O documento descreve a organização interna das cidades e as principais áreas funcionais:
1) A cidade é um espaço de funções diversas como terciária, residencial e industrial;
2) Cada função possui áreas delimitadas com características próprias, como a zona central de negócios para atividades terciárias;
3) A acessibilidade e procura do centro promovem mudanças como a especulação fundiária e substituição de residências por comércio.
1. A cidade: espaço de funções
a organização interna das cidades
A cidade é um espaço de
funções, pois nela
coexistem uma elevada
diversidade de funções,
como as ligadas às Coexistem as funções:
actividades terciárias
( como a actividade •Terciária (CBD)
comercial, teatros, •Residencial
escritórios, sedes de
empresas, hotéis, etc.) à •Industrial
indústria e ao sector
residencial (bairros
residenciais, habitações de
luxo, condomínios
fechados)
2. A cidade: espaço de funções
a organização interna das cidades
A localização e predominância de cada função permite
delimitar no interior das cidades as áreas funcionais –
zonas espaciais homogéneas com características
próprias.
Rua Santa Catarina - Porto Rua Augusta - Lisboa
3. A cidade: espaço de funções
a organização interna das cidades
Toural – um dos locais do CBD de
Guimarães
4. A cidade: espaço de funções
a organização interna das cidades
A importância da acessibilidade: o aumento e a
melhoria dos transportes e da acessibilidade
provocam a procura das cidades (por residentes e
actividades económicas) o que leva à expansão da
cidade – provocando alterações na morfologia e a
reestruturação das áreas funcionais.
7. A Cidade – espaço de funções
A procura do centro cidade associada ao
desenvolvimento dos transportes e à melhoria
das acessibilidades promovem a substituição
das áreas residenciais pela actividade terciária
(comércio, bancos, sedes de empresas,
restaurantes, etc.)
PROMOVENDO:
Especulação Fundiária –
desequilíbrio entre a oferta e a
procura. Quando a procura é
superior à oferta, os preços do
solo sobem e atingem valores
muito superiores ao seu valor
real
8. FACTORES ASSOCIADOS À ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA
Despovoamento das áreas centrais
das cidades.
Degradação das áreas mais antigas.
Aumento dos preços dos terrenos
(competição)
Surgimento de extensas áreas de solo
expectante.
9. VARIAÇÃO DA RENDA LOCATIVA
A acessibilidade é fundamental para
explicar a variação da renda locativa
A área central da cidade é dominada
Regra Geral: por:
• O aumento da •Cruzamento de eixos de comunicação
acessibilidade
promove o aumento
do valor do solo •Tornam este local mais competitivo
(actividades terciárias).
•Terrenos disponíveis mais escassos –
(especulação fundiária)
10. Variação do centro para a periferia, da renda locativa
para as três funções urbanas
11. Variação do preço do solo com a
distância ao centro
Existem excepções na
relação entre a renda
locativa e a distância ao
centro.
Pois afastado do Centro
aparecem áreas com:
• Boa Acessibilidade e
Facilidade de
estacionamento.
•Espaços verdes e
atractivos.
•Poluição sonora mais
reduzida.
•Procura pela população
mais abastada
12. As áreas terciárias – o cbd
Toda a cidade tem uma área central – que se distingue das
restantes devido às funções que aí se concentram – CBD
ou “BAIXA” - Rua Santa Catarina - Porto
Rua Augusta - Lisboa
13. A DIFERENCIAÇÃO FUNCIONAL DO CBD
A elevada procura e a competição pelo espaço
numa área restrita leva a :
Aumento do preço do solo.
Escassez do solo
Levando ao aumento da construção em altura, de modo a
maximizar o aproveitamento do terreno
•A função terciária cresce
•A função residencial decresce (ficam algumas habitações
degradadas ou habitadas por população envelhecida)
17. No entanto: acontece a migração das actividades
terciárias para fora do “Centro”da cidade
Parque das Nações
18. Centros comerciais fora da “baixa” – Norte e Arrábida
Shopping.
Locais de boa acessibilidade e aliados ao estacionamento
(gratuito)
19. Razões das migrações das actividades terciárias
Elevado congestionamento funcional.
Escassez de espaço para expansão
das actividades.
Ruas estreitas e saturação das vias
de acesso (elevada intensidade de
tráfego).
Dificuldades de estacionamento.
Falta de áreas aprazíveis
(ajardinadas, etc.)
20. AS ÁREAS RESIDENCIAIS
As áreas residenciais predominam no espaço urbano.
A diversidade de formas e aspectos destas áreas
acabam por reflectir o nível sócioeconómico dos
seus residentes
Podemos diferenciar dentro das áreas residenciais:
•Classes sociais de rendimentos baixos
•Classes sociais de rendimentos médios.
•Classes sociais de rendimentos elevados
22. Algumas imagens de bairros sociais ligados a classes de
baixos rendimentos
Bairros Sociais – habitação social
Bairro do Aleixo -Porto
23. Bairros Sociais
Bairro do Cerco - Porto
De uma forma geral, os bairros sociais
tendem a localizar-se em áreas
periféricas da cidade. Estão associados
a extensos edifícios, de fraca qualidade
e apartamentos de pequenas
dimensões
Bairro de Chelas - Lisboa •Rápida degradação externa e interna
•Conotações negativas dos seus
habitantes.
24. Áreas residenciais de luxo
Casas apalaçadas- Foz do
Douro
Condomínio fechado -
Algarve
25. HABITAÇÕES DE LUXO…
As habitações de luxo
localizam-se
preferencialmente em
áreas de grande procura
pelas pessoas de grandes
recursos financeiros.
Os condomínios fechados
– são novas formas de
habitar para classes altas
e médias-altas que
reflectem mudanças na
estrutura económica e
social
Habitações de Luxo – Avenida da
Boavista
26. Áreas residenciais de luxo
Estes condomínios apresentam as
seguintes características:
•Localizam-se em áreas de boa
acessibilidade.
•Localizam-se em ambientes
aprazíveis, com jardins e afastados
das áreas industriais (ausência de
poluição)
•Possuem uma arquitectura de
qualidade (excelentes materiais)
muito modernos e funcionais.
•Possuem vigilância 24 horas e
acesso restrito (condomínios
fechados
Condomínio de luxo – Foz do
Douro - Porto
27. Complexificação da Geografia Social das Cidades(pág. 111
manual)
Nesta imagem, podemos observar :
•Novas urbanizações (Condomínios fechados)
•Bairro do Aleixo.
•Solo expectante
28. AS ÁREAS INDUSTRIAIS
•O desenvolvimento dos
transportes.
•Os consumidores em número São alguns dos
crescente. factores que
justificavam a
•O capital disponível. preferência da
•Os terminais de vias de indústria para se
comunicação. instalar na cidade
•Os diversificados serviços de
apoio (banco, seguros, etc.)
30. AS ÁREAS INDUSTRIAIS
Contudo, existem factores que “forçam” a deslocalização das áreas
industriais para áreas afastadas da Cidade:
•Elevado preço do solo (no centro)
•Crescente intensidade de trânsito, congestionamento e dificuldades de
estacionamento.
•Elevada poluição sonora e atmosférica.
•Alterações no processo produtivo (separação entre a fase produtiva e
a sua gestão (ver pág. 114 – Manual – caso Lactogal).
•Necessidade de vastos espaços (estacionamento, escritórios, salas de
convívio, etc) e espaços ajardinados
31. AS ÁREAS INDUSTRIAIS
A função industrial tem vindo
a perder peso no interior das
cidades (cresce na periferia) e
tem sido substituída pela
função terciária devido a
vários factores:
•Maior disponibilidade de
espaço nas áreas periféricas.
•Baixos custos de terreno.
•Mão-de-obra mais barata.
Fábricas abandonadas - Lisboa
34. AS ÁREAS INDUSTRIAIS
No entanto, ainda existem indústrias no interior das cidades,
tais como a industria da joalharia, impressão (tipografia) e
confecção de luxo – pois são indústrias pouco poluentes e de
bens de consumo – (necessitam estar perto do consumidor).
Além disso, consomem pouca energia eléctrica.
Joalharia Tipografia