico e P: Psicológicos

3

2

3

4

1

2

6

5

6

8

0

0

0

0

1

0

1

2

0

0

2

F 1 1 1 1 1 2 2 2 2

3

3

4

5

2

5

3

6

4

5

6

P 0 1 0 0 1 0 1 1 0
№ de sintomas no Quadro III

3

P 0 0 0 0 0 0 0 1 1
№ de sintomas no Quadro II

F 1 0 1 1 1 3 2 2 2

1

1

2

1

2

3

3

1

2

3

4

F 0 1 1 0 1 2 1 1 3

2

1

4

2

1

4

1

2

2

3

2

P 0 0 0 1 1 0 2 2 3 2 3 0 2 5
Em Roxo: Participantes estressados

4

7

1

7

7

6

Nº de sintomas apresentados no Pós-Teste
Participantes
№ de sintomas no Quadro I

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1

0

6

2

2

3

2

3

3

1

1

0

0

2

1

0

1

1

0

1

F 0 1 1 0 0 1 2 1 2

1

2

2

1

4

2

2

4

1

5

0

1

0

1

0

0

0

1

1

1

2

1

F 0 1 2 1 1 2 1 1 1

2

2

0

0

0

1

1

2

1

3

0

P 0 0 1 1 0 1 0 0 2
F: Físico e P: Psicológicos

1

P 0 0 0 1 0 3 0 0 1
№ de sintomas no Quadro III

1

P 0 0 0 0 1 1 1 0 1
№ de sintomas no Quadro II

F 2 0 1 1 0 1 3 2 1

2

2

2

1

1

2

1

0

1

3

1

Em Roxo: Participantes estressados

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Ginástica Laboral e Estresse Policiais

  • 1. FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA – UFMT CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM CUIABÁ-MT LUCIMAR BORGES GONÇALVES CUIABÁ, MT 2009
  • 2. LUCIMAR BORGES GONÇALVES GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM CUIABÁ-MT Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Educação Física – UFMT, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física. Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira dos Santos CUIABÁ, MT 2009
  • 3. LUCIMAR BORGES GONÇALVES GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM CUIABÁ-MT Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física, e aprovado em sua forma final pelo professor da Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade de Educação Física – UFMT. __________________________________________________________ Professor Ms. Edmur Carmona COMISSÃO EXAMINADORA __________________________________________________________ Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira dos Santos – UFMT __________________________________________________________ Membro: Prof. Ms. Dorival Garcia Coelho – UFMT __________________________________________________________ Membro: Prof. Esp. Roberto Jaime dos Santos – UFMT CUIABÁ, 30 de Junho de 2009.
  • 4. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Sebastião e Luzia, meus irmãos Luciana e Leomar, meu sobrinho/afilhado João Vitor e a minha namorada Maria Alves. A todos aqueles que acreditaram em mim e contribuiram para a realização deste trabalho. A todos, muito obrigado.
  • 5. Resumo GONÇALVES, Lucimar Borges. Ginástica Laboral e os Níveis de Estresse de Policiais Militares de uma Base Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. 2008. 40f. Curso de Educação Física. Faculdade de Educação Física - UFMT, Cuiabá-MT, 2009. O presente estudo, qualitativo descritivo, verificou as implicações da Ginástica Laboral (GL) nos sintomas de estresse, nos aspectos físicos e psicológicos, de policiais militares de uma Base Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. A amostra foi composta por 20 policiais militares, 18 do gênero masculino e 02 do gênero feminino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade foi de 33 anos e devio padrão de (± 5,75), de uma população de 50 policiais lotados na referida base. Foram desenvolvidas 50 sessões de GL, preparatória e de relaxamento, com duração de 15 minutos cada, durante um mês. O número máximo de participação foi de até 8 sessões, em função da indisponibilidade de tempo dos policiais. Para coleta de dados utilizou-se de um questionário diagnóstico (SANTOS, 2006) e do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp - ISSL (2000), pré e pós-teste. Após a análise dos dados, verificou-se que no pré-teste, 25% dos policiais encontravamse na fase “exaustão”, 15% na fase “resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste observou-se que nenhum policial estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”, “resistência” e “alerta” e 85% sem sintomas de estresse. Com relação ao número de sintomas físicos e/ou psicológicos, no pré-teste, três policial apresentaram seis, oito e dez sintomas da fase de alerta, já no pós-teste apenas um policial manifestou oito sintomas da fase de alerta. Na fase de resistência (somente sintomas físicos), três policiais apresentaram cinco sintomas, dois policiais apresentaram seis sintomas no pré-teste e um policial apresentou cinco sintomas no pós-teste. Na fase de quaseexaustão (somente sintomas psicológicos), três policiais apresentaram três sintomas e um policial apresentou quatro sintomas no pré-teste, já no pós-teste somente um policial manifestou três sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), um policial apresentou 10 sintomas, um policial apresentou nove sintomas e três policiais apresentaram oito sintomas, no préteste, no entanto nenhum policial apresentou mais de seis sintomas no pós-teste. Com base nos resultados, verificou-se que os policiais apresentaram diferenças consideráveis, entre o início e o término das sessões de GL, evidenciadas com aumento no número de policiais que não aprentavam sintomas de estresse e com redução do número de sintomas físicos e psicológicos. Assim, concluise que a GL influenciou na redução dos sintomas de estresse dos policiais militares. Palavras-chave: Ginástica Laboral. Estresse. Polícias Militares.
  • 6. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1 2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 2 2.1. Polícia Militar ................................................................................................................ 2 2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras ................................................................... 2 2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso ............................................................. 3 2.1.3. Polícias Militares e suas Competências Legais e Constitucionais ........................... 4 2.2. O que é Estresse? ........................................................................................................... 5 2.2.1. Fases e Mecanismos de Resposta ao Estresse .......................................................... 6 2.2.2. Nível Ideal de Estresse ............................................................................................. 8 2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial .............................................................................. 8 2.3. Ginástica Laboral ........................................................................................................... 9 2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral ............................................................................. 10 2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral .............................................................................. 10 2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral .................................................................................... 11 2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral ............................................................................ 12 3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 15 3.1. Objetivo Geral .............................................................................................................. 15 3.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 15 4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 16 4.1. Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 16 4.2. População e Amostra ................................................................................................... 16 4.3. Materiais....................................................................................................................... 16 4.4. Coleta de Dados ........................................................................................................... 16 4.5. Procedimentos .............................................................................................................. 17 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 23 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 24 ANEXOS
  • 7. 1 1. INTRODUÇÃO Diversas pesquisas demonstram que as profissões mais desgastantes e estressantes são aquelas que lidam diretamente com pessoas. A profissão de policial militar por lidar a todo o momento com pessoas, tentando resolver tudo quanto é tipo de problema, acaba por proporcionar a este profissional um desgaste físico e/ou psicológico, tensão e tantos outros males. Este profissional apresenta um índice muito elevado de estresse, acarretando problemas familiares, gastos com a saúde, faltas ao trabalho e até a morte. Tendo como ponto de partida os altos índices de estresse, problemas psicológicos e desgaste físico por parte do profissional da segurança pública, buscou-se fazer um trabalho com este grupo de profissionais, para verificar quais os níveis de estresse apresentados, quantidade de sintomas e se ocorreria alguma alteração nesse quadro após serem submetidos a sessões de Ginástica Laboral (GL). Um grupo composto por 20 policiais militares, lotados numa base comunitária de segurança de Cuiabá-MT, participou desse trabalho no período de um mês, com participação em sessões de GL, respondendo a um questionário diagnóstico e preenchendo ao Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL, 2000) ao início e ao final do trabalho. Está detalhado no trabalho, informações importantes a respeito do estresse, do policial militar e da GL.
  • 8. 2 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Polícia Militar A Polícia se faz presente em todos os países, com funções de prevenção e repressão ao crime e manutenção da ordem pública, através do uso legítimo da força se necessário, fazendo respeitar e cumprir as leis. O termo provém do vocábulo grego “politeia”, donde derivou para o latim “politia”, ambos com o mesmo significado: governo de uma cidade, administração, forma de governo. Portanto, polícia é a denominação das corporações governamentais incumbidas da aplicação de determinadas leis destinadas a garantir a segurança de uma coletividade, a ordem pública e a prevenção e elucidação de crimes (LEITE, 2009, p. 1). A polícia é a organização destinada a prevenir e reprimir delitos com garantia da ordem pública, liberdade e segurança individual, caracterizando-se pela manifestação mais perfeita do poder público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar a própria estabilidade e proteger a ordem social (DE PAULA apud BATISTA, 2009, p. 1). A polícia, em seu ideal de bem servir, deve ser tranquila na sua atuação, comedida nas suas ações, presente em todo lugar e sempre protetora, velando pelo progresso da sociedade, dos bons costumes, do bem estar do povo e pela tranquilidade geral (NETO, 2001, p. 5). Segundo Honoré de Balzac, romancista francês do Séc. XIX, (apud Batista, 2009, p. 1): "os governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna". Não existindo nem sociedade nem Estado dissociados de polícia, pois, pelas suas próprias origens, ela emana da organização social, sendo essencial à sua manutenção. 2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras No início do Século XIX (1808), o Rei D. João VI e a Família Real Portuguesa, juntamente com sua corte, mudam-se para o Brasil, fugindo das conquistas Napoleônicas ao território europeu, instalando-se no Rio de Janeiro.
  • 9. 3 Antes da chegada da Família Real, a segurança pública no Rio de Janeiro era realizada pelos “quadrilheiros”, grupo formado por “bons homens do Reino”, responsáveis pelo policiamento das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio. Com a chegada da Família Real este efetivo mostrou-se ineficiente para fazer a proteção da corte, criou-se então em 1809 a Divisão Militar da Guarda Real da Polícia da Corte, que era formada por 218 guardas com armas e trajes idênticos aos da Guarda Real Portuguesa (LARANJEIRA, 2009, p. 1). A Guarda Real de Polícia, como ficou primeiramente conhecida a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, foi a primeira instituição policial criada no Brasil, dando origem as demais corporações provinciais. Mas mesmo antes da vinda da família real ao Brasil, havia o que os historiadores consideram a mais antiga força militar de patrulhamento. Ela surgiu em Minas Gerais em 1775, originalmente como Regimento Regular de Cavalaria de Minas, criado na antiga Vila Velha (atual Ouro Preto). “A então “PM” de Minas Gerais, paga pelos cofres públicos, era responsável pela manutenção da ordem pública, na época, ameaçada pela descoberta de riquezas no Estado, especialmente o ouro” (SOUZA, 2009, p. 1). Na primeira metade do século XVIII a região oeste da colônia Portuguesa (Brasil), passa a ser explorada por expedições oficiais (Entradas) e particulares (Bandeiras) com o intuito de expandir o território e acumular riquezas para a metrópole portuguesa. Com a descoberta do ouro na região de Mato Grosso, houve um grande aumento do contingente populacional, criação da Capitania de Mato Grosso e das Forças de Segurança para a defesa do território e manutenção da ordem, conforme veremos no próximo item. 2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso Com a recém criada Capitania de Mato Grosso em 1748, desmembrada de São Paulo, Dom Antônio Rolim de Moura, 1º Governador, fundou Vila Bela da Santíssima Trindade em 1753, capital da província e organizou a segurança pública com o nome de Companhia de Ordenanças, contendo 80 (oitenta) homens. Dezesseis anos mais tarde (1769), é transformada em “Força Pública”, com o efetivo de 620 (seiscentos e vinte) homens, dos quais mais da metade da Companhia de Ordenanças. A partir daí a segurança pública de então passou por várias situações no decorrer de 82 (oitenta e dois) anos, dos quais 70 (setenta) anos foram de Brasil - Colônia. Suas atividades limitavam-se, basicamente, à Vila Bela e Cuiabá (MONTEIRO, 1985, p. 11-2). O período provincial, após a proclamação da independência, é marcado pela criação da Polícia Militar de Mato Grosso, por meio do decreto Lei nº 30, de 05 de setembro de 1.835, com a denominação de Homens do Mato. Nesta fase, a função da polícia era basicamente caçar escravos
  • 10. 4 fugidos, daí o nome homens do mato, e atendendo aos interesses políticos do governo da época. Foram adotadas várias denominações no período provincial, tais como: Corpo Municipal Permanente, Guarda Provisória de Segurança, Companhia de Pedestres e Secção de Companhia de Força Policial. Durante a Guerra do Paraguai passou a denominar-se Voluntários da Pátria e Pósguerra Companhia de Polícia. Já no período republicano, a Polícia Militar de Mato Grosso também recebeu as seguintes denominações: Força Pública, Corpo de Polícia, Corpo Militar e Força Policial (MONTEIRO, 1985, p. 14-32). A partir da Constituição Federal de 1946, as Corporações dos Estados (as antigas guardas) passaram a ser denominadas Polícias Militares, com exceção do Estado do Rio Grande do Sul que preferiu manter, em sua força policial, o nome de Brigada Militar, situação que perdura até hoje (SOUZA, 2009, p. 1). A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso completará em 05 de setembro de 2009, 174 anos de existência, cujo papel é de extrema importância à sociedade matogrossense, teve participação decisiva durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870) e contribuiu com a defesa do território matogrossense, formando o Brasil com o Uruguai e Argentina a chamada Tríplice Aliança contra os paraguaios. Na época, como o país não dispunha de um contingente militar suficiente para combater os cerca de 80 mil soldados paraguaios, o governo imperial se viu forçado, então, a criar os chamados Corpos de Voluntários da Pátria (PEREIRA, 2002, p. 54). 2.1.3. Polícias Militares e suas competências legais e constitucionais Conforme a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Cabendo à Polícia Militar o policiamento ostensivo, preventivo e preservação da ordem pública nos Estados brasileiros e no Distrito Federal. As Polícias Militares estão subordinadas aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 144 § 6º da Constituição Federal de 1988) e são, para fins de organização, forças auxiliares e reserva do Exercito Brasileiro e integram o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social Brasileiro. Seus integrantes são denominados militares estaduais (artigo 42 do artigo 42 da Constituição da República Federativa do Brasil), assim como os membros dos Corpos de Bombeiros Militares. O policial militar é segundo diversas literaturas, um dos profissionais com maiores níveis de estresse, tendo que cumprir muitas vezes dupla jornada de trabalho para complementar a renda familiar, enfrentar más condições de trabalho, atuar em situações de risco extremo e com a
  • 11. 5 necessidade de tomar decisões rápidas. Desse modo, fez-se necessário entender o que vem a ser estresse. 2.2. O que é Estresse? Segundo (Reis, 2007, p. 1), a palavra stress é de origem inglesa, adaptada pela Academia de Ciências de Lisboa, quer dizer “tensão” ou “pressão”. A sua origem esteve nas expressões latinas "stringere" que significava "esticar" ou "deformar" e "strictus", que significava "esticado"," tenso", "restrito", "estreito", "apertado". Segundo Selye (apud Benke e Carvalho, 2008, p.3), a palavra estresse vem do inglês stress. Este termo foi usado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão e transpôs este termo para a medicina e biologia, significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno, definindo-a como Síndrome Geral de Adaptação (SGA). Lipp (2004, p. 17) define o estresse como uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, diante de situações que de um modo ou de outro, irritem, amedrontem, excitem ou confundam, ou mesmo diante de uma situação feliz. Trata-se de uma tentativa de vencer um desafio, de sobreviver a uma ameaça ou de lidar com uma adaptação necessária do momento, mesmo que seja algo extremamente desejado e esperado. Segundo Lipp, (apud Benke e Carvalho, 2008, p.5), o estresse pode ter origem em fontes externas e internas: As fontes internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o acontecimento em si que se torna estressante, mas a maneira como é interpretado pela pessoa. Os estressores externos podem estar relacionados com as exigências do dia-a-dia do indivíduo como os problemas de trabalho, familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma posição na empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das grandes cidades, entre outros. Muito freqüentemente, o estresse ocorre em função dos diversos tipos de cargos, de ocupação que a pessoa exerce. A reação do estresse pode ocorrer em face de estressores inerentemente negativos, como no caso de dor, fome, frio ou calor excessivo, ou em decorrência da interpretação que se dá do evento desafiador. Desse modo, o mesmo evento pode desencadear ou não uma reação de estresse em pessoas diferentes, dependendo da interpretação que cada um dá ao evento (LIPP, 2004, p. 17). Segundo Reis (2007, p. 1), O estresse é um tipo particular de relação entre pessoa e o seu meio, marcada pela percepção de exigências que cobrem ou excedem os seus recursos de “coping” (capacidade de adaptação) e que podem por em perigo o bem-estar do indivíduo. O stress
  • 12. 6 decorrerá então da discrepância entre o que o indivíduo sente que lhe é exigido e a percepção dos recursos que o indivíduo tem para lidar com a situação, o que é sinalizado pelo organismo, de forma global, a vários níveis: fisiológico (imunológico, hormonal, neural), psicológico (emocional, cognitivo e comportamental) e social (família, trabalho, comunidade). Segundo Neman (apud Leite, Rogatto e Valim-Rogatto, 2008, p. 5), quando os indivíduos são levados a situações extremamente estressantes, várias alterações fisiológicas podem ocorrer, tais como, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, e elevação dos hormônios de estresse e da atividade do sistema nervoso, o que pode ser bom até certo ponto, devido ao organismo se adaptar e ficar mais resistente aos estímulos estressores negativos que poderão surgir futuramente. Contudo, caso eles comecem a afetar sua condição mental e física, estes passam a ser prejudiciais. O estresse é assim um fenômeno biológico, psicológico e social que afeta inevitavelmente todas as pessoas. Quando é resolvido de forma adequada, as pessoas superam uma dificuldade, aumentando as suas capacidades, constituindo assim um fator de desenvolvimento. Se não for solucionado de forma adequada, a dificuldade permanecerá, o que causa sofrimento ao indivíduo podendo então provocar doenças (REIS, 2007, 1). O estresse é, portanto, um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de dificuldade. Por outro lado, o estresse exagerado pode ter conseqüências mais danosas, como por exemplo, o cansaço, irritabilidade, falta de concentração, depressão, pessimismo, queda da resistência imunológica, entre outros (JORGE, 2004, p. 60). 2. 2.1. Fases e mecanismos de resposta ao Estresse O modelo trifásico de estresse proposto por Selye, contendo as fases de alerta, resistência e exaustão foi utilizado por muitos anos em diversos trabalhos, no entanto percebeu-se que a fase de resistência carecia de reflexão, uma vez que a verdadeira resistência implica justamente a eliminação da maioria dos sintomas; além disso, se considerar que no geral as pessoas não entram na fase de exaustão subitamente há que se prever que antes da exaustão existia um período de transição, em que a pessoa não mais esteja sendo capaz de resistir, mas ainda não tenha atingido a exaustão completa. Seria uma fase em que as defesas estão se quebrando, em que a resistência não é mais totalmente eficaz, mas ainda está presente. Evidência a favor dessa postulação veio no decorrer da padronização do ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp, 2000), quando uma quarta fase do estresse foi identificada tanto clínica como estatisticamente. A essa nova fase foi dado o nome de quase-exaustão pelo fato de ela se encontrar entre a fase de resistência e a de exaustão. Segundo Lipp (2004, p. 20-1), o modelo quadrifásico representa uma extensão do
  • 13. 7 modelo trifásico, postulando que o estresse se desenvolve do seguinte modo: a) Fase de alerta: Corresponde a uma necessidade da pessoa em utilizar mais força frente ao perigo, assim um mecanismo de luta ou fuga é ativado e começa uma produção de noradrenalina pelo sistema nervoso simpático. A medula das glândulas supra-renais produz mais adrenalina, o córtex das supra-renais descarrega secreção hormonal no sangue que se torna mais concentrado. Tal alteração fisiológica culmina com um aumento de motivação, de energia e melhora da produtividade desde que este processo não seja excessivo. b) Fase de resistência: Caracterizada por um aumento da capacidade de resistência fora do normal. Na fase anterior a homeostase do organismo foi quebrada e perdurou sem seu restabelecimento, aqui o organismo busca se restabelecer, o que gera um consumo de energia e consequentemente problemas com a memória e sensação de desgaste generalizado, dentre outras consequências. c) Fase de quase-exaustão: As defesas do organismo começam a ceder e este não mais consegue resistir às tensões e restabelecer a homeostase. Como sinal de que a resistência não está tão eficaz algumas doenças começam a surgir. d) Fase de exaustão: Quebra total da resistência, com o aparecimento de alguns sintomas semelhantes à fase de alerta, mas com intensidade muito maior. Exaustão psicológica em forma de depressão e exaustão física e aparecimento de algumas doenças, podendo ocorre até a morte. Segundo Campos (2004, p. 1), qualquer problema, real ou imaginário, provoca estímulos no córtex (parte mais externa do cérebro), que envia mensagens ao hipotálamo (principal gatilho para a resposta ao estresse). O hipotálamo então estimula uma parte do sistema nervoso chamado de autônomo, que secreta dois neurotransmissores (noradrenalina e acetilcolina), ativando as glândulas supra-renais, produzindo os hormônios típicos do estresse, ou seja, o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina, provocando uma série de mudanças no organismo, tais como: Aumento da sudorese, desvio do sangue do sistema digestivo e extremidades para os músculos, diminui a resposta imunológica do organismo, dilatação das pupilas para potencializar a visão, aumento da pressão arterial, aceleração da frequência cardíaca, queda de temperatura nas mãos e pés. Quando o estímulo para o estresse acaba, o córtex pára de emitir impulsos e o organismo volta ao seu funcionamento normal em cerca de três minutos. Se o estímulo não for interrompido ou se repetir com frequência, a pessoa pode entrar em um estado de estresse crônico.
  • 14. 8 2.2.2. Nível ideal de estresse O estresse fora do controle pode desestabilizar a vida afetiva, tirar a alegria do convívio familiar e abalar as amizades. Pode tornar a vida profissional desagradável e até insuportável, e não sendo controlado, poderá tornar o dia a dia muito difícil, desagradável e penoso, encurtando a vida da pessoa (LENSON, 2006, p. 8). Saber lidar com o estresse é uma condição essencial para a sobrevivência humana, pois se ele for bem compreendido e controlado pode até certo ponto ser positivo, preparando o organismo para lidar com situações difíceis da vida (Rossi apud Cipriano, 2004, p.162). Segundo Lipp (2004, p. 23), o nível ideal de estresse corresponde ao ponto anterior ao máximo de estresse e de produtividade de que o ser humano é capaz. Portanto, é na fase de resistência que uma pessoa mobiliza suas energias de reserva e por isso, frequentemente, chega ao pico de sua produtividade, a um estágio de desempenho máximo de que é capaz. O ponto de maior resistência do organismo coincide com aquele de maior produtividade e também o ponto imediatamente anterior à quebra do organismo. Conforme Hueb (2009, p. 1) para se ter uma vida saudável, feliz e produtiva torna-se necessário: manter um programa regular de alimentação saudável, exercitar-se regularmente, equilibrar trabalho e lazer, sorrir bastante, falar dos problemas com alguém, administrar o tempo, encarar as mudanças como desafios, oportunidades ou benefícios, treinar para eventos estressantes, modificar o seu meio ambiente para diminuir ou controlar a exposição aos fatores estressantes. 2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial A profissão de policial militar é uma atividade de alto risco, uma vez que esses profissionais lidam, no seu cotidiano, com a violência, a brutalidade e a morte. A literatura aponta que os policiais estão entre os profissionais que mais sofrem de estresse, pois estão constantemente expostos ao perigo e à agressão, devendo freqüentemente intervir em situações de problemas humanos de muito conflito e tensão. Os acontecimentos de estresse ocorrem com maior freqüência em algumas atividades profissionais por suas características e exposição aos riscos. Estudos demonstram que policiais, bombeiros, petroleiros, aeroviários e bancários estão entre algumas das categorias com maior incidência de eventos (LEAL, 2005, p. 157). Uma das profissões mais susceptíveis ao estresse é a do Policial. Pesquisas brasileiras demonstram que mais do que 50% de Policiais Militares, de batalhões operacionais, apresentam sintomas psicossomáticos de estresse e necessitam de acompanhamento médico e ou psicológico. O estresse acumulado no serviço policial, além de distúrbios emocionais, pode originar problemas
  • 15. 9 significativos de saúde como os cardiovasculares, gastrointestinais, alcoolismo e tabagismo etc (ARZABE e SOCCI, 2005, p.235). Uma pesquisa realizada entre os anos de 2004 e 2005, utilizando do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), aplicado em 264 policiais militares da cidade de Natal-RN, mostrou que 47,4% dos policiais apresentavam sintomatologia de estresse, sendo que 3,4% encontravam-se na fase de alerta, 39,8% na fase de resistência, 3,8% na fase de quaseexaustão e 0,4% na fase de exaustão. Sintomas psicológicos foram registrados em 76,0% dos policiais com estresse, e sintomas físicos, em 24,0%. Havendo uma incidência maior entre as mulheres (COSTA et al., 2007, p. 219). Pesquisa realizada no município de União da Vitória-PR no ano de 2005 comparou o nível de estresse de 20 policiais militares do sexo masculino, divididos em dois grupos, sendo um grupo de sedentários e outro de praticantes de atividade física. Concluiu-se que o nível de estresse apresentado pelos dois grupos é considerado elevado, pois os sedentários apresentaram uma média de 38,8 pontos, enquanto os ativos apresentaram uma média de 33,5 pontos, sendo que na escala a pontuação acima de 25 é considerado como nível elevado de estresse (PORTELA E FILHO, 2007, p. 6). 2.3. Ginástica Laboral No ano de 1901, na fábrica de tecidos Bangu, sediada no Rio de Janeiro, os funcionários dessa indústria têxtil se reuniam em torno de um campo de futebol para praticar atividades físicas (LIMA, 2005, p.3). Na Polônia, em 1925, com a publicação de um pequeno livro, denominado de Ginástica de Pausa surge a primeira manifestação de Ginástica Laboral. Era destinada a operários e alguns anos depois surgiu na Holanda e Rússia. Em 1928, a Ginástica Laboral surge no Japão, sendo uma atividade diária de descontração e cultivo da saúde, para trabalhadores do correio. Ainda no Japão na década de 60 ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória. Surgiu também na Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica programas semelhantes (LIMA, 2005, p. 3-4). No Brasil, em 1973, a FEEVALE (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo Hamburgo-RS), juntamente com a sua Faculdade de Educação Física elaboraram o projeto “Educação Física Compensatória e Recreação”. Em 1978, ela e o SESI elaboraram e implantaram o projeto “Ginástica Laboral Compensatória e Recreação” (NASCIMENTO E MORAES apud SILVA e BRAGA, 2006, p. 41).
  • 16. 10 2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral Ginástica Laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados pelos funcionários no ambiente de trabalho, com a finalidade de prepará-los para as atividades diárias. Baseia-se em técnicas de alongamento, distribuídas pelas várias partes do corpo, dos membros, passando pelo tronco, à cabeça, técnicas de relaxamento, massagem e atividades recreativas. Ginástica Laboral é descrita como a prática de exercícios físicos realizados coletivamente durante a jornada de trabalho, prescritos de acordo com a função exercida pelo trabalhador, visando compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são requeridas, relaxando-as e tonificando-as. Essa prática tem como finalidade prevenir doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo (LIMA et al., apud LIMA, 2005, p.7). Para Polito e Bergamaschi (apud Poletto, 2002, p. 51), a Ginástica Laboral constitui-se de séries de exercícios diários, realizados no local de trabalho, durante a jornada, que visa atuar na prevenção das lesões ocasionadas pelo trabalho, normalizar as funções corporais e proporcionar aos funcionários um momento de descontração e sociabilização. A Ginástica Laboral é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim a partir da diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente (LIMA, 2005, p.7-8). Segundo Militão (apud Santos e Farias, 2008, p.6), a GL deve ir além dos exercícios específicos realizados no local de trabalho deve ser motivante, informante e inovadores. Certamente, o indicado é que seja proposto pelas empresas palestras educativas, com a proposta de esclarecer aos funcionários em que constitui o programa, seus benefícios, objetivos e a razão pela da implantação do programa mencionado. O corpo humano foi feito para o movimento, não dura muito com o sedentarismo, precisa de um equilíbrio entre o repouso, uma boa alimentação e movimento para aumentar as chances de sobrevivência. 2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral Tem como objetivo minimizar os efeitos negativos oriundos do sedentarismo na vida e na saúde do trabalhador, prevenindo doenças ocupacionais, promovendo o máximo de bem-estar e o convívio social dos trabalhadores, servindo como ferramenta para a promoção do melhor convívio diário (LIMA apud SANTOS e FARIAS, 2008, p.6). Segundo Sharkey (apud Santos e Farias, 2008, p. 5):
  • 17. 11 A Ginástica Laboral consiste na realização de exercícios para a promoção de aquecimento músculoesquelético (preparando o organismo para o trabalho físico e melhorando o nível de concentração, elevando a temperatura corporal e o aporte de sanguíneo para os tecidos), alongamentos (prepara os músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares, para maiores amplitudes dos movimentos), resistência muscular localizada (favorecendo a normalização do tônus muscular decorrente do esforço repetitivo nas tarefas laborais e atividades diárias, fornecendo a manutenção do equilíbrio muscular e a prevenção das doenças osteomusculares) e relaxamento (a finalidade é compensar e relaxar todo e qualquer esforço repetitivo nos músculos, articulações, tendões e ligamentos, transcorridos no período de trabalho). Para Polito e Bergamaschi (apud Longen, 2003, p. 62) os benefícios da Ginástica Laboral são: Promover a saúde, corrigir os vícios posturais, diminuir o absenteísmo e a procura ambulatorial, melhorar a condição física geral, aumentar o ânimo e disposição para o trabalho, promover o auto-condicionamento orgânico, promover a consciência corporal, melhorar o relacionamento interpessoal, prevenir a fadiga muscular; prevenir LER/DORT. Seu objetivo é proporcionar ao funcionário uma melhor utilização de sua capacidade funcional através de exercícios de alongamento, de prevenção de lesões ocupacionais e dinâmicas de recreação. O programa de atividades deve ser desenvolvido após uma avaliação criteriosa do ambiente de trabalho e de cada funcionário em particular, respeitando a realidade da empresa e as condições disponíveis (POLITO e BERGAMASCHI, 2004: p.1-2). A Ginástica Laboral busca criar um espaço, no qual os trabalhadores, por livre e espontânea vontade, exercem várias atividades e exercícios físicos, que são muito mais do que um condicionamento mecanicista, repetitivo e autômato. A GL deve ser muito bem planejada e variada, já que é uma pausa ativa no trabalho e serve para quebrar o ritmo da tarefa que o trabalhador desempenha, funcionando como uma ruptura da monotonia (MENDES e LEITE apud DIAS et al., 2006, p. 328). 2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral Segundo Lima (2005, p. 13-8), a Ginástica Laboral pode ser classificada em ginástica preparatória, compensatória e relaxamento. a) Ginástica Laboral Preparatória: realizada antes do início da jornada de trabalho ou nas primeiras horas, com duração aproximada de 5 a 15 minutos, com o objeto principal de preparar os
  • 18. 12 funcionários para sua tarefa, aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados em seus trabalhos laborais, despertando-os para uma maior disposição ao iniciá-las (LIMA, 2005, p. 13-4). Conforme Couto (apud Martins, 2005, p. 47-8), a Ginástica Laboral Preparatória pode ser utilizada como prevenção da fadiga por tensão cognitiva, tendo em vista que pode proporcionar um número maior de estímulos cerebrais, tornando o indivíduo mais desperto e, assim, mais apto a ter respostas adequadas ou corretas. Segundo Couto et al. (Lima, 2005, p. 15), a Ginástica de Aquecimento aumenta a temperatura dos músculos e tendões, facilitando o deslocamento dos filamentos contráteis. b) Ginástica Laboral Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho, com duração aproximada de 10 minutos. O objetivo dessa ginástica é compensar os músculos que foram trabalhados em excesso, durante a atividade diária, além de interromper a monotonia operacional (LIMA, 2005, p. 17). Grandjean (apud Martins, 2005, p. 13) ressalta que a pausa é fundamental para que haja a manutenção do ritmo produtivo do trabalhador. c) Ginástica Laboral de Relaxamento: realizada no final do expediente, com duração aproximada de 10 minutos. Ela é baseada em exercícios de alongamentos relaxantes para oxigenar as musculaturas envolvidas no trabalho diário (LIMA, 2005, p. 18). É interessante incluir o relaxamento com atividade para aliviar as tensões, utilizando muitas vezes, a música como recurso (CAÑETE apud LIMA, 2007). 2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral Para, os benefícios proporcionados pela Ginástica Laboral são inúmeros. Assim, os autores destacam a promoção da saúde, correção dos vícios posturais, diminuição do absenteísmo, melhora da condição física geral, aumento do ânimo e disposição para o trabalho, e promoção do auto-condicionamento orgânico (POLITO e BERGAMASCHI apud SANTOS et al., 2007, p.2). Por sua vez, Oliveira (apud Santos et al., 2007, p.2) destaca que a Ginástica Laboral contribui ainda para a promoção da consciência corporal, preparação biopsicossocial dos participantes, melhoria do relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho e, conseqüentemente, aumento da produtividade no trabalho, com qualidade. Vários são os estudos que apontam os benefícios da ginástica laboral onde temos, alguns destes benefícios citados, tais como: melhor condicionamento respiratório, promoção da consciência corporal, prevenção das doenças do trabalho, correção das más posturas da coluna, promoção da saúde total (física, social, emocional, psíquica, profissional e espiritual), evitar ausências no trabalho (absenteísmo) e contratação de substitutos, fortalecimento das interações interpessoais, melhoria da qualidade do serviço ou produto, aumento da produtividade, prevenção do cansaço físico e mental (DIASCANIO apud SILVA e BRAGA, 2006: p.14). Segundo Santos e Farias (2008, p.1-2):
  • 19. 13 Um dos maiores benefícios que o local de trabalho e a ginástica laboral pode oferecer ao funcionário é o incentivo para aumentar ou iniciar o nível de atividade física, que resultará lucro para empresa, bem-estar ao funcionário, com redução do sedentarismo e como resposta, promoção à saúde do funcionário. Segundo Polito e Bergamaschi (apud Santana 2007, p.4) e Esqueisaro (apud Lima, 2007, p. 5-6) a Ginástica Laboral pode gerar benefícios fisiológicos, psicológicos, sociais e empresariais: Fisiológicos:  Diminuição da fadiga muscular;  Prevenção de lesões musculotendinosas e ligamentos;  Melhora da força e resistência muscular;  Melhora da coordenação motora;  Correção dos Vícios posturais;  Diminuição de patologias e casos de LER/DORT;  Ganho da amplitude articular e da flexibilidade;  Promove a adequação do organismo para o trabalho;  Diminui o risco de acidentes no trabalho;  Não leva os participantes ao cansaço, por ser de curta duração (10 a 15 minutos). Psicológicos:  Melhora a capacidade de atenção e concentração no trabalho;  Aumento de satisfação do empregado no ambiente de trabalho;  Favorece a mudança da rotina;  Desenvolve a consciência corporal;  Combate tensões emocionais. Sociais:  Estimulação da criatividade e da liderança;  Promoção da cooperação e comunicação, melhorando as relações humanas;  Aumento da capacidade de encontrar soluções rápidas e efetivas. Empresariais:  Diminuição do Absenteísmo ao trabalho;  Aumento da produção e lucros às empresas;  Melhoria da imagem da instituição junto aos funcionários e a sociedade.
  • 20. 14  Diminui o número de queixas, afastamentos médicos, acidentes e lesões.  Reduz os gastos com afastamentos e substituições de pessoal. Sendo assim a prática regular de exercício físico contribui no combate e prevenção das doenças ocupacionais, do sedentarismo, estresse, depressão, ansiedade entre outras. Favorece a sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho, reduz a sensação de fadiga ao final da mesma e contribui para a promoção da saúde e da qualidade de vida ao trabalhador.
  • 21. 15 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Verificar as implicações de um programa de Ginástica Laboral nos níveis de estresse de policiais militares. 3.2. Objetivos Específicos Levantar quais as fases de estresse em que se encontravam os policiais militares no pré e pós-teste. Avaliar quais os efeitos que a Ginástica Laboral proporcionaram aos policiais militares após a prática. Identificar os efeitos físicos e psicológicos nos níveis de estresse após a prática da Ginástica Laboral.
  • 22. 16 4. METODOLOGIA 4.1. Tipo de Pesquisa Esta é uma pesquisa qualitativa descritiva. Segundo Gil (2002, p. 42) a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial as descrição das características de determinada população ou fenômeno e utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. 4.2. População e Amostra Participaram deste trabalho 20 policiais militares, todos praças (soldados, cabos e sargentos), de um total de 50 policiais militares desse local de trabalho, 02 do gênero feminino e 18 do gênero masculino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade de 33 anos, desvio padrão de (±5,75). Realizavam os serviços de patrulhamento motorizado, guarda do quartel e administrativo. Lotados na Base Comunitária de Segurança do Bairro Pedra 90, pertencente ao 9º Batalhão de Polícia Militar, no município de Cuiabá-MT. 4.3. Materiais Utilizou-se folhas de papel e caneta; copos descartáveis; barbante; bexigas; um aparelho celular marca foston, modelo FS-868b na função reprodutor de áudio Mp3 com musicas para relaxamento e uma sala, da própria base comunitária, contendo cadeiras. 4. 4. Coleta de Dados Inicialmente foi aplicado um questionário adaptado de SANTOS (2006), para identificar sintomas de cansaço, dores e estresse. Posterior, como parâmetro de avaliação, antes e após as sessões de GL foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), padronizado em 2000 e utilizado em diversos trabalhos. Os instrumentos utilizados estão em ANEXO C e D.
  • 23. 17 4.5. Procedimentos Após o consentimento do comandante da Base Comunitária de Segurança para a realização do trabalho (ANEXO A), os policiais militares foram informados e 20 deles assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), preencheram um Questionário de Avaliação Diagnóstica Inicial (ANEXO C) e responderam o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de LIPP de Lipp (ISSL) antes e após as sessões de GL preparatória e de relaxamento, iniciado no dia 08 de setembro e encerrando em 04 de outubro de 2008, com duração de 26 dias. O ISSL foi validado em 1994 por Lipp e Guevara e padronizado por Lipp em 2000. Pode ser administrado em cerca de 10 minutos e tem sido utilizado em dezenas de trabalhos clínicos e de pesquisas na área do estresse. O ISSL permite um diagnostico preciso quanto a se a pessoa tem estresse, em qual fase se encontra, tipificação da forma como o estresse se manifesta, se por meio de sintomologia na área física ou psicológica. O inventário é composto por três quadros que se referem às quatro fases do estresse. O quadro I, utilizado para avaliar a fase I (alerta), composto de 12 sintomas físicos e 3 psicológicos, assinalados com F1 ou P1 os sintomas físicos ou psicológicos que tenha experimentado nas ultimas 24 horas. O quadro II, utilizado para avaliar as fases II e III (resistência e Quase-exaustão), composto por 10 sintomas físicos e 5 psicológicos, assinalados com F2 ou P2 os sintomas experimentados na ultima semana, sendo a fase III (quase-exaustão) diagnosticada com base em uma freqüência maior de sintomas listados. O quadro III, utilizado para avaliar a fase IV (exaustão), composto por 12 sintomas físicos e 11 sintomas psicológicos, assinalados com F3 ou P3 os sintomas experimentados no ultimo mês. Alguns sintomas que aparecem no quadro I voltam a aparecer no quadro II, mas com intensidade diferente. A razão dessa gradação é que a fase de exaustão, coberta no quadro III, em geral mostra a volta de alguns sintomas da fase I, com o maior grau de comprometimento, dada a queda da resistência. No total, o ISSL inclui 37 itens de natureza somática e de 19 psicológicas. O ISSL é baseado no modelo quadrifásico e revela os pontos mais vulneráveis onde o estresse manifesta-se no avaliado; Divide-se em três quadros: a) Quadro I: Nele identificam-se os sintomas experimentados nas últimas vinte e quatro horas. Corresponde a fase de alerta do estresse; b) Quadro II: Nele identificam-se os sintomas experimentados na última semana. Porcentagens superior a 50% (nos sintomas físicos), demonstram que a pessoa se encontra na fase de resistência, assim como, porcentagens superiores a 50 (nos sintomas psicológicos), demonstram a fase de quase-exaustão; c) Quadro III: Nele identificam-se os sintomas experimentados no último mês. Corresponde a fase de exaustão.
  • 24. 18 A tabela a seguir indica e demonstra como os resultados são analisados: Tabela 1 – Porcentagem de sintomas de stress que indica a fase que se encontra Quadro do I.S.S.L Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 % de Sintomas* > 40% ≥50% > 50% > 35% Fases Alerta Resistência Quase-exaustão Exaustão (*) % inferiores a estas em cada fase, não caracteriza estresse.
  • 25. 19 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste capitulo os dados serão apresentados e discutidos concomitantemente em forma de gráficos e tabelas. Conforme dados do questionário diagnóstico (SANTOS, 2006) os participantes, antes do início do programa de Ginástica Laboral (GL), apresentavam os sintomas relacionados no Quadro 1. Porcentagem Sintomas apresentados 80% (n=16) Sentiam-se cansados ou muito cansados após um dia de trabalho; 70% (n=14) Consideram o trabalho estressante; 30% (n=06) Sentiam dores durante o trabalho; 55% (n=11) Sentiam dores nas costas; 40% (n=08) Sentiam dores na cabeça; 55% (n=11) A intensidade das dores era media; 40% (n=08) Após um dia de trabalho, tinham dificuldade p/ dormir quase todos os dias ou todos os dias; 80% (n=16) Ao acordar sentiam-se cansados quase todos os dias; 60% (n=12) Sentiam-se motivados ao iniciar sua jornada de trabalho; 70% (n=14) Sentiam-se felizes com o trabalho quase todos os dias ou todos os dias; 90% (n=18) Raramente sentiam-se tristes e/ou deprimidos; 70% (n=14) Raramente sentiam-se irritados. Quadro 1: Sintomas de cansaço, dores e estresse dos participantes antes da intervenção. O resultado do questionário diagnóstico serviu como base para identificar sintomas
  • 26. 20 como dores, cansaço e estresse apresentados pelos policiais, e que puderam denotar a necessidade de uma avaliação mais específica e uma intervenção cujo intuito foi minimizar os níveis encontrados. Assim, aplicou-se o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) para aprofundar os estudos nos sintomas de estresse. Para tanto, elegeu-se a GL que atenderia as condições e necessidades dos participantes. Considerando que os policiais militares estudados não possuíam regularidade quanto aos horários e locais de trabalho, as sessões de GL ocorreram em praticamente todos os dias, a fim de contemplar ao máximo os participantes. Esses dados são apresentados no gráfico abaixo. Conforme o gráfico 1, o número de sessões realizadas pelos participantes variou entre 2 e 8 sessões, com média de participação de 5 sessões. Já que a atividade era desenvolvida no horário e local de trabalho, esses dados evidenciaram a dificuldade dos profissionais da área de segurança em manterem uma sistemática de participação em atividades físicas, visto que as trocas de serviço eram realizadas, muitas vezes, fora da base comunitária de segurança. O fato do pesquisador ser policial militar da mesma unidade e ter que realizar suas atividades diárias como todos os demais policiais, contribuiu diretamente no número total de sessões desenvolvidas, pois algumas sessões não foram realizadas decorrentes da ausência do pesquisador. De acordo com os dados coletados com o inventário de estresse aplicado verificou-se que, no pré-teste, 25% dos participantes encontravam-se na fase “exaustão”, 15% na fase “resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste observou-se que nenhum participante estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”, “resistência” e “alerta” e 85% sem sintomas de estresse. Conforme quadros (ANEXO E) que informam o número e a fonte de sintomas físicos e psicológicos que caracterizam a fase na qual se encontra o pesquisado, visualiza-se que os participantes de número 15, 16,18 e 20, que estavam na fase de exaustão passam não apresentar sintomas de estresse; já o participante 19 passou para a fase de resistência. Os policiais de número
  • 27. 21 12 e 13 que encontravam-se na fase de resistência, no pós-teste, também mudaram para a fase “sem sintoma de estresse”. Essas foram as principais mudanças positivas. Os participantes de número 6 e 14 sofreram mudança negativa, na medida em que mudaram da fase “sem sintoma de estresse” para a fase de “quase-exaustão” e alerta respectivamente. Infere-se que o fato do participante 6 estar em fase final de aposentadoria, bem como a distância entre sua residência e o local de trabalho tenham contribuído para um resultado extremo. Estes dados podem ser melhores visualizados no gráfico a seguir. Figura 1: Gráfico das fases de sintomas de estresse pré e pós-teste. Conforme protocolo do ISSL, que classifica o estresse em 4 fases (alerta ou fase I, resistência ou fase II, quase-exaustão ou fase III e exaustão ou fase IV), da fase de alerta o sujeito deve apresentar 6 ou mais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos; da resistência 5 ou mais, somente sintomas físicos; da quase-exaustão 3 ou mais, somente psicológicos e da exaustão 8 ou mais sintomas físicos e/ou psicológicos. Observa-se que 1 participante manifestou 8 sintomas da fase de alerta, no pós-teste. Na fase de resistência (somente sintomas físicos), 3 participantes apresentaram 5 sintomas e 2 participantes com 6 sintomas, no pré-teste e 1 participante com 5 sintomas, no pós-teste. Na fase de quase-exaustão (somente sintomas psicológicos), 3 participantes apresentaram 3 sintomas e 1 apresentou 4 sintomas no pré-teste. Já no pós-teste somente 1 participante manifestou 3 sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), 1 policial apresentou 10 sintomas, 1 apresentou 9 sintomas e outros 3 apresentaram 8 sintomas, no pré-teste. Estas informações podem ser visualizadas na Figura 2, logo abaixo, assim como em Anexo E.
  • 28. 22 Figura 2: Gráfico do número de sintomas nas fases II, III e IV, do pré e pós-teste. De acordo com os resultados houve melhora observada na mudança de fase e no número de sintomas apresentados pelos policiais do pré para o pós-teste, já que a saída da fase de exaustão caracteriza-se pela melhora nos aspectos físicos e psicológicos, maior capacidade de resistência e melhor recuperação de algumas enfermidades.
  • 29. 23 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se perceber que as sessões de Ginástica Laboral (GL), foram de grande valia em relação à diminuição dos sintomas de estresse apresentados pelos policiais militares lotados na Base Comunitária de Segurança do Pedra 90, pertencente ao 9ºBPM Cuiabá-MT. Uma sugestão para novos estudos seria em relação à duração do experimento, um período mais longo poderia trazer melhores resultados. Observou-se também, que nos sintomas apresentados pelos participantes deste estudo, havia relação direta com o trabalho desenvolvido, estressante e desgastante. Apesar disto, através da GL, estes sintomas foram reduzidos consideravelmente. Conclui-se, apartir deste estudo, que a GL foi eficaz na redução dos sintomas físicos e psicológicos, inclusive nos níveis de estresse da população alvo, verificando que esta também pode ser utilizada como uma técnica preventiva contra os agentes estressores.
  • 30. 24 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, Genes. Polícia para quê? Polícia Comunitária II. Publicado quinta-feira, 21/mai/2009. Disponível em http://todomundojasabia.blogspot.com/2009/05/policia-para-que.html. Acesso em 25/mai/2009. BENKE, Mara Regina Pagnussat; CARVALHO, Élcio. Artigo 7: Estresse x Qualidade de vida nas organizações: Um estudo teórico. Revista Objetiva, 2008, n 4. Disponível em http://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/Estresse.pdf. Acesso em 10/jan/09. CAMPOS, Shirley de. Stress/Estresse. Publicação em 13/nov/2004. http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/13382. Acesso em 10/jan/2009. Disponível em CIPRIANO, Daniela Guimarães Iaquinta. Stress feminino: efeitos diferenciais do relacionamento afetivo. In: Marilda Lipp (Org). O stress no Brasil: pesquisas avançadas. Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 161-168. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Senado Federal. Secretaria Especial de Editorial e Publicações. Subsecretária de Edições Técnicas. Brasília, 2006. CORRÊA, Júlio César. Artigo O que é Polícia. Portal Amazônia em 25/ago/2007. Disponível em http://portalamazonia.globo.com/detalhe-artigo.php?idArtigo=377. Acesso em 14/jan/2009. COSTA, Marcos et al. Estresse: diagnóstico dos policiais militares em uma cidade brasileira. Revista Panamericana de Salud Pública. v. 21, p. 217–222, 2007. DIAS, Ângelo Gonçalves, et al. A contribuição de um programa de ginástica laboral para a aderência ao exercicio físico fora da jornada de trabalho. Fitness & Performance Journal, v.5, nº 5, p. 325-332, 2006. Disponível em www.educacaofisica.com.br/download.asp?tp=biblioteca&id=1976. Acesso em 15/jan/2009. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo, SP: Atlas, 2002. HUEB, Daniela. Jornal da cidade de Bauru. Estresse: o mau da vida moderna. Publicação em 29/mar/2009. Disponível em http://www.jcnet.com.br/cadernos/detalhe_saude.php?codigo=153058. Acesso em 15/abril/2009. JORGE, Iranice Moro Pereira. Doenças psicossomáticas relacionadas ao trabalho – estudo de caso. 2004. 101 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção, Universidade Fereral de Santa Catarina, Florianópolis,
  • 31. 25 2004. LARANJEIRA, Emir. Sobre os 200 anos da PMERJ. Publicado Sabado, 18/abr/2009. Disponível em http://emirlarangeira.blogspot.com/2009/04/sobre-os-200-anos-da-pmerj.html. Acesso em 30/abril/2009. LEAL, Elinaldo Quirino. Manejo do Estresse Pós Traumático na Empresa. In.: Anais. II Congresso Brasileiro de Stress:Teoria e Pesquisa e V Congresso da ABQV. São Paulo/SP. 21 a 24 de setembro de 2005, p. 157-158. LEITE, Fábio Edson Cremasco; ROGATTO, Puggina; VALIM-ROGATTO, Priscila Carneiro. Artigo de Revisão. FIBROMIALGIA E ESTRESSE: INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO.SaBios: Rev. Saúde e Biol., Campo Mourão, v. 3, n.2, p.30-38, Jul-Dez, 2008. LEITE, Ravênia Márcia de Oliveira. Polícia Civil: profissão ou sacerdócio. Revista Jus Vigilantibus, Terça-feira, 10 de março de 2009. Disponível em http://jusvi.com/artigos/38595. Acesso em 28/out/2008. LENSON, Barry. Viva o estresse: como transformar as pressões do dia a dia em uma ferramenta criativa. 1 ed., Editora Prestigio, 2006, p. 224. LIMA, Luciano Ferreira. "A Influência da Ginástica Laboral nos Níveis de Estresse dos Motoristas do Transporte Coletivo de Primavera do Leste".2007. 42 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em Educação Física) – Turma Especial de Primavera do Leste, Universidade Federal de Mato Grosso, Primavera do Leste, 2007. LIMA, Valquíria de. Ginástica laboral: atividade física no ambiente de trabalho. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2005. LONGEN, Willians Cassiano. "Ginástica Laboral na Prevenção de LER/DORT ? Um Estudo Reflexivo em uma Linha de Produção".2003. 130 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Fereral de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. ___________________. Stress Emocional: esboço da teoria de temas de vida. In: Marilda Emmanuel Novaes Lipp. (Org.). O Stress no Brasil: pesquisas avançadas. 1 ed. Campinas: Papirus, 2004, v. 1, p. 17-30. POLITO, Eliane; BERGAMASCHI, Elaine Cristina. Ginástica Laboral. Revista E.F. CONFEF. Nº 13 - ano IV - Agosto de 2004, Minas Gerais, ago. 2004. MARTINS, Caroline de Oliveira. "Repercussão de um Programa de Ginástica Laboral na Qualidade de Vida de Trabalhadores de Escritório".2005. 184 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. MONTEIRO, Ubaldo. A Polícia de Mato Grosso: História - Evolução – 1835/1985, 237 p. MOREIRA, Daniel Augusto. Método Fenomenológico na Pesquisa. São Paulo: Editora Pioneira,
  • 32. 26 2001, 151 p. NETO, Miguel Libório Cavalcante. Curso Nacional de Polícia Comunitária - Conceitos Teóricos, 2001, 23 p. Disponível em http://www.segurancacidada.org.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=121&Ite mid=293. Acesso em 20/fev/2009. POLETTO, Sandra Salette. "Avaliação e Implantação de Programas de Ginástica Laboral, Implicações Metodológicas”. 2002. 146 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre , 2002. PORTELA, Andrey; FILHO, Almires Bughay. Nível de estresse de policiais militares: comparativo entre sedentários e praticantes de atividade física. Revista Digital - Buenos Aires – Ano 11 - N° 106 - Março de 2007. REIS, Ângelo. Stress no trabalho, 2007. Disponível http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=9744. Acesso 20/out/08. em em SANTANA, Ivanete Ferreira. "Ginástica Laboral: Influência nos Níveis de Estresse em Profissionais de um Pronto Atendimento".2007. 19 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em Educação Física) – Turma Especial de Primavera do Leste, Universidade Federal de Mato Grosso, Primavera do Leste, 2007. SANTOS, Andréia Fuentes dos. et al. Benefícios da Ginástica Laboral na Prevenção dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 2, p. 99-113, maio/ago. 2007. SANTOS, Cíntia Jeline Leastro dos Santos; FARIAS, Rosyele. Ginástica Laboral: Sedentarismo x Atividade Física. 11p.Disponível em http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/laboral_cintia.htm.Aces so em 20/02/2008. SANTOS, Marcela Ariete dos. A percepção dos benefícios da ginástica laboral em operadores de caixa de supermercado. Trabalho de Conclusão (Graduação em Educação Física), UNIVAG, Várzea Grande, 2006. SILVA, Flancilene de Jesus Lima ; BRAGA, Lidiane Fonseca. "A Ginástica Laboral na Busca do Bem-estar Físico dos Funcionários da Delegacia da Receita Federal em Belém do Pará: Proposta de uma cartilha explicativa".2006. 93 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em Fisioterapia) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade da Amazônia, Belém, 2006. SOCCI, Vera. ; ARZABE, Ana Cristina Gomes Teixeira. Fatores de Estresse em Policiais Militares. In: Anais. II Congresso Brasileiro de Stress: Teoria e Pesquisa e V Congresso da ABQV. São Paulo/SP. 21 a 24 de setembro de 2005, p. 235-237. SOUZA, Fátima. Como funciona a Polícia Militar, 2009. http://pessoas.hsw.uol.com.br/policia-militar1.htm. Acesso em 28/maio/2009. Disponível em PEREIRA, Carlos Eduardo Milagres. “Canções de Guerra”. Um Signo Bélico na Formação do Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro.2002. 67 f. Monografia (Especialização em Políticas
  • 33. 27 de Justiças Criminais e Segurança Pública) – Núcleo Fluminense de Ensino e Pesquisa, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2002.
  • 34. 28 ANEXO A SOLICITAÇÃO PARA COLETA DE DADOS Cuiabá, 03 de Setembro de 2008. Ilmo Senhor, Capitão PM Arlindo Marques de Souza Filho Gerente da Base Comunitária de Segurança do Pedra 90 Prezado Senhor, Vimos por meio deste solicitar a V. Sª. Autorização para que o acadêmico LUCIMAR BORGES GONÇALVES, matrícula nº 200511504031, do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso, venha realizar, pesquisa de campo referente a sua Monografia para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, no período de Setembro a Outubro de 2008. Agradecemos a colaboração e colocamo-nos a disposição para eventuais esclarecimentos. Atenciosamente, ____________________________________________________ Professora Orientadora
  • 35. 29 ANEXO B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu,_________________________________________________________, policial militar lotado na Base Comunitária do Pedra 90, município de Cuiabá-MT, comprometo-me a participar do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC a ser desenvolvido pelo acadêmico Lucimar Borges Gonçalves, do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso, com o título: “OS EFEITOS DA GINÁSTICA LABORAL NOS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE CUIABÁ-MT.” Ciente da seriedade do trabalho a ser realizado, declaro que participarei como voluntário, podendo retirar-me do trabalho a qualquer momento, que os dados coletados poderão ser divulgados e publicados, resguardando minha privacidade. Cuiabá-MT, ____ de _________________ de 2008. _____________________________________________ Assinatura do participante _____________________________________________ Lucimar Borges Gonçalves Acadêmico do Curso de Educação Física – UFMT
  • 36. 30 ANEXO C QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Data: ____/____/______ Nome:_________________________________________________________________ Data de Nascimento:____/____/_______. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 1) Como você se sente após um dia de trabalho? ( ( ( ( ( ) Muito cansado ) Cansado ) Razoavelmente cansado ) Pouco cansado ) Nada cansado 2) Considera seu trabalho estressante? ( ) Não ( ) Mais ou Menos ( ) Sim 3) Você sente dores durante o trabalho? A) ( ) Não ( ) As vezes ( ) Sim. B) Onde: ( ( ( ( ( ) Cabeça ) Ombros ) Pescoço ) Punhos ) Mãos ( ( ( ( ) Braços ) Costas ) Pernas ) Outras partes do corpo:_______________ C) Com qual intensidade? ( ) Pouca ( ) Média ( ) Muita 4) Após um dia de trabalho, tem dificuldades para dormir?
  • 37. 31 ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca 5) Ao acordar você se sente cansado? ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca 6) Sente-se disposto (motivado) ao iniciar sua jornada de trabalho? ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca 7) Sente-se feliz com o seu trabalho? ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca 8) Sente-se triste e/ou deprimido? ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca 9) Sente-se irritado? ( ( ( ( ) Todos os dias ) Quase todos os dias ) Raramente ) Nunca Fonte: SANTOS, Marcela Ariete dos. A percepção dos benefícios da ginástica laboral em operadores de caixa de supermercado. Monografia em Licenciatura Plena em Educação Física pela UNIVAG, Várzea Grande, 2006.
  • 38. 32 ANEXO D INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE STRESS DE LIPP (ISSL), 2000. Data:____/____/________. Nome:___________________________________________________________ Quadro I - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas Sintomas Físicos ( ) tensão muscular ( ) insônia (dificuldade de dormir) ( ) boca seca ( ) mãos ou pés frios ( ) hiperventilação (respirar ofegante, rápido) ( ) mudança de apetite ( ) aumento de sudorese (muito suor, suadeira) ( ) taquicardia (batedeira no peito) ( ) aperto na mandíbula / ranger de dentes ( ) diarréia passageira ( ) nó no estômago ( ) hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta) Sintomas Psicológicos ( ) aumento súbito de motivação ( ) vontade súbita de iniciar novos projetos ( ) entusiasmo súbito Quadro II - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado na última semana Sintomas Físicos ( ) sensação de desgaste físico constante ( ) problemas com a memória ( ) cansaço constante ( ) gastrite, úlcera ou indisposição estomacal muito prolongada ( ) mudança de apetite ( ) formigamento das extremidades ( ) mal-estar generalizado, sem causa específica ( ) aparecimento de problemas dermatológicos ( ) tontura ou sensação de estar flutuando ( ) hipertensão arterial Sintomas Psicógicos ( ) dúvida quanto a si próprio ( ) irritabilidade excessiva ( ) pensar constantemente em um só assunto ( ) sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso) ( ) diminuição da libido (sem vontade de sexo)
  • 39. 33 Quadro III - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado no último mês Sintomas Físicos ( ) excesso de gases ( ) insônia ( ) mudança extrema de apetite ( ) tontura freqüente ( ) úlcera, colite ou outro problema digestivo sério ( ) diarréia freqüente ( ) tiques ( ) hipertensão arterial continuada ( ) problemas dermatológicos prolongados ( ) dificuldades sexuais ( ) náusea ( ) enfarte Sintomas psicológicos ( ) perda do senso de humor ( ) angústia, ou ansiedade, ou medo diariamente ( ) vontade de fugir de tudo ( ) sensação de incompetência em todas as áreas ( ) hipersensibilidade emotiva ( ) cansaço constante e excessivo ( ) impossibilidade de trabalhar ( ) irritabilidade freqüente sem causa aparente ( ) apatia, ou depressão ou raiva prolongada ( ) pensar e falar constantemente em um só assunto ( ) pesadelos freqüentes
  • 40. 34 ANEXO E Tabulação do Inventário de Sintomas de Stress (ISSL) - (LIPP, 2000). Número de participantes: (20) Vinte Nº de sintomas apresentados no Pré-Teste Participantes № de sintomas no Quadro I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 F: Físico e P: Psicológicos 3 2 3 4 1 2 6 5 6 8 0 0 0 0 1 0 1 2 0 0 2 F 1 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 2 5 3 6 4 5 6 P 0 1 0 0 1 0 1 1 0 № de sintomas no Quadro III 3 P 0 0 0 0 0 0 0 1 1 № de sintomas no Quadro II F 1 0 1 1 1 3 2 2 2 1 1 2 1 2 3 3 1 2 3 4 F 0 1 1 0 1 2 1 1 3 2 1 4 2 1 4 1 2 2 3 2 P 0 0 0 1 1 0 2 2 3 2 3 0 2 5 Em Roxo: Participantes estressados 4 7 1 7 7 6 Nº de sintomas apresentados no Pós-Teste Participantes № de sintomas no Quadro I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 0 6 2 2 3 2 3 3 1 1 0 0 2 1 0 1 1 0 1 F 0 1 1 0 0 1 2 1 2 1 2 2 1 4 2 2 4 1 5 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 2 1 F 0 1 2 1 1 2 1 1 1 2 2 0 0 0 1 1 2 1 3 0 P 0 0 1 1 0 1 0 0 2 F: Físico e P: Psicológicos 1 P 0 0 0 1 0 3 0 0 1 № de sintomas no Quadro III 1 P 0 0 0 0 1 1 1 0 1 № de sintomas no Quadro II F 2 0 1 1 0 1 3 2 1 2 2 2 1 1 2 1 0 1 3 1 Em Roxo: Participantes estressados