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A Evolução da Telefonia Celular
                                Manoel F. Ramos1
 1
   Segurança da Informação – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
Disciplina de Fundamentos de Redes de Computadores – Prof. Eduardo Leivas Bastos
Av. Unisinos, 950 – Caixa Postal 274 – CEP 93022-000 – São Leopoldo – RS – Brasil
                        manoel.ramos@goldentech.com.br


    Resumo. Este artigo demonstra, de forma simples e compacta, a compreensão
    do “Estado da Arte” da Telefonia Celular, apresentando toda a sua evolução
    desde os seus primórdios, passando pelas transições de sistemas analógicos
    para digital e o rumo propício que ela irá tomar. Serão abordadas as
    tecnologias da Primeira Geração (1G) com o AMPS, a Segunda Geração (2G)
    com os padrões D-AMPS, TDMA, CDMA e GSM, suas melhorias nos padrões
    2,5G e 2,75G, com os protocolos CDMA2000, GPRS e EDGE, e a Terceira
    Geração (3G) com o padrão UMTS.
    Abstract. This study demonstrates, in summary, understanding the “State of
    The Art” of mobile phone, demonstrating the evolution of technology since its
    inception, the transition from analog to digital standards and promising future
    that it will take. Will discuss the technologies of the First Generation (1G) with
    the protocol AMPS, the Second Generation (2G) with standard D-AMPS,
    TDMA, CDMA and GSM, the standard improvements in their 2.5G and 2.75G
    with protocols CDMA2000, GPRS and EDGE, ending with the Third
    Generation (3G) with the UMTS protocol.


1. Introdução
Com a constante evolução da tecnologia presente no cotidiano do seres humanos,
podemos destacar que a telefonia Celular encontra-se como um dos principais meios de
comunicação utilizada pela polução mundial. Esta maravilha do mundo moderno é o
resultado do crescimento paralelo e constante dos meios de telecomunicações. Seria
completamente incorreto abordarmos a Telefonia Celular, sem antes entendermos o
surgimento dos meios de telecomunicações, apresentando a sua evolução, até
chegarmos à comunicação móvel. A abordagem destes conceitos e acontecimentos
históricos proporciona uma maior abrangência, com envolvimento eficaz, no
entendimento das tecnologias e protocolos da Telefonia Celular. Podemos separar em
três fases o surgimento e evolução dos meios de telecomunicações, sendo elas a Fase
Primitiva, Fase Medieval e Fase Moderna, conforme Vicente S. Neto (1990).
A Fase Primitiva dos meios de Telecomunicações se baseava em dois processos
distintos, o transporte de mensagem e a transmissão e recepção de códigos. O primeiro
era feito entre dois pontos distintos através de mensageiros, forma utilizada até hoje
pelos correios de todo o mundo. O segundo, era dividido em três fazes, sendo elas, os
sinais de fumaça que eram utilizados por indígenas americanos, os sinais sonoros
utilizados até hoje pelo povo Africano e os sinas luminosos um dos mais avançados
sistemas de comunicação utilizada por diversos povoados, onde suas semelhanças

                                                                           Página 1 de 18
estavam contidas nas distâncias em que poderiam ser transmitidos. Compreende-se que
a considerável Fase Medieval das Telecomunicações, segundo Vicente S. Neto (1990)
foi entre 19 de julho de 1794 até a década de 70 do século XX. Um pouco antes desta
fase, Georges-Louis Le Sage, físico mundialmente conhecido como o pai da “mecânica
gravitação”, faz o lançamento do primeiro Telégrafo em 1774 na cidade de Genebra.
Claude Chappe inaugurou em 19 de julho de 1794 a primeira máquina telegráfica,
quando foi transmitida uma mensagem relatando a vitória dos franceses sobre os
austríacos. Em 10 de março de 1876, Alexandre Graham Bell apresenta o primeiro
telefone, aparelho que mudou, através de novas tecnologias, a evolução da comunicação
mundial.
As Telecomunicações tiveram um grande salto com o surgimento do Telégrafo e do
Telefone, onde propiciou novos serviços importantes para a transformação da
humanidade. Em 1912, nasce a Telemetria para monitorar redes elétricas e telefônicas,
que seguidamente em 1923, Vladimir Zworykin, registra a patente do tubo iconoscópico
para câmaras de televisão, tornando-se possível em 30 de outubro de 1925, em Londres
a primeira imagem em movimento, com avanços significantes na década de 50 do
século passado, quando a telemetria começou a ser utilizada no setor aeroespacial.
A convenção de Buenos Aires, em 1952, define telecomunicações sendo:
“... a transmissão, emissão ou recepção de sinais, escritos, imagens e sons ou
informações de qualquer natureza por fio, radio, eletricidade, óptica ou qualquer outro
sistema eletromagnético.”
Conforme a lei federal 4.117 de 27 de agosto de 1972, do Código Brasileiro de
Telecomunicações, define Telecomunicações sendo:
“... a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos,
imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por fio, rádio, eletricidade, meios
ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético.”
Havendo necessidades de conectar os aparelhos telefônicos de Bell e dos aparelhos de
telegrafia de Chappe com o maior número possível, surgiu o conceito de Sistema-Rede
e Terminais, onde este conceito foi introduzido para aperfeiçoar o sistema,
possibilitando a um menor custo, o maior número de terminais.




             Figura 1.1 – Sistema de Transmissão / Conceito de Terminais


Na Fase Medieval, os sistemas de Telecomunicações compõem todas as linhas no
sistema de Transmissão, bem como os centros de comutação (nós) da rede com
tecnologia analógica.
Já na Fase Moderna, os Sistemas de Telecomunicações tiveram o seu início através do
Conceito Digital. Ainda na fase medieval da telecomunicação, em 1835, Samuel Morse
começou a usar o telégrafo, prevendo as grandes possibilidades de comunicação que a
Telecomunicação poderia beneficiar e facilitar a vida humana.

                                                                        Página 2 de 18
Em 1895, Alexandre Popov, físico russo, realizou a primeira demonstração pública com
seu transmissor e receptor, utilizando o coesor de Branly. Neste mesmo ano, Guglielmo
Marconi, aluno do professor de física Augusto Righi, aprimorou os aparelhos usados
por Heinrich Rudolph Hertz, físico alemão, que demonstrou na prática a existência das
ondas eletromagnéticas previstas por James Clerk Maxwell, criador da teoria da
eletromagnética em 1873. Em 1896, Marconi adquiriu uma patente em Londres para o
transmissor e receptor telegráfico sem fio, onde em 1874, fez sua primeira
demonstração em Nova York, onde também obteve uma patente para o equipamento
(Romano and Toddai, 1979 e Marcelo Sampaio de Alencar, 2001). A Fase Moderna
iniciou-se comercialmente em 1962, introduzida pela Bell System. É importante
ressaltar que o altíssimo interesse por sistemas digitais ocorreu após o grandioso
desenvolvimento e consolidação dos setores da eletrônica e da computação, pois sem
estes dois, não sairíamos da Fase Medieval dos sistemas de Telecomunicações, ou até
mesmo, deixaríamos estas tecnologias morrerem no esquecimento.
Os sistemas de comunicações móveis tiveram seu início nos Estados Unidos em 1921,
ainda na fase medieval, onde o Departamento de Polícia da cidade de Detroid (EUA)
implantou um sistema móvel unidirecional em 2 MHz, utilizando modulação em
amplitude (AM), com a finalidade de prover a transmissão de mensagens paras as
viaturas policiais. Este sistema, que constituiu o precursor do serviço de rádio busca
(paging), representa o marco inicial da telefonia móvel. Porém, instabilidades dos
receptores e cobertura limitada foram os principais problemas de expansão deste
serviço. Em 1928, foi instalado um sistema bidirecional através do desenvolvimento de
um novo receptor, ainda em AM. Porém, a qualidade do sinal recebido não era
satisfatória e mesmo assim, acidentalmente a Federal Communication Commission
(FCC) autorizou a utilização de quatro canais de 30-40 MHz. Os problemas de
instabilidades foram solucionados apenas em 1935 com a invenção da modulação em
freqüência (FM).
Com interesses políticos e estratégicos, o crescimento da comunicação móvel foi
impulsionado durante a Segunda Guerra Mundial com aplicações dos Laboratórios da
Bell System (Bell Labs.) e da Western Electric entre 1940 e 1945, que,
conseqüentemente, elevou os interesses e revolucionou a capacidade de produção
industrial, resultando em 1946, o primeiro serviço móvel de telefonia pública (manual)
nos Estados Unidos a 150 MHz. Em 1947, começou a funcionar o sistema móvel para
auto-estrada, com freqüências de 35 MHz. O serviço móvel em 450 MHz (manual)
começou a funcionar em 1958 que, em 1963, o número total de transmissores móveis
em veículos ultrapassava um milhão. E no ano de 1964, iniciou-se o serviço automático
em 150 MHz, designado IMTS (Improved Mobile Telephone System), conhecido
também como MJ que foi substituído pelo serviço, também automático, IMTS em 450
MHz (MK) em 1969.
Diversos problemas de interferência eram acarretados sobre a potência elevada destes
sistemas, necessárias para obter maiores áreas de cobertura. Para corrigir estes
problemas, a Bell Labs., introduziu, em 1947, o conceito de célula (Macdonald, 1979 e
Marcelo Sampaio de Alencar, 2001). A FCC dividiu os serviços móveis em cinco
categorias, sendo elas o Serviço Móvel Marítimo, o Serviço de Rádio para Segurança
Pública, o Serviço de Rádio para a Indústria, o Serviço de Rádio para Transporte
Terrestre e o Serviço Público de Rádio Doméstico.


                                                                       Página 3 de 18
Somente em 1975, a FCC alocou a faixa de 800 MHz para o serviço móvel celular.
                                                   MHz
Onde em 1978, na cidade de Chicago (EUA), a Bell Labs., desenvolveu e apresentou,
de forma experimental, o sistema denominado AMPS (Advanced Mobile Phone System)
                                                      Advanced
que, devido a falta de regulamentação, somente foi explorado comercialmente em 1983.
Após sua regulamentação, diversos outros padrões foram criados e implantados após
1985 com base no AMPS. O Japão já explorava o AMPS através do sistema MCS
                                                             através
(Mobile Communication System seguido pelos países da Europa Setentrional e do
 Mobile                    System),
Atlântico Norte adotando o sistema NMT (Nordiska Mobil Telefongruppen em 1980. O
                                         (Nordiska        Telefongruppen)
Reino Unido, em 1982 adot o sistema TACS (Total Access Communication System) e
                        adotou
a Alemanha, em 1985, adotando o sistema C 450. Já em 1985, o total de usuários no
                                           C-450.
mundo, que possuíam telefonia móvel era de 700.000, chegando próximo a 4 milhões
em 1988, 26 milhões em 1993, atingindo mais de 240 milhões no ano de 2000,
caminhando para os bilhões de usuários nos dias de hoje.
          do
No Brasil, as primeiras operadoras de telefonia celulares eram as mesmas operadoras da
telefonia fixa. Em 1990 a TELERJ (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro),
              .
hoje comandada pelo grupo espanhol Telefonica de España e conhecido como Vivo
S.A., implanta o primeiro sistema de telefonia móvel celular no Brasil, adotando o
sistema AMPS. Em 2001, o Governo Federal colocou à venda as últimas licenças para o
Serviço Móvel Pessoal (SMP).
O padrão AMPS foi conhecido com a Primeira Geração de Celulares (1G), dando os
                         hecido como
primeiros passos para esta maravilha de comunicação do mundo moderno. Neste artigo,
será comentada a evolução da tecnologia celular, apresentando os principais padrões e
tecnologias adotadas pela primeira, segunda e terceira geração de celulares (1G, 2G e
                           primeira,
3G), concluindo-se nos rumos a serem tomados através dos padrões da 4G.
                se


2. Telefonia Móvel Celular
Um sistema móvel é definido como um rede de comunicações por rádio que permite
                                      uma
mobilidade contínua por meio de diversas células. Por outro lado, a comunicação sem
                  ua
fio, implica em comunicação por rádio sem necessariamente requerer a passagem de
uma célula à outra durante a conversação (Nanda and Goodman, 1992). Um
convencional sistema de telefonia móvel seleciona um ou mais canais de
                                        móvel
Radiofreqüência (RF) para utilizarem áreas específicas geograficamente. Esta área é
conhecida como Área de Cobertura. A Área de Cobertura é planejada para ser a mais
ampla possível, com potências de elevações elevadas. Esta área é dividida em regiões
chamadas de células, com modos de potência baixa para serem transmitidas em
freqüências disponíveis e reutilizadas.
                           eutilizadas.




             Figura 2.1 – Descrição do Sistema Celular (área de cobertura)
                                               Celular

                                                                         Página 4 de 18
2.1. A Primeira Geração da Tecnologia Celular – 1G
Com grande impacto na sociedade, mais precisamente pelo fato inovador, a primeira
geração da tecnologia celular, também conhecida com o 1G, ocasionou uma revolução
nos meios de telecomunicações. Antes de a primeira geração ser concretizada, todos os
sistemas de telefonia e comunicação móvel eram centralizados, tinham capacidade de
tráfego muito baixa e principalmente possuíam custos muito elevados. Os sistemas de
primeira geração eram analógicos, utilizando modulação em freqüência, também muito
conhecida como FM (Frequency Modulation), onde eram transmitidos em sinais de
radiofreqüência (RF) a voz do usuário em faixas de UHF (Ultra High Frequency). Com
isto, nasceu o padrão AMPS (Advanced Mobile Phone System) desenvolvido pela Bell
Labs. Com o mercado prematuro e com poucos conhecimentos do potencial que o
AMPS teria, os Estados Unidos adotaram esta tecnologia que rapidamente se consolidou
no mercado, o Brasil adotou o padrão AMPS dos Estados Unidos, operando na faixa de
800 MHz e ocupando uma banda de 50 MHz, podendo ser divida entre duas operadoras,
também conhecidas como Banda A e Banda B. O padrão AMPS utiliza a tecnologia de
acesso múltiplo por divisão de freqüência, também conhecido como FDMA (Frequency
Division Multiple Access), utilizando largura de banda de 30 KHz por canal. É
importante ressaltar que cada banda ocupa 12,5 MHz, composta por 416 canais,
totalizando 21 canais de controle e 395 canais de voz.
Na tecnologia FDMA são permitidos um total de canais iguais à largura da faixa
dividida do canal. Juntando o padrão AMPS com o este modelo, temos 833 canais
disponíveis. O AMPS possui, no máximo, 832 canais, lembrando que 0 (zero) não é
usado e lembrando que alguns canais são designados para controle, portanto, o número
de canais de tráfego será igual ao Número de Canais menos o Número de Canais de
Controle.O modo padrão que o AMPS opera é de forma bidirecional (full duplex), com
um canal formado por duas freqüências, sendo elas, uma freqüência do enlace e outra
freqüência para reverso (retorno).

              Tecnologia de múltiplo acesso                         FDMA
                     Largura do canal                               30 KHz
                    Usuário por canal                                  1
           Faixa de freqüência do enlace direto                  869 - 894 MHz
           Faixa de freqüência do enlace reverso                 824 - 849 MHz
               Largura de banda disponível                   25 MHz (894 - 869 MHz)
 Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e diretos          45 MHz
                Modulação do sinal de voz                             FM
             N° de canais (Controle e Tráfego)                        832
         Tabela 2.1 – As características do AMPS (José Umberto Sverzut, 2005)
É importante ressaltar que o FDMA é um método de acesso utilizado de forma
universal, também podendo ser utilizado de forma isolada, com o AMPS, ou de forma
unificada e combinada com outras formas de acesso, proporcionando a saída de



                                                                       Página 5 de 18
sistemas analógicos, de forma manual, para sistemas digitais operando de forma
automática.


2.2. A Segunda Geração da Tecnologia Celular – 2G
Devido a todas as conseqüências significativas de gargalos e na necessidade eminente
de expansão nos Estados Unidos e das Unificações dos sistemas na Europa, integrando
os métodos do AMPS com o FDMA, estudos concretizaram-se em técnicas
significantes, que resultaram no nascimento da segunda geração dos sistemas de
telefonia celular, também conhecido como Tecnologia 2G. O exemplo do lançamento
de uma nova versão de um determinado software, onde o seu fabricante apresenta aos
seus clientes as melhorias e novas funcionabilidades, os sistemas 2G não foram
diferentes, sendo desenvolvidos para melhorar os sistemas de seus antecessores. A
principal e significante melhoria nesta nova geração é o aumento de sua capacidade,
suprindo as necessidades dos Estados Unidos e a sua uniformização que supri as
necessidades Européias. Saindo dos sistemas Analógicos e possibilitando a tecnologia
digital, nos Estados Unidos foram criadas e implementadas 3 (três) novos padrões,
sendo eles o padrão IS-54 (AMPS digital ou D-AMPS), o padrão IS-136, conhecido
através da tecnologia de Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo (TDMA – Time
Division Multiple Access) e o padrão IS-95, também muito conhecido através da
tecnologia de Acesso Múltiplo por Divisão de Código (CDMA – Code Division
Multiple Access), todas já operando de forma digital. Já na Europa, com a necessidade e
esforços de uniformização, foi criado o Sistema Globalizado para Comunicação Móvel
(GSM – Global System for Mobile communications). Com destacados esforços de
união, o GSM passou a ser o principal representante desta segunda geração da telefonia
celular, permitindo o aumento na produção de equipamentos, atraindo grandes empresas
para a fabricação e ingresso no mercado de telecomunicações.
O grande “pulo do gato” na segunda geração dos sistemas de telefonia celular é apenas
a adaptação do canal de voz para poder transferir bits de informações, ou seja, bits de
dados. O problema desta nova adaptação é o fato que as taxas de transmissões são
baixas, impedindo a adaptação de novos serviços ou expansão dos serviços existentes à
tecnologia. Um exemplo significante e empacador de serviço é o acesso à internet.
Outro detalhe importante é que cada padrão da tecnologia não é compatível com os
demais. Concluindo, melhorou a qualidade e expansão dos serviços, porém foi
impactada pela necessidade de disponibilizar aparelhos móveis à internet conforme as
demandas e crescimento do mercado.


2.2.1. O Padrão D-AMPS (IS-54)
Como destacado anteriormente, a grande necessidade para atender a demanda do
crescimento e elevar a capacidade das células, aumentando as áreas de cobertura das
operadoras, a Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA -
Telecommunications Industry Assiciation), órgão criador de normas e padrões de
produtos para empresas e centros de pesquisas credenciados no Instituto Nacional
Americano de Padrões (ANSI – American National Standards Institute), e a Associação
das Indústrias Eletrônicas (EIA - Electrônic Industries Alliance) adotaram o padrão IS-
54 na década de 1980, também conhecido como AMPS Digital ou D-AMPS, baseando-

                                                                        Página 6 de 18
se no AMPS. O D-AMPS mantém o espaçamento de canal de 30 kHz do AMPS, porém
utilizando modulação FSK (Frequency Shift Keying), facilitando a evolução do sistema
analógico para o sistema digital. Neste padrão, cada canal de freqüência fornece um
taxa binária de RF de 48.6 Kb por segundo. Isto foi possível, pois foi utilizado um
método de modulação diferencial por comutação de fase em quadratura, conhecida
como DQPSK (Differential Quadrature Phase-Shift Keying). Este método foi utilizado
com o deslocamento de fase de /4 radianos entre símbolos sucessivos para reduzir a
amplitude de cada sinal, ficando em 24.3 Kbaud a taxa do canal que foi dividida em 6
faixas (slots) de tempo, sendo que duas destas faixas foram atribuídas a cada usuário na
implementação corrente, no qual passaram a utilizar um codificador de voz de 13kb/s
com correção de erro. Este codificador é o VSELP (Vector Sum Excited Linear
Prediction). Com isto, cada par de freqüências de 30 kHz foram possíveis servir 3 (três)
usuários ao mesmo tempo contendo o mesmo padrão para serem reutilizadas. O D-
AMPS conseguiu fornecer três vezes mais da capacidade, ou seja, três vezes mais
número de canais de usuários por célula do próprio AMPS. Quando são colocados
codificadores de voz, que geram metade da taxa binária, cada canal de freqüência de
30kHz poderá acomodar seis usuários por canal, dobrando a capacidade. O padrão D-
AMPS estabelece um equalizador bem adaptativo para atenuar a interferência entre
símbolos causada pelo grande atraso de espalhamento, mas devido baixa taxa do canal,
em 24.3kbaud, o equalizador ficou desnecessário em várias situações.
Com estas informações, ficou fácil perceber que os sistemas que utilizam o padrão IS-
54 opera tanto nos modos analógicos, quanto nos modos digitais, pois operam na
mesma faixa de freqüência dos sistemas AMPS existentes. Isto foi necessário para que
os sistemas D-AMPS possam funcionar em áreas que eram atendidas apenas no modo
AMPS (analógico) ou na modalidade de roaming.


2.2.2. O Padrão TDMA (IS-136)
Apresentando diversos problemas sérios de implementações do padrão IS-54, foi a EIA
e TIA foram obrigados a desenvolverem um novo padrão referente à compatibilidade e
o aumento constante da necessidade da capacidade do sistema celular. Já na década de
1990, foi adotado padrão IS-136, também conhecido como TDMA (Time Division
Multiple Access), que no português quer dizer “Acesso Múltiplo por Divisão do
Tempo”, ou seja, ele funciona dividindo um canal de freqüência de rádio (RF) em até
seis intervalos de tempo distintos, que respectivamente duplica a capacidade e
desempenho dos sistemas do padrão D-AMPS, setuplicando os do padrão AMPS.
É importante destacar que a interface de RF está presente na infraestrutura celular das
operadoras. A interface RF é fundamental para a eficiência espectral, dependendo dos
meios, capacidade e técnicas que os sistemas de telefonia móvel operam para melhor a
reutilização das freqüências e diminuir a interferência. Trabalhando também com
freqüências de operação e largura de canal igual a 30 KHz, fizeram com que a maioria
das operadoras que ainda trabalhavam com o sistema AMPS com FDMA da primeira
geração, ou seja, de forma analógica apenas, migrassem diretamente para o padrão
TDMA.
A alocação de freqüência da interface de RF do padrão IS-136 é feita através da
operadora, onde um única portadora de RF IS-136 possui 30 KHz de largura da faixa de


                                                                         Página 7 de 18
freqüência, podendo suportar ao mesmo tempo, até seis unidades móveis. Cada
portadora é subdividida em seis “time slots”, ou seja, seis intervalos de tempo de canal
utilizando a técnica de acesso múltiplo por divisão do tempo, denominado o nome
TDMA (Time Division Multiple Access). Estes intervalos de tempo foram denominados
de Intervalos de Tempo de Canal (ITC), que são identificados de 1 (um) a 6 (seis), com
duração de 6,67 ms cada. Sua repetição de cada seqüência é chamada de quadro TDMA,
também conhecido com o frame TDMA, tendo duração de 40 ms. Em questões de bits,
um frame TDMA tem 1.944 bits, que são equivalentes a 972 símbolos com taxa de 25
frames por segundo. A taxa de transmissão de sistemas IS-136 instalados pelas
operadoras comercialmente é de 7,95 Kbits/s, chamados de canais full rate,
responsáveis para transportar os sinais de voz, fazendo com que cada cliente de cada
operadora, utilizem dois Intervalos de Tempo de Canal (2 ITCs) do frame TDMA.
Para o padrão IS-136, foram criados canais lógicos que foram classificados como canal
de controle, usados para comunicação entre a Estação Radiobase e a unidade móvel, ou
seja, os aparelhos celulares. Existem vários canais de controle no padrão IS-136 e cada
um possui uma função distinta, sendo eles: o canal de controle FACCH (Fast
Associated Control Chanel) que substitui o bloco de informação do usuário durante a
transmissão de tráfego por mensagem de controle e supervisão num processo chamado
blank and burst; o canal SACCH (Slow Associated Control CHannel) utilizado para
garantir a qualidade do canal de comunicação de forma contínua sem a necessidade do
processo blank and burst; o RACH (Random Access CHannel) que é um canal
unidirecional ponto a ponto utilizado para requisitar o acesso ao sistema, sendo utilizado
para enviar informações em difusão (broadcast) para um determinado sistema móvel.
Ele é subdividido em outros três subcanais que são o PCH (Paging CHannel) que é um
subcanal ponto a ponto usado para encontrar sistemas móveis no padrão IS-136, o
ARCH (Access Response CHannel) que é um subcanal responsável para informar o
sistema móvel que a rede reconheceu o acesso feito pelo canal RACH podendo informar
também outros recursos e o SMSCH (Short Message Service Chanel) que é um
subcanal utilizado para entregar mensagens de texto (SMS) para um sistema móvel
específico; o F-BBCH (Fast-Broadcast Control CHannel) que é um canal muito
importante para o funcionamento do padrão TDMA, pois ele tem a responsabilidade de
para transmitir informações críticas de sistema e sem estas informações o sistema móvel
não conseguirá efetuar nenhum acesso a rede pelo canal RACH; o canal E-BCCH
(Extended-Braoadcast Control CHannel) é utilizado para transmitir informações de
sistema não críticas, auxiliando o canal F-BBCH; O Canal S-BCCH (SMS Broadcast
Control CHannel) possui a responsabilidade de transmitir informações do serviço de
transporte da interface RF, denominado BATS (Broadcast Air-Interface Transport
Service); o canal SCF (Shered Channel Feedback) que é utilizado para suportar todas as
operações do canal RACH; e o canal RSVD (Reserved Channel) que foi reservado para
uso futuro. Já o canal de tráfego, que no padrão IS-136 é somente um, é bidirecional,
conhecido como DTCH (Digital Traffic CHannel) e possui a responsabilidade de
transportar dados do usuários nos enlaces direto e reverso. Este canal lógico de tráfego é
chamado de Payload.
Como utilizando também no padrão IS-54 (D-AMPS), o padrão IS-136 possui a
variante da modulação digital por desvio de fase em quadratura (QPSK) utilizando /4
radianos de forma digital ( /4 Shifted DQPSK), variando cada 45° utilizando o padrão
de diagrama de constelação.

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Figura 2.2 – Diagrama de constelação da modulação /4 Shifted DQPSK


Na tabela abaixo, mostra o resumo das principais característica do padrão IS-136
             Tecnologia de múltiplo acesso                            TDMA
                     Largura do canal                                 30 KHz
                    Usuário por canal                      3 (7,95 Kbits/s) ou 6 Kbits/s)
           Faixa de freqüência do enlace direto                   869 - 894 MHz
          Faixa de freqüência do enlace reverso                   824 - 849 MHz
               Largura de banda disponível                   25 MHz (894 - 869 MHz)
   Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e                 45 MHz
                         diretos
                Modulação do sinal de voz                   /4 Shifted DQPSK (variante
                                                                da modulação PSK)
            N° de canais (Controle e Tráfego)                      3x832 = 2496
       Tabela 2.2 – Características do padrão IS-136 (José Umberto Sverzut, 2005)


2.2.3. O Padrão CDMA (IS-95)
Com diversas restrições para o uso comercial durante décadas, sendo utilizada somente
em aplicações militares, a tecnologia de espalhamento do espectro (Spred Spectrum -
SS) começou a ser explorada para uso comercial somente na década de 80 do século
passado, onde sua principal característica é a privacidade, ou seja, possui dificuldades
de interceptação e resistência com sinais de interferência, sendo aplicados de forma
intencional ou não. O padrão IS-95 utiliza a tecnologia de acesso múltiplo por divisão
em código, também conhecida como tecnologia CDMA (Code Division Multiple
Access) que possui como base a tecnologia Spred Spectrum, utilizando as técnicas de
Salto em Frequencia (FH – Frequency Hopping) que trabalha de forma seqüencial e
aleatória, alimentando um sintetizador de freqüências gerando o sinal a ser transmitido
pela portadora e conseqüentemente virando-o de forma desordenada dentro da banda de
espalhamento. A técnica de Espalhamento Espectral por Seqüência Direta (DS/SS-
Direct Sequency / Spread Spetrum) é feita através de um sinal codificador, o sinal de
informação é multiplicado, apresentando características de pseudo-randômica, também
conhecido como “Chip Sequence” ou pseudo-ruído (PN-code ou “pseudo-noise”). Esta
técnica de Espalhamento Espectral de Seqüência Direta (DS/SS) é a mais utilizada e
difundida nas aplicações do padrão IS-95.




                                                                          Página 9 de 18
É importante ressaltar que na tecnologia CDMA, os usuários estão separados entre si no
domínio do código, enquanto na tecnologia TDMA estão separados entre si no domínio
do tempo. (José Umberto Sverzut, 2005).
No padrão IS-95, o sinal é multiplicado pela função do espalhamento também na
recepção, esta técnica é chamada de dispreading criando a Geração de Seqüência,
também conhecidas como pseudo-aleatórias, ou PN – Pseudo-Noise. O PN tem como
função o espalhamento espectral juntamente com a técnica DS/SS, separando os
usuários no mesmo canal físico, provendo o spreading e despreading, sendo gerados
através de um circuito LSR (Liniear Shift Registers). O comprimento máximo da
seqüência PN está relacionado com o número de estágios LSR, denominado como
“chips”. Através disso, o padrão IS-95 possui três códigos que são gerados através do
circuito LSR e seus estágios, estes códigos são o Código PN Curto (Short PN Code) que
é utilizado para identificar uma célula omnidirecional ou cada setor de uma célula
setorizada, o Código PN Longo (Long PN Code) que são associados às unidades móveis
promovendo a sua separação no canal físico e o Código Walsh (Walsh Codes), com a
responsabilidade de separar os canais de controle e tráfego. O padrão IS-95 também
utiliza a modulação digital por desvio de fase em quadratura (Quadrature Phase Shift
Keying – QPSK), igual ao padrão IS-136 TDMA, porém, no padrão IS-136 a fase do
sinal modulado varia em 45° e no padrão IS-95 varia em 90° a cada r/4.




                 Figura 2.3 – Diagrama de estado da modulação QPSK


          Tecnologia de múltiplo acesso                          CDMA
                Largura do canal                               1,25 MHz
                Usuário por canal                     Depende da relação Sinal/Ruído
                                                            adotado na rede
       Faixa de freqüência do enlace direto                  869 - 894 MHz
      Faixa de freqüência do enlace reverso                  824 - 849 MHz
           Largura de banda disponível                          25 MHz
 Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e              45 MHz
                     diretos
            Modulação do sinal de voz                  QPSK (variante da modulação
                                                                  PSK)
         N° de canais (Controle e Tráfego)            Depende da relação Sinal/Ruído
                                                            adotado na rede
       Tabela 2.3 – Características do padrão IS-95 (José Umberto Sverzut, 2005)


                                                                       Página 10 de 18
2.2.4. O Padrão GSM
Os sistemas de telefonia celular na Europa possuíam um grande número de padrões,
totalmente analógicos e principalmente incompatíveis uns com os outros, impactando
economicamente no mercado das telecomunicações. Através destes problemas,
pesquisadores e membros do Instituto Europeu de Normas e Padrões de
Telecomunicações, o ETSI (European Telecommunication Standard Institute)
desenvolveram, com base no padrão norte americano IS-136 (TDMA), a tecnologia que
realmente revolucionou o mercado de telecomunicações, chamada de Sistema Global
para Comunicações Móveis (GSM - Global System for Mobile communications),
tecnologia de baixo custo de implantação e de rápida expansão em toda a Europa e
conseqüentemente para o resto do mundo. Mesmo com o ETSI ter decidido a
oficialização dos padrões da tecnologia, o verdadeiro pai do padrão GSM e também
membro do ETSI foi à organização CEPT (European Post Offices and
Telecommunication). Estes padrões, que são o P-GSM (Primary – GSM), E-GSM
(Extended – GSM), R-GSM (Railways – GSM), GSM 1800 e o PCS 1900, foram os
principais responsáveis pela grande evolução e aceitação no mercado, tornando o GSM
como a tecnologia Celular mais utilizada no mundo, pois estão associados às faixas de
freqüências alocadas no espectro. Especificando a notação importante que a faixa de
canal de RF na tecnologia GSM é de 200 kHz, cada padrão varia pela quantidade de
canais de RF no espectro. O padrão P-GSM utiliza freqüências na banda de 900 MHz
projetada para operações em uma grande área, possuindo o número máximo de 125
canais de RF. O padrão E-GSM utiliza freqüências na banda de 900 MHz projetada para
operações em uma grande área, possuindo o número máximo de 175 canais de RF e foi
projetado para aumentar estes canais perante o padrão P-GSM. O padrão R-GSM ou
GSM 900, projetado para elevar a capacidade de canais RF oferecido no padrão E-
GSM, também utiliza freqüências de banda de 900 MHz e possui capacidade máxima de
195 canais de RF. Já o padrão GSM 1800 ou DCS 1800 é uma adaptação ao padrão R-
GSM, onde este padrão foi desenvolvido para permitir a formação das Redes de
Comunicação Pessoais, também conhecido como PCN (Personal Communication
Networks), elevando a faixa de freqüência para 1,8 GHz e aumentando o número de
canais de RF para 375 através de uma alocação de freqüência. E o padrão PCS 1900, foi
desenvolvido para oferecer diversas oportunidades de serviços aos usuários da telefonia
móvel, com características padrões do padrão GSM 1800, mas operando em faixa de
freqüência de 1,9 GHz com 299 canais de RF disponíveis. É importante destacar que o
padrão GSM utiliza a modulação MSK (Minimum Shift Keying), um tipo de esquema
especial da modulação FSK (Frequency Shift Keying) e a modulação GMSK (Gaussian
Minimun Shift Keying), possuindo uma excelente eficiência de potência espectral
introduzindo uma interferência intersimbólica (ISI – Inter Symbol Interference) no sinal
transmitido, gerando o sinal GSM, seguido de um modulador digital FM com
freqüência modulada por um oscilador controlado por tensão (VCO - Voltage
Controlled Oscilator).
A tecnologia GSM oferece diversas oportunidades de serviços e aplicações, sendo
desenvolvidos conforme a demanda do mercado. Esta tecnologia passou por três fazes
de evolução de serviços, sendo elas a Primeira Fase, onde foi a inicial de toda a
tecnologia GSM, no qual foram criados serviços básicos, utilizados diariamente por
qualquer usuário de telefonia móvel, como a própria telefonia (voz), as chamadas de

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emergência que possibilitam a ligação gratuita para os serviços de emergência como a
polícia através de redes de operadoras de telefonia diferentes, o serviço de mensagem de
texto curtas (SMS), transmissão de dados assíncronos de 0.3 a 9.6 Kbps, transmissão de
dados síncronos de 0.3 a 9.6 Kbps e transmissão de frames (pacotes) assíncronos. A
Segunda Fase que ampliou os serviços através dos Teleserviços, sistema half rate,
melhorias no SMS, os serviços de dados, transmissão de frames de forma síncrona e
dedicada em taxas entre 2.4 e 14.4 Kbps, serviço de identificação de chamadas,
restrição de chamadas por número, chamada em espera, teleconferência e grupo de
usuários, entre muitos outros. E a Terceira Fase, também conhecida como Fase 2+, que
introduziu o GPRS (General Packet Radio Service), serviço de dados por frames em
altas taxas de transmissão.
O padrão GSM foi o pioneiro ao armazenar informações do usuário, número do
telefone, contatos, etc. em chips (cartão SIM) e principalmente criptografar as
informações trocadas entre a rede e as estações móveis, utilizando a codificação de
identidade temporária do assinante móvel (TMSI – Temporary Mobile Sobscriber
Identity) através de chaves de criptografia CKSN (Ciphering Key Sequence Number)
que também ficam armazenadas no cartão SIM do sistema móvel.


2.3. A Terceira Geração da Tecnologia Celular – 3G
Antes de mencionar as tecnologias da terceira geração da telefonia celular, é importante
destacar que na segunda geração dos celulares teve mais duas evoluções. Com o
retrospecto da inatividade dos sistemas analógicos (1G), os sistemas digitais tiveram
grandes avanços e melhorias constantes em seus sistemas. Os sistemas da primeira e
segunda geração (1G e 2G) foram projetados especificamente para transportar voz,
porém, com a explosão da Internet e suas constantes e derivadas aplicações que
mudaram o estilo de vida e trabalho no cotidiano da sociedade mundial, os dispositivos
móveis também deveriam se adaptar a esta realidade. Com esta constante evolução, as
redes e os padrões do GSM, também foram atualizadas, melhorando cada vez mais,
criando a geração 2.5 e a geração 2.75 da telefonia celular (2.5G e 2.75G).
O padrão 2.5G se constitui com a evolução do serviço CDMA IS-95 (revisado pela
segunda vez), que sucessivamente foi atualizado na terceira geração (3G) para as
tecnologias CDMA 2000 com os padrões EVDO (Evolution-Data Optimized) e EVDV
(Evolution-Data Voice). E o GPRS (General Packet Radio Service) é a evolução das
redes GSM.
No padrão 2.75G, é caracterizado também pela evolução dos padrões TDMA IS-136 e o
GSM/GPRS para o padrão EDGE (Enhanced Data rates for GSM Evolution) que,
sucessivamente, foi evoluído na 3G para os padrões WCDMA (Wide Band Code
Division Multiple Access) e EDGE (Fase II), denominados UMTS (Universal Mobile
Telecommunications System).


2.3.1. O Padrão CDMA 2000 (2.5G)
Atualizando a tecnologia CDMA (Code Division Multiple Access) (2G), o CDMA 2000
tem como principal benefício a sua compatibilidade com sistemas que utilizam os
padrões antigos, como o CDMAONE. O CDMA 2000 possui 4 (quatro) padrões de

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personalizações, sendo eles o padrão CDMA2000 1x, que possui o núcleo padrão de
interface sem fio, também conhecido como 1xRTT (1 time Radio Transmission
Technology), IS-2000 e CDMA 2000, operando com um par de canais 1,25 MHz,
completamente duplicando a capacidade de voz com o padrão IS-95. O padrão CDMA
2000 3x, que utiliza um par de canais de 3,75MHz, alcançando maior velocidade de
dados, porém, esta tecnologia não se encontra em uso ou e fase de desenvolvimento. Já
o padrão CDMA 2000 -1xEVDO (Evolution-Data Only) é a evolução do CDMA 2000 -
1x alta velocidade de dados, suportando velocidade de até 3,1 Mbps para download e
1,8 Mbps para upload em um canal de radio dedicado para transporta pacotes de dados
em alta velocidade. E o padrão CDMA 2000 1xEVDV (Evolution-Data Voice) suporta
velocidades de até 3.1 Mbps para download e 1,8 Mbps para upload, suportando
também operações conjuntas de usuários de voz nos padrões CDMA 2000 1x, 3x e
EVDO no mesmo canal de rádio.


2.3.2. O Padrão GPRS (2.5G)
A tecnologia de GPRS (General Packet Radio Service) permitiu o desenvolvimento de
novas aplicações serviços, elevando o significado da palavra “mobilidade”,
disponibilizando diversos benefícios aos usuários de sistemas móveis como a própria
mobilidade e a conectividade, possibilitando acesso a aplicações e serviços de
comunicação como o e-mail, fax, o acesso a Internet, jogos e muitas outras. Uma rede
GSM suporta comutação de circuitos (BTS – Base Transceiver Station, BSC – Base
Station Controller, IWF – Internet Working Function e MSC – Mobile Services
Switching Center) e a comutação de pacotes com o GPRS que suporta transferência de
dados em pacotes / frames (Packet Data). O principal elemento do GPRS é o protocolo
IP (Internet Protocol). Sobrepondo-o sobre a rede GSM (2G), o GPRS visa transportar
dados por pacotes (frames) utilizando taxas de transmissão, teoricamente, entre 9,6 e
171 Kbits/s. Os sistemas móveis acessam a rede GPRS através da conexão, através de
comutação de pacotes, com o servidor de nó de suporte GPRS (SGSN), que é
responsável por detectar novos usuários, processar registros de novos usuários,
localização de usuários na área de cobertura, gerenciamento de mobilidade, tarifações e
compressão de dados. Como as conexões GPRS utilizam o protocolo IP, a infraestrutura
da rede GSM foi adaptada, possuindo, além do SGSN, Gateway de nó de suporte GPRS
(GGSN – Gateway GPRS Support Node) que provê as interfaces de conexão com as
redes de pacotes externas como o IP e o PDN (Packet Data Network), serviços de
resolução de nomes (DNS – Domain Name System), servidor de distribuição de
endereçamento IP (DHCP – Dynamic Host Configuration Protocol), servidores
RADIUS para acessos remotos por linha discada, servidores Firewall para proteção de
ambiente e endereçamento através de nomes através do APN (Access Point Name). É
importante destacar também que a tecnologia GPRS utiliza explicitamente os protocolos
da internet como o TCP, UDP, IP, PPP entre outros protocolos de interface utilizados
em uma rede de computadores. A principal interface do padrão GPRS é a Interface de
RF (Um), também conhecida interface aérea (Um), que determina o desempenho da
rede GPRS como base na tecnologia GSM.




                                                                       Página 13 de 18
2.3.3. O Padrão EDGE (2.75G)
Como evolução da tecnologia GPRS e conseqüentemente da tecnologia GSM, o EDGE
(Enhanced Data rates for GSM Evolution) possui poucas diferenças entre o padrão
GPRS, destacando-se à interface aérea (Um) através de modificações dos elementos da
estação transceptor base (BTS) e os sistemas móveis, suportando a modulação 8-PSK (8
State Phase Shift Keying) e novas adaptações de codificação de canal digital. A
modulação 8-PSK possui como principal vantagem a melhoria da eficiência espectral.
Esta modulação, utiliza oito símbolos, equivalente a 3 bits/símbolo, enquanto o GMSK
(Gaussian Minimun Shift Keying), utilizado no padrão GSM possui apenas dois
símbolos, equivalente a 1 bits/símbolo. E as modificações de codificação de canal da
tecnologia EDGE é formada por 9 (nove) esquemas de modulação e codificação
diferentes, chamados MCS (Modulation and Coding Scheme), identificados com a
modulação GMSK os esquemas MCS-1, MCS-2, MCS-3 e MCS-4 e com a modulação
8-PSK os esquemas MCS-5, MCS-6, MCS-7, MCS-8 e MCS-9. É importante destacar
que o padrão EDGE é completamente compatível com os padrões GSM e GPRS.


2.3.4. Padrão UMTS (3G)
Representando a evolução nas taxas de transmissão, capacidade, adaptações e criações
de novos serviços e facilidades gerados nos padrões 2, 2.5 e 2.7 G, o padrão UMTS
(Universal Mobile Telecommunications System) utiliza a tecnologia WCDMA
(Wideband Code Division Multiple Access), definida UMTS fórum. O padrão UMTS
nada mais é do que a evolução natural das operadoras GSM, GPRS e EDGE. As
principais modificações é a compatibilidades com a interface IS-41, que é utilizada
pelas operadoras TDMA e CDMA e também a banda base de operação de 5 MHz. Sua
taxa de transmissão de chip (chip rate) é de 3,84 Mcps (Mchips/s), podendo operar em
espalhamentos espectral de 10 MHz e 20 MHz em taxas de 7,68 e 15,36 Mcps. As
especificações da UMTS foram definidas através da parceria de terceira geração da
telefonia celular (3GPP – Third Generation Partnership Project), onde denominaram
UTRA (Ultra Terrestrial Radio Access) e defiram dois modos de operações, sendo elas
a Divisão de Freqüência Duplex (FDD – Frequency Division Duplex) e a Divisão de
Tempo Duplex (TDD – Time Division Duplex). No modo FDD, o modo de operação
relacionada com a banda alocada no espectro de freqüência está relacionada na alocação
de duas faixas de freqüências diferentes, sendo uma no enlace direto e outra para o
enlace reverso. No modo TDD, a mesma faixa de freqüência é utilizada pelos enlaces
direto e reverso, sendo multiplexada no tempo de dentro de uma mesma portadora de
RF. O padrão UMTS possui uma arquitetura de rede formada pelo Equipamento do
Usuário (EU – User Equipment), pela Rede de Suporte (CN – Core Network) e pela
Rede Universal de Acesso de RF terrestre (UTRAN – Universal Terrestrial Radio
Access Network). Esta rede de suporte (Core Network) é a mesma implementada nos
padrões GPRS e EDGE, possibilitando a migração do padrão 2G para o 3G de forma
simples e compacta.
Como destacado anteriormente, os principais diferenciais na arquitetura das redes 2G e
3G estão relacionados nas interfaces e protocolos utilizados pela interface aérea (RF).
Esta interface aérea UMTS, também conhecida como Uu é formada por 3 (três)


                                                                       Página 14 de 18
camadas de protocolos, sendo eles a camada 1 (física), camada 2 (enlace) e camada 3
(rede). A estrutura dos canais UMTS é formado por 3 (três) tipos de cana sendo eles o
                                                                     canal,
Canal Lógico, responsável por identificar o tipo de informação está sendo transportada;
O Canal de Transporte, responsável para identificar as características do transporte de
dados pela interface aérea; e os Canais físicos que transportam os canais pela interface
aérea.
Referente à tecnologia WCDMA ela permite o uso mais eficiente do espectro
                          WCDMA,
comparado com outros padrões disponíveis e possui velocidade de até 100% superiores
as redes móveis das gerações passadas. Com o WCDMA é possível a u
            veis                                                          utilização de
serviços de dados, aplicativos, jogos, sons e imagens através de uma grande largura de
banda. A principal evolução deste padrão é o HSDPA (High-Speed Downlink Packet
                                                                Speed
Access), possibilitando velocidades de até 14,4 Mbps para o enlace direto (
       ,                                                                  (download) e
o padrão HSUPA (High-Speed Uplink Packet Access), possibilitando até 5,76 Mbps
                          Speed                  Access),
para o enlace reverso (upload). Juntando os padrões HSPDA e HSUPA formam o
                         upload).
padrão HSPA (High Speed Packet Access), ampliando o desempenho dos padrões
                 High                  Access),
WCDMA. Estudos já revelam que num futuro, não muito distante, será lançado o
                                                               distante,
padrão HSPA+, estes padrões irão se constituir na quarta geração da telefonia celular
(4G).


3. A Evolução da Tecnologia Celular
 .
A Telefonia Celular evoluiu mu em menos de 25 anos no mundo to
       fonia                 muito                                  todo, passou por
diversas divergências e complicações em países que queriam criar os seus próprios
sistemas no qual ficavam incompatíveis com os demais. Depois com suas
                                                                 Depois,
características universais e com constantes e significantes melhorias saíram dos
                                                              melhorias,
sistemas analógicos passando para sistemas totalmente digitais, que logo em seguida
      as
começaram a tratar não somente voz, como também fluxo de dados, revolucionando a
telecomunicação de modo geral.
Abaixo, encontra-se uma descrição de toda a evolução da tecnologia celular, saindo da
                   se
Primeira Geração (1G), passado pelos padrões da Segunda Geração (2G), as melhorias
significantes dos padrões da Segunda Geração (2.5G e 2.75G), chegando à maravilhosa
tecnologia de Terceira Geração (3G).




            Figura 3.1 – As gerações e suas tecnologias da Telefonia Celular
                                                                      elular


                                                                        Página 15 de 18
4. Considerações Finais
Quando os laboratórios da Bell System criaram o conceito de célula para solucionar os
problemas de interferência sobre os sistemas de comunicação móvel em 1947, todos já
sabiam o que estava por vir. Sabemos que a tecnologia, de forma globalizada, cresce de
forma incontrolável. Desde 1985, quando o padrão AMPS foi finalmente regulamentado
e liberado para exploração comercial, a telefonia celular não parou de crescer. Em um
curto espaço de tempo, diversos outros padrões foram criados, ocasionando problemas e
soluções, resultando em novos estudos, melhorias e concretizando em novas
tecnologias. O fascismo pela inovação e necessidade constante de comunicação,
transforma a tecnologia onde não se pode dizer que são tecnologias do futuro, pois
quando falamos em tecnologia do futuro, na verdade, estamos falando de uma
tecnologia que já virou passado. Antigamente dizia-se, “depois do expediente eu não
quero saber de trabalho!”. Hoje, isso é completamente impossível de se dizer, mesmo
querendo. Cada vez mais o ser humano está completamente conectado com suas
atividades diárias, tanto nas de trabalho, como nas de estudo e lazer, necessitando
sempre estar atualizado e em contato ativo com o cotidiano. Assistindo televisão,
conversando com amigos, bisbilhotando a vida alheia, verificando a agenda,
escrevendo, lendo livros, escutando música, acessando e-mails, conversando com outras
pessoas, localizando um endereço, entre milhares de outras atividades. Tudo é possível,
de forma compacta, de baixo custo e através de um único local, ou melhor, de um único
dispositivo, não importando a distancia, mesmo que o objetivo esteja em uma distância
de 4000 km. Podemos dizer que a telefonia celular é a maravilha do mundo moderno,
ou antigo, nunca se saberá dizer. Pois a tecnologia avança em cada segundo que se
respira e isto nasceu com a necessidade de que todos devem estar sempre conectados e
em constante comunicação com tudo o que se precisa, em qualquer hora e em qualquer
logar. Conseqüentemente, isto é chamado de qualidade de vida.




                                                                       Página 16 de 18
5. Referências


SVERZUT, José Umberto. Redes GSM, GPRS, EDGE e UMTS: evolução a caminho
da terceira geração (3G). São Paulo: Érica, 2005. 454 p. ISBN 85-365-0087-5


ALENCAR, Marcelo Sampaio de. Sistemas de Comunicação. São Paulo: Érica, 2001.
296p. ISBN 85-7194-838-0


SOARES, Vicente Soares, Sistema Móvel e Telefonia Celular. São Paulo: Érica,
1990. 170p. ISBN 85-7194-082-7


Bellemy, John – Digital telephone. 3ed. New York: Wiley Inter-Science Publication,
2000. 631p. ISBN 0-471-34571-7


Dean Piva, Mauricio Teixeira, Rodrigo Beloni, Thiago Capuano. A Evolução Para A
Tecnologia 3G. Disponível em http://d.scribd.com/docs/u58rgb6j0qo17gsmnp3.pdf
Acesso em 17 de setembro de 2011.


Rodrigues, Marco Aurélio; Plataforma para Inclusão Digital: Qualcomm Brasil.
Disponível em http://www.telebrasil.org.br/painel/51/palestras/12_marco_aurelio.pdf.
Acesso em 17 de setembro de 2011.


Wikipedia, Tecnologia 3G. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/3G. Acesso em
10 de setembro de 2011.


Wikipedia, Rede de Telefonia Celular. Disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_telefonia_celular, Acesso em 10 de setembro de
2011.


Wikipedia,       História       do   Telefone      Celular.     Disponível   em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_telefone_celular. Acesso em 10 de
setembro de 2011.


Wikipedia, UMTS. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/UMTS. Acesso em 24
de setembro de 2011.


Wikipedia, WCDMA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/WCDMA. Acesso
em 24 de setembro de 2011.


                                                                      Página 17 de 18
Wikipedia, HSDPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSDPA. Acesso em
24 de setembro de 2011.


Wikipedia, HSUPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSDPA. Acesso em
24 de setembro de 2011.


Wikipedia, HSPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSPA. Acesso em 24 de
setembro de 2011.


Wikipedia,              Claud           Chappe.            Disponível            em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Chappe. Acesso em 03 de setembro de 2011.


Wikipedia,          Georges-Louis        Le       Sage.      Disponível      em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges-Louis_Le_Sage. Acesso em 03 de setembro de
2011.


Wikipedia, TELRJ. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/TELERJ. Acesso em
03 de setembro de 2011.


Wikipedia, Televisão. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão. Acesso
em 03 de setembro de 2011.


UOL, Telemetria. Disponível em http://infogps.uol.com.br/blog/2010/09/30/telemetria.
Acesso em 04 de setembro de 2011.




                                                                    Página 18 de 18

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Artigo a evolução da telefonia Celular

  • 1. A Evolução da Telefonia Celular Manoel F. Ramos1 1 Segurança da Informação – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Disciplina de Fundamentos de Redes de Computadores – Prof. Eduardo Leivas Bastos Av. Unisinos, 950 – Caixa Postal 274 – CEP 93022-000 – São Leopoldo – RS – Brasil manoel.ramos@goldentech.com.br Resumo. Este artigo demonstra, de forma simples e compacta, a compreensão do “Estado da Arte” da Telefonia Celular, apresentando toda a sua evolução desde os seus primórdios, passando pelas transições de sistemas analógicos para digital e o rumo propício que ela irá tomar. Serão abordadas as tecnologias da Primeira Geração (1G) com o AMPS, a Segunda Geração (2G) com os padrões D-AMPS, TDMA, CDMA e GSM, suas melhorias nos padrões 2,5G e 2,75G, com os protocolos CDMA2000, GPRS e EDGE, e a Terceira Geração (3G) com o padrão UMTS. Abstract. This study demonstrates, in summary, understanding the “State of The Art” of mobile phone, demonstrating the evolution of technology since its inception, the transition from analog to digital standards and promising future that it will take. Will discuss the technologies of the First Generation (1G) with the protocol AMPS, the Second Generation (2G) with standard D-AMPS, TDMA, CDMA and GSM, the standard improvements in their 2.5G and 2.75G with protocols CDMA2000, GPRS and EDGE, ending with the Third Generation (3G) with the UMTS protocol. 1. Introdução Com a constante evolução da tecnologia presente no cotidiano do seres humanos, podemos destacar que a telefonia Celular encontra-se como um dos principais meios de comunicação utilizada pela polução mundial. Esta maravilha do mundo moderno é o resultado do crescimento paralelo e constante dos meios de telecomunicações. Seria completamente incorreto abordarmos a Telefonia Celular, sem antes entendermos o surgimento dos meios de telecomunicações, apresentando a sua evolução, até chegarmos à comunicação móvel. A abordagem destes conceitos e acontecimentos históricos proporciona uma maior abrangência, com envolvimento eficaz, no entendimento das tecnologias e protocolos da Telefonia Celular. Podemos separar em três fases o surgimento e evolução dos meios de telecomunicações, sendo elas a Fase Primitiva, Fase Medieval e Fase Moderna, conforme Vicente S. Neto (1990). A Fase Primitiva dos meios de Telecomunicações se baseava em dois processos distintos, o transporte de mensagem e a transmissão e recepção de códigos. O primeiro era feito entre dois pontos distintos através de mensageiros, forma utilizada até hoje pelos correios de todo o mundo. O segundo, era dividido em três fazes, sendo elas, os sinais de fumaça que eram utilizados por indígenas americanos, os sinais sonoros utilizados até hoje pelo povo Africano e os sinas luminosos um dos mais avançados sistemas de comunicação utilizada por diversos povoados, onde suas semelhanças Página 1 de 18
  • 2. estavam contidas nas distâncias em que poderiam ser transmitidos. Compreende-se que a considerável Fase Medieval das Telecomunicações, segundo Vicente S. Neto (1990) foi entre 19 de julho de 1794 até a década de 70 do século XX. Um pouco antes desta fase, Georges-Louis Le Sage, físico mundialmente conhecido como o pai da “mecânica gravitação”, faz o lançamento do primeiro Telégrafo em 1774 na cidade de Genebra. Claude Chappe inaugurou em 19 de julho de 1794 a primeira máquina telegráfica, quando foi transmitida uma mensagem relatando a vitória dos franceses sobre os austríacos. Em 10 de março de 1876, Alexandre Graham Bell apresenta o primeiro telefone, aparelho que mudou, através de novas tecnologias, a evolução da comunicação mundial. As Telecomunicações tiveram um grande salto com o surgimento do Telégrafo e do Telefone, onde propiciou novos serviços importantes para a transformação da humanidade. Em 1912, nasce a Telemetria para monitorar redes elétricas e telefônicas, que seguidamente em 1923, Vladimir Zworykin, registra a patente do tubo iconoscópico para câmaras de televisão, tornando-se possível em 30 de outubro de 1925, em Londres a primeira imagem em movimento, com avanços significantes na década de 50 do século passado, quando a telemetria começou a ser utilizada no setor aeroespacial. A convenção de Buenos Aires, em 1952, define telecomunicações sendo: “... a transmissão, emissão ou recepção de sinais, escritos, imagens e sons ou informações de qualquer natureza por fio, radio, eletricidade, óptica ou qualquer outro sistema eletromagnético.” Conforme a lei federal 4.117 de 27 de agosto de 1972, do Código Brasileiro de Telecomunicações, define Telecomunicações sendo: “... a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por fio, rádio, eletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético.” Havendo necessidades de conectar os aparelhos telefônicos de Bell e dos aparelhos de telegrafia de Chappe com o maior número possível, surgiu o conceito de Sistema-Rede e Terminais, onde este conceito foi introduzido para aperfeiçoar o sistema, possibilitando a um menor custo, o maior número de terminais. Figura 1.1 – Sistema de Transmissão / Conceito de Terminais Na Fase Medieval, os sistemas de Telecomunicações compõem todas as linhas no sistema de Transmissão, bem como os centros de comutação (nós) da rede com tecnologia analógica. Já na Fase Moderna, os Sistemas de Telecomunicações tiveram o seu início através do Conceito Digital. Ainda na fase medieval da telecomunicação, em 1835, Samuel Morse começou a usar o telégrafo, prevendo as grandes possibilidades de comunicação que a Telecomunicação poderia beneficiar e facilitar a vida humana. Página 2 de 18
  • 3. Em 1895, Alexandre Popov, físico russo, realizou a primeira demonstração pública com seu transmissor e receptor, utilizando o coesor de Branly. Neste mesmo ano, Guglielmo Marconi, aluno do professor de física Augusto Righi, aprimorou os aparelhos usados por Heinrich Rudolph Hertz, físico alemão, que demonstrou na prática a existência das ondas eletromagnéticas previstas por James Clerk Maxwell, criador da teoria da eletromagnética em 1873. Em 1896, Marconi adquiriu uma patente em Londres para o transmissor e receptor telegráfico sem fio, onde em 1874, fez sua primeira demonstração em Nova York, onde também obteve uma patente para o equipamento (Romano and Toddai, 1979 e Marcelo Sampaio de Alencar, 2001). A Fase Moderna iniciou-se comercialmente em 1962, introduzida pela Bell System. É importante ressaltar que o altíssimo interesse por sistemas digitais ocorreu após o grandioso desenvolvimento e consolidação dos setores da eletrônica e da computação, pois sem estes dois, não sairíamos da Fase Medieval dos sistemas de Telecomunicações, ou até mesmo, deixaríamos estas tecnologias morrerem no esquecimento. Os sistemas de comunicações móveis tiveram seu início nos Estados Unidos em 1921, ainda na fase medieval, onde o Departamento de Polícia da cidade de Detroid (EUA) implantou um sistema móvel unidirecional em 2 MHz, utilizando modulação em amplitude (AM), com a finalidade de prover a transmissão de mensagens paras as viaturas policiais. Este sistema, que constituiu o precursor do serviço de rádio busca (paging), representa o marco inicial da telefonia móvel. Porém, instabilidades dos receptores e cobertura limitada foram os principais problemas de expansão deste serviço. Em 1928, foi instalado um sistema bidirecional através do desenvolvimento de um novo receptor, ainda em AM. Porém, a qualidade do sinal recebido não era satisfatória e mesmo assim, acidentalmente a Federal Communication Commission (FCC) autorizou a utilização de quatro canais de 30-40 MHz. Os problemas de instabilidades foram solucionados apenas em 1935 com a invenção da modulação em freqüência (FM). Com interesses políticos e estratégicos, o crescimento da comunicação móvel foi impulsionado durante a Segunda Guerra Mundial com aplicações dos Laboratórios da Bell System (Bell Labs.) e da Western Electric entre 1940 e 1945, que, conseqüentemente, elevou os interesses e revolucionou a capacidade de produção industrial, resultando em 1946, o primeiro serviço móvel de telefonia pública (manual) nos Estados Unidos a 150 MHz. Em 1947, começou a funcionar o sistema móvel para auto-estrada, com freqüências de 35 MHz. O serviço móvel em 450 MHz (manual) começou a funcionar em 1958 que, em 1963, o número total de transmissores móveis em veículos ultrapassava um milhão. E no ano de 1964, iniciou-se o serviço automático em 150 MHz, designado IMTS (Improved Mobile Telephone System), conhecido também como MJ que foi substituído pelo serviço, também automático, IMTS em 450 MHz (MK) em 1969. Diversos problemas de interferência eram acarretados sobre a potência elevada destes sistemas, necessárias para obter maiores áreas de cobertura. Para corrigir estes problemas, a Bell Labs., introduziu, em 1947, o conceito de célula (Macdonald, 1979 e Marcelo Sampaio de Alencar, 2001). A FCC dividiu os serviços móveis em cinco categorias, sendo elas o Serviço Móvel Marítimo, o Serviço de Rádio para Segurança Pública, o Serviço de Rádio para a Indústria, o Serviço de Rádio para Transporte Terrestre e o Serviço Público de Rádio Doméstico. Página 3 de 18
  • 4. Somente em 1975, a FCC alocou a faixa de 800 MHz para o serviço móvel celular. MHz Onde em 1978, na cidade de Chicago (EUA), a Bell Labs., desenvolveu e apresentou, de forma experimental, o sistema denominado AMPS (Advanced Mobile Phone System) Advanced que, devido a falta de regulamentação, somente foi explorado comercialmente em 1983. Após sua regulamentação, diversos outros padrões foram criados e implantados após 1985 com base no AMPS. O Japão já explorava o AMPS através do sistema MCS através (Mobile Communication System seguido pelos países da Europa Setentrional e do Mobile System), Atlântico Norte adotando o sistema NMT (Nordiska Mobil Telefongruppen em 1980. O (Nordiska Telefongruppen) Reino Unido, em 1982 adot o sistema TACS (Total Access Communication System) e adotou a Alemanha, em 1985, adotando o sistema C 450. Já em 1985, o total de usuários no C-450. mundo, que possuíam telefonia móvel era de 700.000, chegando próximo a 4 milhões em 1988, 26 milhões em 1993, atingindo mais de 240 milhões no ano de 2000, caminhando para os bilhões de usuários nos dias de hoje. do No Brasil, as primeiras operadoras de telefonia celulares eram as mesmas operadoras da telefonia fixa. Em 1990 a TELERJ (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro), . hoje comandada pelo grupo espanhol Telefonica de España e conhecido como Vivo S.A., implanta o primeiro sistema de telefonia móvel celular no Brasil, adotando o sistema AMPS. Em 2001, o Governo Federal colocou à venda as últimas licenças para o Serviço Móvel Pessoal (SMP). O padrão AMPS foi conhecido com a Primeira Geração de Celulares (1G), dando os hecido como primeiros passos para esta maravilha de comunicação do mundo moderno. Neste artigo, será comentada a evolução da tecnologia celular, apresentando os principais padrões e tecnologias adotadas pela primeira, segunda e terceira geração de celulares (1G, 2G e primeira, 3G), concluindo-se nos rumos a serem tomados através dos padrões da 4G. se 2. Telefonia Móvel Celular Um sistema móvel é definido como um rede de comunicações por rádio que permite uma mobilidade contínua por meio de diversas células. Por outro lado, a comunicação sem ua fio, implica em comunicação por rádio sem necessariamente requerer a passagem de uma célula à outra durante a conversação (Nanda and Goodman, 1992). Um convencional sistema de telefonia móvel seleciona um ou mais canais de móvel Radiofreqüência (RF) para utilizarem áreas específicas geograficamente. Esta área é conhecida como Área de Cobertura. A Área de Cobertura é planejada para ser a mais ampla possível, com potências de elevações elevadas. Esta área é dividida em regiões chamadas de células, com modos de potência baixa para serem transmitidas em freqüências disponíveis e reutilizadas. eutilizadas. Figura 2.1 – Descrição do Sistema Celular (área de cobertura) Celular Página 4 de 18
  • 5. 2.1. A Primeira Geração da Tecnologia Celular – 1G Com grande impacto na sociedade, mais precisamente pelo fato inovador, a primeira geração da tecnologia celular, também conhecida com o 1G, ocasionou uma revolução nos meios de telecomunicações. Antes de a primeira geração ser concretizada, todos os sistemas de telefonia e comunicação móvel eram centralizados, tinham capacidade de tráfego muito baixa e principalmente possuíam custos muito elevados. Os sistemas de primeira geração eram analógicos, utilizando modulação em freqüência, também muito conhecida como FM (Frequency Modulation), onde eram transmitidos em sinais de radiofreqüência (RF) a voz do usuário em faixas de UHF (Ultra High Frequency). Com isto, nasceu o padrão AMPS (Advanced Mobile Phone System) desenvolvido pela Bell Labs. Com o mercado prematuro e com poucos conhecimentos do potencial que o AMPS teria, os Estados Unidos adotaram esta tecnologia que rapidamente se consolidou no mercado, o Brasil adotou o padrão AMPS dos Estados Unidos, operando na faixa de 800 MHz e ocupando uma banda de 50 MHz, podendo ser divida entre duas operadoras, também conhecidas como Banda A e Banda B. O padrão AMPS utiliza a tecnologia de acesso múltiplo por divisão de freqüência, também conhecido como FDMA (Frequency Division Multiple Access), utilizando largura de banda de 30 KHz por canal. É importante ressaltar que cada banda ocupa 12,5 MHz, composta por 416 canais, totalizando 21 canais de controle e 395 canais de voz. Na tecnologia FDMA são permitidos um total de canais iguais à largura da faixa dividida do canal. Juntando o padrão AMPS com o este modelo, temos 833 canais disponíveis. O AMPS possui, no máximo, 832 canais, lembrando que 0 (zero) não é usado e lembrando que alguns canais são designados para controle, portanto, o número de canais de tráfego será igual ao Número de Canais menos o Número de Canais de Controle.O modo padrão que o AMPS opera é de forma bidirecional (full duplex), com um canal formado por duas freqüências, sendo elas, uma freqüência do enlace e outra freqüência para reverso (retorno). Tecnologia de múltiplo acesso FDMA Largura do canal 30 KHz Usuário por canal 1 Faixa de freqüência do enlace direto 869 - 894 MHz Faixa de freqüência do enlace reverso 824 - 849 MHz Largura de banda disponível 25 MHz (894 - 869 MHz) Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e diretos 45 MHz Modulação do sinal de voz FM N° de canais (Controle e Tráfego) 832 Tabela 2.1 – As características do AMPS (José Umberto Sverzut, 2005) É importante ressaltar que o FDMA é um método de acesso utilizado de forma universal, também podendo ser utilizado de forma isolada, com o AMPS, ou de forma unificada e combinada com outras formas de acesso, proporcionando a saída de Página 5 de 18
  • 6. sistemas analógicos, de forma manual, para sistemas digitais operando de forma automática. 2.2. A Segunda Geração da Tecnologia Celular – 2G Devido a todas as conseqüências significativas de gargalos e na necessidade eminente de expansão nos Estados Unidos e das Unificações dos sistemas na Europa, integrando os métodos do AMPS com o FDMA, estudos concretizaram-se em técnicas significantes, que resultaram no nascimento da segunda geração dos sistemas de telefonia celular, também conhecido como Tecnologia 2G. O exemplo do lançamento de uma nova versão de um determinado software, onde o seu fabricante apresenta aos seus clientes as melhorias e novas funcionabilidades, os sistemas 2G não foram diferentes, sendo desenvolvidos para melhorar os sistemas de seus antecessores. A principal e significante melhoria nesta nova geração é o aumento de sua capacidade, suprindo as necessidades dos Estados Unidos e a sua uniformização que supri as necessidades Européias. Saindo dos sistemas Analógicos e possibilitando a tecnologia digital, nos Estados Unidos foram criadas e implementadas 3 (três) novos padrões, sendo eles o padrão IS-54 (AMPS digital ou D-AMPS), o padrão IS-136, conhecido através da tecnologia de Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo (TDMA – Time Division Multiple Access) e o padrão IS-95, também muito conhecido através da tecnologia de Acesso Múltiplo por Divisão de Código (CDMA – Code Division Multiple Access), todas já operando de forma digital. Já na Europa, com a necessidade e esforços de uniformização, foi criado o Sistema Globalizado para Comunicação Móvel (GSM – Global System for Mobile communications). Com destacados esforços de união, o GSM passou a ser o principal representante desta segunda geração da telefonia celular, permitindo o aumento na produção de equipamentos, atraindo grandes empresas para a fabricação e ingresso no mercado de telecomunicações. O grande “pulo do gato” na segunda geração dos sistemas de telefonia celular é apenas a adaptação do canal de voz para poder transferir bits de informações, ou seja, bits de dados. O problema desta nova adaptação é o fato que as taxas de transmissões são baixas, impedindo a adaptação de novos serviços ou expansão dos serviços existentes à tecnologia. Um exemplo significante e empacador de serviço é o acesso à internet. Outro detalhe importante é que cada padrão da tecnologia não é compatível com os demais. Concluindo, melhorou a qualidade e expansão dos serviços, porém foi impactada pela necessidade de disponibilizar aparelhos móveis à internet conforme as demandas e crescimento do mercado. 2.2.1. O Padrão D-AMPS (IS-54) Como destacado anteriormente, a grande necessidade para atender a demanda do crescimento e elevar a capacidade das células, aumentando as áreas de cobertura das operadoras, a Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA - Telecommunications Industry Assiciation), órgão criador de normas e padrões de produtos para empresas e centros de pesquisas credenciados no Instituto Nacional Americano de Padrões (ANSI – American National Standards Institute), e a Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA - Electrônic Industries Alliance) adotaram o padrão IS- 54 na década de 1980, também conhecido como AMPS Digital ou D-AMPS, baseando- Página 6 de 18
  • 7. se no AMPS. O D-AMPS mantém o espaçamento de canal de 30 kHz do AMPS, porém utilizando modulação FSK (Frequency Shift Keying), facilitando a evolução do sistema analógico para o sistema digital. Neste padrão, cada canal de freqüência fornece um taxa binária de RF de 48.6 Kb por segundo. Isto foi possível, pois foi utilizado um método de modulação diferencial por comutação de fase em quadratura, conhecida como DQPSK (Differential Quadrature Phase-Shift Keying). Este método foi utilizado com o deslocamento de fase de /4 radianos entre símbolos sucessivos para reduzir a amplitude de cada sinal, ficando em 24.3 Kbaud a taxa do canal que foi dividida em 6 faixas (slots) de tempo, sendo que duas destas faixas foram atribuídas a cada usuário na implementação corrente, no qual passaram a utilizar um codificador de voz de 13kb/s com correção de erro. Este codificador é o VSELP (Vector Sum Excited Linear Prediction). Com isto, cada par de freqüências de 30 kHz foram possíveis servir 3 (três) usuários ao mesmo tempo contendo o mesmo padrão para serem reutilizadas. O D- AMPS conseguiu fornecer três vezes mais da capacidade, ou seja, três vezes mais número de canais de usuários por célula do próprio AMPS. Quando são colocados codificadores de voz, que geram metade da taxa binária, cada canal de freqüência de 30kHz poderá acomodar seis usuários por canal, dobrando a capacidade. O padrão D- AMPS estabelece um equalizador bem adaptativo para atenuar a interferência entre símbolos causada pelo grande atraso de espalhamento, mas devido baixa taxa do canal, em 24.3kbaud, o equalizador ficou desnecessário em várias situações. Com estas informações, ficou fácil perceber que os sistemas que utilizam o padrão IS- 54 opera tanto nos modos analógicos, quanto nos modos digitais, pois operam na mesma faixa de freqüência dos sistemas AMPS existentes. Isto foi necessário para que os sistemas D-AMPS possam funcionar em áreas que eram atendidas apenas no modo AMPS (analógico) ou na modalidade de roaming. 2.2.2. O Padrão TDMA (IS-136) Apresentando diversos problemas sérios de implementações do padrão IS-54, foi a EIA e TIA foram obrigados a desenvolverem um novo padrão referente à compatibilidade e o aumento constante da necessidade da capacidade do sistema celular. Já na década de 1990, foi adotado padrão IS-136, também conhecido como TDMA (Time Division Multiple Access), que no português quer dizer “Acesso Múltiplo por Divisão do Tempo”, ou seja, ele funciona dividindo um canal de freqüência de rádio (RF) em até seis intervalos de tempo distintos, que respectivamente duplica a capacidade e desempenho dos sistemas do padrão D-AMPS, setuplicando os do padrão AMPS. É importante destacar que a interface de RF está presente na infraestrutura celular das operadoras. A interface RF é fundamental para a eficiência espectral, dependendo dos meios, capacidade e técnicas que os sistemas de telefonia móvel operam para melhor a reutilização das freqüências e diminuir a interferência. Trabalhando também com freqüências de operação e largura de canal igual a 30 KHz, fizeram com que a maioria das operadoras que ainda trabalhavam com o sistema AMPS com FDMA da primeira geração, ou seja, de forma analógica apenas, migrassem diretamente para o padrão TDMA. A alocação de freqüência da interface de RF do padrão IS-136 é feita através da operadora, onde um única portadora de RF IS-136 possui 30 KHz de largura da faixa de Página 7 de 18
  • 8. freqüência, podendo suportar ao mesmo tempo, até seis unidades móveis. Cada portadora é subdividida em seis “time slots”, ou seja, seis intervalos de tempo de canal utilizando a técnica de acesso múltiplo por divisão do tempo, denominado o nome TDMA (Time Division Multiple Access). Estes intervalos de tempo foram denominados de Intervalos de Tempo de Canal (ITC), que são identificados de 1 (um) a 6 (seis), com duração de 6,67 ms cada. Sua repetição de cada seqüência é chamada de quadro TDMA, também conhecido com o frame TDMA, tendo duração de 40 ms. Em questões de bits, um frame TDMA tem 1.944 bits, que são equivalentes a 972 símbolos com taxa de 25 frames por segundo. A taxa de transmissão de sistemas IS-136 instalados pelas operadoras comercialmente é de 7,95 Kbits/s, chamados de canais full rate, responsáveis para transportar os sinais de voz, fazendo com que cada cliente de cada operadora, utilizem dois Intervalos de Tempo de Canal (2 ITCs) do frame TDMA. Para o padrão IS-136, foram criados canais lógicos que foram classificados como canal de controle, usados para comunicação entre a Estação Radiobase e a unidade móvel, ou seja, os aparelhos celulares. Existem vários canais de controle no padrão IS-136 e cada um possui uma função distinta, sendo eles: o canal de controle FACCH (Fast Associated Control Chanel) que substitui o bloco de informação do usuário durante a transmissão de tráfego por mensagem de controle e supervisão num processo chamado blank and burst; o canal SACCH (Slow Associated Control CHannel) utilizado para garantir a qualidade do canal de comunicação de forma contínua sem a necessidade do processo blank and burst; o RACH (Random Access CHannel) que é um canal unidirecional ponto a ponto utilizado para requisitar o acesso ao sistema, sendo utilizado para enviar informações em difusão (broadcast) para um determinado sistema móvel. Ele é subdividido em outros três subcanais que são o PCH (Paging CHannel) que é um subcanal ponto a ponto usado para encontrar sistemas móveis no padrão IS-136, o ARCH (Access Response CHannel) que é um subcanal responsável para informar o sistema móvel que a rede reconheceu o acesso feito pelo canal RACH podendo informar também outros recursos e o SMSCH (Short Message Service Chanel) que é um subcanal utilizado para entregar mensagens de texto (SMS) para um sistema móvel específico; o F-BBCH (Fast-Broadcast Control CHannel) que é um canal muito importante para o funcionamento do padrão TDMA, pois ele tem a responsabilidade de para transmitir informações críticas de sistema e sem estas informações o sistema móvel não conseguirá efetuar nenhum acesso a rede pelo canal RACH; o canal E-BCCH (Extended-Braoadcast Control CHannel) é utilizado para transmitir informações de sistema não críticas, auxiliando o canal F-BBCH; O Canal S-BCCH (SMS Broadcast Control CHannel) possui a responsabilidade de transmitir informações do serviço de transporte da interface RF, denominado BATS (Broadcast Air-Interface Transport Service); o canal SCF (Shered Channel Feedback) que é utilizado para suportar todas as operações do canal RACH; e o canal RSVD (Reserved Channel) que foi reservado para uso futuro. Já o canal de tráfego, que no padrão IS-136 é somente um, é bidirecional, conhecido como DTCH (Digital Traffic CHannel) e possui a responsabilidade de transportar dados do usuários nos enlaces direto e reverso. Este canal lógico de tráfego é chamado de Payload. Como utilizando também no padrão IS-54 (D-AMPS), o padrão IS-136 possui a variante da modulação digital por desvio de fase em quadratura (QPSK) utilizando /4 radianos de forma digital ( /4 Shifted DQPSK), variando cada 45° utilizando o padrão de diagrama de constelação. Página 8 de 18
  • 9. Figura 2.2 – Diagrama de constelação da modulação /4 Shifted DQPSK Na tabela abaixo, mostra o resumo das principais característica do padrão IS-136 Tecnologia de múltiplo acesso TDMA Largura do canal 30 KHz Usuário por canal 3 (7,95 Kbits/s) ou 6 Kbits/s) Faixa de freqüência do enlace direto 869 - 894 MHz Faixa de freqüência do enlace reverso 824 - 849 MHz Largura de banda disponível 25 MHz (894 - 869 MHz) Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e 45 MHz diretos Modulação do sinal de voz /4 Shifted DQPSK (variante da modulação PSK) N° de canais (Controle e Tráfego) 3x832 = 2496 Tabela 2.2 – Características do padrão IS-136 (José Umberto Sverzut, 2005) 2.2.3. O Padrão CDMA (IS-95) Com diversas restrições para o uso comercial durante décadas, sendo utilizada somente em aplicações militares, a tecnologia de espalhamento do espectro (Spred Spectrum - SS) começou a ser explorada para uso comercial somente na década de 80 do século passado, onde sua principal característica é a privacidade, ou seja, possui dificuldades de interceptação e resistência com sinais de interferência, sendo aplicados de forma intencional ou não. O padrão IS-95 utiliza a tecnologia de acesso múltiplo por divisão em código, também conhecida como tecnologia CDMA (Code Division Multiple Access) que possui como base a tecnologia Spred Spectrum, utilizando as técnicas de Salto em Frequencia (FH – Frequency Hopping) que trabalha de forma seqüencial e aleatória, alimentando um sintetizador de freqüências gerando o sinal a ser transmitido pela portadora e conseqüentemente virando-o de forma desordenada dentro da banda de espalhamento. A técnica de Espalhamento Espectral por Seqüência Direta (DS/SS- Direct Sequency / Spread Spetrum) é feita através de um sinal codificador, o sinal de informação é multiplicado, apresentando características de pseudo-randômica, também conhecido como “Chip Sequence” ou pseudo-ruído (PN-code ou “pseudo-noise”). Esta técnica de Espalhamento Espectral de Seqüência Direta (DS/SS) é a mais utilizada e difundida nas aplicações do padrão IS-95. Página 9 de 18
  • 10. É importante ressaltar que na tecnologia CDMA, os usuários estão separados entre si no domínio do código, enquanto na tecnologia TDMA estão separados entre si no domínio do tempo. (José Umberto Sverzut, 2005). No padrão IS-95, o sinal é multiplicado pela função do espalhamento também na recepção, esta técnica é chamada de dispreading criando a Geração de Seqüência, também conhecidas como pseudo-aleatórias, ou PN – Pseudo-Noise. O PN tem como função o espalhamento espectral juntamente com a técnica DS/SS, separando os usuários no mesmo canal físico, provendo o spreading e despreading, sendo gerados através de um circuito LSR (Liniear Shift Registers). O comprimento máximo da seqüência PN está relacionado com o número de estágios LSR, denominado como “chips”. Através disso, o padrão IS-95 possui três códigos que são gerados através do circuito LSR e seus estágios, estes códigos são o Código PN Curto (Short PN Code) que é utilizado para identificar uma célula omnidirecional ou cada setor de uma célula setorizada, o Código PN Longo (Long PN Code) que são associados às unidades móveis promovendo a sua separação no canal físico e o Código Walsh (Walsh Codes), com a responsabilidade de separar os canais de controle e tráfego. O padrão IS-95 também utiliza a modulação digital por desvio de fase em quadratura (Quadrature Phase Shift Keying – QPSK), igual ao padrão IS-136 TDMA, porém, no padrão IS-136 a fase do sinal modulado varia em 45° e no padrão IS-95 varia em 90° a cada r/4. Figura 2.3 – Diagrama de estado da modulação QPSK Tecnologia de múltiplo acesso CDMA Largura do canal 1,25 MHz Usuário por canal Depende da relação Sinal/Ruído adotado na rede Faixa de freqüência do enlace direto 869 - 894 MHz Faixa de freqüência do enlace reverso 824 - 849 MHz Largura de banda disponível 25 MHz Espaçamento entre os canais de enlaces reversos e 45 MHz diretos Modulação do sinal de voz QPSK (variante da modulação PSK) N° de canais (Controle e Tráfego) Depende da relação Sinal/Ruído adotado na rede Tabela 2.3 – Características do padrão IS-95 (José Umberto Sverzut, 2005) Página 10 de 18
  • 11. 2.2.4. O Padrão GSM Os sistemas de telefonia celular na Europa possuíam um grande número de padrões, totalmente analógicos e principalmente incompatíveis uns com os outros, impactando economicamente no mercado das telecomunicações. Através destes problemas, pesquisadores e membros do Instituto Europeu de Normas e Padrões de Telecomunicações, o ETSI (European Telecommunication Standard Institute) desenvolveram, com base no padrão norte americano IS-136 (TDMA), a tecnologia que realmente revolucionou o mercado de telecomunicações, chamada de Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM - Global System for Mobile communications), tecnologia de baixo custo de implantação e de rápida expansão em toda a Europa e conseqüentemente para o resto do mundo. Mesmo com o ETSI ter decidido a oficialização dos padrões da tecnologia, o verdadeiro pai do padrão GSM e também membro do ETSI foi à organização CEPT (European Post Offices and Telecommunication). Estes padrões, que são o P-GSM (Primary – GSM), E-GSM (Extended – GSM), R-GSM (Railways – GSM), GSM 1800 e o PCS 1900, foram os principais responsáveis pela grande evolução e aceitação no mercado, tornando o GSM como a tecnologia Celular mais utilizada no mundo, pois estão associados às faixas de freqüências alocadas no espectro. Especificando a notação importante que a faixa de canal de RF na tecnologia GSM é de 200 kHz, cada padrão varia pela quantidade de canais de RF no espectro. O padrão P-GSM utiliza freqüências na banda de 900 MHz projetada para operações em uma grande área, possuindo o número máximo de 125 canais de RF. O padrão E-GSM utiliza freqüências na banda de 900 MHz projetada para operações em uma grande área, possuindo o número máximo de 175 canais de RF e foi projetado para aumentar estes canais perante o padrão P-GSM. O padrão R-GSM ou GSM 900, projetado para elevar a capacidade de canais RF oferecido no padrão E- GSM, também utiliza freqüências de banda de 900 MHz e possui capacidade máxima de 195 canais de RF. Já o padrão GSM 1800 ou DCS 1800 é uma adaptação ao padrão R- GSM, onde este padrão foi desenvolvido para permitir a formação das Redes de Comunicação Pessoais, também conhecido como PCN (Personal Communication Networks), elevando a faixa de freqüência para 1,8 GHz e aumentando o número de canais de RF para 375 através de uma alocação de freqüência. E o padrão PCS 1900, foi desenvolvido para oferecer diversas oportunidades de serviços aos usuários da telefonia móvel, com características padrões do padrão GSM 1800, mas operando em faixa de freqüência de 1,9 GHz com 299 canais de RF disponíveis. É importante destacar que o padrão GSM utiliza a modulação MSK (Minimum Shift Keying), um tipo de esquema especial da modulação FSK (Frequency Shift Keying) e a modulação GMSK (Gaussian Minimun Shift Keying), possuindo uma excelente eficiência de potência espectral introduzindo uma interferência intersimbólica (ISI – Inter Symbol Interference) no sinal transmitido, gerando o sinal GSM, seguido de um modulador digital FM com freqüência modulada por um oscilador controlado por tensão (VCO - Voltage Controlled Oscilator). A tecnologia GSM oferece diversas oportunidades de serviços e aplicações, sendo desenvolvidos conforme a demanda do mercado. Esta tecnologia passou por três fazes de evolução de serviços, sendo elas a Primeira Fase, onde foi a inicial de toda a tecnologia GSM, no qual foram criados serviços básicos, utilizados diariamente por qualquer usuário de telefonia móvel, como a própria telefonia (voz), as chamadas de Página 11 de 18
  • 12. emergência que possibilitam a ligação gratuita para os serviços de emergência como a polícia através de redes de operadoras de telefonia diferentes, o serviço de mensagem de texto curtas (SMS), transmissão de dados assíncronos de 0.3 a 9.6 Kbps, transmissão de dados síncronos de 0.3 a 9.6 Kbps e transmissão de frames (pacotes) assíncronos. A Segunda Fase que ampliou os serviços através dos Teleserviços, sistema half rate, melhorias no SMS, os serviços de dados, transmissão de frames de forma síncrona e dedicada em taxas entre 2.4 e 14.4 Kbps, serviço de identificação de chamadas, restrição de chamadas por número, chamada em espera, teleconferência e grupo de usuários, entre muitos outros. E a Terceira Fase, também conhecida como Fase 2+, que introduziu o GPRS (General Packet Radio Service), serviço de dados por frames em altas taxas de transmissão. O padrão GSM foi o pioneiro ao armazenar informações do usuário, número do telefone, contatos, etc. em chips (cartão SIM) e principalmente criptografar as informações trocadas entre a rede e as estações móveis, utilizando a codificação de identidade temporária do assinante móvel (TMSI – Temporary Mobile Sobscriber Identity) através de chaves de criptografia CKSN (Ciphering Key Sequence Number) que também ficam armazenadas no cartão SIM do sistema móvel. 2.3. A Terceira Geração da Tecnologia Celular – 3G Antes de mencionar as tecnologias da terceira geração da telefonia celular, é importante destacar que na segunda geração dos celulares teve mais duas evoluções. Com o retrospecto da inatividade dos sistemas analógicos (1G), os sistemas digitais tiveram grandes avanços e melhorias constantes em seus sistemas. Os sistemas da primeira e segunda geração (1G e 2G) foram projetados especificamente para transportar voz, porém, com a explosão da Internet e suas constantes e derivadas aplicações que mudaram o estilo de vida e trabalho no cotidiano da sociedade mundial, os dispositivos móveis também deveriam se adaptar a esta realidade. Com esta constante evolução, as redes e os padrões do GSM, também foram atualizadas, melhorando cada vez mais, criando a geração 2.5 e a geração 2.75 da telefonia celular (2.5G e 2.75G). O padrão 2.5G se constitui com a evolução do serviço CDMA IS-95 (revisado pela segunda vez), que sucessivamente foi atualizado na terceira geração (3G) para as tecnologias CDMA 2000 com os padrões EVDO (Evolution-Data Optimized) e EVDV (Evolution-Data Voice). E o GPRS (General Packet Radio Service) é a evolução das redes GSM. No padrão 2.75G, é caracterizado também pela evolução dos padrões TDMA IS-136 e o GSM/GPRS para o padrão EDGE (Enhanced Data rates for GSM Evolution) que, sucessivamente, foi evoluído na 3G para os padrões WCDMA (Wide Band Code Division Multiple Access) e EDGE (Fase II), denominados UMTS (Universal Mobile Telecommunications System). 2.3.1. O Padrão CDMA 2000 (2.5G) Atualizando a tecnologia CDMA (Code Division Multiple Access) (2G), o CDMA 2000 tem como principal benefício a sua compatibilidade com sistemas que utilizam os padrões antigos, como o CDMAONE. O CDMA 2000 possui 4 (quatro) padrões de Página 12 de 18
  • 13. personalizações, sendo eles o padrão CDMA2000 1x, que possui o núcleo padrão de interface sem fio, também conhecido como 1xRTT (1 time Radio Transmission Technology), IS-2000 e CDMA 2000, operando com um par de canais 1,25 MHz, completamente duplicando a capacidade de voz com o padrão IS-95. O padrão CDMA 2000 3x, que utiliza um par de canais de 3,75MHz, alcançando maior velocidade de dados, porém, esta tecnologia não se encontra em uso ou e fase de desenvolvimento. Já o padrão CDMA 2000 -1xEVDO (Evolution-Data Only) é a evolução do CDMA 2000 - 1x alta velocidade de dados, suportando velocidade de até 3,1 Mbps para download e 1,8 Mbps para upload em um canal de radio dedicado para transporta pacotes de dados em alta velocidade. E o padrão CDMA 2000 1xEVDV (Evolution-Data Voice) suporta velocidades de até 3.1 Mbps para download e 1,8 Mbps para upload, suportando também operações conjuntas de usuários de voz nos padrões CDMA 2000 1x, 3x e EVDO no mesmo canal de rádio. 2.3.2. O Padrão GPRS (2.5G) A tecnologia de GPRS (General Packet Radio Service) permitiu o desenvolvimento de novas aplicações serviços, elevando o significado da palavra “mobilidade”, disponibilizando diversos benefícios aos usuários de sistemas móveis como a própria mobilidade e a conectividade, possibilitando acesso a aplicações e serviços de comunicação como o e-mail, fax, o acesso a Internet, jogos e muitas outras. Uma rede GSM suporta comutação de circuitos (BTS – Base Transceiver Station, BSC – Base Station Controller, IWF – Internet Working Function e MSC – Mobile Services Switching Center) e a comutação de pacotes com o GPRS que suporta transferência de dados em pacotes / frames (Packet Data). O principal elemento do GPRS é o protocolo IP (Internet Protocol). Sobrepondo-o sobre a rede GSM (2G), o GPRS visa transportar dados por pacotes (frames) utilizando taxas de transmissão, teoricamente, entre 9,6 e 171 Kbits/s. Os sistemas móveis acessam a rede GPRS através da conexão, através de comutação de pacotes, com o servidor de nó de suporte GPRS (SGSN), que é responsável por detectar novos usuários, processar registros de novos usuários, localização de usuários na área de cobertura, gerenciamento de mobilidade, tarifações e compressão de dados. Como as conexões GPRS utilizam o protocolo IP, a infraestrutura da rede GSM foi adaptada, possuindo, além do SGSN, Gateway de nó de suporte GPRS (GGSN – Gateway GPRS Support Node) que provê as interfaces de conexão com as redes de pacotes externas como o IP e o PDN (Packet Data Network), serviços de resolução de nomes (DNS – Domain Name System), servidor de distribuição de endereçamento IP (DHCP – Dynamic Host Configuration Protocol), servidores RADIUS para acessos remotos por linha discada, servidores Firewall para proteção de ambiente e endereçamento através de nomes através do APN (Access Point Name). É importante destacar também que a tecnologia GPRS utiliza explicitamente os protocolos da internet como o TCP, UDP, IP, PPP entre outros protocolos de interface utilizados em uma rede de computadores. A principal interface do padrão GPRS é a Interface de RF (Um), também conhecida interface aérea (Um), que determina o desempenho da rede GPRS como base na tecnologia GSM. Página 13 de 18
  • 14. 2.3.3. O Padrão EDGE (2.75G) Como evolução da tecnologia GPRS e conseqüentemente da tecnologia GSM, o EDGE (Enhanced Data rates for GSM Evolution) possui poucas diferenças entre o padrão GPRS, destacando-se à interface aérea (Um) através de modificações dos elementos da estação transceptor base (BTS) e os sistemas móveis, suportando a modulação 8-PSK (8 State Phase Shift Keying) e novas adaptações de codificação de canal digital. A modulação 8-PSK possui como principal vantagem a melhoria da eficiência espectral. Esta modulação, utiliza oito símbolos, equivalente a 3 bits/símbolo, enquanto o GMSK (Gaussian Minimun Shift Keying), utilizado no padrão GSM possui apenas dois símbolos, equivalente a 1 bits/símbolo. E as modificações de codificação de canal da tecnologia EDGE é formada por 9 (nove) esquemas de modulação e codificação diferentes, chamados MCS (Modulation and Coding Scheme), identificados com a modulação GMSK os esquemas MCS-1, MCS-2, MCS-3 e MCS-4 e com a modulação 8-PSK os esquemas MCS-5, MCS-6, MCS-7, MCS-8 e MCS-9. É importante destacar que o padrão EDGE é completamente compatível com os padrões GSM e GPRS. 2.3.4. Padrão UMTS (3G) Representando a evolução nas taxas de transmissão, capacidade, adaptações e criações de novos serviços e facilidades gerados nos padrões 2, 2.5 e 2.7 G, o padrão UMTS (Universal Mobile Telecommunications System) utiliza a tecnologia WCDMA (Wideband Code Division Multiple Access), definida UMTS fórum. O padrão UMTS nada mais é do que a evolução natural das operadoras GSM, GPRS e EDGE. As principais modificações é a compatibilidades com a interface IS-41, que é utilizada pelas operadoras TDMA e CDMA e também a banda base de operação de 5 MHz. Sua taxa de transmissão de chip (chip rate) é de 3,84 Mcps (Mchips/s), podendo operar em espalhamentos espectral de 10 MHz e 20 MHz em taxas de 7,68 e 15,36 Mcps. As especificações da UMTS foram definidas através da parceria de terceira geração da telefonia celular (3GPP – Third Generation Partnership Project), onde denominaram UTRA (Ultra Terrestrial Radio Access) e defiram dois modos de operações, sendo elas a Divisão de Freqüência Duplex (FDD – Frequency Division Duplex) e a Divisão de Tempo Duplex (TDD – Time Division Duplex). No modo FDD, o modo de operação relacionada com a banda alocada no espectro de freqüência está relacionada na alocação de duas faixas de freqüências diferentes, sendo uma no enlace direto e outra para o enlace reverso. No modo TDD, a mesma faixa de freqüência é utilizada pelos enlaces direto e reverso, sendo multiplexada no tempo de dentro de uma mesma portadora de RF. O padrão UMTS possui uma arquitetura de rede formada pelo Equipamento do Usuário (EU – User Equipment), pela Rede de Suporte (CN – Core Network) e pela Rede Universal de Acesso de RF terrestre (UTRAN – Universal Terrestrial Radio Access Network). Esta rede de suporte (Core Network) é a mesma implementada nos padrões GPRS e EDGE, possibilitando a migração do padrão 2G para o 3G de forma simples e compacta. Como destacado anteriormente, os principais diferenciais na arquitetura das redes 2G e 3G estão relacionados nas interfaces e protocolos utilizados pela interface aérea (RF). Esta interface aérea UMTS, também conhecida como Uu é formada por 3 (três) Página 14 de 18
  • 15. camadas de protocolos, sendo eles a camada 1 (física), camada 2 (enlace) e camada 3 (rede). A estrutura dos canais UMTS é formado por 3 (três) tipos de cana sendo eles o canal, Canal Lógico, responsável por identificar o tipo de informação está sendo transportada; O Canal de Transporte, responsável para identificar as características do transporte de dados pela interface aérea; e os Canais físicos que transportam os canais pela interface aérea. Referente à tecnologia WCDMA ela permite o uso mais eficiente do espectro WCDMA, comparado com outros padrões disponíveis e possui velocidade de até 100% superiores as redes móveis das gerações passadas. Com o WCDMA é possível a u veis utilização de serviços de dados, aplicativos, jogos, sons e imagens através de uma grande largura de banda. A principal evolução deste padrão é o HSDPA (High-Speed Downlink Packet Speed Access), possibilitando velocidades de até 14,4 Mbps para o enlace direto ( , (download) e o padrão HSUPA (High-Speed Uplink Packet Access), possibilitando até 5,76 Mbps Speed Access), para o enlace reverso (upload). Juntando os padrões HSPDA e HSUPA formam o upload). padrão HSPA (High Speed Packet Access), ampliando o desempenho dos padrões High Access), WCDMA. Estudos já revelam que num futuro, não muito distante, será lançado o distante, padrão HSPA+, estes padrões irão se constituir na quarta geração da telefonia celular (4G). 3. A Evolução da Tecnologia Celular . A Telefonia Celular evoluiu mu em menos de 25 anos no mundo to fonia muito todo, passou por diversas divergências e complicações em países que queriam criar os seus próprios sistemas no qual ficavam incompatíveis com os demais. Depois com suas Depois, características universais e com constantes e significantes melhorias saíram dos melhorias, sistemas analógicos passando para sistemas totalmente digitais, que logo em seguida as começaram a tratar não somente voz, como também fluxo de dados, revolucionando a telecomunicação de modo geral. Abaixo, encontra-se uma descrição de toda a evolução da tecnologia celular, saindo da se Primeira Geração (1G), passado pelos padrões da Segunda Geração (2G), as melhorias significantes dos padrões da Segunda Geração (2.5G e 2.75G), chegando à maravilhosa tecnologia de Terceira Geração (3G). Figura 3.1 – As gerações e suas tecnologias da Telefonia Celular elular Página 15 de 18
  • 16. 4. Considerações Finais Quando os laboratórios da Bell System criaram o conceito de célula para solucionar os problemas de interferência sobre os sistemas de comunicação móvel em 1947, todos já sabiam o que estava por vir. Sabemos que a tecnologia, de forma globalizada, cresce de forma incontrolável. Desde 1985, quando o padrão AMPS foi finalmente regulamentado e liberado para exploração comercial, a telefonia celular não parou de crescer. Em um curto espaço de tempo, diversos outros padrões foram criados, ocasionando problemas e soluções, resultando em novos estudos, melhorias e concretizando em novas tecnologias. O fascismo pela inovação e necessidade constante de comunicação, transforma a tecnologia onde não se pode dizer que são tecnologias do futuro, pois quando falamos em tecnologia do futuro, na verdade, estamos falando de uma tecnologia que já virou passado. Antigamente dizia-se, “depois do expediente eu não quero saber de trabalho!”. Hoje, isso é completamente impossível de se dizer, mesmo querendo. Cada vez mais o ser humano está completamente conectado com suas atividades diárias, tanto nas de trabalho, como nas de estudo e lazer, necessitando sempre estar atualizado e em contato ativo com o cotidiano. Assistindo televisão, conversando com amigos, bisbilhotando a vida alheia, verificando a agenda, escrevendo, lendo livros, escutando música, acessando e-mails, conversando com outras pessoas, localizando um endereço, entre milhares de outras atividades. Tudo é possível, de forma compacta, de baixo custo e através de um único local, ou melhor, de um único dispositivo, não importando a distancia, mesmo que o objetivo esteja em uma distância de 4000 km. Podemos dizer que a telefonia celular é a maravilha do mundo moderno, ou antigo, nunca se saberá dizer. Pois a tecnologia avança em cada segundo que se respira e isto nasceu com a necessidade de que todos devem estar sempre conectados e em constante comunicação com tudo o que se precisa, em qualquer hora e em qualquer logar. Conseqüentemente, isto é chamado de qualidade de vida. Página 16 de 18
  • 17. 5. Referências SVERZUT, José Umberto. Redes GSM, GPRS, EDGE e UMTS: evolução a caminho da terceira geração (3G). São Paulo: Érica, 2005. 454 p. ISBN 85-365-0087-5 ALENCAR, Marcelo Sampaio de. Sistemas de Comunicação. São Paulo: Érica, 2001. 296p. ISBN 85-7194-838-0 SOARES, Vicente Soares, Sistema Móvel e Telefonia Celular. São Paulo: Érica, 1990. 170p. ISBN 85-7194-082-7 Bellemy, John – Digital telephone. 3ed. New York: Wiley Inter-Science Publication, 2000. 631p. ISBN 0-471-34571-7 Dean Piva, Mauricio Teixeira, Rodrigo Beloni, Thiago Capuano. A Evolução Para A Tecnologia 3G. Disponível em http://d.scribd.com/docs/u58rgb6j0qo17gsmnp3.pdf Acesso em 17 de setembro de 2011. Rodrigues, Marco Aurélio; Plataforma para Inclusão Digital: Qualcomm Brasil. Disponível em http://www.telebrasil.org.br/painel/51/palestras/12_marco_aurelio.pdf. Acesso em 17 de setembro de 2011. Wikipedia, Tecnologia 3G. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/3G. Acesso em 10 de setembro de 2011. Wikipedia, Rede de Telefonia Celular. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_telefonia_celular, Acesso em 10 de setembro de 2011. Wikipedia, História do Telefone Celular. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_telefone_celular. Acesso em 10 de setembro de 2011. Wikipedia, UMTS. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/UMTS. Acesso em 24 de setembro de 2011. Wikipedia, WCDMA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/WCDMA. Acesso em 24 de setembro de 2011. Página 17 de 18
  • 18. Wikipedia, HSDPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSDPA. Acesso em 24 de setembro de 2011. Wikipedia, HSUPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSDPA. Acesso em 24 de setembro de 2011. Wikipedia, HSPA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/HSPA. Acesso em 24 de setembro de 2011. Wikipedia, Claud Chappe. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Chappe. Acesso em 03 de setembro de 2011. Wikipedia, Georges-Louis Le Sage. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges-Louis_Le_Sage. Acesso em 03 de setembro de 2011. Wikipedia, TELRJ. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/TELERJ. Acesso em 03 de setembro de 2011. Wikipedia, Televisão. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão. Acesso em 03 de setembro de 2011. UOL, Telemetria. Disponível em http://infogps.uol.com.br/blog/2010/09/30/telemetria. Acesso em 04 de setembro de 2011. Página 18 de 18