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Política de apoio 
à Parentalidade 
Positiva 
Todos os progenitores desejam ser boas mães ou bons pais para os seus filhos. 
No entanto, a parentalidade, para além de uma feliz e gratificante experiência, 
pode ser igualmente uma tarefa muito exigente . A maioria dos progenitores 
deparam-se com situações em que a ajuda teria sido bem-vinda, não apenas 
no sentido de superar o stress e o controlo da raiva, mas também na tomada 
diária de decisões. Outros progenitores necessitam de cuidados específicos 
uma vez que estão a criar os seus filhos/as em circunstâncias sociais, econó-micas 
e pessoais difíceis. Educar os filhos/as e criar as condições necessárias 
para que eles desenvolvam o seu potencial ao máximo é uma responsabilidade 
desafiante. 
Apesar da parentalidade ser, em muitos aspectos, privada, é também parte 
legítima no domínio da política pública. As autoridades públicas de vem criar 
estruturas e serviços que permitam aos progenitores aprender e praticar boas 
competências parentais. Isto seria um passo impor tante no lançamento das 
bases para uma Parentalidade Positiva genuína. 
O Conselho da Europa tem sido sempre um precursor na promoção da 
compreensão da infância e experiências de vida em família. Com base na sua 
extensa experiência e reconhecendo que há muitas formas diferentes de educ ar os 
filhos, elaborou um conjunto de princípios gerais que fundamentam o conceito 
de Parentalidade Positi va, bem como orientações sobre como os decisores 
políticos o podem apoiar. O documento de referência para o trabalho do 
Conselho da Europa nesta área é a Recomendação (2006) 19 do Comité de 
Ministros sobre a política de apoio à Parentalidade Positiva. 
CONSTRUIR UMA EUROPA PARA E COM AS CRIANçAS 
Sobre o Conselho da Europa 
Fundado em 1949, o Conselho da Europa é uma orga-nização 
internacional que reúne 47 estados membros 
com o objectivo de promover os direitos humanos, a 
democracia e o Estado de Direito. Procura desenvolver 
princípios comuns e democráticos baseados na Convenção 
Europeia dos Direitos Humanos e outros textos de refe-rência 
na proteção dos indivíduos, incluindo as crianças. 
Uma das principais prioridades do Conselho da Europa 
é promover a coesão social e os direitos sociais como 
uma pré-condição para o cumprimento genuíno dos 
Direitos Humanos fundamentais e respeito pela digni-dade 
humana. 
Conselho da Europa 
F-67075 Strasbourg Cedex 
www.coe.int/children 
familypolicy@coe.int 
Instrumentos jurídicos do Conselho 
da Europa relativos às Políticas de Família 
e Direitos das Crianças 
A importância que o Conselho da Europa atribui às famílias e crianças 
reflecte-se nos seus inúmeros instrumentos jurídicos. 
Convenções do Conselho Europeu 
• A Convenção Europeia dos Direitos Humanos e a res-petiva 
jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos 
Humanos garantem a todos e todas o direito ao 
respeito pelas vidas privada e familiar. 
• A Carta Social Europeia e a Carta Social Europeia revista, 
no pleno respeito da autonomia da esfera privada, 
descrevem a família como uma unidade fundamen-tal 
da sociedade, com direito apropriado a proteção 
social, jurídica e económica. 
• No Exercício dos Direitos da Criança, a Convenção 
Europeia permite que as crianças exerçam os seus 
direitos em processos familiares perante uma auto-ridade 
judicial. 
• A Convenção Europeia para a Proteção de Crianças 
contra a Exploração e Abuso Sexual é o primeiro 
tratado internacional que identifica e criminaliza o 
abuso sexual de crianças. 
• A Convenção Europeia revista para a Adoção de 
Crianças, é guiada pelo princípio do superior inte-resse 
da criança e tem como objectivo tornar os 
processos de adoção nacionais mais transparentes, 
eficientes e resistentes ao abuso. 
Recomendações do Comité de Ministros 
As crianças precisam de mais proteção, 
não menos. 
• A recomendação (2006)19 sobre a política de apoio à Parentalidade Positiva en-coraja 
os Estados Membros a reconhecer a importância das responsabilidades 
parentais e a necessidade de disponibilizar aos progenitores apoio suficiente para 
a educação dos seus filhos/as. É recomendado aos Estados Membros que tomem 
todas as medidas legislativas, administrativas e financeiras para criar as melhores 
condições possíveis para uma Parentalidade Positiva. 
• Outras recomendações definem normas legais para políticas de família coerentes 
e integradas, para a mediação familiar, as creches e a participação das crianças na 
vida familiar e social. 
Para verificar a lista completa de instrumentos jurídicos do Conselho 
da Europa e publicações sobre Parentalidade Positiva e Direitos das 
Crianças, consulte: www.coe.int/children e www.coe.int/familypolicy 
© Council of Europe – Illustration: Gabriel Pagonis 
PREMS 171813 PRT plaquettePositiveParenting A4 BAT.indd 1 09/09/13 14:22
As crianças precisam de orientação 
para desenvolver o seu potencial 
Parentalidade Positiva significa equilíbrio ao máximo. 
entre a vida familiar e a vida profissional. 
O que significa realmente 
a Parentalidade Positiva? 
Os direitos das crianças fazem 
as famílias crescer. 
Como é que os Estados 
podem apoiar 
a Parentalidade Positiva? 
Através de medidas na 
política de família que: 
• Assegurem padrões de vida adequados 
para famílias com crianças; 
• Previnam a pobreza infantil e a 
exclusão social de famílias com 
crianças; 
• Permitam aos progenitores conciliar 
a vida familiar com a vida profissional; 
• Prestem serviços de cuidados de alta 
qualidade para todas as crianças. 
Os pais necessitam de ajuda 
para gerir o stress. 
Através de serviços de apoio aos progenitores, tais como: 
• Centros locais e serviços de disponibilização de informação, aconselhamento e formação sobre 
parentalidade; 
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possam brincar com os seus filhos; 
• Programas educativos para os progenitores durante a gravidez e os restantes estágios de desenvolvimento 
da criança; 
• Linhas de apoio para os progenitores e crianças em situação de crise; 
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entre escolas e progenitores; 
• Serviços dirigidos a populações de risco como famílias migrantes, progenitores e filhos com deficiência, 
progenitores adolescentes ou em circunstâncias sociais e económicas difíceis. 
Através da integração dos direitos das crianças na formu-lação 
de políticas: 
• Incorporando os direitos das crianças em todas as políticas que 
afetem as suas vidas. 
• Criando possibilidades para que as suas opiniões sejam ouvidas e 
para que seja possível a sua participação nas decisões políticas em 
assuntos que lhes digam respeito; 
• Criando e apoiando instituições que salvaguardem os direitos das 
crianças e as ouçam. 
Os direitos das Crianças dizem 
respeito a todos nós. 
Através do aumento da sensibilização: 
• Garantindo uma sensibilização abrangente 
para a Parentalidade Positiva junto dos 
progenitores. 
• Incentivando, em particular, progenitores que 
assumem a sua responsabilidade para cuidar 
e criar os seus filhos. 
• Assegurando que todos os profissionais que 
trabalham com crianças (professores, cuida-dores, 
educadores, amas, etc) são providos de 
diretrizes e formação para a prática e apoio a 
uma Parentalidade Positiva. 
A Parentalidade Positiva pode 
ser aprendida. 
A Parentalidade Positiva refere-se ao com-portamento 
dos progenitores respeitador dos 
melhores interesses e direitos da criança, con-forme 
estabelecido na Convenção das Nações 
Unidas sobre os Direitos da Criança – uma 
convenção que também leva em conta as ne-cessidades 
e recursos dos progenitores. O pai 
e mãe positivos cuidam, capacitam, guiam e 
reconhecem as crianças como indivíduos no 
gozo pleno dos seus direitos. A Parentalidade 
Positiva não é uma parentalidade permissiva: 
estabelece os limites que as crianças precisam 
para as ajudar a desenvolver ao máximo o seu 
potencial. A Parentalidade Positiva respeita os 
direitos das crianças e educa-as num ambien-te 
não-violento. 
O conceito de Parentalidade Positiva baseia-se no princípio de que os progenitores devem proporcionar 
às suas crianças: 
• Sustento – respondendo às necessidades de amor, carinho e segurança; 
• Estrutura e Orientação – proporcionando à criança uma sensação de segurança, uma rotina previsível e 
limites necessários; 
• Reconhecimento – ouvindo a criança e valorizando-a como um individuo de pleno direito; 
• Empoderamento/autonomia – melhorando a noção de competência e de controlo pessoal da criança; 
• Educação não-violenta – excluindo todos os castigos corporais e psicológicos humilhantes. O castigo 
corporal é uma violação aos direitos da criança no que diz respeito à integridade física e dignidade 
humana. 
Em suma, as crianças fazem melhor quando 
os seus progenitores: 
• são calorosos e protetores; 
• passam tempo de qualidade com eles; 
• tentam compreender as suas experiências 
de vida e comportamento; 
• explicam as regras que eles devem 
respeitar; 
• elogiam o bom comportamento; 
• reagem ao mau comportamento com uma 
explicação e, se necessário, com um cas-tigo 
não-violento (como por exemplo, 
intervalo na brincadeira, reparar os danos, 
menos mesada, entre outros) em alter-nativa 
a uma punição severa. 
Aprender mais… 
• Parentalidade na Europa contemporânea: uma abordagem 
positiva, Publicação do Conselho da Europa, 2007; 
• Eliminando a punição corporal – Um imperativo dos Direitos 
Humanos para as crianças da Europa, Publicação do Conselho 
da Europa, 2008; 
• Pontos de vista sobre a Parentalidade Positiva e educação 
não-violenta, Publicação do Conselho da Europa, 2007. 
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PARENTALIDADE Positiva - um guia para proteção de noss@s filh@s

  • 1. Política de apoio à Parentalidade Positiva Todos os progenitores desejam ser boas mães ou bons pais para os seus filhos. No entanto, a parentalidade, para além de uma feliz e gratificante experiência, pode ser igualmente uma tarefa muito exigente . A maioria dos progenitores deparam-se com situações em que a ajuda teria sido bem-vinda, não apenas no sentido de superar o stress e o controlo da raiva, mas também na tomada diária de decisões. Outros progenitores necessitam de cuidados específicos uma vez que estão a criar os seus filhos/as em circunstâncias sociais, econó-micas e pessoais difíceis. Educar os filhos/as e criar as condições necessárias para que eles desenvolvam o seu potencial ao máximo é uma responsabilidade desafiante. Apesar da parentalidade ser, em muitos aspectos, privada, é também parte legítima no domínio da política pública. As autoridades públicas de vem criar estruturas e serviços que permitam aos progenitores aprender e praticar boas competências parentais. Isto seria um passo impor tante no lançamento das bases para uma Parentalidade Positiva genuína. O Conselho da Europa tem sido sempre um precursor na promoção da compreensão da infância e experiências de vida em família. Com base na sua extensa experiência e reconhecendo que há muitas formas diferentes de educ ar os filhos, elaborou um conjunto de princípios gerais que fundamentam o conceito de Parentalidade Positi va, bem como orientações sobre como os decisores políticos o podem apoiar. O documento de referência para o trabalho do Conselho da Europa nesta área é a Recomendação (2006) 19 do Comité de Ministros sobre a política de apoio à Parentalidade Positiva. CONSTRUIR UMA EUROPA PARA E COM AS CRIANçAS Sobre o Conselho da Europa Fundado em 1949, o Conselho da Europa é uma orga-nização internacional que reúne 47 estados membros com o objectivo de promover os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito. Procura desenvolver princípios comuns e democráticos baseados na Convenção Europeia dos Direitos Humanos e outros textos de refe-rência na proteção dos indivíduos, incluindo as crianças. Uma das principais prioridades do Conselho da Europa é promover a coesão social e os direitos sociais como uma pré-condição para o cumprimento genuíno dos Direitos Humanos fundamentais e respeito pela digni-dade humana. Conselho da Europa F-67075 Strasbourg Cedex www.coe.int/children familypolicy@coe.int Instrumentos jurídicos do Conselho da Europa relativos às Políticas de Família e Direitos das Crianças A importância que o Conselho da Europa atribui às famílias e crianças reflecte-se nos seus inúmeros instrumentos jurídicos. Convenções do Conselho Europeu • A Convenção Europeia dos Direitos Humanos e a res-petiva jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos garantem a todos e todas o direito ao respeito pelas vidas privada e familiar. • A Carta Social Europeia e a Carta Social Europeia revista, no pleno respeito da autonomia da esfera privada, descrevem a família como uma unidade fundamen-tal da sociedade, com direito apropriado a proteção social, jurídica e económica. • No Exercício dos Direitos da Criança, a Convenção Europeia permite que as crianças exerçam os seus direitos em processos familiares perante uma auto-ridade judicial. • A Convenção Europeia para a Proteção de Crianças contra a Exploração e Abuso Sexual é o primeiro tratado internacional que identifica e criminaliza o abuso sexual de crianças. • A Convenção Europeia revista para a Adoção de Crianças, é guiada pelo princípio do superior inte-resse da criança e tem como objectivo tornar os processos de adoção nacionais mais transparentes, eficientes e resistentes ao abuso. Recomendações do Comité de Ministros As crianças precisam de mais proteção, não menos. • A recomendação (2006)19 sobre a política de apoio à Parentalidade Positiva en-coraja os Estados Membros a reconhecer a importância das responsabilidades parentais e a necessidade de disponibilizar aos progenitores apoio suficiente para a educação dos seus filhos/as. É recomendado aos Estados Membros que tomem todas as medidas legislativas, administrativas e financeiras para criar as melhores condições possíveis para uma Parentalidade Positiva. • Outras recomendações definem normas legais para políticas de família coerentes e integradas, para a mediação familiar, as creches e a participação das crianças na vida familiar e social. Para verificar a lista completa de instrumentos jurídicos do Conselho da Europa e publicações sobre Parentalidade Positiva e Direitos das Crianças, consulte: www.coe.int/children e www.coe.int/familypolicy © Council of Europe – Illustration: Gabriel Pagonis PREMS 171813 PRT plaquettePositiveParenting A4 BAT.indd 1 09/09/13 14:22
  • 2. As crianças precisam de orientação para desenvolver o seu potencial Parentalidade Positiva significa equilíbrio ao máximo. entre a vida familiar e a vida profissional. O que significa realmente a Parentalidade Positiva? Os direitos das crianças fazem as famílias crescer. Como é que os Estados podem apoiar a Parentalidade Positiva? Através de medidas na política de família que: • Assegurem padrões de vida adequados para famílias com crianças; • Previnam a pobreza infantil e a exclusão social de famílias com crianças; • Permitam aos progenitores conciliar a vida familiar com a vida profissional; • Prestem serviços de cuidados de alta qualidade para todas as crianças. Os pais necessitam de ajuda para gerir o stress. Através de serviços de apoio aos progenitores, tais como: • Centros locais e serviços de disponibilização de informação, aconselhamento e formação sobre parentalidade; • Espaços onde os progenitores possam trocar experiências e aprender uns com os outros, e onde possam brincar com os seus filhos; • Programas educativos para os progenitores durante a gravidez e os restantes estágios de desenvolvimento da criança; • Linhas de apoio para os progenitores e crianças em situação de crise; • Programas de apoio à educação infantil, à prevenção do abandono escolar e à promoção da cooperação entre escolas e progenitores; • Serviços dirigidos a populações de risco como famílias migrantes, progenitores e filhos com deficiência, progenitores adolescentes ou em circunstâncias sociais e económicas difíceis. Através da integração dos direitos das crianças na formu-lação de políticas: • Incorporando os direitos das crianças em todas as políticas que afetem as suas vidas. • Criando possibilidades para que as suas opiniões sejam ouvidas e para que seja possível a sua participação nas decisões políticas em assuntos que lhes digam respeito; • Criando e apoiando instituições que salvaguardem os direitos das crianças e as ouçam. Os direitos das Crianças dizem respeito a todos nós. Através do aumento da sensibilização: • Garantindo uma sensibilização abrangente para a Parentalidade Positiva junto dos progenitores. • Incentivando, em particular, progenitores que assumem a sua responsabilidade para cuidar e criar os seus filhos. • Assegurando que todos os profissionais que trabalham com crianças (professores, cuida-dores, educadores, amas, etc) são providos de diretrizes e formação para a prática e apoio a uma Parentalidade Positiva. A Parentalidade Positiva pode ser aprendida. A Parentalidade Positiva refere-se ao com-portamento dos progenitores respeitador dos melhores interesses e direitos da criança, con-forme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança – uma convenção que também leva em conta as ne-cessidades e recursos dos progenitores. O pai e mãe positivos cuidam, capacitam, guiam e reconhecem as crianças como indivíduos no gozo pleno dos seus direitos. A Parentalidade Positiva não é uma parentalidade permissiva: estabelece os limites que as crianças precisam para as ajudar a desenvolver ao máximo o seu potencial. A Parentalidade Positiva respeita os direitos das crianças e educa-as num ambien-te não-violento. O conceito de Parentalidade Positiva baseia-se no princípio de que os progenitores devem proporcionar às suas crianças: • Sustento – respondendo às necessidades de amor, carinho e segurança; • Estrutura e Orientação – proporcionando à criança uma sensação de segurança, uma rotina previsível e limites necessários; • Reconhecimento – ouvindo a criança e valorizando-a como um individuo de pleno direito; • Empoderamento/autonomia – melhorando a noção de competência e de controlo pessoal da criança; • Educação não-violenta – excluindo todos os castigos corporais e psicológicos humilhantes. O castigo corporal é uma violação aos direitos da criança no que diz respeito à integridade física e dignidade humana. Em suma, as crianças fazem melhor quando os seus progenitores: • são calorosos e protetores; • passam tempo de qualidade com eles; • tentam compreender as suas experiências de vida e comportamento; • explicam as regras que eles devem respeitar; • elogiam o bom comportamento; • reagem ao mau comportamento com uma explicação e, se necessário, com um cas-tigo não-violento (como por exemplo, intervalo na brincadeira, reparar os danos, menos mesada, entre outros) em alter-nativa a uma punição severa. Aprender mais… • Parentalidade na Europa contemporânea: uma abordagem positiva, Publicação do Conselho da Europa, 2007; • Eliminando a punição corporal – Um imperativo dos Direitos Humanos para as crianças da Europa, Publicação do Conselho da Europa, 2008; • Pontos de vista sobre a Parentalidade Positiva e educação não-violenta, Publicação do Conselho da Europa, 2007. PREMS 171813 PRT plaquettePositiveParenting A4 BAT.indd 2 09/09/13 14:22