SlideShare a Scribd company logo
1 of 191
Download to read offline
Treinamento Esportivo I
 Prof. Me. Marcus Vinícius Patente Alves
Treinamento Desportivo
• O treinamento desportivo é definido como um
  processo pedagógico pertencente a Educação
  Física que visa diretamente o alcance de
  resultados desportivos superiores.
                                MATVEEV, 1997.
Treinamento Desportivo
 Treinamento: é um processo pelo qual se submete
   alguém à busca de melhoria de alguma coisa.

Processo  pois envolve diversas etapas que podem ir desde o aprendizado
   ao aperfeiçoamento, até chegar à especialização.
Visa a melhoria  faz parte do próprio ser humano que, historicamente,
   assume ações com tendências evolutivas,[1] seja durante a fase da infância,
   juventude, vida adulta ou na velhice.

   [1] Porém, nada justifica que essa evolução tenha que sacrificar o próprio ser humano, exigindo
   que, para “crescer”, exista a exploração e o domínio de uns sobre outros. Nada é por acaso e as
   relações evolutivas, seja em qualquer área de conhecimento, fazem-se pelas relações sociais
   entre os povos.
Treinamento Desportivo
• identificação clara das metas e dos objetivos a serem atingidos e quando
  se pretende alcançá-los;
•   três preparações (técnico-tática, física e psicológica);
•    sistematização e organização dos componentes e das variáveis
    relacionadas direta ou indiretamente com o processo;
•    o controle baseado nas variáveis fisiológicas, biomecânicas,
    cinesiológicas, nutricionais, de doenças, de hábitos de vida;
•   administração dos recursos humanos, materiais e financeiros que
    envolvem o programa de treinamento;
•   variáveis influenciadoras e condicionantes, como: clima, altitude, material
    esportivo e outros.
COMPOSIÇÃO DO TREINAMENTO ESPORTIVO DE ALTO RENDIMENTO




                          CONTROLE




                        PREPARAÇÕES:
                            FÍSICA
                         PSICOLÓGICA
                        TÉCNICO-TÁTICA



      ADMINISTRAÇÃO E                         FATORES
        MARKETING                        INFLUENCIADORES E
                                          CONDICIONANTES
CONCEITOS DE TREINAMENTO

• ATLETAS                    • NÃO-ATLETAS
                             - atividade física regular
- profissionalização
- classificação em níveis    - objetivos principais
                               ligados à saúde e prazer
- rendimento máximo
                             - não participa de
- participa de competições
                               competições
Evolução Histórica do
             Treinamento Desportivo

    Treinamento
     Desportivo




 Sistema Político
  Organizacional           Demonstração
Sistema Militar
                             de poder
Terminologia do Treinamento
• Objetivos do Treinamento – podem ser
  capacidades, habilidades, características,
  atitudes.
     • Psicomotores – Compreendem os fatores condicionais
       do desempenho (resistência, força, velocidade) e
       capacidade coordenativa e aptidões (técnicas)
     • Cognitivos: Conhecimentos da área tática e técnica
     • Afetivos: Representados por força de vontade,
       autoconfiança, autocontrole. Podem retringir o
       desempenho físico.
Terminologia do Treinamento
• Programa de treinamento (sinônimo de
  exercícios de treinamento) representa do
  direcionamento concreto do mesmo para os
  objetivos pré-determinados.
          » Exercícios para o desenvolvimento geral
          » Exercícios especiais
          » Exercícios de competição
Terminologia do Treinamento
• Meios de Treinamento – compreende tudo
  aquilo que apoiam a evolução do processo de
  treinamento. Podem ser distinguidos em:
     •   Organizatórios (formas)
     •   Mecânicos (exercícios apoiados por equipamentos)
     •   Informativos (verbal)
     •   Visuais
     •   Cinestésicos
Terminologia do Treinamento
• Métodos de Treinamento – representa na prática do
  esporte os procedimentos planejados para se atingir
  determinados objetivos.
• Princípios do Treinamento Esportivo – servem para
  otimizar a escolha e execução de métodos por atletas
  e treinadores. Determinam o programa e o método a
  ser utilizado, bem como a organização do
  treinamento, e constituem parâmetros para
  treinador e atleta, uma vez que se relacionam a
  utilização consciente e complexa de normas e
  regularidades em um processo de treinamento.
Terminologia do Treinamento
• Princípios do Treinamento Esportivo:
        –   Sobrecarga: Para romper com o efeito de adaptação.
        –   Ciclização: Para assegurar a adaptação
        –   Especificidade: Para especialização do treinamento
        –   Proporcionalização: Para criar os requisitos para um bom
            desempenho
Princípios Científicos do
Treinamento Esportivo
Princípios de Treinamento
• Regras a serem adotadas durante o período de treinamento,
  visando obter os melhores benefícios possíveis em todos os
  componentes fisiológicos do atleta.

• A teoria e metodologia do treinamento esportivo têm princípios
  específicos baseados nas ciências biológicas, psicológicas e
  pedagógicas.

• Esses princípios refletem as particularidades do cumprimento
  de importantes objetivos do treinamento, ou seja, a elevação
  dos níveis de habilidade e desempenho.
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO

Os princípios do treinamento são parte de um conceito e, no
entanto, não devem ser vistos como unidades isoladas.



• Atividade física  qualquer movimento corporal que
  acarrete em um gasto calórico superior àquele de
  repouso

• Exercício físico  programa de treinamento que
  obrigatoriamente deve ser regido por princípios
  específicos.
Princípio da Adaptação
• Baseia-se na permanente busca da
  homeostase pelo organismo.
• Homeostase: É o estado de equilíbrio estável
  mantido entre os sistemas constituintes do
  organismo, e o existente entre este e o meio
  ambiente.

      Estímulo       Organismo        Resposta
Princípio da Adaptação
• Ligado ao fenômeno do estresse ou síndrome de
  adaptação geral (SAG). É a reação do organismo aos
  estímulos do treinamento que provocam adaptações ou
  danos.

• Alterações que se verificam em resposta ao treinamento.

• Podem ser: metabólicas, fisiológicas e psicológicas
Síndrome da Adaptação Geral

Excitação ou choque - a presente fase poderá provocar dores e por este motivo
    queda momentânea no rendimento provocando um período de reação de
    alarme no organismo.

Resistência ou adaptação - esta fase tende a provocar uma adaptação ao
    estímulo aplicado com elevação no rendimento.

Exaustão ou cansaço – nesta fase o corpo não responde positivamente aos
   estímulos por já estar adaptado, possivelmente haverá queda de rendimento
   nos casos de treinamento excessivo. Há o risco de lesões temporárias ou
   permanentes.
Os estímulos adaptativos podem ser:



- estímulos débeis ...........................sem conseqüências;

- estímulos médios ..........................apenas excitam;

- estímulos fortes .............................provocam adaptações;

-estímulos muito fortes ..................causam danos.

                                                     (Dantas, 2003)
Adaptação, Aclimação e Aclimatação
• Adaptação  Mudanças estruturais, funcionais-biológicas,
  geralmente irreversíveis, que passam de gerações para
  gerações, afetando o genoma da população;

• Aclimação  Mudança estrutural reversível em função da
  imposição de estímulos não naturais ao organismo (Exercício
  Físico);

• Aclimatação  Mudanças orgânicas e celulares resultantes da
  interação do organismo com estímulos ambientais.
Genótipo
• O que não pode ser modificado pelo exercício
• Altura max esperada; somatotipo
Fenótipo
• Características modificáveis
• Consumo max
  de O2
• Habilidades
  desportivas
Princípio da Sobrecarga
Princípio da Sobrecarga
Princípio da Sobrecarga
Princípio da Sobrecarga




      O Tempo necessário
      para a recuperação é
      proporcional          à
      intensidade do trabalho
      realizado
Princípio da Sobrecarga
Princípio da Sobrecarga
Princípio da Interdependência
     Volume-Intensidade
Princípio da Interdependência
     Volume-Intensidade
Princípio da Sobrecarga


Intensidade               % 1RM
                            100
                                  Nº de Rep Estimado
                                          1

 – Geralmente em função     95            2
                            93            3
   da carga máxima          90            4
   voluntária (1RM).        87            5
                            85            6
                            83            7
                            80            8
 Volume                     77            9
                            75            10
 É inversamente             70            11
   proporcional a           67            12

   Intensidade              65            15
Sobrecarga
• É a capacidade do agente estressor (Exercício)
  ultrapassar as demandas fisiológicas vivenciadas
  no dia a dia, obrigando o organismo a nova
  aclimação.

•   Possui Basicamente 3 tipos:
•   (1) Volume
•   (2) Intensidade
•   (3) Densidade
Volume
• A utilização dessa sobrecarga refere-se no
  aumento da Quantidade do treinamento:

• Distância e/ou tempo do treino (km, m,
  minutos, horas);

• N°de Movimentos ( Rep/Série;  n° séries;
   n ° de Exercícios;  freqüência do treino).
Efeito Fisiológico do Aumento do
         Volume de Treinamento
• Grande Depleção de CHO no Final do Exercício;

• Aumento da Utilização de Gordura com o passar do tempo de
  Esforço;

• Recrutamento das Fibras Brancas é dependente da fadiga das
  Fibras Vermelhas;

• Geralmente ocorre desidratação voluntária, qual aumenta a
  temperatura e diminui o VS, aumentando a FC e o esforço
  cardiovascular.
Efeito Fisiológico do Aumento do
          Volume de Treinamento
• Em esforços de Ultra-Duração, a FC final não representa a
  Intensidade do Exercício;

• A Interrupção do exercício sob estado de Exaustão, ocorre no
  Nível Metabólico (<[CHO]), Sangüíneo (Hipoglicemos) e
  Central (Hipertermia, e Serotonina)

• Grande fadiga NEURO-MOTORA devido ao componente do
  ciclo Alonga Encurta, percebida de 24 a 72 horas pós Esforço.

• Baixo nível de Desorganização Físiológica causada pelo seu
  Estresse.
Intensidade
• A utilização dessa sobrecarga refere-se no
  aumento da Qualidade do treinamento:

• Aumento no % da capacidade máxima da
  qualidade física treinada (%1RM; % VO2máx.;
  % Tmáx.);

• Aumento da carga e/ou velocidade do
  movimento (20  25kg; 12  13km/h).
Efeito Fisiológico do Aumento da
      Intensidade de Treinamento
• Grande Depleção de CHO por Minuto;

• Utilização das Gorduras Limitadas aos Estoques
  Musculares (TAG);

• Fibras Brancas são Recrutadas Juntamente com as
  Vermelhas;

• Acidose Torna-se o Fator Limitante ao Exercício
Efeito Fisiológico do Aumento da
     Intensidade de Treinamento
• A FC representa a Intensidade do Exercício Até
  85 – 90% da Máxima;

• Apesar do aumento da Intensidade elevar
  mais a FC, o VS permanece inalterado,
  acarretando em nenhum ganho do sistema
  cardiovascular;

• Maior Desorganização Fisiológica
Densidade
• A utilização dessa sobrecarga refere-se na
  diminuição do intervalo entre os movimentos
  (repetições; séries e exercícios):

• 3 x 10RM c/ 2’int  3 x 10RM c/ 1’int.
Efeito Fisiológico da Diminuição da
      Densidade do Treinamento
• Re-síntese incompleta de CP, e aceleração da
  atividade glicolítica;

• Recuperação menor do pH;

• Menor diminuição da FC e do consumo
  máximo de Oxigênio.
Aplicação da Sobrecarga
                  V         D
                       I
                  O         E
                       N
                  L         N
                       T
                  U         S
                       N
                  M         I
                       S.
                  E         D



VO2Máx.


                                          Nível de Estresse
                                              do Treino




                                              Limiar de
                                            Desorganização
          T1     T2             T3   T4       Fisiológica


               Dias de Treinamento
Princípio da Super-Compensação
            Energética
        Efeito do exercício e dieta na ressintese de CHO
                            muscular

        165
        150
        135
        120
        105
[CHO]




         90
         75
         60
         45
         30
         15
          0
                     VLD                     VLE
                        Músculos Analisados

          Pré Ex   Pós Ex    24H Pós Ex     48H Pós Ex
Princípio da Supercompensação Energética

                             110
                             105
                             100
                              95
                              90
                              85
% Ressíntese de Glicogênio




                              80
                              75
                              70
                              65
                              60
                              55
                              50
                              45
                              40
                              35
                              30
                              25
                              20
                              15
                              10
                               5
                               0
                                   Repouso   Exercício   4h           24h             48h   72h   96h
                                                              Duração da ressíntese

                                                                      CHO
Especificidade
• Metabólica: O estresse fisiológico causado pelo
  exercício é específico em relação a sua intensidade e
  duração:

• Maratona: 95% Aerob. - 5% Anaerob.
• 100m: 02% Aerob. - 98% Anaerob.

• 10km (50% VO2máx)  65%CHO 35%G.
• 10km (80% VO2máx)  90%CHO 10%G.
Especificidade
• Gesto: O estresse fisiológico causado pelo
  exercício é específico ao padrão de
  movimento realizado:

• Transferência de Performance:
• Em quanto o ganho de força no Leg-Press
  pode ser aplicado para melhorar a
  performance de um ciclista e um corredor.
Especificidade
• Transferência de Performance:
• Treinamento de força e performance de longa
  duração:

• Ciclismo > Remo > Corrida > Natação
Especificidade
Neuromotora
Especificidade Cardiorrespiratória


     Corredor Meio Fundista                Atleta de Canoagem
VARIAVEL    Est    Bike    EMão Remo        Est    Bike    EMão Remo

  VO2      69,74   65,56   42,24   39,70   56,46   49,97   50,71   61,42

 FCmax     210     198     156     166     174     168     170     188
Continuidade e Reversibilidade
• A interrupção na aplicação da sobre carga,
  promove no organismo a incapacidade da
  aclimação. Se esta escassez de estímulos
  persistir por mais tempo (dias e/ou semanas),
  ocorrerá a reversão das conquistas
  fisiológicas.
Princípio da Treinabilidade
• Diz que: O indivíduo quanto mais treinado,
  mais difícil de obter lograr êxito, e mais
  propenso a lesões
                                   • Tubino, (2002)
Capacidades coordenativas
• As capacidades coordenativas são capacidades
  determinadas         essencialmente      por
  componentes onde predominam os processos
  de condução nervosa isto é elas possuem a
  capacidade de organizar e regulamentar o
  movimento constituindo-se portanto na base
  para a aprendizagem a execução e domínio
  dos gestos técnicos.
Capacidades coordenativas
• Fundamentalmente na elaboração da informação e
  no controle de execução sendo desenvolvidas pelos
  analisadores...
              • Tácteis - Recolhem a informação sobre a pressão nas várias
                partes do corpo;
              • Visuais - Recolhem a imagem do mundo exterior;
              • Estáticos dinâmicos - Informam sobre a aceleração do
                corpo (particularmente a posição da cabeça) colaborando
                desta forma para a manutenção do equilíbrio;
              • Acústicos - Por onde percebemos os sons e os ruídos;
              • Cinestésicos - Por meio dos quais recebemos informações
                sobre tensões produzidas pelos músculos.
Capacidades condicionais
• São fundamentadas através da eficiência do
  metabolismo energético. São determinadas
  pelos processos que conduzem à obtenção e
  transformação de energia isto é os processos
  metabólicos nos músculos e sistemas
  orgânicos – força , velocidade, flexibilidade e
  resistência.
Capacidades condicionais
• Força - É a capacidade que permite reagir
  contra uma resistência através da contração
  muscular. Esta possibilita, entre outros
  esforços: saltar, empurrar, levantar, puxar... Do
  desenvolvimento da força pode ser:
        – Geral – quando visamos o desenvolvimento de todos os
          grupos musculares;
        – Específicas – quando visamos o desenvolvimento de um ou
          vários grupos musculares característicos dos gestos de cada
          modalidade.
Capacidades condicionais
• Velocidade - Capacidade de executar movimentos de
  dentro para fora no mais curto espaço de tempo. É a
  capacidade de executar ações motoras no mínimo de
  tempo, com intensidade máxima e com duração não
  superior a 6/8 segundos.
• Resistência - Capacidade de suportar e recuperar da
  fadiga psíquica e pricipalmente da física.
            » Geral - quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular. É
              limitada pelo sistema cárdio respiratório.
            » Local - quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total.
              É determinada pela resistência geral pela força e capacidade
              anaeróbica.
Capacidades condicionais
• Flexibilidade - Capacidade que o atleta tem
  para executar ao longo de toda a amplitude
  articular movimentos de grande amplitude
  por si mesmo ou por influência auxiliar das
  forças externas.
          » Geral – consiste na amplitude moral de oscilações de
            articulações especialmente nas principais articulações.:
            ombro anca e coluna vertebral.
          » Específica – consiste na amplitude necessária para a
            realização de movimentos específicos de cada
            modalidade
Periodização do Exercício

  Prof. Ms. Marcus Vinícius Patente Alves
 UNITRI – PASSO 1 – FAEFI – UFU – RECORD
O que é?
• "A planificação do treinamento desportivo é
  antes de tudo o resultado do pensamento do
  treinador" (Forteza, 1999). Este pensamento
  deve estar o mais distanciado possível de toda
  improvisação, integrar os conhecimentos em
  um sistema estrutural e organizado e mais
  perto da ciência e tecnologia.
•      Para Bompa (2001), o programa anual é uma
  ferramenta que norteia o treinamento atlético. Ele é
  baseado em um conceito de periodização, que, por
  sua vez, se divide em fases e princípios de
  treinamento. O conhecimento existente sobre a
  planificação esportiva, assim como o controle do
  treinamento, é algo que não escapa a nenhum
  profissional (ou pelo menos não deveria ser
  ignorado).
•     O principal objetivo do treinamento é fazer com
  que o atleta atinja um alto nível de desempenho em
  dada circunstância, especialmente durante a
  principal competição do ano com uma boa forma
  atlética (Bompa, 2001).
Introdução
• Busca constante pelo aumento do
  desempenho;

Melhoria das roupas;
Melhoria de equipamentos;
Otimização da nutrição e de ergogênicos;
Doping;


         Principal fator ainda é o Treinamento
Introdução
• Treino:
   – Elaboração de uma sessão de exercício, qual possibilita a
     aplicação de uma carga aguda de um ou mais exercícios,
     com a finalidade de promover alterações fisiológicas
     específicas momentâneas no organismo.


• Treinamento:
   – Elaboração de um conjunto de sessões de exercícios, quais,
     por meio da somatória de seus efeitos no organismo,
     promovam alterações fisiológicas duradouras (crônicas)
     específicas no organismo.
Histórico
• Alguns autores tem sugerido que a prática da
  periodização não refinada tenha sido usada muito
  antes de seu desenvolvimento pelos cientistas
  soviéticos.

• 1965  Matveyev  Primeiro trabalho publicado
  sobre PERIODIZAÇÃO, possivelmente influenciado
  pelos trabalhos iniciais de Hans Selye sobre o
  estresse e a adaptação humana.
Histórico
• Meados dos anos 70: Aplicação disseminada da
  periodização entre os treinadores europeus
  orientais.

• Sucesso destes países na década de 70 – 80 deve-se
  a popularização do treinamento periodizado.

• Dias de hoje: Inaceitável a prescrição de um
  treinamento não periodizado.
Do passado aos dias atuais

        C arg a de T reino                  C arg a de T reino
7                                   9
6                                   8
                                    7
5
                                    6
4                                   5
3                                   4
                Acomodação do       3
                                                     Aumento do Risco
2
                 Desempenho                         de Lesões/Excesso de
                                    2
1                                                       Treinamento
                                    1
0                                   0
    1   3   5   7   9 11 13 15 17       1   3   5    7   9 11 13 15 17

                Dias de Treino                      Dias de Treino
Periodização: dias atuais
                             C arg a de T reino
10
            Aumento
 9
         programado da
 8
 7
         carga de treino
 6
 5
 4
 3
 2
 1
 0
     1   2   3   4   5   6     7   8   9   10 11 12 13 14 15 16 17 18

                               Dias de Treino
Plano da Periodização
Chave para um desempenho atlético ótimo é a
                periodização !
                    ↓
Impossível alcançar elevado nível físico sem a
preparação de anos de treinamento progressivo.
Plano da Periodização
• Objetivo: Traçar uma meta a longo prazo, utilizando
  metas a curto e médio prazo para controle do
  desempenho;

• Vantagens:
   – Maximização do desempenho e Diminuição dos riscos de
     sobretreinamento;
   – manter a motivação no programa de treinamento;
   – Administração do treino com agentes estressantes durante
     o dia (trabalho, família, etc...)
Periodização
• Tendência atual é que o treinamento deveria ser
  estruturado de forma anual, entretanto alguns
  autores defendem o ciclo olímpico de treinamento.

• Conceito: Processo que divide um ano completo de
  treinamento (macrociclo) em pequenos e distintos
  períodos (micros e mesociclos) com tamanho mais
  confortável, cada um com alvos de desempenho e
  desenvolvimento específicos.
Objetivo da Periodização
• Fazer com que o atleta atinja um alto nível de
  desempenho       em       dado     momento,
  especialmente durante a principal competição
  do ano (Bompa, 2001)
Objetivo da Periodização
• As trocas periódicas da estrutura e conteúdo
  do treinamento são uma condição necessária
  para o aperfeiçoamento atlético visando
  alcançar um novo e superior degrau no
  desenvolvimento do atleta (Forteza &
  Ranzola, 1988).
Periodização

“ é o planejamento geral e detalhado do
  tempo disponível para treinamento, de
  acordo com objetivos intermediários
  perfeitamente             estabelecidos,
  respeitando-se        os      princípios
  científicos do exercício desportivo.”
TIPOS DE PERIODIZAÇÃO


• PERIODIZAÇÃO ONDULATÓRIA - O VOLUME E              A
  INTENSIDADE DO TREINAMENTO AUMENTAM                E
  DIMINUEM EM UMA BASE DIÁRIA (RHEA ET AL., 2002).

• PERIODIZAÇÃO LINEAR - O VOLUME E A INTENSIDADE SÃO
  MANIPULADOS SISTEMATICAMENTE, COMEÇANDO COM
  UM ALTO-VOLUME E BAIXA-INTENSIDADE E SE ALTERNAM
  DURANTE O MESOCICLO

                              (FLECK & KRAEMER, 1997).
PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO

Modelos de Periodização


       • Periodização Linear

       •Periodização Ondulada
Montagem do ciclo anual

• Período Preparatório

• Período de Competição

• Período de Transição
Período Preparatório
Objetivo:
  Desenvolvimento de boa forma esportiva.
Prioridade em exercícios preparatórios de
  condicionamento geral;
• Predomínio de uma redução da
  abrangência e aumento da intensidade do
  treinamento;
• Em alto desempenho há uma grande
  intensidade e especificidade de estímulos.
Período de Competição
Objetivo:
 desenvolvimento adicional da forma
 esportiva e participação em
 competições.

• Desenvolvimento do desempenho
  individual e a sua estabilização.
• A qualidade e quantidade de
  estímulos na competição dependem
  da tolerância individual do atleta.
Período de Transição
Objetivo:
 Recuperação e regeneração ativa do
 atleta, perda da forma esportiva.

• Há uma perda inevitável do estado de
  desempenho, há uma redução da
  intensidade e do volume de treino;
• A recuperação ativa é feita através de
  esportes que evitem uma queda muito
  intensa do desempenho.
Ciclos de treino

• Macrociclo (semestral ou anual);

• Mesociclo (4 a 6 semanas);

• Microciclo (4 a 7 dias).

• Unidade de Treinamento
Período simples e dupla


Picos:

• É o ápice das formas física, técnica,
  tática e psicológica, atingido por um
  indivíduo como resultado de um
  programa de treinamento.
Macrociclo
            Periodização Simples
Jan   Fev   Mar    Abr   Mai   Jun    Jul   Ago   Set   Out   Nov     Dez




        1º Período de      2º Período de      Período de            Período de
         Preparação         Preparação        Competição             Transição
Macrociclo
               Periodização Dupla
Jan   Fev   Mar     Abr    Mai   Jun    Jul   Ago    Set    Out   Nov     Dez




  1º Período de 2º Período de      1º Período de 2º Período de          Período de
   Preparação Preparação            Preparação    Preparação             Transição



                           Período de                      Período de
                           Competição                      Competição
Mesociclos e Microciclos

•   Incorporação;
•   Básico;
•   Estabilização;
•   Controle;
•   Pré competitivo;
•   Competitivo;
•   Recuperação.


                          Zakharov e Gomes, 1992
Quais aspectos treinar?

                                              FÉ
                            ASPECTOS
                          PSICOLÓGICOS




         ASPECTOS            ALTO        ASPECTOS
          TÁTICOS         RENDIMENTO     TÉCNICOS
Quais aspectos treinar?

                                                FÉ
                            ASPECTOS
                          PSICOLÓGICOS




         ASPECTOS            ALTO          ASPECTOS
          TÁTICOS         RENDIMENTO       TÉCNICOS




                           ASPECTOS
                            FÍSICOS




           FORÇA                         RESISTÊNCIA
                            Potência
PLANEJAMENTO DAS CARGAS DE
           TREINO:

• O principal objetivo da periodização       do
  treinamento é orientar as cargas a fim     de
  possibilitar uma recuperação ampliada      do
  efeito da sessão de treino e dos efeitos   da
  sucessão acumulada de sessões de treino
EFEITOS TEÓRICO DO TREINAMENTO DE FORÇA
         Estímulo x Recuperação
Overtrainning

                      Sindrome
                     Overtraining
  Problemas                               Problemas
 performance                              Fisiológicos
                       Problemas
                      Psicológicos




• Fraturas por estresse
• Tendinites
• Rupturas parciais e rupturas totais de tendões e
ligamentos.
• Queda do sistema imunológico.
Análise das Necessidades de um
                  treinamento

•   Qual sistema energético deve ser enfatizado?
•   Quais são os principais grupamentos musculares?
•   Qual o método de treinamento deve ser utilizado?
•   Quais são os principais locais de preocupação de
    lesão?
Início com Matveev (1960)
• Periodização vem da palavra Período, que é a
  divisão do tempo em pequenos segmentos,
  mais fáceis de serem controlados
• Baseado no ciclo de supercompensação
• Construção ------ Manutenção ------ Perda
Períodos que Fazem Parte de uma
          Periodização
São 4:
  Período de Base (PB);
  Período Pré-competitivo (PPC);
  Período Competitivo (PC);
  Período de Transição (PT)
PERÍODO DE BASE
• costuma ser o > período (+40% do macrociclo);
• ênfase na preparação física;
• se desenvolve a base para os próximos períodos;
•  volume (duração, distância, n° séries, n°
  repetições... dos treinos);
•  intensidade (% do máximo-até +80% máx.);
• a participação em competições nesse período
  não deve ser muito freqüente
PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO
• costuma ser +30% do macrociclo;
• < Volume e > Intensidade (+80 a 90% máx.)
  em relação ao período anterior;
• manutenção ou melhora da capacidade
  aeróbia atingida no PB;
• inicia-se a participação em competições
  preparatórias;
•  treinamento de força, velocidade, potência,
  habilidades, técnica e tática;
PERÍODO COMPETITIVO
• costuma ser +20% do macrociclo;
• < Volume e > Intensidade (+acima de 90%máx.);
• manutenção ou melhora da capacidade aeróbia
  atingida nos PB e PPC;
•   treinamento de força, velocidade, potência,
  habilidades, técnica e tática;
PERÍODO COMPETITIVO
• participação nas competições mais importantes;
• > atenção para a recuperação entre treinos;
• 1 dia de descanso antes da competição ou treino
  bem leve até 10h antes;
• se necessário, 1 dia de descanso entre 1 treino e
  outro ou  de 20 a 30% na intensidade do treino
PERÍODO DE TRANSIÇÃO
• costuma ser +10% do macrociclo;
• não se treina (especificamente) nesse período;
• devem ser realizadas atividades físicas recreativas
  s das que se pratica e com  V e  I;
• longe do local habitual de treinamento;
• deve-se evitar ao máximo a participação em
  competições;
• Objetiva:
         – recuperação física e mental;
         – manutenção “relativa” da condição física;
         – atleta deve retornar descansado e motivado para
          uma nova temporada de treinamento.
Ciclos de Treinamento: Macrociclo
• Planejamento anual do período de treinamento, onde ocorre
  a clara distinção dos objetivos a serem alcançados em
  determinadas épocas do ano;

• Em cada macrociclo, parte do programa é dedicado a
  preparação geral e específica, a competições e ao período de
  descanso.

• Para estas três partes, foi dado os nomes de: ciclos
  Preparatório, Competitivo e de Transição.
Macrociclo Fase Preparatória
• Fase de realização do visando        elevação   do
  condicionamento físico geral;

• Deve-se optar pelo desenvolvimento de todas as
  qualidades físicas, com a finalidade de servirem de
  pilares para construção do futuro condicionamento
  físico específico;

• Sua extensão é determinada pela natureza do evento
  esportivo, geralmente durando de 5 a 7 meses.
Macrociclo Fase Competitiva

• Fase onde a aptidão física é convertida em
  desempenho competitivo.

• Especialização nas qualidades físicas determinantes
  do desempenho competitivo.
Macrociclo Fase de Transição

• Usado para descanso e regeneração no final do ano
  competitivo.

• Neste ocorre uma perda              programada    do
  desempenho, porém sendo            incorporado   um
  descanso ativo para minimizá-lo.

• Geralmente tem duração de 2 a 4 semanas, e
  deveriam ser incluídas também durante o ano, afim
  de evitar o sobretreinamento.
Macrociclo de Treinamento
8
7
6
5
4
3
2
1
0
               Meses
Reúne vários mesociclos
Mesociclo




       É o elemento estrutural da periodização,
 que possibilita a homogeneização do trabalho
 executado.
Mesociclo




            Caracteriza    preponderantemente     um
      determinado período de trabalho.

      3 a 6 microciclos (1 mês aproximadamente)
Ciclos de Treinamento: Mesociclos
• Sua estrutura tem a finalidade principal de minimizar os
  riscos do supertreinamento, além de melhorar o
  desempenho.

• Os blocos de treinamento são projetados incorporando
  um período intensivo de cargas, e um posterior período
  de redução das mesmas, afim de promover a
  recuperação e a regeneração.

• Geralmente realizado em blocos de 4 a 6 semanas, pois
  proporciona tempo suficiente para controlar o acúmulo
  de fadiga nos atletas.
Ciclos de Treinamento: Mesociclos
• Recomenda-se sempre iniciar um novo
  mesociclo já totalmente recuperado do anterior.

• Para isso, sugere-se que o mesociclo seja
  composto por 4 microciclos de ordem
  específica:
  –   Ordinário ou comum;
  –   Incorporação ou desenvolvimento;
  –   Choque e;
  –   Recuperação.
Ciclos de Treinamento: Mesociclos
• A utilização de testes torna-se necessário neste
  período, entretanto, os mesmos devem ser
  realizados com o atleta descansado, o que
  “atrapalha” a realização exata do programa do
  treinamento.

  – Desempenho forte = Otimização da carga de treino;


  – Desempenho fraco = Extensão do período de
    recuperação.
Mesociclos de Treinamento


4,5                                7
 4
                                   6
3,5
                                   5
 3
2,5                                4
 2                                 3
1,5
                                   2
 1
0,5                                1

 0                                 0
        4 Semanas de Treinamento       6 Semanas de Treinamento
MICROCICLO

     É a menor fração do processo de treinamento.

Combinando fases de estímulo e de recuperação,

cria as condições necessárias para que ocorra o

fenômeno da supercompensação (DANTAS, 2003).
Ciclos de Treinamento: Microciclos
• Bloco semanais de treinamento, compostos por
  diversos níveis de carga (estresse semanal)
  conforme o objetivo a ser alcançado em seu
  mesociclo;

• Os microciclos mais comuns são os de:
  –   Ordinário ou comum;
  –   Incorporação ou desenvolvimento;
  –   Estabilização
  –   Choque;
  –   Recuperação ou regeneração.
Microciclo ordinário ou comum
• Ciclo de treino utilizado para preparação do
  organismo ao estresse do exercício.

• Geralmente utilizado nas primeiras sessões do
  treinamento afim do atleta reacostumar com a
  natureza do exercício.

• Ausência ou leve variação na carga do treino
Microciclo Ordinário
       O mais comum dos microciclos. Visa promover
adaptações morfo-fisiológicas capazes de incrementar
o nível de condicionamento do atleta.
MICROCICLO ORDINÁRIO
Microciclo ordinário ou comum
              10
              9
              8
              7
intensidade




              6
              5
              4
              3
              2
              1
              0
                           Dias de Treino
Microciclo de incorporação ou
          desenvolvimento
• Ciclo de treino utilizado para o incremento inicial de
  cargas;

• Geralmente utilizado quando o objetivo é a aquisição
  da aptidão física geral, logo após a fase inicial de
  adaptação ao exercício (ordinário);

• O nível de aumento de cargas é pequeno a médio,
  conforme resposta do atleta.
Microciclo de Incorporação
       Objetiva a passagem gradual do atleta de uma
condição de transição para uma realidade de treino.
Microciclo de Incorporação ou
                         desenvolvimento
              10
              9
              8
              7
intensidade




              6
              5
              4
              3
              2
              1
              0
                                Dias de Treino
Microciclo de estabilização
• Ciclo de treino utilizado para manutenção da forma
  física;

• Geralmente      utilizado     quando atingi-se o
  desempenho ideal, ou quando deve-se preservar o
  atleta devido a riscos de lesão;

• Oscilação entre cargas fortes e cargas regenerativas.
Microciclo de Estabilização
              10
              9
              8
              7
intensidade




              6
              5
              4
              3
              2
              1
              0
                               Dias de Treino
Choque




• Caracteriza o ápice da aplicação de carga (volume ou intensidade).

• Microciclo de preparação.

• Microciclo de competição
MICROCICLO DE CHOQUE DE PREPARAÇÃO
MICROCICLO DE CHOQUE DE COMPETIÇÃO
Microciclo de choque
• Ciclo de treino utilizado para promover elevado estresse
  fisiológico afim de obrigar o organismo a acelerar os trabalhos
  de recuperação e supercompensação;

• Geralmente utilizado anteriormente às competições para
  promover elevação aguda do desempenho;

• Caracterizado por aplicação de cargas fortes e muito fortes
  com quase nenhum intervalo de dias de recuperação entre
  elas.
Microciclo de Choque

       Caracteriza-se pela maior sobrecarga aplicada em um
mesociclo. Esta sobrecarga pode ser o volume se o meso estiver
na fase básica ou a intensidade, se estiver na fase específica.
   Possui duas estruturas:
       Período de preparação (com um estímulo)
       Período de competição (com dois estímulos)
Microciclo de Choque
              10
              9
              8
              7
intensidade




              6
              5
              4
              3
              2
              1
              0
                           Dias de Treino
DEPOIS DO ESFORÇO...
Recuperação




• Ocorre a restauração ampliada da homeostase.

• Características de estímulos reduzidos.

• Possibilita a recuperação metabólica ativa.
MICROCICLO DE RECUPERAÇÃO
Microciclo de regeneração ou
             recuperação
• Ciclo de treino utilizado após competições ou
  microciclos de choque com a finalidade de recuperar
  o equilíbrio      do organismo e promover
  supercompensação;

• Caracterizado pela diminuição acentuada das cargas
  de treino;

• Redução exponencial é mais eficiente;
Microciclo de Recuperação

  Promove a restauração do organismo do atleta
  para que possa suportar as futuras exigências
  do treino.
Microciclo de recuperação ou
                           regeneração
              10
              9
              8
              7
intensidade




              6
              5
              4
              3
              2
              1
              0
                               Dias de Treino
Pré-Competitivo




• Transferência das valências obtidas no treinamento, para a situação de
competição.

• Adaptação do atleta quanto a condições climaticas, geograficas e horárias.

• Microciclo para competição curta e competição longa.
MICROCICLO PRE-COMPETITIVO – Competição Curta
MICROCICLO PRE-COMPETITIVO – Competição Longa
Competitivo




• Não possui estrutura predeterminada.

• O regulamento e a forma de competição estipularão o ciclo.

• A performance passa a ter prioridade absoluta.
Periodização

• Macrociclos


• Mesociclos


• Microciclos
Mesociclos
                    I N CO RPO RAÇÃ O
Incorporação       Ordinário           Ordinário        Recuperação
               B Á S I C O (Fase básica e específica)
 Ordinário         Ordinário            Choque          Recuperação
                    E S TAB I LI ZAD O R
 Ordinário         Ordinário            Choque          Recuperação
                         CONTROLE
  Choque         Recuperação            Choque          Recuperação
                  PRÉ–COMPETITIVO
  Choque            Choque           Recuperação        Recuperação
                      COMPETITIVO
                     R E C U PE RAT IVO
Recuperação      Recuperação           Ordinário        Recuperação
Microciclos
Microciclos      1     2      3   4   5   6   7
 Incorporação   40%    50% 60% 50% 60% 70%     X
  Ordinário     70%    70% 70% 60% 50% 40% 20%
    Pré -       80%    40% 100% 40% 100% 40% 100%
 competitivo    80%    70% 60% 50% 40% 90% 100%
 Competitivo     ...    ... ...  ... ...  ... ...
                80%    90% 100% 90% 80% 60%    X
   Choque
                80%    90% 80% 60% 90% 100%    X
 Recuperação    70%    40% 20% 70% 40% 20%     X
Modelos de periodização
Prescrição de Exercício
                           Avaliação


                         Interpretação

                           Prescrição


 Modalidade                                                 Progressão

      Frequencia                                  Precauções


              Duração                      Intensidade



ACSM, Guidelines for exercise testing and prescription,(2006).
Progressão
• I – Estágio Inicial
• II- Fase de Incremento
• III- Fase de Manutenção
Progressão
•   I – Estágio Inicial
•   1 – 6 semanas
•   Aquecimento: 10-15 min / 10-15 Volta à calma
•   Exercícios Aeróbios: (40 – 60%FCR); Intervalado
•   15 – 30 estímulo aeróbio
•   3 – 4 x semana
•   Tolerância ao stress articular do exercício
Progressão
• II – Incremento
• Aumento progressivo > 50 % - 80% FCR
• Duração: até 20 % aumento / semana até 20-
  30 min de exercício moderado a intenso.
• Intensidade: até 5% de aumento / 6 sessões
  (pelo menos)
• Treinamento intervalado com maior
  intensidade
Progressão
•   III- Fase de Manutenção
•   Variedade de exercícios
•   Manter motivação
•   Incluir exercícios de caráter recreativo
Modelos de Periodização
• Periodização Tradicional
• Sistema A T R (cargas concentradas)
• Esporte coletivo com longo período competitivo
Modelo de Matveyev (1965)
Fase básica
•   Predomina o volume sobre a intensidade
•   Ênfase sobre a preparação física
•   Componente geral do treinamento
•   Visa preparar para o treino
•   Atleta não apresenta condição competitiva
•   Dura aproximação o dobro da específica
Fase específica
•   Predomina a intensidade sobre o volume
•   Ênfase sobre a preparação técnico-tática
•   Trabalho com alto grau de especialização
•   Visa a preparar para a competição
•   Atleta apresenta condição competitiva
    incipiente
Período de competição
•   Competição alvo
•   A carga de trabalho é reduzida em 20 à 30%
•   Predomina a preparação técnica e tática
•   Evita-se alterações bruscas de trabalho
•   Ênfase na preparação específica
•   Manter a condição até o final da fase
    competitiva deve ser o objetivo
Componentes do Macrociclo
                                                       Marcociclo I
Fase Básica            Específica                    Pré-competitiva        Competitiva
              Período Preparatório                              Período Competitivo                 Período Transitório

     Mesociclo I                Mesociclo II            Mesociclo III          Mesociclo IV             Mesociclo V




   2ª feira          3ª feira             4ª feira        5ª feira        6ª feira            Sábado         Domingo




Sessão:                                                Data:                            Objetivo:

Aquecimento:

Parte Principal:

Parte conclusiva:
Mesociclos
• Representa o elemento da estrutura da preparação do
  desportista que inclui uma série de ciclos menores
  (microciclos), orientados para solução de tarefas, em
  certos períodos de treinamento.
• Normalmente , utilizam-se de 04 a 05 microciclos
  (semanas) para compor o mesociclo.
Classificação
•   Mesociclo de Incorporação
•   Mesociclo de Desenvolvimento
•   Mesociclo Estabilizador
•   Mesociclo Recuperativo
•   Mesociclo Pré-Competitivo
•   Mesociclo de Competição
Mesociclo de Incorporação
• Utilizado no início da temporada, é composto
  de 03 a 04 semanas com cargas moderadas
  para baixas.
Incorporação
Mesociclo Desenvolvimento
• Objetiva elevar os níveis de aptidão pelo uso
  de cargas altas, que vão obrigar o organismo a
  certa adaptação fisiológica.
• Segundo a distribuição das cargas, os
  mesociclos de desenvolvimento podem ser
  classificados em crescente/decrescente e em
  oscilatório.
Desenvolvimento (crescente/decrescente)
Desenvolvimento (oscilatório)
Mesociclo Estabilizador
• O objetivo deste mesociclo é após uma série
  de cargas crescentes, estabilizá-las,
  permitindo, assim, que elas sejam assimiladas
  pelo organismo.
• A sua estrutura é semelhante ao mesociclo de
  incorporação, ou seja, pode ser com cargas
  crescentes / decrescentes e ou oscilatórias.
Mesociclo Recuperativo
• Tem como objetivos permitir uma
  recuperação do organismo. As cargas são
  diminuídas, propiciando um estado de
  recuperação e um possível incremento da
  performance do atleta.
• Este modelo é utilizado na chamada fase de
  polimento nas semanas que antecedem a
  competição principal.
Mesociclo Pré-competitivo
• Sua estrutura é em função das competições
  que serão realizadas, o objetivo é criar um
  modelo competitivo respeitando fatores que
  serão intervenientes na performance: altitude,
  horário, forma de disputa, etc.
• Normalmente se organiza 04 a 06 semanas
  antes da competição. (précompetitivo)
Mesociclo de Competição
• Representa a base do período competitivo, a
  estrutura e os conteúdos dele são
  determinados    pela   especificidade   da
  modalidade desportiva, pelo sistema de
  preparação escolhido e pelo calendário de
  competições.
Microciclos
• É a forma de organizar as influências do
  treinamento no organismo do desportista
  durante uma série de dias de treinamento
  consecutivos que variam de 03 a 14 dias.
Classificação dos microciclos
Microciclo estabilizador
Microciclo ordinário
Microciclo choque
Microciclo pré-competição
Microciclo com 1 jogo / semana
                       Platonov, V. (1997)
Microciclo c/ 2 jogos semanais
               Platonov, V. (1997) apud Gomes, (2002)
Problemas Potencias na
              Periodização
• Os benefícios da Periodização são aplicáveis tanto
  aos esportes individuais como os coletivos,
  entretanto o número de pesquisas em esportes
  coletivos é escasso.

• Há uma boa razão para isso ?
   – Sistema administrativo da equipe torna impossível tal
     estrutura periodizada, uma vez que se torna impraticável
     conciliar o desempenho do jogador com um jogo ou mais a
     cada semana.
Periodização:
Análise Racional Científica
Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização
  Ganho do desempenho




                             Otimização

                                          Destreinamento



                   Recuperação

    FADIGA
    AGUDA


   Perda do desempenho
Ciclo
    Fadiga-Recuperação-Otimização
• Sessão de Exercício Instalação de grau variado de
  fadiga e perda aguda do desempenho;

• Recuperação  Restabelecimento da homeostase,
  incluindo reposição energética e síntese de proteínas;

• Supercompensação (otimização)  Elevação do
  funcionamento biológico acima do nível pré-sessão de
  exercício, com aumento do desempenho físico;

• Destreinamento  Perda das conquistas fisiológicas
  devido escassez de estímulos causados pela
  inatividade.
Ciclo
   Fadiga-Recuperação-Otimização
• Tempo ideal para recuperação depende:
  – Nível de fadiga aguda anterior ao exercício
    (somatória de treinos);
  – Nível de carga imposta pelo exercício (treino
    agudo) e sua consequente quebra da homeostase;
  – Estado nutricional do atleta;
  – Da realização de exercício/recuperação neste
    intervalo.
Ciclo
 Fadiga-Recuperação-Otimização
• Vale da fadiga:
  – É uma fadiga acumulada causada pela somatória
    de sessões de exercício realizadas sem tempo de
    recuperação ideal entre ambas.
• Fundamentação da Periodização:
  – Sobrecarga cumulativa produz estímulos mais
    poderosos para a supercompensação, oferecendo
    um fase de regeneração prolongada.
Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização


Ganho do desempenho         Ganho do desempenho




Perda do desempenho          Perda do desempenho
Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização
        Ganho do desempenho




                              2
    1                                 2
                  1                           3       3


                                                          Horas Rec.
                                  2
                 Sobrecarga                               Aliment.
        2
3           1    Temperat.                                Suplement.
                 Suplem.                          1       Doping.
                                          3
                                                          Etc..



        Perda do desempenho
Ciclo
  Fadiga-Recuperação-Otimização
• Carga de Treino:
   – Diversos trabalham comprovaram que aumentos agudos
     na carga do treino obtidos pela sobrecarga intensidade,
     podem produzir ganhos significativos no desempenho.

   – Aumentos no volume (freqüência semanal; km) não
     promovem os mesmos ganhos.

   – Algumas pesquisas relatam platôs no desempenho após 3
     semanas de sobrecarga, outras após 5 semanas. Nível de
     condicionamento dos voluntários influencia diretamente o
     ciclo fadiga-recuperação-otimização.
Ciclo
  Fadiga-Recuperação-Otimização
• Otimizando as cargas do treino:

   – O momento preciso no qual a sobrecarga do treinamento
     deva ser removida e a fase de recuperação iniciada tem
     sido sempre escolhido de forma subjetiva.

   – Similarmente, a linha que separa os benefícios da
     recuperação e da supercompensação dos malefícios do
     sobretreinamento ou do destreinamento não tem sido
     esclarecidos claramente.
Ciclo Fadiga-Recuperação-Desempenho
Ganho do desempenho



                                        Periodização
                                        Correta com
                                        Supercomp.


 –Como quantificar as cargas do treino ?
                      OverReaching   C/ Recuperaç.




                                        Overtraining
Perda do desempenho
Ciclo
  Fadiga-Recuperação-Otimização
• Otimizando as cargas do treino:
   – Infelizmente não foi esclarecido claramente se a
     intensidade do exercício é melhor registrada em termos de
     VO2; FC; Velocidade/ Watts; PSE; [lactato]; etc.

   – Integração de sessões de treino também carecem de
     estudos mais científicos, principalmente em esportes
     multidisciplinares como o triathlon;

   – Alguns esforços estão sendo feitos para quantificar as
     sessões de treino com durações e intensidades diferentes.
Prescrição 1
• T5’= 1250 metros;
• T5km = 23’30”
• Corre 20km semana em 4 sessões;

• Elaborar um mes de treino, 4 sessões
  diferentes por semana, variando volume,
  sendo no máximo 10% de sobrecarga por
  semana.
Prescrição 1
• 5km = 80% / 4x1km = 90% / 8km = 70% / 12 x 400m = 100%.
   – 85% ou 82,5%
• 6km = 80% / 5x1km = 90% / 9km = 70% / 10 x 400m = 100%.
   – 85% ou 81,6%
• 7km = 80% / 6x1km = 90% / 10km = 70% / 8 x 400m = 100%.
   – 85% ou 80,9%
• 5km = 80% / 4x1km = 90% / 8km = 70% / 12 x 400m = 100%.
   – 85% ou 82,5%.

More Related Content

What's hot

Slides avaliação física
Slides avaliação físicaSlides avaliação física
Slides avaliação físicaAna Lucia Costa
 
Aplicabilidade dos modelos de periodização
Aplicabilidade dos modelos de periodizaçãoAplicabilidade dos modelos de periodização
Aplicabilidade dos modelos de periodizaçãoGabriel Guarabyra
 
Treinamento físico o treinamento desportivo
Treinamento físico   o treinamento desportivoTreinamento físico   o treinamento desportivo
Treinamento físico o treinamento desportivoMatheus Oliveira
 
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa AmaralIntrodução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa AmaralPAULO AMARAL
 
Ginástica localizada
Ginástica localizadaGinástica localizada
Ginástica localizadaanabeatrizsa
 
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa Amaral
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa AmaralIntrodução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa Amaral
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa AmaralPaulo Costa Amaral
 
Slides lesões no esporte
Slides lesões no esporteSlides lesões no esporte
Slides lesões no esportelululimavidal
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaDom Fisiologia
 
Conceitos Variados de Esporte
Conceitos Variados de EsporteConceitos Variados de Esporte
Conceitos Variados de EsporteDavid Henrique
 
Flexibilidade e alongamento
Flexibilidade e alongamentoFlexibilidade e alongamento
Flexibilidade e alongamentojoseluisgotto12
 
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamento
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamentoAdaptações do sistema neuromuscular ao treinamento
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamentoClaudio Pereira
 

What's hot (20)

Slides avaliação física
Slides avaliação físicaSlides avaliação física
Slides avaliação física
 
Aplicabilidade dos modelos de periodização
Aplicabilidade dos modelos de periodizaçãoAplicabilidade dos modelos de periodização
Aplicabilidade dos modelos de periodização
 
Alongamento
AlongamentoAlongamento
Alongamento
 
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento FisicoAula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
 
Treinamento físico o treinamento desportivo
Treinamento físico   o treinamento desportivoTreinamento físico   o treinamento desportivo
Treinamento físico o treinamento desportivo
 
Variáveis do treinamento
Variáveis do treinamentoVariáveis do treinamento
Variáveis do treinamento
 
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa AmaralIntrodução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao condicionamento físico - Prof. Paulo Costa Amaral
 
Treinamento de força
Treinamento de força Treinamento de força
Treinamento de força
 
Ginástica localizada
Ginástica localizadaGinástica localizada
Ginástica localizada
 
Desenvolvimento de força e potencia
Desenvolvimento de força e potenciaDesenvolvimento de força e potencia
Desenvolvimento de força e potencia
 
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa Amaral
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa AmaralIntrodução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa Amaral
Introdução ao treinamento aeróbio - Prof. Ms. Paulo Costa Amaral
 
Aula 7 Testes De Esforco
Aula 7   Testes De EsforcoAula 7   Testes De Esforco
Aula 7 Testes De Esforco
 
Slides lesões no esporte
Slides lesões no esporteSlides lesões no esporte
Slides lesões no esporte
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de força
 
Ciclos de treinamento
Ciclos de treinamentoCiclos de treinamento
Ciclos de treinamento
 
Conceitos Variados de Esporte
Conceitos Variados de EsporteConceitos Variados de Esporte
Conceitos Variados de Esporte
 
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologiaAula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
 
Flexibilidade e alongamento
Flexibilidade e alongamentoFlexibilidade e alongamento
Flexibilidade e alongamento
 
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamento
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamentoAdaptações do sistema neuromuscular ao treinamento
Adaptações do sistema neuromuscular ao treinamento
 
Ginastica localizada
Ginastica localizadaGinastica localizada
Ginastica localizada
 

Similar to Treinamento esportivo i

Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)
Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)
Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)Justiniano Alves
 
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptx
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptxAula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptx
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptxTavaresJana
 
Avaliação - Parte III
Avaliação - Parte IIIAvaliação - Parte III
Avaliação - Parte IIIesaber edu
 
Princípios biológicos afa univap2013
Princípios biológicos afa univap2013Princípios biológicos afa univap2013
Princípios biológicos afa univap2013Felipe Mago
 
Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)Mateus Ferraz
 
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.físicaTony
 
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptx
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptxAula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptx
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptxCARLOSAUGUSTOFERNAND10
 
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptx
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptxTrabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptx
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptxIrene Semanas
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Fernando Racim
 
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptx
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptxtreinamento_desportivo-unit1 (1).pptx
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptxDaniloAlmeida442192
 
Os princípios do treino
Os princípios do treinoOs princípios do treino
Os princípios do treinoHistoriando
 
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdfBeatrizFerreira298135
 
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motorasIrene Semanas
 
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdf
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdfhipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdf
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdframosyagod
 
Curso 2013 treinamento funcional 1 - core
Curso 2013   treinamento funcional 1 - coreCurso 2013   treinamento funcional 1 - core
Curso 2013 treinamento funcional 1 - coremarcelosilveirazero1
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Danilo Ventania
 

Similar to Treinamento esportivo i (20)

Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)
Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)
Treinamentoesportivoi 121007173029-phpapp02 (1)
 
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptx
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptxAula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptx
Aula 3- parâmetros fundamentais na prescrição e realização da ginástica.pptx
 
Avaliação - Parte III
Avaliação - Parte IIIAvaliação - Parte III
Avaliação - Parte III
 
Princípios biológicos afa univap2013
Princípios biológicos afa univap2013Princípios biológicos afa univap2013
Princípios biológicos afa univap2013
 
Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)
 
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física
3º ano. prova mensal. 2º bim. fatores que influenciam na ativ.física
 
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptx
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptxAula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptx
Aula Ensino Médio Princípio do Treinamento.pptx
 
Avaliacao de força
Avaliacao  de forçaAvaliacao  de força
Avaliacao de força
 
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptx
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptxTrabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptx
Trabalho_Educacao_Fisica_JC_MM_MB_MS (4).pptx
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
 
Conceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamentoConceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamento
 
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptx
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptxtreinamento_desportivo-unit1 (1).pptx
treinamento_desportivo-unit1 (1).pptx
 
Os princípios do treino
Os princípios do treinoOs princípios do treino
Os princípios do treino
 
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf
19_20_ma_7_ef_21_Desenvolvimento das capacidades motoras.pdf
 
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras
19 20 ma_7_ef_21_desenvolvimento das capacidades motoras
 
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdf
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdfhipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdf
hipertrofia_muscular_reparo_tecidual_weslley_amaral.pdf
 
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
 
Workbook fase 1 core 360
Workbook fase 1 core 360Workbook fase 1 core 360
Workbook fase 1 core 360
 
Curso 2013 treinamento funcional 1 - core
Curso 2013   treinamento funcional 1 - coreCurso 2013   treinamento funcional 1 - core
Curso 2013 treinamento funcional 1 - core
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
 

More from Marcus Prof

Cinesiologia ufu
Cinesiologia ufuCinesiologia ufu
Cinesiologia ufuMarcus Prof
 
Súmula do voleibol
Súmula do voleibolSúmula do voleibol
Súmula do voleibolMarcus Prof
 
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02Marcus Prof
 
Apostila cinesiologia e biomecânica
Apostila cinesiologia e biomecânicaApostila cinesiologia e biomecânica
Apostila cinesiologia e biomecânicaMarcus Prof
 
Aula2 2013 check list
Aula2 2013 check listAula2 2013 check list
Aula2 2013 check listMarcus Prof
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Marcus Prof
 

More from Marcus Prof (6)

Cinesiologia ufu
Cinesiologia ufuCinesiologia ufu
Cinesiologia ufu
 
Súmula do voleibol
Súmula do voleibolSúmula do voleibol
Súmula do voleibol
 
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02
Linguagemcorporalatividadesemmeiolquido 130214102337-phpapp02
 
Apostila cinesiologia e biomecânica
Apostila cinesiologia e biomecânicaApostila cinesiologia e biomecânica
Apostila cinesiologia e biomecânica
 
Aula2 2013 check list
Aula2 2013 check listAula2 2013 check list
Aula2 2013 check list
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013
 

Treinamento esportivo i

  • 1. Treinamento Esportivo I Prof. Me. Marcus Vinícius Patente Alves
  • 2. Treinamento Desportivo • O treinamento desportivo é definido como um processo pedagógico pertencente a Educação Física que visa diretamente o alcance de resultados desportivos superiores. MATVEEV, 1997.
  • 3. Treinamento Desportivo  Treinamento: é um processo pelo qual se submete alguém à busca de melhoria de alguma coisa. Processo  pois envolve diversas etapas que podem ir desde o aprendizado ao aperfeiçoamento, até chegar à especialização. Visa a melhoria  faz parte do próprio ser humano que, historicamente, assume ações com tendências evolutivas,[1] seja durante a fase da infância, juventude, vida adulta ou na velhice. [1] Porém, nada justifica que essa evolução tenha que sacrificar o próprio ser humano, exigindo que, para “crescer”, exista a exploração e o domínio de uns sobre outros. Nada é por acaso e as relações evolutivas, seja em qualquer área de conhecimento, fazem-se pelas relações sociais entre os povos.
  • 4. Treinamento Desportivo • identificação clara das metas e dos objetivos a serem atingidos e quando se pretende alcançá-los; • três preparações (técnico-tática, física e psicológica); • sistematização e organização dos componentes e das variáveis relacionadas direta ou indiretamente com o processo; • o controle baseado nas variáveis fisiológicas, biomecânicas, cinesiológicas, nutricionais, de doenças, de hábitos de vida; • administração dos recursos humanos, materiais e financeiros que envolvem o programa de treinamento; • variáveis influenciadoras e condicionantes, como: clima, altitude, material esportivo e outros.
  • 5. COMPOSIÇÃO DO TREINAMENTO ESPORTIVO DE ALTO RENDIMENTO CONTROLE PREPARAÇÕES: FÍSICA PSICOLÓGICA TÉCNICO-TÁTICA ADMINISTRAÇÃO E FATORES MARKETING INFLUENCIADORES E CONDICIONANTES
  • 6. CONCEITOS DE TREINAMENTO • ATLETAS • NÃO-ATLETAS - atividade física regular - profissionalização - classificação em níveis - objetivos principais ligados à saúde e prazer - rendimento máximo - não participa de - participa de competições competições
  • 7. Evolução Histórica do Treinamento Desportivo Treinamento Desportivo  Sistema Político Organizacional Demonstração Sistema Militar de poder
  • 8. Terminologia do Treinamento • Objetivos do Treinamento – podem ser capacidades, habilidades, características, atitudes. • Psicomotores – Compreendem os fatores condicionais do desempenho (resistência, força, velocidade) e capacidade coordenativa e aptidões (técnicas) • Cognitivos: Conhecimentos da área tática e técnica • Afetivos: Representados por força de vontade, autoconfiança, autocontrole. Podem retringir o desempenho físico.
  • 9. Terminologia do Treinamento • Programa de treinamento (sinônimo de exercícios de treinamento) representa do direcionamento concreto do mesmo para os objetivos pré-determinados. » Exercícios para o desenvolvimento geral » Exercícios especiais » Exercícios de competição
  • 10. Terminologia do Treinamento • Meios de Treinamento – compreende tudo aquilo que apoiam a evolução do processo de treinamento. Podem ser distinguidos em: • Organizatórios (formas) • Mecânicos (exercícios apoiados por equipamentos) • Informativos (verbal) • Visuais • Cinestésicos
  • 11. Terminologia do Treinamento • Métodos de Treinamento – representa na prática do esporte os procedimentos planejados para se atingir determinados objetivos. • Princípios do Treinamento Esportivo – servem para otimizar a escolha e execução de métodos por atletas e treinadores. Determinam o programa e o método a ser utilizado, bem como a organização do treinamento, e constituem parâmetros para treinador e atleta, uma vez que se relacionam a utilização consciente e complexa de normas e regularidades em um processo de treinamento.
  • 12. Terminologia do Treinamento • Princípios do Treinamento Esportivo: – Sobrecarga: Para romper com o efeito de adaptação. – Ciclização: Para assegurar a adaptação – Especificidade: Para especialização do treinamento – Proporcionalização: Para criar os requisitos para um bom desempenho
  • 14. Princípios de Treinamento • Regras a serem adotadas durante o período de treinamento, visando obter os melhores benefícios possíveis em todos os componentes fisiológicos do atleta. • A teoria e metodologia do treinamento esportivo têm princípios específicos baseados nas ciências biológicas, psicológicas e pedagógicas. • Esses princípios refletem as particularidades do cumprimento de importantes objetivos do treinamento, ou seja, a elevação dos níveis de habilidade e desempenho.
  • 15. PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO Os princípios do treinamento são parte de um conceito e, no entanto, não devem ser vistos como unidades isoladas. • Atividade física  qualquer movimento corporal que acarrete em um gasto calórico superior àquele de repouso • Exercício físico  programa de treinamento que obrigatoriamente deve ser regido por princípios específicos.
  • 16.
  • 17. Princípio da Adaptação • Baseia-se na permanente busca da homeostase pelo organismo. • Homeostase: É o estado de equilíbrio estável mantido entre os sistemas constituintes do organismo, e o existente entre este e o meio ambiente. Estímulo Organismo Resposta
  • 18. Princípio da Adaptação • Ligado ao fenômeno do estresse ou síndrome de adaptação geral (SAG). É a reação do organismo aos estímulos do treinamento que provocam adaptações ou danos. • Alterações que se verificam em resposta ao treinamento. • Podem ser: metabólicas, fisiológicas e psicológicas
  • 19. Síndrome da Adaptação Geral Excitação ou choque - a presente fase poderá provocar dores e por este motivo queda momentânea no rendimento provocando um período de reação de alarme no organismo. Resistência ou adaptação - esta fase tende a provocar uma adaptação ao estímulo aplicado com elevação no rendimento. Exaustão ou cansaço – nesta fase o corpo não responde positivamente aos estímulos por já estar adaptado, possivelmente haverá queda de rendimento nos casos de treinamento excessivo. Há o risco de lesões temporárias ou permanentes.
  • 20. Os estímulos adaptativos podem ser: - estímulos débeis ...........................sem conseqüências; - estímulos médios ..........................apenas excitam; - estímulos fortes .............................provocam adaptações; -estímulos muito fortes ..................causam danos. (Dantas, 2003)
  • 21. Adaptação, Aclimação e Aclimatação • Adaptação  Mudanças estruturais, funcionais-biológicas, geralmente irreversíveis, que passam de gerações para gerações, afetando o genoma da população; • Aclimação  Mudança estrutural reversível em função da imposição de estímulos não naturais ao organismo (Exercício Físico); • Aclimatação  Mudanças orgânicas e celulares resultantes da interação do organismo com estímulos ambientais.
  • 22.
  • 23. Genótipo • O que não pode ser modificado pelo exercício • Altura max esperada; somatotipo
  • 24. Fenótipo • Características modificáveis • Consumo max de O2 • Habilidades desportivas
  • 28. Princípio da Sobrecarga O Tempo necessário para a recuperação é proporcional à intensidade do trabalho realizado
  • 31. Princípio da Interdependência Volume-Intensidade
  • 32. Princípio da Interdependência Volume-Intensidade
  • 33. Princípio da Sobrecarga Intensidade % 1RM 100 Nº de Rep Estimado 1 – Geralmente em função 95 2 93 3 da carga máxima 90 4 voluntária (1RM). 87 5 85 6 83 7 80 8 Volume 77 9 75 10 É inversamente 70 11 proporcional a 67 12 Intensidade 65 15
  • 34. Sobrecarga • É a capacidade do agente estressor (Exercício) ultrapassar as demandas fisiológicas vivenciadas no dia a dia, obrigando o organismo a nova aclimação. • Possui Basicamente 3 tipos: • (1) Volume • (2) Intensidade • (3) Densidade
  • 35. Volume • A utilização dessa sobrecarga refere-se no aumento da Quantidade do treinamento: • Distância e/ou tempo do treino (km, m, minutos, horas); • N°de Movimentos ( Rep/Série;  n° séries;  n ° de Exercícios;  freqüência do treino).
  • 36. Efeito Fisiológico do Aumento do Volume de Treinamento • Grande Depleção de CHO no Final do Exercício; • Aumento da Utilização de Gordura com o passar do tempo de Esforço; • Recrutamento das Fibras Brancas é dependente da fadiga das Fibras Vermelhas; • Geralmente ocorre desidratação voluntária, qual aumenta a temperatura e diminui o VS, aumentando a FC e o esforço cardiovascular.
  • 37. Efeito Fisiológico do Aumento do Volume de Treinamento • Em esforços de Ultra-Duração, a FC final não representa a Intensidade do Exercício; • A Interrupção do exercício sob estado de Exaustão, ocorre no Nível Metabólico (<[CHO]), Sangüíneo (Hipoglicemos) e Central (Hipertermia, e Serotonina) • Grande fadiga NEURO-MOTORA devido ao componente do ciclo Alonga Encurta, percebida de 24 a 72 horas pós Esforço. • Baixo nível de Desorganização Físiológica causada pelo seu Estresse.
  • 38. Intensidade • A utilização dessa sobrecarga refere-se no aumento da Qualidade do treinamento: • Aumento no % da capacidade máxima da qualidade física treinada (%1RM; % VO2máx.; % Tmáx.); • Aumento da carga e/ou velocidade do movimento (20  25kg; 12  13km/h).
  • 39. Efeito Fisiológico do Aumento da Intensidade de Treinamento • Grande Depleção de CHO por Minuto; • Utilização das Gorduras Limitadas aos Estoques Musculares (TAG); • Fibras Brancas são Recrutadas Juntamente com as Vermelhas; • Acidose Torna-se o Fator Limitante ao Exercício
  • 40. Efeito Fisiológico do Aumento da Intensidade de Treinamento • A FC representa a Intensidade do Exercício Até 85 – 90% da Máxima; • Apesar do aumento da Intensidade elevar mais a FC, o VS permanece inalterado, acarretando em nenhum ganho do sistema cardiovascular; • Maior Desorganização Fisiológica
  • 41. Densidade • A utilização dessa sobrecarga refere-se na diminuição do intervalo entre os movimentos (repetições; séries e exercícios): • 3 x 10RM c/ 2’int  3 x 10RM c/ 1’int.
  • 42. Efeito Fisiológico da Diminuição da Densidade do Treinamento • Re-síntese incompleta de CP, e aceleração da atividade glicolítica; • Recuperação menor do pH; • Menor diminuição da FC e do consumo máximo de Oxigênio.
  • 43. Aplicação da Sobrecarga V D I O E N L N T U S N M I S. E D VO2Máx. Nível de Estresse do Treino Limiar de Desorganização T1 T2 T3 T4 Fisiológica Dias de Treinamento
  • 44. Princípio da Super-Compensação Energética Efeito do exercício e dieta na ressintese de CHO muscular 165 150 135 120 105 [CHO] 90 75 60 45 30 15 0 VLD VLE Músculos Analisados Pré Ex Pós Ex 24H Pós Ex 48H Pós Ex
  • 45. Princípio da Supercompensação Energética 110 105 100 95 90 85 % Ressíntese de Glicogênio 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Repouso Exercício 4h 24h 48h 72h 96h Duração da ressíntese CHO
  • 46. Especificidade • Metabólica: O estresse fisiológico causado pelo exercício é específico em relação a sua intensidade e duração: • Maratona: 95% Aerob. - 5% Anaerob. • 100m: 02% Aerob. - 98% Anaerob. • 10km (50% VO2máx)  65%CHO 35%G. • 10km (80% VO2máx)  90%CHO 10%G.
  • 47. Especificidade • Gesto: O estresse fisiológico causado pelo exercício é específico ao padrão de movimento realizado: • Transferência de Performance: • Em quanto o ganho de força no Leg-Press pode ser aplicado para melhorar a performance de um ciclista e um corredor.
  • 48. Especificidade • Transferência de Performance: • Treinamento de força e performance de longa duração: • Ciclismo > Remo > Corrida > Natação
  • 50. Especificidade Cardiorrespiratória Corredor Meio Fundista Atleta de Canoagem VARIAVEL Est Bike EMão Remo Est Bike EMão Remo VO2 69,74 65,56 42,24 39,70 56,46 49,97 50,71 61,42 FCmax 210 198 156 166 174 168 170 188
  • 51. Continuidade e Reversibilidade • A interrupção na aplicação da sobre carga, promove no organismo a incapacidade da aclimação. Se esta escassez de estímulos persistir por mais tempo (dias e/ou semanas), ocorrerá a reversão das conquistas fisiológicas.
  • 52. Princípio da Treinabilidade • Diz que: O indivíduo quanto mais treinado, mais difícil de obter lograr êxito, e mais propenso a lesões • Tubino, (2002)
  • 53. Capacidades coordenativas • As capacidades coordenativas são capacidades determinadas essencialmente por componentes onde predominam os processos de condução nervosa isto é elas possuem a capacidade de organizar e regulamentar o movimento constituindo-se portanto na base para a aprendizagem a execução e domínio dos gestos técnicos.
  • 54. Capacidades coordenativas • Fundamentalmente na elaboração da informação e no controle de execução sendo desenvolvidas pelos analisadores... • Tácteis - Recolhem a informação sobre a pressão nas várias partes do corpo; • Visuais - Recolhem a imagem do mundo exterior; • Estáticos dinâmicos - Informam sobre a aceleração do corpo (particularmente a posição da cabeça) colaborando desta forma para a manutenção do equilíbrio; • Acústicos - Por onde percebemos os sons e os ruídos; • Cinestésicos - Por meio dos quais recebemos informações sobre tensões produzidas pelos músculos.
  • 55. Capacidades condicionais • São fundamentadas através da eficiência do metabolismo energético. São determinadas pelos processos que conduzem à obtenção e transformação de energia isto é os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos – força , velocidade, flexibilidade e resistência.
  • 56. Capacidades condicionais • Força - É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através da contração muscular. Esta possibilita, entre outros esforços: saltar, empurrar, levantar, puxar... Do desenvolvimento da força pode ser: – Geral – quando visamos o desenvolvimento de todos os grupos musculares; – Específicas – quando visamos o desenvolvimento de um ou vários grupos musculares característicos dos gestos de cada modalidade.
  • 57. Capacidades condicionais • Velocidade - Capacidade de executar movimentos de dentro para fora no mais curto espaço de tempo. É a capacidade de executar ações motoras no mínimo de tempo, com intensidade máxima e com duração não superior a 6/8 segundos. • Resistência - Capacidade de suportar e recuperar da fadiga psíquica e pricipalmente da física. » Geral - quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular. É limitada pelo sistema cárdio respiratório. » Local - quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total. É determinada pela resistência geral pela força e capacidade anaeróbica.
  • 58. Capacidades condicionais • Flexibilidade - Capacidade que o atleta tem para executar ao longo de toda a amplitude articular movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influência auxiliar das forças externas. » Geral – consiste na amplitude moral de oscilações de articulações especialmente nas principais articulações.: ombro anca e coluna vertebral. » Específica – consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade
  • 59. Periodização do Exercício Prof. Ms. Marcus Vinícius Patente Alves UNITRI – PASSO 1 – FAEFI – UFU – RECORD
  • 60. O que é? • "A planificação do treinamento desportivo é antes de tudo o resultado do pensamento do treinador" (Forteza, 1999). Este pensamento deve estar o mais distanciado possível de toda improvisação, integrar os conhecimentos em um sistema estrutural e organizado e mais perto da ciência e tecnologia.
  • 61. Para Bompa (2001), o programa anual é uma ferramenta que norteia o treinamento atlético. Ele é baseado em um conceito de periodização, que, por sua vez, se divide em fases e princípios de treinamento. O conhecimento existente sobre a planificação esportiva, assim como o controle do treinamento, é algo que não escapa a nenhum profissional (ou pelo menos não deveria ser ignorado). • O principal objetivo do treinamento é fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dada circunstância, especialmente durante a principal competição do ano com uma boa forma atlética (Bompa, 2001).
  • 62. Introdução • Busca constante pelo aumento do desempenho; Melhoria das roupas; Melhoria de equipamentos; Otimização da nutrição e de ergogênicos; Doping; Principal fator ainda é o Treinamento
  • 63. Introdução • Treino: – Elaboração de uma sessão de exercício, qual possibilita a aplicação de uma carga aguda de um ou mais exercícios, com a finalidade de promover alterações fisiológicas específicas momentâneas no organismo. • Treinamento: – Elaboração de um conjunto de sessões de exercícios, quais, por meio da somatória de seus efeitos no organismo, promovam alterações fisiológicas duradouras (crônicas) específicas no organismo.
  • 64. Histórico • Alguns autores tem sugerido que a prática da periodização não refinada tenha sido usada muito antes de seu desenvolvimento pelos cientistas soviéticos. • 1965  Matveyev  Primeiro trabalho publicado sobre PERIODIZAÇÃO, possivelmente influenciado pelos trabalhos iniciais de Hans Selye sobre o estresse e a adaptação humana.
  • 65. Histórico • Meados dos anos 70: Aplicação disseminada da periodização entre os treinadores europeus orientais. • Sucesso destes países na década de 70 – 80 deve-se a popularização do treinamento periodizado. • Dias de hoje: Inaceitável a prescrição de um treinamento não periodizado.
  • 66. Do passado aos dias atuais C arg a de T reino C arg a de T reino 7 9 6 8 7 5 6 4 5 3 4 Acomodação do 3 Aumento do Risco 2 Desempenho de Lesões/Excesso de 2 1 Treinamento 1 0 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Dias de Treino Dias de Treino
  • 67. Periodização: dias atuais C arg a de T reino 10 Aumento 9 programado da 8 7 carga de treino 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Dias de Treino
  • 68. Plano da Periodização Chave para um desempenho atlético ótimo é a periodização ! ↓ Impossível alcançar elevado nível físico sem a preparação de anos de treinamento progressivo.
  • 69. Plano da Periodização • Objetivo: Traçar uma meta a longo prazo, utilizando metas a curto e médio prazo para controle do desempenho; • Vantagens: – Maximização do desempenho e Diminuição dos riscos de sobretreinamento; – manter a motivação no programa de treinamento; – Administração do treino com agentes estressantes durante o dia (trabalho, família, etc...)
  • 70. Periodização • Tendência atual é que o treinamento deveria ser estruturado de forma anual, entretanto alguns autores defendem o ciclo olímpico de treinamento. • Conceito: Processo que divide um ano completo de treinamento (macrociclo) em pequenos e distintos períodos (micros e mesociclos) com tamanho mais confortável, cada um com alvos de desempenho e desenvolvimento específicos.
  • 71. Objetivo da Periodização • Fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dado momento, especialmente durante a principal competição do ano (Bompa, 2001)
  • 72. Objetivo da Periodização • As trocas periódicas da estrutura e conteúdo do treinamento são uma condição necessária para o aperfeiçoamento atlético visando alcançar um novo e superior degrau no desenvolvimento do atleta (Forteza & Ranzola, 1988).
  • 73. Periodização “ é o planejamento geral e detalhado do tempo disponível para treinamento, de acordo com objetivos intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios científicos do exercício desportivo.”
  • 74. TIPOS DE PERIODIZAÇÃO • PERIODIZAÇÃO ONDULATÓRIA - O VOLUME E A INTENSIDADE DO TREINAMENTO AUMENTAM E DIMINUEM EM UMA BASE DIÁRIA (RHEA ET AL., 2002). • PERIODIZAÇÃO LINEAR - O VOLUME E A INTENSIDADE SÃO MANIPULADOS SISTEMATICAMENTE, COMEÇANDO COM UM ALTO-VOLUME E BAIXA-INTENSIDADE E SE ALTERNAM DURANTE O MESOCICLO (FLECK & KRAEMER, 1997).
  • 75. PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO Modelos de Periodização • Periodização Linear •Periodização Ondulada
  • 76. Montagem do ciclo anual • Período Preparatório • Período de Competição • Período de Transição
  • 77. Período Preparatório Objetivo: Desenvolvimento de boa forma esportiva. Prioridade em exercícios preparatórios de condicionamento geral; • Predomínio de uma redução da abrangência e aumento da intensidade do treinamento; • Em alto desempenho há uma grande intensidade e especificidade de estímulos.
  • 78. Período de Competição Objetivo: desenvolvimento adicional da forma esportiva e participação em competições. • Desenvolvimento do desempenho individual e a sua estabilização. • A qualidade e quantidade de estímulos na competição dependem da tolerância individual do atleta.
  • 79. Período de Transição Objetivo: Recuperação e regeneração ativa do atleta, perda da forma esportiva. • Há uma perda inevitável do estado de desempenho, há uma redução da intensidade e do volume de treino; • A recuperação ativa é feita através de esportes que evitem uma queda muito intensa do desempenho.
  • 80. Ciclos de treino • Macrociclo (semestral ou anual); • Mesociclo (4 a 6 semanas); • Microciclo (4 a 7 dias). • Unidade de Treinamento
  • 81. Período simples e dupla Picos: • É o ápice das formas física, técnica, tática e psicológica, atingido por um indivíduo como resultado de um programa de treinamento.
  • 82. Macrociclo Periodização Simples Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Período de 2º Período de Período de Período de Preparação Preparação Competição Transição
  • 83. Macrociclo Periodização Dupla Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Período de 2º Período de 1º Período de 2º Período de Período de Preparação Preparação Preparação Preparação Transição Período de Período de Competição Competição
  • 84. Mesociclos e Microciclos • Incorporação; • Básico; • Estabilização; • Controle; • Pré competitivo; • Competitivo; • Recuperação. Zakharov e Gomes, 1992
  • 85. Quais aspectos treinar? FÉ ASPECTOS PSICOLÓGICOS ASPECTOS ALTO ASPECTOS TÁTICOS RENDIMENTO TÉCNICOS
  • 86. Quais aspectos treinar? FÉ ASPECTOS PSICOLÓGICOS ASPECTOS ALTO ASPECTOS TÁTICOS RENDIMENTO TÉCNICOS ASPECTOS FÍSICOS FORÇA RESISTÊNCIA Potência
  • 87. PLANEJAMENTO DAS CARGAS DE TREINO: • O principal objetivo da periodização do treinamento é orientar as cargas a fim de possibilitar uma recuperação ampliada do efeito da sessão de treino e dos efeitos da sucessão acumulada de sessões de treino
  • 88. EFEITOS TEÓRICO DO TREINAMENTO DE FORÇA Estímulo x Recuperação
  • 89.
  • 90.
  • 91. Overtrainning Sindrome Overtraining Problemas Problemas performance Fisiológicos Problemas Psicológicos • Fraturas por estresse • Tendinites • Rupturas parciais e rupturas totais de tendões e ligamentos. • Queda do sistema imunológico.
  • 92. Análise das Necessidades de um treinamento • Qual sistema energético deve ser enfatizado? • Quais são os principais grupamentos musculares? • Qual o método de treinamento deve ser utilizado? • Quais são os principais locais de preocupação de lesão?
  • 93. Início com Matveev (1960) • Periodização vem da palavra Período, que é a divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de serem controlados • Baseado no ciclo de supercompensação • Construção ------ Manutenção ------ Perda
  • 94. Períodos que Fazem Parte de uma Periodização São 4: Período de Base (PB); Período Pré-competitivo (PPC); Período Competitivo (PC); Período de Transição (PT)
  • 95. PERÍODO DE BASE • costuma ser o > período (+40% do macrociclo); • ênfase na preparação física; • se desenvolve a base para os próximos períodos; •  volume (duração, distância, n° séries, n° repetições... dos treinos); •  intensidade (% do máximo-até +80% máx.); • a participação em competições nesse período não deve ser muito freqüente
  • 96. PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO • costuma ser +30% do macrociclo; • < Volume e > Intensidade (+80 a 90% máx.) em relação ao período anterior; • manutenção ou melhora da capacidade aeróbia atingida no PB; • inicia-se a participação em competições preparatórias; •  treinamento de força, velocidade, potência, habilidades, técnica e tática;
  • 97. PERÍODO COMPETITIVO • costuma ser +20% do macrociclo; • < Volume e > Intensidade (+acima de 90%máx.); • manutenção ou melhora da capacidade aeróbia atingida nos PB e PPC; •   treinamento de força, velocidade, potência, habilidades, técnica e tática;
  • 98. PERÍODO COMPETITIVO • participação nas competições mais importantes; • > atenção para a recuperação entre treinos; • 1 dia de descanso antes da competição ou treino bem leve até 10h antes; • se necessário, 1 dia de descanso entre 1 treino e outro ou  de 20 a 30% na intensidade do treino
  • 99. PERÍODO DE TRANSIÇÃO • costuma ser +10% do macrociclo; • não se treina (especificamente) nesse período; • devem ser realizadas atividades físicas recreativas s das que se pratica e com  V e  I; • longe do local habitual de treinamento; • deve-se evitar ao máximo a participação em competições; • Objetiva: – recuperação física e mental; – manutenção “relativa” da condição física; – atleta deve retornar descansado e motivado para uma nova temporada de treinamento.
  • 100. Ciclos de Treinamento: Macrociclo • Planejamento anual do período de treinamento, onde ocorre a clara distinção dos objetivos a serem alcançados em determinadas épocas do ano; • Em cada macrociclo, parte do programa é dedicado a preparação geral e específica, a competições e ao período de descanso. • Para estas três partes, foi dado os nomes de: ciclos Preparatório, Competitivo e de Transição.
  • 101. Macrociclo Fase Preparatória • Fase de realização do visando elevação do condicionamento físico geral; • Deve-se optar pelo desenvolvimento de todas as qualidades físicas, com a finalidade de servirem de pilares para construção do futuro condicionamento físico específico; • Sua extensão é determinada pela natureza do evento esportivo, geralmente durando de 5 a 7 meses.
  • 102. Macrociclo Fase Competitiva • Fase onde a aptidão física é convertida em desempenho competitivo. • Especialização nas qualidades físicas determinantes do desempenho competitivo.
  • 103. Macrociclo Fase de Transição • Usado para descanso e regeneração no final do ano competitivo. • Neste ocorre uma perda programada do desempenho, porém sendo incorporado um descanso ativo para minimizá-lo. • Geralmente tem duração de 2 a 4 semanas, e deveriam ser incluídas também durante o ano, afim de evitar o sobretreinamento.
  • 106. Mesociclo É o elemento estrutural da periodização, que possibilita a homogeneização do trabalho executado.
  • 107. Mesociclo Caracteriza preponderantemente um determinado período de trabalho. 3 a 6 microciclos (1 mês aproximadamente)
  • 108. Ciclos de Treinamento: Mesociclos • Sua estrutura tem a finalidade principal de minimizar os riscos do supertreinamento, além de melhorar o desempenho. • Os blocos de treinamento são projetados incorporando um período intensivo de cargas, e um posterior período de redução das mesmas, afim de promover a recuperação e a regeneração. • Geralmente realizado em blocos de 4 a 6 semanas, pois proporciona tempo suficiente para controlar o acúmulo de fadiga nos atletas.
  • 109. Ciclos de Treinamento: Mesociclos • Recomenda-se sempre iniciar um novo mesociclo já totalmente recuperado do anterior. • Para isso, sugere-se que o mesociclo seja composto por 4 microciclos de ordem específica: – Ordinário ou comum; – Incorporação ou desenvolvimento; – Choque e; – Recuperação.
  • 110. Ciclos de Treinamento: Mesociclos • A utilização de testes torna-se necessário neste período, entretanto, os mesmos devem ser realizados com o atleta descansado, o que “atrapalha” a realização exata do programa do treinamento. – Desempenho forte = Otimização da carga de treino; – Desempenho fraco = Extensão do período de recuperação.
  • 111. Mesociclos de Treinamento 4,5 7 4 6 3,5 5 3 2,5 4 2 3 1,5 2 1 0,5 1 0 0 4 Semanas de Treinamento 6 Semanas de Treinamento
  • 112. MICROCICLO É a menor fração do processo de treinamento. Combinando fases de estímulo e de recuperação, cria as condições necessárias para que ocorra o fenômeno da supercompensação (DANTAS, 2003).
  • 113. Ciclos de Treinamento: Microciclos • Bloco semanais de treinamento, compostos por diversos níveis de carga (estresse semanal) conforme o objetivo a ser alcançado em seu mesociclo; • Os microciclos mais comuns são os de: – Ordinário ou comum; – Incorporação ou desenvolvimento; – Estabilização – Choque; – Recuperação ou regeneração.
  • 114. Microciclo ordinário ou comum • Ciclo de treino utilizado para preparação do organismo ao estresse do exercício. • Geralmente utilizado nas primeiras sessões do treinamento afim do atleta reacostumar com a natureza do exercício. • Ausência ou leve variação na carga do treino
  • 115. Microciclo Ordinário O mais comum dos microciclos. Visa promover adaptações morfo-fisiológicas capazes de incrementar o nível de condicionamento do atleta.
  • 117. Microciclo ordinário ou comum 10 9 8 7 intensidade 6 5 4 3 2 1 0 Dias de Treino
  • 118. Microciclo de incorporação ou desenvolvimento • Ciclo de treino utilizado para o incremento inicial de cargas; • Geralmente utilizado quando o objetivo é a aquisição da aptidão física geral, logo após a fase inicial de adaptação ao exercício (ordinário); • O nível de aumento de cargas é pequeno a médio, conforme resposta do atleta.
  • 119. Microciclo de Incorporação Objetiva a passagem gradual do atleta de uma condição de transição para uma realidade de treino.
  • 120. Microciclo de Incorporação ou desenvolvimento 10 9 8 7 intensidade 6 5 4 3 2 1 0 Dias de Treino
  • 121. Microciclo de estabilização • Ciclo de treino utilizado para manutenção da forma física; • Geralmente utilizado quando atingi-se o desempenho ideal, ou quando deve-se preservar o atleta devido a riscos de lesão; • Oscilação entre cargas fortes e cargas regenerativas.
  • 122. Microciclo de Estabilização 10 9 8 7 intensidade 6 5 4 3 2 1 0 Dias de Treino
  • 123. Choque • Caracteriza o ápice da aplicação de carga (volume ou intensidade). • Microciclo de preparação. • Microciclo de competição
  • 124. MICROCICLO DE CHOQUE DE PREPARAÇÃO
  • 125. MICROCICLO DE CHOQUE DE COMPETIÇÃO
  • 126. Microciclo de choque • Ciclo de treino utilizado para promover elevado estresse fisiológico afim de obrigar o organismo a acelerar os trabalhos de recuperação e supercompensação; • Geralmente utilizado anteriormente às competições para promover elevação aguda do desempenho; • Caracterizado por aplicação de cargas fortes e muito fortes com quase nenhum intervalo de dias de recuperação entre elas.
  • 127. Microciclo de Choque Caracteriza-se pela maior sobrecarga aplicada em um mesociclo. Esta sobrecarga pode ser o volume se o meso estiver na fase básica ou a intensidade, se estiver na fase específica. Possui duas estruturas: Período de preparação (com um estímulo) Período de competição (com dois estímulos)
  • 128.
  • 129.
  • 130. Microciclo de Choque 10 9 8 7 intensidade 6 5 4 3 2 1 0 Dias de Treino
  • 132. Recuperação • Ocorre a restauração ampliada da homeostase. • Características de estímulos reduzidos. • Possibilita a recuperação metabólica ativa.
  • 134. Microciclo de regeneração ou recuperação • Ciclo de treino utilizado após competições ou microciclos de choque com a finalidade de recuperar o equilíbrio do organismo e promover supercompensação; • Caracterizado pela diminuição acentuada das cargas de treino; • Redução exponencial é mais eficiente;
  • 135. Microciclo de Recuperação Promove a restauração do organismo do atleta para que possa suportar as futuras exigências do treino.
  • 136. Microciclo de recuperação ou regeneração 10 9 8 7 intensidade 6 5 4 3 2 1 0 Dias de Treino
  • 137. Pré-Competitivo • Transferência das valências obtidas no treinamento, para a situação de competição. • Adaptação do atleta quanto a condições climaticas, geograficas e horárias. • Microciclo para competição curta e competição longa.
  • 138. MICROCICLO PRE-COMPETITIVO – Competição Curta
  • 139. MICROCICLO PRE-COMPETITIVO – Competição Longa
  • 140. Competitivo • Não possui estrutura predeterminada. • O regulamento e a forma de competição estipularão o ciclo. • A performance passa a ter prioridade absoluta.
  • 142. Mesociclos I N CO RPO RAÇÃ O Incorporação Ordinário Ordinário Recuperação B Á S I C O (Fase básica e específica) Ordinário Ordinário Choque Recuperação E S TAB I LI ZAD O R Ordinário Ordinário Choque Recuperação CONTROLE Choque Recuperação Choque Recuperação PRÉ–COMPETITIVO Choque Choque Recuperação Recuperação COMPETITIVO R E C U PE RAT IVO Recuperação Recuperação Ordinário Recuperação
  • 143. Microciclos Microciclos 1 2 3 4 5 6 7 Incorporação 40% 50% 60% 50% 60% 70% X Ordinário 70% 70% 70% 60% 50% 40% 20% Pré - 80% 40% 100% 40% 100% 40% 100% competitivo 80% 70% 60% 50% 40% 90% 100% Competitivo ... ... ... ... ... ... ... 80% 90% 100% 90% 80% 60% X Choque 80% 90% 80% 60% 90% 100% X Recuperação 70% 40% 20% 70% 40% 20% X
  • 144.
  • 146. Prescrição de Exercício Avaliação Interpretação Prescrição Modalidade Progressão Frequencia Precauções Duração Intensidade ACSM, Guidelines for exercise testing and prescription,(2006).
  • 147. Progressão • I – Estágio Inicial • II- Fase de Incremento • III- Fase de Manutenção
  • 148. Progressão • I – Estágio Inicial • 1 – 6 semanas • Aquecimento: 10-15 min / 10-15 Volta à calma • Exercícios Aeróbios: (40 – 60%FCR); Intervalado • 15 – 30 estímulo aeróbio • 3 – 4 x semana • Tolerância ao stress articular do exercício
  • 149. Progressão • II – Incremento • Aumento progressivo > 50 % - 80% FCR • Duração: até 20 % aumento / semana até 20- 30 min de exercício moderado a intenso. • Intensidade: até 5% de aumento / 6 sessões (pelo menos) • Treinamento intervalado com maior intensidade
  • 150. Progressão • III- Fase de Manutenção • Variedade de exercícios • Manter motivação • Incluir exercícios de caráter recreativo
  • 151.
  • 152. Modelos de Periodização • Periodização Tradicional • Sistema A T R (cargas concentradas) • Esporte coletivo com longo período competitivo
  • 154. Fase básica • Predomina o volume sobre a intensidade • Ênfase sobre a preparação física • Componente geral do treinamento • Visa preparar para o treino • Atleta não apresenta condição competitiva • Dura aproximação o dobro da específica
  • 155. Fase específica • Predomina a intensidade sobre o volume • Ênfase sobre a preparação técnico-tática • Trabalho com alto grau de especialização • Visa a preparar para a competição • Atleta apresenta condição competitiva incipiente
  • 156. Período de competição • Competição alvo • A carga de trabalho é reduzida em 20 à 30% • Predomina a preparação técnica e tática • Evita-se alterações bruscas de trabalho • Ênfase na preparação específica • Manter a condição até o final da fase competitiva deve ser o objetivo
  • 157. Componentes do Macrociclo Marcociclo I Fase Básica Específica Pré-competitiva Competitiva Período Preparatório Período Competitivo Período Transitório Mesociclo I Mesociclo II Mesociclo III Mesociclo IV Mesociclo V 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo Sessão: Data: Objetivo: Aquecimento: Parte Principal: Parte conclusiva:
  • 158. Mesociclos • Representa o elemento da estrutura da preparação do desportista que inclui uma série de ciclos menores (microciclos), orientados para solução de tarefas, em certos períodos de treinamento. • Normalmente , utilizam-se de 04 a 05 microciclos (semanas) para compor o mesociclo.
  • 159. Classificação • Mesociclo de Incorporação • Mesociclo de Desenvolvimento • Mesociclo Estabilizador • Mesociclo Recuperativo • Mesociclo Pré-Competitivo • Mesociclo de Competição
  • 160. Mesociclo de Incorporação • Utilizado no início da temporada, é composto de 03 a 04 semanas com cargas moderadas para baixas.
  • 162. Mesociclo Desenvolvimento • Objetiva elevar os níveis de aptidão pelo uso de cargas altas, que vão obrigar o organismo a certa adaptação fisiológica. • Segundo a distribuição das cargas, os mesociclos de desenvolvimento podem ser classificados em crescente/decrescente e em oscilatório.
  • 165. Mesociclo Estabilizador • O objetivo deste mesociclo é após uma série de cargas crescentes, estabilizá-las, permitindo, assim, que elas sejam assimiladas pelo organismo. • A sua estrutura é semelhante ao mesociclo de incorporação, ou seja, pode ser com cargas crescentes / decrescentes e ou oscilatórias.
  • 166. Mesociclo Recuperativo • Tem como objetivos permitir uma recuperação do organismo. As cargas são diminuídas, propiciando um estado de recuperação e um possível incremento da performance do atleta. • Este modelo é utilizado na chamada fase de polimento nas semanas que antecedem a competição principal.
  • 167. Mesociclo Pré-competitivo • Sua estrutura é em função das competições que serão realizadas, o objetivo é criar um modelo competitivo respeitando fatores que serão intervenientes na performance: altitude, horário, forma de disputa, etc. • Normalmente se organiza 04 a 06 semanas antes da competição. (précompetitivo)
  • 168. Mesociclo de Competição • Representa a base do período competitivo, a estrutura e os conteúdos dele são determinados pela especificidade da modalidade desportiva, pelo sistema de preparação escolhido e pelo calendário de competições.
  • 169. Microciclos • É a forma de organizar as influências do treinamento no organismo do desportista durante uma série de dias de treinamento consecutivos que variam de 03 a 14 dias.
  • 175. Microciclo com 1 jogo / semana Platonov, V. (1997)
  • 176. Microciclo c/ 2 jogos semanais Platonov, V. (1997) apud Gomes, (2002)
  • 177. Problemas Potencias na Periodização • Os benefícios da Periodização são aplicáveis tanto aos esportes individuais como os coletivos, entretanto o número de pesquisas em esportes coletivos é escasso. • Há uma boa razão para isso ? – Sistema administrativo da equipe torna impossível tal estrutura periodizada, uma vez que se torna impraticável conciliar o desempenho do jogador com um jogo ou mais a cada semana.
  • 179.
  • 180. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização Ganho do desempenho Otimização Destreinamento Recuperação FADIGA AGUDA Perda do desempenho
  • 181. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Sessão de Exercício Instalação de grau variado de fadiga e perda aguda do desempenho; • Recuperação  Restabelecimento da homeostase, incluindo reposição energética e síntese de proteínas; • Supercompensação (otimização)  Elevação do funcionamento biológico acima do nível pré-sessão de exercício, com aumento do desempenho físico; • Destreinamento  Perda das conquistas fisiológicas devido escassez de estímulos causados pela inatividade.
  • 182. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Tempo ideal para recuperação depende: – Nível de fadiga aguda anterior ao exercício (somatória de treinos); – Nível de carga imposta pelo exercício (treino agudo) e sua consequente quebra da homeostase; – Estado nutricional do atleta; – Da realização de exercício/recuperação neste intervalo.
  • 183. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Vale da fadiga: – É uma fadiga acumulada causada pela somatória de sessões de exercício realizadas sem tempo de recuperação ideal entre ambas. • Fundamentação da Periodização: – Sobrecarga cumulativa produz estímulos mais poderosos para a supercompensação, oferecendo um fase de regeneração prolongada.
  • 184. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização Ganho do desempenho Ganho do desempenho Perda do desempenho Perda do desempenho
  • 185. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização Ganho do desempenho 2 1 2 1 3 3 Horas Rec. 2 Sobrecarga Aliment. 2 3 1 Temperat. Suplement. Suplem. 1 Doping. 3 Etc.. Perda do desempenho
  • 186. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Carga de Treino: – Diversos trabalham comprovaram que aumentos agudos na carga do treino obtidos pela sobrecarga intensidade, podem produzir ganhos significativos no desempenho. – Aumentos no volume (freqüência semanal; km) não promovem os mesmos ganhos. – Algumas pesquisas relatam platôs no desempenho após 3 semanas de sobrecarga, outras após 5 semanas. Nível de condicionamento dos voluntários influencia diretamente o ciclo fadiga-recuperação-otimização.
  • 187. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Otimizando as cargas do treino: – O momento preciso no qual a sobrecarga do treinamento deva ser removida e a fase de recuperação iniciada tem sido sempre escolhido de forma subjetiva. – Similarmente, a linha que separa os benefícios da recuperação e da supercompensação dos malefícios do sobretreinamento ou do destreinamento não tem sido esclarecidos claramente.
  • 188. Ciclo Fadiga-Recuperação-Desempenho Ganho do desempenho Periodização Correta com Supercomp. –Como quantificar as cargas do treino ? OverReaching C/ Recuperaç. Overtraining Perda do desempenho
  • 189. Ciclo Fadiga-Recuperação-Otimização • Otimizando as cargas do treino: – Infelizmente não foi esclarecido claramente se a intensidade do exercício é melhor registrada em termos de VO2; FC; Velocidade/ Watts; PSE; [lactato]; etc. – Integração de sessões de treino também carecem de estudos mais científicos, principalmente em esportes multidisciplinares como o triathlon; – Alguns esforços estão sendo feitos para quantificar as sessões de treino com durações e intensidades diferentes.
  • 190. Prescrição 1 • T5’= 1250 metros; • T5km = 23’30” • Corre 20km semana em 4 sessões; • Elaborar um mes de treino, 4 sessões diferentes por semana, variando volume, sendo no máximo 10% de sobrecarga por semana.
  • 191. Prescrição 1 • 5km = 80% / 4x1km = 90% / 8km = 70% / 12 x 400m = 100%. – 85% ou 82,5% • 6km = 80% / 5x1km = 90% / 9km = 70% / 10 x 400m = 100%. – 85% ou 81,6% • 7km = 80% / 6x1km = 90% / 10km = 70% / 8 x 400m = 100%. – 85% ou 80,9% • 5km = 80% / 4x1km = 90% / 8km = 70% / 12 x 400m = 100%. – 85% ou 82,5%.