Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
O linho
1. O LINHO
Culturas Arvenses
Manuela Alves 2733
Docente: Helena
Correia
2. Introdução
A fibra do linho
pode ser
classificada como
sendo uma fibra
natural, de origem
vegetal, obtida a
partir do caule das
plantas da família
das Lináceas –
Linum
usitatissimum L.
3. Origem
Primeiro grupo de plantas
cultivadas pelo homem
Origem no Médio Oriente
Vestígios com 9000 anos na
Síria do Linum bienne Miller
Vestígios com 8000 anos na
Síria do Linum usitassimum L.
Registos da cultura do linho
pelos egípcios, hebreus,
gregos e romanos
4. O Linho na Península Ibérica
Registos com 4500 anos em Almeria,
Espanha.
Em Portugal o primeiro indício surge no
neolítico com a descoberta de cossoiros ou
fusaiolas em castros pré romanos.
Enorme expansão na Idade Média.
Meados do séc. XIX tem um declínio
com a introdução do algodão.
No final do séc. XIX com a intervenção do
governo deu-se um aumento na produção
5. Importância Económica
Em 1871 eram dedicados à cultura do
linho 25000 ha(Perry, 1875)
Em 1940 restavam apena 1670 há
(Graça, 1943, Matos Sequeira, 1950)
Graça (1943) refere que o linho era
uma cultura com importância
económica em 66 das 110 freguesias
de Vila Real, e que em 1943 existiam
ainda 1049 teares em funcionamento
(9% do total do país).
6. Atualmente não existem variedades de
linho no Catálogo Nacional de
Variedades. No passado eram
conhecidas as seguintes variedades de
linho (Oliveira, 1978):
◦ Mourisco ou temporão
◦ Galego ou serôdio
◦ Riga verdadeiro
◦ Real melhorado russo
◦ Riga Primavera
◦ Coimbrão
Hoje o cultivo do linho
em Portugal destina-se
sobretudo ao artesanato
8. Morfologia
Planta anual, erecta e glabra
Geralmente unicaule verde-acinzentado
de 0,75-1,2 m de altura
Folhas sésseis, alternas, linear-anceoladas,
achatadas, glaucas e
com 3 nervuras.
Raíz aprumada, pouco
desenvolvida.
Inflorescência cimeira
Flores hermafroditas e pentâmeras
(5 sépalas inteiras ovada-oblongas,
5 pétalas azuis, brancas, lilases ou
rosa pálido, 5 estames e 5 carpelos).
Fecundação autogâmica.
Frutos, cápsulas com 5 lóculos
globosos ovoides, deiscentes na
maturação.
Sementes amareladas, castanhas
claras ou escuras, lisas, brilhantes e
oblongas.
A viabilidade da semente pode
chegar aos 17 anos(Hanson,1990) .
Planta e peças anatómicas de
Linum usitatissimum - Köhler–s
Medizinal-Pflanzen-088
9. Morfologia Interna
O caule tem um diâmetro que
varia entre 1 e 3 mm, contém
15 a 40 feixes formados por
um conjunto de 12 a 40 fibras.
Cada fibra resulta do depósito
de camadas sucessivas de
celulose contra as paredes de
uma célula inicial, processo
que conduz ao
desaparecimento do seu
citoplasma e morte da célula,
ficando um espaço vazio, o
Fibras do
floema do
caule de
Linnum sp -
teste com
lugol. Foto
de Menezes,
N. L.
10. Exigências Ambientais
Solo
◦ Solo profundo com boa reserva de água,
não argiloso
◦ Rico em matéria orgânica
◦ Sem excesso de cálcio
◦ pH óptimo entre os 5-7
◦ O linho é exigente em zinco
◦ Os linhos para produção de óleo
adaptam-se melhor a solos arenosos
11. Luz e temperatura
◦ Planta C3 e de dias longos
◦ Mínimo de germinação –> 5ºC
◦ Óptimo de germinação –> 28ºC
◦ Temperatura crítica na floração -> -2ºC
12. Água
◦ Cultura muito exigente em água.
◦ São necessários 783 Kg de água para a
produção de 1 Kg de matéria seca de
linho(Hanson,1990).
◦ O linho têxtil tem maiores produções em
climas temperados húmidos.
◦ O linho grão tem maior sensibilidade à
falta de água no período que rodeia a
floração, pode perder-se 30% da
produção.
13. Variedades
Variedade oleaginosa ou Linho de Inverno
◦ Porte mais rasteiro
◦ Caule curto (<60 cm)
◦ Muito ramificado
◦ Fase vegetativa mais demorada
◦ Necessidades moderadas em temperaturas
vernalizantes
◦ Resistência ao frio
◦ Sementes maiores que a variedade têxtil (8
g/1000 sementes)
Variedade Têxtil ou Linho de Primavera
◦ Porte mais erecto
◦ Caule longo (>60 cm)
◦ Pouco ou não ramificado e apenas no topo
◦ Não necessitam de vernalização
◦ Sensíveis ao frio
◦ Sementes de dimensão reduzida (4-6 g/1000
sementes)
14. Produtividade
O melhoramento da cultura visa
sobretudo resistência a doenças, à
acama e ao frio, bem como ao
aumento da produtividade e
qualidade.
A qualidade da semente parece estar
associada a sementes de cor amarela
e de menor dimensão, embora as
maiores tenham mais óleo.
15. Fatores Condicionantes da
Cultura
Concorrência de outras fibras.
Exigência em termos de solos e clima
ideais.
A tecnologia do seu processamento é
de difícil mecanização, trabalhosa e
aprendizagem demorada.
16. Fatores Favoráveis à Cultura
A EU estabelece ajudas à produção e
armazenamento.
Única fibra produzida na Europa
Ocidental e utilizada em misturas com
algodão e lã
O grão é rico em óleo e origina um
bagaço de excelente qualidade (35-40%
proteínas) para os animais.
Cultura de ciclo curto.
A palha tem várias utilizações.
Um ha de linho pode produzir mais que
o algodão.
17. Produção
A produção do linho grão pode
ultrapassar as 3 t/ha e o linho têxtil as 7
t/ha.
A produtividade não atinge as 2 t/ha e as
3 t/ha.
1 t de palha pode originar 160 kg de
tomento e 100 kg de estopa
(Dupeux,1982).
O processamento da palha origina 13%
de fibras longas (panos, fios), 16% de
fibras curtas (estopa usada em oleados,
serapilheiras), 40% de “shive” (rolhas),
13% sementes e 18% resíduos vários.
19. As Fases do Linho
Maçagem
Sementes
Dobage
m
Fiação
Branqueamen
to
Espadelage
m
Secagem
Maceraçã
o
Arrinca
Tear
Sementei
ra
Secagem
Assedagem
Lenho
Cascas
Ripanço
20. Preparação do Solo
Estrumar com antecedência e com
estrume bem curtido
Mobilizar(grades) repetidamente de
modo a obter uma cama de sementes
fina, sem vazios e sem grandes torrões
à superfície
Operar rapidamente de modo a evitar a
secagem do perfil
Triturar e distribuir de modo uniforme
pelo perfil os resíduos(restolho) de
culturas anteriores.
21. Fertilização
O azoto favorece o crescimento desordenado
das fibras e com lúmen maior, aumenta a
ramificação da planta, facilita a produção de
grão mas também a acama ( Moule, 1972)
A aplicação de fertilizantes potássicos podem
precaver excessos de adubação azotada além
de favorecer a qualidade da fibra
O fósforo aumenta o número de fibras por feixe,
favorece a regularidade do diâmetro das fibras,
o teor em óleo das sementes e a precocidade
O excesso de cálcio reduz a riqueza em fibras e
prejudica o crescimento das plântulas
A calagem pode originar carências de zinco que
levam à diminuição de produção de fibras, as
plantas apresentam entrenós curtos e
ramificações na base
22. Sementeira
A época mais favorável à sua sementeira é a de
meados de Abril
Temperatura considerada mínima para a germinação
4ºC
A temperatura do solo para a sementeira deve ser de
7ºC
No linho têxtil a densidade deve ser de 2000 a 2500
plantas/m2
No linho oleaginoso a densidade deve ser de 500 a
1000 plantas /m2
O risco da acama aumenta a partir das
1800plantas/m2
Quanto maior dor a densidade maior será a
qualidade
A profundidade de sementeira não deve ultrapassar2
a 4 cm (Cardwell,1984)
Com semeadores de precisão deve usar-se
23. Arrinca
A sua colheita é
normalmente em
Junho, por arranque
pela raiz da planta,
quando esta
apresentar cor
amarela em três
quartos, incluindo as
cápsulas, e as folhas
do terço inferior terem
já caído. Após o
arranque é posto a
secar (fenação) até
apresentar a cápsula
bem seca.
24. Ripanço
Depois da cápsula
bem seca é ripado
no ripanço para
separar as
cápsulas que
libertarão as
sementes
25. Maceração
A maceração pode ser feita
em água, a seco e por
processos enzimáticos. A
maceração em água,
anaeróbia, consiste em
emergir os feixes 9 a 10 dias.
Nesta fase dá-se a curtimenta
por fermentação bacteriana
que visa libertar as fibras dos
elementos lenhosos e do
cimento (pectose) que os
une. Na maceração em terra,
aeróbica, a palha é estendida
em camadas e sob fatores
climatéricos sofre a
decomposição por fungos. Na
ausência de orvalho ou chuva
deve regar-se. Este processo
requer 30 a 40 dias.
O processo industrial usa
enzimas ou vapor que
substituem a ação dos
microrganismos
26. Secagem
O linho em feixes é
colocado a secar
ao sol durante 15
dias
27. Maçagem
Após a secagem
maça-se no
maçadouro.
A operação também
pode consistir em
triturar a parte
lenhosa do linho,
pela passagem dos
caules entre rolos.
Podem ser utilizados
engenhos com
tração animal ou
hidráulicos.
Engenho de linho de tração
28. Espadelagem
O linho é aquecido
aos molhos em
fornos similares
aos do pão, sendo
de seguida
espadelado
obtendo-se assim
a separação
completa do
material lenhoso
das fibras de linho
29. Assedagem
É necessário
assedá-lo, no
assedeiro. Separam-se
as fibras de
acordo com o seu
comprimento, as
fibras longas
chamadas linho
assedado (mais
nobre) e as fibras
curtas denominadas
estopa assedada
(mais grosseiras).
Daqui resultam as
estrigas.
30. Fiação
O fio é obtido puxando
uma mecha de fibras do
manelo, retorcendo-as
entre o polegar e o
indicador, enrolando este
fio no fuso e fazendo-o
rodar. Estas fibras ao
saírem do manelo da roca
puxam outras dando
assim continuidade à
formação do fio.
Dos fios de linho obtidos
nas maçarocas formam-se
as meadas no sarilho
Feitura das
31. Branqueamento
As meadas são
submetidas a complexos
processos de
branqueamento em que
os fios são levados à
fervura, cozidos em
grandes potes depois
das meadas terem sido
empapadas numa calda
de água e cinza,
deixadas arrefecer e
lavadas. Depois são
colocadas a corar ao sol
durante 15 dias,
intercaladas com
lavagens com água e
sabão.
32.
33. Dobagem
Depois de seca a
meada é convertida
em novelos a fim de
facilitar a sua
utilização nos
teares, utilizando-se
para o efeito uma
dobadoura
34. Tear
Com os novelos urde-se
a teia, na urdideira.
Cada fio no seu dente.
Instalar a teia no tear.
Encher
as canelas no caneleiro.
As canelas são
sucessivamente
alojadas na lançadeira,
espécie de naveta que
transporta o fio, para um
lado e outro, na teia.
A perdizela é um
pequeno eixo, dentro da
lançadeira, que segura a
canela.
Depois é só tecer,
recolher as varas, e
preparar o bragal.
35.
36. Linhaça
As sementes foram consideradas
muito tempo como um subproduto do
linho, cultivado essencialmente para a
produção de tecidos.
A semente contém 32 a 44% de óleo
rico em ácidos gordos não saturados
37. Óleo de linhaça
O óleo de linho constitui 40% da
biomassa da semente. Dele fazem
parte:
Ácido oleico(13-36%)
Ácido linoleico(10-25%)
Ácido linolénico(30-60%)
Ácido palmítico(6-16%)
Indicado para o uso de pinturas por
formar uma espécie de película
protetora. O óleo de linho é indicado
para o uso de pinturas por formar uma
espécie de película protetora, é usado
como aditivo de tintas, vernizes, lacas e
na produção de linóleo, mas também
em tintas de impressão,
impermeabilizantes e para produção de
sabões. Recentemente o óleo do linho
tem sido utilizado no tratamento de
betão armado usado em pavimentação.
44. Países Produtores
Produção mundial do linho
Austria Belgium-
Argentina
Luxembour
g
Bulgaria
Chile
China,
mainland
Belarus
Egypt
Estonia
France
Croatia
Italy
Latvia
Lithuania
Czech
Republic
Netherlands
Belgium
Ukraine
Spain
Russian
Federation
Romania
Poland
Slovakia
United
Kingdom
Turkey
China,
Taiwan
China
Produção europeia do
Austria
1%
Belgium-
Luxembour
g
4%
Bulgaria
0%
Belarus
15%
Estonia
0%
France
25%
Croatia
0%
Italy
0%
Latvia
0%
Lithuania
1%
Belgium
Netherlands
8%
Turkey
0%
Slovakia
Ukraine
5%
United
Kingdom
Russian
Federation
16%
Romania
Czech
Republic
5%
Poland
1%
0%
0%
Spain
6%
7%
5%
linho
Gráficos realizados a partir dos
dados disponibilizados pela FAO
48. Conclusão
O linho é o tecido mais ecológico que existe.
Pesquisas comprovam que é 7 vezes mais
ecológico que o algodão. É necessário muito
pouco fertilizante químico no seu cultivo.
Praticamente todos os seus componentes
são utilizados, desde a palha que envolve a
fibra (serragem) até à semente (alimentação,
cosméticos). O cultivo é renovável não
esgotando os solos. A procura crescente de
fibras naturais anuncia um futuro risonho
para a produção das fibras de linho. Quando
tanto se fala em sustentabilidade há que
reforçar a necessidade de aplicação em
materiais recicláveis.
51. Bibliografia
“O Linho e a sua Cultura”
Carlos Castro e Miguel Sequeira (1995) Vila Real UTAD
52. Videos
Pétalas que caem rapidamente https://vimeo.com/31782057
Arrinca e maceração https://www.youtube.com/watch?v=wDO2ah_Ke-
M
Assedagem https://vimeo.com/31329976
Fiação https://vimeo.com/79316418
O linho em França https://vimeo.com/18044043
Óleo Sementes https://vimeo.com/43691016
Industrialização do linho https://vimeo.com/31776118
Publicidade ténis https://vimeo.com/9176665
Vídeos incluídos:
http://www.matrizpci.dgpc.pt/MatrizPCI.Web/Inventario/Imateriais/Im
ateriaisConsultar.aspx?IdReg=280&EntSep=5#gotoPosition
ESAV, 10 Novembro 2014
Editor's Notes
É uma dicotiledónea.
A origem da cultura do linho parece ser o médio oriente, embora alguns autores proponham mais do que um centro de origem.
O linho faz parte do primeiro grupo de plantas cultivadas pelo homem. Os primeiros registos da cultura do linho, de natureza arqueológica, foram obtidos na Síria e comprovam a utilização de um linho, com características do Linum bienne Miller, num período anterior ao neolítico, há mais de 9000 anos. Também na Síria, foram recolhidos vestígios com cerca de 8000 anos de um linho cujas características se afastam das do linho selvagem e se enquadram nas do linho domesticado Linus usitassimum L.
Os registos egípcios descrevem fielmente as diversas fases de tratamento do linho, e a utilização do mesmo em algumas múmias.
A cultura do linho foi amplamente disseminada pelos romanos.
Segundo Moule (1972) deve-se aos fenícios a introdução na Europa do Linum usitassimum de origem asiática.
O seu cultivo na europa é anterior à aveia e ao centeio.
Sementes incarbonizadas datadas do eneolítico no castro de Vila Nova de S. Pedro, Portugal.
Eneolítico, idade do cobre ou calcolítico, período entre o neolítico e a idade do bronze.
Em Portugal, o primeiro indício da utilização do linho surge na Idade da Pedra Polida (neolítica), com a descoberta de fusaiolas ou cossoiros em castros pré-romanos. Estas peças eram utilizadas na fiação e como pesos para teares verticais rudimentares.
“O elevado número de pesos de tear recolhidos, tendo em conta a reduzida área escavada, num total de 104 exemplares, mostra por si só a forte actividade da tecelagem nesta estação Romana” ficheiro epigráfico Univ. Coimbra.
Antes portanto da chegada dos romanos à península (séc. III a.C.), já os lusitanos manufacturavam o linho. Plínio (escritor romano do séc. I) menciona o linho Zoelicum da Galícia.
“E Plínio (…) conta que em huma cidade da Galliza que se chamava Zoclia, se se dava hum genero de linho de que se faziam linhas para redes de pescar e outras cousas de tanta rijeza que os romanos levaram a semente delle para Itália e lhe chamavam
Zodico” Duarte Nunez de Lião (1735)
Achados em estações da Idade do Bronze. Um machado envolvido por tecido de linho em Ourique e existência de uma indústria de tecelagem.
O algodão era mais barato e de fiação mais fácil.
O aumento da produção com a intervenção do governo foi de 20%.
Segundo o autor nenhuma destas variedades tem características de linhos produtores de fibras por serem demasiado curtos e de pequeno rendimento de fibras.
Linhos mais resistentes ao frio e de Inverno possibilitam em Portugal avanços na cultura, onde a sementeira é efectuada tradicionalmente na Primavera.
A produtividade em fibra pode ser aumentada com variedades mais altas, no entanto são mais sensíveis à cama e criam problemas na colheita.
O melhoramento de variedades tem como objectivo obter o sincronismo da maturação da fibra e grão, isto permite obter o máximo rendimento em fibra e semente de boa qualidade bem como reduzir os custos de secagem das sementes. Este problema não se põe em Portugal já que as temperaturas são elevadas e há menos humidade aquando da colheita.
As folhas geralmente apresentam 3 nervuras.
As flores nascem na zona terminal dos ramos folhosos, sépalas de 5-7 mm de comprimento, as pétalas têm 1 cm de comprimento.
A abertura da flor e queda das pétalas ocorre num só dia. As sépalas apresentam-se inteiras e as pétalas são unguiculadas e maiores do que as sépalas.
O androceu é monadelfo, constituído por cinco estames que alternam com 5 estaminódios. O gineceu é constituído por cinco carpelos concrescidos e possui 5 lóculos. Cada lóculo apresenta 2 óvulos.
Tratando-se de uma planta autogâmica prevalecem as linhas puras, em geral não ocorrem mais do que 2 % de polinização cruzada (Poehlam, 1978)
Os lóculos têm 7-10 mm com até 10 sementes por cápsula.
A cápsula é deiscente na maturação através de fendas que se formam ao longo das paredes que separam cada carpelo(septicida) e na nervura de cada carpelo (loculicida).
As sementes amareladas, castanhas claras ou escuras, brilhantes, achatadas e ovais, de peso variável 3-12 g/1000 sementes
Histologicamente, as fibras de linho são longas fibras floémicas localizadas no parênquima floémico dos caules da planta.São fibras extraídas dos caules. A matéria-prima de que são constituídas é também, como no algodão, celulose na sua maior parte. O linho é considerado uma fibra liberiana por ter atuação no vegetal como condutor da seiva e não como elemento estrutural do caule.
Por observação microscópica da secção transversal de um caule de linho, verifica-se que o caule pode ser dividido numa zona interior lenhosa e numa exterior fibrosa. O comprimento de feixe varia entre 15 a 100 cm e o comprimento de fibra entre 2 a 12 cm. As fibras de linho são aproximadamente 25% do peso do caule.
As fibras do floema no Linum usitatissimum são denominadas "fibras macias" por apresentarem pouca lignina nas suas paredes o que lhe confere valor económico.
A produção em solos argilosos é normal em termos quantitativos mas prejudicada em termos qualitativos.
O excesso de cálcio prejudica a riqueza em fibras.
Os solos ácidos não apresentam carências de zinco.
Os linhos para produção de óleo preferem solos arenosos dada a sua preferência por condições mais secas e quentes.
O linho pode ser considerado como resistente ao frio já que certas variedades podem suportar temperaturas de 10ºC 15ºC.
Temperaturas elevadas associadas a secura reduzem o teor em fibras e quando associadas a humidades, favorecem a cama (Sultana).
Para o milho são necessários 349 Kg de água.
A EU não é excedentária.
A palha serve para cordas, papel tapetes, …
O primeiro é produzido nas zonas do Algarve, Alentejo e Trás-os-Montes, uma vez que é muito resistente ao clima. Ao passo que os restantes tipos são produzidos no Minho dado que requerem terras frescas e um clima húmido.
Conceito garantido pela sabedoria popular através do adágio popular que diz o seguinte: “Mais vale a estopa de Abril do que o linho de Maio”.
As rotações do linho devem ser longas, mais de 3 anos, de modo a evitar a proliferação de parasitas e cansaço da terra.
As culturas precedentes devem ser o trigo, beterraba ou o milho (Moule, 1972).
Em regiões mais amenas pode ser semeado no Outono, fins de Setembro, de modo a que as plantas se desenvolvam o suficiente amtes do Inverno.
Cultura de Inverno linho “mourisco ou temporão”
Cultura da Primavera linho “galego ou serôdio”.
Arrancadas devido à dificuldade do corte e no sentido de se obter maior produção de fibras.
Em seguida efectuam-se uma sequência de operações com o intuito de se separar a parte lenhosa da parte fibrosa. A fibra de linho proveniente dos caules da planta é posta em feixes que são imersos em água, tipicamente em poças ou em represas, por um período de 8 a 10 dias - enriar
Bactérias anaeróbicas Bacillus mesentericus, Bacillus subtiles e Clostridium butyricum.
Fungos Penicillum sp.,Cladosporium herbarum e Rhodotorula sp..
A fiação foi evoluindo com a utilização de outros processos, tal como a roda de fiar.
Primeira fase da cultura são de temer os fungos que produzem falhas na emergência, plântulas fracas e no caso do Pythim, ocorrência de um “algodão” esbranquiçado no colo. Para evitar sugere-se o uso de sementes certificadas, a desinfecção das sementes, o enterro do restolho e rotações longas. A Phoma linicola e
Pasmo –surgimento de manchas castanhas em toda a planta, infecção precoce que reduz a produtividade e qualidade. Importante rotação de culturas e uso de sementes limpas, tratadas com fungicida.
Ferrugem - Esta doença é controlada principalmente com cultivares resistentes. Esta doença é veiculada pelo solo, onde o fungo pode persistir por muitos anos. Várias espécies de Fusarium atacam o linho, que são em sua maior parte bastante resistentes a esta doença.
1 - FusariumEstádio Ataque: murcha de Fusarium é uma doença que pode estar presente em toda a estação de crescimento. Geralmente, o impacto é maior no final do ciclo. Os sintomas: No início da vegetação, que pode causar damping off. A infecção começa com as raízes e coroa, a planta continua a crescer e morre por podridão seca ou chuva. Na maioria das vezes, é o Fusarium roseum que causam este tombamento. Mais tarde, em vegetação, antes do aparecimento dos botões florais, o ápice da haste pode dobrar e girar o amarelo ea planta murcha.Cultura parece sofrer com a seca e as peças são atacadas amarelo acastanhado.As seca folhagem. entre a floração ea maturação, as plantas podem ser atacados. A doença manifesta-se por secagem das folhas que caem prematuramente. O caule se torna marrom e morre. A planta tem uma aparência avermelhada. Plantas doentes estão na coroa (base do caule) uma rosa branca em feltragem molhada. Esta doença é causada por Fusarium oxypsorum f. sp. lini. Este fungo de solo entra na planta através das raízes e tecidos condutores e produzir toxinas prejudiciais. Tratamentos: O uso de variedades resistentes de hoje continua a ser o único meio de controle.
2 - GravarEstádio Ataque: visíveis a partir de 5 cm. Sintomas: Os primeiros sintomas são a parada do crescimento da raiz principal e raízes laterais. Isso faz com que o crescimento prisão do caule, folha amarelada da cúpula. Os tronco e as folhas são castanhos e têm um "queimado". Aparência Esta doença é causada por um complexo de fungos do solo ou um deles (elegans Chalara, Pythium sp. e Asterocystis radicis). No campo, a doença forma de "round" Burning cercado por "redondos" menores. Tratamentos: O uso de variedades resistentes é o único meio de controle.
3 - OídioEstádio Ataque: Oídio pode estar presente 20-30 cm, mas geralmente 60-80 cm. Sintomas: A doença é facilmente identificado por um feltro branco presente nas folhas . Pode atingir o eixo. Há folhas de queda no final. É favorecida por uma vegetação claro, os campos de linho doentios e altas temperaturas. Tratamentos: tratamento químico aprovado, e de variedades tolerantes em breve.
4 - verticilliumEstádio Ataque: . O mal conhecido, parece que a doença infecta primeiros lençóis antes de 10 centímetros, mas é visualmente evidente que tarde, no final do ciclo, bem como fusarium Sintomas: O linho murcha é causada por um fungo, Verticillium dahliae. Verticillium no solo e penetra as raízes de volta para os tecidos vasculares da planta, causando secura. O fungo é encontrado nas áreas castanhas no topo das hastes. Microescleródios negros crescem em abundância em torno das hastes durante a maceração, dando-lhes uma aparência azul metálico (os sintomas mais típicos). O caules tornam-se frágeis e quebradiços. O fungo é favorecido pelo clima quente e seco. Resta muito tempo no solo (14) como microescleródios. Este patógeno tem várias plantas hospedeiras: colza, batata, beterraba, trigo, cevada ... Tratamentos: Nenhum tratamento é eficaz. Até o momento, apenas algumas variedades são menos sensíveis, mas não eliminam o risco de um grande ataque. LAURENT CAZENAVETerre de LIN
Foco em ... doenças ocasionais ou raras
• Os mortos-lin: Avançado 10 cm do palco, esta doença é causada por Phoma exigua var. linicola e é caracterizada por um escurecimento das plantas e baixa estatura. No pescoço, uma luva marrom aparece, pontuado com pontos pretos (os picnides). Depois disso, a planta se torna marrom e seque completamente. O tratamento de sementes e plantas de processamento são possíveis. • Septoria: Causada por um fungo, Septoria linicola, septoriose ataque no final da vegetação. Os sintomas são caracterizados pela presença de manchas castanhas sobre as folhas. Estes pontos, em seguida, ganhar caules, tomando um aspecto listrado. Áreas Brown (pacientes) se alternam com áreas verdes (saudáveis). Septoria pode estender-se mais tarde para toda a haste. As temperaturas elevadas e frequentes chuveiros encorajar a disseminação da doença. Há um tratamento químico aprovado. • A ruptura e haste marrom: São causadas por Kabatiella lini (= Polyspora lini), um fungo que pode atacar de linho ao longo de sua vegetação. Para a pausa, a vara se curva uma rachadura longitudinal ocorre na curva. O caule torna-se frágil ", ela rasteja no chão." No segundo caso, a doença manifesta-se pela presença de manchas castanhas longitudinais e unilaterais. A seca de haste e das pausas. Não é um tratamento aprovado química. • O (Botrytis cinerea): Encaminhar a fase de cotilédones para encenar 5-6 cm, mofo cinzento é caracterizado por secagem ou apodrecimento de mudas por parte das famílias. Mais tarde, na vegetação, o mesmo parasita pode causar podridão. Esta doença é caracterizada pelo aparecimento de um fio de cabelo cinzento e micélio sobre uma área de podridão do colo. Existe um tratamento químico aprovado para o tratamento de sementes. • Sclerotinia: A sclerotinia é normalmente observada em linho pago. Também desenvolve durante maceração sob a faixa devido a umidade excessiva. Um branco denso micélio cresce nas hastes permanecem em contacto com o solo.Isto provoca uma deterioração que provoca a quebra da haste e uma perda de fibra longa. Sclerotinia também foi isolado de linho não hastes pago. Uma caixa branca apareceu no caule em junho (após a floração). A este nível, a haste é frágil, a superfície da pele fica solta e peeling. Escleródios Preto (2 mm) podem aparecer neste luva branca. Infestado caules secos (em cima) e tornam-se frágeis. Não há nenhum tratamento químico aprovado. • A antracnose: A doença aparece nos cotilédones de 1-2 folhas.Colletrotrichum causada por lini, manifesta-se por manchas marrons claras cercadas por uma faixa marrom avermelhada nas folhas. Ela pode causar o tombamento. A luta é por meio do tratamento de sementes preventiva. • Ferrugem: Muito raro hoje em dia, a ferrugem é causada por Melampsora lini.Ela ataca durante o crescimento e é facilmente reconhecível pela presença de pústulas laranja. Estes podem desenvolver em folhas, caules e cápsulas. Plantas de fibras com enfraquece e local. Durante a infecção, pústulas tornam-se marrom ao preto. Não existe tratamento aprovado. LC
Heliothis Ononis - As mariposas depositam seus ovos nas flores abertas e jovens larvas comem a semente em desenvolvimento dentro da cápsula
Euxoa auxiliaris - Larvas da alimentação gramíola exército na folha de linho na primavera
Macrosiphum euphorbiae- O inseto pode reduzir significativamente os rendimentos. Os pulgões voam em campos no início de julho, e atingir densidades de pico no final de julho ou início de agosto. Esta praga usa seus aparelhos bucais para perfurar e extrair seiva de caules e folhas
Euxoa tristicula- As mariposas adultas põem ovos na superfície do solo durante a tarde de verão - As larvas alimentam-novo em mudas de linho na primavera - Cutworm geralmente permanecem abaixo do solo cortar a jovem próximo à superfície do solo e trazê-las para baixo onde eles são consumidos.
Produção mundial para países acima de 1000 toneladas.
Em Portugal o linho é apenas produzido em pequenas quantidades para o fabrico de peças de artesanato e para fazer recriações dos métodos tradicionais.